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Química Geral Sejam muito bem vindos!!!! Ligação Química LIGAÇÃO QUÍMICA – CONCEITOS BÁSICOS Ligação química: é a força atrativa que mantém dois ou mais átomos unidos. Estrutura: refere-se ao arranjo espacial dos átomos nos compostos iônicos, nas moléculas e íons poliatômicos. Ambas se relacionam. Elétrons de valência: elétrons mais externos e que participam das ligações químicas com outros átomos. Fonte: Atkins, Jones & Laverman “Princípios de Química”, 7ª edição, Bookman, 2018. Fonte: T. Brown, H. E. Le May Jr.; B. E. Bursten, R. R. Burdge; “Química a Ciência Central”; tradução da 13a edição; Pearson Prentice Hall; 2016. Ligação iônica envolve, em geral, metais do lado esquerdo da tabela periódica que interagem com os não-metais do lado direito. Alcalinos e alcalinos terrosos – baixa afinidade eletrônica e baixa energia de ionização. Tendem a formar cátions; Calcogênios e halogênios – alta afinidade eletrônica. Tendem a formar ânions. São sólidos à temperatura ambiente e fundem a altas temperaturas. Todos os compostos iônicos formam uma estrutura tridimensional denominada rede cristalina. Cada íon é circundado por íons de carga oposta. Ligação iônica Dependendo da natureza do átomo as ligações feitas por ele são resultado dos elétrons serem cedidos, recebidos ou compartilhados. A ligação química é classificada como: Ligação iônica: resulta da transferência de elétrons de um metal para um não-metal. Ligação covalente: resulta do compartilhamento de elétrons entre dois átomos. Normalmente encontrada entre elementos não-metálicos. Ligação metálica: é a força atrativa que mantém metais puros unidos. Considerando a reação entre o sódio e o cloro: Na(s) + ½Cl2(g) NaCl(s) ΔHºf = - 410,9 kJ/mol Aspectos energéticos da formação de compostos iônicos. Duas propriedades atômicas indicam a facilidade com que a transferência eletrônica ocorre: a energia de ionização, que mostra a facilidade com que um elétron pode ser removido de um átomo; e a afinidade eletrônica, que mede a capacidade de um átomo de ganhar um elétron. Etapa 1 Energia de Ionização Na Na+ Etapa 2a Na+Cl- Afinidade ao elétron Cl Cl- e- Etapa 2b Fonte: T. Brown, H. E. Le May Jr.; B. E. Bursten, R. R. Burdge; “Química a Ciência Central”; tradução da 9a edição; Pearson Prentice Hall, 2005. Etapa 1a: energia de ionização do sódio = + 495 kJ/mol Etapa 1b: afinidade ao elétron do cloro = -348 kJ/mol Etapa 2a: formação de um mol pares iônicos = -449 kJ/mol Variação total de energia = -302 kJ/mol Energia reticular (Er): é a energia necessária para separar completamente um mol de um composto sólido iônico em íons no estado fundamental na fase gasosa. NaCl(s) Na+(g) + Cl-(g) Medida quantitativa da estabilidade de qualquer sólido iônico. Ciclo de Born-Haber Na(s) → Na(g) ΔHsub = + 92 kJ/mol ½ Cl2(g) → Cl(g) ½ ED = ΔH = + 121 kJ/mol Na(g) → Na+(g) + e- EI = ΔH = + 496 kJ/mol Cl(g) + e- → Cl-(g) AE = ΔH = - 349 kJ/mol Na+(g) + Cl-(g) → NaCl(s) ΔH = -771 kJ/mol Na(s) + ½ Cl2(g) → NaCl(s) ΔHf = - 411 kJ/mol NaCl(s) → Na+(g) + Cl-(g) Er = -ΔH = 771 kJ/mol Mg(g) → Mg+(g) + e- 1a EI = 738 kJ/mol Mg+(g) → Mg++(g) + e- 2a EI = 1450 kJ/mol Reação global: Mg(g) → Mg++(g) + 2 e- EI = 2188kJ/mol Para formar o NaCl2 o ganho de energia não seria favorável; energia necessária para dois processos de ionização do Na é 5056 kJ/mol. Ligação iônicas não são direcionais. Compostos iônicos são solúveis em água. No entanto, compostos como BaSO4 são insolúveis devido à forte atração existente entre os íons com carga – e +2. Os sólidos iônicos são quebradiços devido às forças de atração e repulsão: Não é possível empurrar um bloco de íons contra o outro. As forças repulsivas fazem com que o sólido se fragmente. Exemplo: Ca3(PO4)2 – nossos ossos resistem a grandes forças, mas se quebram. As cargas +2 e -3 fazem com que a atração entre os íons seja forte. Quando dois átomos similares se ligam, nenhum deles tende a perder ou ganhar um elétron, eles compartilham pares de elétrons. Tipo de ligação que ocorre entre não-metais, elementos que estão do lado direito superior da tabela periódica. Os elétrons são mais ou menos igualmente distribuídos entre os átomos Cada par de elétrons compartilhado constitui uma ligação química. LIGAÇÃO COVALENTE Estruturas de Lewis São estruturas que mostram a distribuição dos elétrons na molécula. Formam a base da linguagem simbólica usada para comunicação entre e pelos químicos. Saber desenhar estruturas de Lewis nos auxilia a prever a geometria molecular, relacionar estrutura e propriedades e, finalmente, desenhar equações químicas. Cl Cl H F H O H H N H H CH H H H Par de e- compartilhado ou par de ligação. Par de e- isolado. Guia para construir estruturas de Lewis: Contar todos os elétrons de valência dos átomos. No caso de um íon, adicionar um elétron para carga negativa ou subtrair um elétron para cada carga positiva. O número total de e- mostrados nas estruturas de Lewis = número total e- valência das contribuições de todos os átomos. Escolha o átomo central. O átomo com maior potencial de formas ligações é frequentemente uma boa escolha como átomo central. Coloque um par de elétrons em cada ligação; Complete os octetos dos átomos ligados ao átomo central; Coloque todos os elétrons adicionais no átomo central, em pares; Se o átomo central ainda possuir menos que um octeto, forme ligações múltiplas para que o átomo possua um octeto. Algumas considerações a respeito das estruturas de Lewis A regra do octeto é obedecida apenas pelos elementos C, N, O e F. Configuração eletrônica: [He] 2s2 2px Elementos do bloco p e a partir do terceiro período da tabela periódica podem compartilhar mais de quatro pares de elétrons; há compostos onde o átomo central possui mais de 4 pares eletrônicos: expansão do octeto ou octeto expandido. Configuração eletrônica: [Ne] 3s2 3px 3d0 Compostos onde o átomo central tem menos de oito elétrons. Existem compostos de boro onde este possui três pares eletrônicos (BF3). Isto influencia as propriedades químicas dos compostos. Moléculas com número ímpar de elétrons. Ex: NO e NO2. Estruturas de ressonância Muitas vezes uma molécula ou íon poliatômico não é representado por uma única estrutura de Lewis. Na molécula de ozônio, as duas estruturas de Lewis possiveis têm uma ligação dupla e uma simples. A estrutura de ressonância representativa da molécula real tem duas ligações idênticas de caráter intermediário. O O O O O O Uma das estruturas possíveis para a molécula de benzeno foi proposta por Kekulé, mas esta estrutura não explica todas as observações experimentais: • reatividade química; • um único comprimento de ligação CC (139 pm), menor que a ligação C-C (154 pm) e maior que a ligação C=C (134 pm); e • existe somente um dicloro-benzeno onde os dois átomos de cloro estão ligados a carbonos adjacentes. Fonte: Atkins, Jones & Laverman “Princípios de Química”, 7ª edição, Bookman, 2018. Quando mais de uma estrutura de Lewis é possível para uma molécula, cada estrutura contribui para a representação da molécula real. As estruturas de ressonância são tentativas de representar uma estrutura real, que é uma mistura entre várias possibilidades. Híbrido de ressonância: estrutura formada pela combinação das estruturas contribuintes e única a representar a distribuição real dos elétrons pela molécula. A molécula não oscila entre as diferentes estruturas . Propriedades das ligações Ordem de ligação: é o número de pares eletrônicos compartilhados pelos dois átomos ligados. Ordem de ligação fracionária: moléculas ou íons poliatômicos que possuem estruturas de ressonância. • OL é a razão entre o número de pares compartilhados entre X-Y e o número de ligações X-Y na moléculas. O3 OL=1,5. O O O O O O Energia de ligação: é a quantidade de energia liberada na formação de uma ligação química, com os componentes na fase gasosa. Em geral se utiliza a energia de dissociação (ED), a qual é a energia necessária para o rompimento homolítico da ligação na molécula, com reagentes e produtos na fase gasosa. Como energia é transferida para a molécula, tem um valor positivo. • Quanto maior for a ED, significa que mais fortemente ligados estão os átomos. H3C-CH3 → H3C∙ + ∙CH3 Comprimento de ligação: é a distância entre os núcleos dos dois átomos ligados por uma ligação covalente. O efeito da ordem de ligação é evidente comparando-se os comprimentos das ligações entre os mesmos átomos. A medida que a densidade de elétrons entre os átomos ligados aumenta, os átomos se unem mais fortemente (energia de ligação aumenta) e os núcleos se aproximam. O tamanho do átomo varia regularmente com a sua posição na tabela periódica. Quando se comparam ligações da mesma ordem, o comprimento de ligação é maior para átomos maiores. Distância de equilíbrio Fonte: Atkins, Jones & Laverman “Princípios de Química”, 7ª edição, Bookman, 2018. Analogamente às energias de ligação, os raios covalentes são semelhantes, independentemente das moléculas formadas por esses átomos. Raio covalente de um átomo = contribuição desse átomo para o comprimento da ligação. O comprimento de ligação é a soma dos raios covalentes dos dois átomos unidos. Ligação O-H = raio cov. O + raio cov. H = 37 pm + 66 pm= 103 pm. O valor exato também depende da ordem de ligação: o raio covalente de um átomo em uma ligação múltipla é menor que aquele do átomo em uma ligação simples. Em um período ou grupo da Tabela Periódica os raios covalentes seguem a tendência dos raios atômicos pelos mesmo motivos. Fonte: Atkins, Jones & Laverman “Princípios de Química”, 7ª edição, Bookman, 2018. Em uma ligação formada por dois tipos diferentes de átomos, um deles pode atrair mais fortemente o par eletrônico da ligação. Neste caso, os elétrons da ligação se deslocam para um dos átomos, o qual se torna uma região rica em densidade eletrônica negativa e adquire uma carga parcial negativa (δ-). Ao mesmo tempo, o átomo na outra extremidade se torna deficiente em elétrons e adquire uma carga parcial positiva (δ+). ELETRONEGATIVIDADE Fonte: Atkins, Jones ,“Princípios de Química”, 5ª edição, Bookman, 2012. Dipolo elétrico Eletronegatividade (χ) de um átomo em uma molécula: é definida como a capacidade de um átomo ligado atrair para si o par de elétrons. Uma escala de eletronegatividade permite decidir se uma ligação é polar, qual átomo numa ligação é rico em densidade eletrônica e se uma ligação é mais polar que outra. Fonte: Atkins, Jones & Laverman “Princípios de Química”, 7ª edição, Bookman, 2018. Robert Mulliken estabeleceu uma outra escala de eletronegatividade, considerando a média da EI e AE do elemento. Os valores encontrados são coerentes com os dados de Pauling. Se a diferença de eletronegatividade entre os átomos é pequena, haverá cargas parciais pequenas, mas a medida que a diferença aumenta então as cargas parciais também crescem. Se a diferença for muito grande, um dos átomo pode ficar com a maior parte do par de elétrons; é como se ele tivesse se apropriado da maior parte do par compartilhado, como se tivéssemos um cátion e um ânion e nesta ligação o caráter iônico é considerável. Número de oxidação: é a carga que o átomo teria se todas as suas ligações fossem completamente iônicas; como se todos os pares eletrônicos de ligação fossem totalmente transferidos para o átomo mais eletronegativo. Exemplos: C2O4 -2, MnO4 -. Os números de oxidação não representam a carga real de um átomo em uma molécula. Números de oxidação e Cargas formais (CF): onde está a densidade eletrônica? Carga formal (Cf): é a carga de um átomo supondo que todas as suas ligações são covalentes. A soma das cargas formais de cada átomo deve ser igual à carga do íon. A carga formal fornece uma indicação da extensão da perda ou do ganho de elétrons por um átomo no processo de formação da ligação covalente. Átomos nas moléculas (ou íons poliatômicos) devem ter cargas formais tão pequenas quanto possível; Uma molécula (ou íon) é mais estável quando qualquer carga negativa está sobre o átomo mais eletronegativo. É importante ter em mente que cargas formais não representam cargas reais nos átomos, elas são apenas uma convenção.