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Sinais Vitais • Prof.ª Shirley Moura e Lígia Fernanda Objetivo • A equipe de enfermagem deve estar apta a aferir os sinais vitais de modo desejável, diagnosticando e respeitando as condições/limitações de cada paciente, assim como também as peculiaridades desse processo em cada ciclo da vida. Sinais Vitais • Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal; • Pressão arterial; • Pulso; • Temperatura corpórea; • Respiração; • Dor* Segundo POTTERe PERRY(1996, P. 186), existem situações em que é indispensável a verificação dos SSVV: 🠶 Quando o cliente é admitido; 🠶 Rotina hospitalar; 🠶 Durante consultas; 🠶 Antes e depois de qualquer cirurgia; 🠶 Antes e depois de qualquer procedimento invasivo; 🠶 Antes e depois da administração de medicamentos que afetem os SSVV Abreviações • SSVV –Sinais Vitais; • mmHg - Milímetros de Mercúrio; • PA - Pressão arterial; • T- Temperatura; • P - Pulso; • FR–Frequência Respiratória • SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem; • NaCl - Cloreto de Sódio; Atividades pré- requisitos • Acolhimento; • Anatomia e fisiologia; • Controle de infecções hospitalares; • Registros de enfermagem. Materiais Necessários 🠶 Relógio com ponteiro de segundos ou cronômetro; 🠶 Termômetro (o tipo depende do local de aferição); 🠶 Esfigmomanômetro (adulto ou pediátrico); 🠶 Estetoscópio; 🠶 Álcool a 70°; 🠶 Bolas de algodão; 🠶 Folha de registro de sinais vitais; 🠶 Caneta. Pressão Arterial • Éa pressão no interior das artérias; • PA SISTÓLICA ou MÁXIMA: contração do coração =pico da pressão; • PA DIASTÓLICAou MÍNIMA:período de repouso cardíaco; • Valores Normais • Adulto - 100 a 135 mmHg (pres. sistólica) x 60 a 80 mmHg (pres. diastólica); • Hipertensão Arterial; • Hipotensão Arterial. Sons de Korotkoff • Os sons de Korotkov ou sons de Korotkoff são os sons ouvidos durante a aferição da pressão arterial através de meios não-invasivos. O nome refere-se a Nikolai Korotkov, médico Russo que os descreveu em 1905 quando exercia na Academia Médica Imperialde São Petersburgo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_arterial https://pt.wikipedia.org/wiki/Nikolai_Korotkov https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Petersburgo Pressão Arterial • ESFIGMOMANÔMETRO Bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40%da circunferência do braço; Manômetro+manguito; 🠶 ESTETOSCÓPIO 🠶 Olivas auriculares; 🠶 Armação metálica; 🠶 Tubos de borracha; 🠶 Receptores; existem dois tipos fundamentais: campânula de 2,5 cm que é mais sensível aos sons de menor freqüência e o diafragma que dispõe de uma membrana semi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm., utilizado para ausculta em geral. 🠶 Procedimento • Lavaras mãos; • Reunirtodo o material; • Paciente deve estar em repouso por pelo menos cinco minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nosúltimos30minutos; • Braço selecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do coração (aproximadamente no quarto espaço inter-costal); • Quando o paciente está sentado, coloca-se o braço por sobre uma mesa. Procedimento • Método palpatório: só permite a verificação da pressão arterial • máxima; • Método auscultatório: coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria braquial; • Insuflar 30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada • pelo método palpatório; • A diferença entre a pressão arterial máxima e mínima é chamada de pressão de pulso; • Durante a ausculta dos ruídos (de Korotkoff), pode existir uma ausência temporária dosmesmos-hiato auscultatório. Procedimento • Variações na posição e na pressão do receptor do estetoscópio interferemcom o resultadodos níveistencionais; • A pressão arterial deve sermedida em ambos osbraços; • A roupa da paciente não deve fazer constrição no braço; • A PA pode ser medida nas coxas, porém commanguitos especiais e com o estetoscópio localizado no oco poplíteo; • Em pacientes obesos, a maior circunferência do braço determina níveis pressóricos falsamente elevados, sendo conveniente nesses casos a mediada da PA no ante- braço, com o estetoscópiosobrea artéria radial. Variações Fisiológicas • Idade - em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos; • Sexo - na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém na prática adotam-seos mesmos valores; • Emoções -há uma elevação principalmente da sistólica; • Exercício físico - provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do débito cardíaco, existindo curvas normais da elevação da PA durante o esforço físico. (testes ergométricos); • Alimentação - após as refeições, há discreta elevação, porém sem significado prático; • Mudança de posição - a resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da posição de decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve queda ou aumento da diastólica de 5 a 10 mmHg. Pode ocorrer hipotensão postural (ortostática), que se acompanha de tontura ou síncope; MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL PULSO 🠶 É uma onda de sangue que passa ao longo de uma artéria quando o coração se contrai; 🠶 Locais mais comuns para a obtenção do pulso: 🠶 AA (artéria) carótida (preferido no APH); 🠶 AA radial; 🠶 AA braquial (crianças); 🠶 AA femoral. Aprenda a sentiro pulso •Procurar acomodar o braço da pessoa em posição relaxada; Use a ponta de 2 a 3 dedos (dedo indicador, médio e anular) sobre a artéria escolhida para sentir o pulso, fazendo uma leve pressão sobre qualquer um dos pontos onde se pode verificar mais facilmente o pulso de uma pessoa; Recomenda-se não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isto pode impedir que se percebam os batimentos; Não usar o polegar para não correr o risco de sentir suas próprias pulsações; Contar no relógio as pulsações num período de 60 segundos. Neste período deve-se procurar observar a regularidade, a tensão, o volume e a frequência do pulso. PULSO • Valores Normais • 60 a 100 BPM - adulto Pulso 🠶 Regularidade •Pulso rítmico: normal (os intervalos entre os batimentos são iguais); •Pulso arrítmico: anormal (os intervalos entre os batimentos são desiguais) 🠶 Volume •Pulso cheio: normal; •Pulso filiforme (fraco): anormal. TermosTécnicos ▪ Taquicardia ou taquisfigmia: pulso acima da faixa normal (acelerado); ▪ Bradicardia ou bradisfigmia: pulso abaixo da faixa normal (freqüência cardíaca baixa); ▪ Pulso filiforme, fraco, débil: termos que indicam redução da força ou volume do pulso periférico; ▪ Pulso irregular: os intervalos entre os batimentos são desiguais; ▪ Pulso dicrótico: dá a impressão de 2 batimentos. Observações • Não usar o polegar para verificar o pulso, pois a própria pulsação pode ser confundida com a pulsação do paciente; • Aquecer as mãos para verificar o pulso; • Emcaso de dúvida, repetira contagem; • Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos do pulso. Respiração • É o ato de inspirar e expirar promovendo a troca de gases entre o organismo e o ambiente. A freqüência respiratória normal do adulto oscila entre 16 a 20 respirações por minuto. (HORTA,1979); • Como a respiração, em certo grau, está sujeito ao controle involuntário, deve ser contada sem que o paciente perceba: observar a respiração procedendo como se estivesse verificando o pulso. 🠶 • Adultos: 🠶 1. Bradipneico:20 rpm 🠶 • Crianças: 🠶 1. Bradipneico:25 rpm 🠶 • Recém Nascidos: 🠶 1. Bradipneico:60rpm Valores de referências PRADO, M. Fundamentos L.; GELBECKE, F. L. para o cuidado de enfermagem. 3ª ed. rev. ampl. Florianópolis:Progressiva, 2013. Técnica 🠶 Deixe o paciente em repouso por, no mínimo, 5 a 10 minutos; 🠶 Exponha o tórax do paciente, sem lhe comunicar que vai verificar sua respiração; 🠶 Coloque osdedos médio e indicador sobre o pulso radial do paciente e observe o seu padrão respiratório; 🠶 Conte a freqüência respiratória por 60 segundos, verificando também o ritmo, a profundidade, o som e a simetria dos movimentos produzidos pela respiração; 🠶 Realize o registro dos dados coletados, destacando se o paciente está em suplementação de oxigênio, além das observações geraise anormalidades, comunicando-as à equipe. Existem vários tipos de respiração, que podem ser classificados com base em sua frequência, profundidade e padrão. 1.Respiração normal: É uma respiração regular, que ocorre naturalmente em uma pessoa saudável em repouso. Neste tipo de respiração, a pessoa inspira e expira cerca de 12 a 20 vezes por minuto, e a profundidade da respiração varia de acordo com a atividade física e outras circunstâncias. 2.Respiração superficial: É uma respiração rápida e superficial, em que a pessoa respira rapidamente, mas com uma profundidade limitada. Este tipo de respiração pode ocorrer em situações de estresse, ansiedade ou dor, e pode levar à hiperventilação. 3.Respiração profunda: É uma respiração mais lenta e profunda do que a respiração normal. A pessoa inspira profundamente, enchendo os pulmões de ar, e depois expira lentamente. A respiração profunda pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, e pode ser usada como uma técnica de relaxamento. 4.Respiração de Cheyne-Stokes: É uma respiração com um padrão regular de ciclos de aumento e diminuição da frequência e profundidade da respiração. Este tipo de respiração pode ser visto em pacientes com insuficiência cardíaca ou danos cerebrais. 5.Respiração de Kussmaul: É uma respiração rápida, profunda e trabalhosa. Este tipo de respiração pode ocorrer em pacientes com cetoacidose diabética ou insuficiência renal. TIPOS DE RESPIRAÇÕES Respiração de Biot: É uma respiração irregular, com ciclos de respiração rápida e profunda seguidos por períodos de apneia. Este tipo de respiração pode ser visto em pacientes com lesões cerebrais ou danos no tronco cerebral. Respiração periódica: É uma respiração com ciclos regulares de apneia seguidos por respirações profundas e rápidas. Este tipo de respiração pode ser visto em pacientes com insuficiência cardíaca ou doença pulmonar. É importante observar a frequência, profundidade e padrão da respiração, pois isso pode fornecer informações importantes sobre a saúde do paciente. Alterações significativas na respiração devem ser relatadas a um profissional de saúde. Temperatura ➢ Temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado pelo centro termo-regulador. ➢ Pode ser Verificada na região: axilar, bucal , auricular ou retal. Valoresde Referências •Crianças: a temperatura normal varia de acordo com a idade. Geralmente, a temperatura normal em crianças varia entre 36,5°C e 37,5°C. Aqui estão algumas faixas de temperatura de referência para crianças: •Recém-nascidos e bebês até 3 meses: 36,5°C a 38°C •Bebês de 3 a 6 meses: 36°C a 37,5°C •Bebês de 6 a 12 meses: 36°C a 38°C •Crianças de 1 a 5 anos: 36,1°C a 37,8°C •Crianças de 6 a 12 anos: 36,1°C a 37,2°C •Adolescentes de 13 a 17 anos: 35,8°C a 37,5°C •Adultos: a temperatura normal em adultos varia entre 36,1°C e 37,2°C. No entanto, a temperatura pode variar ligeiramente dependendo da hora do dia, atividade física e outros fatores. Além disso, a temperatura corporal pode ser influenciada por condições médicas, medicamentos e outras circunstâncias individuais. TermosTécnicos • 🠶 Febre :aumento patológico da temperatura corporal; • 🠶 Hipertermia :elevação da temperatura do corpo ou de uma parte do corpo acima do valor normal; • 🠶 Hipotermia : redução da temperatura do corpo ou de uma parte do corpo abaixodo valornormal; Dor 🠶 A dor é considerada uma experiência subjetiva, que deve ser avaliada e descrita como o quinto sinal vital. Slide 1: Sinais Vitais Slide 2: Objetivo Slide 3: Sinais Vitais Slide 4: Segundo POTTER e PERRY (1996, P. 186), existem situações em que é indispensável a verificação dos SSVV: Slide 5: Abreviações Slide 6: Atividades pré-requisitos Slide 7: Materiais Necessários Slide 8: Pressão Arterial Slide 9: Sons de Korotkoff Slide 10: Pressão Arterial Slide 11: ESTETOSCÓPIO Slide 12: Procedimento Slide 13: Procedimento Slide 14: Procedimento Slide 15: Variações Fisiológicas Slide 16: MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL Slide 17: PULSO Slide 18 Slide 19: Aprenda a sentir o pulso Slide 20: PULSO Slide 21: Pulso Slide 22: Termos Técnicos Slide 23: Observações Slide 24: Respiração Slide 25 Slide 26: Valores de referências Slide 27: Técnica Slide 28 Slide 29: TIPOS DE RESPIRAÇÕES Slide 30: Temperatura Slide 31: Valores de Referências Slide 32: Termos Técnicos Slide 33: Dor Slide 34 Slide 35