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Preciosos MARCOS e a Caixinha de RetalhosMARCOS E A CAIXINHA DE RETALHOS (Salmos 139) Marcos era um menino tímido que gos- tava de se sentar no canto mais escon- dido da sala de Ele era de pouca conversa e, sempre que alguém puxava conversa com ele, ele dava um jeito de terminá-la o mais rápido possível. Sempre que o sinal da escola tocava, ele arrumava seus objetos e saía de fi- ninho, de modo que ninguém notava sua presença. 1CHOOL HOOL SCHOOL Em um desses dias, saindo como um garoto invisível, sem ser percebido e super apressado, ele tropeçou em uma caixa no caminho de casa. O dedão do pé de Marcos logo começou a latejar. Ele se abaixou para ver em que havia tropeçado e viu que era uma caixinha cheia de reta- lhos de tecido de todas as cores. 2Olhou para todos os lados e não viu ninguém, então "Essa caixi- nha deve ter sido largada por alguém que não a quis mais." Ao tropeçar naquela caixinha, os re- talhos foram todos espalhados pelo chão. Marcos começou a recolher os pedacinhos de tecido e, conforme ele guardava aqueles retalhos, sentia algo acontecendo dentro dele. Por vezes, coragem, alegria, orgulho, inquietação e tantas coisas que o fi- zeram se sentir muito estranho. Mas pensou: "Deve ser coisa da minha cabeça." 3MARCOS MARCOS Apesar de Marcos ser muito MARCOS tímido desde pequenino, ele sempre quis ser um menino mais comunicativo, como aqueles que são mais populares. Mas conver- sar com os colegas da escola era tão difícil para ele que sempre de- sistia. No entanto, em seu cora- ção, existia um descontentamen- to porque ele se achava a pessoa mais sem graça do mundo. Marcos gostava muito de dese- nhar e tinha uma habilidade incrí- vel para isso, mas ele guardava seus desenhos só para si em seu mundo particular, no seu quarto.Em mais uma tarde em seu quarto, viajando em seus dese- nhos, Marcos abriu a mochila para pegar lápis e a borracha e fazer o esboço de mais uma tentativa de criar um gibi de um super-herói que ele havia ideali- zado. Quando Marcos abriu a mochi- la, ele se deparou com aquela caixinha cheia de retalhos. Ele tirou a caixinha da mochila e começou a olhar cada peda- cinho de tecido. 5Conforme tocava aqueles teci- dos, diferentes sentimentos surgiam nele. Então ele teve uma ideia: "Vou colar cada pe- dacinho desses naquela jaque- ta jeans e fazer uma arte da hora." Marcos era muito habilidoso e tinha um talento excepcional com tudo que era manual. Ele pegou a pistola de cola quente e começou a colar cada peda- cinho de tecido com muito ca- pricho. E não é que virou uma verdadeira obra de arte? 6No dia seguinte, Marcos acor- dou cedo, tomou café, pegou a mochila e saiu em disparada para a escola. "Opa, estou es- quecendo a jaqueta!" Já quase fora do portão, voltou para buscar sua jaqueta colori- da. Aquela jaqueta não tinha muito a ver com o que ele cos- tumava usar, mas quando a vestiu, ele se sentiu o cara mais descolado do Até jeito de andar de Marcos mudou, e ele percebeu que aquilo era influência dos reta- lhos que estavam colados em sua jaqueta.Ao chegar na escola, todo mundo notou a presença de Marcos. Era como se ele fosse o cara mais popular da escola. Quando ele entrou na sala de aula, ao invés de sentar no cantinho que ele sempre gostava, ele sentou no fundo da sala, perto dos caras mais polêmicos da turma. Ninguém o reconheceu, era como se um aluno novo tivesse chegado naquele dia. Os grupinhos mais disputados começa- ram a se aproximar de Marcos, querendo ele por perto. 8Marcos ficou eufórico com toda a atenção que estava rece- bendo. Sentia-se finalmente parte do grupo. Mas, conforme os dias passa- vam, ele percebeu que, apesar de estar cercado de pessoas, ele se sentia sozinho, pois aquele não era o seu verdadeiro eu. Os sentimen- tos que ele absorvia dos outros atra- vés da jaqueta começaram a confun- di-lo novamente.Cada vez que alguém o elogiava, ele sabia que aquilo era por causa da jaqueta e isso trazia uma grande tristeza em seu coração. Ele sabia que não era a jaqueta que deveria definir quem ele era. Aqueles pedacinhos de tecido tinham a capacidade de influenciar a personalidade de Marcos e trans- formá-lo em alguém que ele não era. 10Em uma tarde de muita reflexão, Marcos se lembrou da Bíblia Sagrada que sua professora da igreja lhe havia dado anos atrás. Ele abriu o livro ao acaso e seus olhos caíram em um versículo que dizia: "Tu criaste o íntimo do meu ser e me te- ceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza. Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entreteci- do como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir". Essas palavras ressoaram no verdadeiro eu de Marcos. Ele começou a entender que sua verdadeira identidade não dependia de como os outros o viam, mas de como Deus o via. Ele percebeu que ele era especial mesmo sendo um garoto reservado e até mesmo desengonçado com as palavras. 11Com essa nova compreensão, Marcos deci- diu fazer uma mudança. Ele continuou a usar sua jaqueta colorida, mas agora como um lembrete de que cada pedaço de tecido representava uma parte da jornada que ele percorreu para se conhecer melhor. Ele meçou a desenhar quadrinhos sobre um herói que, como ele, sabia que sua verda- deira identidade estava em algo maior do que a aprovação dos outros, estava em seu propósito.D C Marcos começou a compartilhar seus desenhos com os colegas de classe, mos- trando a todos que sua verdadeira habilidade e paixão estavam em sua arte. E, surpreendentemente, ao ser autêntico, ele ganhou o respeito e a amizade dos outros de maneira Ele percebeu que ser a pessoa que Deus planejou era o verdadeiro superpoder. Marcos sentiu um alívio ao compartilhar seus desenhos. Ele encontrou nos qua- drinhos uma forma de expressar seus sentimentos e experiências. Cada página desenhada era uma peça de sua alma, uma expressão de sua jornada interior com Deus. 13Os colegas de classe ficaram impressionados com a habilidade e a profundida- de dos desenhos de Marcos. Eles começaram a ver nele não apenas um garoto tímido, mas um artista talentoso e uma pessoa com uma história única. Um dia, a professora de artes, dona Mariana, viu os desenhos de Marcos e ficou encanta- da. Ela sugeriu que ele apresentasse seus trabalhos na feira de talentos da escola. Marcos, inicialmente hesitante, decidiu aceitar o desafio. Ele trabalhou mente para preparar uma apresentação, contando a história de seu herói e como, através dele, Marcos encontrou sua verdadeira identidade. No dia da feira de talentos, Marcos estava nervoso, mas determinado. 14Quando chegou a hora de sua apresentação, Marcos subiu ao palco com sua ja- queta colorida e seus desenhos em mãos. Ele começou a contar sua história, mostrando cada página do gibi e explicando a jornada do herói. A plateia ficou em silêncio, completamente cativada pela narrativa e pelas ilustrações, ansiosos por conhecer mais sobre aquele herói que teve o poder de vencer a morte. No final da apresentação, a plateia aplaudiu de pé. Marcos sentiu uma onda de sentimentos - euforia, realização, gratidão. Ele finalmente entendeu que ser alguém segundo a Bíblia era o suficiente para inspirar os outros através de sua arte e autenticidade e que essa era a forma dele acessar as pessoas levando uma mensagem de fé e transformação, assim como o herói que ele conheceu na 15Após a feira de talentos, Marcos ficou mais confiante. Ele fez novos amigos que o apreciavam pelo que ele realmente era. A caixinha de retalhos, agora só um en- feite na prateleira do quarto, era um símbolo de sua jornada de autodescoberta e aceitação. Ele continuou a desenhar e a criar, sempre lembrando das palavras que encontrou na Bíblia. Marcos aprendeu que, embora seja natural querer ser igual às pessoas às quais admiramos, é essencial lembrar quem somos e que somos únicos. Ele se tornou um exemplo para seus colegas, mostrando que a verdadeira força vem de desco- brir quem somos em Deus, aceitar e amar a si mesmo. E assim, Marcos viveu sua vida com confiança e criatividade, sempre carregando consigo a lição de que ele é exatamente quem Deus diz que ele é. 16NA PRATICA Deus nos criou de forma única e especial, com talentos e habilidades que refletem Sua criatividade e sabedoria. Assim como Marcos descobriu que sua verdadeira identidade não estava na jaqueta colorida, mas em quem ele era por dentro, nós também podemos encon- trar valor que Deus nos deu ao descobrir e desenvolver nossos talentos para a Sua glória. Crianças, todos nós somos como uma caixinha de retalhos, cada um de nós tem dentro de si pedaços especiais que Deus nos deu. Esses pedaços são nossos talentos e habilidades, coisas que nos fazem únicos. Talvez você seja bom em desenhar, como o Marcos, ou talvez seja ótimo em contar histórias, ajudar os outros, cantar, ou até mesmo em fazer as pessoas sorrirem. Esses talentos são presentes que Deus nos deu, e Ele quer que usemos esses pre- sentes para algo muito especial. Quando Marcos encontrou aquela caixinha de retalhos, ele pensou que a jaqueta colorida o faria especial, mas ele descobriu que a verdadeira beleza estava dentro dele o tempo todo. Da mesma forma, nós não precisamos nos preocupar em ser como os outros ou tentar pa- recer com os mais populares. Deus já nos fez especiais do jeito que somos, com habilida- des e talentos únicos. 17NA PRATICA Pense na parábola dos talentos que Jesus contou na Bíblia. Nela, um homem deu talentos (que eram moedas de ouro) para três servos e pediu que eles os usassem bem. Dois dos servos usaram seus talentos para fazer mais, mas um deles, com medo, escondeu seu ta- lento e não fez nada com ele. Jesus nos que devemos usar os talentos que Deus nos deu, e não escondê-los. Quando fazemos isso, estamos mostrando ao mundo a beleza que Deus colocou dentro de nós. Então, se você é tímido como Marcos, ou se às vezes acha que seus talentos não são tão bons quanto os dos outros, lembre-se: Deus te fez exatamente como você deveria ser, com talentos que só você tem. Descubra que você gosta de fazer, pratique, e use esses talen- tos para mostrar a todos a bondade e a criatividade de Deus. Lembre-se, não é a roupa que você veste ou que os outros pensam de você que importa, mas quem você é por dentro e como você usa o que Deus te deu. Assim como Marcos en- controu coragem e alegria em seus desenhos, você também pode encontrar alegria em usar seus talentos para glorificar a Deus e ajudar as pessoas ao seu redor. 18NA PRATICA Então, vamos juntos descobrir nossos talentos e usá-los com alegria, sabendo que Deus nos fez de forma especial e maravilhosa, e que Ele está sempre ao nosso lado, torcendo para que sejamos tudo aquilo que Ele planejou para nós! Versículo para memorizar: "Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena (Salmo 139:14.) 19PERGUNTAS PARA Como você se sentiria se encontrasse uma caixinha mágica como a de Marcos? Se você pudesse criar uma jaqueta mágica, o que gostaria que ela fizesse por você? que você acha que faz de você uma pessoa especial, assim como Marcos descobriu que era? Como você se sentiria se mostrasse algo que criou para seus cole- gas? 20ORAÇÃO Querido Deus, obrigado por me fazer de forma tão especial e única. Ajuda-me a descobrir os ta- lentos que me deste e a usá-los para a Tua glória. Ensing-me a lembrar que cada um de nós foi feito para a Tua glória. O Senhor criou meninos e meninas para serem pessoas únicas. O Senhor me ama como sou e quer me aperfeiçoar através do amor de Jesus e de Sua Palavra, assim como aperfeiçoar os dons e talen- tos que me concedeu. Em nome de Jesus, amém! 21

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