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Poder, Estado e Cidadania SOC0218 - (Uece) No estado de natureza, o ser humano está em um estado de rela�va paz com os outros. Porém, esse ser humano não se encontra livre de inconveniências como a da violação daquilo que lhe pertence de forma natural: a propriedade privada e, consequentemente, da violação de sua vida, de sua liberdade, de seus bens. Daí a importância de um contrato social entre os seres humanos convivendo em uma sociedade. O advento do contrato social realiza a passagem do estado de natureza para a sociedade polí�ca civil. Assim, a finalidade de qualquer Estado ou governo deve ser a da preservação da propriedade privada e das liberdades individuais. O poder polí�co deve residir justamente no consen�mento de cada indivíduo para a garan�a desses direitos basilares. Assinale a alterna�va que apresenta a teoria contratualista e o pensador a que se refere o texto anterior. a) O individualismo liberal, de John Locke. b) O Estado soberano, de Thomas Hobbes. c) O contrato social, de Jean Jacques-Rousseau. d) Os três poderes, de Montesquieu. SOC0219 - (Unioeste) Leia atentamente o seguinte trecho: No dia 5 de outubro de 2009, a Cons�tuição Federal completou 21 anos de vigência, a�ngindo, portanto, a maioridade. Conhecida como a Cons�tuição Cidadã, mereceu essa alcunha em virtude da inclusão, como direitos fundamentais, de uma série de direitos sociais que a colocaram em contemporaneidade com os anseios da sociedade brasileira (...) Esses avanços foram ob�dos graças à organização e mobilização de expressivos segmentos da sociedade brasileira, desde meados da década de 1970, sendo que entre as bandeiras democrá�cas colocadas por esses segmentos estava a de uma Cons�tuinte livre e soberana. Instalou-se, no entanto, um Congresso Nacional Cons�tuinte, eleito em 1986, com uma composição predominantemente conservadora, no contexto do governo Sarney (...) Entretanto, foram decisivas a mobilização social e a eleição de uma minoria atuante de parlamentares cons�tuintes com origem nos movimentos sindical e popular, bem como em outras organizações da sociedade civil, com vínculo com suas bases e comprome�dos com as propostas democrá�cas. (...) Mesmo com as inves�das de desconstrução, os avanços assegurados pela Cons�tuição de 1988 são relevantes se se compara o sistema de proteção social no Brasil com o de outros países da América La�na. E as propostas do neoliberalismo, de Estado mínimo e priva�zação dos serviços públicos, não foram implementadas de forma tão radical no Brasil como em outros países dessa região (...). OLIVEIRA, Carlindo Rodrigues; OLIVEIRA, Regina Coeli. Direitos sociais na cons�tuição cidadã: um balanço de 21 anos. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 105, p. 5-29, jan./mar. 2011. p. 6-7, 25. Sobre a Cons�tuição Brasileira de 1988, assinale a alterna�va INCORRETA: a) Conhecemos a Cons�tuição de 1988 como a Cons�tuição Cidadã pela inclusão de direitos sociais, mobilização e par�cipação social na sua concepção. b) O conservadorismo do Congresso Nacional Cons�tuinte eleito em 1986 explica o caráter proposi�vo da Carta Cons�tucional. c) Movimentos sindicais e populares, apesar de minoritários no Congresso Nacional Cons�tuinte, �veram uma atuação de destaque na votação de propostas de interesse nacional. d) É possível compreender que a Carta Cons�tucional brasileira, no que diz respeito aos direitos sociais, é fruto de pressões de setores da sociedade civil e da par�cipação popular. e) Em comparação aos países da América La�na, a Cons�tuição brasileira de 1988 prevê um maior escopo de atuação do Estado no que se refere aos serviços públicos. SOC0220 - (Unicentro) Leia o texto a seguir. 1@professorferretto @prof_ferretto Pierre Bourdieu redefine a famosa concepção de Estado moderno de Max Weber ao afirmar que o Estado é o “detentor do monopólio da violência simbólica legí�ma”. (BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002, p. 146.) Weber caracterizava o Estado moderno pelo fato de ser o detentor do monopólio legí�mo do uso da força �sica. Assinale a alterna�va que iden�fica o fenômeno de formação do Estado moderno, sinte�zada na definição de Bourdieu: a) A formação de um campo econômico, que tem o poder de determinar o sistema monetário de um país. b) A formação de um campo educacional, que tem o poder de instruir e preparar para o convívio em sociedade os cidadãos de um país. c) A formação de um campo jurídico, que tem o poder de determinar as leis e os demais códigos jurídicos de um país. d) A formação de um campo polí�co, que tem o poder de determinar o sistema eleitoral de um país. e) A formação de um campo religioso, que tem o poder de definir as crenças e o exercício dos rituais religiosos de um país. SOC0221 - (Uece) Atente para os seguintes excertos: “[...] igualmente oportuno precisar, especialmente para quem deposita a esperança de uma transformação no nascimento dos movimentos, que a democracia como método está sim aberta a todos os possíveis conteúdos, mas é ao mesmo tempo muito exigente ao solicitar o respeito às ins�tuições, exatamente porque neste respeito estão apoiadas todas as vantagens do método e entre estas ins�tuições estão os par�dos polí�cos como os únicos sujeitos autorizados a funcionar como elos de ligação entre os indivíduos e o governo”; “[...] o correto funcionamento de um regime democrá�co apenas é possível no âmbito daquele modo de governar que, segundo uma tradição que parte dos an�gos, costuma ser chamado de "governo das leis". Retomo a minha velha ideia de que direito e poder são as duas faces de uma mesma moeda: só o poder pode criar direito e só o direito pode limitar o poder”. BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. Par�ndo desses excertos de Bobbio sobre a democracia, assinale a afirmação verdadeira. a) O respeito às normas e aos par�dos polí�cos é importante para a manutenção do método democrá�co de governar. b) É unicamente através da educação para a cidadania que se pode manter um governo onde o poder limita os direitos. c) A democracia é o modo de governo em que cabem todos os conteúdos polí�cos sem limitar qualquer vontade par�dária. d) Uma tradição an�ga, que é fundamentada no governo das leis, consegue garan�r os regimes de governos poderosos. SOC0222 - (Uece) O presidencialismo e o parlamentarismo são sistemas de governança polí�ca próprias das democracias que se diferenciam pela forma como cada um gere as relações entre os poderes legisla�vo e execu�vo. As diferenças, mais precisamente, se dão pelos métodos de escolha do voto popular e da relação entre esses poderes. A principal diferença, no entanto, é que no presidencialismo o chefe do execu�vo é eleito pelo voto popular e no parlamentarismo é eleito pelos membros do legisla�vo. Considerando as caracterís�cas do presidencialismo e do parlamentarismo, assinale a afirmação verdadeira. a) No sistema presidencialista, o chefe de governo provém do corpo legisla�vo. b) No parlamentarismo, o presidente e o legisla�vo são eleitos popularmente. c) No presidencialismo, o chefe do execu�vo é chamado de primeiro-ministro. d) No sistema parlamentarista, a autoridade do execu�vo deriva do legisla�vo. SOC0223 - (Enem) 2@professorferretto @prof_ferretto A charge ilustra um anseio presente na sociedade contemporânea, que se caracteriza pela a) situação de revolta individual. b) sa�sfação de desejos pessoais. c) par�cipação em ações decisórias. d) permanência em passividade social. e) conivência em interesses par�dários. SOC0224 - (Unesp) Na história do Estado moderno, duas liberdades são estreitamente ligadas e interconectadas, tanto que, quando uma desaparece, também desaparece a outra. Mais precisamente: sem liberdades civis, como a liberdade de imprensa e de opinião, como a liberdade de associação e de reunião, a par�cipação popular no poder polí�co é um engano; mas, sem par�cipação popular no poder, asliberdades civis têm bem pouca probabilidade de durar. (Norberto Bobbio. Igualdade e liberdade, 1997. Adaptado.) O cenário retratado no texto gera uma prá�ca polí�ca conceituada por Norberto Bobbio como democracia, na qual a) o modelo polí�co an�go é restaurado para a organização da sociedade. b) são garan�das igualdades social e econômica à população. c) os cidadãos são geridos apenas por seu próprio sistema de regras locais. d) apenas a elite par�cipa a�vamente das decisões governamentais. e) existem mecanismos para par�cipação dos indivíduos no poder estatal. SOC0225 - (Uece) Atente para o seguinte trecho a respeito de estado democrá�co e estado liberal: “...o estado liberal é o pressuposto não só histórico, mas jurídico do estado democrá�co. Estado liberal e estado democrá�co são interdependentes em dois modos: na direção que vai do liberalismo à democracia, no sen�do de que são necessárias certas liberdades para o exercício correto do poder democrá�co, e na direção oposta que vai da democracia ao liberalismo, no sen�do de que é necessário o poder democrá�co para garan�r a existência e a persistência das liberdades fundamentais. Em outras palavras: é pouco provável que um estado não liberal possa assegurar um correto funcionamento da democracia, e de outra parte é pouco provável que um estado não democrá�co seja capaz de garan�r as liberdades fundamentais. A prova histórica desta interdependência está no fato de que um estado liberal e um estado democrá�co, quando caem, caem juntos”. BOBBIO, Norberto. O Futuro da Democracia: uma defesa das regras do jogo. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. Considerando o que diz Bobbio sobre a interdependência entre o “estado democrá�co” e o “estado liberal”, é correto dizer que a) a defesa da democracia é a demanda mais importante para as sociedades no mundo, portanto, os direitos individuais não podem se contrapor a esta máxima. b) as liberdades individuais devem ser prioridade máxima para qualquer estado de direito e devem ser preservadas mesmo com medidas não democrá�cas. c) o liberalismo polí�co defende as liberdades individuais para a democracia e, para isso, é imprescindível o poder do Estado na garan�a de direitos civis. d) o estado social democrata tem a perspec�va de garan�r a soberania nacional de forma eficaz e, para isto, pode suspender quaisquer outros �pos de direitos. SOC0226 - (Uece) A perspec�va teórica polí�ca clássica de John Locke (1632-1704) aponta que antes da formação do “contrato social” e do Estado, os seres humanos viviam em um “estado de natureza” com uma rela�va paz, mas cada indivíduo não estava livre de inconveniências como o da violação de sua propriedade privada e, assim, de sua vida, de sua liberdade e de seus bens. Daí a propriedade privada, para Locke, já exis�a assim nesse hipoté�co “estado de natureza” anterior à formação das sociedades e é, neste sen�do, um “direito natural” de todo indivíduo 3@professorferretto @prof_ferretto que nasce livre e não pode ser violado pelo Estado ou por outros. Em termos gerais, Locke é um dos pensadores contratualistas que fundamentaram o individualismo liberal ou o liberalismo polí�co do século XVII. Concepção liberal que, ainda nos tempos atuais, reverbera em debates sobre as melhores orientações para o governo das sociedades contemporâneas, defendendo tanto as liberdades individuais como a livre economia. Acerca dessa concepção liberal, assinale a afirmação verdadeira: a) A passagem de um estado de natureza para o convívio em um Estado tem a finalidade de preservação da propriedade privada e das liberdades. b) O pensamento do liberalismo polí�co defende que todos os indivíduos devem ser liberais na economia e conservadores nos costumes. c) Os liberais possuem um enorme desprazer no convívio com outros quando não existe um poder soberano para manter todos em respeito. d) O pensamento liberal defende que não é a força do Estado que importa para a vida em sociedade, mas a força da tradição e da ordem natural. SOC0227 - (Uece) Os Estados modernos se cons�tuíram e se cons�tuem exercendo uma espécie de poder de regulação sobre as sociedades, através de um conjunto complexo de técnicas que produzem o controle social produzindo “corpos dóceis” poli�camente e a�vos economicamente. Esta concepção foi desenvolvida por Michel Foucault, que procurava apontar como este �po de poder está internalizado nas pessoas, docilizando os “corpos” e subjugando-as para o exercício de controle das sociedades pelos Estados. O conceito de poder acima apresentado se refere a a) dominação racional. b) alienação e fe�che. c) biopoder e biopolí�ca. d) poder econômico. SOC0238 - (Uece) Atente para o seguinte excerto: “[...] O golpe de estado, na grande maioria dos casos, é uma reação contra as soluções revolucionárias ou reformistas, em andamento ou projetadas. Por isso, envolve a restauração e o endurecimento de estruturas arcaicas. Isto é, o golpe de estado sempre inaugura um es�lo de poder autoritário e implica na cristalização da estrutura de apropriação”. (IANNI, Octavio. O colapso do populismo no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.) Com base nesse texto de Ianni, assinale a afirmação verdadeira. a) Existe uma clara diferenciação entre uma ruptura revolucionária e uma ruptura reformista quando há um golpe de estado. b) O golpe de estado é, por vezes, a alterna�va para acabar governos corruptos e, assim, inaugurar um poder democrá�co. c) A possibilidade de uma insurgência revolucionária do empresariado no Brasil é o que jus�fica um golpe de estado proletário. d) De um golpe de estado se origina uma estrutura de dominação social que é man�da e assegurada pelo uso do poder estatal. 56566E29E09370C5EA854D16A56995A3 - (Uel) A criação de direitos foi, nos anos de 1950, objeto de estudo do sociólogo britânico Thomas Humphrey Marshall, que desenvolveu a ideia de cidadania como um status concedido aos que são membros integrais de uma comunidade. Com base nos conhecimentos sobre Cidadania e Direitos em Marshall, assinale a alterna�va correta. a) a) O direito polí�co ao voto no século XIX promoveu a distribuição igualitária de poder, superando de fato a incompa�bilidade polí�ca entre igualdade e desigualdade. b) b) Os direitos civis, ar�culados à teoria liberal, independem do Estado, de modo que cada indivíduo é responsável pela sua garan�a, bem como por sua liberdade. c) c) Os direitos sociais surgiram da luta por liberdade contratual, no século XIX, com vistas à garan�a de saúde, educação, moradia, lazer e previdência social. d) d) Os direitos civis, polí�cos e sociais compõem o desenvolvimento progressivo da cidadania, dis�nguindo-se ao longo do tempo no processo de diferenciação das ins�tuições que os reconheciam. e) e) Os direitos polí�cos precedem os direitos civis e sociais por pressuporem a existência de um status de liberdade, contribuindo para a adição grada�va de outros direitos. SOC0240 - (Uel) Os níveis globais de democracia caíram em 2022 para patamares mais baixos do que em 1986 e o número de Estados comandados por ditaduras se tornou maior do 4@professorferretto @prof_ferretto que o de democracias plenas pela primeira vez desde 1995, segundo relatório anual sobre democracia feito pelo ins�tuto sueco V-Dem, ligado à Universidade de Gotemburgo. A pesquisa é considerada uma referência na medição dos níveis de regimes polí�cos em nível mundial e os divide em quatro vertentes: democracias liberais, democracias eleitorais, autocracias eleitorais e ditaduras. Para classificar mais de 180 países nesses critérios, o ins�tuto avalia itens como liberdade de imprensa, independência entre os poderes, repressão policial e integridade do sistema eleitoral, entre outros. Segundo o relatório, o número de democracias plenas no mundo caiu de 44 em 2009 para 32 em 2022. Já o número de ditaduras, que em 2012 estava em 22, seu número mais baixo, subiu para 33. Asditaduras incluem países como Nicarágua, China e Coreia do Norte. Adaptado de: www.dgabc.com.br. Com base nos conhecimentos sobre Democracia e regimes não democrá�cos, considere as afirma�vas a seguir. I. A democracia eleitoral amplia e aprofunda os princípios da democracia liberal, tornando-se um referencial polí�co para a superação da crise no sistema representa�vo. II. A democracia delibera�va apresenta caracterís�cas que permitem a ela ser implementada em larga escala, cons�tuindo uma alterna�va viável à democracia representa�va. III. Autocracias eleitorais apresentam mecanismos de legi�mação polí�ca definidos por regras democrá�cas de sucessão do poder. IV. Ditaduras como a China impactam no equilíbrio da balança global de poder, criando dependência econômica e afetando os índices globais de liberdade e direitos humanos. Assinale a alterna�va correta. a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. b) Somente as afirma�vas I e IV são corretas. c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. d) Somente as afirma�vas I, II e III são corretas. e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. SOC0241 - (Unesp) Boric também disse que será duro com o narcotráfico e com a delinquência, e que dará atenção às regiões que estão em estado de exceção no norte e no sul do país. “Mas nunca nos esqueçamos, por favor, que todos são seres humanos”, referindo-se tanto a imigrantes ilegais que vêm causando conflitos com os moradores locais, no norte, como aos mapuche, “com quem temos dívidas históricas”. O presidente eleito pediu que o plebiscito que definirá a implementação ou não de uma nova Cons�tuição seja “um grande momento de encontro”. [...] Parafraseou algumas das úl�mas palavras de Salvador Allende em seu úl�mo discurso antes de morrer, afirmando que “seguiremos caminhando pelas grandes alamedas por onde anda o homem livre para construir uma sociedade melhor. (Sylvia Colombo. “Boric toma posse como presidente do Chile e cita Allende em discurso”. Folha de S.Paulo, 11.03.2022.) A matéria jornalís�ca sobre a posse de Gabriel Boric na presidência do Chile revela que o novo presidente a) defende princípios da Cons�tuição promulgada durante o regime militar chileno. b) reafirma o mito da relação harmoniosa entre brancos e na�vos sul-americanos. c) endossa a intolerância de parte expressiva da população ao crescimento da imigração no país. d) associa-se ao recente avanço eleitoral da direita la�no-americana. e) pretende recuperar parte da tradição histórica de luta dos socialistas chilenos. SOC0242 - (Unesp) Mas como nenhuma sociedade polí�ca pode exis�r ou subsis�r sem ter em si o poder de preservar a propriedade, e, para isso, punir as ofensas de todos os membros daquela sociedade, só existe uma sociedade polí�ca onde cada um dos membros renunciou ao seu poder natural e o depositou nas mãos da comunidade. (Segundo tratado sobre o governo civil, 1994.) Exploração e governo, o primeiro dando os meios de governar e cons�tuindo a base necessária assim como o obje�vo de todo governo, que por sua vez garante e legaliza o poder de explorar, são os dois termos inseparáveis de tudo que se chama polí�ca. Desde o início da história, eles cons�tuíram a vida real dos Estados: teocrá�cos, monárquicos, aristocrá�cos e até mesmo democrá�cos. (Deus e o Estado, 2008.) Esses fragmentos associam-se, respec�vamente: 5@professorferretto @prof_ferretto a) ao socialismo utópico e ao marxismo. b) ao marxismo e ao iluminismo. c) ao iluminismo e ao anarquismo. d) ao leninismo e ao socialismo utópico. e) ao anarquismo e ao leninismo. SOC0243 - (Uece) O nacionalismo, grosso modo, se fundamenta em um sen�mento de pertencimento que os membros de uma nação compar�lham entre si. Para Ernest Gellner, o nacionalismo é fruto do avanço da modernidade ocidental e da formação dos Estados-Nações dos úl�mos séculos, pois tal sen�mento não exis�a nas sociedades tradicionais, seja em cole�vidades dentro ou fora da Europa. Para Gellner, foi a implementação da educação escolar em massa que, quando da consolidação do Estado moderno, estabeleceu a criação de uma língua oficial para todos os membros de uma nação que contribuiu para dar mais consistência a esse sen�mento de pertencimento cole�vo em que se sustentam as nacionalidades. Todavia, o nacionalismo não conseguiu dissipar as contradições, os problemas e as lutas em que estão envolvidas as diferentes ideias sobre a nação em toda sociedade. Conforme o exposto, é correto afirmar que a) o nacionalismo, de forma resumida, é o sen�mento de pertencimento de um sujeito a uma ideia que se consolidou nas sociedades medievais europeias. b) a nação é uma ideologia que exalta o Estado e suas foças armadas e que um grupo das elites toma propriedade e se contrapõe às nações estrangeiros. c) a ideia de união gerada pela nação não está livre de ideais nem sempre harmônicos e das divergências dos vários grupos sociais que compõem a nação. d) a escola é a produtora de unidade nacional, pois, no processo educa�vo, incute parâmetros de unificação pela língua e combate a ocorrência de conflitos sociais. SOC0244 - (Uece) O fazer da polí�ca em sociedade é produzido e man�do pelo conflito, pelo embate e pelas oposições. E é recorrente, nas sociedades modernas, apontar a existência de dois lados polí�co-ideológicos opostos: esquerda e direita. Para Norberto Bobbio, imaginar esses dois lados não é simplificar, mas conceder uma representação da realidade confli�va que os embates polí�cos nas sociedades atuais possuem. Não é correto afirmar, isso é evidente, que tal dis�nção é a única possível no universo social polí�co, mas essa dis�nção ainda é representa�va. Porém, o que pode diferenciar esses hemisférios polí�cos opositores? Bobbio aponta alguns critérios de diferenciação, e um deles está centrado no ideal da igualdade. A direita, em geral, considera que as desigualdades sociais não são elimináveis e são úteis na medida que promovem a constante luta pela melhoria da sociedade. Além disso, defendem a liberdade da economia frente a um Estado regulamentador. Já a esquerda, no geral, considera que é preciso combater as desigualdades em busca de jus�ça social e de mais igualdade de oportunidades entre as classes sociais. Em consequência, defendem um Estado provedor e protetor de diversas classes e grupos sociais vulneráveis. Considerando o exposto, é correto afirmar que a) a esquerda acredita na permeabilidade do mercado e entrega a ele a solução de todos os problemas da convivência social. b) a direita aponta que, quanto mais o mercado se estende, mais aumentam os problemas sociais, e o Estado precisa intervir. c) a esquerda parte da convicção de que a maior parte das desigualdades indignam e são elimináveis através da ação polí�ca. d) a direita luta por reforma agrária, polí�cas públicas assistenciais, de inclusão social e mais inves�mento público em todas áreas. SOC0245 - (U�) Após a redemocra�zação da década de 1980, uma série de polí�cas públicas entraram em discussão na pauta polí�ca do Brasil, buscando minorar a desigualdade social, polí�ca e econômica entre os grupos no país. Dentre elas, estão as polí�cas de ações afirma�vas que, decorrente de sucessivas exigências dos movimentos sociais, que buscavam reparação por danos provocados aos negros e negras após 300 anos de escravidão, �veram a Lei nº 12.711 aprovada em 2012. No dia 28 de agosto de 2022 a criação desta lei completou 10 anos; lei esta que estabelece 6@professorferretto @prof_ferretto a) a reserva percentual de redistribuição e devolução de terras e propriedades para os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, ciganos e imigrantes para suas economias de subsistência. b) a reserva percentual de vagas prioritárias em programas de habitação e emprego para mulheres, especialmente para aquelas que são mães, lactantes, gestantes e puérperas. c) a reserva percentual de vagas em ins�tuições federaisde ensino para estudantes de escolas públicas, pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e pessoas de baixa renda. d) a reserva percentual de vagas em ins�tuições federais e par�culares de ensino para professores e estudantes indígenas, LGBTQIA+, mulheres, negros e pessoas com deficiência. SOC0246 - (Unioeste) Ao longo do ano de 2022, diversas manifestações organizadas por lideranças e organizações indígenas ocorreram no território nacional em protesto contra o marco temporal, cuja pauta está em discussão no Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. A tese do marco temporal propõe que sejam reconhecidos aos povos indígenas somente as terras que estavam ocupadas por eles na data de promulgação da Cons�tuição Federal — 5 de outubro de 1988. Juristas e especialistas do direito afirmam que o marco temporal é incons�tucional, uma vez que fere o ar�go 231 da Cons�tuição, no qual estabelece que os direitos indígenas são “direitos originários”, isto é, reconhece que o direito à terra é anterior à própria formação do estado brasileiro. Analise os itens a seguir: I. Trata-se de uma tese que viola o direito adquirido dos povos indígenas por se contrapor ao conceito de direito originário. II. O marco temporal consagrou-se como instrumento jurídico de pacificação de conflitos em terras indígenas. III. O marco temporal restringe os direitos indígenas porque reforça a necessidade de apresentarem a comprovação da ocupação de terras, na data de 5 de outubro de 1988, para terem direito à sua permanência. IV. A tese do marco temporal ignora o processo de violência histórica vivida pelos povos indígenas, os quais muitos foram forçados a deixarem suas terras por ameaças e disputas fundiárias. V. O marco temporal está previsto na Cons�tuição desde a redemocra�zação, cujo período é marcado pela promulgação da Cons�tuição Federal de 1988. Sobre a tese do “marco temporal”, assinale a alterna�va em que os itens estão CORRETOS. a) I, II e III, apenas. b) I, III e V, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) I, II, III e IV, apenas. e) I, II, III, IV e V. SOC0247 - (Uece) “Para a compreensão das polí�cas públicas des�nadas aos jovens no Brasil há uma interconexão entre aquilo que tende a se tornar uma representação norma�va corrente da idade e dos jovens na sociedade e o próprio impacto das ações polí�cas. Dito de outra forma, a conformação das ações e programas públicos não sofre apenas os efeitos de representações sociais sobre a juventude, mas pode, ao contrário, provocar reformulações dessas representações dominantes que a sociedade brasileira constrói sobre os jovens”. SPOSITO, Marília Pontes e CARRANO, Paulo César R. “Juventude e Polí�cas e Públicas no Brasil”, Revista Brasileira de Educação, 24, Dez/2003. Texto adaptado. Par�ndo do exposto, assinale a afirmação verdadeira. a) As polí�cas públicas para a juventude no Brasil hoje estão orientadas para que se impeça a redução da maioridade penal. b) Os programas sociais voltados para a juventude são o retrato passivo de formas dominantes de conceber a condição juvenil. c) As polí�cas públicas para a juventude tanto são orientadas por concepções sociais como mobilizam novas representações. d) Os jovens são abrangidos por polí�cas sociais que reforçam a ideia de delinquência e rebeldia, próprias da idade. SOC0248 - (Uece) A história do capitalismo no Brasil esteve estreitamente ligada às raízes de nossa cultura polí�ca autoritária, afirma o sociólogo Octavio Ianni. E esta relação entre a implementação do modo de produção capitalista e o autoritarismo esteve presente ni�damente nos regimes civil-militares que es�veram à frente do controle estatal em pelo menos dois períodos históricos precisos: o Estado-Novo (1937) e a Ditadura Militar (1964). Conforme indica Ianni, os modelos de governo autoritários foram e ainda são muito representa�vos do predomínio de forças sociais e econômicas que tendem a chegar no controle do poder do Estado. 7@professorferretto @prof_ferretto Assim, par�ndo dessa compreensão, é correto afirmar que: a) o Estado, nos moldes autoritários, é agente do processo econômico capitalista. b) os modelos de governança autoritária são próprios de regimes socialistas. c) o Estado oligárquico estabeleceu o capitalismo através de diálogos com a sociedade. d) os governos populistas separaram o autoritarismo e o capitalismo no Brasil. SOC0249 - (Espm) Direita e esquerda são conceitos polí�cos e ideológicos que datam da Revolução Francesa, quando jacobinos e girondinos assumiram posturas dis�ntas após a queda da monarquia. O termo foi atualizado através dos séculos e pauta as discussões polí�cas no mundo contemporâneo. Nesse contexto, as eleições presidenciais brasileiras de 2022 foram marcadas pela eleição de: a) um presidente de centro-esquerda e por um Congresso mais ligado à pauta de direita. b) um presidente iden�ficado com a direita ou extrema direita e um Congresso majoritariamente de direita. c) par�dos de maioria progressista que dominaram o Congresso na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. d) uma Câmara de Deputados progressistas iden�ficados com bandeiras iden�tárias, mas um Senado Federal dominado pela direita. e) um candidato de extrema esquerda que conseguiu formar uma maioria igualmente de esquerda no Congresso, facilitando a governabilidade. SOC0250 - (Uece) O Sociólogo Max Weber preocupou-se em estudar as ações sociais e o nexo de causalidade que as determinam. Elaborou os conceitos de dominação/legi�mação carismá�ca, tradicional e racional para avaliar o �po de poder existente em dada sociedade. Outro conceito, também desenvolvido por Weber, compreende que, no período de formação da modernidade, ocorreu um gradual afastamento daqueles que de�nham o poder polí�co dos preceitos religiosos que o jus�ficavam. Essas regras morais, religiosas, deixaram de servir de fonte para as ações polí�cas das pessoas, ocorrendo um “processo de desencantamento do mundo”. Com a modernidade, segundo Weber, os governos dos Estados Modernos afastaram as relações entre polí�ca e religião, doravante aquela não sofreria quaisquer influências desta. O conceito de “desencantamento de mundo” deve ser retomado em períodos polí�cos em que o plano de crenças religiosas parece prosperar para jus�ficar inicia�vas polí�cas, porque ele recupera a ideia de uma dominação/legi�mação racional para o pleno funcionamento de um governo e de uma legi�mação polí�ca sobre a sociedade. Com base no texto acima, assinale a alterna�va correta que representa o afastamento entre a religião e a polí�ca: a) A democracia permite a pluralidade de crenças, mas sofre interferências polí�cas na administração das ins�tuições ou influencia uma tomada de posição de governo em decorrência de uma orientação religiosa. b) A secularização não implica um olhar sobre as ações humanas distanciadas das tradições herdadas de um sistema de crenças. c) A legi�midade racional das ações das pessoas são fruto das crenças pelas quais se cons�tuíram, valendo- se de juízo de prudência mais aqueles dados a governar, a par�r de uma religião que outros dela se distanciem. d) As religiões podem interferir no mundo polí�co democrá�co, pois os valores morais são fundamentais para o cumprimento de ações legi�madoras dos governos e orientam os juízos para as ações individuais. e) Avaliar as ações polí�cas, em sociedades democrá�cas, a par�r de um conjunto de valores morais formados por dis�ntas religiões significa não cumprir com os princípios básicos que alicerçam a modernidade. SOC0251 - (Ufu) A fim de ampliarem sua influência, as associações cívicas e os movimentos sociais devem procurar a�ngir diferentes agendas: a dos meios de comunicação, a dos par�dos polí�cos e a dos corpos parlamentares e administra�vos. Através dos media, as questões e causas de atores cívicos podem alcançar uma audiência muito mais ampla do que seria possível por meio de ações diretas.Os media contribuem para inserir temas na agenda pública, para configurar a percepção que os cidadãos têm das questões-chave da polí�ca e, também, para construir o senso que as autoridades polí�cas formam sobre a reação dos cidadãos. MAIA, Rousiley C. M. Atores da sociedade civil e ação cole�va: relações com a comunicação de massa. Lua Nova, São Paulo, v. 76, p. 87-118, 2009. (Fragmento) 8@professorferretto @prof_ferretto Ao descrever a necessidade do uso das mídias de massa pelos atores que formam a sociedade civil, revela-se como, na democracia par�cipa�va, os diferentes atores da sociedade civil a) u�lizam-se da mídia para enfraquecer a capacidade de representação dos par�dos polí�cos e os poderes do Estado. b) procuram controlar a mídia para conquistar a opinião pública e obter o fim da interferência estatal no espaço público. c) visam se mobilizar, por meio do uso das mídias sociais, para definir a posição da burguesia na esfera pública. d) podem influenciar as pautas polí�cas pelos meios de comunicação, mesmo sem controlar o Estado. SOC0252 - (Ufu) Para aquela escola posi�vista, o crime não era um problema exclusivamente moral, como advogavam os reformadores iluministas do sistema penal europeu. Ao contrário, tratava-se de um problema de natureza médica, com conotações psicológicas e sociológicas. Em decorrência, havia disposições inatas para o crime, tais como a cons�tuição biológica ou a agressividade. Sob esta ó�ca, caberia à ciência preparar-se para intervir, "corrigindo" a natureza delinquente de alguns seres humanos. [...] Em outras palavras, se havia casos natos de "patologia criminal", sua maior incidência deveria ocorrer entre as raças "inferiores". No Brasil, naquele mesmo período, formularam-se teorias que apoiavam ou a hipótese da inferioridade e submissão racial dos negros – como foram as teses de Nina Rodrigues (1862-1906), Euclides da Cunha e Oliveira Viana (1883-1951) – ou a hipótese de seu atraso cultural, defendida, entre outros, por Artur Ramos (1903-1949) e Nelson Hungria. ADORNO, S. Racismo. Criminalidade Violenta e Jus�ça Penal: Réus Brancos e Negros em Perspec�va Compara�va. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 18, 1996. (Fragmento) As teorias raciais mencionadas no texto ajudam a explicar o(a) a) surgimento do mito das relações raciais harmônicas e miscigenadas. b) concepção de que o preconceito racial varia conforme a classe social. c) persistência do estereó�po que vincula a figura do negro à criminalidade. d) surgimento das teses segregacionistas adotadas pela legislação nacional. SOC0274 - (Enem PPL) A história conheceu dois grandes �tulos para governar os homens: um que se deve à filiação humana ou divina, ou seja, a superioridade no nascimento; e outro que se deve à organização das a�vidades produtoras e reprodutoras da sociedade, ou seja, o poder da riqueza. As sociedades são habitualmente governadas por uma combinação desses dois �tulos. RANCIÈRE, J. O ódio à democracia. São Paulo: Boitempo, 2014. O texto evoca duas explicações acerca da legi�midade do governo nas sociedades ocidentais. Na história recente das democracias, o fenômeno que resulta da combinação mencionada aponta a presença de a) burocracias dos órgãos estatais. b) corrupção nas prá�cas eleitorais. c) oligarquias nas casas legisla�vas. d) degradação nas estruturas fiscais. e) fortalecimento das siglas par�dárias. SOC0265 - (Enem PPL) Nos governos de Vargas e Perón, o esporte começou a ser visto como um importante elemento na relação entre o regime e a sociedade. Tal fato não deve ser entendido apenas como uma resposta à crescente popularidade do esporte. Ainda que crescente em seus governos, a massificação do esporte já havia ocorrido muito antes. Talvez a influência dos regimes de Mussolini e Hitler sobre os dois governantes la�no-americanos possa apontar para um melhor entendimento dessa nova visão polí�ca, uma vez que ambos �veram uma estreita ligação com o esporte e a sua u�lização como propaganda polí�ca. DRUMOND, M. Vargas, Perón e o esporte. Revista Estudos Históricos, n. 44, jul.-dez. 2009. De acordo com o texto, o uso do esporte nos regimes polí�cos mencionados foi explorado com o obje�vo de a) construção de iden�dades nacionais. b) reprodução de poderes autocrá�cos. c) celebração de fes�vidades cívicas. d) formação de cidadãos saudáveis. e) contestação de símbolos pátrios. SOC0267 - (Enem PPL) A Primavera Árabe parecia mudar a realidade. Em janeiro de 2011, enquanto Ben Ali renunciava ao poder na Tunísia, a�vistas por democracia no Egito começaram a convocar protestos por reformas no país — como na 9@professorferretto @prof_ferretto Tunísia, aproveitando o potencial da comunicação via internet e redes sociais. Ruas e praças, especialmente na capital, Cairo, foram rapidamente tomadas pela população pedindo melhoras econômicas e reformas polí�cas. A praça Tahrir (em português, Libertação), no Cairo, tornou-se o centro do movimento por democracia. O que foi e como terminou a Primavera Árabe? Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado). A reivindicação da revolução popular apresentada no texto exigiu o(a) a) garan�a de direitos civis. b) controle da crença religiosa. c) mudança da cultura islâmica. d) domínio de militantes radicais. e) defesa de Estados autocrá�cos. SOC0292 - (Enem PPL) Há outras razões fortes para promover a par�cipação da população em eleições. Grande parte dela, par�cularmente os mais pobres, esteve sempre alijada do processo eleitoral no Brasil, não somente nos períodos ditatoriais, mas também nos democrá�cos. Na eleição de 1933, por exemplo, apenas 3,3% da população do país votaram. Em 1945, com a volta da democracia, foram parcos 13,4%. Em 1962, só 20% dos brasileiros foram às urnas. KERCHE, F.; FERES JR., J. Um nobre dever. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 109, out. 2014. O baixo índice de par�cipação popular em eleições nos períodos mencionados ocorria em função da a) adoção do voto faculta�vo. b) exclusão do sufrágio feminino. c) interdição das pessoas analfabetas. d) exigência da comprovação de renda. e) influência dos interesses das oligarquias. SOC0288 - (Enem PPL) O processo forma�vo da Estado desenrolou-se segundo a dinâmica de dois movimentos contraditórios e simultâneos: fragmentação e centralização. De um lado, fragmentação na medida em que os príncipes europeus �veram de lutar contra o poder universalista do papa; e centralizador na medida em que os príncipes �veram que lutar contra o poder polí�co e militar de outros chefes polí�cos rivais. Desse processo resultaram as caracterís�cas fundamentais do Estado moderno: exército e burocracia civil permanentes, padronização tributária, direito codificado e mercado uniforme. GONÇALVES, W. Relações internacionais. Rio de Janeiro: Zahar, 2008 (adaptado). A ins�tucionalização polí�ca mencionada tece como uma de suas causas o êxito de alguns príncipes em a) monopolizar o uso legí�mo da força. b) reforçar a hegemonia social do clero. c) restringir a influência cultural da nobreza. d) respeitar a diversidade das vivências locais. e) conter a autoridade das lideranças carismá�cas. SOC0317 - (Enem PPL) O povo que exerce o poder não é sempre o mesmo povo sobre quem o poder é exercido, e o falado self- government [autogoverno] não é o governo de cada qual por si mesmo, mas o de cada qual por todo o resto. Ademais, a vontade do povo significa pra�camente a vontade da mais numerosa e a�va parte do povo – a maioria, ou aqueles que logram êxito em se fazerem aceitar como a maioria. MILL, J. S. Sobre a liberdade. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado). No que tange à par�cipação popular no governo, a origem da preocupação enunciado no texto encontra-se na a) conquista do sufrágio universal. b) criação do regime parlamentarista. c) ins�tucionalização do voto feminino. d) decadência das monarquias hereditárias. e) consolidação da democracia representa�va. SOC0324 - (Enem PPL) Em um governo quederiva sua legi�midade de eleições livres e regulares, a a�vação de uma corrente comunica�va entre a sociedade polí�ca e a civil é essencial e cons�tu�va, não apenas inevitável. As múl�plas fontes de informação e as variadas formas de comunicação e influência que os cidadãos a�vam através da mídia, movimentos sociais e par�dos polí�cos dão o tom da representação em uma sociedade democrá�ca. URBINATI, N. O que torna a representação democrá�ca? Lua Nova, n. 67, 2006. Esse papel exercido pelos meios de comunicação favorece uma transformação democrá�ca em função do(a) 10@professorferretto @prof_ferretto a) limitação dos gastos públicos. b) interesse de grupos corpora�vos. c) dissolução de conflitos ideológicos. d) fortalecimento da par�cipação popular. e) autonomia dos órgãos governamentais. SOC0330 - (Enem PPL) Quando refle�mos sobre a questão da jus�ça, algumas associações são feitas quase intui�vamente, tais como a de equilíbrio entre as partes, princípio de igualdade, distribuição equita�va, mas logo as dificuldades se mostram. Isso porque a nossa sociedade, sendo bastante diversificada, apresenta uma heterogeneidade tanto em termos das diversas culturas que coexistem em um mundo interligado como em relação aos modos de vida e aos valores que surgem no interior de uma mesma sociedade. CHEDIAK, K. A pluralidade como ideia reguladora: a noção de jus�ça a par�r da filosofia de Lyotard. Trans/Form/Ação, n. 1, 2001 (adaptado). A relação entre jus�ça e pluralidade, apresentada pela autora, está indicada em: a) A complexidade da sociedade limita o exercício da jus�ça e a impede de atuar a favor da diversidade cultural. b) A diversidade cultural e de valores torna a jus�ça mais complexa e distante de um parâmetro geral orientador. c) O papel da jus�ça refere-se à manutenção de princípios fixos e incondicionais em função da diversidade cultural e de valores. d) O pressuposto da jus�ça é fomentar o critério de igualdade a fim de que esse valor torne-se absoluto em todas as sociedades. e) O aspecto fundamental da jus�ça é o exercício de dominação e controle, evitando a desintegração de uma sociedade diversificada. SOC0333 - (Enem PPL) A teoria da democracia par�cipa�va é construída em torno da afirmação central de que os indivíduos e suas ins�tuições não podem ser considerados isoladamente. A existência de ins�tuições representa�vas em nível nacional não basta para a democracia; pois o máximo de par�cipação de todas as pessoas, a socialização ou “treinamento social” precisa ocorrer em outras esferas, de modo que as a�tudes e as qualidades psicológicas necessárias possam se desenvolver. Esse desenvolvimento ocorre por meio do próprio processo de par�cipação. A principal função da par�cipação na teoria democrá�ca par�cipa�va é, portanto, educa�va. PATEMAN, C. Par�cipação e teoria democrá�ca. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. Nessa teoria, a associação entre par�cipação e educação tem como fundamento a a) ascensão das camadas populares. b) organização do sistema par�dário. c) eficiência da gestão pública. d) ampliação da cidadania a�va. e) legi�midade do processo legisla�vo. SOC0348 - (Enem PPL) No sistema democrá�co de Schumpeter, os únicos par�cipantes plenos são os membros de elites polí�cas em par�dos e em ins�tuições públicas. O papel dos cidadãos ordinários é não apenas altamente limitado, mas frequentemente retratado como uma intrusão indesejada no funcionamento tranquilo do processo “público” de tomada de decisões. HELD, D. Modelos de democracia. Belo Horizonte: Paideia, 1987. O modelo de sistema democrá�co apresentado pelo texto pressupõe a a) consolidação da racionalidade comunica�va. b) adoção dos ins�tutos do plebiscito e do referendo. c) condução de debates entre cidadãos iguais e o Estado. d) subs�tuição da dinâmica representa�va pela cívico- par�cipa�va. e) deliberação dos líderes polí�cos com restrição da par�cipação das massas. SOC0349 - (Enem PPL) TEXTO I Deputado (definição do século XVIII): Substant. Aquele a quem se deu alguma comissão de jurisdição, ou conhecimento. Mandado da parte de alguma República, ou soberano. O que tem comissão do ministro próprio. SILVA, A. M. Dicionário da língua portuguesa. Lisboa: Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1789 (adaptado). TEXTO II Deputado (definição do século XXI): [...] 4. Aquele que representa os interesses de outrem em reuniões e decisões oficiais. 5. Aquele que é eleito para legislar e representar os interesses dos cidadãos. 11@professorferretto @prof_ferretto 6. Aquele que é comissionado para tratar dos negócios alheios. AULETE, C. Minidicionário contemporâneo da língua portuguesa. São Paulo: Lexikon, 2010 (adaptado). A mudança mais significa�va no sen�do da palavra “deputado”, entre o século XVIII e os dias de hoje, dá-se pelo(a) a) aumento na importância como representação polí�ca dos cidadãos. b) crescente par�cipação dos funcionários no poder do Estado. c) incen�vo à intermediação dos interesses de par�culares. d) criação de diversas pequenas cidades-repúblicas. e) diminuição do poder das assembleias. SOC0380 - (Unicamp) Pouco a pouco a noção de “governança” toma o lugar da categoria “soberania”, tornada an�quada e desvalorizada segundo os princípios da disciplina neoliberal da globalização econômica. Para os defensores da governança, um Estado não deve mais ser julgado por sua capacidade de assegurar soberania sobre um território, mas pelo respeito às injunções de organismos internacionais que representam grandes interesses comerciais e financeiros globais. (Adaptado de Pierre Dardot e Chris�an Laval, A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 276.) Sobre os conceitos de “governança” e “soberania”, podemos afirmar que a) são sinônimos, pois fazem referência à melhor forma de ajustar a condução das empresas e dos Estados ao controle democrá�co das populações. b) as legislações indiretas que beneficiam determinados interesses em detrimento do interesse público são declinantes, daí a menor importância das priva�zações hoje. c) os dois termos são contraditórios, na medida em que representam interesses opostos: de um lado os interesses públicos nacionais; de outro, as exigências da globalização. d) implicam cogovernanças privado-públicas das polí�cas econômicas, levando à produção de medidas e disposi�vos favoráveis às soberanias nacionais. SOC0382 - (Unicamp) De que se trata essa biopolí�ca, esse biopoder? A nova tecnologia do poder que se instala se dirige à mul�plicidade dos homens, não na medida em que eles se resumem em corpos, mas na medida em que ela forma, ao contrário, uma massa global, afetada por processos de conjunto que são próprios da vida, que são processos como o nascimento, a morte, a produção, a doença etc. É com o nascimento da biopolí�ca que se lança mão da medição esta�s�ca desses fenômenos para fins de regulamentação e de intervenção. Um novo �po de poder que consiste em fazer viver e em deixar morrer. (Adaptado de FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: WMF Mar�ns Fontes, 2010, p. 204.) Como tecnologia de poder, a biopolí�ca se inscreve no corpo a) do indivíduo como problema existencial. b) da família como problema reprodu�vo. c) da escola como problema disciplinar. d) da população como problema polí�co. 12@professorferretto @prof_ferretto