Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Prisão Temporária e Preventiva no Processo Penal Brasileiro:
1. Prisão Temporária: É uma medida cautelar que visa garantir o andamento da investigação criminal em crimes graves. Diferente da prisão preventiva, a prisão temporária é decretada por prazo determinado, normalmente 5 dias (podendo ser prorrogada por mais 5), e é restrita a certos tipos de crimes.
2. Hipóteses de Decretação:
· A prisão temporária só pode ser decretada durante a fase de investigação e em crimes específicos previstos na Lei nº 7.960/89.
· É necessária a representação da autoridade policial ou do Ministério Público, ou decisão fundamentada do juiz.
3. Prazo da Prisão Temporária: O prazo inicial é de até 5 dias, prorrogáveis por mais 5, conforme as necessidades da investigação e a decisão do magistrado. Após o fim do prazo, o investigado deve ser solto, salvo se houver nova ordem judicial.
4. Função do Juiz e do Ministério Público:
· O juiz deve fundamentar a necessidade da prisão temporária, levando em conta se há risco à investigação ou à ordem pública.
· O Ministério Público e a autoridade policial têm papéis importantes ao requisitar ou representar a necessidade da prisão, mas esta precisa ser validada pelo juiz.
Internação Provisória e Medidas Cautelares no Processo Penal Brasileiro:
1. Internação Provisória: Prevista no art. 319, VII, do Código de Processo Penal, a internação provisória é uma medida cautelar aplicável aos acusados considerados inimputáveis, ou seja, pessoas que, devido a condições mentais, não podem ser responsabilizadas criminalmente.
2. Hipóteses de Aplicação:
· A internação provisória pode ser decretada se o crime imputado envolver violência ou grave ameaça à pessoa.
· Caso o crime não envolva violência ou grave ameaça, o acusado pode requerer o afastamento dessa medida, especialmente se não houver risco para o processo ou para a sociedade.
3. Requerimento de Afastamento de Medida Cautelar:
· Em situações onde o crime não envolve violência ou grave ameaça, como no caso em questão, o réu (ou seu representante) pode pedir o afastamento da medida de internação provisória, desde que não haja impedimentos legais e o magistrado entenda que o risco ao processo ou à ordem pública é mínimo.
4. Critérios para o Juiz e para a Defesa:
· A defesa deve fundamentar o pedido de afastamento da medida com base na ausência de grave ameaça, e cabe ao juiz avaliar a pertinência de manter ou afastar a medida, sempre respeitando os princípios da proporcionalidade e da legalidade.
Flagrante Impróprio (ou Quase-flagrante) no Processo Penal Brasileiro:
1. Conceito de Flagrante Impróprio: É uma modalidade de prisão em flagrante prevista no art. 302, inciso III, do Código de Processo Penal. Ocorre quando o autor do delito é perseguido logo após a prática do crime, sendo possível presumir que ele é o autor da infração devido à perseguição.
2. Características:
· Diferencia-se do flagrante próprio, onde o agente é surpreendido durante a prática do crime ou logo após sua conclusão.
· No flagrante impróprio, a perseguição é essencial, mesmo que o autor já não esteja no local exato onde cometeu o crime, mas ainda exista um nexo causal entre o delito e a fuga.
3. Finalidade e Legalidade:
· O flagrante impróprio visa garantir a captura do agente delituoso e prevenir que ele escape da justiça.
· A perseguição pode ser realizada por qualquer pessoa, seja autoridade policial ou um particular.
Conversão de Prisão em Flagrante em Prisão Preventiva no Processo Penal Brasileiro:
1. Conversão de Prisão em Flagrante em Preventiva: De acordo com o art. 313, III, do Código de Processo Penal (CPP), a prisão em flagrante pode ser convertida em prisão preventiva, caso seja necessária para garantir a ordem pública, especialmente se o crime envolver violência doméstica ou familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência.
2. Requisitos para Conversão em Prisão Preventiva:
· A prisão preventiva pode ser decretada mesmo que a pena prevista para o crime seja inferior a 4 anos, desde que sejam aplicáveis as medidas de proteção de urgência para a vítima.
· O juiz tem a discricionariedade de converter a prisão em flagrante em preventiva, caso haja elementos que justifiquem a necessidade de garantir a segurança da vítima e da sociedade.
Prisão Temporária e seus Requisitos no Processo Penal Brasileiro:
1. Prisão Temporária: De acordo com a Lei nº 7.960/89, a prisão temporária é uma medida cautelar restritiva que pode ser decretada durante a fase de investigação de determinados crimes considerados graves. Tem prazo inicial de 5 dias, prorrogáveis por mais 5, e é uma medida excepcional que visa assegurar a eficácia da investigação.
2. Regras para Decretação:
· A prisão temporária não pode ser decretada de ofício pela autoridade judicial; é necessário requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial.
· Crimes como associação criminosa não estão expressamente previstos no rol da Lei nº 7.960/89 para a decretação de prisão temporária, salvo se estiverem relacionados a outros crimes graves que permitam essa medida.
3. Separação de Presos Temporários: A lei determina que os presos temporários fiquem separados dos demais detentos para evitar o comprometimento das investigações, visto que eles estão em detenção provisória.
Flagrante Impróprio (ou Quase-flagrante) no Processo Penal Brasileiro:
1. Conceito de Flagrante Impróprio: De acordo com o art. 302, III, do Código de Processo Penal (CPP), o flagrante impróprio, também conhecido como quase-flagrante, ocorre quando o agente é perseguido logo após a prática do delito, em circunstâncias que fazem presumir ser ele o autor da infração. Nesse caso, a perseguição deve ser ininterrupta, independentemente de quem a realize (autoridade policial ou qualquer pessoa).
2. Características:
· Essa modalidade de flagrante é aplicada quando, logo após a prática do delito, o autor é seguido de forma contínua, mesmo que não seja surpreendido no exato momento do crime.
· A lei permite que a prisão em flagrante seja realizada com base na presunção de autoria derivada da perseguição contínua e imediata.
Prisão em Flagrante e Outras Modalidades de Prisão no Processo Penal Brasileiro:
1. Prisão em Flagrante:
· Quando uma pessoa é presa em flagrante delito, a autoridade policial deve comunicar a prisão ao juiz, ao Ministério Público e à família do preso em até 24 horas. O preso deve ser conduzido imediatamente à presença da autoridade competente para as providências cabíveis.
· A prisão em flagrante pode ser convertida em prisão preventiva, relaxada ou concedida a liberdade provisória, conforme as circunstâncias do caso e a decisão judicial.
2. Prisão Temporária:
· A prisão temporária é uma medida cautelar restritiva, com prazo determinado, utilizada em investigações de crimes graves e só pode ser decretada se necessária para a produção de prova ou para garantir a ordem das investigações.
3. Prisão Preventiva:
· A prisão preventiva pode ser decretada para evitar que o investigado interfira no processo ou ponha em risco a ordem pública. Ela também pode ser relaxada por excesso de prazo, conforme previsto em lei.
Conversão de Prisão em Flagrante em Prisão Preventiva para Garantia de Medidas Protetivas:
1. Conversão de Prisão em Flagrante em Preventiva:
· Conforme o art. 313, III, do Código de Processo Penal (CPP), a prisão preventiva pode ser decretada em casos de violência doméstica ou familiar para garantir a execução de medidas protetivas de urgência, independentemente da pena mínima prevista para o crime.
· Essa medida tem o objetivo de proteger a integridade física e psicológica da vítima, especialmente em situações que envolvem ameaça ou coação.
2. Critério da Pena e Primariedade:
· Mesmo que o crime tenha pena inferior a 4 anos ou o acusado seja primário, a prisão preventiva pode ser decretada se for necessária para a aplicação de medidas protetivas de urgência.
· A lei permite essa exceção justamente para garantir a segurança e proteção da vítima em casos de violênciadoméstica.

Mais conteúdos dessa disciplina