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Lista 2 de Penal - prova segunda

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Questões resolvidas

Considere hipoteticamente que C foi preso em flagrante delito pela pretensa prática do crime descrito no artigo 33 da Lei n° 11.343/06. Em audiência de apresentação / custódia, o MP entendeu ser desnecessária a prisão, opinando pela concessão de liberdade provisória sem fiança. Já a Defensoria Pública Estadual apenas reiterou a manifestação do MP. A juíza competente decidiu converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, em razão da reincidência de C, pela gravidade concreta do crime, dada a quantidade, variedade e nocividade das drogas ilícitas apreendidas, além de balança de precisão e anotação típicas de contabilidade do tráfico ilegal de substâncias entorpecentes, e também pelo fato de que a C fora concedida liberdade provisória anteriormente em data bem recente, há menos de 30 dias. Acerca desse caso, assinale a alternativa correta.

A) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ter havido pedido do MP neste sentido, nos termos do disposto no art. 311 do Código de Processo Penal.
B) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, eis que os fundamentos por ela utilizados não são idôneos para justificar a medida extrema do sistema de medidas cautelares pessoais, que é a prisão preventiva.
C) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ficar vinculada à manifestação do MP.
D) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não se confundirem a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva com a decretação da prisão preventiva.
E) A juíza, ao não concordar com a manifestação do MP sobre a aplicação de medidas cautelares alternativas, deveria remeter a questão ao Procurador-Geral de Justiça, nos termos do disposto no art. 28 do Código de Processo Penal, conforme decisões reiteradas do STJ.

No curso do inquérito policial, a prisão preventiva do indiciado foi decretada como garantia da ordem pública. Instaurada a ação penal, verificando que o réu tinha residência e emprego certos, e bons antecedentes, o juiz revogou a prisão. Ainda durante a instrução, testemunhas arroladas pela acusação passaram a receber ameaças do acusado. De acordo com a narrativa e em relação às medidas cautelares pessoais, analise as afirmativas a seguir: I. O juiz poderá redecretar a prisão do acusado, para garantia da aplicação da lei penal, pois a medida visa assegurar diretamente a eficácia do resultado do processo, com um possível provimento condenatório; presentes, todavia, os indícios suficientes do crime e de sua autoria. II. O juiz poderá redecretar a custódia cautelar de caráter instrumental, por conveniência da instrução criminal, estando presentes o fumus commissi delicti e o periculum libertatis. III. Ainda que a redecretação da prisão preventiva não seja admitida na fase em que se encontra o processo, o perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado pode justificar a aplicação de medidas cautelares pessoais. IV. Não é dado ao juiz redecretar a prisão preventiva, cabendo ao tribunal, em recurso exclusivo da acusação, postular a manutenção ou não da custódia cautelar. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) III e IV, apenas.
I, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I e II, apenas.
III e IV, apenas.

Considere hipoteticamente que C foi preso em flagrante delito pela pretensa prática do crime descrito no artigo 33 da Lei n° 11.343/06. Em audiência de apresentação / custódia, o MP entendeu ser desnecessária a prisão, opinando pela concessão de liberdade provisória sem fiança. Já a Defensoria Pública Estadual apenas reiterou a manifestação do MP. A juíza competente decidiu converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, em razão da reincidência de C, pela gravidade concreta do crime, dada a quantidade, variedade e nocividade das drogas ilícitas apreendidas, além de balança de precisão e anotação típicas de contabilidade do tráfico ilegal de substâncias entorpecentes, e também pelo fato de que a C fora concedida liberdade provisória anteriormente em data bem recente, há menos de 30 dias. Acerca desse caso, assinale a alternativa correta.

A) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ter havido pedido do MP neste sentido, nos termos do disposto no art. 311 do Código de Processo Penal.
B) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, eis que os fundamentos por ela utilizados não são idôneos para justificar a medida extrema do sistema de medidas cautelares pessoais, que é a prisão preventiva.
C) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ficar vinculada à manifestação do MP.
D) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não se confundirem a conversão da prisão em fragrante em prisão preventiva com a decretação da prisão preventiva.
E) A juíza, ao não concordar com a manifestação do MP sobre a aplicação de medidas cautelares alternativas, deveria remeter a questão ao Procurador-Geral de Justiça, nos termos do disposto no art. 28 do Código de Processo Penal, conforme decisões reiteradas do STJ.

A legislação processual, em decorrência do perigo abstrato gerado pelo estado de liberdade do imputado. Está correto o que se afirma em Alternativas A) I e II, apenas. B) II e III, apenas. C) II, apenas. D) III, apenas. E) I, apenas. Letra E. A afirmativa I está correta. Conforme determina o artigo 2º, § 7º, da Lei 7.960/89: artigo 2, § 7º: Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. A afirmativa II está incorreta. O furto qualificado pelo emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum é crime hediondo, nos termos do artigo 1º, inciso IX, da Lei n. 8.072/1990 (Lei de Crimes Hediondos): Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados: […] IX – furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). Logo, o prazo para a prisão temporária é de 30 (trinta) dias, consoante previsão no artigo 2º, §4º, da referida lei: §4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. A afirmativa III está incorreta.

A) I e II, apenas.
B) II e III, apenas.
C) II, apenas.
D) III, apenas.
E) I, apenas.

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Questões resolvidas

Considere hipoteticamente que C foi preso em flagrante delito pela pretensa prática do crime descrito no artigo 33 da Lei n° 11.343/06. Em audiência de apresentação / custódia, o MP entendeu ser desnecessária a prisão, opinando pela concessão de liberdade provisória sem fiança. Já a Defensoria Pública Estadual apenas reiterou a manifestação do MP. A juíza competente decidiu converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, em razão da reincidência de C, pela gravidade concreta do crime, dada a quantidade, variedade e nocividade das drogas ilícitas apreendidas, além de balança de precisão e anotação típicas de contabilidade do tráfico ilegal de substâncias entorpecentes, e também pelo fato de que a C fora concedida liberdade provisória anteriormente em data bem recente, há menos de 30 dias. Acerca desse caso, assinale a alternativa correta.

A) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ter havido pedido do MP neste sentido, nos termos do disposto no art. 311 do Código de Processo Penal.
B) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, eis que os fundamentos por ela utilizados não são idôneos para justificar a medida extrema do sistema de medidas cautelares pessoais, que é a prisão preventiva.
C) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ficar vinculada à manifestação do MP.
D) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não se confundirem a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva com a decretação da prisão preventiva.
E) A juíza, ao não concordar com a manifestação do MP sobre a aplicação de medidas cautelares alternativas, deveria remeter a questão ao Procurador-Geral de Justiça, nos termos do disposto no art. 28 do Código de Processo Penal, conforme decisões reiteradas do STJ.

No curso do inquérito policial, a prisão preventiva do indiciado foi decretada como garantia da ordem pública. Instaurada a ação penal, verificando que o réu tinha residência e emprego certos, e bons antecedentes, o juiz revogou a prisão. Ainda durante a instrução, testemunhas arroladas pela acusação passaram a receber ameaças do acusado. De acordo com a narrativa e em relação às medidas cautelares pessoais, analise as afirmativas a seguir: I. O juiz poderá redecretar a prisão do acusado, para garantia da aplicação da lei penal, pois a medida visa assegurar diretamente a eficácia do resultado do processo, com um possível provimento condenatório; presentes, todavia, os indícios suficientes do crime e de sua autoria. II. O juiz poderá redecretar a custódia cautelar de caráter instrumental, por conveniência da instrução criminal, estando presentes o fumus commissi delicti e o periculum libertatis. III. Ainda que a redecretação da prisão preventiva não seja admitida na fase em que se encontra o processo, o perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado pode justificar a aplicação de medidas cautelares pessoais. IV. Não é dado ao juiz redecretar a prisão preventiva, cabendo ao tribunal, em recurso exclusivo da acusação, postular a manutenção ou não da custódia cautelar. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) III e IV, apenas.
I, apenas.
II, apenas.
III, apenas.
I e II, apenas.
III e IV, apenas.

Considere hipoteticamente que C foi preso em flagrante delito pela pretensa prática do crime descrito no artigo 33 da Lei n° 11.343/06. Em audiência de apresentação / custódia, o MP entendeu ser desnecessária a prisão, opinando pela concessão de liberdade provisória sem fiança. Já a Defensoria Pública Estadual apenas reiterou a manifestação do MP. A juíza competente decidiu converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, em razão da reincidência de C, pela gravidade concreta do crime, dada a quantidade, variedade e nocividade das drogas ilícitas apreendidas, além de balança de precisão e anotação típicas de contabilidade do tráfico ilegal de substâncias entorpecentes, e também pelo fato de que a C fora concedida liberdade provisória anteriormente em data bem recente, há menos de 30 dias. Acerca desse caso, assinale a alternativa correta.

A) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ter havido pedido do MP neste sentido, nos termos do disposto no art. 311 do Código de Processo Penal.
B) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, eis que os fundamentos por ela utilizados não são idôneos para justificar a medida extrema do sistema de medidas cautelares pessoais, que é a prisão preventiva.
C) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ficar vinculada à manifestação do MP.
D) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não se confundirem a conversão da prisão em fragrante em prisão preventiva com a decretação da prisão preventiva.
E) A juíza, ao não concordar com a manifestação do MP sobre a aplicação de medidas cautelares alternativas, deveria remeter a questão ao Procurador-Geral de Justiça, nos termos do disposto no art. 28 do Código de Processo Penal, conforme decisões reiteradas do STJ.

A legislação processual, em decorrência do perigo abstrato gerado pelo estado de liberdade do imputado. Está correto o que se afirma em Alternativas A) I e II, apenas. B) II e III, apenas. C) II, apenas. D) III, apenas. E) I, apenas. Letra E. A afirmativa I está correta. Conforme determina o artigo 2º, § 7º, da Lei 7.960/89: artigo 2, § 7º: Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. A afirmativa II está incorreta. O furto qualificado pelo emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum é crime hediondo, nos termos do artigo 1º, inciso IX, da Lei n. 8.072/1990 (Lei de Crimes Hediondos): Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados: […] IX – furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). Logo, o prazo para a prisão temporária é de 30 (trinta) dias, consoante previsão no artigo 2º, §4º, da referida lei: §4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. A afirmativa III está incorreta.

A) I e II, apenas.
B) II e III, apenas.
C) II, apenas.
D) III, apenas.
E) I, apenas.

Prévia do material em texto

1 
 
Direito processual penal 
Lista 2 de questões 
Prof. Antonio Róger 
 
Enunciados 
1 A prisão preventiva pode ser decretada na hipótese da prática de crimes culposos? 
2 As medidas cautelares poderão ser aplicadas de ofício pelo juiz? 
3 As medidas cautelares, incluindo prisões, devem ser estritamente baseadas na lei. Isso significa que 
devem estar previstas e autorizadas expressamente pela legislação penal e processual penal. Que 
princípio é esse? 
4 Caio e Matheus, policiais militares, foram orientados, pelo superior hierárquico, para que 
realizassem patrulhamento de rotina na região XYZ do Município Alfa. Ao se dirigirem ao local, os 
agentes da lei, por coincidência, depararam com Tício apontando uma faca para Maria e exigindo-
lhe a entrega de um telefone celular. Desta forma, os policiais militares capturaram Tício em 
flagrante e, na sequência, o encaminharam à Delegacia de Polícia. Nesse cenário, considerando as 
disposições do Código de Processo Penal e o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominantes, 
é correto afirmar que se está diante de um flagrante Alternativas A) preparado. B) impróprio. C) 
esperado. D) próprio. E) forjado. 
5 Como se chama a expressão de um dos requisitos da prisão preventiva composto pela prova da 
existência de um crime e pelos indícios suficientes de autoria? 
6 Considere hipoteticamente que C foi preso em flagrante delito pela pretensa prática do crime 
descrito no artigo 33 da Lei n° 11.343/06. Em audiência de apresentação / custódia, o MP entendeu 
ser desnecessária a prisão, opinando pela concessão de liberdade provisória sem fiança. Já a 
Defensoria Pública Estadual apenas reiterou a manifestação do MP. A juíza competente decidiu 
converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, em razão da reincidência de C, pela gravidade 
concreta do crime, dada a quantidade, variedade e nocividade das drogas ilícitas apreendidas, além 
de balança de precisão e anotação típicas de contabilidade do tráfico ilegal de substâncias 
entorpecentes, e também pelo fato de que a C fora concedida liberdade provisória anteriormente em 
data bem recente, há menos de 30 dias. Acerca desse caso, assinale a alternativa correta. 
Alternativas. A) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por 
não ter havido pedido do MP neste sentido, nos termos do disposto no art. 311 do Código de 
Processo Penal. B) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, eis 
que os fundamentos por ela utilizados não são idôneos para justificar a medida extrema do sistema 
de medidas cautelares pessoais, que é a prisão preventiva. C) A juíza poderia ter convertido a prisão 
em flagrante em prisão preventiva, por não ficar vinculada à manifestação do MP. D) A juíza 
poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não se confundirem a 
conversão da prisão em fragrante em prisão preventiva com a decretação da prisão preventiva. E) A 
juíza, ao não concordar com a manifestação do MP sobre a aplicação de medidas cautelares 
alternativas, deveria remeter a questão ao Procurador-Geral de Justiça, nos termos do disposto no 
art. 28 do Código de Processo Penal, conforme decisões reiteradas do STJ. 
7 Este princípio estabelece que uma pessoa é considerada inocente até que sua culpabilidade seja 
provada além de qualquer dúvida razoável. Isso significa que uma pessoa não pode ser privada de 
sua liberdade a menos que haja evidências suficientes para justificar tal medida. Que princípio 
processual penal se refere o enunciado? 
 
2 
 
8 João, Delegado de Polícia, representou pela decretação da prisão temporária de Tício, ao argumento 
de que o último teria praticado um crime de homicídio triplamente qualificado em detrimento de sua 
companheira. Nesse cenário, considerando as disposições da Lei 7.960/1989 sobre a prisão 
temporária, é correto afirmar que... Alternativas: A) decretada a prisão temporária e decorrido o 
prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, 
independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, 
salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão 
preventiva. B) para além da possibilidade de representação pela autoridade policial, a prisão 
temporária poderá ser decretada de ofício pelo juiz ou mediante requerimento do Ministério Público. 
C) a decisão que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentada e prolatada dentro do prazo 
de cinco dias, contados a partir do recebimento da representação. D) decretada a prisão temporária, 
expedir-se-á mandado de prisão, em uma via, que será entregue ao indiciado e servirá como nota de 
culpa. E o prazo da prisão temporária inicia-se no dia seguinte à data do cumprimento do mandado 
de prisão. 
9 No crime de furto, de natureza instantânea, onde o suspeito de sua autoria seja abordado 4 dias 
depois da ocorrência criminal, enseja prisão em flagrante? 
10 No curso do inquérito policial, a prisão preventiva do indiciado foi decretada como garantia da 
ordem pública. Instaurada a ação penal, verificando que o réu tinha residência e emprego certos, e 
bons antecedentes, o juiz revogou a prisão. Ainda durante a instrução, testemunhas arroladas pela 
acusação passaram a receber ameaças do acusado. De acordo com a narrativa e em relação às 
medidas cautelares pessoais, analise as afirmativas a seguir: I. O juiz poderá redecretar a prisão do 
acusado, para garantia da aplicação da lei penal, pois a medida visa assegurar diretamente a eficácia 
do resultado do processo, com um possível provimento condenatório; presentes, todavia, os indícios 
suficientes do crime e de sua autoria. II. O juiz poderá redecretar a custódia cautelar de caráter 
instrumental, por conveniência da instrução criminal, estando presentes o fumus commissi delicti e o 
periculum libertatis. III. Ainda que a redecretação da prisão preventiva não seja admitida na fase em 
que se encontra o processo, o perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado pode justificar a 
aplicação de medidas cautelares pessoais. IV. Não é dado ao juiz redecretar a prisão preventiva, 
cabendo ao tribunal, em recurso exclusivo da acusação, postular a manutenção ou não da custódia 
cautelar. Está correto o que se afirma em Alternativas: A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) 
I e II, apenas. E) III e IV, apenas. 
11 No dia 10 de julho de 2020, Pedro, primário, é preso em flagrante delito comercializando ecstasy em 
uma rua do bairro onde mora. Com ele, são apreendidos 50 comprimidos e dinheiro em espécie. 
Assim, é imediatamente conduzido à delegacia, onde, no mesmo dia, é lavrado auto de prisão em 
flagrante pela prática do crime descrito no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, punido com pena de 
reclusão de 5 a 15 anos e multa. O laudo toxicológico provisório atesta que a substância consta da 
lista de substâncias proscritas. Feitas as comunicações devidas, o auto de prisão é remetido ao juízo 
competente e, desse modo, no dia 11 de julho, passadas 23 horas da prisão, Pedro é apresentado à 
autoridade judicial. A audiência é realizada sem a presença de órgão do Ministério Público e após 
entrevistar o preso e ouvir os requerimentos da defesa técnica, o Magistrado homologa a prisão em 
flagrante, que é convertida em preventiva, sob o fundamento de que existe risco à ordem pública na 
liberdade do agente, nos termos do Art. 312 do Código de Processo Penal. Qual foi o erro que o juiz 
cometeu? 
12 O delegado de polícia indiciou e representou pela prisão temporária de Dorival Silva pela prática do 
crime constante no art. 155, § 4º-A do Código Penal (furto qualificado pelo emprego de explosivo 
ou de artefato análogo que cause perigo comum), e por considerar sua custódia imprescindível para 
as investigações. O Juiz aceitou os argumentos da autoridade policial e expediumandado de prisão 
pelo prazo de 30 (trinta) dias. Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, o delegado 
responsável pela custódia, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, manteve 
 
3 
 
Dorival preso na carceragem, em decorrência da gravidade do crime, e a fim de assegurar possível 
fuga do indiciado. Com base estritamente nos fatos narrados e nos termos das Leis nº 7.960/89 e nº 
8.072/90, avalie as afirmativas a seguir: I. Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a 
autoridade responsável pela custódia deveria ter posto imediatamente o preso em liberdade. II A 
prisão é ilegal, pois o prazo máximo da prisão temporária para o crime narrado é de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por mais 5 (cinco) dias, em caso de extrema e comprovada necessidade. III. A 
prorrogação da custódia temporária pelo delegado, independentemente da expedição de novo 
mandado, está em conformidade com a legislação processual, em decorrência do perigo abstrato 
gerado pelo estado de liberdade do imputado. Está correto o que se afirma em Alternativas A) I e II, 
apenas. B) II e III, apenas. C) II, apenas. D) III, apenas. E) I, apenas. 
13 O que deve ser observado para a aplicação correta das medidas cautelares previstas no CPP? 
14 Para que a prisão preventiva possa ser decretada, é imprescindível que estejam presentes quais 
requisitos? 
15 Após ser instaurado inquérito policial para apurar a prática de um crime de lesão corporal culposa 
praticada na direção de veículo automotor (Art. 303 da Lei nº 9.503/97 – pena: detenção de seis 
meses a dois anos), foi identificado que o autor dos fatos seria Carlos, que, em sua Folha de 
Antecedentes Criminais, possuía três anotações referentes a condenações, com trânsito em julgado, 
pela prática da mesma infração penal, todas aptas a configurar reincidência quando da prática do 
delito ora investigado. Encaminhados os autos ao Ministério Público, foi oferecida denúncia em face 
de Carlos pelo crime antes investigado; diante da reincidência específica do denunciado civilmente 
identificado, foi requerida a decretação da prisão preventiva. Recebidos os autos, o juiz competente 
decretou a prisão preventiva, reiterando a reincidência de Carlos e destacando que essa circunstância 
faria com que todos os requisitos legais estivessem preenchidos. Ao ser intimado da decisão, o(a) 
advogado(a) de Carlos deverá requerer o quê? 
 
Gabarito 
1 A prisão preventiva pode ser decretada na hipótese da prática de crimes culposos? Não! Art. 313. 
Nos termos do art. 312 do CPP, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes 
dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido 
condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no 
inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal1; III - se 
o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. 
2 As medidas cautelares poderão ser aplicadas de ofício pelo juiz? Não! As medidas cautelares serão 
decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por 
representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. 
3 As medidas cautelares, incluindo prisões, devem ser estritamente baseadas na lei. Isso significa que 
devem estar previstas e autorizadas expressamente pela legislação penal e processual penal. Que 
princípio é esse? Legalidade. 
4 Caio e Matheus, policiais militares, foram orientados, pelo superior hierárquico, para que 
realizassem patrulhamento de rotina na região XYZ do Município Alfa. Ao se dirigirem ao local, os 
agentes da lei, por coincidência, depararam com Tício apontando uma faca para Maria e exigindo-
lhe a entrega de um telefone celular. Desta forma, os policiais militares capturaram Tício em 
 
1 Art. 64 - Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da 
pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da 
suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação. 
 
4 
 
flagrante e, na sequência, o encaminharam à Delegacia de Polícia. Nesse cenário, considerando as 
disposições do Código de Processo Penal e o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominantes, 
é correto afirmar que se está diante de um flagrante Alternativas A) preparado2. B) impróprio. C) 
esperado3. D) próprio. E) forjado4.5 Art. 302 do CPP. Considera-se em flagrante delito quem: I – 
Está cometendo a infração penal; II – Acaba de cometê-la; Flagrante próprio. III – É perseguido, 
LOGO APÓS, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir 
ser autor da infração; Quase flagrante / Flagrante impróprio / imperfeito / irreal. IV – É 
ENCONTRADO, LOGO DEPOIS, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir 
ser ele autor da infração. Flagrante presumido ou ficto. 
5 Como se chama a expressão de um dos requisitos da prisão preventiva composto pela prova da 
existência de um crime e pelos indícios suficientes de autoria? Fumus comissi delicti. 
6 Considere hipoteticamente que C foi preso em flagrante delito pela pretensa prática do crime 
descrito no artigo 33 da Lei n° 11.343/06. Em audiência de apresentação / custódia, o MP entendeu 
ser desnecessária a prisão, opinando pela concessão de liberdade provisória sem fiança. Já a 
Defensoria Pública Estadual apenas reiterou a manifestação do MP. A juíza competente decidiu 
converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, em razão da reincidência de C, pela gravidade 
concreta do crime, dada a quantidade, variedade e nocividade das drogas ilícitas apreendidas, além 
de balança de precisão e anotação típicas de contabilidade do tráfico ilegal de substâncias 
entorpecentes, e também pelo fato de que a C fora concedida liberdade provisória anteriormente em 
data bem recente, há menos de 30 dias. Acerca desse caso, assinale a alternativa correta. 
Alternativas. A) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por 
não ter havido pedido do MP neste sentido, nos termos do disposto no art. 311 do Código de 
Processo Penal. B) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, eis 
que os fundamentos por ela utilizados não são idôneos para justificar a medida extrema do sistema 
de medidas cautelares pessoais, que é a prisão preventiva. C) A juíza poderia ter convertido a prisão 
em flagrante em prisão preventiva, por não ficar vinculada à manifestação do MP. D) A juíza 
poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não se confundirem a 
conversão da prisão em fragrante em prisão preventiva com a decretação da prisão preventiva. E) A 
juíza, ao não concordar com a manifestação do MP sobre a aplicação de medidas cautelares 
alternativas, deveria remeter a questão ao Procurador-Geral de Justiça, nos termos do disposto no 
art. 28 do Código de Processo Penal, conforme decisões reiteradas do STJ. Letra A. GABARITO: 
"A". Cuida-se da aplicação da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, diante das alterações 
promovidas pelo Pacote Anticrime, segundo a qual: Depois da Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime), 
não é mais possível que o juiz, de ofício, converta a prisão em flagrante em prisão preventiva (é 
indispensável requerimento). Não é possível a decretação “ex officio” de prisão preventiva em 
qualquer situação (em juízo ou no curso de investigação penal), inclusive no contexto de audiência 
de custódia, sem que haja, mesmo na hipótese da conversão a que se refere o art. 310, II, do CPP, 
prévia, necessária e indispensável provocação do MinistérioPúblico ou da autoridade policial. A Lei 
nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º, e do art. 311, 
ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva sem o prévio 
 
2 A doutrina denomina "flagrante preparado", em que se tem como nula a prisão, a hipótese tratada na Súmula 145 do 
Supremo Tribunal Federal dispõe que "não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua 
consumação". Assim reconhecida, no caso concreto, a incidência dessa súmula impõe-se o relaxamento da prisão pela 
nulidade do flagrante. 
3 Flagrante esperado é aquele que ocorre quando, sabendo que um delito irá ou poderá acontecer, a polícia se prepara para 
prender o criminoso em flagrante (no caso da matéria acima, filmando-o, para servir como prova). 
4 Flagrante forjado é aquele armado, realizado para incriminar pessoa inocente. É uma modalidade ilícita de flagrante, onde o 
infrator é o agente que forja o delito. 
5 Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: PC-SC Prova: FGV - 2024 - PC-SC - Psicólogo Policial Civil 
 
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requerimento das partes ou representação da autoridade policial. Logo, não é mais possível, com 
base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex officio’ do Juízo processante em tema de 
privação cautelar da liberdade. A interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz do art. 
282, § 2º e do art. 311, significando que se tornou inviável, mesmo no contexto da audiência de 
custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante de qualquer pessoa em prisão preventiva, 
sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal provocação do Ministério 
Público, da autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do assistente do MP. STJ. 5ª 
Turma. HC 590.039/GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/10/2020 (Info 682). STF. HC 
188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020 (Info 994). 
7 Este princípio estabelece que uma pessoa é considerada inocente até que sua culpabilidade seja 
provada além de qualquer dúvida razoável. Isso significa que uma pessoa não pode ser privada de 
sua liberdade a menos que haja evidências suficientes para justificar tal medida. Que princípio 
processual penal se refere o enunciado? Presunção de inocência. 
8 João, Delegado de Polícia, representou pela decretação da prisão temporária de Tício, ao argumento 
de que o último teria praticado um crime de homicídio triplamente qualificado em detrimento de sua 
companheira. Nesse cenário, considerando as disposições da Lei 7.960/1989 sobre a prisão 
temporária, é correto afirmar que... Alternativas: A) decretada a prisão temporária e decorrido o 
prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, 
independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, 
salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão 
preventiva. B) para além da possibilidade de representação pela autoridade policial, a prisão 
temporária poderá ser decretada de ofício pelo juiz ou mediante requerimento do Ministério Público. 
C) a decisão que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentada e prolatada dentro do prazo 
de cinco dias,6 contados a partir do recebimento da representação. D) decretada a prisão temporária, 
expedir-se-á mandado de prisão, em uma via, que será entregue ao indiciado e servirá como nota de 
culpa. E o prazo da prisão temporária inicia-se no dia seguinte à data do cumprimento do mandado 
de prisão.7 Letra A. Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: PC-SC Prova: FGV - 2024 - PC-SC - Psicólogo 
Policial Civil. 
9 No crime de furto, de natureza instantânea, onde o suspeito de sua autoria seja abordado 4 dias 
depois da ocorrência criminal, enseja prisão em flagrante?8 Não! Não há, nesse caso, situação 
flagrancial. 
10 No curso do inquérito policial, a prisão preventiva do indiciado foi decretada como garantia da 
ordem pública. Instaurada a ação penal, verificando que o réu tinha residência e emprego certos, e 
bons antecedentes, o juiz revogou a prisão. Ainda durante a instrução, testemunhas arroladas pela 
acusação passaram a receber ameaças do acusado. De acordo com a narrativa e em relação às 
medidas cautelares pessoais, analise as afirmativas a seguir: I. O juiz poderá redecretar a prisão do 
acusado, para garantia da aplicação da lei penal, pois a medida visa assegurar diretamente a eficácia 
do resultado do processo, com um possível provimento condenatório; presentes, todavia, os indícios 
suficientes do crime e de sua autoria. II. O juiz poderá redecretar a custódia cautelar de caráter 
instrumental, por conveniência da instrução criminal, estando presentes o fumus commissi delicti e o 
periculum libertatis. III. Ainda que a redecretação da prisão preventiva não seja admitida na fase em 
que se encontra o processo, o perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado pode justificar a 
 
6 O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 horas, contadas a 
partir do recebimento da representação ou do requerimento. 
7 Decretada a prisão temporária, expedir-se-á MANDADO DE PRISÃO, em 2 vias, uma das quais será entregue ao indiciado 
e servirá como nota de culpa. INCLUI-SE o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão 
temporária. 
8 Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXIX - Primeira Fase. 
 
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aplicação de medidas cautelares pessoais. IV. Não é dado ao juiz redecretar a prisão preventiva, 
cabendo ao tribunal, em recurso exclusivo da acusação, postular a manutenção ou não da custódia 
cautelar. Está correto o que se afirma em Alternativas: A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. 
D) I e II, apenas. E) III e IV, apenas.9 Letra B. 
11 No dia 10 de julho de 2020, Pedro, primário, é preso em flagrante delito comercializando ecstasy em 
uma rua do bairro onde mora. Com ele, são apreendidos 50 comprimidos e dinheiro em espécie. 
Assim, é imediatamente conduzido à delegacia, onde, no mesmo dia, é lavrado auto de prisão em 
flagrante pela prática do crime descrito no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, punido com pena de 
reclusão de 5 a 15 anos e multa. O laudo toxicológico provisório atesta que a substância consta da 
lista de substâncias proscritas. Feitas as comunicações devidas, o auto de prisão é remetido ao juízo 
competente e, desse modo, no dia 11 de julho, passadas 23 horas da prisão, Pedro é apresentado à 
autoridade judicial. A audiência é realizada sem a presença de órgão do Ministério Público e após 
entrevistar o preso e ouvir os requerimentos da defesa técnica, o Magistrado homologa a prisão em 
flagrante, que é convertida em preventiva, sob o fundamento de que existe risco à ordem pública na 
liberdade do agente, nos termos do Art. 312 do Código de Processo Penal. Qual foi o erro que o juiz 
cometeu?10 A prisão deve ser relaxada, pois o magistrado não poderia, diante da ausência de pedido 
do Parquet, ter convertido a prisão em flagrante em preventiva de ofício. 
12 O delegado de polícia indiciou e representou pela prisão temporária de Dorival Silva pela prática do 
crime constante no art. 155, § 4º-A do Código Penal (furto qualificado pelo emprego de explosivo 
ou de artefato análogo que cause perigo comum), e por considerar sua custódia imprescindível para 
as investigações. O Juiz aceitou os argumentos da autoridade policial e expediu mandado de prisão 
pelo prazo de 30 (trinta) dias. Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, o delegado 
responsável pela custódia, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, manteve 
Dorival preso na carceragem, em decorrência da gravidade do crime, e a fim de assegurar possível 
fuga do indiciado. Com base estritamente nos fatos narrados e nos termos das Leis nº 7.960/89 e nº 
8.072/90,avalie as afirmativas a seguir: I. Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a 
autoridade responsável pela custódia deveria ter posto imediatamente o preso em liberdade. II A 
prisão é ilegal, pois o prazo máximo da prisão temporária para o crime narrado é de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por mais 5 (cinco) dias, em caso de extrema e comprovada necessidade. III. A 
prorrogação da custódia temporária pelo delegado, independentemente da expedição de novo 
mandado, está em conformidade com a legislação processual, em decorrência do perigo abstrato 
gerado pelo estado de liberdade do imputado. Está correto o que se afirma em Alternativas A) I e 
II, apenas. B) II e III, apenas. C) II, apenas. D) III, apenas. E) I, apenas. Letra E. A afirmativa I 
está correta. Conforme determina o artigo 2º, § 7º, da Lei 7.960/89: artigo 2, § 7º: Decorrido o prazo 
contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de 
nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido 
comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. A 
afirmativa II está incorreta. O furto qualificado pelo emprego de explosivo ou artefato análogo que 
cause perigo comum é crime hediondo, nos termos do artigo 1º, inciso IX, da Lei n. 8.072/1990 (Lei 
de Crimes Hediondos): Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados: […] IX – 
furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 
155, § 4º-A). Logo, o prazo para a prisão temporária é de 30 (trinta) dias, consoante previsão no 
artigo 2º, §4º, da referida lei: §4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por 
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. A afirmativa III está incorreta. 
 
9 Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: PC-SC Prova: FGV - 2024 - PC-SC – Delegado. 
10 Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase. 
 
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Conforme determina o artigo 2º, §7º, da Lei n. 7.960/1989: §7º Decorrido o prazo contido no 
mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova 
ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido 
comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. 
13 O que deve ser observado para a aplicação correta das medidas cautelares previstas no CPP? 
Necessidade da aplicação da lei penal, para garantir a investigação ou a instrução criminal, para 
evitar a prática de infrações penais, adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do 
fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. 
14 Para que a prisão preventiva possa ser decretada, é imprescindível que estejam presentes quais 
requisitos? Fumus comissi delicti e periculum libertatis. 
15 Após ser instaurado inquérito policial para apurar a prática de um crime de lesão corporal culposa 
praticada na direção de veículo automotor (Art. 303 da Lei nº 9.503/97 – pena: detenção de seis 
meses a dois anos), foi identificado que o autor dos fatos seria Carlos, que, em sua Folha de 
Antecedentes Criminais, possuía três anotações referentes a condenações, com trânsito em julgado, 
pela prática da mesma infração penal, todas aptas a configurar reincidência quando da prática do 
delito ora investigado. Encaminhados os autos ao Ministério Público, foi oferecida denúncia em face 
de Carlos pelo crime antes investigado; diante da reincidência específica do denunciado civilmente 
identificado, foi requerida a decretação da prisão preventiva. Recebidos os autos, o juiz competente 
decretou a prisão preventiva, reiterando a reincidência de Carlos e destacando que essa circunstância 
faria com que todos os requisitos legais estivessem preenchidos. Ao ser intimado da decisão, o(a) 
advogado(a) de Carlos deverá requerer o quê? O relaxamento da prisão dele (contracautelar), pois 
ela é ilegal. O crime que ele praticou é culposo.

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