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Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 1
⚖
Resumo DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Resumo: Unidade 1 – Organização do Estado e dos Poderes no 
Brasil
1.1. Estrutura Federativa do Brasil
O Brasil adota o modelo de Estado Federado, no qual o poder é distribuído 
entre entes federativos União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Autonomia dos entes federativos Cada ente tem poder de decisão sobre 
suas políticas, leis e orçamento, mas não possui soberania (que pertence 
exclusivamente à República Federativa do Brasil em relação a outras 
nações).
Características principais da federação:
� Princípio Federativo Divisão de poder e autonomia entre os entes.
� Pacto Federativo Repartição de competências e receitas.
� Indissolubilidade Proibição de secessão.
� Constituição rígida Estrutura jurídica que regula a federação.
� Federalismo cooperativo União e demais entes atuam conjuntamente 
em áreas como saúde e educação.
1.2. Entes Federativos
União Pessoa jurídica de direito público interno, autônoma e representante 
do Brasil nas relações internacionais. Tem competência para legislar, 
arrecadar tributos e administrar bens nacionais (ex.: terras devolutas, rios 
federais, plataforma continental).
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 2
Estados Também pessoas jurídicas de direito público, têm autonomia para 
criar suas constituições e leis, respeitando os limites da Constituição 
Federal.
Bens dos Estados Águas, ilhas não federais, terras devolutas, entre 
outros.
Podem ser criados, desmembrados ou fundidos mediante plebiscito e 
aprovação do Congresso Nacional.
Municípios Ente autônomo para tratar de questões locais, regido por lei 
orgânica própria. Tem competência para legislar, arrecadar tributos 
municipais e prestar serviços públicos locais.
Criação de Municípios Exige estudos de viabilidade, plebiscito e 
aprovação por lei estadual.
Distrito Federal Ente federativo autônomo que acumula competências 
legislativas de Estados e Municípios. Regido por lei orgânica própria. Não 
pode ser dividido em municípios.
1.3. Territórios Federais
Não são entes federativos. São administrados diretamente pela União e 
dependem de regulamentação por lei federal.
Constituição Federal de 1988 – Organização do Estado
Art. 1º O Brasil é uma República Federativa formada pela união indissolúvel 
de seus entes federativos, baseada nos princípios da soberania, cidadania, 
dignidade humana, valores sociais do trabalho e pluralismo político.
Art. 18 Define a autonomia dos entes federativos, regula a criação de 
novos entes e garante a indissolubilidade da federação.
Art. 60, §4º A forma federativa de Estado é cláusula pétrea, ou seja, não 
pode ser alterada por emenda constitucional.
Importante:
Forma de Governo Republicana.
Sistema de Governo Presidencialista.
Forma de Estado Federado.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 3
Esses princípios e estruturas garantem a descentralização do poder, 
promovendo maior participação democrática e respeito às diversidades locais
Intervenção nos Estados e Municípios
A federação brasileira caracteriza-se pela autonomia dos entes federativos, e a 
intervenção é medida excepcional, prevista na Constituição, para situações de 
gravidade extrema. Esse ato político implica a restrição temporária da 
autonomia de um ente federativo, justificável apenas por razões constitucionais 
específicas.
1.3.1 – Intervenção da União nos Estados
A União pode intervir nos Estados e no Distrito Federal nas hipóteses do Art. 
34 da Constituição Federal, incluindo:
� Manutenção da integridade nacional e repelir invasões (estrangeiras ou 
de outros Estados).
� Garantia da ordem pública ou do exercício dos Poderes locais.
� Reorganização financeira, quando houver descumprimento de obrigações 
por mais de dois anos consecutivos ou retenção de receitas municipais.
� Execução de lei federal, ordem ou decisão judicial.
� Garantia de princípios constitucionais, como direitos humanos, autonomia 
municipal e aplicação mínima em educação e saúde.
Legitimidade e Procedimento
Presidente da República Cabe ao Presidente decretar e executar a 
intervenção. Pode agir:
De ofício Nos casos de integridade nacional, ordem pública e questões 
financeiras.
Por provocação Para garantir o livre exercício dos Poderes Art. 34, IV 
ou em casos de desobediência judicial e princípios constitucionais.
Controle pelo Congresso Nacional O decreto de intervenção deve ser 
enviado para apreciação do Congresso em até 24 horas.
Casos específicos
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 4
� Recusa ao cumprimento de decisão judicial Art. 34, VI Depende de 
requisição do STF, STJ ou TSE.
� Garantia de princípios constitucionais Art. 34, VII Requer decisão do 
STF a partir de representação do Procurador-Geral da República.
Ação interventiva no Judiciário
O Ministério Público pode promover ações de inconstitucionalidade ou 
representações para fins de intervenção, conforme Art. 129, IV.
Fim da Intervenção
Cessados os motivos, as autoridades afastadas retornam a seus cargos, salvo 
impedimentos legais Art. 36, §4º).
1.3.2 – Intervenção dos Estados nos Municípios
Os Estados podem intervir nos municípios em hipóteses restritas previstas no 
Art. 35 da Constituição Federal, incluindo:
� Dívida fundada Não pagamento por dois anos consecutivos, sem motivo 
de força maior.
� Prestação de contas Descumprimento das obrigações legais.
� Aplicação mínima em educação e saúde Falta de investimentos exigidos 
constitucionalmente.
� Garantia de princípios constitucionais Requer representação acolhida 
pelo Tribunal de Justiça para assegurar execução de leis ou decisões 
judiciais.
Resumo Final
A intervenção é ato extremo, aplicável somente nas situações expressamente 
previstas na Constituição. Sua decretação exige rigoroso controle legal e 
constitucional, garantindo que a autonomia federativa seja respeitada e 
restaurada tão logo cessadas as causas motivadoras.
Repartição Constitucional de Competências
1. Princípio Geral
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 5
A atuação do Poder Público está limitada ao que é permitido pelo sistema 
jurídico, conforme as competências atribuídas pela Constituição Federal.
1.4. Classificação das Competências
a) Quanto à Natureza
� Competência Material Administrativa): Atuação do poder executivo sobre 
temas específicos.
� Competência Legislativa: Atuação do poder legislativo na criação de leis.
b) Quanto à Forma
� Competências Enumeradas: Estão expressas na Constituição.
� Competências Residuais: Não atribuídas explicitamente; pertencem aos 
Estados-membros.
Ex.: Art. 25 da CF.
c) Quanto à Extensão
� Competência Exclusiva:
Atribuição de apenas um ente federativo (administrativa ou legislativa, 
conforme doutrina).
Ex.: Art. 21, competências exclusivas da União.
� Competência Privativa:
Legislação de temas específicos, podendo ser delegada por lei 
complementar.
Ex.: Art. 22, competência privativa da União.
� Competência Comum:
Atribuição administrativa compartilhada por todos os entes.
Ex.: Art. 23.
� Competência Concorrente:
União legisla sobre normas gerais; Estados e DF podem suplementar.
Na ausência de normas gerais, os Estados podem legislar plenamente 
Art. 24.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 6
� Competência Suplementar:
Estados e Municípios detalham normas gerais ou legislam sobre suas 
peculiaridades.
2. Competências dos Entes Federativos
União
Competência Exclusiva:
Art. 21, como relações internacionais, defesa nacional e administração 
de bens públicos.
Competência Privativa:
Art. 22, legislar sobre direito civil, penal, trânsito, nacionalidade, etc.
Estados
Competência Residual:
Art. 25, todas as matérias não atribuídas aos demais entes federativos.
Exclusiva:
Explorar serviços locais de gás canalizado Art. 25, § 2º).
Municípios
Competência Exclusiva:
Art. 30, legislar sobre interesse local, transporte coletivo, ordenamento 
territorial, etc.
Competência Suplementar:
Complementar legislaçãofederal e estadual Art. 30, II.
Distrito Federal
Reúne competências de Estados e Municípios Art. 32.
Não pode ser dividido em municípios.
Resumo das Competências em Artigos
Art. 21 Competências exclusivas da União.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 7
Art. 22 Competências privativas da União.
Art. 23 Competências comuns entre União, Estados, DF e Municípios.
Art. 24 Competências concorrentes entre União, Estados e DF.
Art. 25 Competências dos Estados.
Art. 30 Competências dos Municípios.
Art. 32 Competências do Distrito Federal.
Esse modelo reflete a organização federativa brasileira e as limitações 
impostas pela Constituição Federal a cada ente.
Da Organização dos Poderes
1. Poder Executivo
Responsável pela administração pública e execução das leis.
Compreende:
Governo: Toma decisões fundamentais e conduz politicamente os 
objetivos do ente federativo Presidente da República, Conselhos e 
Ministérios).
Administração Pública: Executa os objetivos definidos pelo Governo.
Manoel Gonçalves Ferreira Filho: Define o Executivo como Governo 
(cabeça) e Administração (tronco e membros).
2. Presidente da República
Chefe de Estado: Representa o país nas relações internacionais.
Chefe de Governo: Gerencia negócios internos de natureza política e 
administrativa.
Atribuições Exclusivas Art. 84 da CF
Nomear e exonerar Ministros de Estado.
Sancionar, promulgar e vetar leis.
Decretar estado de defesa e de sítio.
Comandar as Forças Armadas.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 8
Nomear membros do STF e outros cargos de relevância após 
aprovação pelo Senado.
Editar medidas provisórias e exercer outras funções previstas na 
Constituição.
2.1 Eleição e Mandato
Requisitos de elegibilidade:
Nacionalidade brasileira, direitos políticos plenos, alistamento eleitoral, 
domicílio eleitoral, filiação partidária, e idade mínima de 35 anos.
Mandato de 4 anos, com posse em 1º de janeiro após a eleição.
Vice-Presidente:
Eleito com o Presidente.
Substitui ou sucede o Presidente em caso de impedimento ou vacância.
2.2 Extinção do Mandato
Motivos:
Morte, renúncia, incapacidade civil, vacância, ausência prolongada do 
país ou cassação.
Cassação do Mandato:
Crime comum: Julgado pelo STF após autorização de 2/3 da Câmara 
dos Deputados.
Crime de responsabilidade: Inclui infrações específicas contra a 
Constituição. Processo iniciado na Câmara e julgado pelo Senado. 
Necessita 2/3 dos votos para condenação.
2.3 Impeachment
Base legal:
Art. 85 da CF Define crimes de responsabilidade (como atentados à 
Constituição, probidade administrativa, lei orçamentária e decisões 
judiciais).
Lei 1.079/1950 regula o processo.
Processo:
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 9
Denúncia apresentada à Câmara dos Deputados.
Comissão especial emite parecer sobre admissibilidade.
Aprovada por 2/3 da Câmara, o processo segue para o Senado.
Senado realiza julgamento com participação do Presidente do STF, 
exigindo 2/3 dos votos para condenação.
2.4 Prerrogativas do Presidente
Foro por prerrogativa de função: Julgamento pelo STF em crimes comuns 
e de responsabilidade.
Imunidade à prisão: Não pode ser preso antes de sentença condenatória 
em crimes comuns.
Imunidade temporária à persecução penal: Não pode ser responsabilizado 
por atos estranhos às suas funções durante o mandato.
Estado de Defesa e Estado de Sítio
Estado de Defesa
Instituído pelo Presidente da República, com consulta ao Conselho da 
República e ao Conselho de Defesa Nacional, tem como objetivo preservar ou 
restabelecer a ordem pública ou paz social ameaçadas por instabilidade 
institucional ou calamidade de grandes proporções.
Características:
Abrange áreas restritas e determinadas.
Duração máxima de 30 dias, prorrogável por mais 30 dias.
Medidas coercitivas autorizadas:
Restrição de direitos de reunião e sigilo de comunicações.
Ocupação e uso temporário de bens públicos em caso de 
calamidade.
Prisões devem ser comunicadas imediatamente ao juiz competente.
Controle pelo Congresso Nacional:
Presidente deve justificar o decreto ao Congresso em até 24 horas.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 10
O Congresso decide pela manutenção ou rejeição do estado de defesa 
em 10 dias.
Estado de Sítio
Decretado pelo Presidente da República, com autorização do Congresso 
Nacional, em situações de:
� Comoção nacional grave ou ineficácia do estado de defesa.
� Estado de guerra ou agressão armada estrangeira.
Características:
Suspensão de garantias constitucionais.
Duração limitada:
Até 30 dias para comoção grave (prorrogável).
Indeterminado para guerra ou agressão armada enquanto durar o 
conflito.
Medidas coercitivas:
Restrições de liberdade, comunicação, reunião e imprensa.
Intervenção em empresas de serviços públicos e requisição de 
bens.
Obrigação de permanência em local determinado e busca 
domiciliar.
Controle pelo Congresso Nacional:
O Congresso deve autorizar e acompanhar a execução do decreto, 
permanecendo em funcionamento durante o período.
Órgãos de Consulta
� Conselho da República:
Composto pelo Vice-Presidente, Presidentes das Casas Legislativas, 
líderes parlamentares, Ministro da Justiça e cidadãos indicados.
Opina sobre intervenção federal, estado de defesa e sítio.
� Conselho de Defesa Nacional:
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 11
Formado por membros do alto escalão do governo, incluindo Ministros 
da Defesa e Relações Exteriores, e Comandantes das Forças Armadas.
Consulta em temas de soberania e defesa do Estado democrático.
Estrutura do Legislativo Federal
Sistema bicameral: composto por Câmara dos Deputados (representa 
proporcionalmente o povo) e Senado Federal (representa igualmente os 
Estados e o Distrito Federal).
Câmara dos Deputados 513 deputados eleitos pelo sistema 
proporcional.
Senado Federal 81 senadores 3 por Estado e Distrito Federal), eleitos 
pelo sistema majoritário, com mandato de 8 anos.
Organização Interna
Mesa Diretora: responsável pela administração das Casas.
Comissões:
Permanentes: atuam durante todo o período legislativo, emitindo 
pareceres especializados sobre temas, como Finanças ou Constituição 
e Justiça.
Especiais: criadas para estudos ou investigações específicas (exemplo: 
PEC da Previdência).
Comissões Especiais de Inquérito CPI: apuram irregularidades 
administrativas, com poder investigativo limitado, cujas conclusões 
são informativas.
Funções do Legislativo
� Função Legislativa: criação e votação de leis.
� Função Deliberativa: decisões internas sobre organização e 
funcionamento das Casas.
� Função de Fiscalização e Controle:
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 12
Controle externo das contas do Executivo com auxílio do Tribunal de 
Contas da União TCU.
Processamento e julgamento de crimes de responsabilidade.
Atribuições
Congresso Nacional Art. 49: aprova leis, autoriza operações financeiras 
externas, aprova estados de defesa e intervenção, entre outros.
Câmara dos Deputados Art. 51: autoriza abertura de processos contra o 
Presidente da República, elabora regimento interno, entre outros.
Senado Federal Art. 52: julga crimes de responsabilidade de altas 
autoridades, aprova indicações para cargos importantes (ex. PGR e 
Ministros do STF, e analisa operações financeiras da União e Estados.
Parlamentares
Condições de Elegibilidade:
Nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos, alistamento 
eleitoral, filiação partidária e idade mínima (variando de 18 a 35 anos, 
conforme o cargo).
Prerrogativas:
Imunidade Material: inviolabilidade civil e penal por opiniões e votos.
Imunidade Formal: só podem ser presos em flagrante por crimes 
inafiançáveis.
Foro Privilegiado: julgamento pelo STF.
Outros direitos: limitação ao dever de testemunhar e isenção de serviço 
militar.
Vedações:
Não podem exercer cargo remunerado em entidades públicas, ter mais de 
um mandato eletivo ou patrocinar causas de interesse público.
Perda de Mandato (Art. 55):
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 13
Por infringir proibições,quebra de decoro, ausência nas sessões, 
suspensão de direitos políticos ou condenação criminal.
Este resumo organiza as principais informações sobre o Poder Legislativo e 
suas funções na estrutura constitucional brasileira.
Processo Legislativo (Artigos 59 a 69 da Constituição Federal)
O processo legislativo abrange a elaboração de emendas constitucionais, leis 
complementares, ordinárias, delegadas, medidas provisórias, decretos 
legislativos e resoluções. Ele segue regras específicas para cada tipo de 
norma.
Emenda à Constituição (Art. 60)
� Proposta: Pode ser feita por:
1/3 dos membros da Câmara ou do Senado;
Presidente da República;
Mais da metade das Assembleias Legislativas estaduais (com maioria 
simples dos membros).
� Votação: Exige aprovação em dois turnos em cada Casa, com 3/5 dos 
votos.
� Limitações:
Não pode ser feita durante intervenção federal, estado de defesa ou de 
sítio.
Não pode abolir: forma federativa, voto direto, separação de poderes e 
direitos individuais.
Propostas rejeitadas não podem ser reapresentadas na mesma sessão 
legislativa.
Leis (Art. 61 a 69)
Iniciativa Legislativa (Art. 61)
Pode ser exercida por parlamentares, comissões, Presidente da República, 
STF, tribunais superiores, Procurador-Geral da República e cidadãos 
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 14
(iniciativa popular).
Privativa do Presidente: Matérias como:
Organização administrativa e judiciária;
Regime de servidores públicos;
Forças Armadas;
Criação/extinção de ministérios e órgãos.
Medidas Provisórias (Art. 62)
Podem ser editadas pelo Presidente em caso de relevância e urgência.
Restrições: Não podem versar sobre temas como nacionalidade, direito 
penal, orçamento, entre outros.
Prazo: Perdem eficácia em 60 dias (prorrogáveis por mais 60 se não forem
convertidas em lei.
Tramitação prioritária: Após 45 dias de publicação, bloqueiam outras 
deliberações até sua votação.
Processo de Aprovação (Art. 63 a 65)
Início: Projetos de iniciativa presidencial ou judicial começam na Câmara 
dos Deputados.
Veto presidencial: Pode ser total ou parcial, em até 15 dias úteis, e deve ser 
apreciado pelo Congresso em 30 dias.
Leis Delegadas (Art. 68)
Presidente da República elabora mediante autorização do Congresso.
Excluem matérias como:
Organização do Judiciário e Ministério Público;
Nacionalidade, cidadania e direitos políticos;
Orçamentos e planos plurianuais.
Leis Complementares (Art. 69)
Aprovadas por maioria absoluta.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 15
O processo legislativo estabelece o equilíbrio entre poderes e garante 
transparência e controle na produção normativa do país.
Organização dos Poderes – Poder Judiciário
Introdução: O Poder Jurisdicional do Estado
A função jurisdicional é realizada pelo Poder Judiciário, aplicando a lei em 
casos concretos por meio de processos regulares. O objetivo é produzir a 
coisa julgada, substituindo as vontades das partes envolvidas no conflito. Além 
de sua função típica, o Judiciário desempenha funções atípicas de caráter 
administrativo e legislativo.
3.1. Garantias Institucionais
Autonomia administrativa O Judiciário organiza seu funcionamento e 
serviços, como prover secretarias e realizar concursos CF, art. 93.
Autonomia financeira Possui orçamento próprio elaborado nos limites da 
Lei de Diretrizes Orçamentárias CF, art. 99.
3.2. Garantias e Vedações dos Magistrados
Garantias CF, art. 95
� Vitaliciedade Adquirida após dois anos no cargo, a perda só ocorre 
por sentença judicial transitada em julgado.
� Inamovibilidade Não podem ser transferidos, salvo por interesse 
público.
� Irredutibilidade de subsídios Proventos não podem ser reduzidos, 
salvo exceções previstas na Constituição.
Vedações:
Exercer outro cargo ou função, exceto magistério.
Receber custas ou participação em processos.
Dedicar-se a atividades político-partidárias.
Receber auxílios ou contribuições, salvo exceções legais.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 16
Exercer advocacia no mesmo tribunal de que se afastaram, por três 
anos após aposentadoria ou exoneração.
3.3. Estrutura do Poder Judiciário
Órgãos principais CF, art. 92STF, CNJ, STJ, TST, Tribunais e Juízes 
Federais, Eleitorais, do Trabalho, Militares, Estaduais, e do DF.
Justiça Federal
Comum: Competente para julgar ações envolvendo a União e entidades 
federais CF, art. 109.
Especializada:
� Justiça Militar Julga crimes militares.
� Justiça Eleitoral Organiza e supervisiona processos eleitorais.
� Justiça do Trabalho Processa ações oriundas de relações trabalhistas.
Justiça Estadual
Comum: Competente para causas não atribuídas à Justiça Federal ou 
especializada.
Especializada: Inclui Justiça Militar Estadual (nos estados que a possuem).
Tribunais Superiores
STJ Responsável por uniformizar a interpretação da legislação 
infraconstitucional.
STF Guarda da Constituição, julgando ações de inconstitucionalidade, 
entre outras competências.
O STF é composto por 11 ministros indicados pelo Presidente da República, 
aprovados pelo Senado e com notável saber jurídico. Atua em casos 
envolvendo autoridades e matérias constitucionais, além de aprovar súmulas 
vinculantes que orientam decisões de outros órgãos.
Controle de Constitucionalidade
Definição
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 17
Controle de constitucionalidade verifica se atos normativos ou outros atos 
estão em conformidade com a Constituição. Em regra, o foco são atos 
normativos emitidos pelo Estado.
Tipos de Controle:
Quanto ao momento:
� Preventivo:
Antes do ato entrar em vigor.
Exemplo: análise de projetos de lei em Comissões de Constituição e 
Justiça CCJ.
� Repressivo:
Após o ato já estar em vigor.
Judicial: Exercido pelo Poder Judiciário.
Legislativo: Sustação de atos normativos do Executivo que extrapolem 
sua competência Art. 49, V, CF.
Exemplo: rejeição de Medida Provisória inconstitucional pelo Congresso 
Nacional Art. 62, CF.
Quanto ao órgão responsável:
� Político:
Executado fora do Poder Judiciário (ex. CCJ e Legislativo).
� Judicial:
Exclusivo do Poder Judiciário.
Quanto ao número de órgãos judiciais:
� Difuso (ou aberto):
Realizado por qualquer órgão do Judiciário no exame de casos 
concretos.
Efeitos:
Inter partes: Só atinge as partes do processo.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 18
Ex-tunc: A decisão reconhece a nulidade do ato desde sua origem.
Caso chegue ao STF, o Senado pode dar efeitos erga omnes à 
decisão Art. 52, X, CF.
Exemplo: juiz pode deixar de aplicar uma lei inconstitucional em um 
caso concreto.
� Concentrado:
Realizado por órgão específico STF ou Tribunal de Justiça Estadual, 
dependendo do caso).
Focado exclusivamente na análise da constitucionalidade de leis ou 
atos normativos.
Efeitos:
Erga omnes: Afeta toda a sociedade.
Ex-tunc: Retroage à origem da norma.
Ex-nunc: Possível por modulação de efeitos, considerando 
segurança jurídica Art. 27, Lei 9.868/99.
Exemplos de ações:
Ação Direta de Inconstitucionalidade ADIn)
Ação Declaratória de Constitucionalidade ADC
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF
Especificidades:
� Medidas Provisórias:
Controle repressivo pelo Congresso Nacional após entrada em vigor 
Art. 62, CF.
� Leis Estaduais e Municipais:
Controle concentrado de leis municipais só ocorre em face da 
Constituição Estadual Tribunal de Justiça).
STF julga controle concentrado de leis estaduais ou federais Art. 102, 
CF.
� Decretos do Presidente da República:
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 19
Controle apenas para decretos autônomos (não regulamentares).
Esse resumo organiza as principais formas de controle de constitucionalidade, 
diferenciando seus momentos, responsáveis e efeitos jurídicos.
Vias de Controle Concentrado de Constitucionalidade
1. Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI
A ADI é uma ação que visa declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativos que contrariem a Constituição Federal. O Supremo Tribunal Federal 
STF éo principal responsável por julgar essas ações, mas tribunais estaduais 
podem tratar da constitucionalidade de normas estaduais ou municipais que 
contrariem a Constituição Estadual.
Objeto Leis ou atos normativos (federais, estaduais ou distritais) que 
violem a Constituição Federal.
Competência O STF, com a possibilidade de tribunais estaduais para 
questões de normas estaduais ou municipais.
Legitimação Diversos órgãos, como o Presidente da República, a Mesa do 
Senado, Governadores, Procurador-Geral da República, entre outros.
Procedimento A petição inicial deve ser detalhada, sendo que o STF pode 
pedir informações e a manifestação de entidades. A decisão final pode 
suspender ou declarar a nulidade da norma com efeitos erga omnes (para 
todos) e ex-tunc (retroativos).
Medida Cautelar Pode ser concedida antes do julgamento final para 
suspender a eficácia da norma questionada.
2. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão ADO
A ADO trata da ausência de atos normativos que deveriam ser criados para 
cumprir uma norma constitucional, configurando uma "inconstitucionalidade 
por omissão". Não há norma violando diretamente a Constituição, mas a falta 
de ação para implementar um comando constitucional.
Objeto A falta de normas necessárias para dar efetividade a normas 
constitucionais de eficácia limitada.
Competência O STF, como na ADI.
Legitimação Os mesmos órgãos que podem propor a ADI.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 20
Defesa Não há defesa do ato normativo, pois se trata da ausência de 
norma. O órgão responsável pela omissão deve ser chamado a se 
manifestar.
Efeitos das Decisões:
As decisões de ADI podem declarar a nulidade das normas, com efeitos 
retroativos, mas o STF pode modular esses efeitos para garantir a segurança 
jurídica ou por interesse social, decidindo que os efeitos só se aplicam após o 
trânsito em julgado ou em outro momento fixado.
Ações de Controle Concentrado de Constitucionalidade
� Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão ADO
A ADO visa corrigir a omissão de normas ou providências necessárias à 
efetivação de direitos constitucionais. Pode ser proposta pelos mesmos 
legitimados da Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI.
Admissibilidade: A petição inicial deve indicar a omissão (total ou 
parcial) de um dever constitucional, seja legislativo ou administrativo.
Procedimento: Segue as disposições da ADI, com a possibilidade de 
manifestação de terceiros e pedidos de informações.
Medida Cautelar: O STF pode conceder medida cautelar em casos 
urgentes, suspendendo a aplicação de atos ou procedimentos 
enquanto a omissão não for corrigida.
Decisão: O Tribunal dará ciência ao órgão competente para adotar as 
providências necessárias, com prazos estabelecidos para ações de 
órgãos administrativos (geralmente 30 dias).
� Ação Declaratória de Constitucionalidade ADC
A ADC tem como objetivo afastar a insegurança jurídica sobre a 
constitucionalidade de normas em vigor. Pode ser proposta pelos mesmos 
legitimados da ADI.
Procedimento: A petição inicial deve conter a controvérsia judicial 
relevante sobre a norma e o pedido de declaração de 
constitucionalidade.
Medida Cautelar: O STF pode suspender processos judiciais que 
envolvam a norma questionada até o julgamento definitivo da ADC.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 21
Decisão: Após o julgamento, a norma é declarada constitucional ou 
inconstitucional, com efeitos que podem ser ex nunc (a partir da 
decisão) ou ex tunc (retroativos).
� Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva ADI Interventiva)
A ADI Interventiva permite que o Procurador-Geral da República solicite a 
intervenção da União em um Estado da Federação, quando este violar 
princípios constitucionais (como a forma republicana, a autonomia 
municipal, etc.).
Competência: O STF decidirá sobre a intervenção com base em uma 
representação do Procurador-Geral da República.
� Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF
A ADPF visa proteger preceitos fundamentais da Constituição Federal, 
podendo ser usada quando outros meios de controle não são adequados. A 
ADPF pode ser utilizada para questionar atos normativos de qualquer 
esfera (municipal, estadual, federal) ou decisões judiciais com relevância 
constitucional.
Preceitos Fundamentais: Incluem princípios constitucionais essenciais, 
como a divisão de poderes, direitos fundamentais, e a forma federativa 
do Estado.
Exemplos: A ADPF foi usada em casos históricos como a 
descriminalização do aborto em casos de anencefalia ADPF 54, a 
união homoafetiva ADPF 132, e as cotas raciais em universidades 
ADPF 186.
Julgamento: O STF pode declarar a inconstitucionalidade de normas 
ou atos que contrariem preceitos fundamentais, com efeitos 
vinculantes.
Essas ações fazem parte do controle concentrado de constitucionalidade, onde 
o STF é o principal responsável por garantir que as normas e atos não 
contrariem a Constituição Federal.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF
� Objeto e Legitimidade
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 22
A ADPF é um mecanismo processual para evitar ou reparar lesão a preceito 
fundamental da Constituição, resultante de atos do Poder Público. Pode ser 
proposta por:
Legitimados para a Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI.
O Procurador-Geral da República, mediante representação, quando 
necessário.
� Petição Inicial
A petição inicial deve conter:
Indicação do preceito fundamental violado.
Identificação do ato questionado.
Prova da violação.
O pedido com especificações.
Comprovação de controvérsia judicial relevante, se aplicável.
� Procedimento
Indeferimento Liminar: O relator pode indeferir liminarmente a petição 
caso não atenda aos requisitos ou existam meios eficazes para sanar a 
lesão.
Medida Liminar: O STF pode conceder liminar para suspender efeitos 
de atos normativos ou decisões judiciais, especialmente em casos 
urgentes.
Informações: O relator solicitará informações às autoridades 
responsáveis e poderá designar audiências públicas ou perícias.
� Julgamento
Quorum: A decisão sobre a ADPF exige a presença de dois terços dos 
ministros do STF.
Decisão Final: Após o julgamento, a decisão será vinculante, afetando 
todos os órgãos do Poder Público. Ela terá efeito imediato, salvo se o 
STF decidir restrições por segurança jurídica ou interesse social.
� Efeitos e Publicação
A decisão terá eficácia contra todos e será publicada em seção 
especial do Diário Oficial e do Diário da Justiça da União.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 23
O STF pode restringir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade 
ou determinar que ela tenha eficácia apenas após trânsito em julgado.
� Irrecorribilidade
A decisão sobre a ADPF é irrecorrível, não podendo ser alvo de ação 
rescisória.
Reclamação pode ser feita caso a decisão não seja cumprida.
Essas disposições ampliam o controle de constitucionalidade, permitindo que o 
STF se manifeste sobre a violação de preceitos fundamentais, abrangendo atos 
de qualquer poder ou esfera da administração pública.
Funções Essenciais à Justiça e Estrutura dos Órgãos
� Conselho Nacional de Justiça CNJ Criado pela Emenda Constitucional 
nº 45 de 2004, o CNJ visa melhorar o funcionamento do Judiciário no 
Brasil, com foco na transparência, controle e eficiência. Ele não tem 
jurisdição, mas atua administrativamente para garantir a autonomia do 
Judiciário e supervisionar o cumprimento do Estatuto da Magistratura. Suas 
atribuições incluem zelar pela ética judicial, julgar processos disciplinares e 
promover a publicação de relatórios sobre a atividade judicial.
� Penas Disciplinares do CNJ O CNJ pode aplicar diversas sanções aos 
membros do Judiciário, como advertência, censura, remoção compulsória, 
e aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de 
serviço.
� Composição do CNJ O CNJ é composto por 15 membros, incluindo 
ministros de tribunais superiores, juízes, advogados ecidadãos com 
notório saber jurídico, nomeados por diferentes órgãos como o Supremo 
Tribunal Federal STF, Superior Tribunal de Justiça STJ, e o Senado 
Federal.
� Ministério Público O Ministério Público é uma instituição essencial para a 
defesa do regime democrático, atuando na promoção da justiça e nos 
interesses sociais. Ele tem autonomia funcional e administrativa e é 
composto por diferentes esferas, como o Ministério Público Federal e o 
Ministério Público dos Estados. A instituição tem funções como promover 
ações penais, zelar pelos direitos fundamentais e controlar a atividade 
policial.
Resumo DIREITO CONSTITUCIONAL 24
� Advocacia Pública A Advocacia-Geral da União AGU representa a União 
judicial e extrajudicialmente e também realiza atividades de consultoria. A 
AGU é chefiada pelo Advogado-Geral da União, nomeado pelo Presidente 
da República. Procuradores dos Estados e do Distrito Federal representam 
as respectivas unidades federativas.
� Defensoria Pública A Defensoria Pública é uma instituição permanente e 
essencial à justiça, destinada a garantir a defesa integral e gratuita dos 
direitos de pessoas necessitadas, tanto no âmbito judicial quanto 
extrajudicial. Ela é composta por defensores públicos que devem ser 
selecionados por concurso público, e tem autonomia funcional e 
administrativa.
Esses órgãos desempenham funções essenciais para assegurar o 
funcionamento do sistema judiciário, a proteção dos direitos fundamentais e a 
justiça social.

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