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DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Ordem Econômica e Financeira
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
240313477963
ARAGONÊ FERNANDES
Juiz de Direito do TJDFT. Foi promotor de Justiça do MPDFT. Foi assessor de ministros 
em Tribunais Superiores. Aprovado em diversos concursos. Professor de Direito 
Constitucional exclusivo do Gran. Coordenador da Gran Pós. Autor de obras jurídicas. 
Fundador do Canal Sai Pobreza. Palestrante.
 
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Ordem Econômica e Financeira 
Aragonê Fernandes
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Ordem Econômica e Financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Princípios da Ordem Econômica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3. Da Intervenção do Estado no Domínio Econômico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1. Intervenção Direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.2. Intervenção Indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.3. Intervenção como Prestador de Serviço Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.4. Intervenção Mediante a Instituição de Regime de Monopólios . . . . . . . . . . . 20
4. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE Combustíveis . . . . 21
5. Do Tratamento Dado às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte . . . . 21
6. Da Política Urbana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
6.1. Da Usucapião Especial Urbana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
7. Da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
7.1. Da Usucapião Especial Rural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
8. Do Sistema Financeiro Nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
9. Tópico Especial: Súmulas Aplicáveis à Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Questões de Concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Questões de Concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
 
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aPrEsEntaÇÃOaPrEsEntaÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Cá para nós, o Capítulo relativo à Ordem Econômica e Financeira não costuma aparecer 
com frequência nos Editais. Contudo, quando ele resolver dar as caras, normalmente é 
cobrado na prova.
Então, nada de deixar de lado esse conteúdo que é denso, mas que no mais das vezes traz 
questões cobrando o texto constitucional. Aqui, não há tanta cobrança da jurisprudência 
ou mesmo da Doutrina.
Preste atenção especial no próprio artigo 170 e nos princípios que regem a Ordem 
Econômica, fazendo um paralelo com os Fundamentos da RFB, apresentados no artigo 1º 
da Constituição.
Além disso, importante ficar de olho nas regras da usucapião especial, tanto urbana 
quanto rural.
Sem mais demora, vamos à luta!
 
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ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRAORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
1 . intrODuÇÃO1 . intrODuÇÃO
Sabemos que o Brasil adotou o sistema capitalista. Essa escolha fica clara desde o artigo 
1º da Constituição, quando se diz que a valorização do trabalho e da livre iniciativa é um 
dos fundamentos da RFB.
Ao tratar da Ordem Econômica e Financeira, a valorização do trabalho e da livre iniciativa 
é novamente ressaltada – art. 170 da Constituição.
Entendo necessário fazer um breve apanhado histórico para facilitar a compreensão 
da matéria.
A partir da Revolução Francesa, o mundo viveu a época do liberalismo, com o afastamento 
da intervenção do Estado na economia.
Esse liberalismo orientou o movimento chamado de Constitucionalismo, servindo de 
vetor na elaboração da Constituição dos Estados Unidos (1787) e Francesa (1791).
É comum recordarmos as aulas de história, quando nos foi ensinado que um dos lemas 
da burguesia era o laissez faire, laissez passer (em tradução livre, deixai fazer, deixai passar).
A exploração demasiada do Capitalismo, que explorava sobremaneira os trabalhadores, 
conduziu à necessidade de se repensar o liberalismo econômico.
Em razão disso, houve a compreensão de que o Estado deveria garantir direitos sociais 
aos trabalhadores. Surge, a partir daí uma crise no Liberalismo.
Dentro da ordem constitucional, e no período em que o mundo saía da Primeira Grande 
Guerra, foram promulgadas as Constituições do México, da Alemanha e da Rússia. Essa 
última pregava o socialismo, afastando a ideia de livre iniciativa.
Esse movimento de positivação de direitos sociais nas Constituições se espalhou por 
vários países, dando ensejo ao chamado Estado do bem-estar social (welfare state).
A Constituição de 1988 traz como princípio-fonte a dignidade da pessoa humana. 
Assim, embora se adote o regime capitalista, o constituinte deixou claraa 12% ao ano.
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No entanto, a EC n. 40/2003 revogou o § 3º do artigo 192, retirando a previsão que 
limitava os juros.
Surge, então, uma discussão: até a promulgação da EC 40/03, ou seja, entre 1998-2003 
essa taxa foi aplicada?
Não, pois era uma norma de eficácia limitada, sem o necessário complemento. É o 
que consta na Súmula Vinculante n. 7, segundo a qual a norma do § 3º do artigo 192 da 
Constituição, revogada pela Emenda Constitucional n. 40/2003, que limitava a taxa de 
juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei complementar.
Atualmente, o artigo 192 se limita a dizer que o sistema financeiro nacional, estruturado 
de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da 
coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, 
será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do 
capital estrangeiro nas instituições que o integram.
Agora fique de olho numa decisão frequentemente destacada nas provas: o STF entende 
ser inconstitucional lei estadual que imponha às agências bancárias o uso de equipamento 
que, embora seja indicado pelo Banco Central, ateste a autenticidade de cédulas de dinheiro 
nas transações bancárias (STF, ADI 3.515).
Aproveitando que falei no Banco Central, o STF entendeu pela validade da LC 179/2021, 
que deu autonomia à entidade. Havia um questionamento sobre possível vício formal, 
porque a questão da autonomia foi inserida no PLC por meio de iniciativa parlamentar.
Porém, o STF afastou a existência de vício, destacando que não haveria iniciativa reservada 
nesse caso, até porque o artigo 48, XIII, da CF dá ao CN a competência para dispor sobre 
matéria financeira, cambial e monetária. Além disso, o Presidente da República também 
havia enviado projeto de lei ao Congresso com a mesma finalidade, o que indicava sua 
concordância com a autonomia (STF, ADI n. 6.696).
9 . tÓPiCO EsPECial: sÚMulas aPliCÁVEis À aula9 . tÓPiCO EsPECial: sÚMulas aPliCÁVEis À aula
SÚMULAS VINCULANTES – STF
SÚMULA VINCULANTE 7
A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela EC 40/2003, que limitava 
a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei 
complementar.
SÚMULA VINCULANTE 49
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
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SÚMULAS STF – NÃO VINCULANTES
Súmula 668
É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC 29/2000, 
alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da 
função social da propriedade urbana.
Súmula 556
É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de 
economia mista.
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QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO
CEsPE
PrinCÍPiOs Da OrDEM ECOnÔMiCa
001. 001. (SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) Considerando os princípios gerais da atividade 
econômica previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
A União detém o monopólio da pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural, 
sendo-lhe permitida a contratação de empresas estatais e privadas para a realização dessas 
atividades, desde que observadas as condições estabelecidas em lei.
002. 002. (SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) Considerando os princípios gerais da atividade 
econômica previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista gozam de privilégios fiscais não 
extensivos às sociedades comerciais do setor privado.
003. 003. (TJ-PA/JUIZ DE DIREITO/2019) De acordo com a Constituição Federal de 1988, as jazidas 
em lavra e demais recursos minerais e potenciais de energia hidráulica constituem, para 
efeito de exploração e aproveitamento, propriedade
a) distinta da do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida 
ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
b) distinta da do solo e pertencem ao estado onde estejam localizados, garantida ao 
permissionário ou concessionário a propriedade da lavra.
c) conjunta à do solo e pertencem à União, garantida ao permissionário ou concessionário 
a propriedade do produto da lavra.
d) conjunta à do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida 
ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
e) distinta da do solo e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do 
produto da lavra.
004. 004. (MPC-PA/ANALISTA/2019) Considerando os princípios que regem a ordem econômica, 
é correto afirmar que
a) o Estado deve evitar interferir na economia, sob pena de violar o princípio da livre 
concorrência.
b) o Estado pode atuar de maneira direta na economia, por meio do regime de monopólio 
ou da participação em empresa do setor privado.
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c) o tratamento favorecido em licitações públicas para empresas de pequeno porte ofende 
o princípio da livre concorrência.
d) a defesa do consumidor e a defesa ao meio ambiente devem ceder em face do 
desenvolvimento econômico.
e) a soberania nacional não pode ser considerada um princípio da ordem econômica.
005. 005. (TCE-RO/PROCURADOR/2019) Determinado município editou lei proibindo a utilização de 
automóveis particulares cadastrados em aplicativos para o transporte individual remunerado 
de pessoas.
Nessa situação hipotética, a referida lei é
a) inconstitucional, pois viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, não 
sendo permitido ao município impor qualquer restrição à atividade.
b) inconstitucional, visto que viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, 
sendo permitido ao município regulamentar e fiscalizar o serviço, desde que não contrarie 
lei federal.
c) constitucional, uma vez que compete privativamente ao município legislar sobre trânsito 
e transporte e regular o uso das vias públicas
d) constitucional, porque a proibição de atividades que importam em risco para os usuários 
atende ao princípio da proporcionalidade.
e) constitucional, pois o transporte individual remunerado de passageiros é serviço público 
dependente de permissão ou autorização.
006. 006. (EMAP/ANALISTA/2018) Lei pode estabelecer condições para o exercício de certas 
atividades econômicas.
007. 007. (STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) A defesado meio ambiente, inclusive mediante 
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de 
seus processos de elaboração e prestação, é princípio de índole constitucional que pauta 
a ordem econômica brasileira.
008. 008. (PGE-PE/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Acerca da ordem econômica e financeira 
nacional, assinale a opção correta.
a) Com a aplicação do princípio da soberania nacional à atividade econômica, visa-se evitar 
a influência descontrolada de outros países na economia brasileira.
b) É inconstitucional o tratamento jurídico favorecido para empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras, em razão de ter sede e administração no país, por afronta 
ao princípio da igualdade.
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c) Exige-se a autorização do órgão público competente para o trabalho e o exercício de 
qualquer atividade econômica.
d) A defesa do consumidor é um direito fundamental individual, não se enquadrando, por 
isso, como princípio da atividade econômica.
e) A exploração direta de atividade econômica pelo Estado é permitida irrestritamente, se 
respeitado o princípio da livre concorrência.
009. 009. (PC-MT/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) De acordo com o entendimento dos tribunais 
superiores, lei municipal que impedir a instalação de mais de um estabelecimento comercial 
do mesmo ramo em determinada área do município será considerada
a) inconstitucional, por ofender o princípio da livre concorrência.
b) inconstitucional, por ofender o princípio da busca do pleno emprego.
c) constitucional, por versar sobre assunto de interesse exclusivamente local.
d) constitucional, por não ofender o princípio da defesa do consumidor.
e) inconstitucional, por ofender o princípio da propriedade privada.
010. 010. (TJDFT/JUIZ DE DIREITO/2016) Considerando-se as normas contidas na CF acerca da 
ordem econômica, é correto afirmar que
a) fundando-se a ordem econômica na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
é vedada a exigência, por lei, de autorizações por órgãos públicos, para o exercício de 
qualquer atividade econômica.
b) a União, os estados, o DF e os municípios devem incentivar o turismo, como fator de 
desenvolvimento social e econômico.
c) apenas a livre concorrência e a defesa do consumidor são princípios de observância 
obrigatória.
d) a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro constitui monopólio da União, que pode, 
para realizá-la, contratar apenas empresas estatais, observadas as condições estabelecidas 
em lei.
e) a concessão de serviço público deve ser precedida sempre de licitação. A permissão de 
serviço público, porém, deverá ser feita por contratação direta.
011. 011. (TCU/PROCURADOR/2015) A CF consagra a livre iniciativa como princípio da ordem 
econômica, razão por que serão inconstitucionais as leis
a) municipais que fixem o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais.
b) que condicionem o exercício de qualquer atividade econômica à autorização prévia de 
órgãos públicos.
c) que pretendam regular e determinar as formas de afixação de preços de produtos e 
serviços.
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d) que restrinjam a livre negociação entre as partes, a exemplo de leis que fixem a gratuidade 
de acesso ao transporte público para pessoas com deficiência, desde que comprovadamente 
carentes.
e) municipais que impeçam a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo 
em determinada área.
012. 012. (TCU/PROCURADOR/2015) Assinale a opção correta no que se refere aos princípios 
gerais da atividade econômica e às entidades estatais prestadoras de serviços públicos.
a) O estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica está sujeito ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas, razão por que não se aplicam a elas as disposições constantes da Lei 
de Acesso à Informação.
b) As empresas públicas e as sociedades de economia mista que executem atividades em 
regime de concorrência estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 
Isso não as impede, porém, de se beneficiarem do sistema de pagamento por precatório 
de dívidas decorrentes de decisões judiciais, conforme previsão constitucional.
c) É nula a contratação para a investidura em cargo ou emprego público nas empresas 
públicas ou nas sociedades de economia mista que exerçam atividades econômicas sem 
prévia aprovação em concurso público, razão pela qual ela não gera efeitos trabalhistas, 
ressalvado o pagamento do saldo de salários dos dias efetivamente trabalhados, sob pena 
de enriquecimento sem causa.
d) O estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica está sujeito ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas, o que justifica estarem todas elas dispensadas do dever de realizar 
licitações, bem como do dever da observância dos princípios próprios da administração 
pública.
e) Na ponderação entre o princípio do tratamento favorecido às empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras, o princípio da igualdade e o da supremacia do interesse 
público, devem preponderar estes dois últimos, sendo inadmissível tratamento privilegiado 
às propostas formuladas por empresas de pequeno porte nos procedimentos licitatórios.
013. 013. (STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A livre iniciativa é princípio que subordina as normas 
de regulação do mercado e de defesa do consumidor.
014. 014. (TJPB/JUIZ DE DIREITO/2015) Com base nas disposições constitucionais e na 
jurisprudência do STF acerca da ordem econômica e financeira, assinale a opção correta.
a) Será materialmente inconstitucional, por ofender o princípio da livre concorrência, lei 
municipal que, a pretexto de realizar zoneamento urbano, estabeleça distância mínima de 
quinhentos metros entre uma farmácia e outra.
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b) A concessão de serviços públicos de transporte urbano depende de prévia licitação, a 
qual será dispensável se o serviço for prestado sob o regime de permissão.
c) Será inconstitucional lei que fixe piso salarial regional para determinada categoria por 
violar o princípio do pleno emprego e da livre iniciativa.
d) As sociedades de economia mista em regime de concorrência não gozam, em regra, dos 
benefícios deferidos à fazenda pública, salvo o pagamento por precatório.
e) A consagração do princípio da livre iniciativa impõe que a intervenção estatal na economia 
mediante regulação e fiscalização ocorra excepcionalmente.
015. 015. (TJDFT/JUIZ DE DIREITO/2014) Acerca da intervenção do Estado no domínio econômico, 
assinale a opção correta de acordo com o entendimento jurisprudencial mais recente do 
STF e do STJ.
a) Lei municipal que impeça a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo 
em determinada área ofende o princípioconstitucional da livre concorrência.
b) Lei municipal que estabeleça horário de funcionamento de estabelecimento comercial 
ofende o princípio constitucional da livre concorrência.
c) Lei federal que estabeleça horário de funcionamento bancário ofende o princípio 
constitucional da livre concorrência.
d) Lei federal que imponha passe livre para deficientes físicos comprovadamente carentes 
a empresas prestadoras de serviço de transporte interestadual fere o princípio da livre 
iniciativa.
e) A ocorrência de dano a empresa em virtude de intervenção do Estado na economia, 
por meio de plano econômico que estabeleça congelamento de preços, não gera direito 
à indenização, visto que é dever do Estado intervir na economia para garantir a ordem 
econômica.
016. 016. (PGE-PI/PROCURADOR DO ESTADO/2014) Acerca dos valores e princípios constitucionais 
que regem a atividade econômica no Brasil, assinale a opção correta.
a) O Estado deve intervir na economia para garantir a defesa do consumidor – dadas a sua 
hipossuficiência e vulnerabilidade – e a do meio ambiente, condicionando a utilização e 
fruição das riquezas naturais e dos fatores de produção.
b) Os princípios de direito econômico estabelecidos na CF não têm natureza programática, 
podendo ser classificados como normas de eficácia plena.
c) A proteção à propriedade privada deve ser harmonizada com a função social da propriedade, 
de modo que a titularidade de um bem não constitua impedimento ao uso do mesmo bem 
por terceiros.
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d) Na CF, é estabelecido um modelo econômico fundado na livre iniciativa, admitindo-se que 
o Estado intervenha na atividade econômica apenas para a prestação de serviços públicos.
e) Os valores da livre iniciativa e da livre concorrência exigem do Estado uma conduta 
negativa, com vistas a garantir a liberdade do mercado em se autorregular.
POlÍtiCa urBana
001. 001. (TRE-TO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) O poder público municipal, mediante lei específica 
para terreno incluído no plano diretor do município, pode, nos termos da lei federal, exigir
a) a concessão de instrumentos creditícios e fiscais para a política agrícola de terras devolutas.
b) a desapropriação com pagamento por meio de título da dívida agrária, desde que 
previamente aprovada pela Câmara Legislativa do respectivo estado.
c) o adequado aproveitamento do solo pelo proprietário quando subutilizado ou não utilizado.
d) a alteração do plano diretor da cidade com base em decreto executivo.
e) a desapropriação, por interesse social, para fins de reforma agrária.
002. 002. (PREFEITURA DE SALVADOR/PROCURADOR/2015) Assinale a opção correta acerca da 
política de desenvolvimento urbano e seu perfil constitucional.
a) A desapropriação de imóvel urbano deve ser precedida de prévia e justa indenização em 
dinheiro, razão pela qual a imissão provisória na posse pela administração somente poderá 
acontecer após o pagamento integral da indenização.
b) É inadmissível usucapião de domínio útil de imóvel cujo domínio direto pertença ao 
município.
c) A política de desenvolvimento urbano, executada pelo município, deve obedecer às 
diretrizes gerais fixadas em lei nacional, sem prejuízo da competência das câmaras municipais 
para editar o plano diretor do município.
d) Admite-se a contagem do tempo de posse anterior à CF para fins de usucapião especial 
quinquenal de imóvel urbano de até 250 m2 utilizado para a moradia do adquirente ou de 
sua família.
e) Será considerada inconstitucional lei municipal que estabeleça distância mínima entre 
postos de revenda de combustíveis por motivo de segurança: essa determinação infringe 
o princípio da livre concorrência.
POlÍtiCa aGrÁria
001. 001. (PREFEITURA DE BOA VISTA/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Estados federados podem, 
sob o fundamento de interesse social, desapropriar imóveis rurais improdutivos para fins 
de reforma agrária.
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002. 002. (MP-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017) Segundo a CF, a propriedade rural deve cumprir 
a denominada função social. Para o cumprimento dessa função, a CF prevê o cumprimento 
de determinadas exigências, como a
a) priorização da propriedade coletiva.
b) limitação de dimensão equivalente ao módulo rural.
c) exploração que favoreça o bem-estar do proprietário e dos trabalhadores.
d) manutenção da propriedade sem nenhum controle estatal.
QuEstÕEs GErais
001. 001. (MPC-PA/PROCURADOR/2019) No que diz respeito aos princípios gerais da atividade 
econômica, a política urbana, a política fundiária e a reforma agrária, assinale a opção correta.
a) De acordo com o STF, os serviços sociais autônomos, que integram o denominado sistema 
S, integram a administração pública.
b) A CF veda a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos sob o regime de 
permissão.
c) De acordo com o entendimento do STF, o monopólio do serviço postal de correspondências 
pessoais pertence à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
d) A inexistência de registro imobiliário é suficiente para a caracterização do domínio público 
sobre as terras devolutas, segundo o entendimento do STF.
e) As operações de transferências de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária 
não estão isentas de impostos federais, estaduais e municipais.
002. 002. (TRT 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Acerca das finanças públicas, da ordem 
econômica e financeira, da reforma agrária, do sistema financeiro nacional e da ordem 
social, assinale a opção correta de acordo com a CF.
a) O sistema financeiro nacional regula-se por leis complementares, salvo no que se refere 
à participação de capital estrangeiro nas instituições financeiras, que será regulada por 
tratados internacionais.
b) É direito fundamental da pessoa humana o direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, cabendo ao Estado e à coletividade a garantia desse direito.
c) O texto constitucional atribui ao Congresso Nacional a competência para fiscalizar a emissão 
de moeda no país, exclusivamente pelo Banco Central, nos termos de lei complementar.
d) O concessionário dependerá de autorização ou concessão do proprietário do solo para 
a exploração de jazidas e demais recursos minerais, cabendo ao proprietário participação 
nos resultados da lavra.
e) A alienação ou a concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos 
hectares para fins de reforma agrária dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
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003. 003. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/PROCURADOR/2017) Considerando as disposições 
constitucionais acerca da ordem econômica e financeira, assinale a opção correta.
a) Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos 
de domínio ou de concessão de uso inegociáveis pelo prazo de dez anos.
b) Compete ao município, concorrentemente,as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo esta última determinante para o setor público e indicativo para o 
setor privado.
c) Lei municipal poderá impedir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo 
ramo em determinada área.
d) O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em OSCIPs que privilegiem a 
proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
004. 004. (PREFEITURA DE SALVADOR/PROCURADOR MUNICIPAL/2015) Conforme disposições 
da CF, assinale a opção correta com relação à ordem econômica e ao regime constitucional 
das cortes de contas.
a) O TCU, no exercício de suas atribuições, pode requisitar, de forma fundamentada e 
circunstancialmente, a quebra do sigilo bancário de dados constantes nas instituições 
financeiras oficiais.
b) Sociedades de economia mista e empresas públicas de prestação de serviços ou que 
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, em razão da 
sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, não estão sujeitas à fiscalização 
do tribunal de contas.
c) São inconstitucionais leis municipais que criem obstáculos à instalação de empresas do 
mesmo ramo em determinada área, pois a livre concorrência é pilar da ordem econômica 
brasileira.
d) É matéria de competência legislativa da União a fixação de horário de funcionamento 
para comércio dentro da área municipal.
e) Compete à União, aos estados, ao DF e aos municípios legislar concorrentemente sobre 
produção e consumo.
005. 005. (TCU/PROCURADOR/2015) A respeito da ordem econômica prevista na CF, especialmente 
no que se refere à prestação de serviços públicos, assinale a opção correta.
a) A exploração direta das atividades econômicas cabe preferencialmente ao setor privado 
e excepcionalmente ao Estado, daí a razão pela qual é inadmissível, inclusive em prestígio 
ao princípio constitucional da livre concorrência, que o desempenho dessas atividades 
dependa de prévias autorizações do poder público.
b) O serviço postal é exemplo de atividade econômica em sentido estrito prestada pelo 
Estado em regime de monopólio legal, conforme consolidado pela jurisprudência do STF.
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c) A partir dos anos 90 do século passado, mediante os processos de desestatização e 
com a introdução no Brasil do conceito de serviço público competitivo ou serviço público 
econômico, passou-se a admitir a aplicação do princípio da livre concorrência também às 
empresas públicas prestadoras de serviço público.
d) O conceito de atividade econômica, em sentido estrito, opõe-se ao de serviço público, 
notadamente no que toca à titularidade: a atividade econômica cabe preferencialmente 
ao setor privado; os serviços públicos, por sua vez, são da competência direta ou indireta 
do Estado por meio de concessão, ou permissão. Essa diferenciação quanto à titularidade, 
contudo, não determina uma diversificação quanto ao regime jurídico, pois ambos os 
conceitos se referem à atividade econômica em sentido amplo.
e) Pode o Estado ser o titular exclusivo de um serviço público sem ter o dever de prestá-
lo diretamente ou por meio de criatura sua, pois são admitidos legalmente os regimes 
de concessão ou permissão com a transferência do exercício da atividade por entidades 
privadas, tendo o Estado, nesses casos, o dever de fiscalizar a qualidade do serviço prestado.
006. 006. (TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2015) Assinale a opção correta relativamente ao instituto 
da desapropriação e às disposições constitucionais sobre a ordem econômica.
a) Como agente regulador da atividade econômica, cabe ao Estado exercer, de forma 
indicativa, mas não determinante, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento 
tanto para o setor público como para o setor privado.
b) O Estado não pode explorar, de forma direta ou indireta, atividade econômica, salvo 
em caso de necessidade relativa à segurança nacional, mediante prévia autorização do 
Congresso Nacional.
c) A CF prevê expressamente a edição de lei que reprima o abuso do poder econômico que 
vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos 
lucros.
d) Pessoas jurídicas que pratiquem atos contra a ordem econômica e financeira e contra 
a economia popular sujeitam-se à responsabilização civil e administrativa, com punições 
compatíveis com sua natureza, ficando afastada a responsabilização individual de seus 
dirigentes.
e) A CF prevê que tanto a desapropriação por interesse social quanto a desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública seja feita somente mediante justa e prévia indenização 
em dinheiro.
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GABARITOGABARITO
CEsPE
PrinCÍPiOs Da OrDEM ECOnÔMiCa
1. C
2. E
3. e
4. b
5. b
6. C
7. C
8. a
9. a
10. b
11. e
12. c
13. E
14. a
15. a
16. a
POlÍtiCa urBana
1. c 2. c
POlÍtiCa aGrÁria
1. E 2. c
QuEstÕEs GErais
1. c
2. b
3. a
4. c
5. e
6. c
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GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
CEsPE
PrinCÍPiOs Da OrDEM ECOnÔMiCa
001. 001. (SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) Considerando os princípios gerais da atividade 
econômica previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
A União detém o monopólio da pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural, 
sendo-lhe permitida a contratação de empresas estatais e privadas para a realização dessas 
atividades, desde que observadas as condições estabelecidas em lei.
Quando se estuda a parte dos bens da União – artigo 20, XI, da Constituição –, vemos 
pertencerem a esse ente os recursos minerais, inclusive os do subsolo.
Nesse contexto, o artigo 176 disciplina que as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos 
minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do 
solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao 
concessionário a propriedade do produto da lavra.
A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais referidos aí 
em cima somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no 
interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha 
sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas 
quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.
Além disso, é assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na 
forma e no valor que dispuser a lei.
Assim, o item está certo.
Certo.
002. 002. (SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) Considerando os princípios gerais da atividade 
econômica previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista gozam de privilégios fiscais não 
extensivos às sociedades comerciais do setor privado.
A fim de evitarfavorecimentos ilegais, diz a Constituição que as Empresas Públicas e as 
Sociedades de Economia Mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às 
do setor privado:
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios 
fiscais não extensivos às do setor privado.
Assim, o item está errado.
Errado.
003. 003. (TJ-PA/JUIZ DE DIREITO/2019) De acordo com a Constituição Federal de 1988, as jazidas 
em lavra e demais recursos minerais e potenciais de energia hidráulica constituem, para 
efeito de exploração e aproveitamento, propriedade
a) distinta da do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida 
ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
b) distinta da do solo e pertencem ao estado onde estejam localizados, garantida ao 
permissionário ou concessionário a propriedade da lavra.
c) conjunta à do solo e pertencem à União, garantida ao permissionário ou concessionário 
a propriedade do produto da lavra.
d) conjunta à do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida 
ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
e) distinta da do solo e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do 
produto da lavra.
Quando tratamos dos bens da União – artigo 20, XI, da Constituição –, vimos pertencerem 
a esse ente os recursos minerais, inclusive os do subsolo. Nesse contexto, o artigo 176 
disciplina que as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de 
energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração 
ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade 
do produto da lavra. A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos 
potenciais referidos aí em cima somente poderão ser efetuados mediante autorização ou 
concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis 
brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá 
as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira 
ou terras indígenas. Além disso, é assegurada participação ao proprietário do solo nos 
resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
Assim, a letra “e” é a alternativa correta.
Letra e.
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004. 004. (MPC-PA/ANALISTA/2019) Considerando os princípios que regem a ordem econômica, 
é correto afirmar que
a) o Estado deve evitar interferir na economia, sob pena de violar o princípio da livre 
concorrência.
b) o Estado pode atuar de maneira direta na economia, por meio do regime de monopólio 
ou da participação em empresa do setor privado.
c) o tratamento favorecido em licitações públicas para empresas de pequeno porte ofende 
o princípio da livre concorrência.
d) a defesa do consumidor e a defesa ao meio ambiente devem ceder em face do 
desenvolvimento econômico.
e) a soberania nacional não pode ser considerada um princípio da ordem econômica.
a) Errada. Segundo o art. 174 da CF, como agente normativo e regulador da atividade 
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento (mnemônico FIP), sendo este determinante para o setor público e indicativo 
para o setor privado.
b) Certa. De acordo com o artigo 173 da Constituição, a intervenção direta é uma forma 
excepcional de atuação estatal, mediante monopólio ou participação de empresas do setor 
privado.
c) Errada. Avançando, diz o artigo 179 da Constituição que a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, 
assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela 
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, 
ou pela eliminação, ou redução destas por meio de lei. Logo, tal tratamento não ofende o 
princípio da isonomia.
d) Errada. A defesa do consumidor e a defesa do meio ambiente também são princípios 
da ordem econômica, de modo a ser necessário o sopesamento dos princípios envolvidos.
e) Errada. A soberania nacional é fundamento da RFB (artigo 1º) e, ao mesmo tempo, 
também é princípio da ordem econômica expresso no art. 170 da CF.
Letra b.
005. 005. (TCE-RO/PROCURADOR/2019) Determinado município editou lei proibindo a utilização de 
automóveis particulares cadastrados em aplicativos para o transporte individual remunerado 
de pessoas.
Nessa situação hipotética, a referida lei é
a) inconstitucional, pois viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, não 
sendo permitido ao município impor qualquer restrição à atividade.
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b) inconstitucional, visto que viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, 
sendo permitido ao município regulamentar e fiscalizar o serviço, desde que não contrarie 
lei federal.
c) constitucional, uma vez que compete privativamente ao município legislar sobre trânsito 
e transporte e regular o uso das vias públicas
d) constitucional, porque a proibição de atividades que importam em risco para os usuários 
atende ao princípio da proporcionalidade.
e) constitucional, pois o transporte individual remunerado de passageiros é serviço público 
dependente de permissão ou autorização.
A letra “b” é o gabarito da questão, pois esse foi exatamente o tema do julgamento da ADPF 
449 do STF, em que, com base na livre iniciativa, foi declarada a inconstitucionalidade de 
lei municipal que proibia os serviços de transporte por aplicativo – Uber, Cabify, 99 POP.
Veja um trechinho da ementa do julgamento:
JURISPRUDÊNCIA
A União possui competência privativa para legislar sobre “diretrizes da política nacional 
de transportes”, “trânsito e transporte” e “condições para o exercício de profissões” 
(art. 22, IX, XI e XVI, da CRFB), sendo vedado tanto a Municípios dispor sobre esses 
temas quanto à lei ordinária federal promover a sua delegação legislativa para entes 
federativos menores, considerando que o art. 22, parágrafo único, da Constituição 
faculta à Lei complementar autorizar apenas os Estados a legislar sobre questões 
específicas das referidas matérias. (…)
A norma que proíbe o “uso de carros particulares cadastrados ou não em aplicativos, para 
o transporte remunerado individual de pessoas” configura limitação desproporcional 
às liberdades de iniciativa (art. 1º, IV, e 170 da CRFB) e de profissão (art. 5º, XIII, da 
CRFB), a qual provoca restrição oligopolísticado mercado em benefício de certo grupo 
e em detrimento da coletividade.
Ademais, a análise empírica demonstra que os serviços de transporte privado por meio 
de aplicativos não diminuíram o mercado de atuação dos táxis.
Ah, a resposta não está na letra “a”, porque os municípios contam com poder de polícia e 
podem regular a atividade – sem a extensão da proibição operada.
Letra b.
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006. 006. (EMAP/ANALISTA/2018) Lei pode estabelecer condições para o exercício de certas 
atividades econômicas.
A Constituição prevê ser assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, 
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei – 
artigo 170, parágrafo único.
Portanto, em algumas situações, a lei pode dispor sobre certas condições para tal exercício, 
o que torna o item certo.
Certo.
007. 007. (STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) A defesa do meio ambiente, inclusive mediante 
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de 
seus processos de elaboração e prestação, é princípio de índole constitucional que pauta 
a ordem econômica brasileira.
O item está certo, conforme o que estabelece o art. 170, VI, da CF:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados 
os seguintes princípios:
(…)
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
Inclusive, foi com base na defesa do meio ambiente que o STF entendeu ser proibida a 
importação de pneus usados. Na ocasião, foi dito que essa vedação não violaria o princípio 
da livre iniciativa, o qual deveria se compatibilizar com os outros princípios da ordem 
econômica (STF, STA n. 171).
Certo.
008. 008. (PGE-PE/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Acerca da ordem econômica e financeira 
nacional, assinale a opção correta.
a) Com a aplicação do princípio da soberania nacional à atividade econômica, visa-se evitar 
a influência descontrolada de outros países na economia brasileira.
b) É inconstitucional o tratamento jurídico favorecido para empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras, em razão de ter sede e administração no país, por afronta 
ao princípio da igualdade.
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c) Exige-se a autorização do órgão público competente para o trabalho e o exercício de 
qualquer atividade econômica.
d) A defesa do consumidor é um direito fundamental individual, não se enquadrando, por 
isso, como princípio da atividade econômica.
e) A exploração direta de atividade econômica pelo Estado é permitida irrestritamente, se 
respeitado o princípio da livre concorrência.
a) Certa. A letra “a” é o gabarito da questão, pois a soberania nacional está entre os princípios 
da ordem econômica (artigo 170) exatamente na busca para evitar a influência de outros 
países em nossa economia.
b) Errada. O tratamento favorecido às empresas de pequeno porte é listado como princípio 
da ordem econômica.
c) Errada. A regra é a desnecessidade de autorização do órgão público, medida, aliás, 
reforçada ainda mais no plano infraconstitucional com a aprovação da Lei da Liberdade 
Econômica (Lei n. 13.874/2019).
d) Errada. O erro da letra “d” está no fato de a defesa do consumidor ser outro princípio 
constante no artigo 170 da CF.
e) Errada. Finalizando, o artigo 173 da CF prevê que, ressalvados os casos previstos na própria 
Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida 
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, 
conforme definidos em lei.
Letra a.
009. 009. (PC-MT/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) De acordo com o entendimento dos tribunais 
superiores, lei municipal que impedir a instalação de mais de um estabelecimento comercial 
do mesmo ramo em determinada área do município será considerada
a) inconstitucional, por ofender o princípio da livre concorrência.
b) inconstitucional, por ofender o princípio da busca do pleno emprego.
c) constitucional, por versar sobre assunto de interesse exclusivamente local.
d) constitucional, por não ofender o princípio da defesa do consumidor.
e) inconstitucional, por ofender o princípio da propriedade privada.
A letra “a” tem a resposta esperada, que corresponde ao teor da Súmula Vinculante n. 49. 
Veja:
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante n. 49
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Ah, fique atento(a), porque também viola a livre concorrência lei municipal que proíba serviço 
de transporte individual de passageiros por meio de aplicativos – Uber, Cabify e 99pop.
Letra a.
010. 010. (TJDFT/JUIZ DE DIREITO/2016) Considerando-se as normas contidas na CF acerca da 
ordem econômica, é correto afirmar que
a) fundando-se a ordem econômica na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
é vedada a exigência, por lei, de autorizações por órgãos públicos, para o exercício de 
qualquer atividade econômica.
b) a União, os estados, o DF e os municípios devem incentivar o turismo, como fator de 
desenvolvimento social e econômico.
c) apenas a livre concorrência e a defesa do consumidor são princípios de observância 
obrigatória.
d) a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro constitui monopólio da União, que pode, 
para realizá-la, contratar apenas empresas estatais, observadas as condições estabelecidas 
em lei.
e) a concessão de serviço público deve ser precedida sempre de licitação. A permissão de 
serviço público, porém, deverá ser feita por contratação direta.
Lá vamos nós por exclusão.
a) Errada. A depender da atividade econômica exercida, poderá ser exigida autorização por 
órgão público. Um exemplo disso é a mineração, dados os danos ambientais que podem 
surgir, como vimos em Brumadinho ou em Mariana.
b) Certa. Ela reproduz o teor do artigo 180 da Constituição, o qual prevê que a União, os 
estados, o Distrito Federal e os municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator 
de desenvolvimento social e econômico.
c) Errada. O erro da letra “c” está no fato de que todos os princípios da ordem econômica, 
listados no artigo 170 da Constituição, devem ser seguidos, como a proteção ao meio 
ambiente.
d) Errada. O § 1º do artigo 177 permite a contratação de empresas estatais ou privadas 
para a refinação do petróleo.
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e) Errada. O erro está em restringir à concessão a necessidade de licitação. Isso porque, de 
acordo com o artigo 175 da Constituição, cabe ao poder público, na forma da lei, diretamente 
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre por meio de licitação, a prestação de 
serviços públicos.
Prosseguindo, o STF entende que o serviço de táxis é de utilidade pública, prestado no 
interesse exclusivo do seu titular, mediante autorização do poder público. Em outras palavras, 
o serviço de táxis não se inclui na categoria de serviço público (STF, RE n. 1.002.310).
Letra b.
011. 011. (TCU/PROCURADOR/2015) A CF consagra a livre iniciativa como princípio da ordem 
econômica, razão por que serão inconstitucionais as leis
a) municipais que fixem o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais.
b) que condicionem o exercício de qualquer atividade econômica à autorização prévia de 
órgãos públicos.
c) que pretendam regular e determinar as formas de afixação de preços de produtos e 
serviços.
d) que restrinjam a livre negociação entre as partes, a exemplo de leis que fixem a gratuidade 
de acesso ao transporte público para pessoas com deficiência, desde que comprovadamente 
carentes.
e) municipais que impeçam a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo 
em determinada área.
Novamente o Cespe cobra a Súmula Vinculante n. 49, segundo a qual:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante n. 49
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Daí, fica correta a letra “e”.
Letra e.
012. 012. (TCU/PROCURADOR/2015) Assinale a opção correta no que se refere aos princípios 
gerais da atividade econômica e às entidades estatais prestadoras de serviços públicos.
a) O estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica está sujeito ao regime jurídico próprio das 
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empresas privadas, razão por que não se aplicam a elas as disposições constantes da Lei 
de Acesso à Informação.
b) As empresas públicas e as sociedades de economia mista que executem atividades em 
regime de concorrência estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 
Isso não as impede, porém, de se beneficiarem do sistema de pagamento por precatório 
de dívidas decorrentes de decisões judiciais, conforme previsão constitucional.
c) É nula a contratação para a investidura em cargo ou emprego público nas empresas 
públicas, ou nas sociedades de economia mista que exerçam atividades econômicas sem 
prévia aprovação em concurso público, razão pela qual ela não gera efeitos trabalhistas, 
ressalvado o pagamento do saldo de salários dos dias efetivamente trabalhados, sob pena 
de enriquecimento sem causa.
d) O estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica está sujeito ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas, o que justifica estarem todas elas dispensadas do dever de realizar 
licitações, bem como do dever da observância dos princípios próprios da administração 
pública.
e) Na ponderação entre o princípio do tratamento favorecido às empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras, o princípio da igualdade e o da supremacia do interesse 
público, devem preponderar estes dois últimos, sendo inadmissível tratamento privilegiado 
às propostas formuladas por empresas de pequeno porte nos procedimentos licitatórios.
a) Errada. A Lei n. 12.527/2011 deixa claro estarem subordinados a elas os órgãos públicos 
integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes 
de Contas, e Judiciário e do Ministério Público e as autarquias, as fundações públicas, as 
empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta 
ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
b) Errada. O erro da alternativa está no fato de as EP e as SEM que explorem atividade 
econômica ficarem de fora do sistema de precatórios.
c) Certa. O STF entende que:
JURISPRUDÊNCIA
As contratações ilegítimas não geram quaisquer efeitos jurídicos válidos, a não ser o 
direito à percepção dos salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do 
art. 19-A da Lei n. 8.036/1990, ao levantamento dos depósitos efetuados no Fundo 
de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS (STF, RE n. 705.140).
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d) Errada. A necessidade de licitação, ao menos na atividade-meio, é estendida também às 
EP e às SEM. Elas seguirão regra própria, mais flexível, conforme Lei n. 13.303/2016.
e) Errada. Nunca o intérprete pode, de antemão, afirmar qual princípio prevalecerá. Somente o 
caso concreto indicará qual princípio cederá espaço ao outro. Ainda assim, a Lei n. 8.666/1993, 
dentro da igualdade material e baseada em toda a sistemática principiológica da ordem 
econômica, permite um critério diferenciador na escolha do vencedor quando há empresas 
de menor porte.
Letra c.
013. 013. (STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A livre iniciativa é princípio que subordina as normas 
de regulação do mercado e de defesa do consumidor.
O item vai contra a orientação firmada pelo STF. Para o Tribunal, “o princípio da livre iniciativa 
não pode ser invocado para afastar regras de regulamentação do mercado e de defesa do 
consumidor” (RE n. 349.686).
Agora fique atento(a) a um ponto: o STF entendeu que as normas e os tratados internacionais 
limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente 
as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do 
Consumidor (STF, RE n. 636.331).
Talvez você não tenha entendido ainda o tamanho da confusão. É o seguinte: a jurisprudência 
do STJ e dos Tribunais de 2ª instância era no sentido de que, mesmo nos voos internacionais, 
se sumisse uma mala, o passageiro deveria ser indenizado, por danos morais e materiais, 
na extensão do dano sofrido.
Acontece que as Convenções Internacionais (Varsóvia e Montreal) impõem limites no dever 
de indenizar. Em outras palavras, o limite de ressarcimento agora será menor, seguindo 
uma tabela internacional, o que de certo modo prejudica os consumidores, antes regidos 
pelo CDC tanto nos voos domésticos quanto internacionais.
Errado.
014. 014. (TJPB/JUIZ DE DIREITO/2015) Com base nas disposições constitucionais e na 
jurisprudência do STF acerca da ordem econômica e financeira, assinale a opção correta.
a) Será materialmente inconstitucional, por ofender o princípio da livre concorrência, lei 
municipal que, a pretexto de realizar zoneamento urbano, estabeleça distância mínima de 
quinhentos metros entre uma farmácia e outra.
b) A concessão de serviços públicos de transporte urbano depende de prévia licitação, a 
qual será dispensável se o serviço for prestado sob o regime de permissão.
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c) Será inconstitucional lei que fixe piso salarial regional para determinada categoria por 
violar o princípio do pleno emprego e da livre iniciativa.
d) As sociedades de economia mista em regime de concorrência não gozam, em regra, dos 
benefícios deferidos à fazenda pública, salvo o pagamento por precatório.
e) A consagração do princípio da livre iniciativa impõe que a intervenção estatal na economia 
mediante regulação e fiscalização ocorra excepcionalmente.
a) Certa. A alternativa é a resposta esperada, pois se baseia na Súmula Vinculante n. 49. 
Ela diz o seguinte:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante n. 49
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
b) Errada. Olhando para as demais, tanto na concessão quanto na permissão de serviços 
de transporte urbano será necessária licitação.
c) Errada. A norma em questão não padece de inconstitucionalidade. Ao contrário, ela 
fomenta a criação de empregos tendo em vista a realidade local.
d) Errada. O regime de precatórios não se estende às EP e SEM que explorem atividade 
econômica.
e) Errada. Por fim, na intervenção indireta, o Estado agirá em atividades de fiscalização, 
incentivo e planejamento, ficando errada a alternativa. A exceção que existe é a atuação 
direta do Estado no domínio econômico.
Letra a.
015. 015. (TJDFT/JUIZ DE DIREITO/2014) Acerca da intervenção do Estado no domínio econômico, 
assinale a opção correta de acordo com o entendimento jurisprudencial mais recente do 
STF e do STJ.
a) Lei municipal que impeça a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo 
em determinada área ofende o princípio constitucional da livre concorrência.
b) Lei municipal que estabeleça horário de funcionamento de estabelecimento comercial 
ofende o princípio constitucional da livre concorrência.
c) Lei federal que estabeleça horário de funcionamento bancário ofende o princípio 
constitucional da livre concorrência.
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d) Lei federal que imponha passe livre para deficientes físicos comprovadamente carentes 
a empresas prestadoras de serviço de transporte interestadual fere o princípio da livre 
iniciativa.
e) A ocorrência de dano a empresa em virtude de intervenção do Estado na economia, 
por meio de plano econômico que estabeleça congelamento de preços, não gera direito 
à indenização, visto que é dever do Estado intervir na economia para garantir a ordem 
econômica.
a) Certa. A letra “a” é a resposta da questão, segundo a Súmula Vinculante n. 49, que diz:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante n. 49
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
b) Errada. A Súmula Vinculante n. 38 prescreve que cabe aos municípios estabelecerem o 
horário de funcionamento do comércio local, por ser assunto de interesse local.
c) Errada. Legislar sobre o horário de funcionamento dos bancos diz respeito a sistema 
financeiro nacional, de competência privativa da União.
d) Errada. O STF entendeu pela validade da norma federal, inclusive para o transporte 
internacional de passageiros.
e) Errada. Os atos lícitos do Estado, a exemplo de um plano econômico frustrado, também 
geram o dever de indenizar na responsabilidade civil do Estado.
Letra a.
016. 016. (PGE-PI/PROCURADOR DO ESTADO/2014) Acerca dos valores e princípios constitucionais 
que regem a atividade econômica no Brasil, assinale a opção correta.
a) O Estado deve intervir na economia para garantir a defesa do consumidor – dadas a sua 
hipossuficiência e vulnerabilidade – e a do meio ambiente, condicionando a utilização e 
fruição das riquezas naturais e dos fatores de produção.
b) Os princípios de direito econômico estabelecidos na CF não têm natureza programática, 
podendo ser classificados como normas de eficácia plena.
c) A proteção à propriedade privada deve ser harmonizada com a função social da propriedade, 
de modo que a titularidade de um bem não constitua impedimento ao uso do mesmo bem 
por terceiros.
d) Na CF, é estabelecido um modelo econômico fundado na livre iniciativa, admitindo-se que 
o Estado intervenha na atividade econômica apenas para a prestação de serviços públicos.
e) Os valores da livre iniciativa e da livre concorrência exigem do Estado uma conduta 
negativa, com vistas a garantir a liberdade do mercado em se autorregular.
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Nem só de questões difíceis vive o concurseiro. Veja o artigo 170 da CF, na parte que interessa:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados 
os seguintes princípios:
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
Letra a.
POlÍtiCa urBana
001. 001. (TRE-TO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) O poder público municipal, mediante lei específica 
para terreno incluído no plano diretor do município, pode, nos termos da lei federal, exigir
a) a concessão de instrumentos creditícios e fiscais para a política agrícola de terras devolutas.
b) a desapropriação com pagamento por meio de título da dívida agrária, desde que 
previamente aprovada pela Câmara Legislativa do respectivo estado.
c) o adequado aproveitamento do solo pelo proprietário quando subutilizado ou não utilizado.
d) a alteração do plano diretor da cidade com base em decreto executivo.
e) a desapropriação, por interesse social, para fins de reforma agrária.
O artigo 182, § 4º, diz ser facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para 
área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano 
não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento. 
Só com isso já se tem a resposta esperada, que está na letra “c”.
Avançando, se o proprietário não estiver usando adequadamente o solo urbano, poderá 
sofrer as seguintes sanções (ordem sucessiva):
1) parcelamento ou edificação compulsórios;
2) IPTU progressivo no tempo;
3) desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente 
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, 
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Essa é a chamada desapropriação-sanção. Ela ocorre quando não está sendo respeitada a 
função social da propriedade urbana. Note-se que neste caso não se fala em indenização 
em dinheiro, mas, sim, mediante títulos da dívida pública.
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Olhando para as demais alternativas, vê-se que a letra “a” não traz ferramentas passíveis 
de utilização pelo poder público municipal (lembre-se das possibilidades listadas aí em 
cima, de 1 a 3).
Nas letras “b” e “e”, fala-se em desapropriação por títulos da dívida agrária e na desapropriação 
para fins de reforma agrária, de competência da União, o que as torna erradas.
O erro da letra “d” está no fato de o plano diretor (PDOT) ser criado ou alterado por meio 
de lei, e não por decreto executivo.
Relembrando, a resposta esperada está na letra “c”.
Letra c.
002. 002. (PREFEITURA DE SALVADOR/PROCURADOR/2015) Assinale a opção correta acerca da 
política de desenvolvimento urbano e seu perfil constitucional.
a) A desapropriação de imóvel urbano deve ser precedida de prévia e justa indenização em 
dinheiro, razão pela qual a imissão provisória na posse pela administração somente poderá 
acontecer após o pagamento integral da indenização.
b) É inadmissível usucapião de domínio útil de imóvel cujo domínio direto pertença ao 
município.
c) A política de desenvolvimento urbano, executada pelo município, deve obedecer às 
diretrizes gerais fixadas em lei nacional, sem prejuízo da competência das câmaras municipais 
para editar o plano diretor do município.
d) Admite-se a contagem do tempo de posse anterior à CF para fins de usucapião especial 
quinquenal de imóvel urbano de até 250 m2 utilizado para a moradia do adquirente ou de 
sua família.
e) Será considerada inconstitucional lei municipal que estabeleça distância mínima entre 
postos de revenda de combustíveis por motivo de segurança: essa determinação infringe 
o princípio da livre concorrência.
Atenta à necessidade do crescimento organizado e sustentável das cidades, a Constituição 
prevê que a política de desenvolvimento urbano será feita pelos municípios, conforme 
diretrizes fixadas em lei federal. Essa norma federal se limitará a tratar de regras gerais, até 
mesmo porque compete à União elaborar normas gerais em direito urbanístico (artigo 24, 
I, Constituição). Aos estados-membros, é atribuída a competência legislativa suplementar.
Para atender ao mandamento constitucional, foi editada, no ano de 2001, a Lei n. 10.257/2001, 
chamada de Estatuto das Cidades.
Os municípios devem elaborar um Plano Diretor – no caso do DF, é o chamado Plano Diretor 
de Ordenamento Territorial (PDOT) –, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para 
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cidades com mais de vinte mil habitantes. Esse documento é o instrumento básico da 
política de desenvolvimento e de expansão urbana. A propriedade urbana cumpre sua 
função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas 
no plano diretor.
Tem mais: você viu aí em cima que o Estatuto das Cidades é uma lei federal, certo?
Pois é, mas o STF entendeu que a Constituição conferiu protagonismo aos municípios 
para tratar sobre o ordenamento territorial e para atuar na concepção e execução dessas 
políticas públicas.
Em razão disso, foi declarada a inconstitucionalidade de dispositivo presente em Constituição 
Estadual, segundo o qual ficava dispensada a exigência de alvará ou de qualquer outro tipo 
de licenciamento para o funcionamento de templo religioso e proibida limitação de caráter 
geográfico a sua instalação (STF, ADI n. 5.696).
Por isso, está correta a letra “c”.
Letra c.
POlÍtiCa aGrÁria
001. 001. (PREFEITURA DE BOA VISTA/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Estados federados podem, 
sob o fundamento de interesse social, desapropriar imóveis rurais improdutivos para fins 
de reforma agrária.
É competência da União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o 
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização 
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo 
de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida 
em lei. É o que diz o artigo 184 da CF.
Assim, os Estados-membros e os municípios não dispõem do poder de desapropriar 
imóveis rurais, por interesse social, para efeito de reforma agrária, inclusive para fins de 
implementação de projetos de assentamento rural ou de estabelecimento de colônias 
agrícolas (STF, RE n. 496.861).
Portanto, o item está errado.
Errado.
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002. 002. (MP-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017) Segundo a CF, a propriedade rural deve cumprir 
a denominada função social. Para o cumprimento dessa função, a CF prevê o cumprimento 
de determinadas exigências, como a
a) priorização da propriedade coletiva.
b) limitação de dimensão equivalente ao módulo rural.
c) exploração que favoreça o bem-estar do proprietário e dos trabalhadores.
d) manutenção da propriedade sem nenhum controle estatal.
A desapropriação-sanção, quando envolve imóveis urbanos, é feita mediante títulos da 
dívida pública. Nos imóveis rurais, o pagamento é por meio de títulos da dívida agrária. 
Outra importante diferença é que nos imóveis rurais o prazo é bem maior, de até vinte 
anos, sendo que nos imóveis urbanos era de até 10 anos.
Certamente, a preocupação do legislador foi a de buscar o desenvolvimento nacional, ao 
penalizar quem não esteja atendendo a função social do imóvel, seja urbano ou rural. É 
quase como se dissesse: “não quer produzir ou edificar, então venda para quem quer”.
Avançando, a norma constitucional diz que as benfeitorias úteis e necessárias serão 
indenizadas em dinheiro.
Aí você me pergunta:
O que são benfeitorias?
Elas são acréscimos feitos pelo proprietário, possuidor ou detentor de um bem. As necessárias 
se prestam à conservação da coisa, enquanto as úteis são aquelas que aumentam ou 
facilitam o seu uso.
Repare que não se fala em indenização de benfeitorias voluptuárias, que são aquelas que 
servem para mero deleite, como piscinas, cascatas, fontes etc.
Fique de olho para o artigo 185 da Constituição, pois ele proíbe a desapropriação para fins 
de reforma agrária nas seguintes hipóteses:
a) a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário 
não possua outra;
b) a propriedade produtiva.
Ou seja, é autorizada a desapropriação dos grandes latifúndios improdutivos…
Mas o examinador quer saber é quando a propriedade está cumprindo sua função social, 
ou seja, quando não será caso de desapropriação, certo?
Daí que a resposta esperada está na letra “c”. É que o artigo 186 da Constituição fala que a 
função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo 
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critérios e graus de exigência estabelecidosem lei, havendo entre os requisitos a exploração 
que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Letra c.
QuEstÕEs GErais
001. 001. (MPC-PA/PROCURADOR/2019) No que diz respeito aos princípios gerais da atividade 
econômica, a política urbana, a política fundiária e a reforma agrária, assinale a opção correta.
a) De acordo com o STF, os serviços sociais autônomos, que integram o denominado sistema 
S, integram a administração pública.
b) A CF veda a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos sob o regime de 
permissão.
c) De acordo com o entendimento do STF, o monopólio do serviço postal de correspondências 
pessoais pertence à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
d) A inexistência de registro imobiliário é suficiente para a caracterização do domínio público 
sobre as terras devolutas, segundo o entendimento do STF.
e) As operações de transferências de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária 
não estão isentas de impostos federais, estaduais e municipais.
Segundo o julgamento do ACO n. 1.953, o STF entendeu que:
JURISPRUDÊNCIA
Os serviços sociais autônomos do denominado sistema “S”, embora compreendidos na 
expressão de entidade paraestatal, são pessoas jurídicas de direito privado, definidos 
como entes de colaboração, mas não integrantes da Administração Pública.
a) Errada. Inclusive, o STF excluiu da obrigatoriedade de realização de concursos públicos os 
serviços sociais autônomos integrantes do Sistema “S”. A decisão levou em conta a autonomia 
administrativa dessas entidades, que estão sujeitas apenas ao controle finalístico, pelo 
Tribunal de Contas (STF, RE n. 789.874).
b) Errada. Continuando, dispõe o art. 21, XXIII, “c”, da CF, que “sob regime de permissão, são 
autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual 
ou inferior a duas horas”.
c) Certa. É que a ECT (Correios) está protegida pela imunidade recíproca, de modo que 
seus automóveis e seus imóveis não precisam pagar IPVA e IPTU, respectivamente, tributos 
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estaduais e municipais (STF, ACO n. 765). Ah, a imunidade se estende inclusive para as 
atividades nas quais a empresa não age em regime de monopólio.
Trocando em miúdos, a ECT não pagará IPVA nem das motocicletas utilizadas para entrega 
de correspondências normais, nem para a entrega de encomendas expressas – SEDEX.
O questionamento que havia era o seguinte: várias empresas atuam na entrega de encomenda 
expressa – entre outras, TAM Cargo, Jad Log, FEDEX. Elas precisam pagar o IPVA dos veículos 
utilizados.
Esse aparente desequilíbrio provocado pela concessão de benefício tributário apenas aos 
Correios foi justificado pela necessidade de equilibrar as contas da empresa, pois em sua 
atividade de monopólio (entrega de correspondências), muitas vezes a ECT sofre prejuízos 
severos (STF, RE n. 601.392).
d) Errada. O fato de o imóvel não possuir registro, por si só, não gera a presunção de estarmos 
diante de terra pública.
e) Errada. De acordo com o art. 184, § 5º, CF, “são isentas de impostos federais, estaduais e 
municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma 
agrária”. Por isso, a letra “e” também está errada.
Letra c.
002. 002. (TRT 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Acerca das finanças públicas, da ordem 
econômica e financeira, da reforma agrária, do sistema financeiro nacional e da ordem 
social, assinale a opção correta de acordo com a CF.
a) O sistema financeiro nacional regula-se por leis complementares, salvo no que se refere 
à participação de capital estrangeiro nas instituições financeiras, que será regulada por 
tratados internacionais.
b) É direito fundamental da pessoa humana o direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, cabendo ao Estado e à coletividade a garantia desse direito.
c) O texto constitucional atribui ao Congresso Nacional a competência para fiscalizar a emissão 
de moeda no país, exclusivamente pelo Banco Central, nos termos de lei complementar.
d) O concessionário dependerá de autorização ou concessão do proprietário do solo para 
a exploração de jazidas e demais recursos minerais, cabendo ao proprietário participação 
nos resultados da lavra.
e) A alienação ou a concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos 
hectares para fins de reforma agrária dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
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O Sistema Financeiro Nacional é tratado no artigo 192 da Constituição. Esse dispositivo, 
ao longo dos anos, sofreu duas modificações (EC n. 13/1996 e EC n. 40/2003), as quais 
reduziram significativamente o seu texto.
Na redação anterior, constava que as taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e 
quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, 
não poderiam ser superiores a 12% ao ano.
No entanto, a EC n. 40/2003 revogou o § 3º do artigo 192, retirando a previsão que limitava 
os juros.
Surge, então, uma discussão: até a promulgação da EC n. 40/2003, ou seja, entre 1998-
2003, essa taxa foi aplicada?
Não, pois era uma norma de eficácia limitada, sem o necessário complemento. É o que consta 
na Súmula Vinculante n. 7, segundo a qual a norma do § 3º do artigo 192 da Constituição, 
revogada pela Emenda Constitucional n. 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% 
ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei complementar.
Atualmente, o artigo 192 se limita a dizer que o sistema financeiro nacional, estruturado 
de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da 
coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, 
será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do 
capital estrangeiro nas instituições que o integram.
a) Errada. A lei complementar tratará também sobre a participação do capital estrangeiro 
nas instituições que integram o sistema financeiro.
b) Certa. Reproduz o teor do artigo 225 da Constituição, segundo o qual todos têm direito 
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
c) Errada. O erro está no fato de o texto constitucional não exigir o uso de lei complementar 
para tratar sobre a emissão de moeda, que fica a cargo do BC.
d) Errada. O erro da alternativa está no fato de que a pesquisa e a lavra de recursos minerais 
poderão ser efetuadas mediante autorização ou concessão da União, e não do proprietário.
e) Errada. É que realmente há previsão no sentido de que a alienação ou a concessão, a 
qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a 
pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação 
do Congresso Nacional.
A regra aí de cima, contudo, não se aplica às alienações ou às concessões de terras públicas 
para fins de reforma agrária.
Letra b.
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com a sociedade, ao tratar, por exemplo, da defesa dos consumidores, da atenção à função 
social da propriedade.
2 . PrinCÍPiOs Da OrDEM ECOnÔMiCa2 . PrinCÍPiOs Da OrDEM ECOnÔMiCa
O artigo 170 da Constituição diz que a ordem econômica terá por fim assegurar a todos 
existência digna, salientando os seguintes princípios:
I – soberania nacional;
Além de princípio da ordem econômica, a soberania também é um dos Fundamentos 
da RFB, presente no art. 1º da Constituição.
II – propriedade privada;
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Ao se proteger a propriedade privada, o Estado deixa de lado o regime socialista, ainda 
existente em alguns países.
III – função social da propriedade;
De extrema relevância no cenário político-jurídico, o princípio da função social da 
propriedade está presente no texto constitucional desde 1934.
Se, de um lado, a Constituição protege a propriedade privada, de outro lado deixa claro 
que a esse bem deve ser dada uma destinação que promova a circulação de riquezas, não 
podendo servir para a mera especulação.
Vemos a influência desse princípio, por exemplo, na possibilidade de usucapião dos 
bens, ou ainda nas políticas urbanas e rurais, estudadas mais à frente.
IV – livre concorrência;
Está aqui um dos pontos altos da matéria. É que a Súmula Vinculante n. 49 diz que
JURISPRUDÊNCIA
ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Esse assunto já era tratado por meio de Súmula do STF (Súmula 646), que depois foi 
transformada em vinculante, para ganhar mais importância. Então, vale ficar de olho.
Ainda sobre a súmula, lembro a você questão sempre cobrada, dizendo respeito à 
inconstitucionalidade de lei que imponha distância mínima entre farmácias, num 
determinado município. Aqui no Distrito Federal, inclusive, temos a “Rua das Farmácias”, 
quadra na qual vários estabelecimentos dessa espécie se encontram lado a lado.
Fique de olho, pois o STF entende ser válida a lei que determine distância mínima entre 
postos de gasolina, tendo em vista razões de segurança (STF, RE 204.187). Mais: o Tribunal 
confirmou a constitucionalidade de lei distrital que proibia o funcionamento de postos 
de gasolina dentro das áreas de supermercado (STF, 597.165).
Para você entender melhor a polêmica, no Estado de Goiás – em especial, na Capital 
Goiânia –, os postos de gasolina que ficam no interior dos supermercados oferecem preços 
mais agressivos, gerando uma ampliação na concorrência. Então, tentou-se fazer a mesma 
coisa no DF, o que foi vedado por lei distrital.
Por falar em liberdade da iniciativa econômica, foi declarada a inconstitucionalidade 
de lei municipal que obrigava supermercados ou similares à prestação de serviços de 
acondicionamento ou embalagem das compras (STF, RE 839.950).
Não acabou! 
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Foi também declarada a inconstitucionalidade de leis que obrigavam shoppings centers a 
implantar ambulatório médico ou serviço de pronto-socorro para atendimento de emergência. 
Prevaleceu a ideia de que, além de invadir a competência privativa da União para legislar 
sobre direitos do trabalho e comercial, ainda fere a liberdade econômica, ao gerar custos 
excessivos aos empresários do ramo (STF, RE n. 833.291).
Avançando, proíbem-se, em nome da livre concorrência, práticas de dumping, que 
caracterizem a formação de cartéis, visando a dominação de mercados, a eliminação de 
concorrência e ao aumento arbitrário de lucros. Nesse contexto, foi editada o Estatuto 
Brasileiro de Defesa da Concorrência (Lei 12.529/11).
Outra coisa: o STF entendeu pela constitucionalidade de lei federal que concedia gratuidade 
às pessoas com deficiência que sejam carentes, mesmo no transporte interestadual de 
passageiros (STF, ADI 2.649).
De igual modo, também é válida lei federal que determina a reserva, por veículo, de 
duas vagas gratuitas e, após estas esgotarem, de duas vagas com tarifa reduzida em, no 
mínimo, 50%, para serem utilizadas por jovens de baixa renda no sistema de transporte 
coletivo interestadual de passageiros (STF, ADI n. 5.657).
Tem mais: com base na livre iniciativa, foi declarada a inconstitucionalidade de lei 
municipal que proibia os serviços de transporte por aplicativo – Uber, Indrive, 99 POP (STF, 
ADPF 449).
Por outro lado, o tribunal confirmou a validade de lei estadual, que conferia gratuidade 
a militares estaduais da ativa, desde que fardados e apresentando a identificação, nos 
transportes rodoviários intermunicipais.
Na ocasião, foram afastadas as alegações de violação à ordem econômica e de imposição 
de diferenciação entre cidadãos e classes de servidores públicos (STF, ADI 6.474).
Outra coisa: é válida norma estadual que obriga empresas do setor têxtil a identificarem 
as peças de roupa com etiquetas em braile ou outro meio acessível a pessoas com deficiência 
visual. No julgamento, afastou-se a alegação de ofensa aos princípios da livre iniciativa e 
da livre concorrência (STF, ADI n. 6.989).
Um ponto de grande tensão nas relações de trabalho – e repercute tanto aqui nos 
princípios da ordem econômica quanto na livre iniciativa, compreendida como fundamento 
de nossa República – diz respeito à terceirização nas atividades.
Ao julgar a validade de normas inseridas pela Reforma Trabalhista, o STF firmou a 
compreensão de ser possível a terceirização tanto da atividade-meio quanto na atividade-fim.
Na ocasião, pontuou-se que a terceirização não fragiliza a mobilização sindical dos 
trabalhadores, porquanto o art. 8º, II, da Constituição contempla a existência de apenas 
uma organização sindical para cada categoria profissional ou econômica, mesmo quando 
uma mesma sociedade empresarial divide a sua operação por diversas localidades distintas.
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Foi destacado ainda que a dicotomia entre “atividade-fim” e “atividade-meio” seria 
imprecisa, artificial e ignoraria a dinâmica da economia moderna, caracterizada pela 
especialização e divisão de tarefas com vistas à maior eficiência possível, de modo que 
frequentemente o produto ou serviço final comercializado por uma entidade comercial é 
fabricado ou prestado por agente distinto, sendo também comum a mutação constante 
do objeto social das empresas para atender a necessidades da sociedade, como revelam 
as mais valiosas empresas do mundo.
Por fim, o STF indicou que a terceirização apresentaria os seguintes benefícios: (i) 
aprimoramento de tarefas pelo aprendizado especializado; (ii) economias de escala e de 
escopo; (iii) redução da complexidade organizacional; (iv) redução de problemas de cálculo 
e atribuição, facilitando a provisão de incentivos mais fortes a empregados; (v) precificação 
mais precisa de custos e maior transparência; (vi) estímulo à competição de fornecedoresa sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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003. 003. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/PROCURADOR/2017) Considerando as disposições 
constitucionais acerca da ordem econômica e financeira, assinale a opção correta.
a) Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos 
de domínio ou de concessão de uso inegociáveis pelo prazo de dez anos.
b) Compete ao município, concorrentemente, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo esta última determinante para o setor público e indicativo para o 
setor privado.
c) Lei municipal poderá impedir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo 
ramo em determinada área.
d) O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em OSCIPs que privilegiem a 
proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
a) Certa. A letra “a” é a resposta esperada de acordo com a literalidade do art. 189 da CF:
Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos 
de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos.
Agora que já falei a resposta esperada, vou atrás do erro das demais alternativas, ok?
A intervenção indireta está prevista no artigo 174 da Constituição e caracteriza-se como 
regra no modelo de Estado intervencionista brasileiro.
b) Errada. De acordo com o dispositivo, como agente normativo e regulador da atividade 
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor 
privado. Logo, trocou-se Estado (poder público), fechando-se apenas para município, o 
que torna errada a letra “b”.
c) Errada. A alternativa está errada e contraria o que consta na Súmula Vinculante n. 49.
d) Errada. O § 3º do artigo 175 diz que o Estado favorecerá a organização da atividade 
garimpeira em cooperativas, e não em OSCIPs.
Letra a.
004. 004. (PREFEITURA DE SALVADOR/PROCURADOR MUNICIPAL/2015) Conforme disposições 
da CF, assinale a opção correta com relação à ordem econômica e ao regime constitucional 
das cortes de contas.
a) O TCU, no exercício de suas atribuições, pode requisitar, de forma fundamentada e 
circunstancialmente, a quebra do sigilo bancário de dados constantes nas instituições 
financeiras oficiais.
b) Sociedades de economia mista e empresas públicas de prestação de serviços ou que 
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, em razão da 
sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, não estão sujeitas à fiscalização 
do tribunal de contas.
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c) São inconstitucionais leis municipais que criem obstáculos à instalação de empresas do 
mesmo ramo em determinada área, pois a livre concorrência é pilar da ordem econômica 
brasileira.
d) É matéria de competência legislativa da União a fixação de horário de funcionamento 
para comércio dentro da área municipal.
e) Compete à União, aos estados, ao DF e aos municípios legislar concorrentemente sobre 
produção e consumo.
a) Errada. O TCU não pode decretar a quebra de sigilos. O que lhe é permitido é acessar/
requisitar informações constantes em contrato no qual haja dinheiro público envolvido 
para exercer sua missão de fiscalizar.
b) Errada. A fiscalização do TCU incidirá nas SEM e nas EP prestadoras de serviços públicos 
e nas exploradoras de atividade econômica.
c) Certa. A Súmula Vinculante n. 49 diz que:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante n. 49
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
d) Errada. O erro da alternativa está no fato de a matéria em questão de incumbência 
legislativa dos municípios, pois está dentro dos assuntos de interesse local.
e) Errada. Finalmente, os municípios não estão dentro da competência concorrente – artigo 
24 da Constituição. Assim, legislar sobre produção e consumo é da competência concorrente 
da União (normas gerais), dos Estados e do DF (ficam com as normas suplementares).
Letra c.
005. 005. (TCU/PROCURADOR/2015) A respeito da ordem econômica prevista na CF, especialmente 
no que se refere à prestação de serviços públicos, assinale a opção correta.
a) A exploração direta das atividades econômicas cabe preferencialmente ao setor privado 
e excepcionalmente ao Estado, daí a razão pela qual é inadmissível, inclusive em prestígio 
ao princípio constitucional da livre concorrência, que o desempenho dessas atividades 
dependa de prévias autorizações do poder público.
b) O serviço postal é exemplo de atividade econômica em sentido estrito prestada pelo 
Estado em regime de monopólio legal, conforme consolidado pela jurisprudência do STF.
c) A partir dos anos 90 do século passado, mediante os processos de desestatização e 
com a introdução no Brasil do conceito de serviço público competitivo ou serviço público 
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econômico, passou-se a admitir a aplicação do princípio da livre concorrência também às 
empresas públicas prestadoras de serviço público.
d) O conceito de atividade econômica, em sentido estrito, opõe-se ao de serviço público, 
notadamente no que toca à titularidade: a atividade econômica cabe preferencialmente 
ao setor privado; os serviços públicos, por sua vez, são da competência direta ou indireta 
do Estado por meio de concessão, ou permissão. Essa diferenciação quanto à titularidade, 
contudo, não determina uma diversificação quanto ao regime jurídico, pois ambos os 
conceitos se referem à atividade econômica em sentido amplo.
e) Pode o Estado ser o titular exclusivo de um serviço público sem ter o dever de prestá-
lo diretamente ou por meio de criatura sua, pois são admitidos legalmente os regimes 
de concessão ou permissão com a transferência do exercício da atividade por entidades 
privadas, tendo o Estado, nesses casos, o dever de fiscalizar a qualidade do serviço prestado.
a) Errada. Embora a regra seja a desnecessidade de autorização do Estado para o desempenho 
da atividade econômica, em determinados casos, ante o risco de potencial lesivo à coletividade, 
a autorização será necessária.
b) Errada. Isso porque o STF entende que o serviço postal prestado pelos Correios é uma 
modalidade de serviço público, e não uma atividade econômica estrita – ADPF n. 46.
c) Errada. Os serviços públicos não estão abrangidos pela livre concorrência. Em relação a 
eles, há uma regulação mais severa, com fiscalização, regulação e a exigência de pactuação 
mediante concessões e permissões.
d) Errada. O erro está no fato de que há diversificação quanto ao regime jurídico, ao 
contrário do que se afirmou na alternativa. A atividade econômica em sentido estrita é 
regida exclusivamente por normas de direito privado, enquanto os serviços públicos são 
organizados em regime de direito público.
e) Certa. A letra “e” é a resposta esperada, pois, de acordo com o artigo 175 da Constituição, 
cabe ao poder público, na forma da lei,diretamente ou sob regime de concessão, ou 
permissão, sempre por meio de licitação, a prestação de serviços públicos. Como agente 
normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as 
funções de fiscalização, incentivo e planejamento (FIP), sendo este determinante para o 
setor público e indicativo para o setor privado.
Letra e.
006. 006. (TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2015) Assinale a opção correta relativamente ao instituto 
da desapropriação e às disposições constitucionais sobre a ordem econômica.
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a) Como agente regulador da atividade econômica, cabe ao Estado exercer, de forma 
indicativa, mas não determinante, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento 
tanto para o setor público como para o setor privado.
b) O Estado não pode explorar, de forma direta ou indireta, atividade econômica, salvo 
em caso de necessidade relativa à segurança nacional, mediante prévia autorização do 
Congresso Nacional.
c) A CF prevê expressamente a edição de lei que reprima o abuso do poder econômico que 
vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos 
lucros.
d) Pessoas jurídicas que pratiquem atos contra a ordem econômica e financeira e contra 
a economia popular sujeitam-se à responsabilização civil e administrativa, com punições 
compatíveis com sua natureza, ficando afastada a responsabilização individual de seus 
dirigentes.
e) A CF prevê que tanto a desapropriação por interesse social quanto a desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública seja feita somente mediante justa e prévia indenização 
em dinheiro.
a) Errada. A atuação estatal é determinante para o setor público e indicativo para o setor 
privado – artigo 174 da Constituição.
b) Errada. O erro da alternativa está no fato de falar em forma direta ou indireta, quando 
o certo seria mencionar apenas a exploração direta como excepcional.
c) Certa. Ela corresponde ao § 4º do artigo 173, segundo o qual a lei reprimirá o abuso do 
poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao 
aumento arbitrário dos lucros.
Aliás, foi com base no mandamento constitucional que se promulgou a Lei n. 12.529/2011, 
responsável por estruturar o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC – e 
dispor sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada 
pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social 
da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico.
d) Errada. O § 5º do artigo 173 prevê também a possibilidade de responsabilização individual 
dos dirigentes da PJ.
e) Errada. O inciso XXIV do artigo 5º diz expressamente que a lei estabelecerá o procedimento 
para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante 
justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na própria Constituição.
Letra c.
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QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO
FCC
POlÍtiCa urBana E aGrÁria
001. 001. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) O Distrito Federal declarou de utilidade 
pública, para fins de reforma agrária, uma grande área de terras improdutivas e cujo título 
imobiliário demandava regularização. A conduta do ente federado é
a) inconstitucional, pois só a União tem competência para desapropriação para fins de 
reforma agrária, o que deveria ser precedido de declaração de interesse social por esse ente.
b) regular e válida, desde que se trate de área particular e improdutiva, destinada a população 
de baixa renda para fins de cultivo agropastoril.
c) inconstitucional, considerando que a competência para desapropriação para fins de 
reforma agrária foi atribuída apenas à União, sendo possível, contudo, que este ente 
suceda o Distrito Federal na ação judicial para regularização da ação, o que viabilizaria o 
aproveitamento do decreto de declaração de utilidade pública já editado.
d) constitucional, desde que seja observado o requisito da justa e prévia indenização, 
podendo ser feito depósito em dinheiro ou em pagamento em títulos da dívida agrária.
e) inconstitucional, tendo em vista que a Constituição Federal admite aos entes públicos a 
realização de reforma agrária em áreas que já sejam de titularidade pública ou que sejam 
recebidas em doação para essa finalidade.
002. 002. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Sobre a Política Urbana, prevista na 
Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
a) o plano diretor deve ser aprovado pelo Prefeito da cidade, ouvida a Assembleia Legislativa.
b) os imóveis públicos serão adquiridos por usucapião com maior prazo em relação à 
usucapião de imóveis não públicos.
c) as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com posterior, mas breve, indenização 
em dinheiro.
d) o título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a 
ambos, independentemente do estado civil.
e) a propriedade urbana e rural cumpre sua função social quanto atende decreto legislativo 
que organiza a cidade.
003. 003. (FCC/TRF-5ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) A Constituição Federal consagra 
hipóteses de aquisição de propriedade urbana e rural por usucapião, estabelecendo que, 
para a usucapião de área de terra em zona rural,
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a) tanto quanto para a usucapião de área urbana, a posse deve ser exercida sem oposição 
pelo prazo de cinco anos ininterruptos.
b) o possuidor só não pode ser proprietário de outro imóvel rural, ao passo que, para a 
usucapião de área urbana, o possuidor só não pode ser proprietário de outro imóvel urbano.
c) exige-se que o possuidor a torne produtiva por seu trabalho ou de sua família, não sendo 
necessário que tenha nela sua moradia, ao passo que, para a usucapião de área urbana, esta 
deve constituir a moradia do possuidor ou de sua família, não sendo necessário torná-la 
produtiva.
d) o imóvel usucapiendo não pode ser superior a cinquenta alqueires, ao passo que, para 
a usucapião de área urbana, esta não deve ser superior a duzentos e cinquenta metros 
quadrados.
e) o possuidor deve ter como sua a área, o que não se exige na usucapião de área urbana.
004. 004. (FCC/TRF-5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Será compatível com a disciplina 
constitucional do direito de propriedade
a) o Decreto do Presidente da República que declare como de interesse social, para fins de 
reforma agrária, o imóvel rural que, por definição legal, seja média propriedade rural, ainda 
que seu proprietário não possua outra.
b) a concessão de terra pública com área de três mil e quinhentos hectares a pessoas físicas, 
para fins de reforma agrária, independentemente de prévia aprovação do Congresso Nacional.
c) a aquisição do domínio de área urbana de duzentos e cinquentametros quadrados por 
quem a possua e utilize como moradia por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, 
ainda que seja proprietário de imóvel rural.
d) o Decreto de Prefeito municipal que declare de utilidade pública, para fins de desapropriação, 
imóvel urbano subtilizado, incluído no Plano Diretor, mediante pagamento em títulos da 
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, resgatáveis no prazo 
de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão.
e) a decisão judicial que determine a penhora de imóvel que, por definição legal, seja pequena 
propriedade rural, para garantir o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade 
produtiva, desde que trabalhada pela família.
005. 005. (FCC/TRF-5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Considere as afirmações abaixo à 
luz da disciplina constitucional da reforma agrária.
I – São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência 
de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
II – A pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário 
não possua outra, é insuscetível de desapropriação para fins de reforma agrária.
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III – As benfeitorias úteis não serão indenizadas na desapropriação para fins de reforma 
agrária.
IV – Compete à União desapropriar propriedade rural que, segundo critérios e graus de 
exigência estabelecidos em lei, não utilize adequadamente os recursos naturais disponíveis 
e não preserve o meio ambiente.
V – Compete à União desapropriar propriedade rural que, segundo critérios e graus de 
exigência estabelecidos em lei, explore de forma a prejudicar o bem-estar dos trabalhadores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II, IV e V.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e V.
e) IV e V.
006. 006. (FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2016) No tocante ao instituto da usucapião 
constitucional, ou para fins de moradia, consagrado no capítulo da Política Urbana da 
Constituição Federal de 1988, conforme dispõe de forma expressa a norma constitucional:
I – Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, 
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de 
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, mesmo que seja proprietário de outro imóvel urbano 
ou rural.
II – O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou 
a ambos, desde que comprovado o estado civil de casados.
III – O direito à usucapião para fins de moradia não será reconhecido ao mesmo possuidor 
mais de uma vez.
IV – Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) III e IV.
c) I e IV.
d) I e II.
e) II e III.
007. 007. (FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2016) A propósito da intervenção do Estado na 
propriedade, a Constituição Federal dispõe que
a) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, 
não será objeto de desapropriação.
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b) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano ou lucros 
cessantes.
c) compete exclusivamente à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma 
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa 
indenização em títulos da dívida agrária.
d) o confisco decorrente da cultura ilegal de plantas psicotrópicas e pela exploração de 
trabalho escravo aplica-se somente às propriedades rurais.
e) a descoberta de jazida de recursos minerais em terrenos particulares implica na imediata 
desapropriação de tais recursos, sendo o proprietário compensado por meio de participação 
na exploração da lavra.
008. 008. (FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO DE ARRECADAÇÃO/2016) A política urbana constitucional, 
regulada no título da ordem econômica,
a) estabelece, como instrumento de combate à subutilização do solo urbano, a desapropriação 
com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo 
Congresso Nacional, com prazo de resgate de até quinze anos, em parcelas anuais, iguais 
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
b) prevê a possibilidade de cobrança de imposto sobre a propriedade predial e territorial 
urbana progressivo no tempo e em razão do valor do imóvel.
c) determina que a função social da propriedade urbana é definida no plano diretor dos 
Municípios.
d) determina a obrigatoriedade do plano diretor para cidades com mais de 25 mil habitantes.
e) institui a usucapião especial urbana para fins de moradia, nas modalidades individual e 
coletiva, com intuito de regularização fundiária.
009. 009. (FCC/SEGEP-MA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2016) A política urbana constitucional, 
regulada no título da ordem econômica,
a) estabelece, como instrumento de combate à subutilização do solo urbano, a desapropriação 
com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo 
Congresso Nacional, com prazo de resgate de até quinze anos, em parcelas anuais, iguais 
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
b) prevê a possibilidade de cobrança de imposto sobre a propriedade predial e territorial 
urbana progressivo no tempo e em razão do valor do imóvel.
c) determina que a função social da propriedade urbana é definida no plano diretor dos 
Municípios.
d) determina a obrigatoriedade do plano diretor para cidades com mais de 25 mil habitantes.
e) institui a usucapião especial urbana para fins de moradia, nas modalidades individual e 
coletiva, com intuito de regularização fundiária.
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010. 010. (FCC/PGE-RN/PROCURADOR/2014) Considere as situações abaixo.
I – Proibição, por lei municipal, da instalação de novo estabelecimento comercial a menos 
de 500 metros de outro da mesma natureza.
II – Proibição, por atos normativos infralegais, da importação de pneus usados.
III – Exigência, pela Fazenda Pública, de prestação de fiança, garantia real ou fidejussória 
para a expedição de notas fiscais de contribuintes em débito com o fisco.
São incompatíveis com a Constituição da República, por afronta aos princípios da livre 
iniciativa e da liberdade de exercício de atividade econômica, as situações descritas em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
011. 011. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS/PROCURADOR/2016) A disciplina constitucional da 
função social da propriedade rural e reforma agrária contempla regra segundo a qual
a) as alienações ou concessões de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos 
hectares, para fins de reforma agrária, dependerão de prévia aprovação do Congresso 
Nacional.
b)a pequena e a média propriedade rural são insuscetíveis de desapropriação, devendo a 
lei assegurar-lhes tratamento especial e fixar normas para o cumprimento dos requisitos 
relativos à sua função social.
c) o decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, 
autoriza a imissão da União na posse do bem.
d) a localização de culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho 
escravo em propriedade rural ensejam sua destinação à reforma agrária, sem qualquer 
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
e) as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária 
poderão ser isentas de impostos federais, estaduais ou municipais, nos termos de lei do 
ente tributante.
012. 012. (FCC/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/PROCURADOR/2016) Constituição estadual que 
estabeleça a obrigatoriedade de Municípios com mais de 10.000 habitantes aprovarem Plano 
Diretor, como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, 
no qual se exija do proprietário de solo urbano não utilizado ou subutilizado que promova 
o seu adequado aproveitamento, sob pena de, entre outras medidas, desapropriação com 
pagamento mediante títulos da dívida pública, será
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a) incompatível com a Constituição da República no que se refere à exigência de Plano 
Diretor para Municípios com mais de 10.000 habitantes, mas não em relação à possibilidade 
de desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.
b) incompatível com a Constituição da República no que se refere à possibilidade de 
desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública, mas não em relação à 
exigência de Plano Diretor para Municípios com mais de 10.000 habitantes.
c) compatível com a Constituição da República.
d) compatível com a Constituição da República, desde que a desapropriação mediante títulos 
da dívida pública seja precedida de parcelamento ou edificação compulsórios e imposto 
sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo.
e) incompatível com a Constituição da República, por violação à autonomia dos Municípios 
com até 20.000 habitantes, dos quais não se exige a aprovação de Plano Diretor como 
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
013. 013. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Decreto editado pelo Presidente da República 
declara de interesse social, para fins de reforma agrária, imóvel rural que especifica, 
estabelecendo que:
I – excetuadas as benfeitorias úteis e necessárias existentes anteriormente à ciência do início 
do procedimento administrativo pertinente, indenizáveis em dinheiro, não são outorgados 
efeitos indenizatórios em relação a áreas de domínio público, constituído por lei ou registro 
público, porventura existentes nos limites do perímetro a ser desapropriado; e
II – compete à autarquia federal que tem por missão realizar o ordenamento fundiário 
nacional promover e executar a desapropriação. Referido decreto é
a) incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à atribuição 
de competência a autarquia para promoção e execução da desapropriação.
b) incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à não outorga 
de efeitos indenizatórios em relação a áreas de domínio público constituídas por registro 
público.
c) incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à competência 
para desapropriação para fins de reforma agrária.
d) incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à forma de 
indenização de benfeitorias no imóvel sujeito à desapropriação para fins de reforma agrária.
e) compatível com a disciplina constitucional da matéria.
014. 014. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2015) A lei orgânica de determinado município 
com 25.000 habitantes estabelece que:
I – o poder público poderá valer-se de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios 
como formas de induzir a ocupação de imóveis urbanos não edificados, subutilizados ou 
não utilizados, atribuindo prazos ao proprietário para promover sua utilização;
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II – no caso de não atendimento a prazos para o cumprimento da função social da propriedade, 
o município poderá aplicar o imposto sobre propriedade territorial urbana − IPTU progressivo 
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos, podendo 
a alíquota máxima atingir 15% (quinze por cento) do valor do lançamento fiscal do imóvel, 
conforme previsão em lei específica, até que o proprietário cumpra a obrigação de dar uso 
adequado ao imóvel;
III – o município poderá proceder à desapropriação do imóvel com pagamento em títulos 
da dívida pública, caso não tenha sido cumprida a função de parcelar, edificar e dar uso ao 
referido imóvel após o prazo de cinco anos de cobrança do IPTU progressivo.
A adoção pelo município das medidas previstas na lei orgânica em questão será compatível 
com a Constituição da República no que se refere aos mecanismos estabelecidos em
a) I, II e III, independentemente de as exigências fundamentais de ordenação da cidade, 
relativas ao cumprimento da função social da propriedade, estarem expressas em plano 
diretor, aprovado pela Câmara Municipal.
b) I, apenas, e desde que as exigências fundamentais de ordenação da cidade, relativas 
ao cumprimento da função social da propriedade, estejam expressas em plano diretor, 
aprovado pela Câmara Municipal.
c) II, apenas, e desde que as exigências fundamentais de ordenação da cidade, relativas 
ao cumprimento da função social da propriedade, estejam expressas em plano diretor, 
aprovado pela Câmara Municipal.
d) II e III, apenas, independentemente de as exigências fundamentais de ordenação da 
cidade, relativas ao cumprimento da função social da propriedade, estarem expressas em 
plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal.
e) I, II e III, e desde que as exigências fundamentais de ordenação da cidade, relativas ao 
cumprimento da função social da propriedade, estejam expressas em plano diretor, aprovado 
pela Câmara Municipal.
015. 015. (FCC/PGE-RN/PROCURADOR/2014) A expropriação de propriedades rurais de qualquer 
região do país em que for identificada a exploração de trabalho escravo, sem qualquer 
indenização ao proprietário, para destinação à reforma agrária, é medida
a) compatível com a Constituição da República, na qual está prevista expressamente, 
dependente a norma constitucional, no entanto, de lei para produzir os efeitos pretendidos.
b) incompatível com a Constituição da República, que sujeita a propriedade, nessa hipótese, 
a desapropriação mediante prévia e justa indenização, em títulos da dívida agrária, com 
cláusula de preservação do valor real.
c) incompatível com a Constituição da República, que somente admite a expropriação de 
propriedades rurais em que são localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas.
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d) incompatível com a Constituição da República, que determina, nessa hipótese, que 
a propriedade seja destinada ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos 
alimentícios e medicamentosos.
e) compatível com a Constituição da República, embora não esteja nela prevista expressamente, 
na medida em que a propriedade em que não se observem as disposições que regulam as 
relações de trabalho descumpre a função social, sujeitando-se à reforma agrária.
PrinCÍPiOs Da OrDEM ECOnÔMiCa E À intErVEnÇÃO DO EstaDO na OrDEM ECOnÔMiCa
001. 001. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE/ANALISTA/2019) À luz do que disciplina a Constituição 
da República acerca da Ordem Econômica e Financeira,
a) constitui monopólio da União a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro, sendo, 
inclusive, vedada a contratação de empresas estatais ou privadas para a realização de tal 
atividade.
b) incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
c) como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma 
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este indicativo para o 
setor público e determinante para o setor privado.
d) a lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro 
e incentivará os reinvestimentos, sendo vedada, contudo, a remessa de lucros ao exterior.
e) é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, sempre precedida 
de autorização dos órgãos públicos.
002. 002. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE/2018) Visando criar incentivos para o exercício da atividade 
econômica, sem descuidar de aspectos relacionados à responsabilidade dos agentes 
econômicos, um grupo de Deputados Federais estuda apresentar projetos de leis que 
estabeleçam: a. privilégios fiscais que beneficiem sociedades de economia mista e empresas 
públicas e do setor privado, igualmente, em determinados setores da economia; e b. 
responsabilização da pessoa jurídica por atos praticados contra a economia popular, para 
além da responsabilização individual de seus dirigentes. À luz da disciplina constitucional 
da matéria,
a) não é admissível a criação de privilégios fiscais, para empresas do setor privado, tampouco 
a responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes.
b) não é admissível a criação de privilégios fiscais, para empresas públicas e sociedades 
de economia mista, tampouco a responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da 
responsabilidade individual de seus dirigentes.
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c) é admissível a criação de privilégios fiscais, nos moldes pretendidos, assim como a 
responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes, desde que as punições sejam compatíveis com a natureza daquelas.
d) é admissível a criação de privilégios fiscais, nos moldes pretendidos, mas não a 
responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes.
e) não é admissível a criação de privilégios fiscais, nos moldes pretendidos, mas sim a 
responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes, desde que as punições sejam compatíveis com a natureza daquelas.
003. 003. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2018) No capítulo que trata da ordem econômica, 
na Constituição Federal, é prevista a defesa do consumidor como um de seus princípios. Em 
relação à competência legislativa em matéria de responsabilidade por danos ao consumidor, 
é correto afirmar:
a) A competência legislativa é exclusiva da União.
b) Sobrevindo lei nacional, automaticamente ficam revogadas as leis estaduais que tratam 
sobre a temática, ressalvando-se a competência material ou administrativa aos Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios.
c) A competência legislativa é concorrente entre União e Estados-membros, sem prejuízo 
para o Distrito Federal exercer a competência legislativa para os assuntos de interesse local.
d) A competência legislativa é concorrente entre União, Estado-membro e Distrito Federal.
e) Uma vez exercida a competência legislativa pela União, os Estados-membros e o Distrito 
Federal não podem mais editar normas sobre a temática.
004. 004. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA/2018) Dentre as diretrizes fixadas pela Constituição Federal 
de 1988 quanto à exploração direta da atividade econômica pelo Estado, encontra-se a
a) sujeição das empresas públicas que explorem atividade de prestação de serviços ao 
regime jurídico próprio dos entes públicos, inclusive em matéria laboral e tributária.
b) proibição de as empresas públicas e sociedades de economia mista gozarem de privilégios 
fiscais não extensivos ao setor privado.
c) desnecessidade de observância dos princípios da Administração pública na contratação 
de obras, serviços, compras e alienações.
d) desnecessidade de fiscalização estatal e social, por se tratar de atividade privada.
e) excepcionalidade dessa exploração direta, que deve ficar restrita às hipóteses em que 
é necessária aos imperativos da segurança nacional.
005. 005. (FCC/SEAD-AP/ASSISTENTE/2018) No capítulo da Constituição Federal de 1988 que 
trata dos princípios gerais da atividade econômica, há várias normas sobre o aproveitamento 
dos recursos minerais. Dentre elas, NÃO está previsto que
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a) as jazidas, em lavras ou não, constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de 
exploração ou aproveitamento, e pertencem à União.
b) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante 
concessão da União, por brasileiros ou estrangeiros, desde que atendidos o interesse 
nacional e a lei orçamentária.
c) as cooperativas de atividade garimpeira terão prioridade na autorização ou concessão 
para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam 
atuando.
d) é garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra, e ao proprietário do 
solo é assegurada a participação nos resultados da lavra.
e) a autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, não podendo ser cedida 
ou transferida, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
006. 006. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) Apartando-se da discussão quanto ao 
critério identificador do conceito de serviço público e a partir da classificação doutrinária 
segundo a qual o gênero atividade econômica comporta duas distintas espécies, quais 
sejam, o serviço público e a atividade econômica em sentido estrito, a Constituição Federal
a) submeteu a exploração de ambas as espécies ao mesmo regime jurídico, essencialmente 
público, com o que se permitiu a coparticipação do setor privado na prestação de serviços 
públicos e atividades econômicas de interesse social.
b) submeteu a prestação de cada uma das atividades a dispositivos constitucionais e regimes 
jurídicos distintos, a primeira a regime essencialmentepúblico e a segunda a regime privado.
c) conferiu tratamento diverso às duas diferentes espécies de atividade, razão pela qual o 
serviço púbico cuja exploração é delegada à iniciativa privada perde sua natureza essencial 
pública, passando a se submeter tão somente a normas indutivas.
d) conferiu o mesmo tratamento jurídico às duas espécies do gênero atividade econômica, 
razão pela qual não há utilidade prática na classificação, pois se submetem ao mesmo 
e indistinto regime jurídico de prestação, a ser definido por decisão discricionária da 
Administração pública.
e) submeteu cada uma das atividades a regimes e dispositivos constitucionais distintos, 
respectivamente público e privado, razão pela qual, dado o princípio da livre iniciativa, ao 
estado é vedada a prestação da segunda e à iniciativa privada da primeira.
007. 007. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) A Constituição Federal, em seu artigo 173, 
estabelece que “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
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segurança nacional ou a relevante interesse coletivo conforme definidos em lei”. Cuida-se 
da consagração, na ordem econômica, do princípio da
a) subsidiariedade e da proporcionalidade, na sua dimensão necessidade.
b) economicidade, que impõe ao Estado que não intervenha e não regule as atividades que 
possam, de maneira satisfatória, ser exercidas ou autorreguladas pelo setor privado.
c) eficiência, nas dimensões eficácia e efetividade, o que impede o estado de restringir a 
liberdade dos agentes econômicos.
d) livre iniciativa, que impossibilita a atuação direta do estado na atividade econômica, 
para garantir a livre concorrência.
e) função regulatória do Estado, que impõe o planejamento da atividade econômica, para 
promover seus objetivos, marcadamente redistributivos.
008. 008. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) Nos termos da Constituição Federal, a 
atividade regulatória do Estado abrange a regulação
a) dos serviços públicos, exercida por meio das agências reguladoras (por exemplo, a Aneel), 
excluindo-se os monopólios e bens públicos.
b) dos serviços públicos, dos monopólios e bens públicos, bem como das atividades econômicas 
privadas (por exemplo, o setor de alimentos e medicamentos).
c) dos serviços públicos e monopólios públicos, excluindo-se os bens públicos, que são 
disciplinados por regras de direito privado, dado que se cuida de relação de domínio, tal 
qual a exercida pelas pessoas privadas.
d) de todas as atividades sujeitas a regime publicístico, excluindo-se as sujeitas a regime 
de direito privado, que se submetem apenas à atividade de planejamento, indicativo para 
o setor público.
e) e todas as atividades sujeitas a regime publicístico e a regime de direito privado do Estado, 
bem como as atividades econômicas privadas, estas que também se submetem a atividades 
de planejamento, sendo este determinante para o setor e dotado de eficácia jurídica.
009. 009. (FCC/TRT-3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A Constituição Federal traz como 
regra-matriz de incidência a importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, 
gás natural e seus derivados e álcool combustível e que pode ter alíquota diferenciada 
por produto ou uso; reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, além de receitas 
destinadas, dentre outros, “ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. 
Essa assertiva se refere
a) a uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de competência exclusiva da 
União.
b) ao imposto de importação incidente sobre combustíveis.
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c) ao imposto sobre circulação de mercadorias, quando tem por objeto combustíveis, ainda 
que provenientes do exterior.
d) aos impostos de importação e de circulação de mercadorias, respectivamente, ambos 
de competência da União.
e) à COFINS incidente sobre as operações com combustível, que é uma contribuição de 
interesse de categorias profissionais ou econômicas.
010. 010. (FCC/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito do regime jurídico estabelecido 
para a Ordem Econômica na Constituição Federal de 1988, considere:
I – A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
II – Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na 
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este indicativo 
para o setor público e determinante para o setor privado.
III – A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
IV – As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios 
fiscais não extensivos às do setor privado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II e III.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I, II e III.
011. 011. (FCC/AL-MS/DIREITO/2016) Diante da epidemia de dengue, o Estado, em atenção ao 
interesse coletivo, resolve produzir, em larga escala, medicação comprovadamente potente 
contra o vírus. Diante dessa situação hipotética, essa exploração direta da atividade 
econômica pelo Estado
a) não é permitida, pois a Constituição Federal autoriza a exploração direta da atividade 
econômica apenas quando necessária aos imperativos da segurança nacional.
b) é permitida, pois a exploração direta da atividade econômica é feita, exclusivamente, 
pelo Estado.
c) não é permitida, pois o Estado não pode explorar diretamente, ainda que de forma 
excepcional, a atividade econômica.
d) não é permitida, pois a Constituição Federal admite a exploração direta da atividade 
econômica pelo Estado apenas quando decretado o estado de sítio.
e) é permitida, pois a Constituição a admite quando se tratar de relevante interesse coletivo.
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012. 012. (FCC/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL/2016) Constitui monopólio da União
a) o transporte marítimo do petróleo de origem nacional ou internacional destinado ao país.
b) a refinação do petróleo nacional, mas não do estrangeiro.
c) a exportação, mas não a importação, de petróleo.
d) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo.
e) a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio 
de todo e qualquer minério ou mineral nuclear e seus derivados.
013. 013. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) A ordem econômica nacional tem por meta assegurar 
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados princípios 
expressamente enumerados no texto constitucional, dentre os quais se arrolam
a) redução das desigualdades regionais; defesa do consumidor de mercadorias e serviços 
de origem nacional, assim definidos em lei complementar; e soberania nacional e de 
organizações internacionaisregionais, especialmente do Mercosul.
b) livre concorrência entre empresas nacionais, assim definidas nos termos de lei 
complementar; tratamento favorecido para as empresas constituídas sob as leis brasileiras 
e que tenham sua sede e administração no País; e propriedade privada.
c) propriedade estatal dos meios de produção; defesa do consumidor de mercadorias 
e serviços de origem nacional, assim definidos em lei complementar; e defesa do meio 
ambiente.
d) busca do pleno emprego; redução das desigualdades sociais; e livre concorrência entre 
empresas nacionais, assim definidas nos termos de lei complementar.
e) função social da propriedade; busca do pleno emprego; e defesa do meio ambiente, 
inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos 
e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
014. 014. (FCC/TJ-AL/JUIZ DE DIREITO/2015) No âmbito do regime constitucional brasileiro em 
matéria de intervenção do Estado no domínio econômico, considere:
I – Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma 
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento.
II – O planejamento exercido como função do Estado é determinante para o setor público 
e para o setor privado.
III – A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional 
equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de 
desenvolvimento.
Está correto o que se afirma em
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a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
015. 015. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) De acordo com a disciplina constitucional acerca da 
ordem econômica e financeira,
I – a lei não poderá restringir o livre exercício de qualquer atividade econômica, prevendo a 
exigência de autorização de órgãos públicos para o exercício de algumas atividades.
II – as jazidas constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou 
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do 
produto da lavra e assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados dessa 
lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
III – essa ordem econômica é fundada, como regra, na valorização do trabalho humano, na 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado e na livre iniciativa.
IV – a lei disciplinará os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos 
e regulará a remessa de lucros, com base no interesse nacional.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) II e III, apenas.
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GABARITOGABARITO
FCC
POlÍtiCa urBana E aGrÁria
1. a
2. d
3. a
4. b
5. a
6. b
7. c
8. c
9. c
10. d
11. d
12. e
13. e
14. e
15. a
PrinCÍPiOs Da OrDEM ECOnÔMiCa E À intErVEnÇÃO DO EstaDO na OrDEM ECOnÔMiCa
1. b
2. c
3. d
4. b
5. b
6. b
7. a
8. b
9. a
10. c
11. e
12. d
13. e
14. a
15. d
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GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
FCC
POlÍtiCa urBana E aGrÁria
001. 001. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) O Distrito Federal declarou de utilidade 
pública, para fins de reforma agrária, uma grande área de terras improdutivas e cujo título 
imobiliário demandava regularização. A conduta do ente federado é
a) inconstitucional, pois só a União tem competência para desapropriação para fins de 
reforma agrária, o que deveria ser precedido de declaração de interesse social por esse ente.
b) regular e válida, desde que se trate de área particular e improdutiva, destinada à população 
de baixa renda para fins de cultivo agropastoril.
c) inconstitucional, considerando que a competência para desapropriação para fins de 
reforma agrária foi atribuída apenas à União, sendo possível, contudo, que este ente 
suceda o Distrito Federal na ação judicial para regularização da ação, o que viabilizaria o 
aproveitamento do decreto de declaração de utilidade pública já editado.
d) constitucional, desde que seja observado o requisito da justa e prévia indenização, 
podendo ser feito depósito em dinheiro ou em pagamento em títulos da dívida agrária.
e) inconstitucional, tendo em vista que a Constituição Federal admite aos entes públicos a 
realização de reforma agrária em áreas que já sejam de titularidade pública ou que sejam 
recebidas em doação para essa finalidade.
É competência da União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o 
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização 
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo 
de até 20 anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
Assim, os estados-membros, o DF e os municípios não dispõem do poder de desapropriar 
imóveis rurais, por interesse social, para efeito de reforma agrária, inclusive para fins de 
implementação de projetos de assentamento rural ou de estabelecimento de colônias 
agrícolas (RE n. 496.861 do STF).
Letra a.
002. 002. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Sobre a Política Urbana, prevista na 
Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
a) o plano diretor deve ser aprovado pelo Prefeito da cidade, ouvida a Assembleia Legislativa.
b) os imóveis públicos serão adquiridos por usucapião com maior prazo em relação à 
usucapião de imóveis não públicos.
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c) as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com posterior, mas breve, indenização 
em dinheiro.
d) o título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a 
ambos, independentemente do estado civil.
e) a propriedade urbana e rural cumpre sua função social quanto atende decreto legislativo 
que organiza a cidade.
A Constituição prevê que a política de desenvolvimento urbano será feita pelos municípios, 
conforme diretrizes fixadas em lei federal. Essa norma federal se limitará a tratar de regras 
gerais, até mesmo porque compete à União elaborar normas gerais em direito urbanístico 
(art. 24, I, CF/1988). Aos estados-membros é atribuída a competência legislativa suplementar. 
Para atender ao mandamento constitucional, foi editada, em 2001, a Lei n. 10.257/2001, 
chamada de Estatuto das Cidades.
Voltando à questão, a letra “e” está errada, pois, segundo o texto constitucional (art. 183), 
a propriedade urbanacumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais 
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Ainda sobre o plano diretor, dispõe o art. 182, § 1º, que o plano diretor, aprovado pela 
Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes, é o instrumento 
básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. Assim, a letra “a” também 
está errada.
Seguindo, em relação às desapropriações de imóveis urbanos, dispõe o art. 182, § 3º, que 
serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro, o que torna a letra “c” errada.
Já a letra “b” está errada, uma vez que os imóveis públicos não podem ser adquiridos por 
usucapião.
Finalmente, a Constituição assegura que o título de domínio (propriedade) e a concessão de 
uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado 
civil. Portanto, a letra “d” é a resposta correta.
Letra d.
003. 003. (FCC/TRF-5ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) A Constituição Federal consagra 
hipóteses de aquisição de propriedade urbana e rural por usucapião, estabelecendo que, 
para a usucapião de área de terra em zona rural,
a) tanto quanto para a usucapião de área urbana, a posse deve ser exercida sem oposição 
pelo prazo de cinco anos ininterruptos.
b) o possuidor só não pode ser proprietário de outro imóvel rural, ao passo que, para a 
usucapião de área urbana, o possuidor só não pode ser proprietário de outro imóvel urbano.
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c) exige-se que o possuidor a torne produtiva por seu trabalho ou de sua família, não sendo 
necessário que tenha nela sua moradia, ao passo que, para a usucapião de área urbana, esta 
deve constituir a moradia do possuidor ou de sua família, não sendo necessário torná-la 
produtiva.
d) o imóvel usucapiendo não pode ser superior a cinquenta alqueires, ao passo que, para 
a usucapião de área urbana, esta não deve ser superior a duzentos e cinquenta metros 
quadrados.
e) o possuidor deve ter como sua a área, o que não se exige na usucapião de área urbana.
Os requisitos para a usucapião especial rural são os seguintes: posse por cinco anos 
ininterruptos, sem oposição; área de terra, em zona rural, não superior a 50 hectares; 
torná-la produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia. Satisfeitas 
tais exigências, haverá a aquisição do imóvel rural.
Aqui, assim como na usucapião especial urbana, vale a regra segundo a qual os imóveis 
públicos não serão adquiridos por usucapião.
Voltando à questão, a resposta esperada está na letra “a”, porque nas duas hipóteses de 
usucapião especial será necessária a posse por cinco anos ininterruptos.
Letra a.
004. 004. (FCC/TRF-5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Será compatível com a disciplina 
constitucional do direito de propriedade
a) o Decreto do Presidente da República que declare como de interesse social, para fins de 
reforma agrária, o imóvel rural que, por definição legal, seja média propriedade rural, ainda 
que seu proprietário não possua outra.
b) a concessão de terra pública com área de três mil e quinhentos hectares a pessoas físicas, 
para fins de reforma agrária, independentemente de prévia aprovação do Congresso Nacional.
c) a aquisição do domínio de área urbana de duzentos e cinquenta metros quadrados por 
quem a possua e utilize como moradia por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, 
ainda que seja proprietário de imóvel rural.
d) o Decreto de Prefeito Municipal que declare de utilidade pública, para fins de desapropriação, 
imóvel urbano subtilizado, incluído no Plano Diretor, mediante pagamento em títulos da 
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, resgatáveis no prazo 
de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão.
e) a decisão judicial que determine a penhora de imóvel que, por definição legal, seja pequena 
propriedade rural, para garantir o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade 
produtiva, desde que trabalhada pela família.
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O art. 188 da Constituição dispõe que a destinação de terras públicas e devolutas será 
compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária.
Outro ponto de destaque: a alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas 
com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que 
por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
A regra aí de cima, contudo, não se aplica às alienações ou às concessões de terras públicas 
para fins de reforma agrária.
Logo, a resposta esperada está na letra “b”, uma vez que a banca perguntou a exceção, não 
a regra constitucional. Em outras palavras, para fins de reforma agrária, mesmo na área 
informada, não será necessária a aprovação do CN.
Letra b.
005. 005. (FCC/TRF-5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Considere as afirmações abaixo à 
luz da disciplina constitucional da reforma agrária.
I – São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência 
de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
II – A pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário 
não possua outra, é insuscetível de desapropriação para fins de reforma agrária.
III – As benfeitorias úteis não serão indenizadas na desapropriação para fins de reforma 
agrária.
IV – Compete à União desapropriar propriedade rural que, segundo critérios e graus de 
exigência estabelecidos em lei, não utilize adequadamente os recursos naturais disponíveis 
e não preserve o meio ambiente.
V – Compete à União desapropriar propriedade rural que, segundo critérios e graus de 
exigência estabelecidos em lei, explore de forma a prejudicar o bem-estar dos trabalhadores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II, IV e V.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e V.
e) IV e V.
I – Certa. Conforme se vê no art. 184, § 5º, da Constituição.
II – Certa. Segundo o art. 185, I, da Constituição.
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III – Errada. As benfeitorias necessárias e úteis são indenizadas. Ficam de fora as benfeitorias 
voluptuárias.
IV – Certa. É da União a competência para desapropriação de propriedade rural.
V – Certa. É da União a competência para desapropriação de propriedade rural.
Letra a.
006. 006. (FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2016) No tocante ao instituto da usucapião 
constitucional, ou para fins de moradia, consagrado no capítulo da Política Urbana da 
Constituição Federal de 1988, conforme dispõe de forma expressa a norma constitucional:
I – Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, 
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de 
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, mesmo que seja proprietário de outro imóvel urbanoou rural.
II – O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou 
a ambos, desde que comprovado o estado civil de casados.
III – O direito à usucapião para fins de moradia não será reconhecido ao mesmo possuidor 
mais de uma vez.
IV – Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) III e IV.
c) I e IV.
d) I e II.
e) II e III.
A usucapião é uma forma de aquisição da propriedade – móvel ou imóvel – desde que 
preenchido certo lapso temporal, além de outros requisitos porventura preenchidos na lei.
O Constituinte de 1988 criou duas espécies de usucapião: a especial urbana e a especial 
rural (será estudada logo mais à frente).
Vamos aos requisitos exigidos pelo art. 183 da Constituição: a pessoa precisa possuir 
como sua área urbana de até 250 m², por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, 
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não 
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Quando se fala em “aquisição de domínio”, a Constituição deixa claro que haverá a aquisição 
da propriedade.
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Ah, segundo o STF, se forem preenchidos os requisitos do art. 183 da Constituição, o 
reconhecimento do direito à usucapião especial urbana não pode ser impedido por legislação 
infraconstitucional que estabeleça módulos urbanos na respectiva área em que situado o 
imóvel (dimensão do lote). No caso julgado, a lei municipal definia a área mínima de 360 m² 
como módulo urbano, e acabou sendo reconhecida a usucapião de 225 m² (RE n. 422.349 
do STF).
Avançando, não há dúvidas de que a usucapião especial guarda estreita relação com o 
princípio da função social da propriedade. Isso porque o dono anterior perderá seu imóvel 
por não ter lhe dado destinação adequada, tendo, no mais das vezes, abandonado o local.
Tem mais: a Constituição assegura que o título de domínio (propriedade) e a concessão de 
uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado 
civil.
Para evitar que a pessoa se torne um “invasor profissional”, o dispositivo da Constituição 
faz uma observação, no sentido de que o direito de usucapião especial não será reconhecido 
ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Outra coisa muito importante: os imóveis públicos não podem ser adquiridos por usucapião.
Dito isso, volto para a questão, na qual se vê que apenas os itens III e IV são verdadeiros, 
tornando correta a letra “b”.
Letra b.
007. 007. (FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2016) A propósito da intervenção do Estado na 
propriedade, a Constituição Federal dispõe que
a) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, 
não será objeto de desapropriação.
b) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano ou lucros 
cessantes.
c) compete exclusivamente à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma 
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa 
indenização em títulos da dívida agrária.
d) o confisco decorrente da cultura ilegal de plantas psicotrópicas e pela exploração de 
trabalho escravo aplica-se somente às propriedades rurais.
e) a descoberta de jazida de recursos minerais em terrenos particulares implica na imediata 
desapropriação de tais recursos, sendo o proprietário compensado por meio de participação 
na exploração da lavra.
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a) Errada. O art. 5º, XXVI, dispõe que a pequena propriedade rural, assim definida em lei, 
desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento.
b) Errada. A Constituição fala, na parte final do dispositivo, “se houver dano”, não se referindo 
a lucros cessantes.
c) Certa. A desapropriação nessas hipóteses caberá à União.
d) Errada. O art. 243 da Constituição prevê que as propriedades rurais e urbanas de qualquer 
região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração 
de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a 
programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo 
de outras sanções previstas em lei.
e) Errada. O erro está no fato de ser assegurada participação ao proprietário do solo nos 
resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
Letra c.
008. 008. (FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO DE ARRECADAÇÃO/2016) A política urbana constitucional, 
regulada no título da ordem econômica,
a) estabelece, como instrumento de combate à subutilização do solo urbano, a desapropriação 
com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo 
Congresso Nacional, com prazo de resgate de até quinze anos, em parcelas anuais, iguais 
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
b) prevê a possibilidade de cobrança de imposto sobre a propriedade predial e territorial 
urbana progressivo no tempo e em razão do valor do imóvel.
c) determina que a função social da propriedade urbana é definida no plano diretor dos 
Municípios.
d) determina a obrigatoriedade do plano diretor para cidades com mais de 25 mil habitantes.
e) institui a usucapião especial urbana para fins de moradia, nas modalidades individual e 
coletiva, com intuito de regularização fundiária.
Atenta à necessidade do crescimento organizado e sustentável das cidades, a Constituição 
prevê que a política de desenvolvimento urbano será feita pelos municípios, conforme 
diretrizes fixadas em lei federal.
Essa norma federal se limitará a tratar de regras gerais, até mesmo porque compete à União 
elaborar normas gerais em direito urbanístico (art. 24, I, CF/1988). Aos estados-membros, 
é atribuída a competência legislativa suplementar.
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Para atender ao mandamento constitucional, foi editada, em 2001, a Lei n. 10.257/2001, 
chamada de Estatuto das Cidades.
Os municípios devem elaborar um plano diretor – no caso do DF, é o chamado Plano Diretor 
de Ordenamento Territorial (PDOT) –, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para 
cidades com mais de 20 mil habitantes. Esse documento é o instrumentobásico da política 
de desenvolvimento e de expansão urbana.
A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais 
de ordenação da cidade expressas no plano diretor. Só até aqui já dá para vermos que a 
resposta esperada está na letra “c”. De todo modo, vou continuar.
Em relação às desapropriações de imóveis urbanos, dispõe o art. 182, § 3º, que serão feitas 
com prévia e justa indenização em dinheiro.É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano 
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, 
sucessivamente, de:
• parcelamento ou edificação compulsórios;
• IPTU progressivo no tempo. Fique de olho, pois a Súmula n. 668 do STF dispõe ser 
“inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC n. 29/00, alíquotas 
progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função 
social da propriedade urbana”;
• desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão 
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 anos, 
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os 
juros legais.
Essa é a chamada desapropriação-sanção. Ocorre quando não está sendo respeitada a 
função social da propriedade urbana. Note-se que, nesse caso, não se fala em indenização 
em dinheiro, mas, sim, mediante títulos da dívida pública.
Letra c.
009. 009. (FCC/SEGEP-MA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2016) A política urbana constitucional, 
regulada no título da ordem econômica,
a) estabelece, como instrumento de combate à subutilização do solo urbano, a desapropriação 
com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo 
Congresso Nacional, com prazo de resgate de até quinze anos, em parcelas anuais, iguais 
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
b) prevê a possibilidade de cobrança de imposto sobre a propriedade predial e territorial 
urbana progressivo no tempo e em razão do valor do imóvel.
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c) determina que a função social da propriedade urbana é definida no plano diretor dos 
Municípios.
d) determina a obrigatoriedade do plano diretor para cidades com mais de 25 mil habitantes.
e) institui a usucapião especial urbana para fins de moradia, nas modalidades individual e 
coletiva, com intuito de regularização fundiária.
a) Errada. O prazo de resgate é de até 10 anos.
b) Errada. Não se fala em progressividade em razão do valor do imóvel.
c) Certa. Corresponde ao art. 182, §§ 1º e 2º, da Constituição.
d) Errada. O plano diretor é obrigatório para cidade com mais de 20 mil habitantes.
e) Errada. A finalidade da usucapião especial urbana é a utilização pelo possuidor para sua 
moradia ou de sua família.
Letra c.
010. 010. (FCC/PGE-RN/PROCURADOR/2014) Considere as situações abaixo.
I – Proibição, por lei municipal, da instalação de novo estabelecimento comercial a menos 
de 500 metros de outro da mesma natureza.
II – Proibição, por atos normativos infralegais, da importação de pneus usados.
III – Exigência, pela Fazenda Pública, de prestação de fiança, garantia real ou fidejussória 
para a expedição de notas fiscais de contribuintes em débito com o fisco.
São incompatíveis com a Constituição da República, por afronta aos princípios da livre 
iniciativa e da liberdade de exercício de atividade econômica, as situações descritas em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
A assertiva I viola o princípio da livre concorrência e retrata conteúdo previsto na Súmula 
n. 49. Veja: “ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação 
de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.”
Por sua vez, a proibição de importação de pneus usados está de acordo com a defesa do 
meio ambiente, um dos princípios da ordem econômica.
Finalmente, o STF reiteradamente destaca ser inconstitucional restrição imposta pelo 
Estado ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quanto aquelas forem 
utilizadas como meio de cobrança indireta de tributos (ARE n. 914.045 do STF).
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Dito isso, é fácil visualizar que as assertivas I e III apresentam situações incompatíveis com 
os princípios da ordem econômica.
Letra d.
011. 011. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS/PROCURADOR/2016) A disciplina constitucional da 
função social da propriedade rural e reforma agrária contempla regra segundo a qual
a) as alienações ou concessões de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos 
hectares, para fins de reforma agrária, dependerão de prévia aprovação do Congresso 
Nacional.
b) a pequena e a média propriedade rural são insuscetíveis de desapropriação, devendo a 
lei assegurar-lhes tratamento especial e fixar normas para o cumprimento dos requisitos 
relativos à sua função social.
c) o decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, 
autoriza a imissão da União na posse do bem.
d) a localização de culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho 
escravo em propriedade rural ensejam sua destinação à reforma agrária, sem qualquer 
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
e) as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária 
poderão ser isentas de impostos federais, estaduais ou municipais, nos termos de lei do 
ente tributante.
A resposta esperada está na letra “d”, que apresenta o conteúdo do art. 243 da Constituição, 
com a redação que lhe foi dada pela EC n. 81/2014, fruto da PEC n. do Trabalho Escravo.
Aproveitando para falar um pouco mais sobre o tema, há a previsão no sentido de ser 
assegurado o direito de propriedade.
No entanto, dentro da ideia de inexistência de direito absoluto, em algumas situações, 
poderia haver a desapropriação e em outras a expropriação.
Duas são as hipóteses:
• se for para atender necessidade/utilidade pública ou interesse social, desapropriação 
deverá ser indenizada previamente e em dinheiro, ressalvados os casos previstos na 
Constituição;
• se a propriedade não estiver atendendo à sua função social, poderá haver a 
desapropriação-sanção. Trata-se, como o próprio nome deixa transparecer, de uma 
punição. Nesse caso, a indenização paga em títulos da dívida pública ou títulos da 
dívida agrária, resgatáveis em até 10 ou 20 anos, respectivamente.
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O tema relativo à intervenção do Estado na propriedade está sempre caindo nas provas, 
especialmente de Direito Administrativo. Então, é bom lembrar que a desapropriação é apenas 
umas das formas de intervenção. Além dela, há também previsão de servidão administrativa, 
ocupação temporária, limitações administrativas, tombamento e a requisição temporária.
Em relação à requisição temporária, está previsto que o poder público pode usar a propriedade 
particular em casos de iminente perigo público, devendo indenizar se houver prejuízo (não 
é sempre que indeniza).
Há também a possibilidade de expropriação, contida no art. 243 da CF/1988. Nela,externos; (vii) maior facilidade de adaptação a necessidades de modificações estruturais; 
(viii) eliminação de problemas de possíveis excessos de produção; (ix) maior eficiência pelo 
fim de subsídios cruzados entre departamentos com desempenhos diferentes; (x) redução 
dos custos iniciais de entrada no mercado, facilitando o surgimento de novos concorrentes; 
(xi) superação de eventuais limitações de acesso a tecnologias ou matérias-primas; (xii) 
menor alavancagem operacional, diminuindo a exposição da companhia a riscos e oscilações 
de balanço, pela redução de seus custos fixos; (xiii) maior flexibilidade para adaptação ao 
mercado; (xiv) não comprometimento de recursos que poderiam ser utilizados em setores 
estratégicos; (xv) diminuição da possibilidade de falhas de um setor se comunicarem a 
outros; e (xvi) melhor adaptação a diferentes requerimentos de administração, know-how 
e estrutura, para setores e atividades distintas (STF, RE n. 958.252).
Não acabou: o STF entende que ofende os princípios da livre iniciativa e da livre 
concorrência obrigar empresa contratada para prestação de serviços terceirizados a 
pagar remuneração em padrões idênticos aos da empresa contratante (tomadora dos 
serviços), por serem titulares de possibilidades econômicas distintas (STF, RE n. 635.546).
Agora repare no que aconteceu aqui no DF (mas o raciocínio vale para qualquer Estado da 
Federação): por meio de decreto, o Governador estabeleceu a possibilidade de consignação 
em folha de pagamento de empregados pertencentes ao quadro de pessoal das empresas 
públicas e sociedades de economia mista do Distrito Federal.
Acontece que ele deu exclusividade na concessão de empréstimo consignado entre 
determinada instituição financeira – no caso, o BRB – e o ente federado.
Essa norma foi questionada no STF e, ao final, entendeu-se que os contratos de 
exclusividade pactuados entre instituição financeira e ente federado violam os princípios 
da livre concorrência e da livre escolha do consumidor (STF, ARE n. 884.000).
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Agora veja essa discussão: quanto o Estado deve pagar quando um paciente for 
internado em hospital privado não conveniado por força de decisão judicial, ante a falta 
de leitos na rede pública?
Não há dúvidas de que o poder público precisa pagar por tal serviço, até porque só 
houve a colocação do paciente em hospital da rede privada em decorrência da ausência de 
atendimento adequado nos hospitais públicos.
Julgando o caso, o STF fixou a seguinte tese: “o ressarcimento de serviços de saúde 
prestados por unidade privada em favor de paciente do SUS, em cumprimento de ordem 
judicial, deve utilizar como critério o mesmo que é adotado para o ressarcimento do SUS 
por serviços prestados a beneficiários de planos de saúde”.
Ou seja, valeu aquela máxima popular segundo a qual “pau que dá em Chico dá em 
Francisco”. Em outras palavras, o SUS precisa pagar aos hospitais privados não valor de 
mercado, mas, sim, as tabelas que os planos de saúde usam para ressarcir o SUS, quando 
uma pessoa que possui plano privado utiliza a rede pública.
Para você entender melhor a confusão, no caso que chegou ao STF, o GDF alegava que 
os valores a serem ressarcidos deveriam ser limitados à Tabela SUS, válida para os hospitais 
conveniados ao sistema. O TJDF havia condenado ao pagamento em valor de mercado (bem 
mais alto).
Na decisão, foi abordado o papel desempenhado por agentes privados de saúde, 
distinguindo-se em complementar e suplementar. Na complementar, a entidade privada 
presta os serviços mediante convênio com o SUS, sujeitando-se às regras do sistema 
(Tabela SUS). Por sua vez, na suplementar inexiste convênio. O hospital ou clínica particular 
é obrigado a atender paciente do SUS por força de decisão judicial.
Nesse cenário, não se poderia usar a Tabela SUS (muito baixa) nem valores de mercado 
(muito altos), sob pena de violação do direito de propriedade a livre iniciativa. A solução 
intermediária, mais razoável, seria remunerar usando os mesmos parâmetros pelos quais o 
SUS é indenizado quando atende um paciente ligado a plano de saúde (STF, RE n. 666.094).
Ainda não acabou...
Cuidado com as leis boazinhas nas provas!
O STF declarou a inconstitucionalidade de lei estadual que obrigava os noticiários de 
TV e os jornais do estado a divulgar, diariamente, fotos de crianças desaparecidas.
Na ocasião, apontou-se usurpação de competência federal para legislar sobre radiodifusão 
e telecomunicações, além de violação à livre iniciativa ao obrigar a veiculação de conteúdo 
nos jornais sediados em Santa Catarina, ultrapassando o papel do Estado como agente 
normativo e regulador da atividade econômica (STF, ADI n. 5.292).
V – defesa do consumidor;
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A defesa do consumidor, além de princípio da ordem econômica, está listada dentro dos 
direitos e deveres individuais e coletivos – artigo 5º, inciso XXXII, da Constituição.
Visando dar efetividade ao texto constitucional, foi editado, no ano de 1990, o Código 
de Defesa do Consumidor.
Essa norma, segundo jurisprudência do STF e do STJ, é também aplicável às instituições 
financeiras (STF, ADI 2.591 e STJ, Súmula 297).
Aproveitando que falei nos bancos, olha a malandragem... Uma norma do CMN (Conselho 
Monetário Nacional) permitia que os bancos cobrassem tarifa pela mera disponibilização 
do cheque especial, ainda que o consumidor não tivesse usado o limite.
Então, o STF declarou a inconstitucionalidade da regra, por entender que ela violava 
direitos dos consumidores, dada a sua condição de vulnerabilidade diante das instituições 
financeiras, além de ferir princípios tributários (STF, ADI n. 6.407).
Por outro lado, foi confirmada a validade da LC 179/2021, que deu autonomia ao 
Banco Central. Havia um questionamento sobre possível vício formal, porque a questão 
da autonomia foi inserida no PLC por meio de iniciativa parlamentar.
Porém, o STF afastou a existência de vício, destacando que não haveria iniciativa reservada 
nesse caso, até porque o artigo 48, XIII, da CF dá ao CN a competência para dispor sobre 
matéria financeira, cambial e monetária. Além disso, o Presidente da República também 
havia enviado projeto de lei ao Congresso com a mesma finalidade, o que indicava sua 
concordância com a autonomia (STF, ADI n. 6.696).
Agora vamos para uma situação importante nas provas e na vida, ok?
Nos contratos de transporte aéreo internacional de passageiros, há alguns detalhes 
que você precisa conhecer para não escorregar nas provas. Vamos lá?
RESPONSABILIDADE DAS TRANSPORTADORAS AÉREAS DE PASSAGEIROS NOS VOOS INTERNACIONAIS
SITUAÇÃO NORMA APLICÁVEL
Danos materiais
Afasta-se o CDC. Aplicam-se a Convenção de 
Montreal e Pacto de Varsóvia (RE 636.331).
Danos morais (extrapatrimoniais)
Aplica-se o CDC, não incidindo os tratados 
internacionais, pois regulam apenas os danos 
materiais. Nesse caso, o prazo prescricional é de 5 
anos (RE 1.394.401).
Mudando de assunto, eu sei que você já viu propagandas na TV, no rádio ou nas mídias 
impressas sobre automóveis. Lá no finalzinho aparece algo do tipo “se beber, não dirija”; 
“proteja o pedestre” etc.
Pois é, mas a lei que determinou a veiculação de mensagensnão haverá 
qualquer indenização, e pode o proprietário responder criminalmente por sua conduta. São 
duas as hipóteses de expropriação: terras nas quais se cultive substâncias psicotrópicas 
(no caso do Brasil, maconha e haxixe, essencialmente) e terras nas quais se utilize de mão 
de obra escrava, introduzida pela EC n. 81/2014, e fruto da “PEC n. do Trabalho Escravo”.
Ainda sobre o tema, há previsão de que a pequena propriedade rural, desde que trabalhada 
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva.
DESAPROPRIAÇÃO/EXPROPRIAÇÃO
MODALIDADE ESPÉCIE INDENIZAÇÃO COMPETÊNCIA
Desapropriação 
por utilidade ou 
necessidade pública, 
ou interesse social
Desapropriação ordinária.
Indenização prévia, 
justa e em dinheiro.
Todos os entes 
federados.
Desapropriação 
urbanística
Refere-se ao imóvel localizado 
na área urbana que não atende 
a respectiva função social.
Possui caráter subsidiário.
Indenização em títulos 
da dívida pública, 
resgatáveis em até 10 
anos – autorização do 
Senado.
Municípios e DF.
Desapropriação rural
Imóvel rural que não atende à 
função social.
Indenização em títulos 
da dívida agrária, 
resgatáveis em até 
20 anos.
União (objetivo único 
de implementar a 
reforma agrária).
Expropriação 
confiscatória
Expropriação das glebas onde 
forem localizadas culturas 
ilegais de plantas psicotrópicas 
ou exploração de trabalho 
escravo – EC n. 81/2014.
Serão destinadas ao assento 
de colonos, para o cultivo 
de produtos alimentícios 
e medicamentos E/OU a 
programas de habitação 
popular – EC n. 81/2014.
Não há indenização. União
Letra d.
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012. 012. (FCC/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/PROCURADOR/2016) Constituição estadual que 
estabeleça a obrigatoriedade de Municípios com mais de 10.000 habitantes aprovarem Plano 
Diretor, como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, 
no qual se exija do proprietário de solo urbano não utilizado ou subutilizado que promova 
o seu adequado aproveitamento, sob pena de, entre outras medidas, desapropriação com 
pagamento mediante títulos da dívida pública, será
a) incompatível com a Constituição da República no que se refere à exigência de Plano 
Diretor para Municípios com mais de 10.000 habitantes, mas não em relação à possibilidade 
de desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.
b) incompatível com a Constituição da República no que se refere à possibilidade de 
desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública, mas não em relação à 
exigência de Plano Diretor para Municípios com mais de 10.000 habitantes.
c) compatível com a Constituição da República.
d) compatível com a Constituição da República, desde que a desapropriação mediante títulos 
da dívida pública seja precedida de parcelamento ou edificação compulsórios e imposto 
sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo.
e) incompatível com a Constituição da República, por violação à autonomia dos Municípios 
com até 20.000 habitantes, dos quais não se exige a aprovação de Plano Diretor como 
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Os municípios devem elaborar um plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório 
para cidades com mais de 20 mil habitantes. Esse documento é o instrumento básico da 
política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Voltando à questão, a norma da Constituição estadual exigiu o plano diretor para municípios 
com mais de 10 mil habitantes, violando o comando da Constituição Federal.
Letra e.
013. 013. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Decreto editado pelo Presidente da República 
declara de interesse social, para fins de reforma agrária, imóvel rural que especifica, 
estabelecendo que:
I – excetuadas as benfeitorias úteis e necessárias existentes anteriormente à ciência do início 
do procedimento administrativo pertinente, indenizáveis em dinheiro, não são outorgados 
efeitos indenizatórios em relação a áreas de domínio público, constituído por lei ou registro 
público, porventura existentes nos limites do perímetro a ser desapropriado; e
II – compete à autarquia federal que tem por missão realizar o ordenamento fundiário 
nacional promover e executar a desapropriação. Referido decreto é
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a) incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à atribuição 
de competência a autarquia para promoção e execução da desapropriação.
b) incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à não outorga 
de efeitos indenizatórios em relação a áreas de domínio público constituídas por registro 
público.
c) incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à competência 
para desapropriação para fins de reforma agrária.
d) incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à forma de 
indenização de benfeitorias no imóvel sujeito à desapropriação para fins de reforma agrária.
e) compatível com a disciplina constitucional da matéria.
Primeira coisa que os examinadores gostam de explorar: é competência da União desapropriar 
por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo 
sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com 
cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até 20 anos, a partir do 
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
Assim, os estados-membros e os municípios não dispõem do poder de desapropriar 
imóveis rurais, por interesse social, para efeito de reforma agrária, inclusive para fins de 
implementação de projetos de assentamento rural ou de estabelecimento de colônias 
agrícolas (RE n. 496.861 do STF).
Você viu agora que a desapropriação-sanção, quando envolvesse imóveis urbanos, seria 
feita mediante títulos da dívida pública. Aqui, o pagamento é por meio de títulos dívida 
agrária. Outra importante diferença é que nos imóveis rurais o prazo é bem maior, de até 
20 anos, sendo que nos imóveis urbanos era de até 10 anos.
Certamente, a preocupação do legislador foi a de buscar o desenvolvimento nacional, ao 
penalizar quem não atenda a função social do imóvel, seja urbano ou rural. É quase como 
se dissesse: “não quer produzir ou edificar, então venda para quem quer!”
Avançando, a norma constitucional dispõe que as benfeitorias úteis e necessárias serão 
indenizadas em dinheiro.
Aí você me pergunta: o que são benfeitorias?
São acréscimos feitos pelo proprietário, possuidor ou detentor de um bem. As necessárias 
se prestam à conservação da coisa, enquanto as úteis são aquelas que aumentam ou 
facilitam o seu uso.
Repare que não se fala em indenização de benfeitorias voluptuárias, que são aquelas que 
servem para mero deleite, como piscinas, cascatas, fontes etc.
Fique de olho no art. 185 da Constituição, pois proíbe a desapropriação para fins de reforma 
agrária nas seguintes hipóteses:
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• a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário 
não possua outra;
• a propriedade produtiva.
Voltando à questão, as assertivas I e II são verdadeiras.
Letra e.
014. 014. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2015) A lei orgânica de determinado município 
com 25.000 habitantes estabelece que:
I – o poder público poderá valer-se de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios 
como formas de induzir a ocupação de imóveis urbanos não edificados, subutilizados ou 
não utilizados, atribuindo prazos ao proprietário para promover sua utilização;
II – no caso de não atendimento a prazos para o cumprimento da função social da propriedade, 
o município poderá aplicar o imposto sobre propriedade territorial urbana − IPTU progressivo 
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos, podendo 
a alíquota máxima atingir 15% (quinze por cento) do valor do lançamento fiscal do imóvel, 
conforme previsão em lei específica, até que o proprietário cumpra a obrigação de dar uso 
adequado ao imóvel;
III – o município poderá proceder à desapropriação do imóvel com pagamento em títulos 
da dívida pública, caso não tenha sido cumprida a função de parcelar, edificar e dar uso ao 
referido imóvel após o prazo de cinco anos de cobrança do IPTU progressivo.
A adoção pelo município das medidas previstas na lei orgânica em questão será compatível 
com a Constituição da República no que se refere aos mecanismos estabelecidos em
a) I, II e III, independentemente de as exigências fundamentais de ordenação da cidade, 
relativas ao cumprimento da função social da propriedade, estarem expressas em plano 
diretor, aprovado pela Câmara Municipal.
b) I, apenas, e desde que as exigências fundamentais de ordenação da cidade, relativas 
ao cumprimento da função social da propriedade, estejam expressas em plano diretor, 
aprovado pela Câmara Municipal.
c) II, apenas, e desde que as exigências fundamentais de ordenação da cidade, relativas 
ao cumprimento da função social da propriedade, estejam expressas em plano diretor, 
aprovado pela Câmara Municipal.
d) II e III, apenas, independentemente de as exigências fundamentais de ordenação da 
cidade, relativas ao cumprimento da função social da propriedade, estarem expressas em 
plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal.
e) I, II e III, e desde que as exigências fundamentais de ordenação da cidade, relativas ao 
cumprimento da função social da propriedade, estejam expressas em plano diretor, aprovado 
pela Câmara Municipal.
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Em relação às desapropriações de imóveis urbanos, dispõe o art. 182, § 3º, que serão feitas 
com prévia e justa indenização em dinheiro.
É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano 
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, 
sucessivamente, de:
• parcelamento ou edificação compulsórios;
• IPTU progressivo no tempo. Chamo sua atenção para a Súmula n. 668 do STF, segundo a 
qual é inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC n. 29/2000, 
alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento 
da função social da propriedade urbana;
• desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão 
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 anos, 
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os 
juros legais.
Essa é a chamada desapropriação-sanção. Ocorre quando não está sendo respeitada a 
função social da propriedade urbana. Note-se que, nesse caso, não se fala em indenização 
em dinheiro, mas, sim, mediante títulos da dívida pública.
Dito isso, percebe-se que todas as três assertivas contêm afirmações verdadeiras.
Letra e.
015. 015. (FCC/PGE-RN/PROCURADOR/2014) A expropriação de propriedades rurais de qualquer 
região do país em que for identificada a exploração de trabalho escravo, sem qualquer 
indenização ao proprietário, para destinação à reforma agrária, é medida
a) compatível com a Constituição da República, na qual está prevista expressamente, 
dependente a norma constitucional, no entanto, de lei para produzir os efeitos pretendidos.
b) incompatível com a Constituição da República, que sujeita a propriedade, nessa hipótese, 
a desapropriação mediante prévia e justa indenização, em títulos da dívida agrária, com 
cláusula de preservação do valor real.
c) incompatível com a Constituição da República, que somente admite a expropriação de 
propriedades rurais em que são localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas.
d) incompatível com a Constituição da República, que determina, nessa hipótese, que 
a propriedade seja destinada ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos 
alimentícios e medicamentosos.
e) compatível com a Constituição da República, embora não esteja nela prevista expressamente, 
na medida em que a propriedade em que não se observem as disposições que regulam as 
relações de trabalho descumpre a função social, sujeitando-se à reforma agrária.
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Nós já vimos que a EC n. 81/2014 permitiu a expropriação de terras nas quais haja exploração 
de trabalho escravo.
Contudo, esse dispositivo constitucional é uma norma de eficácia limitada, dependendo da 
edição de lei para que possa produzir todos os seus efeitos. Essa lei ainda não foi editada.
Letra a.
PrinCÍPiOs Da OrDEM ECOnÔMiCa E À intErVEnÇÃO DO EstaDO na OrDEM ECOnÔMiCa
001. 001. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE/ANALISTA/2019) À luz do que disciplina a Constituição 
da República acerca da Ordem Econômica e Financeira,
a) constitui monopólio da União a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro, sendo, 
inclusive, vedada a contratação de empresas estatais ou privadas para a realização de tal 
atividade.
b) incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão, ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
c) como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma 
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este indicativo para o 
setor público e determinante para o setor privado.
d) a lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro 
e incentivará os reinvestimentos, sendo vedada, contudo, a remessa de lucros ao exterior.
e) é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, sempre precedida 
de autorização dos órgãos públicos.
Segundo o art. 177 da CF/1988, constituem monopólio da União:
Art. 177, I – A pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos 
fluidos;
II – A refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III – A importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades 
previstas nos incisos anteriores;
IV –O transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de 
petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, 
seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V – A pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de 
minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, 
comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as 
alíneas “b” e “c” do inciso XXIII do caput do artigo 21 desta Constituição Federal.
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a) Errada. Avançando, segundo o § 1º desse artigo, a União poderá contratar com empresas 
estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV desse artigo, 
observadas as condições estabelecidas em lei.
b) Certa. De acordo com o art. 175 da Constituição, cabe ao poder público, na forma da 
lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre por meio de licitação, 
a prestação de serviços públicos.
c) Errada. A intervenção indireta está prevista no art. 174 da Constituição e caracteriza-se 
como regra no modelo de Estado intervencionista brasileiro. De acordo com o dispositivo, 
como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma 
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo esse determinante para 
o setor público e indicativo para o setor privado. Então, a alternativa fica errada por ter 
trocado as definições para o setor público e privado.
d) Errada. O art. 172 estabelece que a lei disciplinará, com base no interesse nacional, os 
investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa 
de lucros. Assim, é permitida a remessa de lucros, tornando errada a alternativa.
e) Errada. Seguindo, a Constituição prevê ser assegurado a todos o livre exercício de qualquer 
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos 
casos previstos em lei. A regra é a desnecessidade de autorização.
Letra b.
002. 002. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE/2018) Visando criar incentivos para o exercício da atividade 
econômica, sem descuidar de aspectos relacionados à responsabilidade dos agentes 
econômicos, um grupo de Deputados Federais estuda apresentar projetos de leis que 
estabeleçam: a. privilégios fiscais que beneficiem sociedades de economia mista e empresas 
públicas e do setor privado, igualmente, em determinados setores da economia; e b. 
responsabilização da pessoa jurídica por atos praticados contra a economia popular, para 
além da responsabilização individual de seus dirigentes. À luz da disciplina constitucional 
da matéria,
a) não é admissível a criação de privilégios fiscais, para empresas do setor privado, tampouco 
a responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes.
b) não é admissível a criação de privilégios fiscais, para empresas públicas e sociedades 
de economia mista, tampouco a responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da 
responsabilidade individual de seus dirigentes.
c) é admissível a criação de privilégios fiscais, nos moldes pretendidos, assim como a 
responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes, desde que as punições sejam compatíveis com a natureza daquelas.
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d) é admissível a criação de privilégios fiscais, nos moldes pretendidos, mas não a 
responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes.
e) não é admissível a criação de privilégios fiscais, nos moldes pretendidos, mas sim a 
responsabilização das pessoas jurídicas, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes, desde que as punições sejam compatíveis com a natureza daquelas.
De acordo com o § 1º do art. 173 da Constituição, cabe à lei estabelecer o estatuto jurídico 
da empresa pública e da sociedade de economia mista, bem assim de suas subsidiárias, 
exploradoras de atividade econômica. Essa lei deverá esclarecer:
• sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
• a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
• licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública;
• a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a 
participação de acionistas minoritários;
• os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
A fim de evitar favorecimentos ilegais, dispõe a Constituição que as EPs e as SEMs não 
poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos as do setor privado. Está aí mais um 
ponto que vive sendo explorado pelos examinadores.
Em matéria de responsabilidade civil, embora o art. 37, § 6º, da Constituição, estabeleça que 
o Estado responde objetivamente pelos prejuízos causados por seus agentes, no tocante 
às EPs e SEMs exploradoras de atividade econômica, a regra será a de responsabilidade 
subjetiva, mesmo regramento ao qual se submetem as empresas privadas.
Voltando à questão, caso o privilégio seja estendido ao setor privado nos mesmos moldes 
aplicados às EPs e SEMs, não há nenhum impedimento, o que afasta as alternativas “a”, 
“b” e “e”.
Tendo em vista ser possível a responsabilização tanto das pessoas jurídicas quanto dos 
administradores envolvidos, a resposta esperada fica na letra “c”.
Letra c.
003. 003. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2018) No capítulo que trata da ordem econômica, 
na Constituição Federal, é prevista a defesa do consumidor como um de seus princípios. Em 
relação à competência legislativa em matéria de responsabilidade por danos ao consumidor, 
é correto afirmar:
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a) A competência legislativa é exclusiva da União.
b) Sobrevindo lei nacional, automaticamente ficam revogadas as leis estaduais que tratam 
sobre a temática, ressalvando-se a competência material ou administrativa aos Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios.
c) A competência legislativa é concorrente entre União e Estados-membros, sem prejuízo 
para o Distrito Federal exercer a competência legislativa para os assuntos de interesse local.
d) A competência legislativa é concorrente entre União, Estado-membro e Distrito Federal.
e) Uma vez exercida a competência legislativa pela União, os Estados-membros e o Distrito 
Federal não podem mais editar normas sobre a temática.
O art. 170 da Constituição dispõe que a ordem econômica terá, por fim, assegurar, a todos, 
existência digna, salientando os seguintes princípios:
Art. 170, I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras 
e que tenham sua sede e administração no País.
A defesa do consumidor, além de princípio da ordem econômica, está listada dentro dos 
direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º, XXXII, CF/1988).
Visando dar efetividade ao texto constitucional, foi editado, em 1990, o Código de Defesa 
do Consumidor. Essa norma, segundo jurisprudência do STF e do STJ, é também aplicável 
às instituições financeiras (ADI n. 2.591 do STF e Súmula n. 297 do STJ). Retornando à 
questão, a respeito da competência legislativa para tratar desse tema, o art. 24 da CF/1988 
estabelece que compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de 
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, bem como sobre produção e 
consumo (art. 24, V e VIII).
Já o § 4º dispõe que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia 
da lei estadual, no que lhe for contrário.
Letra d.
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004. 004. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA/2018) Dentre as diretrizes fixadas pela Constituição Federal 
de 1988 quanto à exploração direta da atividade econômica pelo Estado, encontra-se a
a) sujeição das empresas públicas que explorem atividade de prestação de serviços ao 
regime jurídico próprio dos entes públicos, inclusive em matéria laboral e tributária.
b) proibição de as empresas públicas e sociedades de economia mista gozarem de privilégios 
fiscais não extensivos ao setor privado.
c) desnecessidade de observância dos princípios da Administração pública na contratação 
de obras, serviços, compras e alienações.
d) desnecessidade de fiscalização estatal e social, por se tratar de atividade privada.
e) excepcionalidade dessa exploração direta, que deve ficar restrita às hipóteses em que 
é necessária aos imperativos da segurança nacional.
De acordo com o art. 173 da Constituição, a intervenção direta é uma forma excepcional 
de atuação estatal.
Assim, ressalvados os casos previstos no texto da CF/1988, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
A intervenção direta no domínio econômico é viabilizada por meio de empresas públicas (EPs) 
e de sociedades de economia mista (SEMs). Essas entidades fazem parte da administração 
indireta, ao lado das autarquias e das fundações públicas.
A respeito da questão, já podemos perceber o erro da letra “e”, pois a excepcionalidade da 
exploração direta também é permitida no caso de relevante interesse coletivo.
A letra “d” também está errada, uma vez que o § 1º do art. 173 da Constituição dispõe que 
cabe à lei estabelecer o estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de economia 
mista, bem assim de suas subsidiárias, exploradoras de atividade econômica. Essa lei deverá 
esclarecer sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade.
Continuando, a letra “c” está errada, já que esse mesmo dispositivo estabelece que, na 
licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, devem ser observados os 
princípios da administração pública.
Finalmente, o erro da letra “a” decorre do fato de que o dispositivo constitucional estabelece 
a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos 
e às obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
Logo, sobra como correta a letra “b”. Isso porque, a fim de evitar favorecimentos ilegais, 
a Constituição prevê que as EPs e as SEMs não poderão gozar de privilégios fiscais não 
extensivos as do setor privado.
Letra b.
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005. 005. (FCC/SEAD-AP/ASSISTENTE/2018) No capítulo da Constituição Federal de 1988 que 
trata dos princípios gerais da atividade econômica, há várias normas sobre o aproveitamento 
dos recursos minerais. Dentre elas, NÃO está previsto que
a) as jazidas, em lavras ou não, constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de 
exploração ou aproveitamento, e pertencem à União.
b) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante 
concessão da União, por brasileiros ou estrangeiros, desde que atendidos o interesse 
nacional e a lei orçamentária.
c) as cooperativas de atividade garimpeira terão prioridade na autorização ou concessão 
para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam 
atuando.
d) é garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra, e ao proprietário do 
solo é assegurada a participação nos resultados da lavra.
e) a autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, não podendo ser cedida 
ou transferida, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
Lá nos bens da União (art. 20, XI, CF/1988), vimos pertencerem a ela os recursos minerais, 
inclusive os do subsolo.
Nesse contexto, o art. 176 estabelece que as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos 
minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do 
solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao 
concessionário a propriedade do produto da lavra.
Por sua vez, o § 1º do mesmo artigo prevê que a pesquisa e a lavra de recursos minerais e 
o aproveitamento dos potenciais a que se refere o caput somente poderão ser efetuados 
mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou 
empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no país.
Assim, a letra “b” contém incorreção, já que a possibilidade de concessão a estrangeiros 
não está prevista no texto constitucional.
Como se buscava a alternava com erro, a resposta esperada está na letra “b”.
Letra b.
006. 006. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) Apartando-se da discussão quanto ao 
critério identificador do conceito de serviço público e a partir da classificação doutrinária 
segundo a qual o gênero atividade econômica comporta duas distintas espécies, quais 
sejam, o serviço público e a atividade econômica em sentido estrito, a Constituição Federal
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a) submeteu a exploração de ambas as espécies ao mesmo regime jurídico, essencialmente 
público, com o que se permitiu a coparticipação do setor privado na prestação de serviços 
públicos e atividades econômicasde interesse social.
b) submeteu a prestação de cada uma das atividades a dispositivos constitucionais e regimes 
jurídicos distintos, a primeira a regime essencialmente público e a segunda a regime privado.
c) conferiu tratamento diverso às duas diferentes espécies de atividade, razão pela qual o 
serviço púbico cuja exploração é delegada à iniciativa privada perde sua natureza essencial 
pública, passando a se submeter tão somente a normas indutivas.
d) conferiu o mesmo tratamento jurídico às duas espécies do gênero atividade econômica, 
razão pela qual não há utilidade prática na classificação, pois se submetem ao mesmo 
e indistinto regime jurídico de prestação, a ser definido por decisão discricionária da 
Administração pública.
e) submeteu cada uma das atividades a regimes e dispositivos constitucionais distintos, 
respectivamente público e privado, razão pela qual, dado o princípio da livre iniciativa, ao 
estado é vedada a prestação da segunda e à iniciativa privada da primeira.
De acordo com o art. 173 da Constituição, a intervenção direta é uma forma excepcional 
de atuação estatal.
Assim, ressalvados os casos previstos no texto da Lei Maior, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
A intervenção direta no domínio econômico é viabilizada por meio de empresas públicas (EPs) 
e de sociedades de economia mista (SEMs). Essas entidades fazem parte da administração 
indireta, ao lado das autarquias e das fundações públicas.
De acordo com o § 1º do art. 173 da Constituição, cabe à lei estabelecer o estatuto jurídico 
da empresa pública e da sociedade de economia mista, bem assim de suas subsidiárias, 
exploradoras de atividade econômica.
Essa lei deverá esclarecer, dentre outros assuntos, a sujeição ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas 
e tributários. Portanto, letras a e d estão erradas, por haver um tratamento jurídico distinto 
às duas espécies.
Para as EPs e para as SEMs, é necessária a realização da licitação para as atividades-meio, 
de acordo com o procedimento próprio da Lei n. 13.303/2016. Assim, mesmo exercendo 
atividades da iniciativa privada, não deixam de se submeter a regras de direito público. 
Isso torna errada a letra “c”.
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Finalmente, o erro da letra “e” está no fato de o art. 175 da Constituição prever que cabe 
ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão, ou permissão, 
sempre por meio de licitação, a prestação de serviços públicos.
Logo, pode a iniciativa privada prestar serviços públicos nesses termos e o poder púbico 
explorar atividade econômica excepcionalmente.
Dito isso, a resposta esperada está na letra “b”, porque a prestação de serviços públicos se 
submete a regime essencialmente público, enquanto a exploração da atividade econômica 
mais se amolda ao regime privado.
Última coisa:
JURISPRUDÊNCIA
(...) as sociedades de economia mista prestadoras de serviço público de atuação própria 
do Estado e de natureza não concorrencial submetem-se ao regime de precatório (RE 
n. 852.302 do STF).
Esse benefício, todavia, não seria extensível àquelas entidades que exploram atividade 
econômica, em regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos 
seus acionistas. Afastou, com base nessa premissa, a aplicação do regime de precatórios 
à Eletronorte (RE n. 599.628 do STF).
Letra b.
007. 007. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) A Constituição Federal, em seu artigo 173, 
estabelece que “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo conforme definidos em lei”. Cuida-se 
da consagração, na ordem econômica, do princípio da
a) subsidiariedade e da proporcionalidade, na sua dimensão necessidade.
b) economicidade, que impõe ao Estado que não intervenha e não regule as atividades que 
possam, de maneira satisfatória, ser exercidas ou autorreguladas pelo setor privado.
c) eficiência, nas dimensões eficácia e efetividade, o que impede o estado de restringir a 
liberdade dos agentes econômicos.
d) livre iniciativa, que impossibilita a atuação direta do estado na atividade econômica, 
para garantir a livre concorrência.
e) função regulatória do Estado, que impõe o planejamento da atividade econômica, para 
promover seus objetivos, marcadamente redistributivos.
Questão relativamente simples. A atuação do Estado na forma direta é excepcional, certo?
Só aí já dá para adiantar que ela (a atuação) ocorrerá de forma subsidiária, e não principal.
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Avançando, quando a alternativa a falou sobre a proporcionalidade na “dimensão da 
necessidade”, é porque o princípio da subsidiariedade tem três subprincípios, quais sejam, 
adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.
Considerando que a atuação do Estado explorando diretamente a atividade econômica gira 
em função da necessidade de atender a imperativos de segurança nacional ou a relevante 
interesse coletivo, está aí a aplicação do subprincípio da necessidade.
Letra a.
008. 008. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) Nos termos da Constituição Federal, a 
atividade regulatória do Estado abrange a regulação
a) dos serviços públicos, exercida por meio das agências reguladoras (por exemplo, a Aneel), 
excluindo-se os monopólios e bens públicos.
b) dos serviços públicos, dos monopólios e bens públicos, bem como das atividades econômicas 
privadas (por exemplo, o setor de alimentos e medicamentos).
c) dos serviços públicos e monopólios públicos, excluindo-se os bens públicos, que são 
disciplinados por regras de direito privado, dado que se cuida de relação de domínio, tal 
qual a exercida pelas pessoas privadas.
d) de todas as atividades sujeitas a regime publicístico, excluindo-se as sujeitas a regime 
de direito privado, que se submetem apenas à atividade de planejamento, indicativo para 
o setor público.
e) e todas as atividades sujeitas a regime publicístico e a regime de direito privado do Estado, 
bem como as atividades econômicas privadas, estas que também se submetem a atividades 
de planejamento, sendo este determinante para o setor e dotado de eficácia jurídica.
É que a atuação do Estado na atividade econômica se dá por diferentes meios, a saber:
• Intervenção direta: prevista no art. 173 da Constituição, a intervenção direta é uma 
forma excepcional de atuação estatal. Assim, ressalvados os casos previstos no texto 
da CF/1988, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida 
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei. A intervenção direta no domínio econômico é 
viabilizada por meio de empresas públicas (EPs) e de sociedades de economia mista 
(SEMs). Essas entidades fazem parte da administração indireta, ao lado das autarquias 
e das fundações públicas;
• Intervenção indireta: estáprevista no art. 174 da Constituição e caracteriza-se como 
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como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, 
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determinante para o setor público e indicativo para o setor privado;
• Intervenção mediante a instituição de regime de monopólios: segundo o art. 177 da 
CF/1988, constituem monopólio da União:
− a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos 
fluidos;
− a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
− a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das ati-
vidades previstas nos incisos anteriores;
− o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados bási-
cos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, 
de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
− a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o 
comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos ra-
dioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas 
sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 
21 da Constituição Federal.
Como dito lá no início, a resposta está na letra “b”. É bom lembrar que a atividade econômica, 
em regra, será desenvolvida pela iniciativa privada, por meio das empresas e indústrias em 
geral.
Letra b.
009. 009. (FCC/TRT-3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A Constituição Federal traz como 
regra-matriz de incidência a importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, 
gás natural e seus derivados e álcool combustível e que pode ter alíquota diferenciada 
por produto ou uso; reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, além de receitas 
destinadas, dentre outros, “ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. 
Essa assertiva se refere
a) a uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de competência exclusiva da 
União.
b) ao imposto de importação incidente sobre combustíveis.
c) ao imposto sobre circulação de mercadorias, quando tem por objeto combustíveis, ainda 
que provenientes do exterior.
d) aos impostos de importação e de circulação de mercadorias, respectivamente, ambos 
de competência da União.
e) à COFINS incidente sobre as operações com combustível, que é uma contribuição de 
interesse de categorias profissionais ou econômicas.
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Conforme a redação dada pela EC n. 33/2001 ao art. 177, § 4º, da Constituição, a contribuição 
de intervenção no domínio econômico – Cide – relativa às atividades de importação 
ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool 
combustível, chamada de CIDE-Combustíveis – deverá atender aos seguintes requisitos:
• A alíquota da contribuição poderá ser:
− diferenciada por produto ou uso;
− reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o dis-
posto no art. 150, III, b;
• Os recursos arrecadados serão destinados:
− ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás 
natural e seus derivados e derivados de petróleo;
− ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo 
e do gás;
− ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.
Letra a.
010. 010. (FCC/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito do regime jurídico estabelecido 
para a Ordem Econômica na Constituição Federal de 1988, considere:
I – A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
II – Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na 
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este indicativo 
para o setor público e determinante para o setor privado.
III – A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
IV – As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios 
fiscais não extensivos às do setor privado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II e III.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I, II e III.
I – Certa. Proíbem-se, em nome da livre concorrência, práticas de dumping, que caracterizem 
a formação de cartéis, visando à dominação de mercados, a eliminação de concorrência e 
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ao aumento arbitrário de lucros. Nesse contexto, foi editada o Estatuto Brasileiro de Defesa 
da Concorrência (Lei n. 12.529/2011).
A intervenção indireta está prevista no art. 174 da Constituição e caracteriza-se como regra 
no modelo de Estado intervencionista brasileiro.
II – Errada. De acordo com o dispositivo, como agente normativo e regulador da atividade 
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor 
privado. Repare, então, que a assertiva está falsa por ter “trocado as bolas”.
III – Certa. O Estado realmente apoiará o cooperativismo e outras formas de associativismo 
(art. 184).
IV – Errada. Veda-se expressamente que EP e SEM gozem de privilégios fiscais não extensíveis 
ao setor privado (art. 173, § 2º).
Letra c.
011. 011. (FCC/AL-MS/DIREITO/2016) Diante da epidemia de dengue, o Estado, em atenção ao 
interesse coletivo, resolve produzir, em larga escala, medicação comprovadamente potente 
contra o vírus. Diante dessa situação hipotética, essa exploração direta da atividade 
econômica pelo Estado
a) não é permitida, pois a Constituição Federal autoriza a exploração direta da atividade 
econômica apenas quando necessária aos imperativos da segurança nacional.
b) é permitida, pois a exploração direta da atividade econômica é feita, exclusivamente, 
pelo Estado.
c) não é permitida, pois o Estado não pode explorar diretamente, ainda que de forma 
excepcional, a atividade econômica.
d) não é permitida, pois a Constituição Federal admite a exploração direta da atividade 
econômica pelo Estado apenas quando decretado o estado de sítio.
e) é permitida, pois a Constituição a admite quando se tratar de relevante interesse coletivo.
De acordo com o art. 173 da Constituição, a intervenção direta é uma forma excepcional 
de atuação estatal.
Assim, ressalvados os casos previstos no texto da Lei Maior, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Letra e.
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012. 012. (FGV/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL/2016) Constitui monopólio da União
a) o transporte marítimo do petróleo de origem nacional ou internacional destinado ao país.
b) a refinação do petróleo nacional, mas não do estrangeiro.
c) a exportação, mas não a importação, de petróleo.
d) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo.
e) a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio 
de todo e qualquer minério ou mineral nuclear e seus derivados.
Segundo o art. 177 da CF/1988, constituem monopólio da União:
• a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos 
fluidos. Só até aqui já podemos ver que a resposta esperada está na letra “d”;
• a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
• a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades 
previstas nos incisos anteriores;
• o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos 
de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de 
petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
• a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e 
o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos 
radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas 
sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 
21 da Constituição Federal.
Atenção para um ponto: a EC n. 49/2006 teve por finalidade:
(...) permitir a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais, 
afastando indesejável monopólio da União, que poderia acarretar prejuízos no desenvolvimento 
científico e tecnológico relacionado aos radioisótopos1.
Letra d.
013. 013. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) A ordem econômica nacional tem por meta assegurar 
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados princípios 
expressamente enumerados no texto constitucional, dentre os quais se arrolam
a) redução das desigualdades regionais; defesa do consumidor de mercadorias e serviços 
de origem nacional, assim definidos em lei complementar; e soberania nacional e de 
organizações internacionais regionais, especialmente do Mercosul.
1 MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 799.
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b) livre concorrência entre empresas nacionais, assim definidas nos termos de lei 
complementar; tratamento favorecido para as empresas constituídas sob as leis brasileiras 
e que tenham sua sede e administração no País; e propriedade privada.
c) propriedade estatal dos meios de produção; defesa do consumidor de mercadorias 
e serviços de origem nacional, assim definidos em lei complementar; e defesa do meio 
ambiente.
d) busca do pleno emprego; redução das desigualdades sociais; e livre concorrência entre 
empresas nacionais, assim definidas nos termos de lei complementar.
e) função social da propriedade; busca do pleno emprego; e defesa do meio ambiente, 
inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos 
e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
O art. 170 da Constituição dispõe que a ordem econômica terá, por fim, assegurar, a todos, 
existência digna, salientando os seguintes princípios:
I – soberania nacional;
Além de princípio da ordem econômica, a soberania também é um dos fundamentos da 
RFB, presente no art. 1º da Constituição.
II – propriedade privada;
Ao se proteger a propriedade privada, o Estado deixa de lado o regime socialista, ainda 
existente em alguns países.
III – função social da propriedade;
De extrema relevância no cenário político-jurídico, o princípio da função social da propriedade 
está presente no texto constitucional desde 1934.
Se, de um lado, a Constituição protege a propriedade privada, de outro lado deixa claro 
que a esse bem deve ser dada uma destinação que promova a circulação de riquezas, não 
podendo servir para a mera especulação.
Notamos a influência desse princípio, por exemplo, na possibilidade de usucapião dos bens, 
ou ainda nas políticas urbanas e rurais, estudadas mais à frente.
IV – livre concorrência;
Está aqui um dos pontos altos da matéria. É que a Súmula Vinculante n. 49 dispõe que “ofende 
o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos 
comerciais do mesmo ramo em determinada área”.
Esse assunto já era tratado por meio de súmula do STF (Súmula n. 646), que depois foi 
transformada em vinculante, para ganhar mais importância. Então, vale ficar de olho.
Ainda sobre a súmula, lembro a você questão sempre cobrada, dizendo respeito à 
inconstitucionalidade de lei que imponha distância mínima entre farmácias, num determinado 
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município. Aqui no Distrito Federal, inclusive, há a “Rua das Farmácias”, quadra na qual 
vários estabelecimentos dessa espécie se encontram lado a lado.
Fique de olho, pois o STF entende ser válida a lei que determine distância mínima entre 
postos de gasolina, tendo em vista razões de segurança (RE n. 204.187 do STF). Mais: o 
tribunal confirmou a constitucionalidade de lei distrital que proibia o funcionamento de 
postos de gasolina dentro das áreas de supermercado (RE n. 597.165 do STF).
Para você entender melhor a polêmica, no estado de Goiás – em especial, na capital Goiânia 
–, os postos de gasolina que ficam no interior dos supermercados oferecem preços mais 
agressivos, gerando uma ampliação na concorrência. Então, tentou-se fazer a mesma coisa 
no DF, o que foi vedado por lei distrital.
Avançando, proíbem-se, em nome da livre concorrência, práticas de dumping, que caracterizem 
a formação de cartéis, visando à dominação de mercados, a eliminação de concorrência e ao 
aumento arbitrário de lucros. Nesse contexto, foi editada o Estatuto Brasileiro de Defesa 
da Concorrência (Lei n. 12.529/2011).
Outra coisa: o STF entendeu pela constitucionalidade de lei federal que concedia gratuidade 
às pessoas com deficiência que sejam carentes, mesmo no transporte interestadual de 
passageiros (ADI n. 2.649 do STF).
V – defesa do consumidor;
A defesa do consumidor, além de princípio da ordem econômica, está listada dentro dos 
direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º, XXXII, CF/1988).
Visando dar efetividade ao texto constitucional, foi editado, em 1990, o Código de Defesa 
do Consumidor.
Essa norma, segundo jurisprudência do STF e do STJ, é também aplicável às instituições 
financeiras (ADI n. 2.591 do STF e Súmula n. 297 do STJ).
Outro ponto relevante, para as provas e para a vida: o STF entendeu que as normas e os 
tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de 
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em 
relaçãoao Código de Defesa do Consumidor (RE n. 636.331 do STF).
Talvez você não tenha entendido ainda o tamanho da confusão. É o seguinte: a jurisprudência 
do STJ e dos tribunais de 2ª instância era no sentido de que mesmo nos voos internacionais, 
se sumisse uma mala, o passageiro deveria ser indenizado, por danos morais e materiais, 
na extensão do dano sofrido.
Acontece que as Convenções Internacionais (Varsóvia e Montreal) impõem limites no dever 
de indenizar. Em outras palavras, o limite de ressarcimento agora será menor, seguindo 
uma tabela internacional, o que de certo modo prejudica os consumidores, antes regidos 
pelo CDC tanto nos voos domésticos quanto internacionais.
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VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o 
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
Foi com base na defesa do meio ambiente que o STF entendeu ser proibida a importação 
de pneus usados. Na ocasião, foi dito que essa vedação não violaria o princípio da livre 
iniciativa, o qual deveria se compatibilizar com os outros princípios da ordem econômica 
(STA n. 171 do STF).
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
Esse é também um dos objetivos internos da RFB, tema tratado no art. 3º da Constituição.
Outra coisa: ao tratar sobre o Sistema Tributário Nacional, a Constituição consagra, no art. 
151, I, o princípio da uniformidade geográfica, admitindo, contudo, a concessão de certos 
incentivos fiscais.
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Foi com base nesse dispositivo que o STF disse ser constitucional o art. 13, § 3º, da LC n. 
123/2006. Ele prevê a isenção de recolhimento das contribuições instituídas pela União e 
demais entidades de serviço social autônomo (Sistema S) às microempresas e empresas 
de pequeno porte optantes pelo Regime do Supersimples (ADI n. 4.033 do STF).
Avançando, a Constituição prevê ser assegurado a todos o livre exercício de qualquer 
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos 
casos previstos em lei.
Em importante julgamento, no qual se discutia a possibilidade de o governo se valer do 
protesto das certidões de dívida ativa como instrumento para obrigar o devedor a pagar 
ao Estado, o STF fixou a seguinte tese:
JURISPRUDÊNCIA
(...) o protesto das Certidões de Dívida Ativa constitui mecanismo constitucional e 
legítimo, por não restringir de forma desproporcional quaisquer direitos fundamentais 
garantidos aos contribuintes e, assim, não constituir sanção política (ADI n. 5.135 do 
STF).
É válido lançar a protesto em cartório a dívida que o particular possua o ente público, 
materializada em uma certidão da dívida ativa.
De outro lado, o tribunal reiteradamente destaca ser inconstitucional restrição imposta 
pelo Estado ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quando aquelas forem 
utilizadas como meio de cobrança indireta de tributos (ARE n. 914.045 do STF).
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EXEMPLO
Foi declarada a invalidade de norma estadual que condicionava a concessão de regime 
especial de tributação à apresentação de Certidão Negativa de Débitos (CND) exatamente, 
por se constituir um meio indireto de cobrança de tributo, gerando ofensa ao princípio da 
livre atividade econômica (AI n. 798.210 do STF).
Voltando ao comando da questão, a resposta esperada está na letra “e”, única que reúne 
os princípios do art. 170 da Constituição.
Letra e.
014. 014. (FCC/TJ-AL/JUIZ DE DIREITO/2015) No âmbito do regime constitucional brasileiro em 
matéria de intervenção do Estado no domínio econômico, considere:
I – Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma 
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento.
II – O planejamento exercido como função do Estado é determinante para o setor público 
e para o setor privado.
III – A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional 
equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de 
desenvolvimento.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
Há várias questões semelhantes a esta.
A única assertiva falsa é a II, na medida em que, segundo o art. 174 da Constituição, como 
agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da Lei, 
as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor 
público e indicativo para o setor privado.
Assim, sendo verdadeiras as demais assertivas (I e III), a resposta esperada está na letra “a”.
Letra a.
015. 015. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) De acordo com a disciplina constitucional acerca da 
ordem econômica e financeira,
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I – a lei não poderá restringir o livre exercício de qualquer atividade econômica, prevendo a 
exigência de autorização de órgãos públicos para o exercício de algumas atividades.
II – as jazidas constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou 
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do 
produto da lavra e assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados dessa 
lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
III – essa ordem econômica é fundada, como regra, na valorização do trabalho humano, na 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado e na livre iniciativa.
IV – a lei disciplinará os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos 
e regulará a remessa de lucros, com base no interesse nacional.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) II e III, apenas.
I – Errada. Segundo o parágrafo único do art. 170 da Constituição, é assegurado a todos 
o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de 
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei, ou seja, a parte final autoriza que a lei 
restrinja o exercício da atividade econômica.
II – Certa. Corresponde ao que consta no art. 176, caput, e § 2º.
III – Errada. É excepcional a exploração direta da atividade econômica pelo Estado.
IV – Certa. Corresponde ao conteúdo do art. 172 da Constituição.
Letra d.
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	Sumário
	Apresentação
	Ordem Econômica e Financeira
	1. Introdução
	2. Princípios da Ordem Econômica
	3. Da Intervenção do Estado no Domínio Econômico
	3.1. Intervenção Direta
	3.2. Intervenção Indireta
	3.3. Intervenção como Prestador de Serviço Público
	3.4. Intervenção Mediante a Instituição de Regime de Monopólios
	4. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE Combustíveis
	5. Do Tratamento Dado às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte
	6. Da Política Urbana
	6.1. Da Usucapião Especial Urbana
	7. Da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária
	7.1. Da Usucapião Especial Rural
	8. Do Sistema Financeiro Nacional
	9. Tópico Especial: Súmulas Aplicáveis à Aula
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentadoeducativas de trânsito em 
campanhas publicitárias de produtos da indústria automobilística – Lei n. 12.006/2009 
– foi questionada no STF, sob a alegação de violação da livre iniciativa e da liberdade de 
expressão.
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No entanto, o STF entendeu que a norma é válida, pois mostra uma cooperação entre 
o Estado e a iniciativa privada para aperfeiçoamento da educação de todos no trânsito. 
Prevalecem no caso os princípios da proteção ao consumidor e da função social da 
propriedade (STF, ADI n. 4.613).
Outra coisa: sabe aquelas imagens que aparecem no verso de uma carteira de cigarro 
ou ainda as informações de que o cigarro faz mal à saúde?
Pois é, as empresas foram ao STF alegando que as restrições à publicidade de produtos 
fumígenos e a inserção de advertências sanitárias na embalagem feririam a liberdade de 
expressão e de comunicação.
Porém, o tribunal entendeu que as restrições se mostram adequadas, necessárias e 
proporcionais, alcançando a finalidade de reduzir o fumo e o consumo de tabaco, substâncias 
que todos sabemos serem perigosas à saúde (STF, ADI n. 3.311).
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
Foi com base na defesa do meio ambiente que o STF entendeu ser proibida a importação 
de pneus usados. Na ocasião, foi dito que essa vedação não violaria o princípio da livre 
iniciativa, o qual deveria se compatibilizar com os outros princípios da ordem econômica 
(STF, STA 171).
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
Esse é também um dos objetivos internos da RFB, tema tratado no artigo 3º da 
Constituição.
Outra coisa: ao tratar sobre o Sistema Tributário Nacional, a Constituição consagra, no 
artigo 151, I, o princípio da uniformidade geográfica, admitindo, contudo, a concessão 
de certos incentivos fiscais.
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Foi com base nesse dispositivo que o STF disse ser constitucional o artigo 13, § 3º, da 
LC n. 123/2006. Ele prevê a isenção de recolhimento das contribuições instituídas pela 
União e demais entidades de serviço social autônomo (“Sistema S”) às microempresas 
e empresas de pequeno porte optantes pelo Regime do Supersimples (STF, ADI 4.033).
Avançando, a Constituição prevê ser assegurado a todos o livre exercício de qualquer 
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos 
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Em importante julgamento, no qual se discutia a possibilidade de o Governo se valer do 
protesto das Certidões de Dívida Ativa como instrumento para obrigar o devedor a pagar 
ao Estado, o STF fixou a seguinte tese:
JURISPRUDÊNCIA
o protesto das Certidões de Dívida Ativa constitui mecanismo constitucional e legítimo, 
por não restringir de forma desproporcional quaisquer direitos fundamentais garantidos 
aos contribuintes e, assim, não constituir sanção política (STF, ADI 5.135).
Ou seja, é válido lançar a protesto em Cartório a dívida que o particular possua o 
ente público, materializada em uma Certidão da Dívida Ativa.
De outro lado, o Tribunal reiteradamente destaca ser inconstitucional restrição imposta 
pelo Estado ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quanto aquelas forem 
utilizadas como meio de cobrança indireta de tributos (STF, ARE 914.045).
Exemplificando, foi declarada a invalidade de norma estadual que condicionava a 
concessão de regime especial de tributação à apresentação de Certidão Negativa de Débitos 
– CND – exatamente, por se constituir um meio indireto de cobrança de tributo, gerando 
ofensa ao princípio da livre atividade econômica (STF, AI 798.210).
3 . Da intErVEnÇÃO DO EstaDO nO DOMÍniO ECOnÔMiCO3 . Da intErVEnÇÃO DO EstaDO nO DOMÍniO ECOnÔMiCO
Vamos agora ver as formas pelas quais o Estado intervém no domínio econômico.
3 .1 . intErVEnÇÃ3 .1 . intErVEnÇÃO DirEtaO DirEta
De acordo com o artigo 173 da Constituição, a intervenção direta é uma forma 
excepcional de atuação estatal.
Assim, ressalvados os casos previstos no texto da Lei Maior, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
A intervenção direta no domínio econômico é viabilizada através de empresas públicas 
(EP) e de sociedades de economia mista (SEM). Essas entidades fazem parte da Administração 
Indireta, ao lado das autarquias e das fundações públicas.
Há uma divisão entre empresas públicas e sociedades de economia mista prestadores 
de serviço público e exploradoras de atividade econômica.
De acordo com o § 1º do artigo 173 da Constituição, cabe à lei estabelecer o estatuto 
jurídico da empresa pública e da sociedade de economia mista, bem assim de suas 
subsidiárias, exploradoras de atividade econômica. Essa lei deverá esclarecer:
a) sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
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b) a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
A esse respeito, a Súmula n. 556 do STF diz ser competência da Justiça comum (estadual 
ou federal) julgar as causas em que seja parte sociedade de economia mista.
Tem mais:
JURISPRUDÊNCIA
as sociedades de economia mista prestadoras de serviço público de atuação própria 
do Estado e de natureza não concorrencial submetem-se ao regime de precatório 
(STF, RE 852.302).
Todavia, esse benefício não se estende àquelas entidades que exploram atividade 
econômica, em regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos 
seus acionistas. Afastou, com base nessa premissa, a aplicação do regime de precatórios 
à Eletronorte (STF, RE 599.628).
Avançando, pense aí: uma empresa pública, entidade que atuava prestando serviço 
público em regime não concorrencial, teve valores bloqueados e penhora de recursos para 
pagamento de dívida de natureza trabalhista.
Daí, foi ao Judiciário, alegando violação à regra dos precatórios, já que a decisão judicial 
restringindo os valores estava “furando a fila” do precatório.
Ao julgar o caso, o STF entendeu que os recursos públicos vinculados ao orçamento 
de estatais prestadoras de serviço público essencial, em regime não concorrencial e 
sem intuito lucrativo primário, não podem ser bloqueados ou sequestrados por decisão 
judicial para pagamento de indenizações trabalhistas, sob pena de violação aos artigos 100 
(regra do precatório), 2º e 60 (separação de Poderes), 37 (princípio da eficiência) e 167, 
que tratado princípio da legalidade orçamentária. O caso julgado envolvia a Companhia de 
Habitação do Estado da Paraíba (STF, ADPF n. 588).
Agora preste atenção na seguinte tese fixada pelo STF:
JURISPRUDÊNCIA
não ofende o art. 173, §1º, II, da Constituição Federal, a escolha legislativa de reputar 
não equivalentes a situação das empresas privadas com relação a das sociedades 
de economia mista, das empresas públicas e respectivas subsidiárias que exploram 
atividade econômica, para fins de submissão ao regime tributário das contribuições 
para o PIS e para o PASEP, à luz dos princípios da igualdade tributária e da seletividade 
no financiamento da Seguridade Social (STF, RE n. 577.494).
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Dito de outra forma, não há violação ao princípio da igualdade tributária a cobrança 
da contribuição para o PASEP das sociedades de economia mista e das empresas públicas 
que exploram atividade econômica, ao passo que as empresas privadas recolhem ao PIS, 
tributo patrimonialmente menos gravoso ao contribuinte, tendo em conta as medidas de 
comparação e finalidades constitucionais legítimas da distinção.
Está bem, mas quero abordar outro assunto com você: é que a ECT é uma empresa 
pública pode dispensar seus empregados, contratados via CLT.
No entanto, para que haja a dispensa, a ECT tem o dever jurídico de motivar, em ato 
formal, a demissão de seus empregados. Não se pode exigir a instauração de PAD ou a 
abertura de prévio contraditório. Basta a exposição, por escrito, dos motivos ensejadores 
da dispensa sem justa causa (STF, RE n. 589.998).
c) licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública;
Como vimos no capítulo referente à Administração Pública, a regra da Constituição 
é que as obras, serviços, compras e alienações, quando envolverem o poder público em 
geral, devem ser precedidas de processo de licitação pública.
Essa necessidade de licitação engloba todos os Poderes – Executivo, Legislativo e 
Judiciário –, em todas as esferas (federal, distrital, estadual e municipal), da Administração 
Direta e Indireta.
Ficam de fora, no entanto, entidades privadas que atuam em colaboração com a 
administração pública, a exemplo daquelas que compõem o “Sistema S”. Elas não precisariam 
se submeter ao regime licitatório nem tampouco à exigência de realização de concursos 
públicos para a contratação de pessoal (STF, RE 789.874).
Um ponto importante de observar é a diferença de regramentos quando se compara a 
exigência de licitação para a Administração Direta e para a Indireta, mais especificamente, 
para aquelas entidades que exploram atividade econômica. Para você entender melhor, vou 
transcrever alguns dispositivos:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
(...)
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações 
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia 
mista, nos termos do art. 173, § 1º, III;
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista 
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de 
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
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(...)
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios 
da administração pública;
Fazendo a leitura dos dois artigos, fica claro que a Administração Direta, as Autarquias e 
as Fundações Públicas deveriam ser tratadas por meio da mesma lei em relação às licitações.
Foi, então, que exercendo sua competência privativa, a União editou a Lei n. 8.666/1993, 
com a qual você já deve estar habituado.
Mais recentemente, foi editada a Lei n. 14.133/2021, que veio para revogar as Leis n. 
8.666/1993, 10.520/2002 e 12.462/2011. Porém, a revogação só acontecerá dois anos após 
a publicação da norma – 1º de abril de 2021 (e não é mentira).
Assim, durante dois anos a Administração poderá optar por licitar ou contratar diretamente 
de acordo com a nova lei ou com as leis por ela revogadas, não podendo ser feita a aplicação 
combinada das normas.
Seguindo, como a Constituição ressalvou no artigo 22 e no artigo 173, as Empresas 
Públicas (EP) e as Sociedades de Economia Mista (SEM) deveriam possuir um regime legal 
próprio, com regras menos rigorosas, especialmente para as Entidades exploradoras de 
atividades econômicas, tudo no intuito de que o ‘peso da burocracia’ não inviabilizasse a 
concorrência dessas entidades com as empresas do setor privado.
Mas havia uma pedra no meio do caminho...
O grande problema é que não tinha sido editada a lei própria dessas Entidades (EP e 
SEM). Então, até a edição da Lei n. 13.303/2016, ocorria o seguinte:
As EP e SEM prestadoras de serviços públicos se submetiam à Lei 8.666/93. Já as EP e 
SEM exploradoras de atividade econômica seguiam essa lei tão-somente dentro da chamada 
atividade-meio.
Em outras palavras, quanto à atividade-fim, a Lei 8.666/93 deixava de ser utilizada, como 
forma de evitar que a burocracia inviabilizasse a competição com as empresas privadas 
que atuassem naquele segmento.
É aí que entra a confusão envolvendo a Petrobras... Isso porque ela, que é uma SEM, tinha 
um estatuto próprio de licitações. O art. 67, da Lei n. 9.478/97 estabeleceu que os contratos 
celebrados pela Petrobras para a aquisição de bens e serviços deveriam ser precedidos de 
procedimento licitatório simplificado, a ser definido em decreto do Presidente da República.
Veio, então, o Decreto n. 2.745/98, que aprovou o regulamento do Procedimento 
Licitatório Simplificado, previsto em lei.
O problema é que o TCU não aceitava essas normas utilizadas pela Petrobras, por 
entender que violavam a Constituição.
A questão chegou ao STF, tendo sido deferida uma liminar que garantia à Petrobras 
seguir usando o seu regramento. Anos depois, o Tribunal confirmou o entendimento de 
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inaplicabilidade da Lei 8.666/1993 à estatal, validando a norma que era utilizada por ela. 
(STF, RE 441.280).
Deixando de lado a Petrobras, o certo é que foi editada a Lei n. 13.303/2016, que trata 
do Estatuto Jurídico das Empresas Estatais.
A referida lei tratou do regime licitatório das empresas estatais, tema que mereceu 
bastante atenção. A norma fala, em seu artigo 28, sobre as hipóteses de realização de licitação, 
ressalvando nos artigos 29 e 30 as hipóteses de licitação dispensávele da contratação direta.
Concluindo, para as EP e para as SEM, é necessária a realização da licitação para as 
atividades-meio, de acordo com o procedimento próprio da Lei n. 13.303/2016.
Para ficar claro, a nova Lei de Licitações – Lei n. 14.133/2021 – não terá aplicação para 
as EP e SEM, as quais continuarão a ser regidas por regramento próprio.
Mas, assim como ocorre com a Administração Direta, com as Autarquias e com as 
Fundações Públicas, mesmo nas atividades-meio há hipóteses de licitação dispensável ( juízo 
de oportunidade e conveniência) ou de contratação direta (inviabilidade de competição).
De outro lado, há previsão específica da desnecessidade de licitação quanto à atividade-
fim da empresa, que é definida no seu estatuto social.
Estabelecendo verdadeira regra de transição, a Lei n. 13.303/2016, previu um prazo 
de 24 meses para que as estatais constituídas anteriormente à sua vigência (Petrobras, 
inclusive) se adaptassem à nova legislação.
d) a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a 
participação de acionistas minoritários;
e) os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
A fim de evitar favorecimentos ilegais, diz a Constituição que as EP e as SEM não poderão 
gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Está aí mais um ponto 
que vive sendo explorado pelos examinadores...
Em matéria de responsabilidade civil, embora o artigo 37, § 6º, da Constituição diga que 
o Estado responde objetivamente pelos prejuízos causados por seus agentes, no tocante 
às EP e SEM exploradoras de atividade econômica, a regra será a de responsabilidade 
subjetiva, mesmo regramento ao qual se submetem as empresas privadas.
Outra coisa: a ECT (Correios) está protegida pela imunidade recíproca, de modo 
que seus automóveis e seus imóveis não precisam pagar IPVA e IPTU, respectivamente, 
tributos estaduais e municipais (STF, ACO 765). Ah, a imunidade se estende inclusive para 
as atividades nas quais a empresa não age em regime de monopólio.
Trocando em miúdos, a ECT não pagará IPVA nem das motocicletas utilizadas para entrega 
de correspondências normais, nem para a entrega de encomendas expressas – SEDEX.
O questionamento que havia era o seguinte: várias empresas atuam na entrega de 
encomenda expressa – entre outras, TAM Cargo, Jad Log, FEDEX. Elas precisam pagar o 
IPVA dos veículos utilizados.
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Esse aparente desequilíbrio provocado pela concessão de benefício tributário apenas 
aos Correios foi justificado pela necessidade de equilibrar as contas da empresa, pois 
em sua atividade de monopólio (entrega de correspondências), muitas vezes a ECT sofre 
prejuízos severos (STF, RE 601.392).
Avançando, o inciso XX do art. 37 da CF/1988 diz que depende de autorização legislativa 
a criação de subsidiárias das entidades listadas, assim como a participação de qualquer 
delas em empresa privada.
Interpretando o dispositivo constitucional, o STF entende ser dispensável autorização 
legislativa para a criação de empresas subsidiárias, desde que haja previsão para esse 
fim na própria lei que instituiu a empresa de economia mista matriz (STF, ADI 1.649).
Por fim, em respeito ao princípio do paralelismo das formas (ou simetria), a extinção 
dessas entidades deve respeitar a mesma exigência feita para a criação.
Ex.: lei específica cria – e extingue – autarquia.
Agora, fique atento(a) a um ponto: o Plenário do STF, em decisão cautelar na ADI n. 
5.624, entendeu que a Lei n. 13.303/2016 (Lei das Estatais) deveria ser interpretada no 
sentido de que a alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de 
economia mista exige autorização legislativa e licitação.
Por sua vez, a exigência de autorização legislativa, como se viu na ADI 1.649 citada 
anteriormente, não se aplicaria à alienação do controle de suas subsidiárias e controladas. 
Para elas, pode ser realizada a alienação sem a necessidade de licitação, desde que siga 
procedimentos que observem os princípios da administração pública inscritos no art. 37 da CF.
Em outro julgado, envolvendo a venda da CEB (Companhia Energética de Brasília), 
firmou-se a compreensão de que não há como impedir, por suposta falta de autorização 
legislativa, a alienação de ações da empresa subsidiária, ainda que tal medida envolva a 
perda do controle acionário do Estado (STF, ADPF n. 779).
Já que falei na CEB, vou citar um julgado envolvendo a CEMAR (Companhia Energética 
do Maranhão). Ela também foi privatizada e a lei previa que o Estado assumiria obrigações 
financeiras decorrentes de decisão judicial proferida após a privatização.
No STF, entendeu-se pela validade da lei estadual, ao argumento de que a norma não 
criou despesas efetivas nem constituiu privilégios fiscais concedidos à então estatal. Assim, 
ao determinar a assunção de apenas alguns débitos, o legislador atuou dentro de seu espaço 
de discricionariedade, buscando tornar a operação mais atrativa à luz do interesse público 
e estimular a aquisição (STF, ADI 5.271).
Só um último detalhe: em regra, é desnecessária lei específica para inclusão de sociedade 
de economia mista ou de empresa pública em programa de desestatização, sendo suficiente 
a autorização genérica prevista em lei que veicule programa de desestatização.
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Isso porque a autorização legislativa genérica não corresponde à delegação discricionária 
e arbitrária ao chefe do Poder Executivo. A atuação do chefe do Poder Executivo vincula-se 
aos limites e condicionantes legais previstos.
Assim, a retirada do poder público do controle acionário de uma empresa estatal, ou a 
extinção dessa empresa pelo fim da sua personalidade jurídica, é consequência de política 
pública autorizada pelo Congresso Nacional.
Porém, para as estatais cuja lei instituidora tenha previsto, expressamente, a necessidade 
de lei específica para sua extinção ou privatização, é necessário que o administrador público 
observe a norma legal.
Para você ter uma ideia do alcance da lei em questão (Lei n. 9.491/1997), entraram 
no Plano Nacional de Desestatização empresas como a Casa da Moeda e a Dataprev, que 
podem ser privatizadas (STF, ADI n. 6.241).
3 .2 . intErVEnÇÃO inDirEta3 .2 . intErVEnÇÃO inDirEta
A intervenção indireta está prevista no artigo 174 da Constituição e caracteriza-se 
como regra no modelo de Estado intervencionista brasileiro.
De acordo com o dispositivo, como agente normativo e regulador da atividade 
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Dentro do mesmo dispositivo, encontramos a regra de que a lei deverá apoiar e estimular 
o cooperativismo e outras formas de associativismo.
Pois é, mas embora o § 1º do artigo 174 da Constituição fale que a lei deve apoiar a 
estimular o cooperativismo, uma lei estadual que fazia isso foi questionada perante o STF.
Na ocasião, o Tribunal confirmou a constitucionalidade da instituição de política 
cooperativista no âmbito estadual, a ser estimulada pelo Poder Público, por conferir eficácia 
ao art. 174 da Constituição.Nessa norma se previa inclusive a participação de cooperativas 
em licitações, porém, sem lhes dar posição privilegiada na competição (STF, ADI n. 2.811).
Avançando, preocupada com a realidade social, a norma constitucional salienta que 
o Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em 
conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
Essas cooperativas de garimpeiros terão prioridade na autorização ou concessão 
para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde 
estejam atuando.
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3 .3 . intErVEnÇÃO COMO PrEstaDOr DE sErViÇO PÚBliCO3 .3 . intErVEnÇÃO COMO PrEstaDOr DE sErViÇO PÚBliCO
De acordo com o artigo 175 da Constituição, cabe ao poder público, na forma da lei, 
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre por meio de licitação, a 
prestação de serviços públicos.
Preste atenção num julgado que vai ferver nas provas: o STF entende ser válida 
norma federal que permite o oferecimento de serviços interestaduais e internacionais 
de transporte terrestre coletivo de passageiros mediante simples autorização, sem 
procedimento licitatório prévio.
Isso porque, embora a regra seja a realização de licitação, especificamente em relação 
ao transporte rodoviário interestadual e internacional, uma interpretação sistêmica da 
Constituição admitiria a autorização do serviço, desvinculado da exploração de infraestrutura, 
sem o processo licitatório, mediante o respeito aos princípios da administração pública – o 
bom e velho LIMPE (STF, ADI n. 5.549).
Alguns meses à frente, curiosamente, foi declarada a inconstitucionalidade de norma 
estadual que prorrogava por 10 anos as permissões para empresas operarem serviço de 
transporte alternativo intermunicipal de passageiros.
Prevaleceu a exigência de licitação para concessões e permissões nesse caso, sendo 
que, na delegação de serviço público, o fato de a administração pública ter escolhido 
anteriormente os mesmos permissionários mediante licitação não lhe autorizava a realizar 
as renovações, sem a realização de novo procedimento licitatório (STF, ADI 7.241).
Prosseguindo, o STF entende que o serviço de táxis é de utilidade pública, prestado 
no interesse exclusivo do seu titular, mediante autorização do poder público. Em outras 
palavras, o serviço de táxis não se inclui na categoria de serviço público (STF, RE 1.002.310).
Por falar em táxi, o STF declarou a inconstitucionalidade de alguns pontos da Lei de 
Mobilidade Urbana, que permitiam a livre comercialização de autorizações de serviço de 
táxi e a sua transferência aos sucessores legítimos do taxista, em caso de falecimento, 
pelo tempo remanescente do prazo de outorga. Prevaleceu a ideia de que seriam feridos 
princípios da administração pública, como impessoalidade e moralidade (STF, ADI n. 5.337).
Já no parágrafo único do artigo 175 está previsto que a lei disporá sobre o regime das 
empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de 
seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e 
rescisão da concessão ou permissão.
Com base nesse dispositivo, foi julgado um recurso encaminhado ao STF pela CEMIG, 
empresa fornecedora de energia elétrica. Na discussão, a CEMIG pedia a prorrogação do 
contrato de concessão, alegando possuir direito líquido e certo.
No entanto, o Tribunal reforçou a orientação de que o contrato administrativo se encerra 
no prazo nele definido, salvo a realização de ajuste, ao final do termo, pela prorrogação 
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contratual, se atendidas as exigências legais para tanto e se presente o interesse público 
na permanência do contrato. Além disso, a discricionariedade da prorrogação é uma das 
marcas mais acentuadas do contrato administrativo e, assim, está, inclusive, prevista 
nas sucessivas legislações relativas às concessões de energia elétrica (STF, RMS n. 34.203).
Quando tratamos dos bens da União – artigo 20, XI, da Constituição –, vimos pertencerem 
a esse ente os recursos minerais, inclusive os do subsolo.
Nesse contexto, o artigo 176 disciplina que as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos 
minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do 
solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao 
concessionário a propriedade do produto da lavra.
A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais referidos aí 
em cima somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, 
no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que 
tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições 
específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras 
indígenas.
Além disso, é assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, 
na forma e no valor que dispuser a lei.
A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações 
e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou 
parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
Por fim, não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial 
de energia renovável de capacidade reduzida.
3 .4 . intErVEnÇÃO MEDiantE a instituiÇÃO DE rEGiME DE MOnOPÓliOs3 .4 . intErVEnÇÃO MEDiantE a instituiÇÃO DE rEGiME DE MOnOPÓliOs
Segundo o artigo 177 da CF, constituem monopólio da União:
a) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
b) a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
c) a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades 
previstas nos incisos anteriores;
d) o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos 
de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo 
bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
e) a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o 
comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos 
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cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, 
conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal.
Fique de olho, pois a EC n. 49/2006 teve por finalidade
permitir a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais, 
afastando indesejável monopólio da União, que poderia acarretar prejuízos no desenvolvimento 
científico e tecnológico relacionado aos radioisótopos.1
4 . COntriBuiÇÃO DE intErVEnÇÃO nO DOMÍniO 4 . COntriBuiÇÃO DE intErVEnÇÃOnO DOMÍniO 
ECONÔMICO – CIDE COMBUSTÍVEISECONÔMICO – CIDE COMBUSTÍVEIS
Conforme a redação dada pela EC n. 33/2001 ao art. 177, § 4º, da Constituição, a 
contribuição de intervenção no domínio econômico – CIDE – relativa às atividades de 
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados 
e álcool combustível – chamada de CIDE combustíveis – deverá atender aos seguintes 
requisitos:
I – a alíquota da contribuição poderá ser:
a) diferenciada por produto ou uso;
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 
150, III, b;
II – os recursos arrecadados serão destinados:
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus 
derivados e derivados de petróleo;
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.
5 . DO trataMEntO DaDO Às MiCrOEMPrEsas E Às 5 . DO trataMEntO DaDO Às MiCrOEMPrEsas E Às 
EMPrEsas DE PEQuEnO POrtEEMPrEsas DE PEQuEnO POrtE
Diz o artigo 179 da Constituição que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, 
tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas 
1 MORAES, Alexandre de. Direito constitucional, 23ª edição, São Paulo: Atlas, 2008, pág. 799.
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obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação 
ou redução destas por meio de lei.
Micro e pequenas empresas recebem tratamento diferenciado, com vistas a preservar 
a sua competitividade no mercado.
Exemplificando, em relação à matéria tributária, foram criadas leis simplificando o 
recolhimento tributário, bem como dispensando que essas pessoas jurídicas deixem de 
pagar certos tributos. É o caso da LC n. 123/2006, que criou o chamado Supersimples.
Veja-se, por exemplo, que o artigo 44 dessa lei complementar prevê que haverá 
preferência de contratação para microempresas e empresas de pequeno porte, sendo 
essa característica considerada critério de desempate nas licitações.
Aplicando na prática a regra constitucional, o STF decidiu que
JURISPRUDÊNCIA
o fomento da micro e da pequena empresa foi elevado à condição de princípio 
constitucional, de modo a orientar todos os entes federados a conferir tratamento 
favorecido aos empreendedores que contam com menos recursos para fazer frente 
à concorrência (STF, ADI 4.033).
Mas nem tudo são flores! Isso porque a LC n. 123/2006 previa que é vedada a adesão, 
ao regime tributário diferenciado, pela ME e EPP que possuam débito com as Fazendas 
Públicas Federal, Estadual ou Municipal.
A norma foi questionada no STF, pois se entendia que tal proibição seria um meio ilícito 
de coerção para o pagamento de tributo, uma sanção política.
Porém, o tribunal entendeu pela constitucionalidade do dispositivo, afastando a alegação 
de afronta à livre concorrência. Afinal, ao ser beneficiada mesmo estando em débito e 
infringindo leis fiscais, as empresas teriam uma vantagem competitiva frente àquelas que 
cumprem pontualmente suas obrigações (STF, RE 627.543).
6 . Da POlÍtiCa urBana6 . Da POlÍtiCa urBana
Atenta à necessidade do crescimento organizado e sustentável das cidades, a Constituição 
prevê que a política de desenvolvimento urbano será feita pelos municípios, conforme 
diretrizes fixadas em lei federal.
Essa norma federal se limitará a tratar de regras gerais, até mesmo porque compete 
à União elaborar normas gerais em direito urbanístico (artigo 24, I, Constituição). Aos 
estados-membros é atribuída a competência legislativa suplementar.
Para atender ao mandamento constitucional, foi editada, no ano de 2001, a Lei n. 
10.257/2001, chamada de Estatuto das Cidades.
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Os municípios devem elaborar um Plano Diretor – no caso do DF, é o chamado Plano 
Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) –, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório 
para cidades com mais de vinte mil habitantes. Esse documento é o instrumento básico 
da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Você viu aí em cima que o Estatuto das Cidades é uma lei federal, certo?
Pois é, mas o STF entendeu que a Constituição conferiu protagonismo aos municípios 
para tratar sobre o ordenamento territorial e para atuar na concepção e execução dessas 
políticas públicas.
Em razão disso, foi declarada a inconstitucionalidade de dispositivo presente em 
Constituição Estadual, segundo o qual ficava dispensada a exigência de alvará ou de 
qualquer outro tipo de licenciamento para o funcionamento de templo religioso e proibida 
limitação de caráter geográfico a sua instalação (STF, ADI n. 5.696).
Também foi declarada a inconstitucionalidade de outra Constituição Estadual no 
ponto em que proibia aos municípios a possibilidade de alterarem a destinação, os fins 
e os objetivos originários de loteamentos definidos como áreas verdes ou institucionais. 
Afinal, cabe a eles (municípios) legislar sobre assuntos de interesse local, promover o 
adequado ordenamento territorial e executar a política de desenvolvimento urbano. Assim, 
a delimitação de competência municipal por meio de dispositivo de constituição estadual 
ofende o princípio da autonomia municipal (STF, ADI n. 6.602).
Avançando, a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências 
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Em relação às desapropriações de imóveis urbanos, diz o artigo 182, § 3º, que elas 
serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área incluída 
no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não 
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, 
sob pena, sucessivamente, de:
a) parcelamento ou edificação compulsórios;
b) IPTU progressivo no tempo;
Fique de olho, pois a Súmula 668/STF diz ser inconstitucional a lei municipal que tenha 
estabelecido, antes da EC n. 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada 
a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.
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c) desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão 
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em 
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Essa é a chamada desapropriação-sanção. Ela ocorre quando não está sendo respeitada 
a função social da propriedade urbana. Note-se que neste caso não se fala em indenização 
em dinheiro, mas, sim, mediante títulos da dívida pública.
6 .1 . Da usuCaPiÃOEsPECial urBana6 .1 . Da usuCaPiÃO EsPECial urBana
A usucapião é uma forma de aquisição da propriedade – móvel ou imóvel – desde que 
preenchido certo lapso temporal, além de outros requisitos porventura preenchidos na lei.
O Constituinte de 1988 criou duas novas espécies de usucapião: a especial urbana e 
a especial rural – será estudada logo mais à frente.
Vamos aos requisitos exigidos pelo artigo 183 da Constituição: a pessoa precisa possuir 
como sua área urbana de até 250 m², por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, 
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não 
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Ah, a usucapião urbana também se aplica a apartamentos em condomínios residenciais, 
e não apenas a lotes urbanos (STF, RE n. 305.416).
Quando se fala em “aquisição de domínio”, a Constituição deixando claro que haverá a 
aquisição da propriedade.
Ah, segundo o STF, se forem preenchidos os requisitos do art. 183 da Constituição, o 
reconhecimento do direito à usucapião especial urbana não pode ser impedido por 
legislação infraconstitucional que estabeleça módulos urbanos na respectiva área em 
que situado o imóvel (dimensão do lote). No caso julgado, a lei municipal definia a área 
mínima de 360 m² como módulo urbano, e acabou sendo reconhecida a usucapião de 225 
m² (STF, RE 422.349).
Avançando, não há dúvidas de que a usucapião especial guarda estreita relação com o 
princípio da função social da propriedade. Isso porque o dono anterior perderá seu imóvel 
por não ter lhe dado destinação adequada, tendo, no mais das vezes, abandonado o local.
Tem mais: a Constituição assegura que o título de domínio (propriedade) e a concessão 
de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do 
estado civil.
Para evitar que a pessoa se torne um “invasor profissional”, o dispositivo da Constituição 
faz uma observação, no sentido de que o direito de usucapião especial não será reconhecido 
ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Outra coisa muito importante: os imóveis públicos não podem ser adquiridos por 
usucapião.
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7 . Da POlÍtiCa aGrÍCOla E FunDiÁria E Da rEFOrMa 7 . Da POlÍtiCa aGrÍCOla E FunDiÁria E Da rEFOrMa 
aGrÁriaaGrÁria
Primeira coisa que os Examinadores gostam de explorar: é competência da União 
desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja 
cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida 
agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, 
a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
Assim, os Estados-membros e os Municípios não dispõem do poder de desapropriar 
imóveis rurais, por interesse social, para efeito de reforma agrária, inclusive para fins de 
implementação de projetos de assentamento rural ou de estabelecimento de colônias 
agrícolas (STF, RE 496.861).
Você viu agora que a desapropriação-sanção quando envolvesse imóveis urbanos seria 
feita mediante títulos da dívida pública. Aqui, o pagamento é por meio de títulos dívida 
agrária. Outra importante diferença é que nos imóveis rurais o prazo é bem maior, de até 
vinte anos, sendo que nos imóveis urbanos era de até 10 anos.
Certamente, a preocupação do legislador foi a de buscar o desenvolvimento nacional, 
ao penalizar quem não esteja atendendo a função social do imóvel, seja urbano ou rural. É 
quase como se dissesse: “não quer produzir ou edificar, então venda para quem quer!”
Avançando, a norma constitucional diz que as benfeitorias úteis e necessárias serão 
indenizadas em dinheiro.
Aí você me pergunta:
OO queque sãosão benfeitorias?benfeitorias?
Elas são acréscimos feitos pelo proprietário, possuidor ou detentor de um bem. As 
necessárias se prestam à conservação da coisa, enquanto as úteis são aquelas que aumentam 
ou facilitam o seu uso.
Reparem que não se fala em indenização de benfeitorias voluptuárias, que são aquelas 
que servem para mero deleite, como piscinas, cascatas, fontes etc.
Outra coisa: são isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações 
de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
Fique de olho para o artigo 185 da Constituição, pois ele proíbe a desapropriação para 
fins de reforma agrária nas seguintes hipóteses:
a) a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário 
não possua outra;
b) a propriedade produtiva.
Ou seja, é autorizada a desapropriação dos grandes latifúndios improdutivos...
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Ainda sobre o tema, há previsão no artigo 5º da Constituição de que a pequena 
propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para 
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.
Ocorre que não há norma expressa definindo o que seria considerado pequena propriedade 
rural, para os fins da impenhorabilidade.
Assim, o STF determinou a aplicação do conceito previsto no artigo 4º da Lei n. 8.629/1993, 
segundo a qual seria considerada pequena a propriedade rural com área compreendida 
entre um e quatro módulos fiscais.
Em consequência, o Tribunal considera impenhorável a propriedade, mesmo que 
constituída em mais de um terreno, desde que contínuos e com área inferior a quatro 
módulos fiscais do município de localização (STF, ARE n. 1.038.507).
Avançando, o artigo 188 da Constituição diz que a destinação de terras públicas e devolutas 
será compatibilizada com a política agrícola e com o Plano Nacional de Reforma Agrária.
Outro ponto de destaque: a alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras 
públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, 
ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
A regra supracitada, contudo, não se aplica às alienações ou às concessões de terras 
públicas para fins de reforma agrária.
7 .1 . Da usuCaPiÃO EsPECial rural7 .1 . Da usuCaPiÃO EsPECial rural
A gente viu há pouco que o Constituinte criou a usucapião especial urbana, com critérios 
voltados a concretizar a função social da propriedade.
Pois é, instituto semelhante existe em relação às áreas rurais.
Os requisitos para a usucapião especial rural são os seguintes: posse por cinco anos 
ininterruptos, sem oposição; área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta 
hectares; torná-la produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia. 
Satisfeitas tais exigências, haverá a aquisição do imóvel rural.
Aqui também vale a regra segundo a qual os imóveis públicos não serão adquiridos 
por usucapião.
8 . DO sistEMa FinanCEirO naCiOnal8 . DO sistEMa FinanCEirO naCiOnal
O Sistema Financeiro Nacional é tratado no artigo 192 da Constituição. Esse dispositivo, 
ao longo dos anos, sofreu duas modificações (EC n. 13/1996 e EC n. 40/2003), as quais 
reduziram significativamente o seu texto.
Na redação anterior, constava que as taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e 
quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, 
não poderiam ser superiores

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