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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) MINISTRO(A) PRESIDENTE DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS GEÓLOGOS, pessoa jurídica de direito privado,
devidamente inscrita no CNPJ nº [número], com sede na [endereço completo], por meio de
seu advogado que esta subscreve (instrumento de procuração anexo), com endereço
profissional indicado na [endereço completo], vem à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no art. 103, IX, da Constituição Federal, c/c os artigos 1º e 2º, IX, da Lei nº
9.868/99, propor a presente:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE LIMINAR
em face da EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 5/2018 do Estado Alfa, pelos fatos e
fundamentos que passa a expor:
I. PRELIMINARMENTE
I.I) DA LEGITIMIDADE ATIVA
A legitimidade ativa para a presente ação decorre do disposto no art. 103, IX, da
Constituição Federal, que confere às associações de classe de âmbito nacional o direito de
propor Ação Direta de Inconstitucionalidade.
A Associação Nacional dos Geólogos é entidade de classe de abrangência nacional e
demonstra a pertinência temática, pois a emenda constitucional impugnada interfere
diretamente na atividade profissional de seus associados, comprometendo sua subsistência e
gerando risco ao setor.
I.II) DO CABIMENTO DA ADI E DA COMPETÊNCIA
O ato normativo impugnado é uma emenda à Constituição Estadual, que possui natureza de
norma primária, sujeita ao controle abstrato de constitucionalidade. Nos termos do art. 102,
I, "a", da Constituição Federal, c/c o art. 1º da Lei nº 9.868/99, compete ao Supremo
Tribunal Federal processar e julgar originariamente as ações diretas de inconstitucionalidade
propostas contra atos normativos que conflitem com a Constituição da República.
II. DOS FATOS
A Emenda Constitucional nº 5/2018 foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado Alfa
e sancionada pelo Governador do Estado.
O referido ato normativo estabelece, de forma detalhada, requisitos formais para a
exploração de diamantes no território estadual, incluindo limites quantitativos e obrigações
relacionadas ao transporte, armazenamento e extração dos minerais.
A aplicação da norma já está sendo exigida pelas autoridades estaduais, gerando impacto
direto nas atividades dos associados da requerente e no mercado de exploração mineral.
III. DO DIREITO
III.I) VIOLAÇÃO DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO
A Emenda Constitucional nº 5/2018 invade competências legislativas privativas da União,
configurando vício de inconstitucionalidade formal. O Art. 22, XII, da CF/88 diz que
compete privativamente à União legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais e
mineração. O Estado Alfa não possui competência legislativa para dispor sobre a matéria, o
que invalida a emenda aprovada. O Art. 22, XI, da CF/88 afirma que a norma estadual
também regula questões relacionadas ao transporte, competência legislativa privativa da
União, infringindo a repartição de competências estabelecida pela Constituição Federal.
III. II) VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SIMETRIA CONSTITUCIONAL
O processo de aprovação da Emenda Constitucional nº 5/2018 também apresenta vício
formal, uma vez que a participação do Chefe do Poder Executivo estadual na fase final do
processo legislativo viola o princípio da simetria previsto no art. 25, caput, da CF/88.
A Constituição Federal, no art. 60, que regula o processo de reforma constitucional, não
prevê a participação do Chefe do Executivo na etapa final, cabendo apenas ao Poder
Legislativo essa atribuição.
IV. DO PEDIDO LIMINAR
A concessão de medida cautelar está prevista no art. 10 da Lei nº 9.868/99. No presente
caso, estão preenchidos os requisitos do fumus boni iuris, consubstanciado na patente
inconstitucionalidade da norma impugnada, e do periculum in mora, considerando o impacto
imediato e severo da norma sobre a atividade de exploração mineral, com risco de
desemprego em massa e prejuízos à economia local e ao meio ambiente.
Requer-se, liminarmente, a suspensão da eficácia da Emenda Constitucional nº 5/2018, até o
julgamento final da presente ação.
V. DOS PEDIDOS
Diante o exposto, requer:
a) A concessão de medida cautelar, nos termos do art. 10 da Lei nº 9.868/99, para suspender
a eficácia da Emenda Constitucional nº 5/2018;
b) A intimação das autoridades responsáveis pela norma impugnada para que prestem
informações no prazo legal;
c) A oitiva do Procurador-Geral da República, conforme dispõe o art. 103, § 1º, da
Constituição Federal;
d) A procedência da ação para que seja declarada a inconstitucionalidade da Emenda
Constitucional nº 5/2018 do Estado Alfa, com efeitos ex tunc;
e) A condenação das autoridades responsáveis nas custas processuais.
VALOR DA CAUSA: [valor]
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
[Local], [Data].
[Assinatura do Advogado]
OAB/UF [número]

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