Benefícios fiscais no comércio exterior

Prévia do material em texto

Benefícios Fiscais no 
comércio exterior 
O que você aprenderá: 
2 
Quem vai te ensinar: 
Jornalista formada pela Universidade Católica de 
Pernambuco. Graduada em Relações Internacionais com 
ênfase em Comércio Exterior. 
Assista a este conteúdo. Aponte a câmera para o 
código QR ao lado ou acesse: www.cefis.com.br 
 Raquel Cavalcanti 
Benefícios Fiscais no comércio 
exterior 
• Benefícios fiscais – como impacta no comércio exterior ........... 10 
• Seleção e aplicação de um benefício fiscal ................................. 13 
• Tributos incidentes no comércio exterior ..................................... 15 
• Imposto sobre produtos industrializados ..................................... 22 
• Taxa do Siscomex .......................................................................... 28 
• AFRMM ........................................................................................... 29 
• Imposto de exportação .................................................................. 35 
• A função da tributação nas exportações ...................................... 45 
• Base de cálculo reduzida ............................................................... 53 
• Principais incentivos fiscais por estado ....................................... 60 
 
https://cefis.com.br/curso/beneficios-fiscais-no-comercio-exterior/2684
https://cefis.com.br/curso/beneficios-fiscais-no-comercio-exterior/2684
https://cefis.com.br/curso/beneficios-fiscais-no-comercio-exterior/2684
3 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Benefícios fiscais aplicados ao comércio 
exterior 
 
 
Os benefícios fiscais aplicados ao comércio exterior são medidas adotadas 
pelos governos para incentivar e facilitar as atividades de importação e 
exportação. Esses benefícios podem ser oferecidos tanto na esfera federal 
quanto na esfera estadual, e têm o objetivo de (i) promover o crescimento do 
comércio exterior, (ii) atrair investimentos estrangeiros, (iii) impulsionar a 
competitividade das empresas e (iv) estimular o desenvolvimento 
econômico. 
• A importância dos benefícios fiscais 
aplicados ao comércio exterior 
O "Custo Brasil" no comércio exterior é um desafio significativo. A questão 
tributária, marcada por uma carga complexa e elevada, juntamente com a 
burocracia, aumenta os custos operacionais e diminui a competitividade. 
 
Além disso, a infraestrutura logística deficiente, especialmente no... 
4 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• A importância dos benefícios fiscais 
aplicados ao comércio exterior 
 
 
... transporte, resulta em atrasos, congestionamentos e custos de transporte 
mais altos. Esses obstáculos tornam as operações comerciais mais 
onerosas e menos eficientes, dificultando a inserção competitiva das 
empresas brasileiras no mercado internacional. Os benefícios fiscais são 
mecanismos previstos na legislação, na esfera federal e estadual, capaz de 
reduzir o chamado “Custo Brasil”. 
 
 
• Regimes tributários 
 
 
Regimes tributários são conjuntos de regras e normas fiscais que definem a 
forma como uma empresa deve calcular e pagar seus impostos e 
contribuições. Esses regimes estabelecem as alíquotas, bases de cálculo, 
obrigações acessórias e benefícios fiscais aplicáveis a cada tipo de empresa, 
levando em consideração seu porte, atividade econômica e outros critérios 
determinados pela legislação tributária de cada país. 
5 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Como se beneficiar? Diferença entre 
regimes especiais tributários e aduaneiros 
Os regimes tributários especiais estão relacionados às regras e normas 
fiscais aplicadas no âmbito nacional, dentro de um determinado país. Esses 
regimes estabelecem regras específicas para o cálculo e o pagamento de 
impostos e contribuições por parte das empresas. 
 
Os regimes aduaneiros especiais estão relacionados às operações de 
comércio exterior, como importação, exportação e trânsito de mercadorias. 
Esses regimes são aplicados pelas autoridades aduaneiras de um país e 
estabelecem normas e procedimentos específicos para facilitar o comércio 
internacional, incentivar as exportações, reduzir custos e promover o 
desenvolvimento econômico (Ex.: Recof, Drawback, Entreposto Aduaneiro). 
 
A diferença fundamental entre os regimes tributários especiais e os regimes 
aduaneiros especiais está no escopo das normas e regras que cada um 
abrange. Enquanto os regimes tributários especiais tratam dos aspectos 
fiscais internos de uma empresa dentro de um país, os regimes aduaneiros 
especiais estão relacionados às atividades de comércio exterior, envolvendo 
importação e exportação de mercadorias. 
6 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• O princípio da essencialidade tributária 
 
 
O conceito de essencialidade na tributação refere-se à consideração de 
certos bens ou serviços como essenciais para a subsistência e bem-estar 
básico das pessoas. 
 
Itens essenciais são frequentemente tributados com alíquotas reduzidas ou 
isentos de impostos, visando garantir o acesso equitativo a eles. 
 
A tributação diferenciada com base na essencialidade busca proteger os 
consumidores de cargas tributárias excessivas sobre bens e serviços 
indispensáveis. 
 
Essa abordagem promove a justiça social, evitando que a tributação afete 
desproporcionalmente as pessoas de menor renda. 
 
Exemplos de itens considerados essenciais incluem alimentos básicos, 
medicamentos, produtos de higiene pessoal, transporte público, educação e 
habitação de interesse social. 
 
7 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• O princípio da essencialidade tributária 
 
 
Ao reduzir ou isentar impostos sobre esses itens, o governo busca garantir 
que estejam acessíveis a todos os segmentos da população, especialmente 
os mais vulneráveis economicamente. 
 
A definição do que é considerado essencial pode variar de acordo com a 
legislação e as políticas adotadas em cada país. 
 
O tratamento tributário diferenciado para itens essenciais também pode ser 
usado como uma ferramenta para incentivar setores econômicos específicos 
ou promover políticas públicas. 
 
 
• A lógica por trás da desoneração tributária 
no comércio exterior 
 
 
Objetivos: Geração de emprego, renda, desenvolvimento de novas 
tecnologias, agregação de valor, balança comercial superavitária. 
8 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• A lógica por trás da desoneração tributária 
no comércio exterior 
 
 
Industrialização + Exportação 
Previsões legais (mecanismos e ferramentas de eficiência tributária na 
cadeia produtiva de comércio exterior) 
 
 
• O princípio da não cumulatividade 
 
 
A cumulatividade é a incidência sucessiva de impostos sobre uma mesma 
base econômica, resultando no efeito cascata de tributação. Diferentemente 
da não cumulatividade, na cumulatividade não há a possibilidade de 
compensação de créditos. 
 
Já o princípio da não cumulatividade visa evitar a incidência múltipla de 
impostos sobre uma mesma base econômica. Esse princípio é adotado em 
diversos sistemas fiscais ao redor do mundo, inclusive no Brasil. A sua 
aplicação consiste em permitir que os impostos pagos em etapas anteriores 
da cadeia produtiva sejam compensados e descontados do valor a ser... 
9 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• O princípio da não cumulatividade 
 
 
... pago na etapa seguinte. Dessa forma, evita-se a acumulação excessiva de 
tributos sobre um mesmo produto ou serviço, o que reduz os custos para as 
empresas e estimula a atividade econômica. 
 
Além disso, a não cumulatividade contribui para a simplificação do sistema 
tributário, uma vez que elimina a necessidade de tributar repetidamente o 
mesmo valor, tornando a fiscalização e o cumprimento das obrigações mais 
eficientes. 
 
Exemplo prático da não cumulatividade: 
 
• Aquisição de Insumo (entrada): R$2.000 
• Tributo: 18% - R$360 
• Industrialização 
• Preço de venda(saída): R$3.000 
• Tributo: 18% - R$540 
 
Valor Total recolhido será a diferença entre o crédito tributário na entrada 
(R$360) e o débito tributário da saída (R$540) – R$180. 
10 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Benefícios fiscais – como impacta no 
comércio exterior 
 
 
Os benefícios fiscais têm um impacto significativo no comércio exterior, 
afetando diretamente a competitividade das empresas, os padrões de 
investimento e as decisões de importação e exportação. Aqui estão alguns 
dos principais impactos desses regimes no comércio internacional: 
 
1. Competitividade Internacional: Benefícios Fiscais como isenções fiscais 
ou reduções de impostos sobre produtos destinados à exportação, podem 
tornar os produtos de um país mais competitivos nos mercados 
internacionais. Isso pode resultar em aumento das exportações e maior 
presença global das empresas. 
 
2. Atração de Investimentos Estrangeiros: Países que oferecem regimes 
tributários favoráveis podem atrair investimentos estrangeiros diretos. 
Empresas multinacionais podem optar por estabelecer operações ou fábricas 
em locais com incentivos fiscais, visando não apenas o mercado local, mas 
também a produção para exportação. 
11 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Benefícios fiscais – como impacta no 
comércio exterior 
 
 
3. Estímulo à Produção e Industrialização: Benefícios fiscais que incentivam 
a produção local de bens de maior valor agregado podem impulsionar a 
industrialização e o desenvolvimento de setores econômicos estratégicos, 
levando a um aumento na capacidade de exportação. 
 
4. Diversificação da Economia: Alguns benefícios fiscais são direcionados 
para setores específicos da economia, visando diversificar a base econômica 
do país e reduzir a dependência de commodities. Isso pode levar a uma 
gama mais ampla de produtos para exportação. 
 
5. Promoção do Comércio Intrafirma: Empresas multinacionais podem usar 
benefícios fiscais para otimizar suas operações globais, movendo bens, 
serviços e recursos entre suas subsidiárias de forma eficiente, muitas vezes 
impactando os padrões de comércio entre diferentes países. 
 
6. Balanceamento de Desequilíbrios Comerciais: Em alguns casos, 
benefícios fiscais podem ser usados para equilibrar déficits comerciais, 
incentivando a produção local de bens que antes eram predominantemente... 
12 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Benefícios fiscais – como impacta no 
comércio exterior 
 
 
... importados. 
 
7. Criação de Empregos e Desenvolvimento Regional: Benefícios fiscais 
podem ser implementados para promover o desenvolvimento econômico em 
regiões menos desenvolvidas do país, estimulando a criação de empregos e 
a distribuição de riqueza. 
 
8. Aumento de Receita Fiscal: Embora possa parecer contraditório, em 
alguns casos, benefícios fiscais podem, na verdade, aumentar a receita fiscal 
do governo a longo prazo. Isso pode acontecer se os incentivos fiscais 
resultarem em um aumento significativo nas atividades econômicas, gerando 
mais receitas tributárias. 
13 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Seleção e aplicação de um benefício fiscal 
 
 
A seleção de um benefício fiscal para uma operação de comércio exterior é 
uma decisão estratégica importante que requer uma análise detalhada das 
circunstâncias específicas da empresa e das características do mercado em 
questão. 
 
Compreenda as Opções Disponíveis: Familiarize-se com os diferentes 
benefícios fiscais oferecidos pelo seu país. Isso pode incluir isenções fiscais, 
redução da base cálculo, regimes suspensivos, de diferimento, entre outros. 
 
Analise Suas Necessidades e Objetivos: Avalie suas metas de negócios e os 
objetivos da operação de comércio exterior. Você está buscando aumentar 
as exportações, reduzir custos, promover a produção local, atrair 
investimentos estrangeiros ou outros objetivos específicos? 
 
Estude o Setor e o Mercado: Considere as características do setor em que 
você opera e as tendências do mercado internacional. Isso pode influenciar a 
viabilidade e a eficácia de diferentes regimes tributários especiais. 
 
14 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Seleção e aplicação de um benefício fiscal 
 
 
Análise de Custo-Benefício: Realize uma análise detalhada de custo-
benefício para cada benefício fiscal que você está considerando. Considere o 
tipo e a natureza, os custos administrativos, os impactos na cadeia de 
suprimentos, as implicações logísticas e os possíveis ganhos de 
competitividade. 
 
Requisitos de Elegibilidade: Verifique os requisitos de elegibilidade para cada 
regime. Alguns regimes podem ter critérios específicos que sua empresa 
deve cumprir, como níveis mínimos de exportação ou processamento local. 
 
Riscos e Conformidade: Avalie os riscos associados aos benefícios fiscais, 
incluindo possíveis problemas de conformidade e auditorias fiscais. 
Certifique-se de que sua empresa esteja em conformidade com todas as 
regulamentações e obrigações legais. 
 
Consulte Autoridades Competentes: Entre em contato com as autoridades 
aduaneiras e fiscais do seu país para obter orientação específica sobre os 
benefícios fiscais disponíveis e as etapas necessárias para adotá-los. 
15 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Seleção e aplicação de um benefício fiscal 
 
 
Monitoramento e Avaliação Contínuos: Uma vez que um regime seja 
escolhido e implementado, monitore regularmente seus resultados e avalie 
se ele está atingindo os objetivos desejados. Faça ajustes conforme 
necessário para maximizar os benefício 
 
 
• Tributos incidentes no comércio exterior 
 
 
Imposto de Importação (II): 
Imposto de natureza extrafiscal, que tem como função primária regular as 
relações de comércio exterior. Por ser de natureza extrafiscal, é mais 
dinâmico e pode sofrer variações sem a necessidade de assegurar 
previsibilidade quanto a alterações rápidas. 
 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): 
Imposto da categoria de tributos indiretos que se aplica a produtos que 
sofreram algum grau de industrialização. A majoração ou minoração de... 
16 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Tributos incidentes no comércio exterior 
 
 
... alíquotas respeita a seletividade, ou seja, produtos mais essenciais são 
submetidos a alíquotas menores, enquanto os menos essenciais recebem 
alíquotas mais elevadas. 
 
Contribuições Sociais como PIS e COFINS: 
Tributos de natureza especial que servem para custear fundos relacionados à 
previdência social. 
 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): 
É o tributo estadual mais próximo do que se poderia chamar de “VAT”. Incide 
sobre a circulação de mercadorias e serviços e tem natureza não-cumulativa, 
ou seja, a tributação no início da cadeia de distribuição é compensada nas 
etapas seguintes. 
 
Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM): 
Aplica-se ao transporte marítimo de mercadorias, e considera como base de 
cálculo a remuneração pelo transporte porto a porto, ainda que já no território 
nacional. 
17 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Tributos incidentes no comércio exterior 
 
 
Imposto de Exportação (IE): 
O Imposto de Exportação, tributo de competência federal, é aplicado sobre 
produtos de origem nacional ou nacionalizados que têm como destino o 
exterior. Ao contrário de outros impostos, a principal finalidade do Imposto 
de Exportação não é a arrecadação de receita (caráter extrafiscal). Suas 
características fundamentais residem nas função reguladora. Não se sujeita 
ao princípio da anterioridade. 
 
 
• Conceito do fato gerador 
 
 
• O fato gerador é a ocorrência de um evento ou situação descrita na 
legislação tributária. 
• É o acontecimento que gera a obrigação de pagamento de um tributo. 
• Cada imposto possui um fato gerador específico definido na legislação. 
•O fato gerador determina a necessidade do contribuinte realizar o 
pagamento do tributo correspondente. 
18 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Conceito do fato gerador 
 
 
• Exemplos de fato gerador: obtenção de rendimentos para o Imposto de 
Renda, transferência de propriedade de mercadorias para o ICMS, 
desembaraço aduaneiro. 
• O fato gerador é definido por leis e regulamentos tributários. 
• É fundamental para a constituição da obrigação tributária e para 
determinar a base de cálculo e a alíquota aplicável ao tributo. 
 
 
• Imposto de importação 
 
 
O Imposto de Importação é um tributo federal que incide sobre mercadoria 
estrangeira e tem como fato gerador sua entrada no território nacional. 
 
Também denominado usualmente como (I) tarifa aduaneira, (II) direitos de 
importação, (III) tarifa das alfândegas ou direitos aduaneiros. 
19 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Imposto de importação 
 
 
O Imposto de Importação é um tributo de competência da União, e assim se 
justifica porque, em se tratando de um imposto com implicações no 
relacionamento do país com o exterior, seu trato deve caber na verdade ao 
Governo Federal, responsável por este relacionamento, que deve ser 
uniforme no âmbito internacional. Ademais, este imposto possui também 
grande importância no cenário externo tendo em vista as negociações de 
inúmeros tratados, visando a necessidade de integração dos países e a 
abertura econômica. 
 
Características do II: 
• Função regulatória 
• Não tem objetivos fundamentalmente fiscais 
• Não se sujeita ao princípio da anterioridade 
• Não é creditável (compõe o custo) 
 
Imposto de Importação representa menos de 3% do total de tributos 
arrecadados pela RFB. 
20 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Fato gerador 
 
O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria 
estrangeira no país. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido 
o fato gerador: 
 
Data do registro da DI de mercadoria submetida a despacho para consumo, 
inclusive, no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime 
suspensivo de tributação, e de mercadoria contida em remessa postal 
internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação 
comum; 
 
Data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto 
alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada 
a pena de perdimento da mercadoria; 
 
Data do registro da Declaração de Admissão Temporária para Utilização 
Econômica. 
21 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Base de cálculo 
 
 
Valor CIF: 
Valor FOB (Free on Board) + Seguro + Frete 
 
Cálculo do II: 
Atualmente, como país-membro do Mercosul, o Brasil adota a Nomenclatura 
Comum do Mercosul. 
 
Dessa forma, sabendo a correta classificação fiscal da mercadoria, devemos 
consultar a Tarifa Externa Comum (TEC) para conhecer a alíquota do II a ser 
aplicada sobre o item. 
 
Valor Aduaneiro: R$ 50.000 (valor já convertido de acordo com a taxa de 
câmbio PTAX relativa ao dia útil imediatamente anterior ao da ocorrência do 
fato gerador). 
 
Mercadoria: bolas de tênis - Classificação Fiscal (NCM): 9506.61.00 
 
Alíquota do II: 20% 
22 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Base de cálculo 
 
 
Valor a pagar de Imposto de Importação: 
R$ 50.000 x 20% = R$ 10.000,00 
 
 
• Ex-tarifário 
 
 
Bens de capital - BK e bens de informática e telecomunicações – BIT + 
Inexistência de produção nacional equivalente = Redução temporária e 
excepcional da alíquota do Imposto de Importação 
 
 
• Imposto sobre produtos industrializados 
 
 
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo de competência 
federal e incide sobre as mercadorias relacionadas em sua tabela de 
incidência (TIPI), a qual também é baseada na Nomenclatura Comum do... 
23 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Imposto sobre produtos industrializados 
 
 
... Mercosul (NCM). A incidência do IPI independe de onde ocorreu o 
processo de industrialização: se dentro das fronteiras nacionais ou no 
exterior. 
 
Justifica-se a cobrança desse imposto sobre mercadorias importadas em 
razão da necessidade de se promover a equalização dos custos dos 
produtos industrializados importados em relação aos de fabricação nacional. 
 
 
• Características do IPI 
 
 
O IPI atende ao princípio da não-cumulatividade. Assim, o valor pago no 
momento da importação é creditado pelo importador para posterior 
compensação com o imposto devido em operações que ele realizar e que 
forem sujeitas a esse tributo. 
 
O IPI atende também ao princípio da seletividade. Em outras palavras, o... 
24 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Características do IPI 
 
 
... ônus do imposto é diferente em razão da essencialidade do produto, 
podendo a alíquota chegar até zero para os produtos mais essenciais. 
 
Base de cálculo: 
 
Valor FOB (Free on Board) + Seguro + Frete = Valor CIF + Imposto de 
Importação 
 
Cálculo: 
O IPI é calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na TIPI sobre a base 
de cálculo. 
Na quase totalidade dos casos, a alíquota do IPI é ad valorem. 
 
IPI = TIPI (%) x (Valor Aduaneiro + II) 
 
O Regulamento do IPI (RIPI) é o Decreto que regulamenta a cobrança, 
fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos 
Industrializados - IPI. 
25 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Ex-tarifário de IPI 
 
 
Um Ex-tarifário de IPI é uma exceção à regra de tributação incidente sobre 
um determinado código da TIPI. Em regra é menor, mas também pode ser 
maior que a alíquota correspondente a esse código. 
 
Alíquota corresponde à tributação vigente para a mercadoria. 
O Ex-tarifário de IPI estão relacionados na Tabela de Incidência do Imposto 
sobre Produtos Industrializados – TIPI. 
 
 
84.50 Máquinas de lavar roupa, mesmo com dispositivos de secagem. 
8450.1 Maquinas de capacidade, expressa em peso de roupa seca, não superior a 
10kg: 
8450.11.00 Máquinas inteiramente automáticas 3,25 
Ex. 01 – De uso doméstico 13 
8450.12.00 Outras máquinas, com secador centrífugo incorporado 3,25 
Ex. 01 – De uso doméstico 13 
8450.19.00 Outras 3,25 
Ex. 01 – de uso doméstico 6,5 
8450.20 Máquinas de capacidade, expressa em peso de roupa seca, superior a 10kg 
8450.20.10 Túneis contínuos 3,25 
8450.20.90 Outras 13 
Ex. 01 – De capacidade, expressa em peso de roupa seca, superior a 20kg 0 
26 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• PIS/PASEP-Importação 
 
 
O PIS/PASEP-Importação é uma contribuição social de competência federal 
para financiamento da seguridade social, incidentes sobre a importação de 
produtos estrangeiros. 
 
Essa contribuição dá tratamento tributário isonômico entre os bens 
produzidos no Brasil, que sofrem a incidência dessas contribuições, e os 
bens importados, que são tributados às mesmas alíquotas dos bens 
nacionais. 
 
Característica do PIS: 
 
• Princípio da não-cumulatividade (creditável) 
• Contribuição social 
 
Base de cálculo: 
 
Valor FOB (Free on Board) + seguro + Frete - Valor CIF x Alíquota PIS 
27 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Cofins - importação 
 
 
Assim como o PIS/PASEP, o Cofins-Importação é uma contribuição social de 
competência federal para financiamento da seguridade social, incidentes 
sobre a importação de produtos estrangeiros. Essa contribuição dá 
tratamento tributário isonômico entre os bens produzidos no Brasil, que 
sofrem a incidência dessas contribuições, e os bens importados, que são 
tributados às mesmas alíquotas dos bens nacionais. 
 
Características do COFINS: 
 
• Princípio da não-cumulatividade (creditável) 
• Contribuição social 
 
Base de cálculo: 
 
Valor FOB (Free on Board) + seguro + Frete - Valor CIF x Alíquota Cofins 
 
28 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Taxa do Siscomex 
 
 
A TaxaSiscomex é devida no ato de registro da Declaração de Importação 
(DI) ou da DUIMP. 
 
A Taxa de Utilização do Siscomex tem como fato gerador a utilização do 
sistema. A taxa é devida independentemente da ocorrência de tributo a 
recolher, sendo debitada em conta corrente, juntamente com os tributos 
incidentes na importação 
 
Taxa de Utilização do Siscomex foi alterada para: 
 
R$ 115,67 devida por DI ou Duimp; 
R$ 38,56 para cada adição, observados os seguintes limites: 
até a 2ª adição – R$ 38,56 
da 3ª à 5ª – R$ 30,85 
da 6ª à 10ª – R$ 23,14 
da 11ª à 20ª – R$ 15,42 
da 21ª à 50ª – R$ 7,71 
a partir da 51ª – R$ 3,86 
29 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Inconstitucionalidade do aumento da taxa 
do siscomex 
 
 
O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou em repercussão geral que 
a majoração em mais de cinco vezes da taxa de Utilização do Siscomex por 
meio de portaria é inconstitucional. 
 
O valor da taxa por Declaração de Importação subiu de R$ 30,00 para R$ 
185,00 em 2011, gerando um aumento superior a 500%. 
 
A nova legislação informa que a alteração da Taxa Siscomex foi feita com 
base na correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor 
(IPCA) para o período de dezembro de 1998 a fevereiro de 2021. Aplicada a 
correção monetária do período (285,58%). 
 
 
• AFRMM 
 
 
AFRMM é o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, trata-se 
de um tributo que incide sobre o valor do frete internacional, adicionado... 
30 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• AFRMM 
 
 
... eventuais taxas constantes do CE-Mercante. 
 
O valor pago a título de AFRMM é destinado a atender aos encargos da 
intervenção da União no apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e 
da indústria de construção e reparação naval brasileiras. 
 
Ademais, o AFRMM constitui fonte básica do Fundo da Marinha Mercante 
(FMM). 
 
O fato gerador do AFRMM é o início efetivo da operação de descarregamento 
da embarcação em porto brasileiro, a qual pode ser proveniente do exterior, 
em navegação de longo curso ou de portos brasileiros, em navegação de 
cabotagem ou em navegação fluvial e lacustre. 
 
Calculado sobre o valor do transporte aquaviário (soma do frete internacional 
e demais taxas constantes do CE-Mercante), aplicando-se seguintes as 
alíquotas: 
 
• 8% (oito por cento) na navegação de longo curso; 
31 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• AFRMM 
 
 
• 8% (oito por cento) na navegação de cabotagem; 
• 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, quando do 
transporte de granéis líquidos nas regiões Norte e Nordeste; e 
• 8% (oito por cento) na navegação fluvial e lacustre, por ocasião do 
transporte de granéis sólidos e outras cargas nas Regiões Norte e 
Nordeste 
 
 
• Redução do AFRMM 
 
 
Antes 25%, o AFRMM referente ao frete internacional foi reduzido para 8% 
após a derrubada dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional. Dessa 
forma, a alíquota passou para 8% após a promulgação das partes vetadas da 
Lei nº 14.301/22 no Diário Oficial de 25/03/2022. 
32 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Redução do AFRMM – desrespeito à 
anterioridade 
 
 
Em 30 de dezembro de 2022, foram publicados os Decretos n. 11.321 e 
11.322, que promoveram a redução das alíquotas do Adicional de Frete para 
Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) pela metade. 
 
Contudo, logo em seguida em 02/01/2023, sobreveio o Decreto 11.374, que 
revogou os decretos citados acima. Isso restaurou as alíquotas do AFRMM 
de 8% e 40%. 
 
A Constituição Federal prevê que caso sejam instituídos novos tributos ou 
aumentados os já existentes, a cobrança não pode ser realizada no mesmo 
exercício em que publicada a legislação. Além disso, o contribuinte tem o 
direito de não ser cobrado em período anterior a 90 dias da publicação da 
nova norma. 
 
 
33 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• ICMS 
 
 
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um imposto 
estadual cobrado sobre a circulação de mercadorias e bens importados de 
outros lugares. Por ser estadual há algumas mudanças de estado para 
estado, como o valor de alíquotas. 
 
Na prática ele é um imposto cobrado de forma indireta, ou seja, seu valor é 
adicionado ao preço do produto ou serviço prestado. 
 
O valor só é cobrado quando a mercadoria ou o serviço é prestado para o 
consumidor, que passa a ser o titular deste item ou do resultado da atividade 
realizada. 
 
Fato gerador: 
ICMS: 
 
• O ICMS na importação tem seu fato gerador a ser considerado no 
momento do desembaraço aduaneiro da mercadoria. 
 
34 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• ICMS 
 
 
• Podemos dizer que o fato gerador é o ponto central e relevante para 
identificar o momento de surgimento da obrigação tributária, identificar o 
sujeito passivo, os demais elementos da obrigação. 
• O momento que faz nascer o relacionamento jurídico entre o contribuinte 
e o Estado. 
 
Incidência: 
• Incide sobre a entrada de bem, ou mercadoria importada do exterior por 
pessoa física ou jurídica. 
• Ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, ele incide qualquer 
que seja sua finalidade 
 
Base de cálculo: 
Valor FOB (Free on Board) + seguro + Frete - Valor CIF + II, ICMS, AFRMM, IPI, 
Despesas Aduaneiras, PIS/COFINS 
 
A composição da base de cálculo do ICMS deve-se considerar o valor da 
mercadoria que constam do documento de importação, acrescido do valor 
dos impostos de importação. 
35 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• ICMS 
 
 
Deve-se incluir também quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e 
despesas aduaneiras. Uma curiosidade é que o próprio ICMS integra sua 
base de cálculo. 
 
 
• Imposto de exportação 
 
 
O Imposto de Exportação é um encargo federal que recai sobre produtos de 
origem nacional ou estrangeira transformados em mercadorias nacionais e 
destinados a outros países. A mercadoria estrangeira que passou pelo 
processo de nacionalização, isto é, foi importada permanentemente, é 
considerada nacionalizada. 
 
Diferentemente de muitos outros tributos, o Imposto de Exportação não tem 
como objetivo principal a coleta de receitas. Suas principais funções são de 
natureza regulatória, relacionadas ao controle do fluxo de saída de 
mercadorias para o exterior. O Imposto de Exportação não está sujeito ao 
princípio da anterioridade, podendo ser modificado durante o mesmo ano... 
36 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Imposto de exportação 
 
 
... fiscal pelo Poder Executivo. Atualmente, apenas um número reduzido de 
produtos está sujeito à incidência do Imposto de Exportação. 
 
Fato gerador: 
 
Imposto de Exportação: 
• O fato gerador do IE é a saída da mercadoria do território nacional 
• Considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da DU-E no Portal 
Único de Comércio Exterior. 
 
Incidência: 
 
• Cigarros que contenham tabaco (NCM 2402.20.00) 
• Armas e munições, suas partes e acessórios 
• Exportações de Óleo Cru (MP 1.163/2023) 
37 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Imposto de exportação 
 
 
Base de cálculo: 
 
Imposto de Exportação - VMLE (Valor da Mercadoria no Local de Embarque) 
 
A referência para calcular o Imposto de Exportação é o valor usual que o 
produto, ou um equivalente, teria no momento da exportação, em uma 
transação sujeita a livre concorrência no mercado global, de acordo com as 
diretrizes estabelecidas pelo Poder Executivo. 
 
Cálculo: 
 
Valor Total do bem: 1.000 unidades x R$10/u = $10.000 
 
Agora, vamos supor que o Imposto de Exportação seja fixado em 5% sobre o 
Valor de Mercadoria na Exportação (VMLE). 
 
Imposto de Exportação: 5% x $10.000 = $500 
38 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Imposto de exportação 
 
 
Portanto, o Imposto de Exportação a ser pago pela empresa nesse exemplo 
hipotético seria de$500, com base no VMLE das unidades exportadas. 
• Tributos incidentes no comércio exterior – 
reforma tributária 
 
 
Impacto nas operações de comércio exterior: 
IPI, PIS e COFINS serão substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços 
(CBS) 
ICMS, junto ao ISS, serão substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços 
(IBS) 
 
CBS - Contribuição sobre Bens e Serviços: 
 
• PIS (Federal) 
• COFINS (Federal) 
39 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Tributos incidentes no comércio exterior – 
reforma tributária 
 
 
• IPI (Federal) 
• Competência Federal 
 
IBS - Imposto sobre Bens e Serviços 
 
• Competência Estadual e Municipal 
• ICMS (Estadual) 
• ISS (Municipal) 
 
O Imposto Seletivo será uma inovação tributária destinada a tributar 
produtos que têm efeitos prejudiciais para a saúde ou o meio ambiente. O 
imposto incidirá durante a fase de produção, comercialização ou importação 
dos produtos que apresentem riscos à saúde ou ambientais. O Imposto 
Seletivo tem a finalidade de substituir parte das arrecadações obtidas por 
meio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Quanto mais 
ambicioso for o objetivo governamental de desencorajar o consumo de um 
determinado tipo de produto, mais alta será a alíquota que incidirá sobre o 
mesmo. 
40 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Tipos de importação 
 
 
Importação direta: 
• A importação por conta própria é aquela em que o importador é o único 
responsável pela operação de importação, ou seja, não existe 
intermediação na operação. 
 
Importação Indireta: 
• É a operação realizada através de empresa intermediária, previamente 
contratada para a realização desse serviço, porém vinculada a um real 
adquirente. 
 
A escolha entre importar mercadoria estrangeira por conta própria ou por 
meio de um intermediário contratado para esse fim é livre e perfeitamente 
legal, seja esse intermediário um prestador de serviço ou um revendedor. 
41 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• A função da tributação nas importações 
 
 
Função: 
 
Arrecadação de receitas: A tributação na importação é uma fonte importante 
de receitas para o governo. Os impostos e taxas cobrados nas importações 
ajudam a financiar os gastos públicos e a manter os serviços e programas 
governamentais em funcionamento. 
 
Proteção da indústria nacional: A tributação na importação também pode ser 
utilizada como uma medida de proteção para a indústria nacional. Ao aplicar 
impostos sobre produtos importados, o governo pode tornar esses produtos 
mais caros em relação aos produtos fabricados no país, o que pode 
estimular o consumo de produtos nacionais e proteger os produtores locais. 
 
Regulação do comércio exterior: Os impostos e taxas na importação 
também podem ser utilizados como instrumentos de regulação do comércio 
exterior. O governo pode ajustar as alíquotas e as políticas tributárias para 
incentivar ou desencorajar a importação de determinados produtos, visando 
equilibrar a balança comercial, proteger setores estratégicos da economia ou 
promover políticas ambientais, por exemplo. 
42 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• A função da tributação nas importações 
 
 
Estímulo à produção interna: A tributação na importação pode ser usada 
como uma forma de incentivar a produção interna. Ao tornar os produtos 
importados mais caros, o governo pode criar um ambiente mais favorável 
para que as empresas locais sejam competitivas e aumentem sua produção, 
o que pode impulsionar o desenvolvimento econômico e gerar empregos. 
• Valor Aduaneiro (base de cálculo) 
 
 
Valor FOB (Free on Board) + Seguro + Frete = Valor CIF 
 
Valor aduaneiro da mercadoria: a base de cálculo do Imposto de Importação, 
ou seja a base para fins de incidência de direitos aduaneiros ad valorem. 
 
É comumente determinado pelo primeiro método, ou seja, o valor de 
transação, que é o preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias. 
43 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Valor Aduaneiro (base de cálculo) 
 
 
Valor CIF (Cost, Insurance and Freight) é o valor até a entrega da mercadoria 
ao porto de destino designado pelo comprador, inclusos custo, seguro e frete 
internacionais. 
 
Valor aduaneiro da mercadoria não se confunde com o valor faturado nem 
com o valor para fins de licenciamento das importações, embora muitas 
vezes eles possam ter o mesmo valor. 
 
 
• Tributos incidentes na importação 
 
 
Tributos: 
 
Valor CIF: 
• Imposto de importação (II) 
• Imposto sobre produtos industrializados (IPI) 
• PIS/Cofins 
44 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Tributos incidentes na importação 
 
 
• Adicional ao frete para renovação da Marinha Mercante -AFRMM 
• ICMS 
 
Federais: II, IPI, PIS/Cofins, AFRMM 
 
Estadual: ICMS 
 
 
Imposto de 
Importação 
IPI ICMS PIS-COFINS AFRMM 
 
Fato gerador Entrada no 
Brasil 
Desembaraço Desembaraço Entrada no 
Brasil 
Importações 
Marítimas 
Base de Cálculo Valor 
Aduaneiro 
(CIF) 
Valor Aduaneiro 
+ Imposto de 
Importação 
CIF + Imposto de 
Importação + IPI 
+ PIS/COFINS + 
Despesas 
Aduaneiras 
(gross up) 
CIF Frete Marítimo 
 
Alíquota (média) 0-35% 0-300% 18% (maioria dos 
estados 
11.75% 8% 
Jurisdição Federal Federal Estadual Federal Federal 
Recuperabilidade Não Sim Sim Sim Não 
45 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Desoneração nas exportações 
 
 
O tratamento fiscal das exportações brasileiras segue a prática mundial e 
busca a desoneração dos tributos indiretos sobre as exportações. Dessa 
forma, a Constituição Federal de 1988 definiu que não incidem sobre as 
exportações brasileiras o IPI (art. 153, §3º, III), o ICMS (art. 155, §2º, X, “a”) e 
as Contribuições Sociais e de Intervenção no Domínio Econômico, tais como 
o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio 
do Servidor Público - PIS/PASEP e a Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social - COFINS (art. 149, §2º, I). Além de não incidirem sobre o 
faturamento das exportações, o exportador mantém o direito ao crédito 
gerado pela incidência desses tributos sobre a aquisição dos insumos 
empregados nos produtos exportados. Portanto, os valores correspondentes 
a esses tributos não devem compor o preço do produto final exportado. 
 
 
• A função da tributação nas exportações 
 
 
Regulação do Comércio Exterior: O Imposto de Exportação atua como uma 
ferramenta regulatória para controlar e direcionar o fluxo de mercadorias... 
46 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• A função da tributação nas exportações 
 
 
... para o exterior, permitindo ao governo influenciar as exportações de 
determinados produtos e setores 
 
Proteção da Produção Doméstica: Em alguns casos, o Imposto de 
Exportação é usado como uma medida de proteção para a indústria nacional, 
desencorajando a exportação excessiva de certos produtos e incentivando a 
disponibilidade desses produtos no mercado interno 
 
Geração de Receita e Equilíbrio Fiscal: Embora não seja a principal função, o 
Imposto de Exportação contribui para a arrecadação de recursos financeiros 
para o governo. Esses recursos podem ser utilizados para financiar 
programas sociais, infraestrutura e outras necessidades do país, auxiliando 
no equilíbrio das contas públicas 
 
 
• Na esfera federal 
 
 
Exemplos: 
47 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Na esfera federal 
 
 
Drawback: É um regime aduaneiro especial que permite a suspensão ou a 
isenção de tributos incidentes sobre insumos importados utilizados na 
produção de bens que serão posteriormente exportados. Isso possibilita a 
redução dos custos das empresas exportadoras. 
 
Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas 
Exportadoras (Reintegra): Consiste na devolução de uma porcentagem dos 
valores exportados em forma de créditos tributários. O objetivo é compensar 
os custostributários indiretos suportados pelas empresas exportadoras. 
 
Ex-tarifário: Consiste na redução temporária do Imposto de Importação (II) 
sobre bens de capital, informática e telecomunicações que não são 
produzidos nacionalmente. Essa redução visa estimular investimentos em 
setores estratégicos da economia e a modernização do parque indústria. 
48 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Na esfera estadual 
 
 
Exemplos: 
 
Incentivos fiscais: Os estados podem conceder incentivos fiscais, como a 
redução ou isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
(ICMS) incidente sobre operações de exportação ou sobre insumos utilizados 
na produção de bens exportados. Esses incentivos visam atrair 
investimentos e estimular a competitividade das empresas 
 
Regimes especiais de tributação: Alguns estados podem criar regimes 
especiais de tributação para empresas que atuam no comércio exterior. 
Esses regimes podem oferecer condições tributárias mais favoráveis, como 
alíquotas reduzidas ou diferenciadas do ICMS, para incentivar as atividades 
de importação e exportação. 
 
Programas de apoio e incentivo à exportação: Alguns estados desenvolvem 
programas específicos para apoiar e incentivar as exportações, por meio da 
concessão de incentivos fiscais, financeiros e logísticos. Esses programas 
podem incluir ações como capacitação de empresários, apoio na promoção 
comercial, incentivos à participação em feiras e missões comerciais,... 
49 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Na esfera estadual 
 
 
... entre outros. 
 
 
• Imunidade 
 
 
• Benefício previsto na Constituição que impede a tributação de 
determinadas situações. 
• Aplica-se independentemente do que a legislação ordinária estabeleça. 
• Protege áreas consideradas importantes para a sociedade, como 
instituições religiosas, partidos políticos e outros. 
• Direito fundamental estabelecido na Constituição para preservar certos 
interesses sociais, culturais, econômicos ou políticos. 
50 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Não incidência 
 
 
• Situação em que não há previsão legal para a cobrança de impostos. 
• A legislação tributária não contempla a tributação de um caso específico. 
• Pode ser temporária, permanente ou aplicada a grupos específicos 
 
 
• Suspensão 
 
 
• A suspensão de cobrança de tributos é um benefício fiscal oferecido nos 
incentivos fiscais para importação. 
• Esse benefício está previsto no artigo 151 do Código Tributário Nacional. 
• Permite adiar o pagamento do tributo em débito com a fazenda para um 
momento futuro. 
• Embora o fato gerador ocorra, o pagamento do tributo é postergado para 
uma etapa posterior. 
• Em alguns casos, a suspensão de cobrança pode resultar em conversão 
do tributo em isenção ou não incidência. 
51 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Suspensão 
 
 
• O cumprimento de condições específicas estabelecidas por lei, pode ser 
necessário para usufruir desse benefício. 
• Exemplo: Drawback Suspensão ou o Recof 
 
 
• Isenção 
 
 
• A isenção fiscal é uma forma de desoneração que dispensa o importador 
de pagar um determinado tributo. 
• Trata-se de um benefício tributário estabelecido por lei e aplicado a 
serviços ou produtos sujeitos à incidência do tributária. 
• A isenção tem impacto direto no preço do produto, resultando em 
redução, o que é vantajoso para o consumidor final. 
• Exemplo: Drawback Isenção 
52 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Diferimento 
 
 
• O diferimento é um benefício fiscal utilizado nos incentivos fiscais para 
importação. 
• Por meio desse benefício, o pagamento da taxa ou alíquota de tributos 
pode ser adiado, postergado para um momento posterior. 
• O importador, de acordo com os critérios estabelecidos, é autorizado a 
realizar o pagamento posteriormente, referente a uma parte específica da 
operação. 
• O diferimento permite ao importador adiar o pagamento dos tributos 
incidentes na importação, aliviando o impacto financeiro imediato. 
• Essa modalidade de incentivo fiscal pode facilitar o fluxo de caixa das 
empresas importadoras, proporcionando maior flexibilidade financeira. 
• O diferimento está sujeito a condições e requisitos estabelecidos pela 
legislação tributária, e os importadores devem cumprir todas as 
obrigações legais relacionadas a esse benefício. 
53 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Alíquota reduzida 
 
 
• A alíquota reduzida é um tipo de incentivo fiscal concedido pelo estado de 
origem da mercadoria, com o objetivo de diminuir o custo final. 
• Esse incentivo consiste na redução do percentual utilizado para o cálculo 
do tributo a ser pago na importação. 
• Ao aplicar uma alíquota reduzida, o estado de origem busca tornar mais 
atrativa a importação da mercadoria, incentivando o comércio e a 
circulação de bens. 
• A alíquota reduzida pode resultar em uma carga tributária menor para o 
importador, proporcionando uma redução no custo final da operação. 
• Essa medida visa estimular o comércio exterior, favorecendo a 
competitividade das empresas importadoras e impulsionando o 
desenvolvimento econômico. 
 
 
• Base de cálculo reduzida 
 
 
• A redução da base de cálculo do ICMS é uma regra aplicada em situações 
específicas relacionadas à circulação de mercadorias no território... 
54 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Base de cálculo reduzida 
 
 
... nacional 
• Essa regra é aplicada em operações em que o valor utilizado como base 
de cálculo para o ICMS é reduzido de forma percentual. 
• O objetivo dessa medida é incentivar determinadas operações comerciais, 
estimulando a circulação de mercadorias e facilitando a entrada de 
produtos em determinados estados. 
• Por meio da redução da base de cálculo do ICMS, busca-se reduzir o valor 
do tributo a ser pago, tornando mais favorável economicamente a 
importação ou a circulação das mercadorias. 
• Essa regra visa promover o comércio, impulsionar o desenvolvimento 
econômico e favorecer a competitividade das empresas. 
• É importante destacar que a redução da base de cálculo do ICMS está 
sujeita a critérios e condições estabelecidos pelas autoridades fiscais de 
cada estado. 
• Diferentemente da alíquota reduzida, o percentual do valor que será 
considerado tributo não é diminuído, mas, sim, o próprio valor geral 
tomado como base que sofrerá o cálculo levando em conta a mesma 
alíquota. 
55 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Crédito presumido 
 
 
• Crédito presumido de forma simplificada é uma “hipótese” 
(possibilidade de desconto) de crédito que reduz o imposto cobrado em 
cada operação 
• O valor tributado sempre vem acompanhado de um crédito pré-definido, 
ou seja, presumido 
• Um valor estimado de crédito tributário que normalmente não foi 
efetivamente apurado. 
• O crédito presumido de ICMS é uma tributação diferenciada concedida a 
alguns contribuintes para esse imposto. Por meio dele o contribuinte o 
deixa de responder pelo sistema padrão de tributação do ICMS e usará a 
forma beneficiada. 
• É necessário se atentar as obrigações acessórias exigidas pelo Estado 
para poder manter o benefício. 
 
 
• Guerra fiscal 
 
 
Considerando os benefícios fiscais , é relevante fazer algumas... 
56 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Guerra fiscal 
 
 
... observações sobre a disputa tributária conhecida como guerra fiscal entre 
os diferentes estados brasileiros. 
 
A legislação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 
varia de um estado para outro em termos de alíquotas e incentivos 
concedidos. Nessa perspectiva, alguns estados oferecem benefícios aos 
contribuintes que realizam importações em suas jurisdições como forma de 
estimular a economia local. 
 
Essa situação deu origem à chamada "guerra fiscal" entre os estados 
brasileiros, na qual eles se acusaram mutuamente de ultrapassaros limites 
da competitividade tributária. 
 
Em um cenário de guerra fiscal, os estados podem oferecer vantagens 
fiscais, como isenções de impostos, alíquotas reduzidas, créditos tributários 
ou outros benefícios para as empresas que se estabelecerem em seu 
território. Isso pode levar a uma série de consequências, tanto positivas 
quanto negativas: 
57 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Guerra fiscal 
 
 
Positivas: 
• Atração de investimentos: Estados que oferecem incentivos fiscais 
podem atrair empresas e indústrias, o que pode gerar empregos, 
aumentar a atividade econômica e melhorar a infraestrutura. 
• Desenvolvimento regional: A guerra fiscal pode ser usada como uma 
estratégia para promover o desenvolvimento em áreas menos 
desenvolvidas, estimulando o crescimento econômico em regiões 
específicas. 
 
Negativas: 
• Perda de receita: A redução das alíquotas de impostos resulta em menor 
arrecadação de tributos pelos estados, afetando os recursos disponíveis 
para investimentos públicos, como educação, saúde e infraestrutura. 
• Desigualdade entre estados: A competição desenfreada pode agravar as 
disparidades econômicas entre diferentes estados, uma vez que nem 
todos têm recursos iguais para oferecer incentivos fiscais. 
• Instabilidade fiscal: Empresas podem se beneficiar de incentivos em um 
estado por um período e depois mudar para outro estado que ofereça 
benefícios ainda melhores, levando a uma falta de previsibilidade no... 
58 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Guerra fiscal 
 
 
... ambiente de negócios. 
 
A guerra fiscal pode ser problemática em um sentido mais amplo, pois cria 
uma corrida de concessão de benefícios tributários. Para combater esse 
problema, muitos países estabelecem regras e limites para os incentivos 
fiscais concedidos pelos estados, a fim de evitar uma concorrência 
prejudicial e garantir a estabilidade financeira. 
• A Lei Complementar 160/2017 
 
 
Resultados: 
 
Buscou estabelecer regras claras para a convalidação de incentivos fiscais 
concedidos de forma irregular pelos estados 
 
Permitiu a reinstituição de benefícios fiscais que haviam sido... 
59 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• A lei Complementar 160/2017 
 
 
... questionados por outros estados ou pela União, com efeitos retroativos 
 
Estabeleceu critérios para a celebração de convênios entre estados e o 
Distrito Federal para regularização e convalidação de incentivos fiscais 
 
Buscou reduzir a guerra fiscal entre estados, proporcionando maior 
segurança jurídica para as empresas que se beneficiam de incentivos fiscais. 
 
 
• O Convênio ICMS – CONFAZ 190/2017 
 
 
Resultados: 
 
Importante desdobramento da Lei Complementar 160/2017, estabelecendo 
as regras para a convalidação dos incentivos fiscais. 
 
Definiu condições para que os estados pudessem reinstituir e convalidar... 
60 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• O Convênio ICMS – CONFAZ 190/2017 
 
 
... benefícios fiscais considerados irregulares ou inconstitucionais 
 
Estabeleceu prazos e critérios para a regularização desses benefícios, 
incluindo a obrigação de publicação de informações sobre os incentivos 
fiscais concedidos 
 
 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
Minas Gerais: 
 
1. Tratamentos Tributários Setoriais – TTS: Benefícios que visam reduzir 
custos finais de um bem e/ou simplificar as obrigações acessórias e 
declarações fiscais a serem prestadas pelos contribuintes. Englobam 
alíquotas que variam de 1% a 15%, dependendo do setor, diferimento do 
ICMS para importação de matérias-primas e materiais de embalagem, além 
de diferimento do ICMS na aquisição de ativos imobilizados. A alíquota 
efetiva de ICMS pode variar de 1 a 5%, de acordo com o setor incentivado... 
61 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
... e/ou produto abrangido. 
 
• Corredor de Importação de Minas Gerais: promove reduções tributárias 
para quem adquire produtos importados e matéria prima com o objetivo 
de revenda, assim, há o (I) diferimento do ICMS – o desembaraço deve 
ocorrer em MG – e o (II) crédito presumido sobre esse tributo. Se não 
houver similar nacional, a alíquota do crédito varia de 2,5% a 5% e para 
quando há correspondente nacional varia de 3% a 6%. 
• O Estado de Minas Gerais estabelece os produtos que não são abrangidos 
pelo Regime Especial do Corredor de Importação por meio da emissão da 
"Lista Negativa" que acompanha o Termo de Concessão do Corredor de 
Importação. Em geral, essa lista abarca combustíveis, produtos derivados 
do fumo, itens de ferro ou aço, bem como alguns alimentos como café, 
leite e farinha de trigo. 
 
Santa Catarina: 
 
O Estado de Santa Catarina oferece benefícios fiscais na legislação para 
gerar economia tributária e maior competitividade. 
62 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
O Tratamento Tributário Diferenciado (TTD) de importação é um dos 
benefícios mais conhecidos. 
 
O TTD 409, 410 e 411 é um regime especial de importação com benefícios 
previstos no Art. 246, Anexo 02 do RICMS/SC e registrado no Confaz pelo 
Certificado de Registro e Depósito SE/Confaz nº 63/2018. 
 
Os benefícios incluem: 
• Diferimento do ICMS devido por ocasião do desembaraço aduaneiro de 
mercadoria importada para comercialização pelo estabelecimento 
importador 
• Crédito presumido de ICMS por ocasião da saída tributada, de modo que 
resulte em carga tributária final entre 1% e 8% 
• Diferimento parcial do ICMS nas saídas internas 
 
Para usufruir dos benefícios do TTD 409, 410 e 411, o importador precisa 
estar sediado em Santa Catarina, ou seja, possuir matriz ou filial no Estado. 
 
As importações devem ser realizadas por intermédio de portos,... 
63 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
... aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados em Santa 
Catarina. Importação realizada exclusivamente por via terrestre pode entrar 
no País por outro Estado desde que o desembaraço da mercadoria ocorra em 
Santa Catarina. 
 
Espirito Santo: 
• Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias – FUNDAP: visa 
incentivar o uso de sua estrutura por meio de um financiamento exclusivo. 
• O FUNDAP é um incentivo fiscal no qual as empresas podem postergar o 
pagamento do ICMS da importação até a saída dos produtos. 
• A alíquota do ICMS é de 12%, e no mês seguinte ao recolhimento, a 
empresa pode receber um financiamento de 8% sobre a mesma base de 
cálculo. Ela receberá de volta cerca de 70% daquele imposto recolhido. 
• Esse financiamento tem juros de 1% ao ano, com 5 anos de carência e 20 
anos para amortização. 
• Ao liberar o empréstimo, 9% do valor são retidos em CDBs como garantia 
e devem ser aplicados em projetos até o último dia do exercício seguinte. 
• O Leilão Fundap permite a liquidação antecipada dos contratos de 
financiamento, com no mínimo 10% dos saldos devedores existentes. 
64 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
• Com essa sistemática, a empresa paga efetivamente 4% do ICMS, 
desembolsando 12% e recebendo de volta 8% por meio do financiamento. 
• INVEST – IMPORTAÇÃO: incentivo direto à importação, podendo a 
empresa contar com diferimento de 100% do valor do ICMS e o 
recolhimento desse tributo ocorre apenas na saída, tendo ainda um 
desconto de 75%; 
• INVEST – INDÚSTRIA: os contemplados têm diferimento do ICMS sobre a 
importação de máquinas, matérias-primas e insumos, desde que sejam 
integrados à empresa e sua cadeia e não para revenda. 
• No Invest Importação, o Estado oferece um desconto sobre o ICMS das 
saídas de mercadorias. 
• Em vez de pagar 12% de ICMS, a empresa pagará apenas 3%, resultando 
em um ganho de 75% sobre esse imposto. 
 
EspíritoSanto – condições: 
 
No Invest Importação, as condições são as seguintes: 
Realizar um projeto considerado de interesse para o desenvolvimento 
socioeconômico do Estado, com foco em aperfeiçoamento tecnológico,... 
65 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
... geração de empregos diretos e treinamento de pessoal. 
• Preferencialmente, contratar profissionais residentes no Espírito Santo e 
adquirir bens e serviços de empresas localizadas no estado. 
• Apresentar o projeto ao Comitê do Invest-ES, juntamente com um 
cronograma de execução. 
• Implantar um armazém com área mínima de 1.000 m² para instalar 
Centros de Distribuição (CDs) e armazenar, movimentar e manusear as 
mercadorias. 
• O prazo para a implantação do projeto é de 12 meses, contados a partir 
da data da publicação da Resolução Invest que o aprovar. 
 
São Paulo: 
 
São Paulo é considerado o principal polo econômico do país e existem 
diversos modelos de incentivo. Conheça um dos principais incentivos. 
 
Regime Especial Simplificado de Exportação (RESE) 
66 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
• Concedido a empresas em São Paulo. 
• Credenciamento na Secretaria da Fazenda. 
• Habilitação em regime aduaneiro especial da Receita Federal. 
• Objetivo: Adquirir matéria-prima, produto intermediário e material de 
embalagem para produção de mercadorias de exportação. 
 
Condições do RESE 
 
1. Habilitação Aduaneira: 
• Regimes Especiais da Receita Federal, como Recof e Entreposto 
Aduaneiro (na modalidade de regime comum, restrito às operações de 
industrialização) 
 
2. Credenciamento Prévio: 
• Perante a Secretaria da Fazenda de São Paulo. 
 
3. Integração de Materiais: 
• Matéria-prima, produto intermediário e embalagem. 
67 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
• Utilizados na fabricação de mercadorias destinadas à exportação. 
 
O RESE simplifica processos e incentiva as exportações, beneficiando 
empresas que buscam atuar no comércio internacional a partir de São Paulo. 
 
Pernambuco: 
 
Programa de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco – 
PRODEPE: oferece o diferimento do ICMS, a concessão de crédito presumido 
e a redução da carga tributária na importação 
 
1. Diferimento do ICMS incidente na importação; 
2. Quando a saída for interna, crédito presumido na saída subsequente, 
promovida pelo importador nos percentuais de: 
• 3,5% do valor da importação, quando a alíquota for inferior ou igual a 7%; 
• 6% do valor da importação, quando a alíquota for superior a 7% e inferior 
ou igual a 12%; 
• 8% do valor da importação, quando a alíquota for superior a 12% e inferior 
ou igual a 17%/18% 
68 
Benefícios fiscais no comércio exterior 
• Principais incentivos fiscais por estado 
 
 
• 10% do valor da importação, quando a alíquota for superior a 17%/18%; 
 
Quando a saída for interestadual, crédito presumido no valor correspondente 
a 47,5% do imposto apurado. 
 
Programa de Estímulo à Atividade Portuária do Estado de Pernambuco – 
PEAPE: há redução da base de cálculo do ICMS e crédito presumido que 
equivale ao valor do imposto 
69 
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.cefis.cefisapp&hl=pt_BR
https://apps.apple.com/br/app/cefis/id1353968500