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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
 
 
CAMILA PARREIRA DE ALMEIDA 
JOÃO AUGUSTO SANCHES ALVES 
LEANDRO GRANDA BUENO 
MAYCON ROGÉRIO DE ABREU 
APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA PARA 
FINS NÃO POTÁVEIS EM ÁREAS URBANAS 
SÃO PAULO 
2010 
 
 
ii
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof MSc. José Carlos de Melo Bernardino 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2010 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial 
para a obtenção do título de Graduação 
do Curso de Engenharia Civil da 
Universidade Anhembi Morumbi 
 
 
CAMILA PARREIRA DE ALMEIDA 
JOÃO AUGUSTO SANCHES ALVES 
LEANDRO GRANDA BUENO 
MAYCON ROGÉRIO DE ABREU 
APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA 
PARA FINS NÃO POTÁVEIS EM ÁREAS 
URBANAS 
 
 
iii
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho____________ em: ____ de_______________de 2010. 
 
______________________________________________ 
Orientador: Prof Msc. José Carlos de Melo Bernardino 
 
______________________________________________ 
Nome do professor da banca 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial 
para a obtenção do título de Graduação 
do Curso de Engenharia Civil da 
Universidade Anhembi Morumbi 
 
SÃO PAULO 
2010 
APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA 
PARA FINS NÃO POTÁVEIS EM ÁREAS 
URBANAS 
CAMILA PARREIRA DE ALMEIDA 
JOÃO AUGUSTO SANCHES ALVES 
LEANDRO GRANDA BUENO 
MAYCON ROGÉRIO DE ABREU 
Comentários:_________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
iv
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, aos nossos pais e aos nossos companheiros de todas as horas. 
 
 
 
 
 
v
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Em primeiro lugar a Deus, pela vida, saúde e por todas as coisas e pessoas que 
temos ao nosso redor. 
 
A nossa família pelo apoio, incentivo, carinho e amor. 
 
Ao professor coordenador Wilson Shoji Iyomasa, que muito nos orientou no sentido 
de como elaborar um trabalho acadêmico. 
 
Ao professor José Carlos de Melo Bernardino, pela constante orientação, atenção, 
compreensão neste período de estudo. 
 
Aos professores da banca examinadora Maurício Cabral e Flávio Reis, por aceitarem 
o convite. 
 
Aos professores e colegas do curso de graduação em Engenharia Civil e a todos 
aqueles que direta ou indiretamente colaboraram com o desenvolvimento deste 
trabalho e também com a nossa formação. 
 
A todos aqueles que forneceram informações necessárias para elaboração deste 
trabalho, em especial aos proprietários das residências, onde realizamos o nosso 
estudo de caso. 
 
Enfim, agradecemos a todos que de alguma forma contribuíram para o nosso 
aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vi
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Triste época em que vivemos, onde é mais fácil 
 desintegrar um átomo, do que quebrar um 
 preconceito” 
 (Albert Einstein) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii
RESUMO 
 
 
O presente trabalho teve por objetivo analisar o consumo de água em uma 
residência, a fim de verificar a possibilidade de aproveitar e armazenar água de 
chuva para suprir as necessidades não potáveis. Para diagnóstico mais sucinto foi 
necessário caracterizar as demandas de água de consumo na residência e 
quantificar os usos de água. Com dados estatísticos apresentados na revisão 
bibliográfica, estimou-se a porcentagem média de consumo de água potável para 
fins não muito nobres na residência. Verificou-se o dimensionamento do reservatório 
enterrado e determinou-se a análise econômica para o projeto implantado. 
 
 A implantação do sistema supracitado é uma contribuição à sociedade, 
conseqüentemente, esclarece o papel fundamental da água para a sobrevivência do 
seres vivos, sabido que a redução de água potável no mundo gera preocupações 
em relação ao futuro, e iniciativas que tenham como meta reduzir o consumo per 
capita, sem haver mudanças radicais nos hábitos dos usuários, são louváveis. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Aproveitamento de Água de Chuva; Dimensionamento do 
Reservatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
viii
ABSTRACT 
 
 
This study aimed to analyze the water consumption in a residence, to check the 
power to make and store rainwater to supply non- potable needs. For more succinct 
diagnosis was necessary to characterize the demands of drinking water in homes 
and quantify the uses water through a case study. With the statistical data reported in 
the literature review, estimated the average percentage of potable water consumption 
for non-noble in residence. It was found buried tank sizing and determination of the 
economic analysis for the project implemented. 
 
The deployment of the above is a contribution to society, therefore, explains the vital 
role of water for survival of living beings, known as the reduction of water worldwide 
raises concerns about the future, and initiatives which aim to reduce the per capita 
consumption, which no radical changes in user’s habits are commendable. 
 
KEYWORDS: Utilization of Rainwater; Sizing of Reservoir. 
 
 
 
ix
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 5.1: Filtro de Entrada no Reservatório 
Figura 5.2: Sistema de Captação de Água de Chuva com Reservatório Enterrado em 
uma Residência ..................................................................................................... 
Figura 5.3: Funcionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva 
Figura 5.4: Dispositivo de Descarte de Água das Primeiras Chuvas, Instalados no 
Coletor de Água Pluvial 
Figura 5.5: Dispositivo de Descarte de Água das Primeiras Chuvas, Instalados por 
meio de Bombonas Plásticas 
Figura 5.6: Dispositivo de Descarte de Água das Primeiras Chuvas, Instalados em 
Caixa Coletora próxima à Cisterna 
Figura 5.7: Cisterna e Abrigo para Moto-Bomba e Dispositivo de Descarte de Sólidos 
Figura 5.8: Diagrama de Massas de Rippl 
Figura 5.9: Gráfico Representando o Volume do Reservatório pelo Método de Rippl 
Figura 6.1: Residências do Estudo de Caso 
Figura 6.2: Sistema de Captação de Água de Chuva da Residência (vista 1) 
Figura 6.3: Sistema de Captação de Água de Chuva da Residência (vista 2) 
Figura 6.4: Chegada de Água Coletada no Telhado no Reservatório 
Figura 6.5: Reservatório Enterrado (Cisterna) de uma das Residências 
Figura 6.6: Vista interna do Reservatório Enterrado (cisterna) de uma das 
 Residências 
Figura 6.7: Bomba Submersa tipo Analger 
Figura 6.8: Reservatório Elevado, localizado no Sótão da Residência 
Figura 6.9: Tipo de Produto Químico (Cloro) aplicado à Água 
Figura 6.10: Vaso Sanitário da Residência com Utilização de Água de Chuva 
Figura 6.11: Torneiras Diferenciadas para Água de Chuva (esquerda) e Água 
 Potável (direita) 
Figura 6.12: Torneiras Diferenciadas para Água de Chuva (esquerda) com 
 Travamento Especial e Água Potável (direita) 
 
 
 
 
x
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS 
 
Tabela 5.1 – Disponibilidade Hídrica no Mundo ............................................................ 
Tabela 5.2 – Disponibilidade Hídrica no Brasil .............................................................. 
Tabela 5.3 – Disponibilidade Hídrica no Estado de São Paulo ..................................... 
Tabela 5.4 – Medidas Convencionais de Conservação da Água...........................
 
Tabela 5.5 – Uso de Água Tratada para Consumo Doméstico na Dinamarca .............. 
Tabela 5.6 – Uso de Água Tratada para Consumo Doméstico nos Estados Unidos .... 
Tabela 5.7 – Uso Final de Água Tratada no Reino Unido ............................................. 
Tabela 5.8 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico nade chuva, como 
alternativa ao abastecimento de água para fins não potáveis. 
 
A área estudada trata-se de uma residência, com sistema de captação e 
armazenamento de água de chuva, sendo que o intuito principal é de minimizar a 
utilização de água potável para fins em que não seja exigida a qualidade fornecida 
pela mesma. 
 
O sistema de aproveitamento de água de chuva trata-se de uma medida não 
convencional de conservação de água, que vem sendo utilizado em países 
desenvolvidos, onde este tipo de sistema tem apresentado bons resultados. 
 
 
6.2 Localização 
 
 
O estudo de caso apresentado consiste na implantação de um sistema de 
aproveitamento de água de chuva, localizado na Rua Maria José de Moraes, 100, 
Parque dos Príncipes, São Paulo – Capital Figura 6.1. 
 
 
 
 
43
 
 
Figura 6.1 – Residência do Estudo de Caso 
 
Dados básicos da residência: 
 
- Área total do lote é 300 m2; 
- Área l construída 150 m2; 
- Área permeável (aproximadamente 1%). 
 
Esta residência tem caráter familiar, sendo ocupada por um total de 02 pessoas 
adultas e 01 criança. 
 
Para fins de utilização da água de chuva, o reservatório foi idealizado para 
armazenar o volume de chuva proveniente do telhado, com as seguintes 
características: 
 
- Área total do telhado para cada residência 75m2; 
- Declividade do telhado 30 %. 
 
 
 
 
44
6.3 Descrição do Sistema Implantado 
 
 
A captação de água de chuva é feita por meio do telhado, sendo captadas por 
calhas horizontais e conduzidas por quatro calhas verticais até uma tubulação 
horizontal no piso, finalizando seu trajeto no reservatório enterrado (cisterna), com a 
capacidade de 2000 litros. 
 
 
 
 
 
Figura 6.2 – Sistema de Captação de Água de Chuva (vista 1). 
 
 
 
 
Figura 6.3 – Sistema de Captação de Água de Chuva (Vista 2) 
 
 
 
45
 
 
Figura 6.4 – Chegada da Água Coletada dos Telhados no Reservatório. 
 
 
A chegada da água coletada no telhado (tubulações com as curvas de 90º nas 
extremidades), tem um diâmetro maior DN 2 1/2" , a que está logo abaixo 
tubulação de descarte da DN2” da primeira chuva e a tubulação de entrada 
para a cisterna a tubulação DN 1 1/4", dotada de crivo na extremidade 
(mostrada na figura 6.4). 
 
 
 
 
Figura 6.5 – Reservatório Enterrado (cisterna). 
 
 
A caixa maior dá acesso ao reservatório enterrado e a menor dá acesso às 
tubulações de chegada (Figura 6.4). 
 
 
 
 
46
A única área permeável existente na residência pode ser vista na Figura 6.5. 
 
O sistema é automatizado por de bóias de níveis, que recalcam por meio de bombas 
submersas tipo Analger até a caixa mista, localizado no sótão da residência. 
 
 
 
 
Figura 6.6 – Vista interna do Reservatório Enterrado (cisterna), de uma das Residências. 
 
 
 
Figura 6.7 – Bomba Submersa tipo Analger 
 
Nas Figuras 6.6 e 6.7, pode-se ver a parte interna do reservatório de água de chuva 
e a bomba submersa tipo Analger, com seu sistema de fixação. 
 
Nota-se também uma corrosão na parte inferior da bomba, que ocorre devido a 
sedimentação do excesso de produto químico (cloro) aplicado à água. 
 
 
 
47
 
 
 
Figura 6.8 – Reservatório Elevado, localizado no Sótão da Residência. 
 
Esta caixa mista tem três níveis de controle, sendo que o nível médio e máximo é 
mantido pelas águas de chuva e o nível mínimo somente acionado em períodos de 
estiagem, que a reabastece com água da rede pública. 
 
Esta água recebe um tratamento básico, por meio do simples adicionamento 
esporádico de cloro em pó, similar ao tratamento de uma piscina. 
 
 
 
Figura 6.9 – Tipo de Produto Químico (cloro) aplicado à Água. 
 
A aplicação do cloro sem muita técnica, de maneira indiscriminada, acaba gerando 
uma camada no fundo do reservatório, podendo vir a comprometer a parte inferior da 
bomba, ocasionando corrosão e danificando a mesma precocemente, conforme 
pode ser visto na Figura 6.7. 
 
 
48
6.4 Avaliação do Consumo de Água da Residência 
 
Obtiveram-se dados de consumo relativos a um ano de uma das residências, 
o que pode ser extrapolado para a outra, considerando que as duas têm o 
mesmo número de moradores. 
 
Tabela 6.1 – Consumo Mensal de Água da Rede Pública da Residência Estudada 
 
Mês Consumo m3 
Abril / 2009 8 
Maio / 2009 10 
Junho / 2009 8 
Julho / 2009 8 
Agosto / 2009 11 
Setembro / 2009 10 
Outubro / 2009 10 
Novembro / 2009 11 
Dezembro / 2009 10 
Janeiro / 2010 7 
Fevereiro / 2010 8 
Março / 2010 10 
Abril / 2010 8 
 
 
Fonte: (SABESP, 2009) 
 
Verifica-se na Tabela 6.1, que o consumo médio mensal apresenta valores em torno 
de 10 m3 /mês. 
 
 
6.5 Usos Finais da Água de Chuva na Residência 
 
O objetivo na implantação deste projeto foi o aproveitamento de água de chuva para 
fins não muitos nobres, mais precisamente para lavagem de pisos, rega de jardins e 
descarga de vasos sanitários. 
 
O que se notou foi a qualidade da água de chuva de aspecto estético boa, ou seja, 
aparentemente igual ao da água fornecida pela rede pública, não deixando resíduos 
e amarelamento interno ao aparelho sanitário. 
 
 
49
 
 
 
 
 
Figura 6.10 – Vaso Sanitário da Residência com Utilização de Água de Chuva 
 
 
O uso para os outros fins mencionados, se faz por meio de torneiras, que são 
diferenciadas das demais da rede pública, com dispositivo de travamento de 
segurança ( cadeado), evitando-se o uso da água para dessedentação, por pessoas 
inadvertidas e crianças como se pode ver na figura abaixo Figura 6.11. 
 
 
 
 
 
Figura 6.11 – Torneiras Diferenciadas para Água de Chuva (esquerda) e Água Potável 
(direita). 
 
 
 
 
50
 
 
Figura 6.12 – Torneiras Diferenciadas para Água de Chuva (esquerda) com Sistema de 
Travamento Especial e Água Potável (direita). 
 
 
6.6 Custo de Implantação 
 
O custo aproximado de implantação do sistema de aproveitamento de água de 
chuva da residência, para o volume de 3,6m³/mês, apresentou os seguintes valores: 
 
 
Tabela 6.2 – Custo Total do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva da Residência 
 
Descrição Custos (R$) 
Projeto 1.000,00 
Material 3.500,00 
Mão de Obra 800,00 
Total 5.300,00 
 
Fonte: (Proprietários da Residência 2010) 
 
 
O custo total de implantação do Sistema de água de Chuva representou 2,5% do 
valor total da construção da residência. 
 
 
 
 
 
 
 
51
7 ANÁLISE DE RESULTADOS 
 
 
7.1 Verificação do Dimensionamento do Reservatório (Cisterna) 
 
Verificação pelo Método Rippl 
 
Por meio do banco de dados de chuvas do Estado de São Paulo, obteve-se “Dados 
Históricos de Chuva” no posto pluviométrico próximo ao local estudado de prefixo 
E3-145 Cidade Universitária (Anexo A), mês a mês no período de Janeiro de 1955 
a Dezembro de 2004, como pode ser visto na Tabela 7.1, coluna 2. 
 
Na coluna 5 indica-se o volume mensal de chuva, sendo este valor fornecido pela 
multiplicação da coluna 2 pela coluna 4 e pelo coeficiente de Runoff (valor adotado 
de 1,00), dividindo-se esse resultado por 1000, para transformar o volume em 
metros cúbicos. 
 
A seguir apresentam-se dois cálculos para o reservatório em estudo, sendo a 
primeira Tabela 7.1, onde se adotou para a coluna 2 os valores totais de chuva 
mensal. 
 
Para o caso em estudo, com base nas diversas tabelas de consumo de águas em 
residências para fins não muitos nobres, apresentadas na revisão bibliográfica no 
Item 5.4, em diversos países inclusive no Brasil, verificou-se que a porcentagem 
média para este fim está situada na faixa de 36,1%, portanto estimou-se uma 
provável demanda constante de utilização de água de chuva para a residência de 
3,61 m3/mês (coluna 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
52
Tabela 7.1 – Dimensionamento do Reservatório pelo Método de Rippl para Demanda Constante 
(Valores Totais de Chuva Mensal) 
 
 
Meses 
Chuva 
Total 
Mensal 
Demanda 
Constante  
Mensal 
Área da 
Captação
Volume de 
Chuva  
Mensal 
Dif. entre 
osvol. da 
demanda 
‐ Vol.de 
Chuva 
Col.3‐
Col.5  
Dif. 
Acum. 
da 
Coluna 6 
dos 
valores 
positivos 
Obs: 
   (mm)  (m³)  (m²)  (m³)  (m³)  (m³)    
Coluna  
1 
Coluna 
2 
Coluna 
3  
Coluna 
4 
Coluna 
5  
Coluna 
6  
Coluna 
7  
Coluna 
8  
Janeiro  221  3,6  75  16,3  ‐13,0    E 
Fevereiro  203  3,6  75  15,2  ‐11,6  ‐  E 
Março  145  3,6  75  10,9  ‐7,3  ‐  E 
Abril  62  3,6  75  4,6  ‐1,0  ‐  E 
Maio  66  3,6  75  4,9  ‐1,3  ‐  E 
Junho  42  3,6  75  3,1  0,5  0,5  D 
Julho  41  3,6  75  3,0  0,6  1,1  D 
Agosto  31  3,6  75  2,3  1,3  2,4  D 
Setembro  59  3,6  75  4,4  ‐0,8  3,2  S 
Outubro  125  3,6  75  9,4  ‐5,8  9,0  E 
Novembro  127  3,6  75  9,5  ‐5,9  14,9  E 
Dezembro  175  3,6  75  13,1  ‐9,5  24,4  E 
Total  1.297  43,2m³/ano    
155,7>43,2 
m³/ano          
 
E: água escoando pelo extravasor; D: nível de água baixando; S: nível de água subindo. 
 
Para esta condição de chuvas médias mensais adotadas, como pode se ver na 
coluna 7, o volume do reservatório encontrado pelo Método de Rippl foi de 2,4m3. 
 
Na Tabela 7.2 abaixo, se adotou para a coluna 2 os valores mais desfavoráveis para 
chuva mensal, registrados nos dados históricos do posto pluviométrico adotado para 
este estudo. 
 
 
 
 
 
 
53
Tabela 7.2 – Dimensionamento do Reservatório pelo Método de Rippl para Demanda 
Constante, (Valores mais Desfavoráveis para Chuva Total Mensal) 
 
Meses 
Chuva Total 
Mensal 
(valores mais 
desfavoráveis) 
Demanda 
Constante  
Mensal 
Área da 
Captação
Volume de 
Chuva Mensal
Dif. entre 
os vol. da 
demanda 
‐ Vol.de 
Chuva 
Col.3‐
Col.5  
Dif. 
Acum. 
da 
Coluna 6 
dos 
valores 
positivos
Obs: 
   (mm)  (m³)  (m²)  (m³)  (m³)  (m³)    
Coluna  
1 
Coluna 
2 
Coluna 
3  
Coluna 
4 
Coluna 
5  
Coluna 
6  
Coluna 
7  
Coluna 
8  
Janeiro  54  3,6  75  4,0  ‐0,4  ‐  E 
Fevereiro  73  3,6  75  5,5  ‐1,9  ‐  E 
Março  42  3,6  75  3,1  0,5  0,5  d 
Abril  7  3,6  75  0,5  3,1  3,6  D 
Maio  6  3,6  75  0,4  3,2  6,8  D 
Junho  1  3,6  75  0,1  3,5  10,3  D 
Julho  1  3,6  75  0,1  3,5  13,8  D 
Agosto  1  3,6  75  0,1  3,5  17,3  D 
Setembro  7  3,6  75  0,5  3,0  20,3  D 
Outubro  55  3,6  75  4,1  ‐0,5  ‐  S 
Novembro  28  3,6  75  2,1  1,5  21,8  D 
Dezembro  59  3,6  75  4,4  ‐0,8  ‐  S 
Total  334  43,2m³/ano   
41,4que realizamos neste trabalho, verificou-se uma condição de 
inviabilidade econômica para o projeto implantado, considerando o valor do 
investimento, pois o retorno deste seria bastante longo. 
 
A Tabela 7.3 mostra o estudo comparativo dos volumes encontrados em diversos 
métodos com maior ou menor critério de exigência. O que se pode notar é que nos 
métodos Azevedo Neto, Prático Alemão e Rippl (Chuva Média Mensal), o volume do 
reservatório da residência estudada está próximo, porem poderá ter falhas no 
abastecimento em períodos de grandes estiagens. 
 
Como considerações finais, observamos que o estudo realizado neste trabalho 
possibilitou-se identificar como principais potencialidades para a implantação de 
água de chuva para fins não potáveis, alguns fatores de vitais importâncias: 
 
A qualidade aceitável da água da chuva; 
 
• Necessidade de armazenamento de água de chuva durante os meses onde 
se registra o maior consumo e a menor precipitação; 
 
• Alto consumo de água potável para fins não muito nobres; 
 
• Custos elevados da água potável; 
 
• Falhas no abastecimento por parte do fornecimento da rede pública; 
 
• Aceitabilidade em relação ao uso de água de chuva para fins não potáveis. 
 
 
 
 
 
 
59
A constatação do grupo foi que a preocupação principal dos proprietários da 
residência estudada, não foi obter um retorno financeiro, mas sim deixar um legado 
de pioneirismo no que tange a preocupação com a preservação do meio ambiente, 
na expectativa de um exemplo a ser seguido. 
 
Por fim, destaca-se a necessidade e o envolvimento da sociedade em desenvolver 
tecnologias de racionalização da água potável, visando à preservação do meio 
ambiente dentro dos parâmetros sustentáveis do planeta. 
 
 
60
 
9 RECOMENDAÇÕES 
 
 
Quando se inicia um trabalho que tem como objetivo a conservação da água, deve-
se inicialmente analisar as possibilidades de otimização do seu uso. 
 
Algumas preocupações são muito importantes quanto ao custo de implantação, 
operação e manutenção, porem antes de ocorrer a utilização, é necessária a 
verificação da qualidade e o tratamento desta água, para garantir que não ocorram 
riscos á saúde dos usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
MIERZWA, José Carlos; HESPANHOL, Ivanildo. Água na Indústria: Uso Racional 
e Reuso. São Paulo: Oficina de Textos, 2005. 144 p. 
 
TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de Água de Chuva. 2ª. ed. São Paulo: Navegar 
Editora, 2005. 180 p. 
 
AZEVEDO NETTO, José Carlos, AVAREZ, Guilhermo Acosta. Manual de 
Hidráulica. 7ª Ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1985. 215p, 
 
http://www.rhama.net/dowload/artigos/artigo35.pdf - 14/07/2010às 14:00h; 
 
http/www. Ecoagua-pt/files/normabrasileira2proecto.pdf – 19/01/2010 às 13:30 h; 
 
htpp://www.sigrhsp.gov.br/CGI-bin/bdhm.exe/plu – 23/-8/1010 às 10:00h; 
 
htpp://www.abnt.org.br 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
ANEXO A 
 
 
- PLANILHAS DE DADOS HISTÓRICO DE CHUVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
ANEXO B 
 
 
- PLANILHAS DE DADOS HISTÓRICO DE CHUVA 
 
CHUVA Volume de Captação (75m²) Volume a regularizar
diaria (m³) (0,12m³) ∑V res MMDA
0 0,0000 ‐0,12 ‐0,12 ‐0,12
1,3 0,0975 ‐0,02 ‐0,14 ‐0,14
2,8 0,2100 0,09 ‐0,05 ‐0,05
0 0,0000 ‐0,12 ‐0,17 ‐0,17
1,7 0,1275 0,01 ‐0,17 ‐0,17
0,3 0,0225 ‐0,10 ‐0,26 ‐0,26
0 0,0000 ‐0,12 ‐0,38 ‐0,38
0 0,0000 ‐0,12 ‐0,50 ‐0,50
5,2 0,3900 0,27 ‐0,23 ‐0,23
0 0,0000 ‐0,12 ‐0,35 ‐0,35
26,3 1,9725 1,85 1,50 0,00
14,7 1,1025 0,98 2,48 0,00
0 0,0000 ‐0,12 2,36 ‐0,12
0,7 0,0525 ‐0,07 2,30 ‐0,19
5,2 0,3900 0,27 2,57 0,00
21,1 1,5825 1,46 4,03 0,00
0 0,0000 ‐0,12 3,91 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 3,79 ‐0,24
0 0,0000 ‐0,12 3,67 ‐0,36
0 0,0000 ‐0,12 3,55 ‐0,48
0 0,0000 ‐0,12 3,43 ‐0,60
40 3,0000 2,88 6,31 0,00
5,6 0,4200 0,30 6,61 0,00
19,1 1,4325 1,31 7,92 0,00
0 0,0000 ‐0,12 7,80 ‐0,12
16,6 1,2450 1,13 8,93 0,00
16,3 1,2225 1,10 10,03 0,00
0 0,0000 ‐0,12 9,91 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 9,79 ‐0,24
0 0,0000 ‐0,12 9,67 ‐0,36
0 0,0000 ‐0,12 9,55 ‐0,48
0 0,0000 ‐0,12 9,43 ‐0,60
0 0,0000 ‐0,12 9,31 ‐0,72
75,2 5,6400 5,52 14,83 0,00
2,5 0,1875 0,07 14,90 0,00
0 0,0000 ‐0,12 14,78 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 14,66 ‐0,24
4 0,3000 0,18 14,84 ‐0,06
0 0,0000 ‐0,12 14,72 ‐0,18
15,3 1,1475 1,03 15,74 0,00
1,5 0,1125 ‐0,01 15,74 ‐0,01
4,3 0,3225 0,20 15,94 0,00
32,5 2,4375 2,32 18,26 0,00
2,6 0,1950 0,08 18,33 0,00
2,5 0,1875 0,07 18,40 0,00
0,5 0,0375 ‐0,08 18,32 ‐0,08
1,2 0,0900 ‐0,03 18,29 ‐0,11
4 0,3000 0,18 18,47 0,00
0,5 0,0375 ‐0,08 18,38 ‐0,08
9,4 0,7050 0,59 18,97 0,00
0 0,0000 ‐0,12 18,85 ‐0,12
12,4 0,9300 0,81 19,66 0,00
31,6 2,3700 2,25 21,91 0,00
14,2 1,0650 0,95 22,85 0,00
0,4 0,0300 ‐0,09 22,76 ‐0,09
5,1 0,3825 0,26 23,03 0,00
0 0,0000 ‐0,12 22,91 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 22,79 ‐0,24
21,7 1,6275 1,51 24,29 0,00
0 0,0000 ‐0,12 24,17 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 24,05 ‐0,24
0 0,0000 ‐0,12 23,93 ‐0,36
M
ês
JA
N
EI
RO
FE
VE
RE
IR
O
0 0,0000 ‐0,12 23,81 ‐0,48
17 1,2750 1,16 24,97 0,00
2,9 0,2175 0,10 25,07 0,00
0 0,0000 ‐0,12 24,95 ‐0,12
19,7 1,4775 1,36 26,30 0,00
6,1 0,4575 0,34 26,64 0,00
6,3 0,4725 0,35 26,99 0,00
20,7 1,5525 1,43 28,43 0,00
0 0,0000 ‐0,12 28,31 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 28,19 ‐0,24
28,5 2,1375 2,02 30,20 0,00
0 0,0000 ‐0,12 30,08 ‐0,12
0,5 0,0375 ‐0,08 30,00 ‐0,20
0 0,0000 ‐0,12 29,88 ‐0,32
0 0,0000 ‐0,12 29,76 ‐0,44
3,5 0,2625 0,14 29,90 ‐0,30
1,5 0,1125 ‐0,01 29,90 ‐0,31
1,8 0,1350 0,02 29,91 ‐0,29
10,7 0,8025 0,68 30,59 0,00
1 0,0750 ‐0,05 30,55 ‐0,05
0 0,0000 ‐0,12 30,43 ‐0,17
0 0,0000 ‐0,12 30,31 ‐0,29
0 0,0000 ‐0,12 30,19 ‐0,41
30,6 2,2950 2,18 32,36 0,00
0 0,0000 ‐0,12 32,24 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 32,12 ‐0,24
21,7 1,6275 1,51 33,63 0,00
0 0,0000 ‐0,12 33,51 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 33,39 ‐0,24
26,6 1,9950 1,88 35,27 0,00
0 0,0000 ‐0,12 35,15 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 35,03 ‐0,24
0 0,0000 ‐0,12 34,91 ‐0,36
0 0,0000 ‐0,12 34,79 ‐0,48
0 0,0000 ‐0,12 34,67 ‐0,60
0 0,0000 ‐0,12 34,55 ‐0,72
0 0,0000 ‐0,12 34,43 ‐0,84
13,9 1,0425 0,92 35,35 0,00
0,3 0,0225 ‐0,10 35,25 ‐0,10
0,4 0,0300 ‐0,09 35,16 ‐0,19
0 0,0000 ‐0,12 35,04 ‐0,31
0 0,0000 ‐0,12 34,92 ‐0,43
0 0,0000 ‐0,12 34,80 ‐0,55
0 0,0000 ‐0,12 34,68 ‐0,67
0 0,0000 ‐0,12 34,56 ‐0,79
20,9 1,5675 1,45 36,01 0,00
20,3 1,5225 1,40 37,41 0,00
0,7 0,0525 ‐0,07 37,34 ‐0,07
0 0,0000 ‐0,12 37,22 ‐0,19
0 0,0000 ‐0,12 37,10 ‐0,31
0 0,0000 ‐0,12 36,98 ‐0,43
0 0,0000 ‐0,12 36,86 ‐0,55
3,1 0,2325 0,11 36,98 ‐0,44
0 0,0000 ‐0,12 36,86 ‐0,56
1,2 0,0900 ‐0,03 36,83 ‐0,59
0 0,0000 ‐0,12 36,71 ‐0,71
0 0,0000 ‐0,12 36,59 ‐0,83
3,3 0,2475 0,13 36,71 ‐0,70
2,3 0,1725 0,05 36,77 ‐0,65
2,3 0,1725 0,05 36,82 ‐0,59
0 0,0000 ‐0,12 36,70 ‐0,71
0 0,0000 ‐0,12 36,58 ‐0,83
M
AR
ÇO
AB
RI
L
0 0,0000 ‐0,12 36,46 ‐0,95
0 0,0000 ‐0,12 36,34 ‐1,07
0 0,0000 ‐0,12 36,22 ‐1,19
0 0,0000 ‐0,12 36,10 ‐1,31
0 0,0000 ‐0,12 35,98 ‐1,43
0 0,0000 ‐0,12 35,86 ‐1,55
0 0,0000 ‐0,12 35,74 ‐1,67
1,8 0,1350 0,02 35,75 ‐1,66
5,2 0,3900 0,27 36,02 ‐1,39
17,6 1,3200 1,20 37,22 ‐0,19
6,8 0,5100 0,39 37,61 0,00
0 0,0000 ‐0,12 37,49 ‐0,12
15,4 1,1550 1,04 38,53 0,00
0 0,0000 ‐0,12 38,41 ‐0,12
2,3 0,1725 0,05 38,46 ‐0,07
0 0,0000 ‐0,12 38,34 ‐0,19
0 0,0000 ‐0,12 38,22 ‐0,31
0,1 0,0075 ‐0,11 38,11 ‐0,42
26,3 1,9725 1,85 39,96 0,00
0 0,0000 ‐0,12 39,84 ‐0,12
4 0,3000 0,18 40,02 0,00
0 0,0000 ‐0,12 39,90 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 39,78 ‐0,24
0 0,0000 ‐0,12 39,66 ‐0,36
0 0,0000 ‐0,12 39,54 ‐0,48
2,7 0,2025 0,08 39,62 ‐0,40
3,1 0,2325 0,11 39,74 ‐0,29
0 0,0000 ‐0,12 39,62 ‐0,41
0 0,0000 ‐0,12 39,50 ‐0,53
0 0,0000 ‐0,12 39,38 ‐0,65
7,5 0,5625 0,44 39,82 ‐0,20
0 0,0000 ‐0,12 39,70 ‐0,32
0 0,0000 ‐0,12 39,58 ‐0,44
0 0,0000 ‐0,12 39,46 ‐0,56
0 0,0000 ‐0,12 39,34 ‐0,68
0 0,0000 ‐0,12 39,22 ‐0,80
0 0,0000 ‐0,12 39,10 ‐0,92
0 0,0000 ‐0,12 38,98 ‐1,04
0,8 0,0600 ‐0,06 38,92 ‐1,10
0 0,0000 ‐0,12 38,80 ‐1,22
0 0,0000 ‐0,12 38,68 ‐1,34
0 0,0000 ‐0,12 38,56‐1,46
0 0,0000 ‐0,12 38,44 ‐1,58
0 0,0000 ‐0,12 38,32 ‐1,70
0,2 0,0150 ‐0,11 38,21 ‐1,81
0 0,0000 ‐0,12 38,09 ‐1,93
0 0,0000 ‐0,12 37,97 ‐2,05
0 0,0000 ‐0,12 37,85 ‐2,17
0 0,0000 ‐0,12 37,73 ‐2,29
0 0,0000 ‐0,12 37,61 ‐2,41
0,2 0,0150 ‐0,11 37,51 ‐2,51
0 0,0000 ‐0,12 37,39 ‐2,63
0 0,0000 ‐0,12 37,27 ‐2,75
0 0,0000 ‐0,12 37,15 ‐2,87
0 0,0000 ‐0,12 37,03 ‐2,99
0 0,0000 ‐0,12 36,91 ‐3,11
0 0,0000 ‐0,12 36,79 ‐3,23
0,6 0,0450 ‐0,08 36,71 ‐3,31
0,2 0,0150 ‐0,11 36,61 ‐3,41
0 0,0000 ‐0,12 36,49 ‐3,53
0 0,0000 ‐0,12 36,37 ‐3,65
0 0,0000 ‐0,12 36,25 ‐3,77
M
AI
O
JU
N
H
O
0 0,0000 ‐0,12 36,13 ‐3,89
0,7 0,0525 ‐0,07 36,06 ‐3,96
2,7 0,2025 0,08 36,14 ‐3,88
0 0,0000 ‐0,12 36,02 ‐4,00
0 0,0000 ‐0,12 35,90 ‐4,12
3,1 0,2325 0,11 36,02 ‐4,01
4,4 0,3300 0,21 36,23 ‐3,80
0 0,0000 ‐0,12 36,11 ‐3,92
0,1 0,0075 ‐0,11 35,99 ‐4,03
0 0,0000 ‐0,12 35,87 ‐4,15
0 0,0000 ‐0,12 35,75 ‐4,27
0 0,0000 ‐0,12 35,63 ‐4,39
0 0,0000 ‐0,12 35,51 ‐4,51
0 0,0000 ‐0,12 35,39 ‐4,63
0 0,0000 ‐0,12 35,27 ‐4,75
0 0,0000 ‐0,12 35,15 ‐4,87
0 0,0000 ‐0,12 35,03 ‐4,99
0 0,0000 ‐0,12 34,91 ‐5,11
0 0,0000 ‐0,12 34,79 ‐5,23
0 0,0000 ‐0,12 34,67 ‐5,35
0,5 0,0375 ‐0,08 34,59 ‐5,43
0,8 0,0600 ‐0,06 34,53 ‐5,49
12,1 0,9075 0,79 35,32 ‐4,70
0 0,0000 ‐0,12 35,20 ‐4,82
0 0,0000 ‐0,12 35,08 ‐4,94
0 0,0000 ‐0,12 34,96 ‐5,06
0 0,0000 ‐0,12 34,84 ‐5,18
0 0,0000 ‐0,12 34,72 ‐5,30
0 0,0000 ‐0,12 34,60 ‐5,42
0 0,0000 ‐0,12 34,48 ‐5,54
5,4 0,4050 0,29 34,76 ‐5,26
7,4 0,5550 0,44 35,20 ‐4,82
0 0,0000 ‐0,12 35,08 ‐4,94
0 0,0000 ‐0,12 34,96 ‐5,06
0 0,0000 ‐0,12 34,84 ‐5,18
0 0,0000 ‐0,12 34,72 ‐5,30
0 0,0000 ‐0,12 34,60 ‐5,42
0 0,0000 ‐0,12 34,48 ‐5,54
0 0,0000 ‐0,12 34,36 ‐5,66
0 0,0000 ‐0,12 34,24 ‐5,78
0 0,0000 ‐0,12 34,12 ‐5,90
0 0,0000 ‐0,12 34,00 ‐6,02
0 0,0000 ‐0,12 33,88 ‐6,14
1,7 0,1275 0,01 33,89 ‐6,14
45,1 3,3825 3,26 37,15 ‐2,87
0 0,0000 ‐0,12 37,03 ‐2,99
2,6 0,1950 0,08 37,10 ‐2,92
4,2 0,3150 0,20 37,30 ‐2,72
0,2 0,0150 ‐0,11 37,19 ‐2,83
0,5 0,0375 ‐0,08 37,11 ‐2,91
0 0,0000 ‐0,12 36,99 ‐3,03
15,4 1,1550 1,04 38,03 ‐2,00
18,8 1,4100 1,29 39,32 ‐0,71
35,6 2,6700 2,55 41,87 0,00
4,3 0,3225 0,20 42,07 0,00
1,4 0,1050 ‐0,02 42,05 ‐0,02
0 0,0000 ‐0,12 41,93 ‐0,14
0 0,0000 ‐0,12 41,81 ‐0,26
0 0,0000 ‐0,12 41,69 ‐0,38
0 0,0000 ‐0,12 41,57 ‐0,50
0 0,0000 ‐0,12 41,45 ‐0,62
0,8 0,0600 ‐0,06 41,39 ‐0,68
JU
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O
AG
O
ST
O
0 0,0000 ‐0,12 41,27 ‐0,80
0 0,0000 ‐0,12 41,15 ‐0,92
0 0,0000 ‐0,12 41,03 ‐1,04
0 0,0000 ‐0,12 40,91 ‐1,16
0,3 0,0225 ‐0,10 40,82 ‐1,25
0,7 0,0525 ‐0,07 40,75 ‐1,32
0 0,0000 ‐0,12 40,63 ‐1,44
0 0,0000 ‐0,12 40,51 ‐1,56
0 0,0000 ‐0,12 40,39 ‐1,68
0 0,0000 ‐0,12 40,27 ‐1,80
0 0,0000 ‐0,12 40,15 ‐1,92
0 0,0000 ‐0,12 40,03 ‐2,04
0 0,0000 ‐0,12 39,91 ‐2,16
0 0,0000 ‐0,12 39,79 ‐2,28
0 0,0000 ‐0,12 39,67 ‐2,40
0 0,0000 ‐0,12 39,55 ‐2,52
0 0,0000 ‐0,12 39,43 ‐2,64
0 0,0000 ‐0,12 39,31 ‐2,76
0,1 0,0075 ‐0,11 39,20 ‐2,87
3,8 0,2850 0,17 39,36 ‐2,71
24,5 1,8375 1,72 41,08 ‐0,99
0,9 0,0675 ‐0,05 41,03 ‐1,04
0 0,0000 ‐0,12 40,91 ‐1,16
0 0,0000 ‐0,12 40,79 ‐1,28
2 0,1500 0,03 40,82 ‐1,25
9,4 0,7050 0,59 41,40 ‐0,67
0,4 0,0300 ‐0,09 41,31 ‐0,76
0,4 0,0300 ‐0,09 41,22 ‐0,85
10 0,7500 0,63 41,85 ‐0,22
0 0,0000 ‐0,12 41,73 ‐0,34
0 0,0000 ‐0,12 41,61 ‐0,46
0 0,0000 ‐0,12 41,49 ‐0,58
0 0,0000 ‐0,12 41,37 ‐0,70
0 0,0000 ‐0,12 41,25 ‐0,82
0 0,0000 ‐0,12 41,13 ‐0,94
0 0,0000 ‐0,12 41,01 ‐1,06
0 0,0000 ‐0,12 40,89 ‐1,18
0 0,0000 ‐0,12 40,77 ‐1,30
0 0,0000 ‐0,12 40,65 ‐1,42
0 0,0000 ‐0,12 40,53 ‐1,54
0,2 0,0150 ‐0,11 40,43 ‐1,64
3,6 0,2700 0,15 40,58 ‐1,49
0 0,0000 ‐0,12 40,46 ‐1,61
0 0,0000 ‐0,12 40,34 ‐1,73
0 0,0000 ‐0,12 40,22 ‐1,85
0 0,0000 ‐0,12 40,10 ‐1,97
0 0,0000 ‐0,12 39,98 ‐2,09
0,2 0,0150 ‐0,11 39,87 ‐2,20
0 0,0000 ‐0,12 39,75 ‐2,32
3,3 0,2475 0,13 39,88 ‐2,19
6,2 0,4650 0,35 40,22 ‐1,85
8,1 0,6075 0,49 40,71 ‐1,36
5,2 0,3900 0,27 40,98 ‐1,09
0,2 0,0150 ‐0,11 40,88 ‐1,19
0 0,0000 ‐0,12 40,76 ‐1,31
0 0,0000 ‐0,12 40,64 ‐1,43
0 0,0000 ‐0,12 40,52 ‐1,55
0 0,0000 ‐0,12 40,40 ‐1,67
0 0,0000 ‐0,12 40,28 ‐1,79
0 0,0000 ‐0,12 40,16 ‐1,91
0 0,0000 ‐0,12 40,04 ‐2,03
1,9 0,1425 0,02 40,06 ‐2,01
SE
TE
M
BR
O
O
U
TU
BR
O
0 0,0000 ‐0,12 39,94 ‐2,13
0 0,0000 ‐0,12 39,82 ‐2,25
0 0,0000 ‐0,12 39,70 ‐2,37
10,3 0,7725 0,65 40,35 ‐1,72
0 0,0000 ‐0,12 40,23 ‐1,84
23,8 1,7850 1,67 41,90 ‐0,17
11,8 0,8850 0,77 42,66 0,00
0,3 0,0225 ‐0,10 42,56 ‐0,10
0 0,0000 ‐0,12 42,44 ‐0,22
1,1 0,0825 ‐0,04 42,41 ‐0,26
16 1,2000 1,08 43,49 0,00
14,5 1,0875 0,97 44,45 0,00
0,1 0,0075 ‐0,11 44,34 ‐0,11
0 0,0000 ‐0,12 44,22 ‐0,23
0 0,0000 ‐0,12 44,10 ‐0,35
0 0,0000 ‐0,12 43,98 ‐0,47
0 0,0000 ‐0,12 43,86 ‐0,59
0 0,0000 ‐0,12 43,74 ‐0,71
0 0,0000 ‐0,12 43,62 ‐0,83
0 0,0000 ‐0,12 43,50 ‐0,95
0 0,0000 ‐0,12 43,38 ‐1,07
0 0,0000 ‐0,12 43,26 ‐1,19
0 0,0000 ‐0,12 43,14 ‐1,31
0 0,0000 ‐0,12 43,02 ‐1,43
0,2 0,0150 ‐0,11 42,92 ‐1,54
1 0,0750 ‐0,05 42,87 ‐1,58
3 0,2250 0,11 42,98 ‐1,48
3,8 0,2850 0,17 43,14 ‐1,31
0 0,0000 ‐0,12 43,02 ‐1,43
18,9 1,4175 1,30 44,32 ‐0,14
0 0,0000 ‐0,12 44,20 ‐0,26
10,4 0,7800 0,66 44,86 0,00
18,4 1,3800 1,26 46,12 0,00
8,2 0,6150 0,50 46,61 0,00
1,1 0,0825 ‐0,04 46,58 ‐0,04
5,6 0,4200 0,30 46,88 0,00
4,3 0,3225 0,20 47,08 0,00
1,1 0,0825 ‐0,04 47,04 ‐0,04
18,3 1,3725 1,25 48,29 0,00
15,3 1,1475 1,03 49,32 0,00
0 0,0000 ‐0,12 49,20 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 49,08 ‐0,24
14,6 1,0950 0,98 50,06 0,00
0 0,0000 ‐0,12 49,94 ‐0,12
5,2 0,3900 0,27 50,21 0,00
3,2 0,2400 0,12 50,33 0,00
5,3 0,3975 0,28 50,60 0,00
6,5 0,4875 0,37 50,97 0,00
9,7 0,7275 0,61 51,58 0,00
37,3 2,7975 2,68 54,26 0,00
9,6 0,7200 0,60 54,86 0,00
0 0,0000 ‐0,12 54,74 ‐0,12
4,7 0,3525 0,23 54,97 0,00
4 0,3000 0,18 55,15 0,00
15,5 1,1625 1,04 56,19 0,00
0,2 0,0150 ‐0,11 56,09 ‐0,11
4,5 0,3375 0,22 56,30 0,00
0 0,0000 ‐0,12 56,18 ‐0,12
0 0,0000 ‐0,12 56,06 ‐0,24
31 2,3250 2,21 58,27 0,00
0 0,0000 ‐0,12 58,15 ‐0,12
0,4 0,0300 ‐0,09 58,06 ‐0,21
N
O
VE
M
BR
O
D
EZ
EM
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O
 
Município Prefixo Nome Altitude Latitude Longitude Bacia 
Sao Paulo E3-145 Cidade Universitaria (CTH) 760 m 23°34' 46°44' Pinheiros 
 Download da Série Histórica (1955 até 2004) 
CHUVA MÁXIMA MENSAL (mm) 
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
1955 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 12,2 31,2 
1956 30,5 36,8 26,1 --- 31,6 31,1 23,3 13,9 17,3 30,4 13,1 32,5 
1957 60,0 39,6 29,4 24,5 10,0 25,9 10,4 49,2 --- 46,2 60,0 11,9 
1958 64,4 27,4 36,7 18,8 47,3 21,4 37,6 28,6 38,1 33,4 21,2 53,9 
1959 65,3 66,0 51,2 54,2 31,0 0,0 23,0 17,4 10,6 13,3 56,5 54,9 
1960 31,3 50,4 75,0 41,8 30,1 16,5 2,6 19,5 10,7 25,0 40,0 70,0 
1961 97,7 47,2 86,0 37,1 50,2 11,2 4,0 6,5 3,6 48,9 31,1 19,9 
1962 19,0 56,2 60,2 31,4 9,8 4,4 17,3 20,9 3,0 30,9 42,0 38,1 
1963 53,0 35,8 68,2 20,5 2,1 19,1 40,0 3,9 7,0 50,2 21,9 37,4 
1964 17,6 44,3 23,0 15,1 51,6 13,5 21,8 5,4 18,5 26,0 34,6 37,9 
1965 88,0 24,0 34,2 55,6 12,5 14,0 13,5 1,6 54,2 54,0 33,5 50,3 
1966 35,2 45,3 142,3 13,2 30,8 1,0 20,0 20,0 40,5 90,7 28,5 51,7 
1967 37,0 62,5 43,0 2,5 18,0 29,5 8,0 0,0 25,0 36,0 56,4 21,7 
1968 26,1 50,8 24,6 3,7 68,1 34,1 6,2 12,5 7,9 21,0 32,5 45,5 
1969 54,2 16,3 27,4 26,9 20,9 54,7 4,0 10,0 13,2 34,8 65,2 19,4 
1970 108,0 86,5 46,8 17,9 86,6 34,9 7,7 27,9 32,5 32,9 23,7 50,7 
1971 64,9 58,4 47,6 31,5 18,0 32,7 13,7 12,9 24,9 35,8 22,2 40,9 
1972 93,2 45,1 10,1 19,0 15,9 5,8 39,6 26,3 29,3 67,4 40,2 36,2 
1973 47,5 46,0 18,9 27,1 50,0 13,0 28,2 7,4 19,2 18,7 60,3 30,4 
1974 37,6 35,7 68,3 13,1 3,7 30,1 0,2 5,4 16,9 36,9 38,8 32,8 
1975 25,2 71,8 30,4 6,7 11,6 2,7 23,8 0,4 15,8 32,1 75,0 66,1 
1976 39,5 88,7 27,1 31,9 68,7 59,1 65,8 35,1 39,2 40,4 47,1 37,1 
1977 60,3 36,9 --- --- 14,8 7,5 13,4 6,8 21,6 79,0 --- 45,5 
1978 29,5 49,7 83,6 0,0 36,7 77,6 32,3 3,5 23,2 19,8 60,7 --- 
 
1979 --- 46,3 51,2 19,3 25,5 3,1 13,6 --- 33,1 35,9 63,1 29,3 
1980 48,5 65,7 42,8 --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1981 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1982 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1983 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1984 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1985 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1986 --- --- --- --- --- ------ --- --- --- --- --- 
1987 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1988 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1989 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1990 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1991 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1992 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1993 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1994 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1995 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
1996 --- --- --- --- --- 16,0 3,5 16,0 43,1 50,0 20,5 93,8 
1997 54,2 47,8 17,7 20,8 27,2 48,5 5,8 24,4 35,0 25,8 36,3 45,2 
1998 44,2 --- 68,5 43,7 51,9 8,7 7,8 15,8 31,0 37,9 8,8 47,6 
1999 48,4 56,3 31,8 12,6 39,3 37,3 18,6 0,2 26,3 15,5 17,0 19,9 
2000 65,9 87,7 62,7 6,0 8,5 3,0 3,0 9,0 11,0 11,0 11,0 16,0 
2001 38,3 54,5 38,7 43,0 40,3 16,9 17,2 10,0 24,6 110,0 50,3 37,0 
2002 41,1 68,8 60,9 8,0 16,0 0,4 28,5 16,5 40,5 32,1 58,2 26,1 
2003 56,6 53,7 32,5 37,2 15,3 4,5 10,0 7,5 16,1 29,8 28,9 38,3 
2004 36,1 77,7 35,5 27,5 25,7 14,6 26,0 3,3 10,8 --- --- ---Colombia ....... 
Tabela 5.9 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico na Suíça ............. 
Tabela 5.10 – Uso Final de Água tratada para Consumo Doméstico no Apartamento 
da USP ................................................................................................................... 
Tabela 5.11 – Uso final de Água Tratada para Consumo Doméstico no CDHU ........... 
Tabela 5.12 - Dimensionamento do Reservatório pelo Método de Rippl 
Tabela 5.13 - Volume do Reservatório pelo método de Rippl 
Tabela 5.14 – Parâmetros de Qualidade de Água de Chuva para Usos Não Potáveis 
Tabela 5.15 – Frequencia de Manutenção ................................................................... 
Tabela 6.1 - Consumo Mensal de Água da Rede Pública da Residência Estudada 
Tabela 6.2 - Custo Total do Sistema de Água de Chuva da Residência 
Tabela 7.1 Dimensionamento do Reservatório pelo Método de RPP, considerando. 
 a situação da Chuva Total Mensal - Estudo de Caso 
Tabela 7.2 Dimensionamento do Reservatório pelo Método de RPPL, considerando 
 a situação mais desfavorável de Chuva Total Mensal - Estudo de Caso 
Tabela 7.3 Volume do Reservatório para os Diferentes Métodos Aplicados 
Tabela 7.4 Custo da Água Cobrado pela SABESP 
 
 
 
 
 
 
 
 
xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ONU Organização das Nações Unidas; 
USP Universidade de São Paulo; 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 
SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo; 
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas; 
CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano; 
ANA Agência Nacional de Águas; 
EPA Environmental Protection Agency – Serviço de Proteção 
 Ambiental; 
IRCSA International Rainwater Catchment Systems Association); 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas; 
NBR Norma Brasileira; 
URGRHI Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos; 
EUA Estados Unidos da América. 
 
 
xii
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
 
 
P - Precipitação; 
 
V - Volume do reservatório; 
 
A - Área de Coleta; 
 
C - Coeficiente de escoamento superficial; 
 
N - Número de meses considerado; 
 
Q (t) - Volume de chuva no tempo (t); 
 
D(t) - Demanda ou consumo no tempo (t); 
 
S(t) - Volume de água no reservatório no tempo (t); 
 
Pv(t) - Perda por evaporação; 
 
L(t) - Outras perdas; 
 
Pr - Falha; 
 
Nr - Número de meses que o reservatório não atendeu a demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
xiii
 
SUMÁRIO 
pg. 
1  INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1 
2  OBJETIVOS ......................................................................................................... 3 
2.1  Objetivo Geral ............................................................................................................... 3 
2.2  Objetivos Específicos .................................................................................................. 3 
3  MÉTODO DE TRABALHO .................................................................................. 4 
4  JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 5 
5  REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 7 
5.1  Disponibilidade de Recursos Hídricos ...................................................................... 7 
5.1.1  Recursos Hídricos no Mundo ................................................................................. 7 
5.1.2  Recursos Hídricos no Brasil ................................................................................... 8 
5.2  Principais Problemas da Escassez de Água ......................................................... 11 
5.2.1  Crescimento Populacional .................................................................................... 11 
5.2.2  Distribuição Populacional ..................................................................................... 11 
5.2.3  Desperdício de Água ............................................................................................. 12 
5.2.4  Poluição das Águas ............................................................................................... 12 
5.3  Alternativas para o Problema de Escassez de Água ........................................... 12 
5.3.1  Medidas Convencionais ........................................................................................ 12 
5.3.2  Medidas Não Convencionais ............................................................................... 13 
5.4  Usos Finais de Água ................................................................................................. 14 
5.5  Aproveitamento de Água de Chuva ........................................................................ 18 
5.5.1  Histórico do Aproveitamento de Água de Chuva .............................................. 18 
5.5.2  Normas para o Aproveitamento de Água de Chuva. ....................................... 20 
 
 
xiv
5.5.3  Principais componentes de captação de água de chuva. ............................... 21 
5.5.4  Funcionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva ............. 25 
5.5.5  Métodos de Dimensionamentos do Reservatório ............................................. 29 
5.5.5.1  Método de Rippl ............................................................................................. 29 
5.5.5.2 Método Azevedo Neto .................................................................................... 34 
5.5.5.3  Método Prático Alemão ................................................................................. 34 
5.5.5.4  Método Prático Inglês ................................................................................... 35 
5.5.5.5  Método Prático Australiano .......................................................................... 35 
5.5.5.6  Método Máximo Déficit Acumulado - MMDA ............................................. 37 
5.5.6  Qualidade da Água de Chuva .............................................................................. 38 
5.5.7  Bombeamento / Tubulações ................................................................................ 40 
5.5.8  Manutenção ............................................................................................................ 40 
6.  ESTUDO DE CASO ........................................................................................... 42 
6.1  Considerações Iniciais .............................................................................................. 42 
6.2  Localização ................................................................................................................. 42 
6.3  Descrição do Sistema Implantado .......................................................................... 44 
6.4  Avaliação do Consumo de Água da Residência ................................................... 48 
6.5  Usos Finais da Água de Chuva na Residência ..................................................... 48 
6.6  Custo de Implantação ............................................................................................... 50 
7  ANÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................ 51 
7.1  Verificação do Dimensionamento do Reservatório (Cisterna) ........................... 51 
Verificação pelo Método Rippl ..................................................................................... 51 
Verificação pelo Método Azevedo Neto ..................................................................... 54 
Verificação pelo Método Prático Alemão ...................................................................54 
Verificação pelo Método Prático Inglês ...................................................................... 54 
Verificação pelo Método Máximo Déficit Acumulado - MMDA ............................... 54 
7.2  Viabilidade Técnica e Econômica ........................................................................... 55 
 
 
xv
8  CONCLUSÕES .................................................................................................. 58 
9  RECOMENDAÇÕES.......................................................................................... 60 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 61 
ANEXOS ..................................................................................................................... 1 
ANEXO A .................................................................................................................... 2 
- PLANILHAS DE DADOS HISTÓRICO DE CHUVA ................................................. 2 
ANEXO B .................................................................................................................... 3 
- PLANILHAS DE DADOS HISTÓRICO DE CHUVA ................................................. 3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Atualmente o planeta está enfrentando uma grande crise ambiental que afeta a 
sobrevivência da humanidade; esta crise entrou na agenda internacional mais 
firmemente nas últimas décadas do século passado. A sustentabilidade tornou-se 
uma ferramenta essencial para demonstrar esta necessidade de manter o equilíbrio 
entre economia, sociedade e meio ambiente. 
 
A necessidade de se construir um novo método de desenvolvimento tornou-se 
evidente devido à percepção de que não se pode crescer econômica e 
populacionalmente em escala infinita em um planeta onde os recursos naturais são 
limitados. Essa necessidade deve ser orientada pela idéia do conceito de 
Desenvolvimento Sustentável: um desenvolvimento que atende às necessidades do 
presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a 
suas próprias necessidades. 
 
Com isso, as organizações, empresariais e governamentais, começaram a 
conscientizar-se do seu papel atuante em um desenvolvimento sustentável da vida 
no planeta, e essa preocupação se reflete também na construção civil. 
 
Desta forma, percebe-se a necessidade da utilização de novas técnicas para o uso 
racional da água. Uma alternativa que visa suprir a demanda da população em 
relação ao uso de água para fins não potáveis é o aproveitamento de água da 
chuva, um recurso natural amplamente disponível na maioria das regiões do Brasil. 
 
 A água da chuva coletada pode ser utilizada em descarga de vasos sanitários, 
torneiras de jardins, lavagem de roupas, de calçadas e de automóveis. Por meio de 
sistemas de captação da água de chuva é possível reduzir o consumo de água 
potável, mitigar a questão dos racionamentos de água e preservar o meio ambiente 
reduzindo a escassez dos recursos hídricos. 
 
 
 
 
2
Atualmente, existem no Brasil estudos e programas para o uso racional da água em 
edificações escolares ou universidades, enfocando principalmente questões como o 
uso de tecnologias economizadoras de água e conscientização dos usuários para 
redução do consumo. 
 
Escolas, indústrias, shoppings e grandes condomínios também são fontes potenciais 
para o aproveitamento de águas de chuva para fins não potáveis, pois geralmente 
apresentam grandes áreas de telhados e coberturas. 
 
Há a necessidade para cada caso em particular, de se fazer um estudo detalhado de 
viabilidade técnica e econômica, para a verificação do potencial de economia de 
água potável, por meio da comparação dos benefícios e os custos apresentados. 
 
 
 
3
2 OBJETIVOS 
 
É possível realizar o desenvolvimento de maneira sustentável. Para isso, serão 
estudados no presente trabalho os mecanismos capazes de promover a economia 
de água tratada pela rede pública, aprofundando-se no aproveitamento de água de 
chuva. 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
 
Este trabalho tem por objetivo estudar e analisar a implantação de um sistema de 
aproveitamento de água de chuva para fins não potáveis em residências e 
condomínios, com intuito de promover a racionalização do uso da água fornecida 
pela rede pública. 
 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
 
Com a elaboração desse trabalho, almeja-se atingir os seguintes objetivos 
específicos: 
 
• Analisar os usos finais de água potáveis e não potáveis, com base em 
levantamentos de dados históricos e de concessionárias, realizadas em condomínios 
e residências; 
• Estimar o volume ideal do reservatório para aproveitamento de água de chuva em 
residências e condomínios; 
• Analisar a viabilidade econômica da implantação de um sistema de aproveitamento 
de água de chuva, com base no estudo de caso apresentado. 
 
 
4
 
3 MÉTODO DE TRABALHO 
 
 
Inicialmente, foi realizada a revisão bibliográfica baseada em pesquisas por meio de 
livros, artigos técnicos, apostilas, normas da ABNT, órgãos competentes e internet. 
A pesquisa concentrou-se no levantamento de dados relacionados ao tema do 
trabalho, ou seja, à disponibilidade de recursos hídricos, principais problemas e 
alternativas para a escassez de água, usos finais de água potável e a compreensão 
do funcionamento e dimensionamento do sistema de captação de água de chuva, 
propriamente dito. 
 
Para o estudo de caso, foi realizada uma visita a uma residência, situada na cidade 
de São Paulo, onde está implantado um sistema de aproveitamento de água de 
chuva. Nesta fase, o aprendizado gerado pela revisão bibliográfica pode ser mais 
bem compreendido, verificando na prática o funcionamento do sistema. 
 
Finalmente, com todas as informações contidas na revisão bibliográfica, foi possível 
verificar a solução existente na residência, por meio de uma verificação do 
dimensionamento do reservatório do sistema de aproveitamento de água de chuva, 
com a respectiva análise da viabilidade econômica. 
 
 
 
 
 
 
5
4 JUSTIFICATIVA 
 
A água é um recurso hídrico, essencial para o surgimento e manutenção da vida no 
nosso planeta, sendo indispensável para o desenvolvimento das diversas atividades 
criadas pelo ser humano. 
 
Muito embora o nosso planeta tenha três quartos de sua superfície coberta de água, 
deve-se considerar que apenas uma pequena parcela desta água pode ser 
aproveitada, sem que sejam necessários grandes investimentos para adequar suas 
características físicas, químicas e biológicas (TOMAZ, 2005). 
 
Historicamente a água foi um componente primordial para o desenvolvimento 
humano. Com o aumento da população e o incremento industrial, a água começou a 
ser utilizada como se fosse um recurso abundante e infinito. 
 
Uma análise mais detalhada da condição brasileira demonstra um cenário 
completamente diferente. A escassez de água é uma realidade não apenas nas 
áreas de climatologia desfavorável, mas também nas regiões altamente 
urbanizadas, como é o caso das principais áreas metropolitanas, onde o problema 
está relacionado à deterioração da qualidade da água em mananciais disponíveis. 
 
Por essa razão, é importante o desenvolvimento de novas tecnologias e criação de 
estratégias que compatibilizem o uso da água nas atividades humanas à idéia de 
que os recursos hídricos não são abundantes no país e precisam ser preservados. 
 
Assim sendo, a racionalização do uso da água torna-se um dos elementos 
essenciais de garantia da continuidade das atividades humanas, diante deste 
cenário de escassez de recursos hídricos. 
 
O aproveitamento de água de chuva para fins não potáveis em áreas urbanas é o 
objetivo principal deste trabalho, que deve ser estudado minuciosamente para cada 
caso e sempre que viável economicamente deve ser utilizado. 
 
 
 
6
No caso de uso residencial para fins não potáveis, a viabilidadena implantação de 
um sistema de aproveitamento de água de chuva, deve ser avaliada técnica e 
economicamente, pois sua utilização pode apresentar uma redução significativa no 
uso de água tratada para fins menos nobres, o que traz benefícios não apenas ao o 
usuário final, mas também à sociedade como um todo, com a preservação dos 
mananciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
A revisão bibliográfica foi dividida em cinco itens, que abordam os seguintes temas: 
Disponibilidade de Recursos Hídricos no Mundo, no Brasil e no Estado de São 
Paulo; Principais Problemas de Escassez de Água; Alternativas para o Problema de 
Escassez de Água; Usos Finais da Água e finalmente, Aproveitamento de Água de 
Chuva. 
 
5.1 Disponibilidade de Recursos Hídricos 
 
Apresenta-se a seguir, um panorama geral das disponibilidades hídricas no Mundo, 
no Brasil e no Estado de São Paulo, onde se pode verificar que a água é um bem 
finito e de difícil acesso. 
 
5.1.1 Recursos Hídricos no Mundo 
 
Segundo Plínio Tomaz (2005), a água no mundo esta divida da seguinte forma: 97% 
das águas são salgadas e 3% das águas é doce, sendo que desses 3%, 2,6% das 
águas doces estão congeladas nas calotas polares sobrando apenas 0,4% do 
volume total da água do planeta para ser consumido. 
 
De acordo com o mencionado autor a água do planeta não esta distribuída 
uniformemente sendo que a América do Norte e América do Sul as duas juntas 
somam 41% da água do mundo, desses 41% o Brasil possui 12% da produção 
hídrica da superfície do nosso planeta, sendo considerado um país privilegiando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8
Tabela 5.1 - Disponibilidade Hídrica do Mundo 
Região do Mundo Vazão média(m³/s) Porcentagem 
America do Sul 334.000 23,1 
America do Norte 260.000 18,0 
África 145.000 10,0 
Europa 102.000 7,0 
Antártida 73.000 5,0 
Oceania 65.000 4,5 
Austrália e Tasmânia 11.000 0,8 
Ásia 458.000 31,6 
Total 1.448.000 100,0 
 Fonte: Tomaz (2005). 
5.1.2 Recursos Hídricos no Brasil 
O Brasil é um dos países que mais dispõe de recursos hídricos. Infelizmente toda 
essa abundância de água não está distribuída uniformemente sobre o território 
brasileiro assim, algumas regiões apresentam uma fartura de água enquanto outras 
sofrem com a escassez. 
A disponibilidade hídrica total brasileira é da ordem de 5.759,5 km³/ano segundo os 
dados apresentados pela ANA - Agência Nacional de Águas, levando em 
consideração a vazão média de descarga (ANA, 2002a). A população atual no país 
é da ordem de 178.286.524 pessoas (IBGE, 2004), ao comparar de maneira isolada 
os 32.305 m³/ano de disponibilidade hídrica média por habitante induz-se ao 
conceito de abundância de água no território brasileiro. 
A distribuição de água varia conforme o tempo e o espaço, isto é, as condições 
climáticas de cada região são fatores determinantes. A distribuição da população 
pelo território brasileiro é também outro fator relevante, podendo causar uma forte 
demanda em regiões com grande urbanização. 
As regiões urbanizadas abrigam 81,2% de toda a população brasileira, desta 
população cerca de 40% estão concentradas nas 22 regiões metropolitanas (IBGE, 
2000a). Esta concentração nos grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de 
Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre ocasiona problemas devido à escassez de 
água. As Tabelas. 5.2 e 5.3 confirmam os dados a respeito da disponibilidade hídrica 
por Estado e região geográfica. 
 
 
9
Tabela 5.2 – Disponibilidade Hídrica no Brasil. 
ESTADO 
POPULAÇÃO 
(hab)  DISPONIB. ESPECÍFICA   (m²/ano.hab) 
ACRE  557.882  289.976,99 
AMAPÁ  477.032  338.785,25 
AMAZONAS  2.817.252  506.921,47 
PARÁ  6.195.965  203.776,96 
RONDÔNIA  1.380.952  182.401,59 
RORAIMA  324.397  733.085,76 
TOCANTINS  1.157.690  109.903,67 
Região Norte  12.911.170  285.591,97 
ALAGOAS  2.827.856  1.349,96 
BAHIA  13.086.769  5.933,55 
CEARÁ  7.431.597  2.667,94 
MARANHÃO  5.657.552  12.362,35 
PARAÍBA  3.444.794  2.216,60 
PERNAMBUCO  7.929.154  1.712,77 
PIAUÍ  2.843.423  10.764,47 
RIO GRANDE O NORTE  2.777.509  2.571,67 
SERGIPE  1.784.829  1.677,09 
Região Nordeste  47.782.488  4.880,26 
ESPIRITO SANTO  3.097.498  8.016,34 
MINS GERAIS  17.905.134  9.172,50 
RIO DE JANEIRO  14.392.106  1.772,27 
SÃO PAULO  37.035.456  2.906,11 
Região Sudeste  72.430.194  4.448,44 
PARANÁ  9.564.643  8.946,51 
RIO GRANDE DO SUL  10.187.842  19.426,78 
SANTA CATARINA  5.357.864  14.797,50 
Região Sul  25.110.349  14.434,23 
DISTRITO FEDERAL  2.051.146  1.013,20 
GOIÁS  5.004.197  29.764,69 
MATO GROSSO  2.505.245  370.338,08 
MATO  GROSSO DO SUL  2.078.070  43.694,73 
Região Centro‐Oeste  11.638.653  100.493,96 
BRASIL  169.872.859  33.994,73 
Fonte: modificado de ANA (2002). 
Notas: Os valores apresentados na tabela são aproximados e podem divergir ligeiramente de outras 
fontes 
 
 
 
10
Tabela 5.3 – Disponibilidade Hídrica no Estado de São Paulo. 
UNIDADE DE 
GERENCIAMENTO DE 
RECURSOS HÍDRICOS 
(UGRHI) 
DISPONIBILIDADE 
SUPERFICIAL  
(m³/s) 
DISPONIBILIDADE 
SUBTERRÂNEA 
(m³/s) 
POPULAÇÃO 
(1000 hab) 
DISPONIBILIDADE 
ESPECÍFICA 
(m³/hab.ano) 
2010 
 Mantiqueira   9,00  2,00  64,00  4.434,80 
 Paraíba do Sul   140,00  20,10  2.277,00  1.939,00 
 Litoral Norte   36,00  8,20  253,00  4.487,30 
 Rio Pardo   81,00  10,00  1.111,00  2.299,20 
 Piracicaba / Capivari/Jundiaí   61,00  24,00  5.541,00  347,20 
 Alto Tietê   113,00  19,10  19.871,00  179,30 
 Baixada Santista *   61,00  15,00  1.746,00  1.101,80 
 Sapucaí / Grande   36,00  10,80  627,00  1.810,70 
 Mogi‐Guaçu   64,00  16,80  1.510,00  1.336,60 
 Tietê / Sorocaba   222,00  7,80  2.883,00  2.428,40 
 Ribeira do Iguape e Litoral 
Sul   180,00  57,90  492,00  11.537,60 
 Baixo Pardo / Grande   171,00  11,00  293,00  18.405,00 
 Tietê / Jacaré   286,00  12,90  1.759,00  5.127,50 
 Alto Paranapanema   244,00  25,00  787,00  9.777,40 
 Turvo / Grande   32,00  10,50  1.259,00  795,20 
 Tietê / Batalha   382,00  10,00  468,00  25.740,90 
 Médio Paranapanema   113,00  20,70  595,00  5.989,20 
 São José dos Dourados   15,00  4,40  146,00  3.240,00 
 Baixo Tietê   426,00  12,20  735,00  18.278,00 
 Aguapeí   35,00  10,90  422,00  2.615,50 
 Peixe   35,00  11,60  473,00  2.333,50 
 Pontal do Paranapanema   515,00  15,20  580,00  28.001,80 
 Total   3.257,00  336,10  43.902,00  2.339,80 
*Os valores de demanda referem-se ao período de verão. 
Fonte: modificado de Mierzwa e Hespanhol (2005). 
 
A disponibilidade hídrica nas principais regiões brasileiras levando em consideração 
as condições climáticas e a intensidade de ocupação do solo é demonstrada na 
Tabela 5.2. A conseqüência da demanda excessiva de água na disponibilidade 
hídrica em regiões com grande urbanização é demonstrada na Tabela 5.3., estes 
dados normalmente acontecem em várias regiões do Brasil e é constatado pelos 
índices apresentados pelos municípios que tem maior distribuição de água. 
 
 
 
11
O número da população é variável, sendo assim, a disponibilidade dos recursos 
hídricos diminui à medida que multiplica a população. É importante ressaltar que a 
poluição dos corpos d água disponíveis agrava ainda mais esta situação. 
 
5.2 Principais Problemas da Escassez de Água 
 
Conforme visto anteriormente a água é um dos mais preciosos recursos da natureza, 
pois é imprescindível para a sobrevivência do homem. Diante da sua importância 
alguns problemas contribuem para sua escassez, tais como: 
 
 Crescimento Populacional; 
 Distribuição populacional; 
 Desperdício de água; 
 Poluição das águas. 
 
5.2.1 Crescimento Populacional 
 
Estes recursos hídricos podem tornar-se escassos em algumas regiões do mundo, 
nas quais suprir a demanda de água já está se tornando um problema em função do 
acelerado crescimento populacional, principalmente nas regiões urbanas. Relatórios 
da Organizaçãodas Nações Unidas mostram que a atual população mundial é 
estimada em aproximadamente sete bilhões de pessoas, com tendência de alcançar 
a marca de 9 bilhões até 2050 (ONU, 2006), o que se caracteriza uma sobrecarga 
significativa nos sistemas de abastecimento de água. Tudo isso acarreta uma 
redução gradual da qualidade e disponibilidade da água no planeta. 
 
5.2.2 Distribuição Populacional 
 
Outro fator preocupante é a questão da má distribuição populacional em função das 
reservas hídricas. Segundo Ghisi (2006), os locais mais populosos são justamente 
os que possuem pouca água, por outro lado onde há muita água, normalmente 
ocorre baixo índice populacional. No Brasil isto pode ser visto com muita clareza, a 
Região Sudeste dispõe de um potencial hídrico de apenas 6% do total nacional e 
 
 
12
aloja 43% do total de habitantes do país, enquanto a Região Norte, que compreende 
a Bacia Amazônica, apresenta 69% de água disponível, tem apenas 8% da 
população brasileira (Tomaz, 2005). 
 
5.2.3 Desperdício de Água 
 
O desperdício de água potável, resultante do mau uso em diversas atividades, como 
o uso em aparelhos sanitários, vazamentos nas instalações e outros, tem contribuído 
para maior consumo deste recurso. 
 
A necessidade de conscientização das pessoas, para o uso racional da água, é 
condição básica para a sustentabilidade e preservação deste bem finito, em nosso 
planeta, mesmo considerando o desenvolvimento humano. A preservação dos 
recursos hídricos, em quantidade e qualidade é de suma importância hoje e também 
para as futuras gerações. 
 
5.2.4 Poluição das Águas 
 
Outro fator agravante para a escassez de água é alta carga poluente lançada de 
forma volumosa e sem controle aos mananciais. Isto se deve ao fato de um 
crescimento acelerado e desordenado da população no mundo, exigindo mais e 
mais produção para atendê-la em seus anseios consumista e não muito preocupada 
com o que está a sua volta, ou seja, o meio ambiente. 
 
5.3 Alternativas para o Problema de Escassez de Água 
 
Segundo Tomaz (2005) as medidas para conservação da água de uso urbano 
podem ser definidas como medidas convencionais ou não convencionais. 
 
5.3.1 Medidas Convencionais 
 
As medidas convencionais para conservação da água buscam o combate às perdas 
e redução de custos, incluindo a correção de vazamentos nos sistemas de 
distribuição de água em residências, mudanças nas tarifas, redução de pressão nas 
 
 
13
redes e o reuso de água. A Tabela 5.4 mostra as porcentagens aproximadas de 
economia de cada medida convencional. 
 
Tabela 5.4 – Medidas convencionais de conservação de água e porcentagens aproximadas de 
economias 
 
Medidas Convencionais de Conservação da Água 
Porcentagens Aproximadas de 
economia (%) 
Consertos de vazamentos nas redes públicas 32 
Mudanças de tarifa 26 
Leis sobre aparelhos sanitários 19 
Consertos de Vazamentos nas casas 8 
Reciclagem e reuso de água 7 
Educação pública 5 
Redução de pressão nas redes públicas 3 
 
Fonte: Tomaz (2001). 
 
Dentre as medidas convencionais, verifica-se que o conserto de vazamentos nos 
sistemas de distribuição de água é a medida mais importante para a economia de 
água. 
 
5.3.2 Medidas Não Convencionais 
 
Entre as medidas não-convencionais para conservação da água estão: o reuso de 
águas cinza (águas utilizadas sem a presença do esgoto doméstico), o 
aproveitamento de água de chuva, utilização de vasos sanitários com câmara para 
compostagem (mais conhecidas nos EUA), dessalinização e aproveitamento de 
água de drenagem do subsolo em prédios de apartamentos (TOMAZ, 2005). 
 
Dentre as várias medidas não convencionais citadas anteriormente, o 
aproveitamento de água de chuva é o tema que será abordado neste trabalho. 
 
 
 
 
 
14
5.4 Usos Finais de Água 
 
Neste item, mostram-se as porcentagens dos usos da água potável nas residências, 
em suas diversas dependências, em diversas partes do mundo. 
 
Isto possibilitará na análise de viabilidade econômica, à aplicação correta do índice 
percentual do aproveitamento de água de chuva para consumos de águas não 
potáveis, ou seja, para fins não muito nobres. 
 
A água potável é utilizada para atividades distintas nas edificações, tais como: 
preparação de alimentos e bebidas, limpeza pessoal e ambiental, entre outros. 
 
Dentre estes diversos usos da água, uma parcela significativa está destinada a fins 
não potáveis, como descarga de vasos sanitários, rega de jardins, lavação de 
automóveis e calçadas, onde poderia perfeitamente ser utilizada água de chuva. 
 
Muitos estudos vêm sendo desenvolvidos em vários países, a fim de identificar os 
usos finais de água, principalmente nos setores residencial e público. 
 
As Tabelas 5.5 a 5.9 apresentam resultados de pesquisas de consumo de água no 
meio residencial de alguns países do mundo. 
 
 
Tabela 5.5 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico na Dinamarca. 
 
Ponto de Consumo Uso Final (%) 
Alimentação 5 
Banhos 20 
Higiene Pessoal 10 
Vaso Sanitário 20 
Lavagem de Roupas 15 
Lavagem de Louças 20 
Lavagem de Carros e Jardins 10 
Total 100 
Total Não Potável 45 
 
 
 Fonte: Tomaz (2005). 
 
 
15
 
Tabela 5.6 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico nos Estados Unidos. 
 
 
Ponto de Consumo Uso Final (%) 
Vaso Sanitário 27 
Banhos 17 
Máquinas de Lavar Roupa 22 
Máquina de Lavar Louça 2 
Vazamentos 14 
Torneiras 16 
Outros 2 
Total 100 
Total Não Potável 49 
 
 Fonte: Tomaz (2005). 
 
 
Tabela 5.7 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico no Reino Unido. 
 
 
Ponto de Consumo Uso Final (%) 
Vaso Sanitário 37 
Banhos e Lavatório 37 
Lavagem de Louças 11 
Lavagem de Roupas 11 
Preparação de Alimentos 4 
Total 100 
Total Não Potável 48 
 
 Fonte: (SABESP, 2007) 
 
 
 
Tabela 5.8 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico na Colômbia. 
 
 
Ponto de Consumo Uso Final (%) 
Ducha 30 
Vaso Sanitário 40 
Limpeza 15 
Cozinha 5 
Lavagem de Louças /mãos 10 
Total 100 
Total Não Potável 55 
 
 Fonte: SABESP ( 2007) 
 
 
 
16
Tabela 5.9 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico na Suíça. 
 
 
Ponto de Consumo Uso Final (%) 
Vaso Sanitário 40 
Banhos 37 
Bebidas 5 
Cozinhas 6 
Lavagem de Roupas 4 
Limpeza de Piso 3 
Jardins 3 
Lavagem de Automóveis 1 
Outros 1 
Total 100 
Total Não Potável 52 
 
 
Fonte: SABESP (2007) 
 
 
As variações de consumo de água verificadas nestes países para os mesmos 
aparelhos sanitários ocorrem principalmente devido às diferentes condições 
climáticas, aspectos sociais, econômicos e culturais. Porém, verifica-se que o 
percentual de água tratada utilizada em fins não potáveis varia entre 45 e 55%. 
 
Para verificar o consumo de água dentro da residência, é necessária uma boa coleta 
de dados e caracterização dos ambientes, na qual devem ser considerados: 
pressão, vazão, clima, população, freqüência de utilização, poder aquisitivo e 
aparelhos instalados. 
 
No Brasil, estudos da Universidade de São Paulo e do Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas mostram duas situações de consumo de água no setor residencial, 
apresentando dados bastante diferentes, devido à própria caracterização dos 
ambientes. A primeira situação, um apartamento, está apresentada na Tabela 5.12, 
e a segunda, uma habitação da Companhia de Desenvolvimento Habitacional 
Urbano, apresentada na Tabela 5.10. 
 
 
 
 
17
Tabela 5.10 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico em um Apartamento da 
USP. 
 
Ponto de Consumo Uso Final (%) 
Vaso Sanitário 29 
Chuveiro 28 
Pia da Cozinha17 
Máquina de Lavar Roupa 9 
Lavatório 6 
Tanque 6 
Máquina de Lavar Louça 9 
Total 100 
Total não Potável 44 
 
 Fonte: DECA ( 2007) 
 
Tabela 5.11 – Uso Final de Água Tratada para Consumo Doméstico em uma Habitação da 
Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbana. 
 
Ponto de Consumo Uso Final (%) 
Vaso Sanitário 5 
Chuveiro 54 
Pia da Cozinha 17 
Máquina de Lavar Roupa 4 
Lavatório 7 
Tanque 10 
Máquina de Lavar Louça 3 
Total 100 
Total não Potável 19 
 
Fonte: DECA (2007) 
 
Desta forma, verifica-se que na maioria dos estudos apresentados anteriormente, 
são altos os índices de consumo de água tratada em fins não potáveis, onde poderia 
ser utilizada água pluvial, gerando assim uma expressiva economia. 
 
 
 
18
5.5 Aproveitamento de Água de Chuva 
 
Este tópico sobre aproveitamento de água de chuva foi dividido em cinco itens, que 
abordam os seguintes temas: histórico do aproveitamento de água de chuvas; 
normas para o aproveitamento de água de chuva; principais componentes de 
captação de água de chuva; dimensionamentos; e, finalmente, qualidade da água de 
chuva. 
 
 
5.5.1 Histórico do Aproveitamento de Água de Chuva 
 
O conceito de aproveitamento de água chuva não é novo. A escassez de água 
induziu algumas civilizações antigas a praticarem o aproveitamento das águas 
pluviais. 
 
Segundo Tomaz (2005), a Pedra Moabita, encontrada no Oriente Médio, há 850 a.C. 
é uma das provas mais antigas que relata a prática do aproveitamento de água de 
chuva. Nesta pedra, o rei Mesha dos Moabitas, inscreveu uma recomendação que 
em cada residência seja construída um reservatório para coletar a água da chuva. 
 
Na Ilha de Creta, por volta de 2000 a.C., o palácio de Knossos aproveitava a água 
de chuva para a utilização em descarga nas bacias sanitárias (p.100 The Rainwater 
Technology Handbook, 2001, Alemanha). Foram encontrados nesta região, por volta 
de 3000 a.C., vários reservatórios escavados em rocha, comprovando que há muitos 
anos o aproveitamento da água de chuva para o consumo humano vem sendo 
praticado pelas civilizações mais antigas (TOMAZ, 2005). 
 
Segundo Tomaz (2005) em Israel, somente na fortaleza de Masada, foram 
encontrados dez reservatórios cavados nas rochas, podendo reservar 40 milhões de 
litros. 
 
No México alguns reservatórios de águas pluviais já existem desde a chegada de 
Cristóvão Colombo ao continente americano e ainda permanecem em 
funcionamento. 
 
 
19
Segundo Anaya-Garduño (2001) as civilizações antigas da América como os Incas, 
os Maias e os Astecas também coletaram as águas de chuva para o aproveitamento 
humano. 
 
Em Monturque, na cidade de Roma, por volta de 1885, foram encontrados doze 
reservatórios subterrâneos, utilizados para abastecimento público. Cada reservatório 
tinha 3,08m de largura, 6,65m de comprimento e 4,83m de altura, a capacidade de 
reserva é de 98,93m³ cada unidade, todo o conjunto tinha capacidade de 1187m³ 
(TOMAZ, 2005). 
 
Nos Estados Unidos, a EPA (Environmental Protection Agency – Serviço de 
Proteção Ambiental) registra mais de 200mil reservatórios destinados ao 
aproveitamento de águas pluviais. 
 
Para Tomaz (2005), no Oriente Médio é possível encontrar grandes cisternas, é o 
caso da Jordânia onde seus reservatórios têm capacidade de reserva variando entre 
35 mil litros a 200 mil litros. Em Jerusalém, os reservatórios suportam 2,7 milhões de 
litros. 
 
Existem duas cisternas com capacidade de 215m³ e outra com 145m³, construídas 
na grande fortaleza e convento dos Templários, na cidade de Tomar em Portugal, 
esta edificação foi iniciada em 1 de Março de 1160 (TOMAZ, 2005). 
 
Alguns países incentivam a prática do aproveitamento da água de chuva, na 
Califórnia são oferecidos financiamentos para a execução de instalações voltadas 
para a coleta das águas pluviais, a Alemanha e o Japão também adotaram esses 
incentivos. 
 
Em Hamburgo na Alemanha é fornecido gratuitamente cerca de US$1.500,00 a 
US$2.000,00 a quem aproveitar as águas pluviais para consumo humano, esta 
também tem como objetivo amenizar picos de enchentes. 
 
Tomaz (2005) cita que o estado alemão de Hamburgo foi pioneiro na prática do 
aproveitamento de água de chuva, os sistemas de captação foram instalados desde 
 
 
20
1988 e até o ano de 2000 existiam cerca de 1500 unidades privadas de coleta de 
águas pluviais que já estavam em funcionamento nos últimos 7 anos. 
 
Desde o ano de 1980, toda a água de chuva captada na Alemanha é aproveitada 
para fins de irrigação (regas de jardim), sistemas de descarga em bacias sanitárias, 
abastecimento das máquinas de lavar roupas, sendo utilizado também nos setores 
comerciais e industriais. Toda a utilização da água pluvial para consumo humano é 
para fins não potáveis (TOMAZ, 2005). 
 
Para Tomaz (2005) a expectativa futura é que o aproveitamento de água de chuva 
possa ser explorado pelas companhias de água potável e por companhias privadas, 
ampliando suas áreas de atuação como no abastecimento da rede hoteleira e 
prédios de apartamentos. 
 
5.5.2 Normas para o Aproveitamento de Água de Chuva. 
 
A norma ABNT – NBR 15.527, Aproveitamento de Água de Chuva para Fins Não 
Potáveis, de 24/10/2007, define para o uso de água de chuva as seguintes 
atividades: 
 
- Descargas em bacias sanitárias; 
- Irrigação de gramados; 
- Lavagem de veículos; 
- Limpeza de Calçadas e ruas; 
- limpeza de pátios; 
- Espelho d’água; 
- Usos industriais. 
Também recomenda para o dimensionamento dos reservatórios os métodos de 
RIPPL, Simulação e Azevedo Neto e que estes sejam protegidos para que do sol, 
para evitar a fotossíntese. 
 
Já no Estado de São Paulo, segundo o código Sanitário Decreto 12.342, de (São 
Paulo, Estado, 1978), tem-se a seguinte citação: 
 
 
 
21
Artigo 12 – Não será permitida; 
 
III - A interconexão de tubulações ligadas diretamente a sistemas públicos com 
tubulações que contenham água proveniente de outras fontes de abastecimento. 
 
O artigo 12, item III, descreve que o sistema não potável proveniente das águas de 
chuva não deve ser interligado ao sistema de água potável. 
 
Esta proibição acontece para evitar a contaminação do sistema de água potável pelo 
sistema de água de chuva. 
 
Artigo 19 – É expressamente proibida introdução direta ou indireta de águas pluviais 
ou resultantes de drenagem nos ramais prediais de esgotos. 
 
Esta proibição acontece para evitar o comprometimento da capacidade da rede 
pública de esgoto, que receberá um acréscimo de vazão (água de chuva), 
inicialmente não considerada. 
 
Para o caso do aproveitamento da água de chuva para fins não potáveis nas 
residências, isto não ocorrerá, pois esta fará apenas a substituição da água potável, 
já prevista no dimensionamento da rede de esgoto pública. 
 
O artigo 19 cita que as águas de chuva não podem ser conduzidas para o sistema 
de rede de esgoto. No entanto as águas de chuva ao serem aproveitadas como 
água não potável, podem ser lançadas no sistema de esgoto sanitário. Porém neste 
caso a concessionária dos serviços de água e esgoto, pode cobrar a estimativa do 
novo volume lançado no coletor. 
 
5.5.3 Principais componentes de captação de água de chuva. 
 
Para Tomaz (2005) o sistema de captação de água de chuva para aproveitamento 
humano é constituído basicamente pelos seguintes componentes; área de captação, 
calhas e condutores,by pass, peneira e filtro, reservatório e extravasor. 
 
 
 
22
 Área de Captação 
 
Estas áreas são geralmente representadas pelos telhados das residências ou 
indústrias. São diversos os materiais que revestem estas coberturas, como é o caso 
das telhas cerâmicas, de fibrocimento, de zinco, de ferro galvanizado, de concreto 
armado, de plástico, telhado plano com revestimento asfáltico, entre outros (TOMAZ, 
2005). 
 
 Calhas e condutores 
 
Para Tomaz (2005) as calhas e condutores de água pluviais têm a função de 
recolher a água de chuva, geralmente são fabricadas em PVC ou material metálico. 
 
 By Pass 
 
A maior parte da contaminação existente no telhado é conduzida pelos primeiros 
instantes de chuva, esta primeira água que escorre na cobertura deverá ser 
desprezada e jogada fora. O by pass é um sistema que desvia esse efluente para 
fora do reservatório, seu funcionamento pode ser manual ou automático por meio de 
dispositivos de auto - limpeza (TOMAZ, 2005). 
 
 Peneira e Filtro 
 
Os materiais em suspensão são retidos pelas peneiras, é importante ressaltar que 
micróbios e contaminantes químicos não são eliminados por este dispositivo. As 
telas têm diâmetro nominal variando entre 0,20 mm a 1,00 mm (TOMAZ, 2005). 
 
 
 
 
23
 
Figura 5.1 – Filtro de entrada no reservatório. 
 Fonte: Bella Calha (2010). 
 
 Reservatório 
 
Quanto à localização podem estar apoiados, enterrados ou elevados, sua fabricação 
pode ser em concreto armado, alvenaria de tijolos comuns, alvenaria de bloco 
armado, plástico, poliéster, entre outros. 
 
Segundo Tomaz (2005), deverá ser executado uma camada de lastro de areia para 
assentamento do reservatório, dimensionada para cada modelo. 
 
De acordo com o mencionado autor, para a limpeza do reservatório é instalado um 
tubo de descarga com diâmetro mínimo de 100 mm. Deverá ter uma saída de no 
mínimo 100 mm para a instalação do extravasor. 
 
Ainda o referido autor afirmou que para a inspeção o reservatório terá uma abertura 
mínima de 600 mm x 600 mm, a tampa estará localizada no mínimo a 200 mm acima 
da face superior do reservatório. A tampa deverá ter aba de no mínimo 50 mm. 
 
Segundo Ghanayer, 2001 é aconselhável manter o reservatório distante de 10 m a 
15 m de instalações com risco de contaminação, como fossas sépticas. 
 
As tubulações de sucção das bombas contendo o crivo e válvula de pé reservatório, 
deverão permanecer no mínimo a 100 mm acima do fundo do reservatório, evitando 
assim o bombeamento de sedimentos acumulados. (TOMAZ, 2005). 
 
 
 
24
 Extravasor 
 
Para Tomaz (2005), o extravasor ou ladrão é executado no reservatório e deverá ser 
dimensionado com diâmetro mínimo de 100 mm. Será instalado no extravasor um 
dispositivo que bloqueará o acesso de pequenos animais. 
 
A Figura 5.2 a seguir ilustra o sistema de captação de água de chuva com 
reservatório enterrado em uma residência, cada dispositivo é representado da 
seguinte forma: 
A – Realimentação com água potável. 
B – Calhas e condutores. 
C – Água da chuva para lavar roupa, na alimentação da descarga das bacias 
sanitárias, para lavar carros, irrigação de jardins e da horta. 
D – Sistema de bombas. 
E – Rede de esgoto ou fossa. 
F – Tubulações que conduz o efluente à fossa / esgoto. 
G – Sistema de água encanada. 
H – Tanques. 
I – Sistema Subterrâneo. 
 
 
Figura 5.2 – Sistema de captação de água de chuva com reservatório enterrado em uma 
residência. 
Fonte: Bella Calha (2010). 
 
 
25
5.5.4 Funcionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva 
 
Para demonstração do funcionamento do sistema de aproveitamento de água de 
chuva foi utilizado como modelo o projeto da Casa Eficiente, a figura a seguir ilustra 
o sistema. 
 
 
Figura 5.3 – Funcionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva. 
Fonte: Casa Eficiente (2010). 
 
A água coletada nos telhados ou coberturas é conduzida por calhas e condutores, 
passando por um dispositivo que desvia a água proveniente dos primeiros instantes 
de chuva, descartando os sólidos e outras impurezas indesejáveis. Este dispositivo 
pode ser manual ou automático; está instalada nos coletores de água pluvial, em 
recipientes plásticos ou em uma caixa coletora próxima a cisterna. As Figuras a 
seguir ilustram este dispositivo. 
 
 
26
 
Figura 5.4 – Dispositivo de Descarte de Água das Primeiras Chuvas, Instalados no 
Coletor de Água Pluvial. 
Fonte: Casa Eficiente (2010). 
 
Como se pode ver na Figura 5.4, a água de chuva somente começa a ser 
coletada, após o enchimento do reservatório com saída superior, (detalhe em 
azul), que posteriormente será descartada. 
 
 
Na Figura 5.5, também se pode ver outro sistema para acumular as primeiras 
águas de chuvas, que também serão descartadas posteriormente. 
 
 
 
 
Figura 5.5 – Dispositivo de Acumulação e Descarte de Água das Primeiras Chuvas, 
Instalados por meio de Recipientes de Plástico. 
 
Fonte: Casa Eficiente (2010). 
 
 
 
27
 
Figura 5.6 – Dispositivo de Descarte de Água das Primeiras Chuvas, Instalados em Caixa 
Coletora Próxima à Cisterna. 
Fonte: Casa Eficiente (2010). 
 
Após passar por este dispositivo, a água coletada é conduzida para uma cisterna 
onde será armazenada. Através de um sistema de bombeamento, a água 
armazenada na cisterna será conduzida para o reservatório superior de água pluvial. 
Este bombeamento é realizado por meio de uma moto-bomba, controlada por um 
sistema de bóias magnéticas, que estão localizadas na cisterna e no reservatório 
superior de água pluvial. A figura a seguir ilustra uma cisterna com o abrigo onde 
estão localizadas a moto-bomba e o dispositivo de descarte dos sólidos. 
 
 
Figura 5.7 – Cisterna e Abrigo para Moto-Bomba e Dispositivo de Descarte dos Sólidos. 
Fonte: Casa Eficiente (2010). 
 
 
28
 
Deverá ser instalada uma bomba dosadora de cloro junto ao reservatório superior de 
água pluvial para realizar a desinfecção, pois haverá contato manual com a água 
pluvial quando utilizada para a lavagem de roupa ou outros usos destinados a fins 
não potáveis. 
 
O dispositivo de descarte de sólidos e a moto-bomba deverão ser facilmente 
acessados para a realização de eventuais vistorias ou manutenções, conforme 
ilustrado na Figura 5.7. 
 
Caso ocorra um volume de precipitação superior à capacidade de armazenamento 
do reservatório, o extravasor instalado na cisterna escoará a água excedente para a 
rede pública de água pluvial. Se não houver água de chuva suficiente na cisterna 
para abastecer o reservatório superior de água pluvial, este é automaticamente 
alimentado pelo sistema de abastecimento de água potável. 
 
É importante o uso de válvula solenóide, válvula de retenção e disposição criteriosa 
das entradas e saídas dos reservatórios de água pluvial e potável. Estas são 
medidas de segurança, para evitar riscos de contaminação da rede de água potável 
durante a realimentação do reservatório de água pluvial. 
 
Do reservatório superior, a água pluvial será conduzida por uma canalização 
independente e sem cruzamento com o sistema de água potável, para a alimentação 
de alguns equipamentos já destinados para a utilização de água para fins não 
potáveis (descargas de bacias sanitárias, torneiras de jardim, máquinas de lavar 
roupas, entre outras). 
 
As torneiras abastecidas pelo sistema de água de chuva deverão ser sinalizadas 
informando: “água não potável ou imprópria para beber” e deverão ser manipuladas 
com uma chave de segurança. 
 
 
29
 
5.5.5 Métodos de Dimensionamentos do Reservatório 
 
A eficiência e a confiabilidade do sistema de aproveitamento de água de chuva 
estão relacionadas diretamente ao dimensionamento do reservatório de 
armazenamento. Para seu dimensionamento devem ser levados em consideração 
alguns critérios como: custo total de implantação, demandade água, disponibilidade 
hídrica, confiabilidade requerida para o sistema e a distribuição temporal anual das 
chuvas. A combinação entre volume de reservação e a demanda necessária é que 
resulta na maior eficiência, com o menor custo. 
 
O dimensionamento do reservatório para aproveitamento de água de chuva pode ser 
realizado pelos seguintes métodos: de Rippl, de Monte Carlo, da Simulação, 
Azevedo Neto, Método Prático Alemão, Método Prático Inglês e Método Prático 
Australiano. 
 
 
5.5.5.1 Método de Rippl 
 
Para aplicar o método de Rippl é geralmente usada uma série histórica de 
precipitações mensais. As precipitações são transformadas em vazões e se 
destinam para o reservatório. 
 
O método de Rippl é apresentado por meio de diagrama de massa e pode ser 
resolvido para demanda constante ou variável e para chuvas mensais e diárias. 
Sendo assim é utilizada a seguinte equação: 
 
 
 
S (t) = D (t) – Q (t) Eq. (1) 
 
 
 
 
 
 
30
Onde: 
 
 
S (t) Volume de água no reservatório no tempo t; 
Q (t) Volume de chuva no tempo t; 
D (t) Demanda ou consumo no tempo t; 
Q (t) = C x precipitação da chuva (t) x área de captação 
 
V = Σ S (t) 
 
Onde: 
 
V = Volume do Reservatório 
 
Sendo que: Σ D (t) 96 
m³/ano          
 
E: água escoando pelo extravasor; D: nível de água baixando; S: nível de água subindo. 
Fonte: Tomaz (2005) 
 
Segundo Tomaz (2005) a explicação de cada uma das oito colunas ajudará no 
entendimento deste método de cálculo. 
 
Coluna 1 – É o período de tempo, vai de Janeiro a Dezembro. 
 
Coluna 2 – São representadas as chuvas médias mensais em milímetros do 
município de Guarulhos. 
 
Coluna 3 – É a demanda mensal em conseqüência das necessidades. Esta 
demanda é conhecida como demanda mensal e é fornecida em metros cúbicos. 
 
 
32
 
Fazendo a seguinte comparação: em Guarulhos o consumo médio residencial é de 
19m³/mês; o IBGE indica a média de 4,06 pessoas/residência e 30,5 dias/mês, a 
quota per capita será de 153 litros/dia x habitante. 
 
Para o consumo de uma residência considera-se 40% (60 litros/dia x habitantes) de 
água que são consumidos nas descargas das bacias sanitárias, a média será de 
7,6m³ por mês, praticamente 8m³/mês. Sendo assim anualmente terá 126m³ e a 
média encontrada é de 11m³/mês. 
 
O total do volume consumido, 96m³/ano deve ser menor ou igual ao volume total de 
chuva da coluna 5, que é de 126 m³/ano. 
 
Coluna 4 – Representa a área de captação de chuva, é praticamente constante o 
ano todo. É fornecida em metros quadrados, é a projeção do telhado sobre o 
terreno. 
 
Coluna 5 – Indica os volumes mensais da água de chuva. Este valor é fornecido pela 
multiplicação da coluna 2 pela coluna 4 e pelo coeficiente de Runoff de 0,80, divide-
se por 1000 para transformar o volume em metros cúbicos. 
 
Sendo assim, o volume para o mês de janeiro é obtido: 
 
272 mm x 100m² x 0,80 / 1000 = 22m 
O volume total de água da coluna 5 fornecida pela chuva média de janeiro a 
dezembro é de 126m³/ano, este valor deverá ser maior ou igual ao volume total da 
demanda representada na coluna 3. 
 
Coluna 6 – Indica a diferença entre os volumes da demanda (coluna 3) e os volumes 
de chuvas mensais (coluna 5). Quando o valor apresentado for negativo, significa 
que há excesso de água, se o valor for positivo, o volume da demanda supera o 
volume de água disponível. 
 
 
 
33
Coluna 7 – Representa as diferenças acumuladas dos valores positivos encontradas 
na coluna 6. Nesta coluna é considerada a hipótese inicial do reservatório estar 
cheio. 
 
Os meses onde apresentam excesso de água que são representados por valores 
negativos não são computados. 
 
“Começa com a soma dos valores positivos, prosseguindo até que a diferença se 
anule, desprezando a soma quando aparecer o primeiro valor negativo” (TOMAZ, 
2005, p.114). 
 
O volume máximo apresentado pela coluna 7 é de 18m³/mês. Sendo assim, para a 
regularização da demanda constante de 8m³/mês o reservatório deverá ter 
capacidade de 18m³. 
 
Coluna 8 – Nesta coluna são utilizadas as letras E, D e S. Estas letras estão 
descritas na Tabela 5.12. 
 
Considerando inicialmente que o reservatório estivesse cheio, nos meses de janeiro, 
fevereiro e março da coluna 6 é verificado que as diferenças são negativas, isto 
significa que a água está saindo pelo extravasor. 
 
Se os volumes da coluna 6 apresentar valores positivos, significam que o nível do 
reservatório está diminuindo. Esta diminuição é observada no mês de abril devido a 
redução de 1m³, em maio baixa para 2m³, em junho 6m³, em julho 11m³, em 
setembro o abaixamento chega à 18m³ e em outubro o valor apresentado pelo 
reservatório na coluna 6 é negativo, isto é, o volume começa a extravasar. 
A conclusão é que o volume de 18m³ do reservatório abastece os 69 dias de seca 
(2,3 meses). 
 
 
 
 
 
 
34
5.5.5.2 Método Azevedo Neto 
 
O volume de chuva é obtido pela seguinte equação: 
 
V = 0,042 x P x A x T (litros) Eq (3) 
 
Onde: 
 
P é o valor numérico da precipitação média anual, expresso em mm; 
T é o valor numérico do número de meses de seca; 
A é o valor numérico da área de coleta em projeção, expresso em m2; 
V é o valor numérico do volume de água aproveitável e o volume de água do 
reservatório, expresso em litros. 
 
 
5.5.5.3 Método Prático Alemão 
 
 
Trata-se de um método empírico, onde se toma o menor valor do volume do 
reservatório; 6% do volume anual de consumo ou 6% do volume anual de 
precipitação aproveitável. 
 
Vadotado = min (V;D) x 0,06 Eq(4) 
 
Onde: 
 
V é o valor numérico do volume aproveitável de água de chuva anual, expresso em 
litros; 
D é o valor numérico da demanda anual da água não potável, expresso em litros; 
Vadotado é o valor numérico de água do reservatório, expresso em litros. 
 
 
 
 
 
35
5.5.5.4 Método Prático Inglês 
 
O volume de chuva é obtido pela seguinte equação: 
 
V = 0,05 x P x A Eq (5) 
 
Onde: 
 
P é o valor numérico da precipitação média anual, expresso em mm; 
A é o valor numérico da área de coleta em projeção, expresso em m2; 
V é o valor numérico do volume de água aproveitávele o volume de água da 
cisterna, expresso em litros. 
 
 
5.5.5.5 Método Prático Australiano 
 
O volume do reservatório de chuva é obtido pela seguinte equação: 
 
Q = A x C x (P – I) Eq (6) 
 
Onde: 
 
C é o coeficiente de escoamento superficial, geralmente adotado 0,80; 
P é a precipitação média mensal; 
I é a interceptação da água que molha as superfícies e perdas por evaporação, 
geralmente adotado 2 mm; 
A é a área de coleta; 
Q é o volume mensal produzido pela chuva. 
 
O cálculo do volume do reservatório é realizado por tentativas, até que sejam 
utilizados valores otimizados de confiança e o volume do reservatório. 
 
 
Vt = Vt -1 + Qt - D t Eq (7) 
 
 
36
 
Onde: 
 
Qt é o volume mensal produzido pela chuva no mês t; 
Vt é o volume de água que está no tanque no fim do mês t; 
Vt – 1 é o volume de água que está no tanque início do mês t-1; 
Dt é o volume referente a demanda mensal; 
 
Nota: Para o primeiro mês, considera-se o reservatório vazio. 
 
Quando (Vt – 1 + Qt – D)

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