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O PRAGMATISMO DA EDUCAÇÃO SOFÍSTICA: A importância do argumento para a
efetividade dos ideais democráticos.
Antonio Vital de Moraes Júnior
12 de outubro de 2024
PRF/Ex-Diretor de Operações
BSB/Superintendente RJ-…
Antonio Vital de Moraes Júnior[1]
Resumo 
O presente artigo sobre o pragmatismo da educação sofística e a importância do
argumento para a efetividade dos ideais democráticos é um estudo sobre a atuação dos
sofistas no campo da educação e sua repercussão na vida social dos atenienses. A
pesquisa bibliográfica utilizada teve como referências obras de Cassim (1990), Guthrie
(1995), Jaeger (2003), Bonavides (2004), Borges (1999), Châtelet (1981), Chauí (1995),
Cotrim (1993), Duarte (1996), entre outras. A educação como preceito basilar para a
efetividade da democracia grega, através de um sistema educacional lastreado pelo
racionalismo antropocêntrico, pela dicotomia entre physis e nomos e pelo relativismo,
promoveu uma guinada cultural em Atenas com consequências sentidas nos dias atuais.
A sofística promoveu a democratização do ensino e o desenvolvimento da ciência da
educação, sendo o presente texto um reconhecimento necessário pela importância
imensurável destas contribuições. 
Palavras-chave: Sofística; Educação; Pragmatismo; Democracia.
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https://www.linkedin.com/in/antonio-vital-de-moraes-j%C3%BAnior-860783327/
https://www.linkedin.com/in/antonio-vital-de-moraes-j%C3%BAnior-860783327/
https://www.linkedin.com/in/antonio-vital-de-moraes-j%C3%BAnior-860783327/
Abstract
This article on the pragmatism of sophistic education and the importance of the
argument for the effectiveness of democratic ideals is a study on the actions of sophists
in the field of education and its repercussions on the social life of Athenians. The
bibliographic research used had as references works by Cassim (1990), Guthrie (1995),
Jaeger (2003), Bonavides (2004), Borges (1999), Châtelet (1981), Chauí (1995), Cotrim
(1993), Duarte (1996), among others. Education as a basic precept for the effectiveness
of Greek democracy, through an educational system supported by anthropocentric
rationalism, the dichotomy between physis and nomos and relativism, promoted a
cultural shift in Athens with consequences felt today. Sophistics promoted the
democratization of teaching and the development of the science of education, and this
text is a necessary recognition of the immeasurable importance of these contributions.
Keywords: Sophistic; Education; Pragmatism; Democracy.
Introdução
 Quando se faz referência ao modelo educacional, é inerente o questionamento sobre
em que realidade social, econômica e histórica está sendo discutido seu
enquadramento. A educação é um preceito basilar para composição das realidades que
circundam o indivíduo. A busca pela emancipação ou participação ativa e consciente
deste é o objetivo do processo educacional. Segundo Duarte (1996, p. 51), “não basta
formar indivíduos, é preciso saber que tipo de sociedade, para que tipo de prática social
o educador está formando indivíduos”.
 É dentro dessa perspectiva que a educação sofística estruturou o ensino na sociedade
ateniense. A ruptura entre a educação antiga grega e a metodologia dos sofistas foi
além da organização, foi também a própria democratização do ensino. O ambiente
histórico em que surgiu a sofística ocorreu em meados do século V a.C., época em que
Atenas era dirigida pela democracia de Péricles. A cidade atravessava um momento de
grandes conquistas econômicas e políticas, contudo tinha seu desenvolvimento
sociocultural estagnado, momento conhecido como “a crise da consciência grega”.
 Nesse fértil contexto democrático, os sofistas implantaram uma educação calcada em
um conhecimento geral e primordialmente útil para as relações sociais vigentes. Para
ilustrar, citamos a lição do professor Arnaldo Vasconcelos (1998, p.86):
“Tornara-se imperiosa a formulação de nova mundividência, que fosse capaz de
abranger e dar sentido a essa realidade. O desafio foi plenamente assumido pelos
sofistas. Daí a excelente recepção que lhes proporcionavam sempre, em suas visitas, os
jovens aspirantes à liderança política.”
 As referências sobre a história desses pensadores, além de poucas, são também
fragmentadas, sendo caracterizadas pela distorção nas interpretações de suas posições.
A relevância dos sofistas para o pensamento ocidental está ligada indissociavelmente à
máxima de que educação é o princípio basilar para uma vida em sociedade, sendo
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considerados como os precursores da docência e defensores primeiros do espírito
democrático.
 O presente trabalho apresenta um estudo sobre a educação sofística através de uma
abordagem prática dos conhecimentos propagados pelos seus representantes,
enfatizando o pragmatismo, a metodologia, a democratização do ensino e suas
repercussões para a construção dos ideais de democracia ainda hoje vigentes.  Como
observa Lesky (1995, p. 317):
“Não há outro movimento que se possa comparar com a Sofística quanto a duração das
suas conseqüências. Não que, de um golpe, tenha modificado a vida cultural grega;
antes, já vimos que os círculos afetados por ela ao princípio eram de certa maneira
restritos. Mas o mundo de idéias que ela fez desintegrar nunca mais voltou a formar
uma verdadeira unidade, e as perguntas que formulava, as dúvidas que suscitava, não
puderam ser silenciadas (...)”
 Os pertinentes fundamentos para realização deste trabalho, foram explorados nas obras
de autores como: Guthrie, Châtelet, Lesky, Barbara Cassin, Arnaldo Borges, Luce, Gilberto
Cotrim, Danilo Marcondes, Oscar Souza Filho, Arnaldo Vasconcelos, Eduardo Bittar, 
Paulo Bonavides, Giovanni Reale, Jaeger, Newton Duarte, Padovani, Antonio Teles,
Abbagnano e Marilena Chauí.
 Para a educação, a importância deste estudo é coerente com o momento atual, pois o
processo democrático encontra-se em plenas efetividade e expansão. As transformações
acontecem de forma incrivelmente rápida e radical, assemelhando-se ao período da
Atenas dos sofistas, e novamente cabe à educação a missão intransferível de subsidiar e
preparar o homem para uma vida ativa e plena.
1. O período sofístico
 A sofística foi uma orientação genérica, haja vista, não ter constituído uma escola
filosófica. Dentre os sofistas era inegável o antagonismo e as divergências de posições,
contudo o que vinculava suas ações era majoritariamente a proposta da atividade
docente e o posicionamento eminentemente crítico.
 O termo sofista é uma derivação do grego sophistés com sentido de “habilidade
específica”, ou ainda de “homem detentor de um saber”, originário do termo sophos,
 que significa “sábio, perito”. O termo sofista inicialmente era um elogio e designava
“mestres da retórica e da cultura geral” (ABBAGNANO, 1982, p. 884), ou mesmo
“professores errantes que viajavam de cidade em cidade oferecendo cursos de instrução
em uma grande variedade de assuntos” (LUCE, 1994, p. 82).
 O termo “sofista” adquiriu um sentido pejorativo[2] e desfavorável devido à
desconfiança dos que apoiavam o regime aristocrático em Atenas e, primordialmente, à
oposição de pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles[3].
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 Esse posicionamento preconceituoso, por mais que tenha sido maléfico, nãofoi capaz
de neutralizar as consequências da sofística para o mundo grego, para o pensamento
ocidental e mesmo para a filosofia.
 A sofística ganhou importância em meados do século V a. C., com o apogeu da
democracia ateniense. A convergência dos sofistas de várias partes do mundo helênico
para Atenas foi movida pela necessidade urgente de uma nova formação para o cidadão
ateniense.    Os sofistas eram conhecedores de vários povos e várias culturas,
demonstravam costumes cosmopolitas e eram efetivamente acessíveis a mudanças.
 A democracia em Atenas exigia preparo intelectual e formação teórica para a vida em
sociedade, sendo um campo propício para o desenvolvimento da sofística. O grande
responsável pelo supracitado momento foi Péricles[4], um estadista ateniense que
governou Atenas por mais de 30 anos. Seu governo protagonizou o reconhecimento da
civilização helênica como potência científica da Antiguidade.
 A proposta democrática defendida por Péricles era apresentada como harmoniosa e
equilibrada com participação popular prevalente em três grandes instituições: a
Assembleia (Ecclesia), o Conselho dos Quinhentos (a Boulê) e os tribunais populares (a
Helieia).
 No campo econômico e político, Atenas era uma referência com reconhecimento em
toda a Grécia, dominava o comércio marítimo e com hegemonia sobre centenas de
cidades-estado, contudo apresentava como característica marcante o conservadorismo
em questões sócio-culturais. Essa disparidade de posicionamentos era justificada pela
insuficiência da tradicional educação grega no preparo do cidadão para a vida pública.
 Como requisito essencial para a efetivação da democracia em Atenas estava a
necessidade de uma base institucional para dirigir a sociedade. O adequado
funcionamento das instituições estaria atrelado à capacidade do cidadão de comunicar-
se e de superar as diferenças. A participação ativa, condicionada a uma visão geral
política, direcionaria as relações sociais aos entendimentos mútuos e a obediência às leis
que seriam iguais para todos. “Os sofistas surgem exatamente nesse momento de
passagem de tirania e da oligarquia para a democracia.” (MARCONDES, 2005, p. 44).
 Como conhecedores profundos da retórica[5] e da erística[6], os sofistas eram
estudiosos da linguagem e conferiam importância fundamental a ela, inclusive
inaugurando disciplinas de gramática e dialética. O poder e os modos de utilização da
linguagem foram minuciosamente estudados e desenvolvidos, sendo este um ponto
primaz para o sucesso na política e na vida pública.
2. A sofística e o racionalismo antropocêntrico
 Até o início do século VI a.C., os gregos viveram um período essencialmente mitológico
e religioso. O surgimento da filosofia marca a passagem do saber mítico ao pensamento
lógico-racional. A filosofia grega nasceu procurando desenvolver o logos em oposição
ao mito. Conforme ensina Grimal, apud Cotrim (1993, p. 81-82):
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“O mito se opõe ao logos como a fantasia a razão, como à palavra que demonstra.
Logos e mito são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente
fundamentais da vida do espírito. O logos, sendo uma argumentação, pretende
convencer. O logos é verdadeiro, no caso de ser justo e conforme à “lógica”; é falso
quando dissimula alguma burla secreta (sofisma). Mas o mito tem por finalidade apenas
a si mesmo. Acredita-se ou não nele, conforme a própria vontade, mediante um ato de
fé, caso pareça “belo” ou verossímil, ou simplesmente porque se quer acreditar. O mito,
assim, atrai em torno de si toda a parcela do irracional existente no pensamento
humano; por sua própria natureza, é aparentado à arte, em todas as suas criações”.
 No período pré-socrático, a filosofia foi originariamente desenvolvida nas colônias
orientais da Ásia Menor (em Mileto) e, logo depois, nas colônias ocidentais da Itália
meridional, fluindo apenas mais tarde para Atenas. Essa escala é justificada porque tais
colônias apresentaram um eficiente desenvolvimento social anteriormente, podendo
melhor se organizar e construir instituições livres antes do que a Grécia. A filosofia desse
período era aplicada à cosmologia[7], buscando através da razão o princípio primeiro, a
essência, a arché, em grego, inerentes a todos os seres e coisas existentes. Como
descreve Châtelet (1973, p. 18-19):
“É incontestável que a concepção grega do homem e do mundo se “secularizou” ou
“laicizou” progressivamente e que o universo dos deuses desapareceu pouco a pouco
face às ações dos homens.
(...) Nesta época os gêneros culturais mudam de sentido e estilo: a tragédia, antes
fundamentalmente religiosa, torna-se cerimônia cívica; a comédia passa do jogo
burlesco à geografia: descrições lendárias e genealogias místicas dão lugar a paisagens
e costumes analisados e descritos com precisão, a sequências de acontecimentos
narradas escrupulosamente; outros nascem como uma medicina que, doravante, faz
apelo antes à investigação das causas das enfermidades que aos recursos ambíguos da
adivinhação; como a física que passa pouco a pouco das especulações mágicas ao
estudo das relações fenomenais; como  a arte da palavra, que deixa de ser o apanágio
das famílias nobres para se tornar o meio do qual todo cidadão dispõe, pelo menos em
direito para fazer valer suas opiniões e interesses; como a “filosofia” que deixa de ser
declaração exaltante e misteriosa para reivindicar, com a maestria com que domina o
jogo das questões e respostas, seu direito a definir em todos os domínios a jurisdição
suprema.”
 Em decorrência da democratização da polis grega Atenas, foi aberta a possibilidade de
uma participação ativa por parte do cidadão, algo novo e inusitado para aquele período,
pois o centro gravitacional do direito era a cidade-estado. Péricles, idealizando uma
nova realidade, possibilitou o surgimento de uma virtude política que seria
independente da tradição, assumindo como pressuposto basilar a igualdade e a
liberdade de todos os cidadãos.
 A polis vive um período muito conturbado nesse momento, pois as especulações físico-
naturalistas tornam-se insuficientes para contornar as inquietações daqueles que
desejavam intervir de maneira eficaz na arena política. Conforme observa Châtelet (1973,
p.19), “uma democracia não é apenas, como sua etimologia indica, o poder do
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“povinho”, é antes o regime no qual o governo está “no meio”, quando cada cidadão
está de direito e de fato capacitado a participar dele”.
 A sofística surge neste momento para os atenienses, quando o povo pode sentir sua
força, quando a consciência política e a arte da socialização através da comunicação
tornam-se prerrogativas indispensáveis. “É visto que o domínio pessoal, em tal regime,
depende da capacidade de conquistar o povo pela persuasão, compreende-se a
importância que, em situação semelhante, devia ter a oratória e, por conseguinte, os
mestres de eloquência.” (PADOVANI, 1990, p. 108).
 O cidadão grego chegou ao ponto de assumir uma nova mundividência, inaugurando
através da sua nova condição social, uma fase filosófica caracterizada pelo enfoque no
próprio homem e nas suas relações em sociedade. A filosofia da natureza é substituída
pela guinada antropocêntrica e humanista das diretrizes do pensamento. Conforme
Vasconcelos (1998, p. 92):
“A rigor, a primazia na colocação da problemática do homem – sua existência, sua
vocação e seu destino – está com os sofistas. E, assim com o cogito, ergo sum cartesiano
simboliza a atitude gnosiológica dos humanistas modernos, em oposição ao credo, ergoscio de Santo Agostinho, o princípio protagórico do homo mensura representa a pedra
de toque do humanismo dos sofistas, que desse modo relegam a plano secundário a
desinteressante especulação físico-naturalista em sua fase de estiolamento.”
 É nesse contexto que se destaca a contribuição da sofística para a formação política da
sociedade ateniense e que perdura até os dias atuais, pois, diferentemente dos pré-
socráticos: jônicos, eleatas e pitagóricos, a sofística não se propôs à busca do princípio
primeiro da existência, nem mesmo se aprofundou nas questões naturalistas. A sua
problemática foi fincada na relação do homem enquanto ser social e suas relações em
sociedade e que têm por necessidade a busca do entendimento do mundo a sua volta.
Os sofistas procuraram ater-se aos conhecimentos que seriam úteis à polis. Esse
pragmatismo caracteriza sua gnosiologia como eminentemente distante do abstrato e
do teórico. Conforme passagem do poeta Ésquilo, “não é aquele que sabe muitas coisas
que é sophos, mas aquele cujo conhecimento é útil” (GUTHRIE, 1995, p. 32).
 Dentre a realidade encontrada pelos sofistas, estava a convivência permanente entre
grupos heterogêneos como cidadãos e estrangeiros, ricos e pobres, escravos e homens
livres, tudo isso somado ao emergente espírito democrático ávido por intelectualidade.
Assim sendo, rapidamente a sofística alastrou-se através de ensinamentos que
proclamavam a situação igualitária a todos os homens, questionando e revolucionando
sua relação com a polis. 
3. A relação entre nomos e physis
 A intervenção da sofística nas relações sociais e na formação das leis utilizadas na polis
 é cultuada e estudada academicamente em tempos atuais na disciplina de filosofia do
direito. A generalidade dos gregos levaram-nos a ver uma ordem, uma unidade, uma
harmonia por trás da multiplicidade caótica das coisas e dos acontecimentos (TELES,
1999, p. 22).
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 Com o antropocentrismo a sofística promove uma nova ordem axiológica, na qual o
homem tem reconhecimento de criador, e a cidade-polis é tida como sua criação.
Conforme Borges (1999, p. 38-39): “pode-se dizer que a Filosofia do Direito nasce com
os sofistas. Eles representavam a nova consciência contestadora da ordem Jurídica
vigente e a grande questão será trazida à Filosofia do Direito será a oposição
entre physis e nomos.”
 A sofística considerava o homem como produto da natureza, enquanto que a sociedade
e a polis, como criação artificial deste. A diferença entre a lei natural e as leis humanas
foi um dos pontos mais foi enfatizado pelos sofistas. O homem como criatura natural
deveria obedecer de maneira incontestável às leis da natureza, contudo as leis
convencionadas criadas pelos homens, utilizadas pela polis, mereceriam desconfiança,
pois eram produtos de interesses. Conforme Bonavides (2004, p. 401): “o sofista parte da
“injustiça essencial das leis”, que tem sempre por fundamento o interesse daqueles que
as elaboram”.
 A intensa busca do que realmente poderia ser justo através da convenção (leis
humanas, nomos) e do que era realmente natural (physis) e não poderia ser modificado
nas relações mantidas entre os homens na sociedade foi o mote por todo período
sofístico.
 A distinção entre o que seria natural e convencional repercutia inerente ao ceticismo da
sofística. Para Guthrie (1995, p. 58-61) os sofistas ao visualizarem a necessidade de
identificar a primazia e a abrangência dos atos naturais ou convencionais na vida do
homem, o que pretendiam era mensurar o quanto seriam imutáveis as leis humanas.
Para os sofistas a maioria das leis, em especial as que condicionavam o homem em
sociedade, eram produzidas pelos próprios homens, concluindo que qualquer
desigualdade ou mesmo submissão de um homem a outro, não encontra respaldo na
natureza. Enaltecendo que as definições das relações humanas eram originadas dos
costumes. O referido autor ilustra esse posicionamento através de uma passagem da
obra de Greenleaf:
 “ (...) A idéia duma lei moral universal estava, portanto, assim em declínio, e tornou-
se pari passu mais credível considerar regras morais como meramente consuetudinárias
e relativas, como tendo desenvolvido para ir ao encontro das necessidades de um povo
particular em dados lugares e tempos.” 
 Para a sofística o nomos seria particular a cada região, a cada povo e a cada sociedade.
Seria o resultado de uma convenção local, podendo desta forma ser modificado, em
atendimento às inovadoras situações que se apresentassem. A physis era natural, não se
poderia mudar. Era imposta pela natureza e rigidamente aceita. Os efeitos sociais de tal
posicionamento são realçados na condição de que as aptidões para ser um chefe
político não seriam uma dádiva da physis, como se acreditava antes, impedindo a
continuidade da mítica ideia do parentesco dos antigos líderes com divindades.
“No campo do direito e da justiça, a sofística mobilizou conceitos no sentido de afastar
todo tipo de ontologia ou mesmo todo tipo de metafísica ou mistificação em torno dos
valores socais. Nem deusas da justiça, nem Thémis, nem Diké, dão origem às leis
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humanas, mas somente os homens podem fazer regras para o convívio social; as leis são
atos humanos e racionais que se forjam no seio de necessidades sociais, o que só é
possível por meio da discussão comum, da deliberação consensual, da comunicação
participativa e do discurso.” (BITTAR; ALMEIDA, 2007, p. 80).
 A partir dessa intervenção da sofística, pode-se inferir que ao homem foi necessário
assumir sua condição determinante em interpretar o mundo a sua volta, pois a sua
interação com a realidade estava demonstrada inerentemente vinculada ao grau de
racionalidade intrínseco ao discurso assumido. 
4. A sofística e o relativismo
 Um dos grandes representantes da sofística foi Protágoras de Abdera, que tinha como
célebre a frase: “o homem é a medida de todas as coisas, dos que são pelo que são, e
das que não são pelo que não são”[8]. Segundo Reale (1993, p. 200): “tal expressão foi
considerada a magna carta do relativismo ocidental e trouxe à tona exatamente o
indivíduo singular”.
 A concepção de mundo condicionada à individualidade de cada homem, fundamentou
a ideia de que a verdade não tem existência independente ou absoluta, mas sim que ela
depende de quem a apresenta e ainda das convicções temporais de quem a constitui.
 Com a sofística, a verdade absoluta passa a ser inatingível, pois, como defende o
relativismo, a verdade é atrelada à percepção de cada homem. Esse posicionamento
rompe com o princípio da não-contradição, defendido pela dialética dos eleatas, que se
preocupava em não reduzir o pensamento à sensação e à criação de verdades
circunstanciais em contrapartida a uma verdade objetiva. 
 Através do posicionamento defendido pela sofística, o relativismo elevou o homem à
condição de sujeito do conhecimento, em situação dominante perante ao meio a sua
volta. A inevitável relativização dos valores também foi reconhecida como ponto
comum, haja vista que estes são determinados pelo momento da história ou pelo
espaço geográfico sobre o qual são apresentados.
 Ao negar a possibilidade de uma verdade de validade universal e incontestável e
também ao demonstrar um descompromisso em seus questionamentos em relação as
verdades já estabelecidas, os sofistas sofreram perseguições intelectuais de muitos
filósofos da época, pois, para estes, todos os estudos e questionamentos deveriam ter
fundamentos e motivação na busca de verdades comuns queexplicassem os fenômenos
do mundo e ainda definissem os padrões das relações sociais.
 Através do relativismo foi possível criticar e combater valores antes inatingíveis,
carregados de bases irracionais e nunca submetidos a posições críticas. Com essa
guinada, os valores ultrapassados que serviam de sustentáculo da aristocracia foram
superados, e o modelo democrático saiu fortalecido. O conhecimento entendido como
inerente a todo indivíduo serviu como forma de democratizar o ensino pelos sofistas.
Conforme Souza Filho (2008, p. 95):
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“Sem dúvida a atitude do movimento sofista provocou uma verdadeira revolução nos
costumes sociais e políticos de Atenas e além do mais trouxe o homem com o principal
sujeito e objeto da verdade. (...) A opinião do homem sobre o mundo e a respeito da
cidade, suas concepções e convenções, sua liberdade de consciência, tudo isso era mais
importante que qualquer outra questão. O movimento sofista desenvolveu o
individualismo e o relativismo quer no campo moral, político ou gnosiológico.”
 
5. A educação sofística
 Os poetas podem ser considerados os primeiros educadores do mundo grego, pois em
suas obras tratavam de temas sociais e humanos que serviam de referências para a
definição dos costumes e da tradição.
 Através dos poemas, os valores culturais da sociedade eram tratados de maneira
incisiva nas representações teatrais. Não obstante o paradigma de cidadão grego
perfeito e almejado, estava sempre como personagem principal nas obras apresentadas
pelos poetas. A aristocracia grega detinha como referência de nobreza os heróis
retratados pelo poeta Homero[9], que foi um dos maiores, conforme Jaeger (1967, p.77):
“Homero é, entre todos os poetas gregos, considerado o maior e, a crer nos
testemunhos, a opinião corrente ao tempo indica-o também como o educador de toda
a Grécia. De fato, a tradição homérica e o ideal educativo que nela se propõe são
transmitidos oralmente, de geração em geração, pelos aedos e rapsodos. Também só
assim se pode compreender a afirmação. Nele, pela primeira vez, o espírito pan-helênico
atingiu a unidade da consciência nacional e imprimiu o seu selo sobre toda a cultura
grega posterior.”
 A necessidade do homem de se conhecer, na busca da paridade entre a excelência do
físico e da moral, serviu de diretriz para a formação do primeiro sistema educacional
grego, pelo qual as crianças tinham a educação concentrada em atividades para o corpo,
através da gymnastiké[10], e para a alma, através da mousiké[11].
 O sistema de educação não era desenvolvido de forma elaborada ou mesmo
rigidamente definido, não havia um número obrigatório de anos de escolaridade. O
processo educacional era desenvolvido tanto formalmente como informalmente, pois,
quando a criança atingia a adolescência, ela era dispensada paulatinamente da
educação formal e sua formação seria complementada com sua convivência em
sociedade.
 A educação grega almejava dois objetivos: primeiro o antropológico, que seria a
formação de um homem equilibrado fisicamente e moralmente, e segundo o social, que
seria o atingimento da finalidade cívica com a cidadania, refletida através da fidelidade
de um cidadão crítico e participativo. A democracia grega foi determinante para o
desenvolvimento da educação, para a democratização do ensino e ainda para o futuro
da filosofia, através de duas características explanadas pela Professora Marilena Chauí
(1995, p. 36):
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“Em primeiro lugar, a democracia afirmava a igualdade de todos os homens adultos
perante as leis e o direito de todos de participar diretamente do governo da cidade, da
polis. Em segundo lugar, e como consequência, a democracia, sendo direta e não por
eleição de representantes no governo, garantia a todos a participação no governo e os
que dele participavam tinham direito de exprimir, discutir e defender em público suas
opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. Surgia assim, a figura do
cidadão.”
 A sofística tem sua primazia justamente na quebra do protótipo educacional existente
em Atenas, pois a consciência da cidadania almejada pelos gregos só se tornou possível
através de uma nova educação, mais ampliada e pragmática, a qual supriu as novas
exigências sociais e políticas. Os sofistas podem ser reconhecidos como os fundadores
da ciência da educação, já que antes deles não se encontram registros de uma forma,
metodologia ou mesmo técnica sistematizada de ensino.
 A educação sofística teve papel primordial para afirmação do cidadão ateniense na
democracia vigente, pois para os sofistas era viável o ensinamento da virtude política a
todos os homens. O posicionamento defendido pelos sofistas era totalmente contrário
aos ideais aristocráticos da época, haja vista que estes pregavam que a virtude política
não poderia ser adquirida, mas apenas transmitida geneticamente. Para muitos, os
sofistas foram os precursores da democratização do ensino. Conforme Jaeger (2003, p.
356):
“(...) a convicção de que a natureza (physis) é o fundamento de toda educação possível
permanece, mas, agora, após a sofística, a obra educadora se realiza por meio do ensino
(mathesis), da doutrinação (didaskalia) e do exercício (askesis), que faz do que foi
ensinado uma segunda natureza.”
 Através dos sofistas, a educação é assumida como uma ação consciente, e a formação
cultural do cidadão ateniense foi ampliada, pois esta era restrita apenas a
conhecimentos teóricos e sem vinculações práticas das ações na vida em sociedade.
Com os sofistas, o pensamento e a reflexão são eminentemente voltados para a ação do
homem.
 A ideia de formação do homem através da sua vivência em sua própria cultura, em um
contexto que não se limita a noções, nem mesmo ao simples processo de aquisição de
informação, teve início com a pedagogia dos sofistas, pois para estes a educação deve
reconhecer o homem como ser concreto e responsável por suas ações na vida em
sociedade.
 A sofística introduziu no sistema educacional grego um segundo nível de educação
formal, cuja estratégia seria moldar o cidadão, para que ele correspondesse aos ideais
de cidadania. Esse movimento educacional inaugurado pelos sofistas ainda é vigente.
Com relação à abrangência dos efeitos promovidos pela sofística e sua doutrina, citamos
a observação de Guthrie (1995, p. 7):
“O que quer que pensemos do movimento sofista, devemos todos estar de acordo (...)
que nenhum movimento intelectual pode-se comparar com ele na permanência de seus
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resultados, e que as questões propostas pelos sofistas nunca se permitiram repousar na
História do Pensamento Ocidental até nossos dias.”
 É importante ressaltar que a educação sofística, em sua aplicação prática, apresenta a
ação política como determinante da reflexão, a qual não se detém aos aspectos
ideológicos, mas sim ao que é prático e concreto. A palavra apresenta-se a serviço da
ação na vida pública.
 A prática educacional dos sofistas promoveu a habilidade de argumentar, como
também uma hermenêutica zetética dos princípios basilares e morais da sociedade
grega, buscando uma racionalidade acessível a todos e valorizando a subjetividade.
 Através do ensinamento sistematizado do uso da palavra, os sofistas tinham em seus
discursos a apresentação, eramadmirados pela habilidade de falar em público pois
utilizavam a publicidade através de conferências públicas. Dentre todos os
conhecimentos e ensinamentos que propunham transmitir, a retórica foi o mais
explorado. A retórica ensinada era propagada como a arte da persuasão e do
convencimento, e tinha como objetivo um ensino complexo, baseando-se numa visão
moderna de mundo enfatizando o conhecimento da linguagem.
 Para utilização efetiva da retórica não se exigia uma base verídica em sentido estrito,
mas seus efeitos estariam situados na temporalidade e no caráter independente do
conhecimento. O objetivo do discurso sofístico encontrava fundamento no relativismo e
na impossibilidade de uma verdade absoluta, não tendo pretensão de dogmatizar, mas
de convencer e sanar dúvidas. Sobre o discurso dos sofistas considera CASSIN (1990, p.
12).
“O discurso sofístico, na verdade, está para a alma assim como o phármakon,
remédio/veneno, está para o corpo: induz uma mudança de estado para o melhor ou
para o pior. Mas o sofista, como o médico, sabe utilizar o phármakon e pode transmitir
esse saber; sabe e ensina como fazer passar, não, segundo a bivalência do princípio de
não-contradição, do erro, à verdade ou da ignorância à sabedoria, mas, segundo a
pluralidade inerente ao comparativo, de um estado menos bom a um estado melhor.
Protágoras, que professa a virtude, o diz pela boca de Sócrates que, então, o defende: “É
de uma disposição à disposição que vale mais que deve se fazer a passagem, mas o
médico produz passagem através das drogas, o sofista através do discurso.”
 A proposta da educação sofística em fornecer aos cidadãos atenienses as respostas
para às questões da vida prática, que seriam inerentes à nova democracia que
experimentavam, reconheceu na opinião e nas considerações subjetivas instâncias
únicas a que se pudessem recorrer, a sua base seria a persuasão, com o objetivo de
produzir o consenso em relação às questões políticas (MARCONDES, 2005, p. 43).
 Os avanços sociais alcançados pelos gregos na democracia, observados na superação
dos entraves existentes na organização da vida em sociedade, como na inovadora
condição assumida pelo cidadão como construtor da polis, sujeito de direitos e ainda
como elemento primordial na relação com esta, só puderam ser almejados com a
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contribuição da educação desenvolvida pela sofística e pelo pragmatismo de seu
discurso.
 Os ideais pedagógicos promovidos pela sofística foram revolucionários e seus efeitos
transcendem da época aos dias atuais, pois ainda é presente a convicção de que, pela
educação, pode-se moldar o espírito do homem, e que através do processo educacional
norteado pelo ensinamento de valores definidos pela educação torna-se possível a
busca por um ideal de sociedade.
 
Considerações Finais
 O presente trabalho baseou-se numa abordagem prática sobre o pragmatismo e os
ideais da educação sofística. O modelo educacional inaugurado pelos sofistas propagava
um conhecimento complexo, tendo na sua finalidade a ação direta na realidade
existente, no caso, a democracia ateniense. A educação teria a responsabilidade de
fomentar uma nova consciência social, com uma atuação através do diálogo consciente,
reflexivo e crítico por parte do cidadão frente à polis.
 No período sofístico, a realidade social, econômica e histórica do século V a.C., foi
propícia para o surgimento da democracia. A necessidade da afirmação do homem,
indivíduo ativo na construção da realidade, foi a mola propulsora para uma nova
mundividência. O exercício do poder político e a socialização da vida, promoveram o
surgimento do sentimento de cidadania através da efetiva participação na construção
axiológica do ser social.
 A sofística, através de seus ideais educacionais, defendeu a formação integral dos
indivíduos, como requisito para a condição de cidadão, democratizando o ensino. As
relações existentes na vida em sociedade convergiriam para o reconhecimento do
homem como parte prioritária na relação com o Estado.
 A problematização das relações do homem em sociedade foi o cerne dos enfoques
didáticos da educação sofística. Esse posicionamento caracteriza o racionalismo
antropocêntrico defendido por diversos sofistas. Os conhecimentos debatidos e
aprofundados foram aqueles considerados úteis e que promovessem efeitos na
realidade em concreto, constituindo sua gnosiologia essencialmente prática.
 Na constituição das relações sociais, a identificação do que realmente é natural e
imutável (physis) e o que é convencionado pelos homens por interesses (nomos) serviu
para ratificar a igualdade de condições entre os homens na sociedade e, ainda, para
esclarecer que as desigualdades nas relações entre estes não possuíam origem de
ordem natural, e sim eram fruto dos costumes. 
 O relativismo encontrado nos fundamentos da sofística enalteceu a individualidade do
homem, colocando-o como sujeito do conhecimento, protegendo-o de dogmas e
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amarras intelectuais que o limitassem. Através do relativismo, o homem assumiu sua
condição determinante perante o mundo.
 A proposta educacional da sofística, através de sua metodologia e organização de
ensino, pode ser considerada como fundadora da ciência da educação. A guinada
educacional promovida está na abordagem prática direcionada ao conhecimento. A
educação, como ação consciente e promotora da cidadania, através da emancipação
consciente do homem, constituiu um trabalho educativo de importância imensurável
para a filosofia, a democracia e o pensamento ocidental. 
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[1]    Servidor Público. Mestrando em Estudos Jurídicos com Ênfase em Direito
Internacional pela Must University. Especialista em Ciências Criminais pela Universidade
Federal de Pernambuco. Especialista em Metodologia do Ensino da Filosofia pela
Universidade Gama Filho. Especialista em Teoria e Filosofia do Direito pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais. Especialista em Direito Público Contemporâneo
pela Faculdade São Vicente. MBA em Administração e Gestão Pública pelo Centro
Universitário Maurício de Nassau. Graduado em Licenciatura em Filosofia e Bacharelado
em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco
[2]     A disseminação do sentido pejorativo do termo sofista ficou marcado
efetivamente no vocabulário filosófico através da expressão “sofisma”, que significa o
mesmo que falácia, ou seja, argumento minucioso que leva a conclusões paradoxais.
[3]   “A criação de uma espécie de menosprezo pelo modus essendi, pelo
profissionalismo do saber e pela forma do raciocínio dos sofistas, adveio, sobretudo,
com a escola socrática. De fato, Sócrates destaca-se como declarado antagonista dos
sofistas, e dedica boa parte de seu tempo a provar que nada sabem, apesar de se
intitularem expertos em determinados assuntos e de cobrarem pelos ensinos que
proferem. Na seqüência do pensamento socrático, Platão incorpora esse antagonismo
intelectual e o transforma em compromisso filosófico, legando à posteridade uma visão
dicotômica que opõe diretamente as pretensões da filosofia (essência, conhecimento,
sabedoria...) às pretensões da sofística (aparência, opinião, retórica...). Chega mesmo a
conceber os sofistas como homens desconhecedores das coisas, pseudo-sábios, que
têm em vista somente contraditar a tudo e a todos, criar disputas, fomentar debates
inócuos e vazios de sentido: aí mora o desprestígio da arte retórica sofística. Aristóteles
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dá continuidade ao mesmo entendimento, sedimentando-o no contexto do pensamento
filosófico, de modo que se incorpora ao mundo ocidental a leitura socrático-platônica
da sofística.” (BITTAR; ALMEIDA, 2007, p. 75).
[4]     Estadista ateniense e governador de Atenas (463-431 a. C.), nascido nesta cidade,
cujo governo marcou o surgimento da civilização helênica como potência científica da
Antigüidade, época de maior esplendor desta civilização e da consolidação do sistema
democrático ateniense. Filho de uma família de elite, influente tanto nas finanças como
na política, descendente dos pisistrádidas e dos alcmeônidas, e educado por filósofos,
torna-se general e entrou na política e foi eleito estratego, o general superior, ou
Generalíssimo, na Grécia antiga (463 a. C.), derrotando o líder aristocrata Címon, com
uma plataforma de reformas democráticas. Posição de acentuada responsabilidade
social, que além de lhe atribuir o comando das forças de terra e de mar, permitia-lhe
influir no controle da fazenda pública e na política interna e externa do estado.
Reelegeu-se, anualmente, durante mais de 30 anos. Célebre orador e estrategista,
tornou-se o principal artífice da expansão imperial de Atenas como potência comercial
da Grécia. Instalou novas colônias e ampliou a hegemonia ateniense sobre 400 cidades-
estado, através da Liga de Delos, contra os persas. No seu governo, Atenas entrou numa
fase francamente expansionista, monopolizou o comércio marítimo e tiranizou seus
aliados da confederação de Delos. Essa política levou ao longo conflito com Esparta, que
culminou com a disputa armada conhecida como Guerra do Peloponeso (431-404 a. C.).
Durante o período inicial de governo, enfrentou grandes dificuldades, sobretudo
quando a peste começou a dizimar a população ateniense. Reprimiu brutalmente as
rebeliões e governou sob forte oposição. Foi a maior figura política da história de
Atenas. A organização definitiva da democracia ateniense teve nele seu mais eficaz
agente. Entre as reformas mais significativas suprimiu o direito de veto dos membros do
Areópago, assembléia formada pela aristocracia, e implantou a figura do tribunal
popular dos heliastas, cidadãos que se reuniam ao ar livre, ao nascer do sol, para
deliberar sobre assuntos de Atenas, que passou a ter também funções judiciais, até
então privativas dos arcontes, os magistrados. Abriu o acesso ao arcontado a todos os
cidadãos e estabeleceu também a remuneração dos juízes e dos assistentes da
assembléia popular, com o objetivo de atrair cidadãos menos favorecidos para o
exercício da atividade pública, e suspendeu as restrições políticas que impediam o
acesso dos tetes, proletários atenienses a altos cargos do estado. Porém os cidadãos
legítimos de Atenas do seu século constituíam menos de dez por cento da população.
Os demais habitantes eram estrangeiros com seus filhos destes e os escravos. O próprio
governador contribuiu para a manutenção deste estado de coisas apresentando uma lei
que excluía dos direitos políticos todo aquele que não fosse nascido do matrimônio
legítimo de dois cidadãos atenienses, o que atingia os filhos de casamentos mistos, em
que apenas um dos cônjuges era cidadão ateniense. Ironicamente, depois o próprio
generalíssimo foi vítima desta lei quando não pode casar-se com sua grande
companheira marital e política e mãe de um de seus filhos, Aspásia, por ser nascida em
Mileto, Ásia Menor, na hoje Turquia Realizou grandes construções em Atenas, como o
Partenon, templo pagão de insuperável perfeição arquitetônica e riqueza escultória, e
estimulou as artes e a cultura. A identidade de sua primeira esposa é desconhecida,
porém sabe-se que dela divorciou-se dez anos após o casamento para viver com a bela
e inteligente Aspásia, de Mileto, 25 anos mais jovem e que teria grande influência
política em seu governo. Quando a Liga de Delos foi derrotada por Esparta e uma forte
peste matou um terço da população ateniense, foi responsabilizado por essas desgraças
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e perdeu a eleição (431 a. C.). Reelegeu-se estratego (429 a. C.), mas morreu pouco
depois, vítima da peste que ainda grassava sobre a península da Ática. Sua época passou
a história como o século de Péricles.
Disponível: https://biografias.netsaber.com.br/biografia-2960/biografia-de-pericles.
Acessado em 01/10/2024.
[5]     Arte de convencer pelo uso de instrumentos linguísticos. Um dos objetivos da
retórica é persuadir através do discurso, podendo abordar qualquer assunto.
[6]     Arte de batalhar com palavras, isto é, de vencer nas discussões.
[7]     “A cosmologia dos pré-socráticos deve ser entendida e caracterizada pelo
abandono do mito e pela tentativa de encontrar uma explicação racional ou natural do
mundo. Os Pitagóricos obtiveram os maiores méritos: a) entenderam o universo como
cosmos, isto é, como uma ordem objetiva, exprimível na linguagem matemática, isto é,
em termos de figura e de número; b) com Filolau (séc. V. a.C.), rejeitarampela primeira
vez, a concepção geocêntrica, reputando que a própria Terra e todos os outros corpos
celestes se movem em torno de um fogo central chamado Hestia e apresentando assim
a primeira doutrina heliocêntrica, defendida mais tarde por Heraclides Pôntico e
Aristarco de Samos (séc. III a. C.).” (ABBAGNANO,  1982, p.200).
[8]     Filósofo sofista e legislador grego nascido em Abdera, cidade litorânea entre a
Macedônia e a Trácia, o mais antigo e o mais destacado sofista, criador do método da
antilogia. Conterrâneo de Demócrito, cuja escola conheceu (~ 460), exerceu o magistério
na sua cidade natal, na Magna Grécia e em várias cidades gregas. Viajou por toda a
Grécia e esteve várias vezes ensinando em Atenas, onde alcançou grande sucesso como
legislador e professor, sobretudo entre os jovens. Honrado e procurado por Péricles,
este lhe confiou a tarefa de preparar a legislação para a nova colônia de Túrion, no Golfo
de Tarento, Sul da Itália (444 a. C.). Em seus ensinamentos tinha como princípio básico
de sua doutrina a célebre frase: "O homem é a medida de todas as coisas e daquelas
que são, enquanto são; e daquelas que não são, enquanto não são", usada pelos
humanistas. Idealizador dos mestres sofistas, grupo de mestres gregos que sobreviviam
profissionalmente do ensino de ciências, foi um sábio profícuo, do mesmo porte do seu
conterrâneo e contemporâneo do atomista Demócrito. Pregou a relatividade do
conhecimento, uma doutrina resumida com a célebre fórmula de que o homem é a
medida de todas as coisas, máxima que significava que de cada homem individualmente
considerado dependem as coisas, não na sua realidade física, mas na sua forma
conhecida. Assim foi acusado de ateísmo, teve de fugir de Atenas, onde foi processado e
condenado por impiedade, tendo sua obra sobre os deuses queimada em praça pública.
Refugiou-se então na Sicília, onde morreu com mais de setenta anos (410 a. C.), dos
quais, quarenta dedicados à sua profissão. Sua principal obra foi As antilogias e Platão
deu seu nome a um dos seus diálogos. Disponível
em: https://biografias.netsaber.com.br/biografia-2965/biografia-de-protagoras-de-
abdera. Acessado em 01/10/2024.
[9]     Homero (850 a. C.) foi um poeta épico da Grécia Antiga, autor das obras-primas
"Ilíada" e "Odisseia", que narram as aventuras dos heróis gregos da guerra de Troia e
que tiveram grande influência na literatura ocidental. Homero nasceu em algum lugar da
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https://biografias.netsaber.com.br/biografia-2965/biografia-de-protagoras-de-abdera
https://biografias.netsaber.com.br/biografia-2965/biografia-de-protagoras-de-abdera
Jônia, antigo distrito grego da costa ocidental da Anatólia, que hoje constitui a parte
asiática da Turquia, por volta de 850 a. C. As cidades de Esmirna, Rhodes, Quio, Argos,
Ítaca, Pilos e Atenas também reivindicam a honra de ter sido a pátria de Homero, dada a
importância de suas obras. Entre as muitas lendas e a escassa confiabilidade dos dados
biográficos sobre Homero fizeram com que, já no século XVIII, muitos estudiosos
questionassem até mesmo a sua existência. As diferenças de estilo entre a Ilíada e a
Odisseia levaram alguns críticos a aventar a hipótese de se tratar da recomposição de
poemas criados por outros autores. Aos manuscritos em pergaminho originados dos
trabalhos de Homero, acrescentaram-se anotações de diversos outros helenistas e de
eruditos bizantinos ao longo de pelo menos um milênio. Entre 1821 e 1960, foram
encontrados no Egito centenas de papiros com descrições dos poemas. Homero, que
viveu no século IX a. C., não foi testemunha dos fatos ocorridos na guerra de Troia que
se passou entre os séculos XIII e XII a. C. Aproveitando a tradição oral do povo – que
jamais esqueceu a guerra - e sem se preocupar com a verdade histórica, Homero
transformou a história em um poema épico. O ponto de maior concordância dos
estudiosos é que a “Ilíada” foi uma obra da juventude de Homero e precedeu a
"Odisseia”, que teria sido escrita na velhice, como complemento da primeira e ampliação
de sua perspectiva. Segundo a tradição, Homero, já cego, teria passado os últimos anos
de sua vida vagando e cantando seus versos pelas ruas da ilha de Los, na Grécia, onde
faleceu. Disponível em: https://www.ebiografia.com/homero/ . Acessado em 01/10/2024.
 
[10]   Do termo gymnastiké tem origem a palavra “ginástica”, que significa arte ou ato
de exercitar o corpo para fortalecê-lo e dar-lhe agilidade.
[11]   Do termo mousiké tem origem a palavra “música”, no sentido arte e ciência de
combinar os sons de modo agradável. Em específico significava na educação grega arte
do discurso em verso.
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