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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes administrativos 
· CONCEITO: instrumentos dos agentes públicos para atingir o interesse público (poder-dever ou dever-poder).
· ABUSO DE PODER: excesso de poder (extrapola a competência) e desvio de poder (desvio de finalidade – ato praticado com o fim diverso do da lei ou ato praticado para satisfazer o interesse pessoal do agente). Obs.: o abuso de poder pode ser pela omissão.
· CARACTERÍSTICAS: indisponíveis, instrumental. 
· DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO: PEPA 
· Dever de Probidade (agir com moralidade)
· Dever de Eficiência (o agente público tem que prestar o melhor serviço possível)
· Dever de Prestar contas (o agente público atua em dever da coletividade, vinculado à publicidade e a transparência)
· Dever de Agir (utilizar todos os instrumentais que a lei disponibiliza)
· PODER NORMATIVO/REGULAMENTAR: poder conferido à administração pública para fazer atos normativos para a execução das leis. 
· Poder regulamentar é o poder dado ao chefe do executivo de fazer decretos.
· Atribuição conferida ao agente público para expedir normas gerais, abstratas e dotada de efeito erga omnes. Deve ser secundo legem.
· DECRETO:
· Regulamentar/execução (art. 84, VI, CF): competência do chefe do poder executivo para a fiel execução de uma lei – não admite delegação.
· O decreto não pode ampliar, restringir e modificar a lei.
· Autônomo/independente (art. 84, VI, CF): existência independente de uma lei anterior – admite delegação.
· Fazer administração administrativa, desde que, não provoque criação ou extinção de órgãos e aumentos de despesas.
· Extinção de cargos/função, desde que estejam vagos.
· DIFERENÇA ENTRE PODER NORMATIVO E LEI: a lei é produzida pelo legislativo, a lei inova o ordenamento jurídico e o poder normativo regulamenta a lei.
· FORMA DE CONTROLE DO PODER REGULAMENTAR/NORMATIVO: A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA pode exercer controle sobre os seus próprios atos (autotutela). 
· PODER HIERÁRQUICO: hierarquia entre órgãos públicos e agentes públicos - decorre da supremacia especial do Estado. Conjunto de atribuições dadas pela lei (ordenamento jurídico) ao agente público para que esses possam ordenar, distribuir ou escalonar as funções públicas – relação de subordinação. 
· Poder de comando, dar ordens. 
· Poder de fiscalização 
· Poder de revisão 
· Poder de delegar e avocar 
· Poder de Punir: 
· DELEGAÇÃO ADMINISTRATIVA (distribuir/transferir parte de sua competência para outras pessoas, é temporária, não exige a subordinação) – é a regra. 
· Pode ser horizontal ou vertical. 
· Pode haver a revogação a qualquer momento.
· A subdelegação é possível (delegação da delegação)
· Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. NO RE EX
· AVOCAÇÃO ADMINISTRATIVA (o agente traz para si a competência de alguém inferior hierarquicamente, exige a hierarquia, excepcional, temporária) – exceção. Tem que haver a motivação.
· Não há hierarquia entre entes da federação.	
· Não há hierarquia entre a administração direta e indireta.
· Não há hierarquia entre as funções típicas do poder legislativo e poder judiciário.
· PODER DISCIPLINAR: Atribuição dada aos agentes públicos pela lei para punir os agentes (SERVIDORES E PARTICULARES) que tenham vínculo com a administração pública. O poder disciplinar permite a aplicação de punições em decorrência de infrações relacionadas com atividades exercidas no âmbito da própria Administração Pública.
· Discricionário: liberdade para fazer a escolha da sanção ao caso concreto e atipicidade das condutas infracionais.
· Para o STJ, o enquadramento em uma situação de demissão não permite a aplicação de sanção menos gravosa.
· STJ: o poder disciplinar é vinculado.
· Súmula 591-STJ: É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa,
· SV 5 do STF: falta de advogado (defesa técnica) no PAD não viola a constituição.
· Particular que presta serviço para a administração;
· Punição aplicada aos estudantes de ensino público;
· Aplicação de sanção do diretor do presidio ao preso.
· PODER DISCRICIONÁRIO: poder da administração de fazer juízo de conveniência e oportunidade, escolhendo a melhor solução para o caso concreto.
· PODER VINCULADO: quando a administração não tem margem de liberdade, tem que fazer o que a lei determinou. Muitos autores não consideram um poder.
PODER DE POLÍCIA
· CONCEITO DOUTRINÁRIO: O poder de polícia consiste na atividade estatal de restringir/condicionar/limitar o uso de bens, direitos e atividades do particular, em benefício da coletividade.
· CONCEITO LEGAL: Código Tributário Nacional, artigo 78
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
· Formas de expressão:
· Ato de legislação (Leis e atos normativos)
· Ato de Consentimento (autorização e licença).
· Ato de Fiscalização.
· Atos de sanção (interdição/demolição/multas).
· PODER DE POLÍCIA EM SENTIDO AMPLO (Poder Legislativo e Executivo) E ESTRITO (Poder executivo)
· PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO (Administração Pública Direta/Estado) E DERIVADO (Administração Pública Indireta)
· CARACTERÍSTICAS DO PODER DE POLÍCIA
· DISCRICIONÁRIO: a Administração terá que decidir qual o melhor momento de agir, qual o meio de ação mais adequado, qual a sanção cabível diante das previstas na norma legal e autorização. 
· Obs.: o poder de polícia pode ser vinculado quando exigir licenças.
· AUTO EXECUTÓRIO: cabe a execução direta do ato, sem a necessidade de autorização prévia do poder judiciário. É ato de agir da Administração com os próprios meios, executando suas decisões sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
· Exceção: Cobranças de multas se dá pela via judicial.
· Exceção: o STF entende que a demolição de casas habitadas exige ordem judicial.
· COERCITIVO: imposição ao particular, inclusive pela utilização da força pública se preciso for. 
· EXIGIBILIDADE (Apenas alguns autores): confere meios indiretos para a execução do poder de polícia, como a aplicação de multas, e admitindo, quando previsto em lei ou para evitar danos irreparáveis ao interesse público, a autoexecutoriedade, com o uso de meios diretos de coação.
· Não é possível delegar o poder de polícia para particulares (REGRA).
· STF – RE 633782 "É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial".
· Os atos de polícia administrativa (Expressão do Direito de Polícia) têm como objetivo impedir ou paralisar atividades antissociais, incidindo sobre bens, direitos ou atividades dos particulares.
· ESPÉCIE TRIBUTÁRIAS: o Estado pode cobrar TAXAS para exercer o Poder de Polícia (ART. 145, II, CF e ART. 98 CT).
· Competência para praticar os atos de poder de polícia. (PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE)
· Nacional: união.
· Regional: estados.
· Local: municípios.
· POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA
	
	POLÍCIA ADMINISTRATIVA
	POLÍCIA JUDICIÁRIA
	MOMENTO
	PreventivaRepressiva
	QUEM?
	Qualquer órgão/entidade Pública
	Corporações especializadas
PC e PF (*PM)
	FINALIDADE
	Combater atividades antissociais
	Infrações penais
	DESTINATÁRIOS
	Bens, direitos e atividades
	Pessoa
	NORMAS
	Leis e princípios do Direito Adm
	Lei processual Penal
· STF: É CONSTITUCIONAL a imposição de multas de trânsito (PODER DE POLÍCIA) pelas guardas municipais.
· Prescrição: Lei nº 9.873/99 Art. 1 o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. § 1 o Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso. § 2 o Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.

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