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Perguntas que podem cair, com base nas leituras: 1. Qual é o principal foco da Psicologia Humanista? a) Compreender o inconsciente através da análise dos sonhos b) Enfatizar o comportamento observável e suas causas externas c) Focar no potencial de crescimento e na experiência subjetiva do ser humano d) Analisar a interação entre o id, ego e superego 2. Segundo Carl Rogers, o conceito de “tornar-se pessoa” está associado a: a) Obediência a normas sociais b) Desenvolvimento de uma identidade rígida c) Autenticidade e congruência consigo mesmo d) Controle de impulsos 3. O termo “fenomenologia do cuidado” se refere a: a) Uma abordagem behaviorista de análise da experiência b) A observação científica do comportamento humano c) A compreensão da vivência subjetiva do outro d) Uma técnica de intervenção psicanalítica 4. Qual das seguintes afirmações está relacionada à Gestalt-terapia? a) Concentra-se na análise dos sonhos para acessar o inconsciente b) Valoriza a consciência do momento presente e a responsabilidade pessoal c) Defende a repressão das emoções como forma de adaptação d) Tem como objetivo a análise da história de vida em profundidade 5. Segundo a Abordagem Centrada na Pessoa, qual é o papel do terapeuta? a) Direcionar o paciente a tomar decisões corretas b) Ser uma figura autoritária e dar conselhos diretos c) Facilitar um ambiente de aceitação e empatia d) Diagnosticar e aplicar intervenções padronizadas 6. Na perspectiva de Carl Rogers, quais são as condições necessárias para a mudança terapêutica? a) Interpretação dos sonhos e análise do inconsciente b) Congruência, aceitação incondicional e empatia c) Reforço positivo e modificação de comportamento d) Análise dos traumas de infância 7. O que caracteriza a pesquisa fenomenológica segundo Amatuzzi? a) Observação de comportamentos objetivos b) A coleta de dados quantitativos c) A busca pela compreensão da experiência subjetiva d) A aplicação de testes padronizados 8. Gestalt-terapia e Psicologia da Gestalt se diferenciam principalmente por: a) Focarem em diferentes aspectos da percepção e experiência b) Abordarem as emoções de maneiras opostas c) Serem abordagens concorrentes e conflitantes d) Usarem os mesmos métodos terapêuticos Questões dissertativas 1. Explique como o pensamento humanista influenciou o desenvolvimento de novas abordagens em Psicologia, destacando as contribuições de Carl Rogers. O pensamento humanista, que emergiu como uma reação às abordagens psicodinâmicas e behavioristas, influenciou profundamente o desenvolvimento de novas abordagens em Psicologia ao enfatizar a singularidade da experiência humana e o potencial de autorrealização. Essa perspectiva prioriza a experiência subjetiva do indivíduo, a busca por significado, e a capacidade intrínseca de crescimento pessoal. Carl Rogers, um dos principais expoentes do movimento humanista, introduziu a Abordagem Centrada na Pessoa, destacando a importância da relação terapêutica como um fator curativo. Ele enfatizou a necessidade de congruência, empatia e aceitação incondicional por parte do terapeuta, promovendo um ambiente no qual o cliente pudesse se sentir seguro para explorar suas emoções e dificuldades. Rogers acreditava que cada pessoa tem a capacidade de resolver seus próprios problemas se colocada em um ambiente favorável, oferecendo uma visão otimista e libertadora do potencial humano. 2. Discuta a relação entre a Abordagem Centrada na Pessoa e a Gestalt-terapia, mencionando suas similaridades e diferenças no que diz respeito à compreensão da experiência humana. A Abordagem Centrada na Pessoa e a Gestalt-terapia compartilham uma base comum no pensamento humanista, focando na experiência subjetiva e na autonomia do indivíduo. Ambas as abordagens buscam ajudar a pessoa a se reconectar com seus sentimentos e percepções internas para promover o crescimento pessoal. Uma das principais similaridades entre as duas abordagens é a ênfase na autenticidade e no momento presente. Na Abordagem Centrada na Pessoa, Carl Rogers valoriza o "aqui e agora" como um espaço para que o cliente possa se conectar com suas emoções genuínas, sem julgamentos ou imposições externas. A Gestalt-terapia, por sua vez, também se concentra no momento presente, encorajando o cliente a se tornar consciente de suas emoções e comportamentos no "aqui e agora" como forma de autoconhecimento e responsabilidade. No entanto, uma diferença importante entre as duas abordagens reside nos métodos terapêuticos. Enquanto a Abordagem Centrada na Pessoa utiliza uma postura não-diretiva, na qual o terapeuta oferece um espaço de acolhimento sem direcionar a sessão, a Gestalt-terapia é mais ativa, utilizando técnicas como dramatizações e diálogos para que o cliente explore conflitos internos. RESUMOS e PRINCIPAIS PONTOS DAS LEITURAS 1 aula: Resumo do livro: Fenomenologia do cuidado e do cuidar: Perspectivas Multidisciplinares. Curitiba: Juruá Editora, 2011., O livro "Fenomenologia do Cuidado e do Cuidar: Perspectivas Multidisciplinares" é uma obra organizada por Francisco Holanda e João Augusto Peixoto, que explora a temática do cuidado a partir de uma abordagem fenomenológica. A obra oferece uma visão ampla e interdisciplinar, reunindo contribuições de diferentes áreas como Psicologia, Filosofia, Enfermagem e Ciências Sociais, com o objetivo de aprofundar a compreensão do fenômeno do cuidado, tanto em seu aspecto teórico quanto prático. Principais pontos do livro: 1. Fenomenologia como base epistemológica: O livro utiliza a fenomenologia como uma lente através da qual se compreende a experiência do cuidado. A fenomenologia, enquanto método filosófico, busca descrever a essência da experiência vivida, ou seja, como o fenômeno do cuidado é percebido e vivido pelas pessoas. 2. Cuidado como experiência existencial: O cuidado é tratado não apenas como uma prática técnica, mas como uma relação profundamente humana e existencial. A experiência do cuidar envolve a abertura para o outro, a empatia, o estar presente e a compreensão da subjetividade da pessoa cuidada. 3. Cuidado e subjetividade: Uma das premissas centrais do livro é a valorização da subjetividade do cuidador e do cuidado. O ato de cuidar é compreendido como algo que envolve não só técnicas ou procedimentos, mas a interação entre duas subjetividades – a de quem cuida e a de quem é cuidado. 4. Cuidado na saúde e outras áreas: Embora muito do enfoque do livro seja direcionado ao cuidado em contextos de saúde, como na Enfermagem e na Psicologia, ele também aborda o cuidar em outros contextos, como na educação e nos relacionamentos interpessoais. Isso reforça a ideia de que o cuidado é um fenômeno universal e central para a vida em sociedade. 5. Dimensões éticas do cuidado: O cuidado, segundo o livro, envolve uma dimensão ética fundamental. Cuidar não é apenas uma tarefa funcional, mas uma responsabilidade moral. Isso inclui a compreensão das necessidades do outro e a capacidade de respeitar sua autonomia e dignidade. 6. Cuidado e vulnerabilidade: A obra discute como o cuidado está intimamente relacionado à vulnerabilidade humana, tanto de quem cuida quanto de quem é cuidado. O cuidado surge, muitas vezes, a partir da fragilidade, seja física, emocional ou existencial, e sua prática exige sensibilidade para lidar com essas questões. Possíveis questões para prova: 1. O que é fenomenologia e como ela é utilizada no contexto do cuidado, segundo a obra "Fenomenologia do Cuidado e do Cuidar"? o Resposta esperada: A fenomenologia é um método filosófico que busca descrever as experiências vividas. No contexto do cuidado, ela é utilizada para compreender a essência do ato de cuidar, focalizando a experiência subjetiva tanto de quem cuida quanto de quem é cuidado. 2. De que maneira a subjetividade influencia a prática do cuidado, conforme discutido no livro?o Resposta esperada: A subjetividade desempenha um papel central na prática do cuidado, pois cuidar envolve uma interação entre duas subjetividades, exigindo empatia, presença e compreensão das necessidades e sentimentos da pessoa cuidada. 3. Explique como o cuidado pode ser entendido como uma experiência existencial e não apenas técnica. o Resposta esperada: O cuidado é uma experiência existencial porque envolve a interação humana em um nível profundo, onde se lida com as necessidades emocionais, físicas e espirituais de quem é cuidado. Não se trata apenas de uma prática técnica, mas de uma relação que exige sensibilidade e presença. 4. Qual a importância da ética na prática do cuidado, segundo o livro? o Resposta esperada: A ética é fundamental na prática do cuidado, pois envolve a responsabilidade de compreender e atender às necessidades do outro, respeitando sua dignidade e autonomia. O cuidado ético vai além da aplicação de técnicas, sendo um compromisso moral com o bem-estar do outro. 5. Como o livro aborda a relação entre cuidado e vulnerabilidade? o Resposta esperada: O livro discute que o cuidado está intimamente ligado à vulnerabilidade, pois surge muitas vezes a partir da fragilidade do ser humano, seja em termos de saúde, emoções ou existência. Cuidar exige uma postura de sensibilidade e abertura para lidar com essa vulnerabilidade de forma ética. 6. Quais são os principais desafios discutidos na obra sobre a prática do cuidado em contextos de saúde? o Resposta esperada: A obra aponta que um dos principais desafios é equilibrar o uso de técnicas e procedimentos com a necessidade de atender à subjetividade do paciente. Outro desafio envolve a necessidade de que o profissional de saúde mantenha uma postura ética e empática, mesmo em contextos que exigem alta tecnicidade. 7. Como a obra relaciona o cuidado com o conceito de presença? o Resposta esperada: A presença, no contexto do cuidado, é entendida como a disponibilidade emocional e física para estar com o outro, não apenas fisicamente, mas de forma atenta e aberta à sua subjetividade. É estar presente para acolher as necessidades do outro de forma empática. 8. Qual a importância do cuidado em outras áreas além da saúde, como discutido no livro? o Resposta esperada: O cuidado é visto como um fenômeno universal, essencial em várias áreas da vida, como na educação e nos relacionamentos interpessoais. O ato de cuidar vai além do ambiente clínico, sendo crucial para o desenvolvimento humano e para a convivência social. 2ª aula: Resumo do texto: CASTAÑON, G. A. Psicologia humanista: a história de um dilema epistemológico. Memorandum, 12, pp. 105-124, 2007. O artigo de Gustavo A. Castañon, intitulado "Psicologia Humanista: a história de um dilema epistemológico", aborda a trajetória e os desafios epistemológicos da Psicologia Humanista, uma das principais correntes da psicologia no século XX. A obra explora como essa abordagem se desenvolveu em oposição às tradições behaviorista e psicanalítica, propondo uma nova forma de compreender o ser humano, focada na experiência subjetiva e no potencial de autorrealização. Principais pontos do artigo: 1. Origem da Psicologia Humanista: Castañon explica que a Psicologia Humanista surgiu nos anos 1950 como uma "terceira força" em resposta à visão mecanicista do behaviorismo e ao determinismo da psicanálise. A nova corrente priorizou a liberdade, o crescimento pessoal e o estudo da experiência subjetiva. 2. Dilema epistemológico: O autor destaca o dilema epistemológico central da Psicologia Humanista: sua dificuldade em conciliar a subjetividade humana com as exigências objetivas da ciência. A corrente humanista questiona a ideia de que o ser humano possa ser totalmente compreendido por métodos científicos tradicionais, uma vez que a experiência pessoal e a singularidade de cada indivíduo não se encaixam facilmente em padrões universais. 3. Relação com a fenomenologia: A obra destaca a influência da fenomenologia na Psicologia Humanista, principalmente na busca pela compreensão do fenômeno da experiência humana. A fenomenologia oferece uma base epistemológica que valoriza a subjetividade e tenta capturar a experiência do ser humano em seu contexto. 4. Críticas ao paradigma científico dominante: Castañon argumenta que a Psicologia Humanista apresenta uma crítica ao positivismo científico, que busca leis universais e objetivas. A abordagem humanista, ao contrário, valoriza a experiência pessoal e o contexto particular, dificultando sua aceitação no mainstream acadêmico da época. 5. Contribuições e limitações: Embora a Psicologia Humanista tenha trazido uma visão inovadora sobre o ser humano, Castañon também aponta as dificuldades dessa abordagem em estabelecer uma base sólida de pesquisa empírica e científica, devido à sua ênfase na subjetividade. Esse dilema entre ciência e subjetividade continua sendo um dos maiores desafios da Psicologia Humanista. Possíveis questões sobre o artigo: 1. Quais foram as principais motivações para o surgimento da Psicologia Humanista, segundo Castañon? o Resposta esperada: A insatisfação com o mecanicismo do behaviorismo e o determinismo da psicanálise, levando à criação de uma abordagem que valorizasse a experiência subjetiva e o potencial de crescimento pessoal. 2. O que caracteriza o dilema epistemológico da Psicologia Humanista? o Resposta esperada: A dificuldade em equilibrar a subjetividade da experiência humana com as exigências de objetividade e cientificidade da pesquisa psicológica tradicional. 3. Como a Psicologia Humanista se relaciona com a fenomenologia? o Resposta esperada: A Psicologia Humanista se apoia na fenomenologia para valorizar e estudar a experiência subjetiva e o contexto particular de cada indivíduo, em oposição às abordagens mais objetivas. 4. Quais são as principais críticas que a Psicologia Humanista faz ao positivismo científico? o Resposta esperada: A crítica está relacionada à busca de leis universais e objetivas no positivismo, que ignora a singularidade e a complexidade da experiência subjetiva do ser humano. _____________________________________________________________________________ 3ª aula: Leitura: Pensamento Humanista em Psicologia:O capítulo 1, intitulado "Humanismo e Psicologia", da obra "Por uma Psicologia Humana" (2ª ed., São Paulo: Ed. Alínea, 2008) de Marcos Amatuzzi, discute a relação entre a Psicologia Humanista e o movimento humanista mais amplo, bem como suas implicações para a prática psicológica. Principais pontos do capítulo: 1. Humanismo e sua visão do ser humano: O humanismo é descrito como uma filosofia que coloca o ser humano no centro da reflexão, valorizando sua dignidade, liberdade e capacidade de crescimento. No campo da psicologia, essa visão promove uma compreensão do ser humano como um agente ativo em sua vida, capaz de auto-realização e de criar significado em sua existência. 2. Crítica às abordagens anteriores: Amatuzzi faz uma crítica às correntes psicológicas dominantes antes do surgimento da Psicologia Humanista, como o behaviorismo e a psicanálise. O behaviorismo é criticado por sua visão mecanicista do ser humano, focada no comportamento observável e na influência do ambiente. A psicanálise, por outro lado, é questionada por seu determinismo, ao reduzir a experiência humana às forças inconscientes e instintivas. 3. O surgimento da Psicologia Humanista: Amatuzzi destaca que a Psicologia Humanista surgiu como uma resposta a essas abordagens anteriores, oferecendo uma "terceira força" na psicologia. A ênfase humanista está na liberdade, no potencial de autorrealização e na experiência subjetiva do indivíduo. O ser humano não é visto como passivo ou determinado por forças externas ou internas, mas como alguém que pode se desenvolver e encontrar sentido na vida. 4. A subjetividade como foco central: O capítulo explora a importância da subjetividadee da experiência pessoal como foco da Psicologia Humanista. A abordagem humanista acredita que a psicologia deve se concentrar em compreender como as pessoas vivenciam o mundo, em vez de tentar reduzi-las a categorias ou explicações universais. 5. A busca por uma psicologia mais humana: Amatuzzi defende uma psicologia que não apenas estude o ser humano de forma científica, mas que também se comprometa com o respeito à sua humanidade. Essa psicologia deve estar preocupada com o bem-estar, a liberdade e a dignidade do indivíduo, e não apenas com a descrição ou modificação de comportamentos. Possíveis questões sobre o capítulo: 1. Quais são as críticas que Amatuzzi faz às abordagens behaviorista e psicanalítica no contexto da Psicologia Humanista? o Resposta esperada: O behaviorismo é criticado por seu mecanicismo e por focar apenas no comportamento observável, enquanto a psicanálise é criticada por seu determinismo, ao reduzir a experiência humana a forças inconscientes. 2. Como o humanismo, segundo Amatuzzi, vê o ser humano? o Resposta esperada: O humanismo vê o ser humano como um agente ativo, capaz de auto-realização, liberdade e de criar significado em sua existência. 3. Qual é o papel da subjetividade na Psicologia Humanista, conforme descrito no capítulo? o Resposta esperada: A subjetividade é central para a Psicologia Humanista, que busca compreender a experiência pessoal e subjetiva do indivíduo, em vez de reduzi-la a categorias universais ou leis científicas. 4. De que forma a Psicologia Humanista propõe uma "terceira força" na psicologia? Resposta esperada: A Psicologia Humanista surge como uma alternativa às abordagens behaviorista e psicanalítica, propondo uma psicologia que valorize a liberdade, o crescimento pessoal e a experiência subjetiva, em oposição ao determinismo e ao mecanicismo. Aula 4- Tornar-se a pessoa: No capítulo "Este sou eu" do livro "Tornar-se Pessoa" de Carl Rogers, o autor compartilha suas reflexões pessoais sobre sua trajetória como psicoterapeuta e teórico da Psicologia Humanista. Essa parte da obra é um relato autobiográfico no qual Rogers explora seu processo de autodescoberta, suas experiências e as ideias que moldaram sua abordagem terapêutica. Principais pontos: 1. Autenticidade e congruência: Rogers fala sobre a importância de ser autêntico consigo mesmo, tanto na vida pessoal quanto na prática terapêutica. Ele reflete sobre como, ao longo de sua vida, percebeu que ser quem realmente se é — ao invés de tentar se conformar às expectativas dos outros — traz uma sensação de liberdade e bem-estar. 2. Desenvolvimento da Abordagem Centrada na Pessoa: O autor narra como desenvolveu sua teoria baseada no respeito ao potencial de cada indivíduo para crescer e se autorrealizar. Rogers acredita que as pessoas possuem uma tendência inata ao crescimento pessoal e que o papel do terapeuta é facilitar um ambiente de aceitação e empatia. 3. Experiência pessoal como fonte de aprendizado: Rogers considera suas próprias experiências como cruciais para sua compreensão da psicoterapia e da natureza humana. Ele enfatiza a importância de viver de forma aberta e experienciar a vida de maneira plena para alcançar uma maior compreensão de si mesmo e dos outros. 4. Rejeição ao autoritarismo na terapia: No início de sua carreira, Rogers se distanciou da abordagem diretiva, onde o terapeuta dita o que o cliente deve fazer. Ele passou a valorizar uma relação terapêutica baseada na aceitação incondicional e no respeito à autonomia do cliente. 5. Transformação pessoal: Rogers descreve seu crescimento pessoal como um processo contínuo de tornar-se mais congruente, ou seja, de alinhar seu eu verdadeiro com sua expressão externa. Ele destaca que esse processo é a base para a eficácia terapêutica, pois o terapeuta que é congruente pode ajudar o cliente a também se tornar mais autêntico. Possíveis questões sobre essa parte para uma prova: 1. O que Carl Rogers quer dizer com o termo "congruência" no capítulo "Este sou eu"? o Resposta esperada: Congruência, segundo Rogers, é a consistência entre o que uma pessoa sente internamente e o que ela expressa externamente. No contexto terapêutico, é fundamental que o terapeuta seja congruente para promover um ambiente de confiança e crescimento. 2. Como a experiência pessoal de Carl Rogers influenciou o desenvolvimento da Abordagem Centrada na Pessoa? o Resposta esperada: A experiência pessoal de Rogers, especialmente sua busca por autenticidade e liberdade de ser quem realmente é, foi essencial para o desenvolvimento de sua teoria. Ele acreditava que as pessoas tinham uma tendência inata à autorrealização, e que o terapeuta deveria criar um ambiente de aceitação e empatia para facilitar esse processo. 3. Explique a mudança de perspectiva de Rogers em relação ao papel do terapeuta no processo terapêutico. o Resposta esperada: Rogers inicialmente acreditava em uma abordagem diretiva, onde o terapeuta guiava o cliente em suas decisões. Com o tempo, ele percebeu que o papel do terapeuta deveria ser o de facilitador, oferecendo um ambiente de aceitação e empatia, permitindo que o cliente encontrasse seu próprio caminho. 4. Por que Carl Rogers rejeitou o autoritarismo na terapia, conforme descrito em "Este sou eu"? o Resposta esperada: Rogers rejeitou o autoritarismo na terapia porque percebeu que ele limitava a autonomia e o potencial de crescimento do cliente. Ele acreditava que o cliente deveria ser o protagonista de sua própria jornada terapêutica, com o terapeuta desempenhando um papel de facilitador e não de diretor. Essa parte de "Tornar-se Pessoa" reflete a filosofia humanista de Rogers, que vê o ser humano como um agente ativo e capaz de se autodesenvolver em um ambiente que valoriza a autenticidade, a empatia e a aceitação. 5ª aula: Bibliografia Básica: AMATUZZI, M. Rogers: Ética Humanista e Psicoterapia. Campinas: Editora Alínea, 2010, Cap. 2: “Abordagem Centrada na Pessoa e Psicoterapia”. No capítulo 2 do livro "Rogers: Ética Humanista e Psicoterapia" (Campinas: Editora Alínea, 2010), intitulado "Abordagem Centrada na Pessoa e Psicoterapia", Marcos Amatuzzi discute os principais conceitos e a fundamentação teórica da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), desenvolvida por Carl Rogers. Essa abordagem é uma das mais influentes dentro da Psicologia Humanista e tem como base princípios éticos e humanistas que colocam o ser humano no centro do processo terapêutico. Principais pontos do capítulo: 1. Visão de ser humano na Abordagem Centrada na Pessoa: Amatuzzi apresenta a visão de Carl Rogers sobre o ser humano como essencialmente bom e capaz de crescimento e auto-realização. A ACP acredita que, dadas as condições adequadas, todo ser humano tem um potencial natural para se desenvolver de maneira positiva. 2. O conceito de Tendência Atualizante: Um dos princípios centrais da ACP é a tendência atualizante, a força inata que move o ser humano em direção ao crescimento, à melhoria e à realização de suas capacidades. Rogers acreditava que essa tendência é a base do comportamento humano saudável. 3. As três condições facilitadoras: Amatuzzi explica as três condições fundamentais para o sucesso da psicoterapia segundo Rogers: o Congruência: O terapeuta deve ser genuíno e autêntico na relação com o cliente. o Aceitação incondicional positiva: O terapeuta deve aceitar o cliente sem julgamentos, valorizando-o como ele é. o Empatia: O terapeuta deve ser capaz de compreender profundamente a perspectiva do cliente, colocando-se no lugar dele. 4. A importância da relação terapêutica: Diferente de abordagens mais diretivas, na ACP, o foco está na qualidade da relação entre terapeuta e cliente. Amatuzzi destaca que é através dessa relação de confiança e aceitação que o cliente encontra um espaço seguro para explorar seus sentimentos e promover mudanças. 5. A ética na Abordagem Centradana Pessoa: A ética humanista, segundo Rogers e enfatizada por Amatuzzi, é a base de todo o processo terapêutico. O respeito à autonomia do cliente e a crença em sua capacidade de se autogovernar e encontrar suas próprias soluções são valores centrais dessa abordagem. 6. O papel do terapeuta: O terapeuta na ACP não é uma figura de autoridade que dá respostas ou direciona o cliente, mas alguém que facilita o processo de autoexploração e autocompreensão. Amatuzzi explica que o terapeuta confia na capacidade do cliente de encontrar suas próprias soluções, o que promove uma terapia mais participativa e colaborativa. Possíveis questões sobre o capítulo: 1. Quais são as três condições facilitadoras da psicoterapia segundo a Abordagem Centrada na Pessoa? o Resposta esperada: Congruência, aceitação incondicional positiva e empatia. 2. Explique o conceito de tendência atualizante na visão de Carl Rogers. o Resposta esperada: A tendência atualizante é uma força inata que move o ser humano em direção ao crescimento, à melhoria e à realização de suas capacidades. É a base do comportamento humano saudável e do potencial de mudança. 3. Como o terapeuta deve agir na Abordagem Centrada na Pessoa? o Resposta esperada: O terapeuta deve ser genuíno (congruente), aceitar o cliente incondicionalmente e demonstrar empatia, criando um ambiente seguro e acolhedor para que o cliente possa se expressar livremente e promover seu próprio crescimento. 4. Qual é a visão da Abordagem Centrada na Pessoa sobre a autonomia do cliente? o Resposta esperada: A ACP acredita que o cliente tem a capacidade de autogovernar sua vida e encontrar suas próprias soluções. O terapeuta não deve direcionar o processo, mas sim criar um ambiente que favoreça a autoexploração e o desenvolvimento pessoal do cliente. _____________________________________________________________ 6a aula: Gestalterapia: MENDONÇA, M. A psicologia humanista e a abordagem gestáltica. In: FRAZÃO, L. M. & FUKUMITSU, K. O. (Orgs.) Gestalt-terapia: fundamentos epistemológicos e influências filosóficas (Coleção Gestalt-terapia: fundamentos e práticas). São Paulo: Ed. Summus, 2013, p. 76- 98. 1. Convergências entre a Psicologia Humanista e a Gestalt-terapia: o Ambas as abordagens valorizam o ser humano como um ser capaz de crescimento, mudança e desenvolvimento pessoal. Elas compartilham uma visão de que o indivíduo tem potencial para autorrealização e, quando colocado em condições apropriadas, pode se tornar mais integrado e autêntico. o A ênfase na experiência subjetiva é central nas duas abordagens, que acreditam que a realidade de uma pessoa só pode ser compreendida a partir da sua perspectiva individual e de suas vivências. 2. O papel da fenomenologia: o A fenomenologia, que busca compreender a experiência direta do indivíduo, é um ponto de interseção importante entre as duas abordagens. A Gestalt-terapia adota essa perspectiva fenomenológica para investigar como as pessoas percebem e vivenciam o mundo no "aqui e agora". o Assim como na Psicologia Humanista, a Gestalt-terapia rejeita o determinismo psicológico e promove a liberdade e a responsabilidade individuais. 3. Distinções entre as abordagens: o Embora tanto a Psicologia Humanista quanto a Gestalt-terapia tenham raízes na fenomenologia, a Gestalt- terapia adota uma abordagem mais ativa e interventiva no processo terapêutico. Enquanto a Psicologia Humanista (especialmente a Abordagem Centrada na Pessoa) é mais não-diretiva, na Gestalt o terapeuta pode intervir ativamente para que o cliente tome consciência de seus padrões de comportamento e emoções. o A Gestalt-terapia é especialmente focada na tomada de consciência ("awareness") e no contato, enfatizando como o indivíduo interage com o ambiente e consigo mesmo no momento presente. Já a Psicologia Humanista tem um foco maior no desenvolvimento global do indivíduo, com ênfase na empatia e aceitação incondicional. 4. Conceito de "Aqui e Agora": o A Gestalt-terapia foca intensamente no presente, no "aqui e agora", incentivando o cliente a se conectar com suas emoções, pensamentos e sensações no momento. Essa ênfase no presente contrasta com abordagens que se concentram mais no passado ou em interpretações futuras. o Na Psicologia Humanista, há também um foco na experiência presente, mas com uma abordagem mais voltada para a compreensão e aceitação da totalidade da experiência de vida do indivíduo. 5. Integração de corpo e mente: o A Gestalt-terapia valoriza a integração do corpo e da mente, trabalhando para que o cliente tome consciência das suas sensações físicas e das emoções associadas. Essa característica a distingue da Psicologia Humanista tradicional, que pode focar mais no nível emocional e psicológico do indivíduo, sem necessariamente trabalhar tanto com o corpo. Possíveis questões sobre o capítulo: 1. Quais são as semelhanças entre a Psicologia Humanista e a Gestalt-terapia? o Resposta esperada: Ambas as abordagens valorizam o potencial de crescimento do indivíduo, a liberdade e a responsabilidade, além de compartilharem uma visão fenomenológica que prioriza a experiência subjetiva. 2. Como a Gestalt-terapia se diferencia da Psicologia Humanista em termos de intervenção terapêutica? o Resposta esperada: A Gestalt-terapia adota uma abordagem mais ativa e interventiva, incentivando a tomada de consciência e o contato com o presente, enquanto a Psicologia Humanista tende a ser mais não- diretiva e focada no desenvolvimento global do indivíduo. 3. Explique o conceito de "aqui e agora" na Gestalt-terapia. o Resposta esperada: O "aqui e agora" refere-se ao foco intenso no presente, na experiência atual do cliente, incentivando-o a se conectar com suas emoções, pensamentos e sensações no momento, ao invés de se concentrar no passado ou futuro. 4. Qual é o papel da fenomenologia na Gestalt-terapia e na Psicologia Humanista? o Resposta esperada: Ambas as abordagens utilizam a fenomenologia para compreender a experiência subjetiva do indivíduo, rejeitando o determinismo e enfatizando a liberdade e a responsabilidade pessoal.