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ISSN: 1984-7688 
 
 
ARTIGO DE REVISÃO INTEGRATIVA 
 
IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER PARA 
PREVENÇÃO DE DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO EM 
MULHERES PRATICANTES DE CROSSFIT 
IMPORTANCE OF PHYSIOTHERAPY IN WOMEN'S HEALTH FOR 
PREVENTION OF PELVIC FLOOR DYSFUNCTIONS IN WOMEN 
PRACTICING CROSSFIT 
 
 
Clara Isabely da Silva Cordeiro¹; Leonardo Silva Augusto²; Kethlin Aguilar Fagundes 
Nogueira³. 
 
1. Acadêmica de Fisioterapia. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH, 2022, Belo Horizonte, MG 
 
2. Leonardo Silva Augusto - Fisioterapia – UNIBH; Mestre Ciências da Saúde – CMMG; Doutorando em Fisiologia - UFMG; 
Prof. Centro Universitário UNA; Prof. centro Universitário UNI – BH; Prof. Pós Graduação Interfisio; Coordenador 
Fisioterapia Hospital da Baleia; Coordenador pós de Fisioterapia em Terapia Intensiva com Reabilitação Hospitalar – 
ISMD; Coordenador pós de Fisioterapia em traumato - ortopedia – ISMD; Coordenador pós de Fisioterapia 
Neurofuncional – ISMD. 
 
3. Kethlin Aguilar Fagundes Nogueira – Graduada em Fisioterapia – UNIBH 2017; Especialista em Fisioterapia na Saúde 
da Mulher; Preceptora dos Estágios de Fisioterapia da Faculdade Una – 2018. 
 
 
 
Recebido em: 07/12/2022- Aprovado em: 07/12/2022 - Disponibilizado em: 12/12/2022 
 
RESUMO: O CrossFit é uma modalidade esportiva considerada de alto impacto, possuindo treinos de levantamento 
de pesos e saltos. As mulheres praticantes desta modalidade podem desenvolver problemas relacionados a saúde, 
principalmente no assoalho pélvico, como por exemplo a incontinência urinária (IU), sendo a incontinência urinária 
de esforço a mais comum dentre elas. Visando os tipos de tratamento para estas disfunções, a fisioterapia na saúde 
da mulher é considerada padrão ouro. A mesma se concentra na prevenção e tratamento de todos os tipos de 
distúrbios funcionais da região abdominal, pélvica e lombar em mulheres. Este estudo teve como objetivo identificar 
a importância da Fisioterapia na saúde da mulher para a prevenção de disfunções do assoalho pélvico para mulheres 
praticantes de CrossFit. O desenho deste estudo foi uma revisão integrativa da literatura. A seleção dos artigos foi 
realizada pelas bases de dados PEdro, PubMed e Scielo. A estratégia de busca utilizada foi: (i) Pelvic Floor 
Dysfunctions and CrossFit‘; (ii) Pelvic Floor and CrossFit'; (iii) Urinary Incontinence and CrossFit; (4) Women 
practicing CrossFit; (5) Prolapse in women practicing CrossFi'. O intervalo da pesquisa se deu entre os 
2 
 
anos de 2018 e 2022. Após o processo de inclusão e exclusão, foram incluídos 4 artigos para revisão. Todos os 
artigos selecionados para o estudo foram de método transversal, baseados em questionário online. Como 
resultados, relataram que mulheres praticantes de Crossfit tem alta incidência em adquirir disfunções no assoalho 
pélvico, devido aos treinos de alto impacto. Os estudos concluíram que as disfunções do assoalho pélvico mais 
frequentemente encontradas entre as mulheres praticantes de CrossFit são a IU, com ênfase na IUE, a IA, e o 
aumento da pressão intra-abdominal. Não devemos descartar a possibilidade de realizar esse tipo de treinamento, 
mas é necessário conscientizar as praticantes que já possuem alguma destas disfunções que elas devem buscar 
atendimento fisioterapêutico. A Fisioterapia na saúde da mulher é considerada tratamento padrão ouro para as 
disfunções relatadas. Para as praticantes que não possuem nenhum tipo de queixa, devemos orientar que comece 
a prefinir futuras disfunções. É fundamental a realização de novos estudos, de forma presencial, em que seja 
realizada uma avaliação específica do assoalho pélvico. Para a redução significativa dessas disfunções, não 
somente das mulheres aqui entrevistadas, mas também como forma de conscientização sobre a importância de 
cuidar e prevenir essas anormalidades. 
 
PALAVRAS-CHAVE: CrossFit, Fisioterapia, assoalho pélvico, disfunções de assoalho pélvico, mulheres 
praticantes de Crossfit, Incontinência urinária e CrossFit e Prolapso em mulheres praticantes de CrossFit. 
 
 
SUMMARY: CrossFit is a sport considered high impact, with weight lifting and jumping workouts. Women who practice 
this sport may develop health-related problems, especially in the pelvic floor, such as urinary incontinence (UI), being 
stress urinary incontinence the most common among them. Aiming at the types of treatment for these dysfunctions, 
physiotherapy in women's health is considered the gold standard. It focuses on the prevention and treatment of all 
types of functional disorders of the abdominal, pelvic and lumbar region in women. This study aimed to identify the 
importance of Physical Therapy in women's health as prevention of pelvic floor dysfunctions for women practitioners 
of CrossFit. The design of this study was an integrative literature review. Articles were selected using the PEdro, 
PubMed and Scielo databases. The search strategy used was: (i) Pelvic Floor Dysfunctions and CrossFit'; (ii) Pelvic 
Floor and CrossFit; (iii) Urinary Incontinence and CrossFit; (4) Women practicing CrossFit'; (5) Prolapse in women 
practicing CrossFit. The research interval was between the years 2018 and 2022. After the inclusion and exclusion 
process, 4 articles were included for review. All articles selected for the study were cross-sectional method articles 
based on online questionnaire. As results, the articles reported that women practitioners of Crossfit have high 
incidence in acquiring pelvic floor dysfunctions, due to the high-impact workouts. The studies reported that the pelvic 
floor dysfunctions most frequently found among women who practice CrossFit are UI, with emphasis on SUI, AI, and 
increased intra-abdominal pressure. We should not rule out the possibility of performing this type of training. But we 
must make practitioners who already have some of these dysfunctions aware that they should seek physical therapy. 
Since physical therapy in women's health is considered the gold standard treatment for the dysfunctions reported. 
And for those practitioners who have no complaints, we must guide them to begin to predict future dysfunctions. It is 
essential to conduct new studies, in person, in which a specific evaluation of the pelvic floor is performed. For the 
significant reduction of these dysfunctions, not only in the women interviewed here, but also as a form of awareness 
about the importance of caring for and preventing these abnormalities. 
3 
 
KEYWORDS: CrossFit, Physiotherapy, pelvic floor, pelvic floor dysfunctions, women practicing Crossfit, 
Urinary Incontinence and CrossFit and Prolapse in CrossFit women. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O CrossFit é uma modalidade esportiva, de alta 
intensidade, que gera alto gasto calórico e tem a 
capacidade de utilizar diversos tipos de 
treinamentos dentro de uma só modalidade. 
Surgiu nos Estados Unidos pelo treinador Greg 
Glassman, no ano de 1980, com o intuito de 
melhorar o condicionamento físico dos soldados 
das Forças Armadas Americanas (Silva,Thayná et 
al., 2020). Esta modalidade esportiva está 
localizada em mais de 142 países em todos os 7 
continentes, totalizando, atualmente, mais de 
14.000 afiliados (Dominski,Fábio – Serafm,Thiago 
– Siqueira,Thais – Andrade, Alexandre et al., 
2021). No Brasil, o número de afiliados ultrapassa 
1.055, considerando os praticantes do CrossFit. 
Uma vez que o Crossfit é uma modalidade 
crescente entre as mulheres e é considerada uma 
atividade de alto impacto, possuindo treinos de 
levantamento de pesos e saltos, como por 
exemplo o double under (pulo com giro duplo de 
corda) e box jump (salto na caixa), as praticantes 
podem desenvolver problemas relacionados a 
saúde, como por exemplo a incontinência urinária 
(IU), sendo a incontinência urinária de esforço a 
mais comum, isto devido ao grande impacto que 
se dá no assoalho pélvico ao praticar os exercícios 
de pulos ea alta quantidade de peso a ser 
carregada para execução dos exercícios 
(Elks,Whitney - Huff,Ashley – Murder, Lauren - 
Petersen, Timothy – Komesu,Yuko et al., 2020). 
 
 
A IU é uma disfunção do assoalho pélvico (DAP) 
frequente entre as mulheres praticantes desta 
modalidade. De acordo com o estudo de 
Elks,Whitney - Huff,Ashley – Murder, Lauren - 
Petersen, Timothy – Komesu,Yuko et al., 2020 que 
comparou a presença da IU em mulheres 
praticantes do CrossFit e de não praticantes, 80% 
das mulheres do grupo de praticantes relataram IU 
de moderada a severa e no grupo de não 
praticantes este número foi menor que 50%. Outro 
problema que pode ser desenvolvido pelas 
mulheres que praticam o CrossFit regularmente é 
o aumento da pressão intra- abdominal. Este é um 
estado patológico causado pelo aumento 
sustentado de pressão na cavidade peritoneal, 
que pode levar à disfunção tanto dos órgãos 
abdominais quanto dos extra-abdominais. 
(Gephart,Laura – Doersch,Karen - Reyes, Michelle 
- Kuehl,Thomas - Danford,Jill et al., 2018). 
Devido aos impactos que a prática do CrossFit 
pode gerar na saúde das mulheres, a fisioterapia 
focada para esta situação é uma grande aliada. A 
fisioterapia pélvica se concentra na prevenção e 
tratamento de todos os tipos de distúrbios 
funcionais da região abdominal, pélvica e lombar 
em mulheres. O fisioterapeuta pélvico pode 
realizar o diagnóstico da condição do paciente, 
promover a educação levando informações, 
realizar o treinamento muscular do assoalho 
pélvico (TMAP), o treinamento vesical (TV), 
estimulação elétrica, biofeedback, treinamento de 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Elks%2BW&cauthor_id=31990796
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Jaramillo-Huff%2BA&cauthor_id=31990796
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Petersen%2BTR&cauthor_id=31990796
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Komesu%2BYM&cauthor_id=31990796
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Elks%2BW&cauthor_id=31990796
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Jaramillo-Huff%2BA&cauthor_id=31990796
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Petersen%2BTR&cauthor_id=31990796
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Komesu%2BYM&cauthor_id=31990796
balão retal, entre outros (Berghmans, Bary et al., 
2006). Para pacientes com IU, a fisioterapia é 
geralmente considerada o tratamento de primeira 
linha, devido ao seu caráter não invasivo 
(Berghmans, Bary et al., 2006). 
Diante deste cenário, objetivou-se identificar 
artigos (Tabela 1), publicados nos últimos 6 anos, 
em língua inglesa e portuguesa. Desse total de 
citações, foram selecionados 06 (seis) artigos 
originais (Tabela 2). 
Tabela I - Estratégias de busca Pedro - Pubmed 
– sCielo. 
através de uma revisão integrativa da literatura, a 
importância da Fisioterapia na saúde da mulher 
como prevenção de disfunções do assoalho 
pélvico para mulheres praticantes de CrossFit. 
 
2 . METODOLOGIA 
 
O delineamento desse estudo foi uma revisão 
integrativa da literatura, sobre a importância da 
fisioterapia na saúde da mulher para prevenção de 
disfunções do assoalho pélvico em mulheres 
praticantes de CrossFit. 
A seleção dos estudos foi realizada através da 
análise de artigos que se enquadravam aos 
critérios de inclusão, descritos a seguir. As buscas 
foram realizadas a partir das bases de dados 
PEdro, PubMed e Scielo, por meio das palavras 
chaves encontradas nos Descritores em Saúde 
(DECS) cadastrados na Biblioteca Virtual de 
Saúde (BVS): CrossFit, Fisioterapia, assoalho 
pélvico, disfunções de assoalho pélvico, mulheres 
praticantes de Crossfit, Incontinência urinária e 
CrossFit e Prolapso em mulheres praticantes de 
CrossFit, e suas traduções em inglês. 
Os termos pesquisados pelas palavras em inglês 
foram: (i) “Pelvic Floor Dysfunctions and 
CrossFit”'‘; (ii) “Pelvic Floor and CrossFit ''; (iii) 
“Urinary Incontinence and CrossFit ''; (4) “Women 
practicing CrossFit''; (5) “Prolapse in women 
practicing CrossFit '' . A busca resultou em 53 
 
Os critérios de inclusão estabelecidos para este 
estudo foram: Textos na íntegra, artigos 
publicados em inglês e português e artigos que se 
tratavam de mulheres praticantes de CrossFit. 
Foram excluídos os artigos em que se 
tratavam de 
 
 
ESTRATÉGI 
A DE 
BUSCA 
 
 
 
 
PEdro 
 
 
PUB 
MED 
 
 
SCIE 
LO 
 
EXCLU 
ÍDOS 
PELO 
TÍTULO 
EXCLUÍD 
OS PELA 
LEITURA 
NA 
ÍNTEGR 
A 
“Pelvic Floor 
Dysfunction 
s AND 
CrossFit” 
0 0 0 0 0 
“Pelvic Floor 
AND 
CrossFit” 
0 0 0 0 0 
“Urinary 
Incontinence 
AND 
CrossFit " 
0 19 02 10 08 
“Women 
practicing 
CrossFit” 
0 06 02 03 03 
“Prolapse in 
women 
practicing 
CrossFit” 
0 01 0 01 0 
TOTAL 0 26 04 14 10 
 
outras modalidades esportivas além do CrossFit 
ou que se tratavam de lesões não relacionadas às 
disfunções do assoalho pélvico, artigos 
duplicados, artigos de revisão e artigos pagos. O 
intervalo da pesquisa se deu entre os anos de 
2018 e 2022. 
Durante as buscas, não foram identificados 
estudos que apresentassem duplicidade entre as 
bases. Assim, foi realizada uma análise por título, 
seguida por análise do resumo, onde foi 
necessária a exclusão de alguns estudos. Os 
estudos selecionados foram lidos na íntegra e 
incluídos na revisão seguindo os critérios de 
inclusão e exclusão. 
Os resultados das buscas estão representados no 
fluxograma abaixo (Figura 1): 
 
 
 
 
 
Tabela 2 – Relação de artigos levantados pela 
revisão bibliográfica. 
 
 
 
ARTIGO E 
REFERÊNCI 
A 
MÉTODOS 
UTILIZADOS 
NO ARTIGO 
SELECIONAD 
O 
 
PROBLEMAS 
ENCONTRADO 
S 
 
SOLUÇÃO 
PARA O 
PROBLEMA 
ELKS Transversal Comparação Relata a 
et al.(2020) em pesquisa da maior 
 online. prevalência prevalência 
 de IU em e gravidade 
 mulheres de IU em 
 praticantes e mulheres 
 não praticantes 
 praticantes de de CrossFit. 
participantes do CrossFit relatam incontinência 
urinária (IU), e que a IUE vem sendo uma 
preocupação maior em mulheres praticantes de 
crossfit. Através destes dados, o objetivo do 
estudo, realizado por meio de metodologia 
transversal, em formato de questionário online, foi 
de comparar a prevalência e a gravidade da IU em 
mulheres praticantes de CrossFit e mulheres que 
participam de aulas de ginástica (não Crossfit). Ao 
todo, foram 423 mulheres, sendo 322 no grupo de 
praticantes de CrossFit e 101 no grupo de não 
participantes de CrossFit. Foi observado que as 
medianas de ambos os grupos estavam na quarta 
década de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 . RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Dos quatro artigos selecionados na amostra, 
Segundo os autores, não foram encontradas 
diferenças significativas no Índice de Massa 
Corporal (IMC), paridade, comorbidades, estado 
menopausal, tabagismo, uso de Terapia de 
Reposição Hormonal (TRH) e uso de medicação 
para Incontinência Urinária de Urgência (IUU). 
Tendo em conta o resultado das entrevistas, foi 
observado que o parto vaginal aumentou o risco 
de IU em ambos os grupos. Entre as mulheres 
praticantes de CrossFit e as não praticantes, altas 
taxas de IUE foram detectadas nas praticantes ao 
levantar peso, bem como se obteve um alto índice 
de perda ao pular corda e ao levantar peso entre 
101 e 200lb. 
todos são estudos transversais, denotando a 
preferência por essa estratégia de pesquisa nos 
estudos relacionados a disfunções do assoalho 
pélvico, com ênfase na incontinência urinária de 
esforço (IUE), e fisioterapia na saúde da mulher. 
Elks et al., (2020), afirmam que, de acordo com 
estudos realizados, mais de 80% das 
 
No grupo de praticantes, 89% das mulheres 
procuraram algo para solucionar este problema, 
sendo o uso de absorvente, aparelhos físicos ou 
exercícios para o assoalho pélvico. Já no grupo 
das não praticantes de CrossFit, elas relataram 
não realizar nada para solucionar a perda de urina. 
Foi concluído que as mulheres praticantes 
 CrossFit. 
PISANI etal. (2020) 
Estudo 
Transversal 
em pesquisa 
online. 
Ocorrência de 
disfunções do 
assoalho 
pélvico em 
praticantes de 
CrossFit. 
Relata que 
a IA foi a 
disfunção 
de maior 
prevalência. 
LOPES et 
al. (2020) 
Estudo 
Transversal 
em pesquisa 
online. 
Verificar a 
frequência de 
IU em 
mulheres 
praticantes de 
CrossFit. 
Relata que 
a frequência 
de IU em 
atletas do 
sexo 
feminino foi 
de 20%. 
ARAUJO et Estudo Comparação Relata que 
al. (2020) Transversal da a 
 em pesquisa prevalência quarentena 
 online. de IU antes e melhorou a 
 durante a IU em 
 quarentena de praticantes 
 COVID-19 em de CrossFit 
 mulheres devido à 
 praticantes de diminuição 
 CrossFit. da 
 intensidade 
 dos 
 treinamento 
 s. 
 
de CrossFit tem maior prevalência e gravidade de 
IU em comparação com as que não participam das 
aulas. Tendo em vista uma preocupação no futuro 
em relação ao desenvolvimento de disfunções no 
assoalho pélvico, levando a necessidade de ir em 
busca de Fisioterapia na saúde da mulher, e/ou de 
realização de cirurgias para correção da IU. 
 
No estudo realizado por Pisani et al., (2020), 
utilizando o método transversal, foi aplicado um 
questionário online composto por 30 questões, 
para mulheres praticantes de crossfit. O objetivo 
foi de investigar a presença de sintomas de IA 
(flatos e fezes), IU, disfunções sexuais 
(dispareunia e vaginismo) e sintomas de Prolapso 
dos Orgãos Pélvicos (POP), bem como os fatores 
associados a estas disfunções. O estudo foi 
efetuado com 828 mulheres e os resultados 
apontaram que a IA foi a disfunção mais 
prevalente, sendo relatado por 52,7% das 
participantes. Já a IU acometeu 36% das 
mulheres, e dentre elas, a mais relatada foi a IUE 
(88,2%), a dispareumia por 48,7%, o vaginismo 
2,5%, e POP 1,4% das atletas. Com base nesses 
resultados é visto o quão é importante o 
desenvolvimento de estudos nesta temática, de 
forma a realizar uma avaliação física no assoalho 
pélvico, uma vez que pesquisas online podem não 
refletir totalmente a realidade, por se tratarem de 
auto relato. Além disso, os autores relatam que 
sintomas sexuais como dispareunia e vaginismo 
ainda não foram estudados, o que demonstra a 
necessidade da realização de pesquisas futuras 
para obter novos resultados. 
No estudo de LOPES et al., (2020) também foi 
estudado a relação entre a frequência de IU e a 
prática do CrossFit, em que 50 mulheres, entre 
18 e 35 anos, praticantes de CrossFit há no 
mínimo seis meses, treinando pelo menos três 
vezes na semana, foram submetidas a uma 
entrevista online, elaborada pelo pesquisador, 
contendo informações sociodemográficas, 
métricas e esportivas, além de dados 
antropológicos relativos à presença de 
constipação intestinal e histórico de IU. 
Ao concluir os resultados deste estudo, LOPES et 
al. (2020), observaram que a frequência de IU foi 
igual a 20% do total da amostra, sendo que 80% 
das perdas urinárias observadas, foram por 
esforço. Porém, foi salientado que seis meses não 
seria um tempo suficiente para o surgimento da IU. 
Desta forma, assim como relatado por Elks et al., 
(2020), conclui-se que a prática do CrossFit pode 
ter alta relação com o desenvolvimento de IU, 
principalmente IUE, demonstrando a importância 
dos estudos que fazem esta ligação, uma vez que 
está relacionado com a qualidade de vida das 
mulheres praticantes deste esporte que vem 
crescendo a cada dia. 
 
Os estudos relatados acima, foram realizados de 
forma online por questionário, por meio de auto 
relato, podendo ter alteração de resultados. Sendo 
assim, ambos os estudos denotam a importância 
da avaliação, e da realização de testes, junto ao 
questionãrio realizado por um fisioterapeuta na 
área da saúde da mulher para obter resultados 
mais eficazes. 
 
Araujo et. al. (2020) realizaram um estudo 
transversal, composto por 197 mulheres 
praticantes de CrossFit, com o objetivo de 
comparar a prevalência de incontinência urinária 
antes e durante a quarentena de COVID-19 em 
mulheres praticantes de CrossFit e sua relação 
com o nível de treinamento. A intervenção foi 
realizada após a quarentena do Brasil, por meio de 
um questionário online composto por perguntas 
relacionadas a vida pessoal, variáveis 
relacionadas ao treinamento de CrossFit e ao 
COVID-19 e sobre IU. A intervenção contou com 
dois grupos: o de inclusão, que foi composto por 
mulheres nulíparas, entre 18 e 45 anos, que 
tivessem treinado antes da quarentena em 
academias credenciadas, e seguindo os 
protocolos da pandemia, além de praticar a 
modalidade 3x na semana. E o grupo de exclusão, 
que teve como critério não seguir os protocolos da 
COVID-19 e ter IU em outras ocasiões que não 
seja o esporte. 
Após a intervenção, foi identificado uma redução 
de 64% no treinamento de CrossFit durante a 
quarentena. E com base neste dado, obteve-se 
uma redução de 18% da IU durante este período. 
Devido ao COVID-19, as participantes tiveram que 
mudar o estilo de vida, mudando assim a maneira 
de praticar a atividade física, tendo em vista que 
as academias de CrossFit estiveram fechadas 
devido ao isolamento social, assim, praticando os 
exercícios com o peso corporal em casa. Com 
isso, o estudo relata que a redução da IU durante 
o exercício após o início da quarentena foi 
estatisticamente significante, e os motivos 
apontados pelos entrevistadores foram a 
interrupção do exercício em dupla e a redução da 
intensidade do treino. Foi concluído que a 
interrupção da prática de CrossFit na quarentena, 
agiu indiretamente de maneira positiva e protetora, 
reduzindo a incidência de IU. 
4 . CONCLUSÃO 
 
De acordo com a análise dos estudos incluídos 
nesta revisão, a IU, com ênfase na IUE, a IA, e o 
aumento da pressão intra-abdominal são 
disfunções recorrentes em mulheres praticantes 
de CrossFit. 
Não obstante, foi observado que são necessárias 
as práticas fisioterapêuticas na área da saúde da 
mulher dentro dos box de CrossFit para a 
prevenção e tratamento da musculatura do 
assoalho pélvico (MAP), tendo em vista que, não 
necessariamente devemos excluir a possibilidade 
de praticar esse tipo de modalidade, e sim, que 
mulheres praticantes que já possuem alguma 
destas disfunções devem buscar atendimento 
fisioterapêutico, uma vez que a Fisioterapia é 
considerada tratamento padrão ouro para as 
disfunções relatadas. Além disso, as praticantes 
que não possuem nenhum tipo de queixa devem 
começar a prevenir disfunções futuras. 
Todos os estudos incluídos nesta revisão, foram 
realizados por meio de questionário online, o que 
foi necessário, devido ao fato de todos eles terem 
sido conduzidos durante a pandemia de COVID- 
19. Sendo assim, necessário a realização de 
novos estudos, de forma presencial, onde seja 
realizada uma avaliação específica do assoalho 
pélvico, de forma a reduzir o viés de auto-relato 
das mulheres entrevistadas. 
5 . REFERÊNCIA 
 
1- Artigo – Ideário – Revista Científica do 
INSTITUTO IDEIA – Crossift: O grande 
vilão das lesões esportivas? Uma revisão 
bibliográfica – Thayna Najila Macedo e 
Silva. 
2- High R, Thai K, Virani H, Kuehl T, Danford 
J. Prevalence of Pelvic Floor Disorders in 
Female CrossFit Athletes. Female Pelvic 
Med Reconstr Surg. 2020 Aug;26(8):498-
502 doi: 
10.1097/SPV.0000000000000776. PMID: 
31498240. 
 
3- Elks W, Jaramillo-Huff A, Barnes KL, 
Petersen TR, Komesu YM. The Stress 
Urinary Incontinence in CrossFit 
(SUCCeSS) Study. Female Pelvic Med 
Reconstr Surg. 2020 Feb;26(2):101-106. 
doi: 10.1097/SPV.0000000000000815. 
PMID: 31990796. 
4- Berghmans B. El papel del fisioterapeuta 
pélvico [The role of the pelvic physical 
therapist]. Actas Urol Esp. 2006 
Feb;30(2):110-22. Spanish. doi: 
10.1016/s0210-4806(06)73412-x. PMID: 
16700200. 
 
5- Gephart LF, Doersch KM, Reyes M, Kuehl 
TJ, Danford JM. Intraabdominalpressure in 
women during CrossFit exercises and the 
effect of age and parity. Proc (Bayl Univ 
Med Cent). 2018 Apr 9;31(3):289-293. doi: 
10.1080/08998280.2018.1446888. PMID: 
29904290; PMCID: PMC5997050. 
 
6- Pisani GK, de Oliveira Sato T, Carvalho C. 
Pelvic floor dysfunctions and associated 
factors in female CrossFit practitioners: a 
cross-sectional study. Int Urogynecol J. 
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	Clara Isabely da Silva Cordeiro¹; Leonardo Silva Augusto²; Kethlin Aguilar Fagundes Nogueira³.
	2
	3
	1. Introdução
	4 . Conclusão
	5 . Referência

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