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Educação
Bases Conceituais e Metodológicas do Trabalho em 
Enfermagem
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Sabemos que muito tem se evoluído nas práticas assistenciais de saúde. O avançar das tecnologias
tem facilitado os impactos das ações de promoção e prevenção à saúde, porém nem sempre foi assim.
Vamos recordar? Existem registros de que o processo saúde-doença variava de acordo com a cultura,
os aspectos religiosos, econômicos e sociais. Ou seja, a saúde não era vista de modo igual por todos, e
assim segue-se os modelos de saúde. Antigamente, nas concepções religiosas, acreditavam que a
doença seria um castigo divino e que somente Deus poderia dar a cura (SCILIAR, 2007).
Inglaterra, século XI. Ainda criança, Rob vê sua mãe morrer em decorrência da "doença do lado". O
garoto cresce sob os cuidados de Bader (Stellan Sarsgard), o barbeiro local, que vende bebidas que
prometem curar doenças. Ao crescer, Rob (Tom Payne) aprende tudo o que Bader sabe sobre cuidar de
pessoas doentes, mas ele sonha em saber mais. Após Bader passar por uma operação nos olhos, Rob
descobre que na Pérsia há um médico famoso, Ibn Sina (Ben Kingsley), que coordena um hospital, algo
impensável na Inglaterra. Para aprender com ele, Rob aceita não apenas fazer uma longa viagem rumo
à Ásia mas também esconde o fato de ser cristão, já que apenas judeus e árabes podem entrar na
Pérsia.
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Em outras culturas, o responsável para tratar a doença era o xamã, o feiticeiro tribal, que se
encarregava de realizar rituais para expulsar os maus espíritos que haviam causado a doença.
Entre os índiosda tribo Sarrumá, a definição de morte por causa natural ou mesmo por acidente é inexiste, pois
eles acreditam que a doença foi resultado de uma maldição de algum inimigo. (SCILIAR, 2007).
Há também o modelo hipocrático de ver o processo saúde-doença. Este acredita que a saúde é fruto do equilíbrio
dos humores; a doença, por sua vez, é resultante do desequilíbrio dos humores, e o cuidado depende de uma
compreensão dos desequilíbrios para buscar atingir um ponto de meio termo (CRUZ, 2011).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
EM GERAL, as pessoas da América do Norte e da Europa acham absurdas as superstições prevalecentes
entre parte da população. Riem-se das crenças de que tocar em sapos produza verrugas, que dormir com
a lua brilhando sobre o rosto possa tornar a pessoa lunática, e outras ideias similares. No entanto, muitas
delas são igualmente supersticiosas em sentidos diferentes. Por exemplo, o medo do número “azarento” de
treze impede que os hotéis tenham um décimo terceiro andar ou tal número de quarto. Além disso, muitas
pessoas de destaque, até mesmo líderes políticos, consultam astrólogos e adivinhos.
Todavia, existe um modelo de atenção à saúde que é fortemente enraizado em nossa cultura desde que foi
descoberto, que é o modelo biomédico ou de medicina científica ocidental. Tal modelo trabalha de forma
fragmentada; trata a doença e divide o corpo em pequenas porções; não olha de forma integral, não
trabalha a prevenção e não leva em consideração os determinantes sociais, mas para as necessidades da
época que foi descoberto (século XVI, no renascimento), foi um grande avanço (CRUZ, 2011).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Durante o período de colonização no Brasil, os jesuítas recém-chegados tomavam conta da assistência
à saúde, devido à ausência de médicos, que eram predominantes nas escolas da Europa. Com o
passar dos anos, os padres jesuítas começaram a se aperfeiçoar no cuidado através de leituras de
livros que vinham de Portugal (CALAINHO, 2005).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Os índios já habitantes praticavam a assistência à saúde por meio dos pajés, realizando rituais de curandeirismo,
em que se utilizava chás, banhos e rezas para tentar a cura de uma doença. Assim, a assistência era de forma
empírica, sem formação profissional (CALAINHO, 2005). Com o evoluir dos estudos e aumento da expansão
territorial, passaram a existir boticários e cirurgiões barbeiros para o cuidado dos doentes. Assim, as boticas
continham materiais diversos, estantes com mais de 400 remédios, fornalhas, frascos e potes de vários tamanhos
s, balanças, tachos de cobre, prensas, dentre outros, tudo que fosse necessário para confecção e venda dos
medicamentos (CALAINHO, 2005)
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
No que cerne à assistência hospitalar, a palavra hospital vem do termo hospitium, que deriva de hospício,
local para receber os pobres, doentes ou insanos; há registros de que desde os primórdios da civilização
humana existiam esses espaços. No ano de 1543 é inaugurado no Brasil o primeiro hospital, que tinha a
função curativista e caridosa, sendo este a Santa Casa de Misericórdia de Santos (LISBOA, 2002).
As atividades de cuidado voltadas para enfermagem eram colocadas em prática. Em primeiro momento, pelas freiras
e mulheres de classe baixa, que queriam em troca abrigo e alimentação; assim, eram vistas com maus olhos pela
sociedade (LISBOA, 2002; COSTA, 2009). A enfermagem como profissão passa a ganhar destaque com Florence
Nightingale, pois ela se tornou uma figura internacionalmente conhecida. O trabalho que realizara teve um impacto
muito maior do que simplesmente a ação de organização, planejamento e de salvar vidas. Ela quebrou o preconceito
que existia em torno da participação da mulher no exército e transformou a visão da sociedade em relação à
enfermagem e sua prática (COSTA, 2009). Sobre Florence, ela nasceu em 12 de maio de 1820, em família de alta
sociedade britânica. Ficou conhecida como “dama da lamparina’’ ao utilizar do instrumento para atender aos
soldados feridos em campo de batalha (LOPES; SANTOS, 2010). Porém, seu trabalho e estudos haviam começado bem
antes. Ela dominava diversos idiomas, entre eles o grego e o latim; estudou artes, matemática, estatística, filosofia,
história, política e economia. Crenças espiritualistas nortearam sua trajetória, segundo registros em seu diário, ela
entendia como um chamado de Deus (GOMES et al., 2007).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Após observar a prática da Enfermagem em hospitais de quase toda a Europa, e realizar estágio no
Instituto Kaiserswerth, na Alemanha, o qual treinava diaconisas para as atividades de Enfermagem,
Florence começou sua caminhada como enfermeira, aos 30 anos de idade. Em 1853, atuou como
superintendente de Enfermagem, na Inglaterra. No ano seguinte, atuou como voluntária na epidemia
de cólera em Londres, e neste mesmo ano foi como voluntária servir na guerra da Criméia (1854- 1856)
(GOMES et al.., 2007).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
No tempo de Florence, predominava o modelo biomédico de assistência, de forma que o fazer científico
era voltado para a figura médica que enfatizava a doença, e os cuidados de enfermagem eram vistos
como secundários, por serem praticados ao indivíduo, à manutenção e promoção da vida
(BARROS; BISPO, 2017).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Para Gomes (2007), existem quatro fases que marcaram a enfermagem. Na primeira fase, o foco da
investigação da enfermagem centrou-se em “O QUE FAZER?”. Na segunda, tentando conquistar o domínio
técnico, procurou definir “COMO FAZER?”. Na terceira, empenhou-se em fundamentar suas ações em
princípios científicos e investigou “POR QUE FAZER?”. Atualmente, dedica-se à pesquisa científica, na
tentativa de construir uma resposta para “QUAL O SABER PRÓPRIO DA ENFERMAGEM?”.
Na explanação da segunda fase é priorizado o conhecimento técnico, em que a maneira de execução da
técnica era mais importante do que o cuidado ao doente. Grandes descobertas na área da medicina, que
aconteceram no final do século XIX, contribuíram para o avanço da assistência à saúde,o COFEN divulgou um guia de recomendações para o registro de enfermagem no prontuário do paciente e outros
documentos de enfermagem. Nesse guia constam as prerrogativas legais e exemplos de como realizar as anotações para a
prática profissional (COFEN, 2016).
Os registros realizados no prontuário do paciente são considerados como um documento legal de defesa dos profissionais de
enfermagem, devendo, portanto, estar atrelados a autenticidade, clareza e de significado legal.
Eles refletem todo o empenho e força de trabalho da equipe de enfermagem, valorizando, assim, suas ações e a segurança do
paciente, como também, o resguardo em relação aos direitos e deveres (COFEN, 2016). Há também a Resolução nº 429, de 2012, do
COFEN, que diz respeito as ações dos profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem,
por meio tradicional ou eletrônico (COFEN, 2012)
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
O que é a LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados (13.709/2018) tem como principal objetivo proteger os direitos fundamentais de liberdade e de
privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Também tem como foco a criação de um cenário
de segurança jurídica, com a padronização de regulamentos e práticas para promover a proteção aos dados pessoais de todo
cidadão que esteja no Brasil, de acordo com os parâmetros internacionais existentes.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htmporém, em
detrimento da autonomia do enfermeiro, as ações eram curativistas (GOMES et al., 2007).
Na terceira fase, a enfermagem investigou “por que fazer”, assim, os princípios da anatomia,
microbiologia, fisiologia, física, dentre outros, passaram a fazer parte de suas ações. A organização do
trabalho em equipe foi inserida nesta fase. Nessa época, o foco da atividade de enfermagem é para o
paciente, devendo satisfazer as necessidades com caráter científico (GOMES et al., 2007)
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
A enfermagem é uma profissão que ao longo dos anos vem desconstruindo e reconstruindo sua história. A sua relação
com a sociedade é marcada por conceitos, preconceitos e estereótipos que permearam a sua trajetória e que impactam
até hoje o entendimento de seu significado enquanto profissão da saúde (PADILHA; BORENSTEIN, 2005). No que tange a
formação profissional, antes da guerra da Criméia já existia a atuação da enfermagem nos hospitais, porém era realizada
de forma desregular, esporádica, um trabalho socialmente desvalorizado e mal remunerado, ausente de especificidade de
funções, além de apresentar condições insalubres de trabalho. Essa atividade era realizada como forma de caridade
(LOPES; SANTOS, 2010). Florence Nigtingale e sua história sempre estiveram ligados à enfermagem enquanto profissão,
considerando que após a fundação da Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, em 1859, em Londres, e da Escola
para Enfermeiras Nightingale, em 1860, iniciou-se, em todo o mundo, o período conhecido como Enfermagem Moderna
(PADILHA; BORENSTEIN, 2005; COSTA et al., 2009)
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Conforme cita Lopes e Santos (2010), a escola Nightingale tinha
características específicas, que eram:
• Ser independente, mas fisicamente ligada ao hospital.
• Atribuir total autoridade à matrona do hospital sobre as enfermeiras
estagiárias.
• Disponibilizar “lar” para as estagiárias residirem.
• Ter como “professores” das estagiárias os funcionários do hospital (irmãs e
médicos).
• Submeter as estagiárias à avaliação das irmãs e matrona do hospital.
• Atribuir um pequeno salário às estagiárias, durante a formação.
• Estabelecer um contrato com as estagiárias, em que as obrigava a
aceitarem um lugar num hospital à escolha do Nightingale’s Fundque, depois
da formação. A política desta instituição era enviar grupos de enfermeiras
formadas para outros hospitais, com o objetivo de divulgar o sistema de
formação da escola.
Conforme a Enfermagem crescia se tornava uma profissão respeitável. A
lamparina tornou-se o emblema da profissão, simbolizando a esperança
transmitida aos feridos durante a Guerra da Crimeia. Em 1934 foi criada a
Fundação Internacional Florence Nightingale (LOPES; SANTOS, 2010)
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
No Brasil, a primeira Escola de Enfermagem foi fundada no Rio de Janeiro em 1890, por meio do
Decreto Federal nº. 791, de 27 de setembro de 1890, do Governo Provisório da República. Logo, passou
a ser chamada de Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (SANTOS et al., 2014).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Contudo, a situação político-econômico brasileira implicava diretamente no setor da saúde, pois era
sucessivo à presença de doenças epidêmicas, dificultando assim, as negociações dos produtos
brasileiros, destinados à exportação, como também ao adoecimento da mão de obra operária
(KLETEMBERG; SIQUEIRA, 2003).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Esta situação impulsionou a uma política de controle de doenças epidêmicas, e à necessidade de profissionais
capacitados e treinados para a prestação dos serviços de vigilância sanitária dos portos e saneamento básico
dos grandes centros. É neste contexto que ocorre a institucionalização da educação de enfermagem no Brasil.
Porém o cuidado visava a melhoria econômica do país, visto que muitos compradores estavam se recusando a
negociar devido as epidemias existentes (KLETEMBERG; SIQUEIRA, 2003).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
A enfermagem brasileira tem uma grande representante: Anna Nery. A vida dessa mulher foi além do papel imposto pela
sociedade sobre a mulher ser mãe, educadora, do lar. Ficou viúva no ano 1844, e com filhos pequenos, mudou-se para
Salvador, a fim de oferecer uma melhor educação para eles, que logo ingressaram no serviço militar (CARDOSO; MIRANDA,
1999). No ano de 1865 o Brasil entrou na tríplice aliança, e com isso, Anna Nery, aos 51 anos, viu seus filhos e parentes
partindo para a guerra do Paraguai.
Ela enviou uma carta para o presidente solicitando permissão para servir aos feridos da guerra; o conteúdo da carta
demonstra patriotismo, assim como o zelo de uma mãe. Há também a ênfase ao fator social e de sexo, que era incomum
à época (CARDOSO; MIRANDA, 1999).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
A aprovação do presidente sobre seu embarque foi quase que imediata e passados cinco dias, já estava em solo de guerra como
primeira enfermeira em serviço. As marcas de guerra lhe feriram profundamente, pois viu de perto a morte de seu filho e sobrinho que
estavam à serviço. Findado a guerra, retorna ao país com honrarias e homenagens. Em 20 de maio 1880 veio a falecer (CARDOSO;
MIRANDA, 1999). Alguns artigos trazem que a primeira escola de enfermagem foi a de Anna Nery, que tem por justificativa ser a
primeira a ter na organização e direção apenas enfermeiras. Esta foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, pelo Decreto de nº 16.300 de
31 de dezembro de 1923 (KLETEMBERG; SIQUEIRA, 2003; SANTOS et al., 2020) A Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) seguiu padrões
similares à escola Nightingale, na qual as alunas residiam na escola, pelo regime de internato. Logo, a instituição ficou conhecida
como referência no padrão de formação, tornando-se modelo de ensino e assistência, destacando, assim, o termo “Padrão Anna
Nery’’ (SANTOS et al., 2020).
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
No ano de 1968 ocorreu a Reforma Universitária, que permitiu o ingresso de homens e mulheres nas universidades, rompendo com a
exclusão por etnia e gênero na enfermagem. Com isso, a formação profissional se modificava, pois estava diferente do perfil até
então delimitado, que eram mulheres brancas, religiosas e damas da sociedade ligadas à obra de caridade (PEREIRA, 1991). Nos dias
atuais, a enfermagem abarca todas as pessoas que assim queiram ingressar na profissão, cabendo a estes manterem-se
atualizados constantemente, pois com os avanços da globalização e tecnologias, novas atualizações e estudos sobre as áreas da
enfermagem são constantes, além de agir com ética e responsabilidade (SANTOS et al., 2014); No tocante ao cenário histórico da
formação no ensino superior, destaca que no nosso país, na década de 1940, começaram a surgir os cursos de pós-graduação na
modalidade de especializações, em várias áreas da Enfermagem, como a especialização da Escola Anna Nery, criado em 1947
(SANTOS et al., 2014)
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Entretanto, faz mais de 40 anos que o primeiro programa de pós-graduação stricto sensu na área da enfermagem foi criado, que
é o primeiro curso de Mestrado, no ano 1972, na Escola de Enfermagem Anna Nery, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dez
anos após, em 1982, criou-se o primeiro programa de Doutorado em Enfermagem, uma parceria entre o Programa Interunidades e
a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (SANTOS et al., 2014). Atualmente, o documento da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), na área da enfermagem, mostra o quanto cresceu e
evoluiu as especializações, porém, demonstra que o crescimento acontece de forma mais ampla em algumas regiões do país do
que em outras, talvez esteja ligada aos investimentos de cada região (DOCUMENTO DE ÁREA, 2019). Com isso, demonstra o
crescente interesse dos profissionais para se manterem atualizados,confirmando a importância de serem e estarem qualificados,
contribuindo no exercício da profissão.
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Qualificados, contribuindo no exercício da profissão de maneira íntegra, ética e responsável (SANTOS et al., 2014). Pensar a profissão
de enfermagem e a produção de conhecimentos requer articulação com investimento político-social e a construção de um ideal
coletivo que considere a necessidade do setor saúde e a valorização do profissional. É importante que os profissionais de
enfermagem tenham capacidade crítica-reflexiva e assumam o protagonismo no seu fazer, mostrando-se como uma profissão
que defende o direito universal à saúde (PIRES, 2013). O ano de 2020 foi marcado pela comemoração do bicentenário de Florence
Nightingale, como também deixou marcas históricas importantes em todos, destacando o valor e a importância desta profissão.
A campanha Nursing Now segue mostrando ao Brasil e ao mundo o trabalho de suma importância para toda sociedade, que é o da
equipe de enfermagem (OLIVEIRA et al., 2021). Apesar de inúmeros avanços, ainda vemos essa profissão da saúde precisando se
justificar como área. E a desvalorização profissional ainda marca esses profissionais que seguem em busca de direitos e melhores
1. Marcos históricos do desenvolvimento da enfermagem
Legislação profissional A enfermagem, como todas as profissões do país, é regulamentada por
leis, decretos ou resoluções. Assim, os profissionais devem atentar para os limites e
possibilidades de sua legislação (PEREIRA, 2013). Dentre as leis que regem o profissional de
enfermagem, temos a Lei 7.498 de junho de 1986, que regulamenta o exercício da enfermagem.
Esta lei também cita os profissionais que compõem a equipe de enfermagem, sendo eles:
auxiliares, técnicos, enfermeiros e parteiras (COFEN, 1986).
Esta lei assegura as atividades de cada membro da equipe de enfermagem, detalhando as
atividades privativas do enfermeiro, assim como as atividades do enfermeiro como integrante
da equipe de saúde e as atividades do técnico e auxiliar de enfermagem (COFEN, 1986).
O Decreto nº 94.406, de 1987, regulamenta a Lei 7.498/1986 e dá ênfase ao fazer menção das
devidas habilitações dos profissionais de enfermagem e inscrição profissional no devido
Conselho Regional (BRASIL, 1987).
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Dentre as atividades privativas do Enfermeiro citadas no Art. 11 da Lei do Exercício da
Profissão, temos:
a. Direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde,
pública e privada, e chefe chefia de serviço e de unidade de enfermagem.
b. Organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e
auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços.
c. Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência
de enfermagem.
d. Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem.
e. Consulta de enfermagem.
f. Prescrição da assistência de enfermagem.
g. Cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida.
h. Cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de
base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. (COFEN, 1986) Figura.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Conforme o COFEN (1986), são atribuições legais do técnico de enfermagem as seguintes
funções:
§ 1º Participar da programação da assistência de Enfermagem.
§2º Executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro,
observado o disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei.
§ 3º Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar.
§ 4º Participar da equipe de saúde. Bases Teóricas e Metodológicas da Enfermagem 23.
Também são citadas as atribuições do auxiliar de enfermagem, que lhe cabe:
• 1º Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas.
• 2º Executar ações de tratamento simples.
• 3º Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente.
• 4º Participar da equipe de saúde (COFEN, 1986).
2. Enfermagem como ciência e profissão.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Dessa forma, com as devidas atribuições legais especificadas, os profissionais de enfermagem se tornam
autônomos e resguardados em seu fazer. Contudo não se torna indispensável o exercício da ética em suas
atividades, e por isso há o Código de Ética dos profissionais de enfermagem (PEREIRA, 2013). O Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN) aprovou em 2017 a Resolução nº 564, que atualiza o Código de Ética dos profissionais de
enfermagem. Em seu texto contém direitos, deveres, proibições, infrações e penalidades (COFEN, 2017).
O COFEN foi criado no ano de 1973 através da Lei nº 5.905, juntamente com os Conselhos Regionais. Ele é
responsável pela fiscalização e normatização do exercício profissional da enfermagem.
Afinal, especialistas em Enfermagem Estética podem aplicar injetáveis?
A habilitação em injetáveis é um dos temas mais questionados pelos profissionais da Saúde Estética,
principalmente os que se especializam em Enfermagem Estética. Por muito tempo, os enfermeiros não
podiam atuar na área da Estética, mas tudo mudou com a liberação do COFEN. Depois de alguns
impasses, em 2020, o conselho regulamentou a profissão, com […]
2. Enfermagem como ciência e profissão.
A habilitação em injetáveis é um dos temas mais questionados pelos
profissionais da Saúde Estética, principalmente os que se especializam em
Enfermagem Estética.
Por muito tempo, os enfermeiros não podiam atuar na área da Estética, mas
tudo mudou com a liberação do COFEN.
Depois de alguns impasses, em 2020, o conselho regulamentou a profissão, com
a resolução 626/2020, uma atualização da 529/2016, liberando a aplicação de
injetáveis, a liberação para especialistas em Enfermagem Estética se
capacitarem e atuarem.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
No que tange os direitos dos profissionais de enfermagem, o COFEN (2017) difunde que são esses:
Art.1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de
qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos.
Art.2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do trabalhador, em
respeito à dignidade humana e à proteção dos direitos dos profissionais de enfermagem
Art.3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do exercício da cidadania e das reivindicações por
melhores condições de assistência, trabalho e remuneração, observados os parâmetros e limites da legislação vigente.
Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar com responsabilidade, autonomia e liberdade, observando
os preceitos éticos e legais da profissão.
Art.5º Associar-se, exercer cargos e participar de Organizações da Categoria e Órgãos de Fiscalização do Exercício Profissional,
atendidos os requisitos legais.
Art.6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à
prática profissional.
Art.7º Ter acesso às informações relacionadas à pessoa, família e coletividade, necessárias ao exercício profissional.
Art.8º Requerer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamentada, medidas cabíveis para obtenção de desagravo público
em decorrência de ofensa sofrida no exercício profissional ou que atinja a profissão.
Art.9º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamentada, quando impedido de cumprir o presente Código, a
Legislação do Exercício Profissional e as Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos emanados pelo Sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem.
Art.10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis, às diretrizes políticas, normativas e protocolos institucionais, bem como
participar de sua elaboração.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art.11 Formar e participar da Comissãode Ética de Enfermagem, bem como de comissões
interdisciplinares da instituição em que trabalha.
Art.12 Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu
exercício profissional.
Art.13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer
condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as
situações de urgência Bases Teóricas e Metodológicas da Enfermagem 25 e emergência, devendo
formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao
Conselho Regional de Enfermagem.
Art.14 Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para planejar, implementar,
avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade.
Art.15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no âmbito da saúde ou de qualquer área direta
ou indiretamente relacionada ao exercício profissional da Enfermagem.
Art.16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão que envolvam pessoas e/ou local de
trabalho sob sua responsabilidade profissional.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art.17 Realizar e participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, respeitando a legislação
vigente.
Art.18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em pesquisa, extensão e produção técnico-científica.
Art.19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos para conceder
entrevistas, ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de sua competência e/ou divulgar
eventos com finalidade educativa e de interesse social.
Art.20 Anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e competências técnico-
científicas e legais.
Art.21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o desempenho de suas
atividades profissionais.
Art.22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e
legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
Art.23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da relação profissional/usuários quando houver
risco à sua integridade física e moral, comunicando ao Coren e assegurando a continuidade dá sua
integridade física e moral, comunicando ao Coren e assegurando a continuidade da assistência de
Enfermagem
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art.24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade,
competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.
Art.25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e na
diversidade de opinião e posição ideológica.
Art.26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e
demais normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Art.27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais de Enfermagem no desempenho de
atividades em organizações da categoria.
Art.28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem e aos órgãos
competentes fatos que infrinjam dispositivos éticos-legais e que possam prejudicar o exercício
profissional e a segurança à saúde da pessoa, família e coletividade.
Art.29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que envolvam
recusa e/ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do profissional
em cumprir o presente Código e a legislação do exercício profissional.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art.30 Cumprir, no prazo estabelecido, determinações, notificações, citações, convocações e
intimações do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Art.31 Colaborar com o processo de fiscalização do exercício profissional e prestar informações
fidedignas, permitindo o acesso a documentos e a área física institucional.
Art.32 Manter inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, com jurisdição na área onde
ocorrer o exercício profissional.
Art.33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional de Enfermagem de sua
jurisdição
Art.34 Manter regularizadas as obrigações financeiras junto ao Conselho Regional de Enfermagem
de sua jurisdição.
Art.35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria de inscrição no
Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, quando no exercício
profissional. § 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo, número e categoria de
inscrição no Coren, devendo constar a assinatura ou rubrica do profissional. § 2º Quando se tratar
de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada, conforme legislação vigente.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art.36 Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis ao
processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras.
Art.37 Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em consonância com sua
competência legal.
Art.38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, necessárias à continuidade da
assistência e segurança do paciente.
Art.39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências
acerca da assistência de Enfermagem.
Art.40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências decorrentes de
exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante
legal.
Art.41 Prestar assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer natureza.
Art.42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou de seu representante legal na tomada
de decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança, tratamento, conforto, bem-estar, realizando
ações necessárias, de acordo com os princípios éticos e legais. Parágrafo único. Respeitar as diretivas
antecipadas da pessoa no que concerne às decisões sobre cuidados e tratamentos que deseja ou não
receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, suas vontades.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da pessoa, em todo seu ciclo vital e nas situações de
morte e pós-morte.
Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança, mesmo em caso de
suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria. Parágrafo
único. Será respeitado o direito de greve e, nos casos de movimentos reivindicatórios da categoria, deverão
ser prestados os cuidados mínimos que garantam uma assistência segura, conforme a complexidade do
paciente.
Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência.
Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura e
número de registro do profissional prescrito, exceto em situação de urgência e emergência. § 1º O profissional
de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de identificação
de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo esclarecer com o prescrito ou outro profissional, registrando
no prontuário. § 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à distância, exceto
em casos de urgência e emergência e regulação, conforme Resolução vigente.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos competentes, ações e procedimentos de membros
da equipe de saúde, quando houver risco de danos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência
ao paciente, visando a proteção da pessoa, família e coletividade.
Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a qualidade de vida à pessoa e família no
processo do nascer, viver, morrer e luto Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis e
terminais com risco iminente de morte, em consonância com a equipe multiprofissional, oferecer todos os
cuidados paliativos disponíveis paraassegurar o conforto físico, psíquico, social e espiritual, respeitada a
vontade da pessoa ou de seu representante legal.
Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à coletividade em casos de emergência, epidemia,
catástrofe e desastre, sem pleitear vantagens pessoais, quando convocado.
Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante consentimento prévio do paciente, representante ou
responsável legal, ou decisão judicial. Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que não haja
capacidade de decisão por parte da pessoa, ou na ausência do representante ou responsável legal.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independentemente de ter
sido praticada individual ou em equipe, por imperícia, imprudência ou negligência, desde que tenha
participação e/ou conhecimento prévio do fato. Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a
responsabilidade será atribuída na medida do(s) ato(s) praticado(s) individualmente.
Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade profissional, exceto nos
casos previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa
envolvida ou de seu representante ou responsável legal. § 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja
de conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa envolvida. § 2º O fato sigiloso deverá ser
revelado em situações de ameaça à vida e à dignidade, na defesa própria ou em atividade multiprofissional,
quando necessário à prestação da assistência. § 3º O profissional de Enfermagem intimado como
testemunha deverá comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar suas razões éticas para
manutenção do sigilo profissional. § 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de
responsabilização criminal, independentemente de autorização, de casos de violência contra: crianças e
adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem condições de firmar consentimento. § 5º A
comunicação externa para os órgãos de responsabilização criminal em casos de violência doméstica e
familiar contra mulher adulta e capaz será devida, independentemente de autorização, em caso de risco à
comunidade ou à vítima, a juízo do profissional e com conhecimento prévio da vítima ou do seu responsável.
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Art.53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao conteúdo e imagem veiculados nos
diferentes meios de comunicação e publicidade.
Art.54 Estimular e apoiar a qualificação e o aperfeiçoamento técnico-científico, ético-político, socioeducativo
e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua supervisão e coordenação.
Art.55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos e culturais, em
benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.
Art.56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e
extensão, devidamente aprovados nas instâncias deliberativas
Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa envolvendo seres humanos.
Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais no processo de pesquisa, em todas as etapas.
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e legalmente apto para
o desempenho seguro para si e para outrem. Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a legislação vigente
relativa à preservação do meio ambiente no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. (COFEN, 2017).
2. Enfermagem como ciência e profissão.
Segundo o COFEN (2017), essa versão do Código de Ética trouxe atualização perante as infrações e
penalidades, que foram as seguintes:
Art. 111. As infrações serão consideradas leves, moderadas, graves ou gravíssimas, segundo a natureza do ato
e a circunstância de cada caso. Neste novo código, foi incluída a infração moderada, que são consideradas
as que provoquem debilidade temporária de membro, sentido ou função na pessoa ou ainda as que
causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros. Dessa forma, a enfermagem quanto profissão
ganha embasamento legal para o seu fazer, e os profissionais ficam protegidos em suas ações, dando
destaque para a autonomia profissional do enfermeiro, indicando que a enfermagem passou e passa por
variados processos na construção e evolução de sua identidade perante a sociedade (PERERIRA, 2013; SILVA
et al. 2019).
Com isso, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os seus respectivos Conselhos Regionais (CORENs)
são responsáveis por normatizar e fiscalizar o exercício da profissão de enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem, zelando pela qualidade dos serviços prestados e pelo cumprimento da Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem e dos direitos dos profissionais (COFEN, 1973)
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Existem também os sindicatos, que são órgãos responsáveis pela defesa dos direitos dos trabalhadores. No Brasil,
eles surgiram com a industrialização, e receberam tratamento especial da Constituição de 1988, que lhes concede
autonomia. No tocante ao Sindicato dos profissionais de enfermagem, este órgão sindical tem um dos serviços à
orientação jurídica. Em casos que o profissional se sinta coagido, alvo de assédio ou tenha dúvidas quanto a seus
direitos trabalhistas, é ao Sindicato que ele deve procurar (COREN-SP, 2008).
Temos também a representação pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), que foi criada em 1926 pelas
primeiras enfermeiras formadas pela Escola de Enfermagem Anna Nery, que acreditaram na premissa de que toda
profissão para se firmar deveria possuir uma associação que trabalhasse por lutar pelos seus interesses (SILVA et al..
2015).
Assim, a ABEN é a primeira organização criada em nosso país para enfermagem, tendo objetivos primários de
agregar os profissionais de enfermagem e contribuir para o seu desenvolvimento científico, técnico, político e social.
É uma organização civil não governamental, sem fins lucrativos, mantida pela contribuição anual de seus
associados (SILVA et al. 2015).
O crescimento e consolidação da ABEN acompanhou o movimento de expansão das Escolas e Cursos de
Enfermagem, sendo peculiar a forma como cada uma delas foi criada e iniciou o seu funcionamento (SILVA et al.
2015).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Sistematização da Assistência de Enfermagem
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma
metodologia científica que vem sendo cada vez mais implementada na
prática assistencial, que verifica maior segurança aos pacientes, melhora
da qualidade da assistência e maior autonomia aos profissionais de
enfermagem.
A introdução do Processo de Enfermagem (PE) na prática profissional
ocorreu em meados da década de 1950 sob influência do método de
solução de problemas, na qual suas marcas eram a observação, a
medição e a análise de dados.
Historicamente, ele foi dividido em três gerações.
A primeira, ocorreu nas décadas de 1950 e 1970, e retratava as
necessidades dos cuidados e os processos de solução dos problemas dos
pacientes, correlacionavam-se, sobretudo, as condições fisiopatológicas e
médicas (CUNHA; MILHOMEM, 2020).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
A segunda geração, caracterizada entre 1970 e 1990, destacou o julgamento
clínico, a evolução e o desenvolvimento contínuo dos sistemas de classificação
dos elementos da prática profissional.
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
A terceira geração estabeleceu-se por volta dos anos 1990, direcionada para aplicação dos resultados dos
pacientes que fossem sensíveis à intervenção profissional, considerando que uma vez traçado o
diagnóstico de enfermagem, especificava-se umresultado a ser alcançado (CUNHA; MILHOMEM, 2020)
A resolução ainda destaca a necessidade de educação contínua para os enfermeiros, promovendo o
desenvolvimento profissional contínuo e a competência na aplicação do Processo de Enfermagem.
Essa resolução é um passo significativo para o fortalecimento da prática de enfermagem no Brasil,
garantindo que os cuidados prestados aos pacientes sejam de alta qualidade, seguros e alinhados com os
padrões éticos e legais da profissão.
Para Horta (2005), devemos exemplificar os instrumentos básicos indispensáveis para que se aplique o PE,
como as habilidades de observação, comunicação, aplicação do método científico, destreza manual,
planejamento, avaliação, criatividade, trabalho em equipe, dentre outros. As taxonomias são formas de
organizar um grupo ou classes com semelhanças.
Os sistemas de classificação/taxonomias mais conhecidos no Brasil são: NANDA-I, NIC (Nursing Intervention
Classification), NOC (Nursing Outcome Classification) e a CIPE (Classificação Internacional para a Prática de
Enfermagem) (RODRIGUES et al., 2020).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Assim, a primeira etapa do PE, a coleta de dados, ocorre juntamente com a entrevista e exame físico,
no qual serão observados o histórico do cliente, estado de saúde, antecedentes, e observação dos
determinantes em saúde. Para a realização do exame físico, o enfermeiro deve fazer o uso das
técnicas propedêuticas, inspeção, palpação, ausculta e percussão (COREN-SP, 2015).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Quanto ao diagnóstico de enfermagem, é a segunda etapa do PE, na qual os dados que foram coletados na primeira
etapa serão analisados e interpretados, possibilitando a enfermagem desenvolver intervenções por ordem
prioritária.
A padronização da linguagem é utilizada pelos enfermeiros, para definir o que é identificado, avaliado e tratado
(RODRIGUES et al., 2020).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
O desenvolvimento da classificação de diagnósticos de enfermagem da NANDA-I passou por várias etapas. Inicialmente, os diagnósticos
foram organizados em uma lista alfabética, em 1973. Depois, foram classificados de acordo com nove Padrões de Unidade do Homem.
Com o avançar dos estudos e o aumento do número de diagnósticos, foi aprovada, em 1986, a Taxonomia I da NANDA (COREN-SP, 2015).
Segue exemplo de como descrever um diagnóstico conforme NANDA:
• Enunciado diagnóstico: amamentação interrompida
• Conceito: quebra na continuidade do processo de amamentação como resultado de incapacidade ou inconveniência
de colocar a criança no peito para mamar. Em 2002, foi publicada a Taxonomia II da NANDA-I, que abrangia de forma
mais facilitada a organização e classificação, estando estruturada em três níveis de abstração: domínios, classes e
diagnósticos.
Atualmente, existem 13 domínios, 47 classes e 221 diagnósticos aceitos (COREN-SP, 2015). A Taxonomia II está
organizada em sete eixos, sendo que cada eixo corresponde a uma dimensão, que é levada em consideração
durante o processo de diagnóstico de enfermagem (COREN-SP, 2015; RODRIGUES et al., 2020).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Estes são os sete eixos que devem ser levados em conta no processo diagnóstico de enfermagem: 
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Após a coleta de dados e elaboração dos diagnósticos de enfermagem, damos início ao planejamento de enfermagem, que
constitui a terceira etapa do PE, momento no qual determinamos quais intervenções de enfermagem iremos realizar,
considerando os diagnósticos elaborados, e delimitamos o provável resultado esperado dessas intervenções. Ao determinar o
resultado esperado, o enfermeiro deverá utilizar o pensamento crítico, baseado em evidências científicas, Bases Teóricas e
Metodológicas da Enfermagem 38 para determinar o tempo necessário para alcançá-lo (FONSECA et al., 2020).
Sobre a Nursing Intervention Classification (NIC), é uma classificação abrangente e padronizada das intervenções que os
enfermeiros realizam. É útil não somente pelo planejamento dos cuidados, mas também por poder abranger a documentação
clínica, comunicação dos cuidados em vários cenários, integração de dados nos sistemas e contextos (VIEIRA, 2020).
As intervenções de enfermagem são a essência da nossa prática, do fazer, da assistência. Como sistema de classificação, a NIC
identifica os tratamentos que os enfermeiros realizam, organiza essa informação em estrutura coerente e fornece linguagem
clara para comunicação (VIEIRA, 2020). De acordo com a NIC, intervenções de enfermagem podem ser definidas como todo e
qualquer tratamento que, baseado em julgamento e conhecimento clínico, um enfermeiro ponha em prática para melhorar os
resultados do paciente (VIEIRA, 2020). Na segunda edição da NIC, em 1996, haviam 6 domínios e 27 classes.
Atualmente estamos na 7ª edição, de 2018, e constam 565 intervenções e aproximadamente 13.000 atividades. As intervenções
estão agrupadas em 7 domínios e 30 classes. A NIC é atualizada a cada cinco anos, e a edição atual possui tradução para o
português, no ano de 2020 (VIEIRA, 2020). A Classificação dos Resultados de Enfermagem, Nursing Outcomes Classification (NOC),
é uma taxonomia complementar às taxonomias da NANDA e da NIC. Nela constam listagens de resultados esperados de
enfermagem para cada diagnóstico realizado com a NANDA. A taxonomia NOC determina a condição de saúde de um paciente,
do cuidador ou de uma comunidade, com o propósito de verificar as mudanças apresentadas por eles após as intervenções de
enfermagem (TANNURE; PINHEIRO, 2011).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
A utilização da NOC contém resultados para indivíduos, cuidadores, famílias e comunidades que podem ser
utilizados com todas as Bases Teóricas e Metodológicas da Enfermagem 39 especialidades a nível conceitual. Esta
taxonomia possui níveis que foram codificados para o uso na prática (MOORHEAD et al., 2010). Figura 7 - Os cinco
níveis da taxonomia NOC Resultados Classes Domínios Medidas Indicadores Fonte: Vieira (2020, p. 175). Assim, a
NOC fornece uma classificação dos resultados dos pacientes, que são potencialmente influenciados por todas as
áreas de assistência de saúde. O uso dos resultados por todos os membros da equipe interdisciplinar auxilia em
uma padronização da maneira que irão interpretar os achados e consequentemente melhorar as intervenções
(MOORHEAD et al., 2010).
A 6ª edição da NOC foi lançada em 2018; contém 540 resultados e sua atualização ocorre a cada 5 anos (VIEIRA,
2020). O uso da tríade de taxonomias NANDA-NIC-NOC é recorrente na prática da assistência de enfermagem.
Consideramos o PE como um processo metodológico que operacionaliza e sistematiza a assistência; entretanto,
esse método, caso não disponha de referenciais teóricos, impossibilita a detecção de problemas, e torna
imprecisas a elaboração de diagnósticos e a avaliação dos resultados (FONSECA et al., 2020). Desta forma, as
taxonomias surgem como um referencial teórico que embasa o PE e dá força a prática da enfermagem. Além das taxonomias
clássicas, já citadas, vale ressaltar que há outras taxonomias ganhando evidência, como a Classificação
Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) (FONSECA et al., 2020). A origem da Classificação
Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) foi motivada após uma recomendação da Organização Mundial
de Saúde (OMS) na década de1980, e pelo desejo manifesto dos enfermeiros por uma classificação que
representasse a enfermagem Bases Teóricas e Metodológicas da Enfermagem 40 mundialmente, e como uma
maneira de padronizar para uma mesma linguagem (TANNURE; PINHEIRO, 2011).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
A necessidade de uma classificação com essa amplitude ficou mais evidente quando, em 1986, membros da American Nursing
Association (ANA) e da NANDA enviaram uma proposta para o Comitê Revisor da Classificação Internacional de Doenças (CID),
para que o esquema de classificação dos diagnósticos de enfermagem pudesse ser incluído na CID-10. Em atendimento a essas
demandas, passou a haver na OMS uma abertura para que fossem incorporadas à CID outras classificações; assim, a
denominação foi modificada para Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde. (NÓBREGA;
GUTIÉRREZ, 1999. apud TANNURE; PINHEIRO, 2011, p. 289) Para a elaboração da CIPE foi necessário um levantamento na literatura dos
sistemas utilizados na prática profissional. Após esse primeiro levantamento, foram analisados 14 sistemas de classificação, a
CID-10, a Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidades e Saúde e outras classificações aceitas pela OMS, com o
objetivo de identificar denominações pertinentes à enfermagem (TANNURE, PINHEIRO, 2011). No ano de 1992 foi realizado um
encontro de enfermeiros de seis países que criaram o grupo de aconselhamento técnico da CIPE, para testar a aplicação e
validade de seu uso mundial (TANNURE; PINHEIRO, 2011). Em 1996 foi publicada a CIPE versão Alfa, procedida das publicações
versão Beta, em 1999, versão Beta 2, em 2001 e, finalmente, em 2005, foi publicada a versão 1.0.
Em 2006, a versão 1.0 foi traduzida para a língua portuguesa, através dos esforços da Ordem dos Enfermeiros de Portugal e, no
ano de 2007 essa versão foi traduzida para o português do Brasil (BARRA, SASSO; 2012). A versão alfa, considerada um marco
unificador, não teve a pretensão de ditar regras, mas o objetivo de ser um instrumento para estimular os enfermeiros a fazer
comentários e críticas e recomendar como deveria ser o seu desenvolvimento. Nessa versão, os conceitos mundialmente Bases
Teóricas e Metodológicas da Enfermagem 41 utilizados pelos enfermeiros estavam agrupados e organizados de forma
hierarquizada (BARRA; SASSO; 2012, TANNURE; PINHEIRO, 2011). Figura 8 - Vetor - Conexões mundiais Fonte: Freepik A versão Beta,
lançada no 1999, oportunizou aos enfermeiros a participação contínua no processo de desenvolvimento e expansão de sua
profissão. Nesse momento, a CIPE pretendia estabelecer uma linguagem comum para documentar as práticas da assistência de
enfermagem, fornecendo, assim, aos integrantes da equipe, um vocabulário que pudesse ser utilizado para incluir dados de
enfermagem nos sistemas de informação
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Essa versão da CIPE estimulava o desenvolvimento de pesquisas nas diversas áreas de atuação dos enfermeiros (BARRA; SASSO,
2012). A versão Beta 2 foi publicada em 2002, e por definição era conhecida como uma classificação de fenômenos,
ações/intervenções e resultados de enfermagem, que descreviam sua prática. Elaborada em uma terminologia combinatória,
através de uma estrutura multiaxial, esta versão era composta por oito eixos na estrutura de classificação das práticas da
enfermagem (BARRA; SASSO, 2012). Para o Conselho Internacional de Enfermagem, a CIPE é um instrumento de informação que
auxilia a descrição da prática de enfermagem, sendo seus objetivos os seguintes: Estabelecer uma linguagem comum que
descreva a prática de enfermagem, facilitando a comunicação entre Bases Teóricas e Metodológicas da Enfermagem 42
enfermeiros e dos enfermeiros com os outros profissionais de saúde. Representar conceitos usados na prática, em diferentes
línguas e áreas de especialidade. Descrever mundialmente a prestação do cuidado de enfermagem (indivíduos, famílias e
comunidades).
Possibilitar comparação dos dados de enfermagem entre diferentes populações de pacientes, locais de atendimento, áreas
geográficas e tempo. Estimular a pesquisa de enfermagem mediante ligações entre os dados disponíveis e os sistemas de
informação em saúde 295/491. Fornecer dados sobre a prática de enfermagem para incluir no ensino de enfermagem e nas
políticas de saúde. Projetar tendências sobre as necessidades dos pacientes, fornecimento de tratamento de enfermagem,
recursos utilizados e resultados obtidos no cuidado de enfermagem. (TANNURE; PINHEIRO, 2011) A CIPE versão 1.0 surgiu como um
novo modelo, além de ser simplificado, pois possuía apenas sete eixos. Trata-se de mais do que apenas um vocabulário. Este é
um recurso que pode acomodar vocabulários que já existiam e que podem ser usados para o desenvolvimento de novos
vocabulários com a utilização de uma terminologia composicional.
Os eixos que compõem essa versão são: foco, julgamento, meios, ação, tempo, localização, paciente (TANNURE; PINHEIRO, 2011).
VOCÊ SABIA? Os sete eixos de uso da CIPE da versão 1.0 são utilizados até atualmente na versão mais nova, que é do ano de 2019.
Em 2008, a CIPE foi incluída pela OMS na Família das Classificações Internacionais (FCI). Este foi o fato impulsionador para a nova
adequação da estrutura da CIPE à estrutura das outras classificações da família, culminando com o lançamento da versão 2.0, no
ano seguinte, em 2009. Nessa versão, mais de 400 novos conceitos foram inseridos na sua Bases Teóricas e Metodológicas da
Enfermagem 43 estrutura, visando garantir a consistência e a precisão deste sistema de classificação. (BARRA; SASSO, 2012).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Dessa forma, desde o lançamento da Versão 1.0 (2005), foram divulgadas mais cinco versões da CIPE: a versão 1.1 (2008), a versão 2
(2009), a versão 3 (2011), a versão 2013 (2013), (2015), e recentemente, a versão 2019-2020. Esta última de 2019 apresenta 4.475
conceitos, sendo 2.035 conceitos pré-coordenados (relativos a diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem) e 2.440
conceitos primitivos (ENGLER; SILVA; FÉLIX, 2020). Observa-se que, ao utilizar a CIPE, a enfermagem permeia suas ações a partir de uma
classificação internacional que vem sendo considerada eficaz para registro e análise da prática de enfermagem realizada a seus
pacientes (TANNURE; PINHEIRO, 2011).
A CIPE, enquanto terminologia padronizada, auxilia o enfermeiro na descrição dos elementos da prática profissional, no
aprimoramento do raciocínio crítico e tomada de decisão, bem como na comunicação entre os profissionais. Além disso, favorece a
documentação da prática profissional no que se refere à validação da enfermagem enquanto profissão (BESERRA et al. 2018).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
A aplicabilidade desta taxonomia na assistência à saúde demostra o compromisso da Enfermagem
brasileira com o processo de cuidar. Entende-se que os enfermeiros estão utilizando o conhecimento
teórico prático, instrumentos e métodos específicos para promover melhoria no cuidado prestado pela
equipe (BESERRA et al. 2018).
Com isso, entendemos a necessidade da utilização da CIPE, e o quanto é imprescindível que o
enfermeiro saiba utilizar essa ferramenta que facilita o processo de assistência por toda equipe que
presta os cuidados. Dessa forma, conseguimos compreender sobre a importância da sistematização da
assistência de enfermagem, visando assim, uma melhor assistência e continuidade do cuidado com
uma linguagem padrão e clara para todos.
As taxonomias de classificação de diagnóstico, resultados e intervenções, sendo elas: Nanda, NOC, NIC.
Fizemos o estudo sobre a CIPE e suas versões, e vimos o quão importante são os registros de
enfermagem.
3. Conceitos básicosda Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Método de Solução de Problemas, sendo proativo, destacando pela necessidade de investigação contínua dos
fatores de risco e de bem-estar, mesmo quando aparentemente não existir (COREN-SP, 2015).
A publicação da Resolução 358 de 2009 traz de maneira clara e afirmativa a forma de aplicação do processo de
enfermagem, que deve ser realizado de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes que existam a
prática de enfermagem (COFEN, 2009). Ao recordar a trajetória histórica dessa profissão, tem-se como referência
mais antiga o método de organização proposto por Florence Nightingale, em 1854, em sua atuação na Guerra da
Criméia e em seus vários feitos; o que a levou a ser considerada precursora da enfermagem moderna (COREN-SP,
2015).
Na segunda metade dos anos 1960, Wanda de Aguiar Horta, baseada em sua teoria, apresentou um modelo de
processo de enfermagem com os seguintes passos: histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano
assistencial, plano de cuidados ou prescrição de enfermagem, evolução e prognóstico de enfermagem (HORTA,
2005). Atualmente, reconhecendo e respeitando o que foi construído perante a história desta profissão, faz-se
necessário reafirmar a importância de ter por base a enfermagem como sendo uma profissão capaz de Bases
Teóricas e Metodológicas da Enfermagem 46 contribuir com as transformações sociais. Para isso, ao considerar o
trabalho de enfermagem como um processo, pode-se atrelar a este pensamento a teoria marxista como suporte
teórico, que entende o trabalho como uma transformação da matéria pelo ser humano, em um constante e
dinâmico processo no qual ambos sofrem alterações (COREN-SP, 2015).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Considerando que a autonomia na profissão só será alcançada quando toda a classe profissional começar a utilizar essa
metodologia científica – ou seja, quando colocar em prática a aplicação sistemática do processo de enfermagem, os
enfermeiros têm utilizado o PE como um método para sistematizar a assistência de enfermagem nos diversos níveis de
atenção à saúde (TANNURE; PINHEIRO, 2011). O processo de trabalho é constituído por alguns componentes, segundo o
COREN-SP (2015),
A saber:
Objetos: são aquilo sobre o que se trabalha, é algo que vem da natureza e que sofreu ou não modificação de outros
processos de trabalho. No objeto, há a potencialidade do produto ou serviço a ser transformado pela ação do ser humano.
Para ser objeto de trabalho, é necessária a intenção da transformação.
Agentes: são constituídos pelos seres humanos que transformam a natureza, que realizam o trabalho. Para
isso, tomam o objeto de trabalho, intervêm, são capazes de alterá-los, produzindo um artefato ou um serviço.
Assim, há a intenção de transformar a natureza em algo que, para eles, tem um significado especial. Na
enfermagem, os agentes são os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Instrumentos: com a intenção de alterar a natureza, o ser humano utiliza diferentes instrumentos. Eles podem
ser tangíveis ou não. O enfermeiro, para aplicar uma injeção, por exemplo, utiliza as mãos, instrumentos como
conhecimento em anatomia, fisiologia, farmacologia, microbiologia, ética, comunicação, psicologia,
semiotécnica de enfermagem, dentre outros.
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Isso explica que instrumentos não são apenas artefatos físicos, mas a combinação de forma única de
conhecimentos, habilidades e atitudes.
Finalidades: são a razão pela qual o trabalho é executado. Direcionam-se à necessidade que fez acontecer,
permitindo significado à sua existência. Pela complexidade Bases Teóricas e Metodológicas da Enfermagem do
trabalho em saúde, vários profissionais podem se utilizar dos instrumentos e finalidades para o mesmo objeto,
diferenciando-se os métodos.
Métodos: ações organizadas, planejadas e controladas para produzir resultados e atender a finalidade.
São executados pelos agentes sobre o objeto de trabalho, utilizando-se instrumentos.
Produtos: são apresentados como bens tangíveis, como artefatos, elementos materiais que são vistos com os
órgãos dos sentidos. Podem também ser serviços que, embora não tenham a concretude de um bem, são
percebidos pelo efeito que causam. No que diz respeito as etapas do PE, este se operacionaliza na seguinte ordem:
coleta de dados ou investigação, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação da assistência de
enfermagem, avaliação. A depender da referência utilizada, pode-se utilizar termos semelhantes, mas que tem a
mesma finalidade de descrição (TANNURE; PINHEIRO, 2011).
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
O primeiro passo é a investigação ou coleta de dados. Nessa etapa é realizada a anamnese e exame físico do paciente. Essa fase
consiste na coleta de informações referentes ao estado de saúde do indivíduo, da família e da comunidade, com o propósito de
identificar as necessidades e os problemas, atuais e passados. Dessa forma, torna-se necessário que as informações coletadas
sejam as mais precisas possível, para que seja estabelecido o perfil de saúde ou de necessidades .
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Segundo Curado (2017), uma entrevista possui três fases na área da enfermagem, que são: Fase introdutória: nessa
fase, o profissional irá se apresentar com o nome e a função, e tratará o paciente sempre pelo nome. Logo depois,
você deve explicar a importância e os objetivos dessa coleta de informações, deixando-o sempre confortável. Fase
de trabalho: nessa fase, o profissional deve colaborar com o paciente com relação ao tipo de pergunta que ele fará,
facilitando tanto a resposta do paciente quanto a interpretação do profissional. Ajude-o a identificar seus problemas
e entender seus objetivos, sempre usando o pensamento crítico para ouvir e observar.
Fase de resumo e conclusão: nessa fase, deve ser feita uma síntese de tudo o que foi falado pelo cliente durante o
diálogo, validando sempre os dados com o paciente. Permita sempre que o paciente faça questionamentos e
expresse suas angústias e preocupações. (CURADO, 2017, p. 22-23)
3. Conceitos básicos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE).
Uma abordagem sistemática significa que a coleta de dados é organizada e tem uma sequência lógica de perguntas e
observações, e contém as características interpessoais e físicas e a estruturação da coleta de dados (COREN-SP, 2015).
Quanto ao contexto situacional, Gordon (1993 apud COREN-SP, 2015) descreve quatro tipos de coletas de dados:
Avaliação inicial: cujo propósito é avaliar o estado de saúde da pessoa, identificar problemas e estabelecer um relacionamento
terapêutico. Neste caso, a questão norteadora para direcionar a avaliação é: existe um problema?
Avaliação focalizada: tem como finalidade verificar a presença ou ausência de um diagnóstico em particular.
Para este tipo de avaliação, o enfermeiro deve se nortear pelas seguintes questões: O problema está presente hoje? Se está, qual é
o status do problema?
Avaliação de emergência: utilizada em situações em que há ameaça à vida. Neste caso, a questão que deve nortear a avaliação
é: qual é a natureza da disfunção/do problema?
Avaliação de acompanhamento: é realizada em determinado período após uma avaliação prévia. Para este tipo de avaliação,
o enfermeiro deve ter em mente a seguinte pergunta norteadora:
Alguma mudança ocorreu ao longo do tempo? Se ocorreu, qual foi sua direção (melhora ou piora)? (COREN-SP, 2015) No que diz
respeito ao exame físico, o paciente deverá ser informado sobre a necessidade da realização, esclarecendo sobre como este
será realizado.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilizaçãonas diversas práticas do enfermeiro.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
Ele será convidado a se assentar na maca de exame, com a cabeceira a 30 graus, para que se proceda a realização do exame. O
fato de ter encerrado a anamnese não impede que continue a conversar com o paciente, pois dados novos podem surgir; além
disso, conversar enquanto se faz o exame pode deixar o paciente mais tranquilo (YOSHIKAWA; CASTRO, 2015).
Os dados referentes ao estado de saúde do paciente são obtidos de maneira direta ou indireta. Os dados diretos, por definição, são
aqueles coletados diretamente do paciente, por meio da anamnese e do exame físico. Os dados indiretos são aqueles obtidos por
meio de outras fontes como, por exemplo, familiares, prontuários de saúde, registros de outros profissionais da equipe, resultados
de exames, dentre outras formas (TANNURE; PINHEIRO, 2011). Os dados são classificados em duas categorias: objetivos (o que é
observável) e subjetivos (o que a pessoa afirma). A separação das informações em dados subjetivos e dados objetivos auxilia o
raciocínio crítico e clínico, porque um tipo complementa e esclarece o outro, dando melhor embasamento para o diagnóstico
(TANNURE; PINHEIRO, 2011). A realização do exame físico inclui a mensuração de sinais vitais, medição de altura e peso, perímetros,
além da realização das técnicas de auscultas, percussão, palpação e inspeção, com a finalidade de investigar alguma alteração
no padrão de normalidade (BARROS, 2016).
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
Conforme citado, durante o exame físico necessitamos de algumas habilidades.
a saber:
Inspeção: é a avaliação de várias partes do corpo através da observação. Faça uma inspeção completa e
sistemática de todo o corpo, observando sempre antes de tocar. Utilize sempre uma boa iluminação e cuidado para
que nada interfira em sua observação, como o caso de determinadas lâmpadas, pois elas podem interferir na
avaliação de alguma ferida.
Evite realizar a avaliação em ambientes frios. Observe as anormalidades, anotando dados como coloração,
tamanho, forma, localização, simetria, textura, sons e odores.
Palpação: esse é o nome dado ao ato de tocar e sentir partes do corpo através das mãos para se detectar
elasticidade, resistência, mobilidade, textura, temperatura e umidade da pele. Antes de qualquer coisa, deve-se
lavar as mãos e aquecê-las, sempre se atentando ao tamanho das unhas, que devem ser curtas.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
Coloque o paciente em posição confortável e inicie pela palpação superficial, em que se palpa deprimindo a pele de 1 a 2 cm com
a polpa dos dedos, a fim de detectar variações superficiais. Em seguida, realize a palpação profunda, deprimindo a pele de 3 a 5
cm, fazendo uma pressão mais profunda, podendo até utilizar as duas mãos, com o intuito de sentir massas ou órgãos em seu
tamanho, simetria, mobilidade e forma. Existem alguns tipos de palpação mais comuns
Palpação com a mão espalmada, em que se usa toda a palma de uma das mãos ou as duas. Palpação com uma das mãos
sobrepondo à outra. Palpação com a mão espalmada, em que se usam somente as polpas digitais e a parte ventral dos dedos.
Palpação com a borda da mão. Palpação usando o polegar e o indicador, em que se forma uma “pinça”. Palpação com o dorso
dos dedos da mão. Palpação bimanual. (CURADO, 2017, p. 27)
Percussão: são sons produzidos devido uma leve “batida” em uma determinada região do corpo, com o intuito de identificar
algum som ou sensibilidade diferente.
Determina também o tamanho, a consistência e o limite de determinados órgãos. Isso pode ser feito de duas maneiras: direta, que
identifica algum tipo de dor ou sensibilidade, batendo-se diretamente sobre a região utilizando-se a ponta de um ou dois dedos.
Pode ser também indireta, que gera sons sobre o abdome e o tórax, pressionando-se o dedo médio da mão que não está
dominante de maneira firme, mantendo-se os outros dedos afastados do corpo.
Bata no dedo fixado e escute o som. A técnica da percussão pode ser realizada ainda de outras maneiras, como: Percussão dígito-
digital: é executada realizando-se um golpeamento com a borda do dedo médio da mão direita na superfície dorsal da segunda
falange do dedo médio ou o indicador da outra mão.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
Percussão punho-percussão: mantendo a mão fechada, golpeia-se a região em estudo
e verifica-se a existência da dor diante da manobra.
Percussão com a borda da mão: os dedos ficam unidos e estendidos, golpeando-se a
região desejada, verificando-se também se existe dor ao estímulo.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
Percussão por piparote: com uma das mãos se golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra mão
fica espalmada na região contralateral, tentando captar ondas líquidas que se chocam contra a parede
abdominal.
Os tipos de sons obtidos que são gerados a partir da percussão são:
Som maciço: em regiões que não exista ar
Som submaciço: é uma variação do som maciço, em que a presença de ar em quantidade restrita lhe
dá característica peculiar.
Som timpânico: obtém-se em áreas que contêm ar e que são recobertas por membrana flexível. Som
claro pulmonar: som de tórax normal, sem alterações.
Ausculta: se dá ao ouvir vários sons que vêm da respiração, coração e alças intestinais, usando-se o
estetoscópio.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
A segunda etapa do PE é o diagnóstico, que é feito com base no que foi colhido durante a anamnese e exame físico. Os dados
colhidos serão analisados e interpretados, possibilitando a enfermagem desenvolver intervenções por ordem prioritária. A
padronização da linguagem é utilizada pelos enfermeiros para definir o que é identificado, avaliado e tratado (RODRIGUES et al., 2020;
TANNURE; PINHEIRO, 2011).
O planejamento, que é a terceira etapa, consiste nos seguintes passos: estabelecimento de prioridades para os problemas
diagnósticos e fixação de resultados com o paciente, se possível, a fim de corrigir, minimizar ou evitar problemas (TANNURE; PINHEIRO,
2011)
Para estabelecer os resultados esperados de cada diagnóstico de enfermagem selecionado para o plano de cuidados, o enfermeiro
poderá utilizar algum sistema de linguagem padronizada. Em nosso meio, a Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC) é a
mais utilizada (COREN-SP, 2015). Para cada resultado esperado, o enfermeiro deverá propor intervenções de enfermagem e
prescrever ações que visem reduzir ou eliminar os fatores que contribuem.
Assim, deverá promover níveis mais elevados de saúde, prevenir problemas e/ou monitorar o estado de saúde atual ou o surgimento
de problemas (COREN-SP, 2015).
Para o planejamento da assistência de enfermagem, pode-se utilizar modelos teóricos da administração de acreditação ou mesmo
o primary nurse (enfermeiro de referência do paciente) (COREN-SP, 2015).
A etapa da implementação é a execução pela equipe de enfermagem das atividades prescritas na etapa de planejamento da
assistência. Nesta etapa, coloca-se em prática o plano. Tais intervenções podem ser independentes dos demais profissionais da
saúde e relacionadas aos diagnósticos de enfermagem, como também, podem ser dependentes de recomendação médica, como a
administração de medicamentos, e interdependentes com de recomendação médica, como a administração de medicamentos, e
interdependentes com demais profissionais da saúde (COREN-SP, 2015)
4. Etapas do Processo de Enfermagem e utilização nas diversas práticas do enfermeiro.
Assim,

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