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Conhecimento Vulgar e Científico no Direito

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Introdução ao Estudo do Direito I
Conhecimento vulgar é aquele que se adquiri sem método, advém do cotidiano e não se pode comprovar o que se afirma. Daí, esse conhecimento possui certa insegurança.
O conhecimento científico, por sua vez, busca a verdade a partir de provas, é esquematizado e adquirido com método.
Ciência: sistema (organização) que busca a verdade a partir de fatos verificados ou verificáveis.
 
Método (forma de aquisição) de conhecimento:
-Indutivo: parte da singularidade para o geral (conceito uno); (indo para o maior, aumentando)
-Dedutivo: parte do geral para o particular (Constância nos experimentos). (descendo para o menor)
* O direito usa os dois métodos!
Ciência explicativa tem por objeto a realidade como ela é. Faz juízos explicativos (é) falsos ou verdadeiros. Relação de causalidade. Contemplação da essência do objeto. 
As ciências normativas tratam do dever ser, tendo por objeto a realidade como deve acontecer. A sua finalidade é prática, voltada para a análise da ação humana dotada de vontade. Conhecimento de normas válidas ou inválidas. Método indutivo: elaboração. Método dedutivo: aplicação.
Juízos Normativos são hipotético-condicionais, ou seja, eles tratam do “deve ser” (hipotético) e se apresentam na forma de “se... então...” (condicional), sendo usada a relação imputabilidade (obrigação).
Norma é uma ordenação lógica de fatos segundo valores em determinado tempo histórico que orienta o agir humano (normas de conduta) ou regulam indiretamente a administração pública (normas de organização), visando um determinado fim.
Só deve ser normatizado aquilo que possui conteúdo axiológico máximo, atribuindo a coercibilidade (do Estado). 
As normas compõem o ethos social, ou seja, a construção normativa da sociedade.
Norma é um esquema de interpretação da realidade, seu conhecimento depende do intelecto, e seu cumprimento da vontade.
Relação de imputabilidade.
Conteúdo diverso. 
Existem algumas normas que são invariantes axiológicos, como a liberdade, que pode até ser esquecida por um momento histórico (ditadura), mas são imprescindíveis para os homens.
A norma só existe porque há liberdade – condição de possibilidade.
Tudo que é importante para o homem é normatizado.
Legitimidade da norma: se deve ao fato dela ser elaborada por todos os seus cumpridores (em tese, pelo menos), por isso ela é dotada de sanção, punição e coerção. Até a sanção é elaborada
O que é transformado em norma jurídica,deixa o lado da moralidade pelo uso da racionalidade.
As normas são sistematizadas no ordenamento jurídico.
Só a norma jurídica é dotada de juridicidade; sendo composta por quatro elementos:
Bilateralidade Atributiva: está relacionado à intersubjetividade da norma (dois ou mais sujeitos envolvidos) e confere, imperativamente, direitos subjetivos a um sujeito de direitos (ativo) e dever ao sujeito passivo.
Exigibilidade: dever jurídico.
Irresistibilidade: está relacionada com a coercibilidade do Direito, ou seja, a possibilidade do uso da força física, tornando as normas “impossíveis” de não verificação.
Universalidade formal e material: formal porque é dirigida a todos e material porque é por todos elaborada.
Legitimidade da norma: se deve ao fato dela ser elaborada por todos os seus cumpridores (em tese, pelo menos), por isso ela é dotada de sanção, punição e coerção. Até a sanção é elaborada.
Estrutura da norma jurídica: Se A (fato) deve ser B (conseqüência jurídica). Se não B, deve ser C (sanção).
São dispostas de maneira hierárquica (as inferiores devem buscar validade nas superiores – topo: constituição.
São enunciados deônticos (do dever ser), de forma mandamental, premissiva ou proibitiva, sempre imperativas.
Há normas de conduta: orientam o agir humano diretamente; e há normas de organização/ estrutura: regulam a administração pública.
São sempre objetivas, algumas positivadas.
* Não há normas certas ou erradas, há normas VÁLIDAS e INVÁLIDAS. Uma norma é válida quando cumpriu todo o processo legislativo.
Quanto à formação dialética da norma: 
- no momento da universalidade tem-se a consciência moral individual; 
- no momento da particularidade, a consciência moral intersubjetiva; 
- e na singularidade, a consciência jurídica, em que se questiona o que deve ser elevado a norma.
• Formação da consciência moral individual: 
- (U) normas morais construídas abstratamente (no isolamento do indivíduo); 
- (P) condições reais intrínsecas e extrínsecas; 
- (S) ato moral no agir do individuo.
• Formação da consciência moral intersubjetiva: 
- (U) consciências morais individuais; 
- (P) encontro com o outro na realidade; 
- (S) produção de normas morais baseadas na inter-relação, normas que orientam o agir social. Reconhecimento do outro pelo intelecto, e consentimento, pela vontade, do outro como um semelhante em liberdade. 
	• Formação da consciência jurídica:
- síntese das outras duas.
- reflexão do que é importante e deve, por isso, ser tornado jurídico.
- sua construção ocorre em simultâneo a da consciência moral.
Direito (Ciência do Direito) é a máxima objetivação do ethos; é um sistema aberto, isto é passível de modificação. É construído mediante um processo discursivo (diálogo permanente).
Direito Objetivo: externo ao sujeito; cognoscível por todos; conjunto de direitos subjetivos e deveres jurídicos.
Direito Subjetivo: é uma prerrogativa vantajosa, atribuída pelo Direito Objetivo, munida de ação judicial para sua proteção; Direito visto sob o ângulo do sujeito.
Direito Positivo: é o Direito escrito, transformado em lei, reconhecido e posto pelo Estado; garante a segurança jurídica (previsibilidade do que/como vai acontecer caso o Direito não seja cumprido); pode ser mudado.
Direito Natural (Jusnaturalismo): é devido ao homem simplesmente pela sua essência humana; é eterno, imutável; independe do reconhecimento do Estado; muitas vezes chamados direitos humanos.
Direito Vigente: direito existente no ordenamento jurídico; só deixa de ser vigente por revogação pelo legislativo.
Direito Geral: relativo a todas as situações, regra.
Direito Especial: subsidiário (auxiliar) ao Direito Geral; relativo a um campo restrito de situações jurídicas (ex: Código Militar), no que ele for lacunoso o Geral determina.
Direito Comum: válido em todo território nacional (ex: Código Penal).
Direito Particular ou Local: aplicável em determinados locais (ex: ICMS/ISS).
Privilégio: discriminação positiva em benefício a certo grupo de pessoas – tratar diferentes de forma diferente objetivando equalizá-los (ex: cotas).
Direito Excepcional: regrar situações extraordinárias (ex: guerras)
Direito Regular: regula situações ordinárias (comuns) (ex: Código Penal)
Movimento de Codificação/Evolução do Direito
• No surgimento do Direito, as normas eram criadas com base nos costumes, indistinguíveis da moral, dos mitos religiosos e dos convencionalismos sociais.
• Na chamada Jurisprudência Romana, a base do nosso Direito, é que o Direito começa a ser efetivamente elaborado. As normas passam a ser jurídicas e surgem os primeiros processos. 
• Na Idade Média, há uma mistura do Direito Romano (escrito), dos costumes (povos Germânicos) e do cristianismo (Direito Canônico). O Direito Romano, então, foi sistematizado pelos glosadores, que organizaram as mesclagens, completaram lacunas e adaptaram o Direito à realidade social da época.
• Quando surgem os Estados Nacionais, surgem também os Direitos Nacionais. No séc. XVIII surge o Jusracionalismo, que é a tentativa de codificação daquilo que é importante para a regulamentação da vida social. O primeiro código a ser formado é o Código Civil Napoleônico.
No séc. XIX, surgem os códigos modernos, que sistematizam um ramo do Direito (Normas), simplificando e possibilitando certa segurança jurídica.
O problema da codificação é a estagnação do Direito, pois os códigos podem ficar ultrapassados e é difícil de mudar, ao contrário do commow law.
História do Direito
- importância: conhecer os antigos ordenamentos jurídicos para entender, produzir, modificar e desenvolver o nossoDireito.
Direito Natural na antiguidade clássica ou Jusnaturalismo clássico (período Cosmonômico): 
- primeira tentativa de organizar a sociedade em leis, separando o que é jurídico do que é religioso (mitológico); 
- a partir da análise das leis da natureza, elaboravam-se as leis dos homens;
- tentativa de construir uma ordem imutável (para todos os tempos), permanente, estável, válida para todos os povos (universal), como a natural; 
- a razão seria um instrumento de captação das verdades da natureza (início da ênfase na razão).
Jurisprudência Romana (transição): 
- tem sua origem nos costumes (jurisprudência) e nas publicações de decisões (éditos) dos juízes (pretores), que eram dadas conforme as repostas (responsa) dos jurisconsultos;
- houve distinção entre Direito e Moral; 
- inicialmente buscava-se muito o argumento de autoridade;
- gradualmente, vai ocorrendo a abstração (validade para qualquer situação) da concretude do caso, etrelaçamento da responsa;
- no século VI, Imperador Justiniano, houve a compilação de todo o Direito existente até então: O Digesto ou Pandectas (centro do corpus);
- eram tão complexas que requeriam Institutas (apostilas);
- eram tão elaboradas que acabavam compondo o Corpus, até substituindo o estudo do Digesto;
- O Direito passa a ser construído pelo homem e por sua razão, não é mais natural.
Direito Natural da Idade Média (período Teonômico): 
- ocorre a volta do Direito Natural transcendente, agora, baseado na vontade divina (cristianização do mundo);
- as normas viriam de Deus (adptação do mundo romano à vontade de Deus);
- Santo Agostinho divide a lei em três categorias: 
• Lei eterna: advinda de Deus, perfeita, rege todas as leis do Universo,
• Lei Natural: advém do homem, descoberta parcial da lei eterna através da razão, 
• Lei Humana: estabelece a ordem entre os homens, é variável e tem que estar em conformidade com a Lei eterna;
São Tomás de Aquino continua com a divisão proposta por Santo Agostinho e traz o conceito de justiça: hábito de dar a cada um, o que lhe pertence e a dividida em duas:
• distributiva: atribuída segundo o mérito, sendo assim, proporcional,
• comutativa: aritmética, nas relações privadas entre particulares.
- na baixa Idade Média ocorre um centralismo crescente do porder, com a também crescente formação dos Estados Nacionais.
- o direito passa a ser vigente em todos o território nacional;
- as Universidades começaram a ser formadas e o Direito romano é ensinado( mais sistematizado e desenvolvido);
- começa-se um cientificismo, buscando a verdade da ciência a partir da razão;
- os glosadores eram aqueles que elaboravam a glosa, a explicação do sentido de palavras ou solução de obscuridades do Direito que chega até eles (misto de Direito Romano, Direito Eclesiástico, costumes bárbaros, Direito Local), resumindo e sistematizando;
- buscam conciliar as contradições entre os Direitos para formar a moderna ciência do Direito.
Direito Natural na Idade Moderna - Jusracionalismo: 
- ênfase na razão;
- a partir do renascimento cria-se o modelo AUTONÔMICO (homem autolegislador);
- ocorre a reviravolta antropocêntrica (sujeito dotado de liberdade);
- a formação normativa passa a ser imanente ao homem;
- nesse período, ocorre a criação da Escola do Direito Natural e das Gentes com Kant.
- o Direito Natural é tido como princípios a priori, imanentes, fundados na liberdade do homem;
- escola eminentemente racionalista;
- Kant pregava que o Direito justo advém da razão e não da concretude dos fatos;
- laicização do Direito Natural; 
- durante a Revolução Francesa é criada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (restringiam-se aos direitos individuais), esse Direito era considerado inato, imprescritível, inalienável.
Escola de Exegese (transição):
- codificação do Direito, baseado na razão;
- cria-se o Direito Positivo, que é tido como perfeito, inquestionável (causa estagnação), e, por esse motivo, exige-se a aplicação mecânica do mesmo;
- O direito Positivo conteria a sabedoria jurídica definitiva e seria o garantidor da segurança jurídica;
- o intérprete apenas tornava explícita a intenção do legislador;
- Interpretação literal da lei;
- essa completude torna o Direito Positivo um Dogma, o que se faz empecilho para as mudanças e o progresso do Direito;
- nega o Direito Natural;
- separa a Moral do Direito, pois a Moral não era escrita;
- os professores se limitavam a ensinar o código de Napoleão, não importando o Direito Civil;
- Direito = Lei -> o estudo do direito passou a ser o estudo dos códigos;
- pregava a neutralidade do Direito;
- ênfase no método dedutivo (silogismo jurídico).
Positivismo Jurídico
Positivismo (lato sensu): 
- surgiu com Comte;
- busca estender às ciências humanas o método indutivo experimental;
- reducionismo do Direito à experimentação (a posteriori);
Positivismo Jurídico Analítico (Inglaterra): 
- buscavam no commow Law, a decisão judicial é equiparada a lei (lei como é, não como deveria ser);
- o utilitarismo é o grande valor moral e jurídico; 
- “só é Direito se for dotado de coercibilidade”, é o que o distingue da moral e do Direito Natural.
Positivismo Jurídico-Sociológico (fatos sociais): 
- Não se preocupa com as leis produzidas pelo Estado, o centro da preocupação são as forças sociais que, pelo processo indutivo, formulam o Direito Positivo.
Positivismo Jurídico Lógico-Dogmático: 
- o que mais se relaciona com o nosso Direito;
- nega-se a metafísica e, conseqüentemente, o Direito Natural;
- redução do Direito a observação e descrição da realidade jurídica dada, a do Direito Positivo;
- a lei é tida como um simples fato empírico, inquestionável;
- sistematização lógica do direito positivo, sem críticas axiológicas e sem juízos valorativos, deste modo, tem-se uma neutralidade científica (redução do Direito à lei); 
- nega-se qualquer critério objetivo de justiça;
- negação de valores que estivessem junto ou acima dos que estão positivados;
- o Direito emana do Estado (redução ao Direito Estatal);
- o Estado é a condição de possibilidade para a existência do Direito;
- o Estado é a organização social da coerção, enquanto o Direito a regulamentação do uso da força;
- o que vale é o Direito Positivo (coerção); 
Escola Histórica:
- critica a codificação (exegese), a dedução lógica das normas e a metafísica, com a condenação do apriorismo;
- o Direito não é a dedução silogística de norma;
- o que é importante é o historicismo, o em que o Direito é aplicado em contraposição ao racionalismo;
- as leis devem advir dos costumes (“espírito do povo”);
- os costumes são preexistentes à lei e devem ser o conteúdo dela;
- lei: fruto da necessidade de materializar os costumes;
- negava-se a metafísica para a ratificação da experiência, afirmação do que é a posteriori;
- é reconhecido um Direito mutável, porque os costumes e o Direito mudam no tempo e no espaço;
- é criada a interpretação histórica, na qual o interprete deve se colocar “em espírito” na posição do legislador para saber sua intenção ao elaborar determinada lei;
- Reconhecia a existência de lacuna legal;
- Existem 2 contradições nessa escola:
	• nega a metafísica (a posteriore), mas prega o “espírito do povo”
• restou algo do racionalismo jusnaturalista (que eles negam), na media em que pregavam a existência de um espírito geral “baseado no comum da natureza humana”
Pandectismo ou Jurisprudência dos Conceitos (final do séc. XIX): 
- Direito deve se basear em um sistema construído de forma lógica e metódica a partir da legislação (de maneira hierárquica, com conceitos gerais e abstratos no topo);
- Existe a lei, mas para conhecê-la tem-se que criar conceitos gerais obtidos pela ciência do Direito, dando unidade ao sistema jurídico, pelo pensamento conceitual das normas jurídicas;	
- a Doutrina (teoria do Direito) é a fonte do Direito (conceitos), confere fundamentos para a lei escrita;
- através da racionalidade, leva a construções conceituais e revela proposições ocultas nas fontes do Direito;
- as leis são várias, mas a instituição é uma;
Osistema lógico peramidal de conceitos foi a base para o formalismo jurídico de Kelsen, com a diferença que a Jurisprudência dos Conceitos possui fundamento ético na liberdade de Kant.
Jurisprudência dos Interesses:
- reação à Jurisprudência dos Conceitos; 
- pregavam que as normas jurídicas devem corresponder à realidade concreta, sendo resultado dos interesses da sociedade, e não meras conseqüências lógicas de pensamento; 
- o Direito não é limitado a mera subsunção lógica dos fatos ou conceitos jurídicos;
- não se deve ter o método dedutivo, dando ênfase ao método indutivo e à orientação empirista (voltando-se para as forças sociais em conflito, buscando liquidar resíduos racionalistas do jusnaturalismo);
- as leis seriam a solução de interesses e conflitos (recurso para solucionar conflitos de interesse;
- havia uma noção causal, não lógica, entre interesse e lei;
- hoje adota-se a imputabilidade;
- para interpretação e ampliação do direito, deve-se utilizar dos interesses em jogo;
- o juiz não é um mero autômato (exegese), eles buscavam a resolução de conflitos de interesses;
- a ciência do Direito passa a ser vista como a investigação de valores.
- reconhecia a sistematização dos conceitos como mérito da Jurisprudência Conceitual, mas como inata para interpretar e aplicar o Direito;
Contradições: 
• 1) negam a metafísica, mas defendem a noção de interesse, que não é um fato sensível;
• 2) dada a neutralidade valorativa, que prega a relação de causalidade, os interesses não podem ser valorados, pois a noção de valor exclui a noção de causa e efeito.
Escola da Livre Pesquisa / Investigação Científica: 
- movimento antidogmático que critica o estadismo, isto é, o Direito posto pelo Estado; 
- tinham o Direito como mutável, móvel e lacunoso; 
- pregavam uma livre pesquisa científica em contraposição a uma interpretação limitada de textos legislativos;
- a lei era interpretada literalmente (Escola Exegese) conciliada com a pesquisa científica; 
- as lacunas seriam preenchidas com a investigação do juiz na doutrina, nos costumes e na jurisprudência.
Escola do Direito Livre: 
- revolta contra o estadismo (monopólio estatal do Direito);
- só é valido o Direito vivo (costumes), que acontece nas relações sociais;
- sempre há lacunas no Direito positivo, que podem ser preenchidas pelo poder criativo do juiz, podendo ir até conta a legem (contra a lei).
Normativismo Jurídico (Hans Kelsen – séc XX): 
- tem suas origens no Positivismo Jurídico (juspositivismo);
- purificação do Direito, sendo ele um requisito para a autonomia da ciência do Direito;
- pregava o princípio basilar;
- o dever ser não decorre do ser (nem vice-versa), mas advém de ser outro dever-ser;
- uma norma só vem de outra norma;
- normas jurídicas (piramidal) -> objeto do Direito;
- nitidez da distinção entre ciências naturais e normativas;
- Princípio da causalidade (ciências naturais): dada a causa há necessariamente o efeito;
- princípio da imputabilidade (ciências normativas): atribuímos uma conseqüência jurídica a um fato – advém da lógica, da razão, para dirigir a realidade;
- o jurídico é atribuído;
- há a negação do Direito Natural e de questionamento valorativo, traçando a separação entre Direito e Moral (estabelecida pela coercibilidade, da qual só o Direito é dotado);
- sistematização do Direito positivo, sem críticas valorativas;
- o Direito positivo é a única realidade jurídica, que é um conjunto de leis escalonadas num modelo piramidal;
- a norma é a proposição hipotético-condicional coercitiva;
- prega uma conduta, sancionando a contraditória;
- o Direito se reduz a técnica de coação social, dando ênfase ao dever jurídico;
- é com o anti-jurídico que se confirma o Direito;
- a norma inferior se baseia na norma superior;
- ela atribuiu competência ao ato de vontade do legislador e confere sentido ao “dever-ser”;
- Norma fundamental: serve para dar validade à constituição (superior no ordenamento jurídico), é a priori, ela somente afirma: “devemos obedecer a constituição”;
- os costumes e o ato constituinte são interpretados objetivamente como fatos produtores de normas.
- a norma fundamental é condição lógico-transcendental do Direito positivo.
Realismo Jurídico (EUA, Inglaterra e Austrália): 
- é um Direito jurisprudencial (baseado nas decisões dos tribunais), o Direito é reduzido ao judiciário, e a decisão é baseada no psicologismo jurídico (fatores irracionais); o Direito é identificado como um fato social; direito consuetudinário, costumeiro, costumes são as fontes primeiras e as leis, as secundárias, ambos pertencem ao mundo do ser; empirista. Vantagem: mais próxima da realidade; desvantagem: falta de previsibilidade. 
Tridimensionalismo (Miguel Reale): 
- noção clara da não neutralidade do Direito;
- lei é uma solução temporária na história, já que é resultado da tensão fatos X valores; 
- lei composta de três aspectos básicos: 
• o normativo (estrutura lógica deôntica),
• o fático (conteúdo) e 
• o axiológico (valor); 
- não neutralidade do Direito; 
- dialética hegeliana -> a norma (U), o fato social (P) e o fato regido pela norma (S).
Teoria da Argumentação Jurídica (Alexy) – 
- fundada com base na Teoria do Discurso de Habermas. Pregava a Teoria do Discurso Pratico Racional Geral, recebia esse nome por se tratar do agir humano, o Discurso Jurídico seria um caso especial desse discurso e nele devem estar contidos a lei (elaboração), a dogmática (doutrina) e os precedentes (prática) – ênfase nos precedentes -, essas são as condições limitadoras. Direito = ciência humana que lida com valores.
- Busca-se a justificação tratando de valores presentes no discurso jurídico. A TAJ pretende analisar e fundamentar os argumentos utilizados na decisão judicial, de forma que seu julgamento seja racional, universal, objetivando evitar arbitrariedades. Universal porque qualquer um, a partir da razão, poderia chegar à mesma conclusão. 
- Há a racionalidade na fundamentação na fundamentação e explicação do Direito, o que gera universalidade (objetividade). A hermenêutica trata do conteúdo, enquanto a TAJ se preocupa com as regras e procedimentos (a forma). Não há a determinação de uma única decisão correta (se é racional é correta). Os argumentos possíveis estão entre os impossíveis e os necessários. A decisão, sob o ponto de vista procedimental, é considerada correta.
- A TAJ tenta ajudar a resolver problemas no discurso jurídico. Há a possibilidade de conflitos de normas (antinomias) e também as lacunas legais (mais vagueza na linguagem jurídica), que se tenta resolver. A hermenêutica jurídica é insuficiente para se chegar a uma decisão correta, pois possui indefinidos métodos (canones) sem uma ordenação, indeterminação do resultado.
- Abandona-se a razão pura prática de Kant, que se encontrava no âmbito do sujeito e entra na razão comunicativa a partir do diálogo. A razão pura é tida como inválida, pois não advém da interpessoalidade.
- A Razão comunicativa é a razão a posteriori, de normatividade mediata. É construída a partir de um consenso discursivamente estabelecido, numa dimensão pragmática da linguagem. Ocorre a chamada reviravolta lingüística, observando as faces sintática, semântica e pragmática da linguagem.
- Em contraposição, o positivismo afirma que onde há valoração, há arbitrariedade, negando qualquer racionalidade prática, A TAJ defende que há valoração, mas ela é racional, universal, objetiva, não-arbitrária.
- Analisa-se a racionalidade através da estipulação de regras e formas (lógica, estrutura) que vão demonstrar a possibilidade de fundamentação racional do discurso jurídico (do ponto de vista da ação). Racionalidade formal, procedimental-discursiva. Racional -> universal (todos que possuem razão podem chegar a mesma decisão).
- Busca-se atingir consensos racionais. A partir do consenso racional, determina-se a prescritividade, de como deve ou não ser conduta. Racionalidade e universalidade conferem legitimidade à legislação, pois ela advém da razão, que é universalizável.- Não há subordinação do Direito em relação à Moral, há uma complementariedade entre ambos.
- A fundamentação tanto se dá na Pacticidade (sabedoria do povo) quanto na democracia do discurso. Só se busca fundamentar o discurso em uma democracia soberana.
- A racionalidade do Direito se dá mediante a observação de 4 pretensões de validade do discurso:
	1) Inteligibilidade: se expressar de modo a se fazer compreender;
2) Veracidade: assertivas expressando realmente suas intenções, sinceridade.
3) Verdade: assertivas em conteúdo verdadeiro, com correspondência na realidade.
4) Correção: agir em adequação à ordem, à norma universal, válida para todos.
- O consenso racional é sempre passível de refutabilidade devido a sua falibilidade intrínseca; é passível de erros que podem só ser reconhecidos com o tempo e modificados.
- As pretensões de verdade dos juízos constatativos, empíricos e a de correção, relativa aos juízos de valor, só podem ser resolvidas discursivamente, a posteriori, comunicativamente, o que mostra que eles são equiparáveis.
- A razão procedimental da Argumentação Jurídica possui suas regras, a saber: 
1) Regra Geral de Fundamentação: todo falante deve, se lhe é pedido, fundamentar o que afirma, a não ser que se possa dar razões que justifiquem negar uma fundamentação(avaliado por todos). Aceita-se o outro como parte do discurso e com os mesmos direitos (livre) e não se pode exercer coerção sobre o outro.
2) Regras da Razão: buscam a justificação da asserção dos enunciados normativos.
		a) Igual posição dos interlocutores (induzir asserções);
b) Universalidade de acesso ao discurso (quem pode falar tem acesso ao discurso;
		c) Não coação/ coerção (ao exercer seus direitos).
3) Regras da Carga da Argumentação: fundamentação de dúvidas ou a respeito das asserções feitas:
• Quem pretende tratar uma pessoa “A” de maneira distinta de uma pessoa “B” está obrigado a fundamentar. Igual tratamento, isonomia;
• Quem entrar com uma proposição ou norma que não é objeto discussão deve dar razão para isso, para não ficar aleatório;
• Quem aduziu um argumento só está obrigado a dar mais argumentos em caso de contra-argumentação (princípio da inércia);
• Quem produz, no discurso, uma afirmação ou manifestação sobre suas opiniões, desejos, necessidades, que não se refiram ao argumento ou à manifestação anterior, tem que fundamentar porque introduziu, se lhe pedem.
Regra de transição: todo falante pode passar, a qualquer momento do discurso empírico para o prático com presunção da racionalidade da verdade dos fatos. (ser -> dever ser/ para transitar já tem o SER como o correto – ex.: notas -> estudar mais).
- Regras Fundamentais (ideal do Discurso Jurídico – focando em decisão judicial): elementares, cuja validade é condição de possibilidade de qualquer comunicação em que se busca a verdade ou a correção.
1) Nenhum falante pode se contradizer (princípio da não-contradição, da lógica formal);
2) Todo falante só pode afirmar aquilo em que ele mesmo crê (veracidade), senão há dissimulação e não racionalidade;
3) Universalidade do que é falado. “Todo falante que aplica um predicado ‘E’ a um objeto ‘A’, deve estar disposto a aplicar ‘E’ a qualquer objeto igual a ‘A’ em todos os aspectos relevantes” (mesmo tratamento);
4) Distintos falantes não podem usar a mesma expressão com distintos significados, para que haja compreensão mútua.
	- Regras de fundamentação:
1) quem afirma uma regra para alguém deve aceitar suas conseqüências se se encontrar na posição de seu destinatário (“e se fosse o contrário”);
2) As consequências de cada regra, para a satisfação dos interesses de cada um, devem poder ser aceitas por todos (consequencialismo);
3) Toda regra deve poder ser ensinada de forma aberta e geral (o discurso é público, não há retenção de informação, ela é dispersa para que o discurso seja legítimo e correto);
4) As regras morais, que sevem de base para as concepções morais do falante (moralidade), devem poder passar pela prova de suas gênese histórico-crítica. Uma regra moral não resiste a tal comprovação se: 
a) originalmente se pudesse justificar racionalmente, mas perdeu depois sua justificação (perdeu sua racionalidade com o tempo; novas circunstancias). Ou se 
b) Originalmente não se pode justificar racionalmente e não se pode apresentar, também, novas razões suficientes (no começo já não é racional).
5) No discurso prático (voltado para o agir humano), devem-se respeitar os limites de realizabilidade realmente dados (situações morais, jurídicas possíveis, senão é imaginário, deve ser real, realizável).
- Situação Ideal de Fala (Habermas): 4 pretensões de validades + regras -> exclusão de argumentos impossíveis e determinação de argumentos necessários. Dentro desse limite, tendo toda a gama de discursos possíveis, racionais, havendo a possibilidade de diversas decisões corretas (não há só uma porque seguiu as regras). Universalmente poderia chegar à mesma conclusão usando a razão.
Fontes das Normas Jurídicas
Fonte Primária: Lei
Fonte Secundária (para quando não há lei – lacuna legal): Costumes, Jurisprudência e Doutrina.
Lei: 
- Escrita (positiva), geral (destinada a todos), abstrata, inédita, emanada de autoridade competente, dotada de sanção objetiva e determinada.
- Racionalização da produção normativa (discurso -> consenso -> democracia).
- A positivação da lei gera a objetividade (saber de antemão) -> certeza (passado) e segurança (futuro) jurídicas.
- A lei exige centralização do poder.
- A materiabilidade dos argumentos trazidos a discurso advém das relações intersubjetivas.
- Dialética: Forma do processo legislativo X Materiabilidade do conteúdo (intersubjetividade) – não há um sem o outro.
- Os elementos da lei são o corpus legis (letra da lei) e o mens ou ratio legis, pensamento, fundamento e finalidade da lei.
- A lei deve ser dotada de:
• Validade: formal, a lei deve seguir o procedimento regular.
• Vigência: a lei é existente no Direito Positivo e foi validamente inserida nele.
• Eficácia ou vigor: possibilidade de a lei gerar efeitos jurídicos.
• Obs.: uma lei vigente é eficaz, a não ser que esteja na vacatio legis.
- Efetividade: não é elemento, mas pertence a lei, é o cumprimento da lei; ela “pegar”.
	- No Estado Democrático de Direito, a legalidade deve ter legitimidade.
Costumes:
- São normas respeitadas e tidas como obrigatórias que possuem um aspecto objetivo (de prática reiterada) e subjetivo (obrigatoriedade). Possuem formação anônima.
- Compilações de costumes: Código de Hamurabi (1º), Leis das XII Tábulas e o Corpus Iuris Civilis.
- A formação do Direito vem da consciência moral até chegar na consciência jurídica.
- Servem para a atualização do Direito, mas no caso do nosso Direito, ele tem que ter o reconhecimento expresso pelo Estado para ser válido, em caso de lacuna, deve-se buscar analogia, costumes e princípios gerais do Direito.
- Os Costumes estão adquirindo relevância crescente nos países de Direito codificado.
- Os costumes podem ser secundum legem (conforme a lei) ou praeter legem (além da lei), mas nunca contra legem. 
- A aplicação dos costumes é diferenciada dependendo do ramo jurídico: no Penal ele é inaplicável, no Internacional ele é tido como Fundamental. 
- Diferentemente da lei que possui execução imediata, o costume precisa ser alegado, é necessário que se prove a existência desse costume.
Jurisprudência:
- São as decisões judiciais uniformes (dadas sobre um mesmo assunto) e reiteradas (sobre um mesmo sentido). 
- Deixa o Direito mais racional.
- Ocorre em tribunais superiores.
- É a revelação do Direito mediante exercício da jurisdição (capacidade do Estado dizer o Direito). 
- Fonte secundária no nosso Direito, mas primária no common Law.
- São chamadas de normas individualizadas.
- Também é responsável pela atualização do Direito.
- Podem ser secundum legis ou praeter legem, mas nunca contra legem (se a jurisprudencia for contra o corpus legis, é inválida; se for contra o mens legis, é passível de argumentação). 
- As súmulas dão segurança jurídica.
Súmula:reunião de decisões sobre um mesmo assunto; não causa estagnação, pois são passiveis de mudança pelo próprio tribunal.
Súmulas Vinculantes: jurisprudência votada pelo Supremo Tribunal Federal se torna um entendimento obrigatório; adquiri força de lei.
Doutrina:
- É o estudo científico do Direito com o propósito de sistematizá-lo, interpretá-lo, elaborando críticas, juízos de valor para que se alcance o progresso do mesmo.
- É um conjunto de conceitos, regras e princípios jurídicos enunciados nas obras dos juristas.
- É resultado da atividade intelectiva de particulares.
- Não advém de uma estrutura de poder.
- No Direito romano, eram as respostas dos jurisconsultos (responsas).
- Atualmente, é importante para a fundamentação das decisões judiciais.
- Ela pode ser secundum legem, praeter legem e contra legem – baseado em argumentos, ajudando, assim, na modificação e avanço do Direito. É o único que pode ser contra legem, porque o jurista não está vinculado a “obedecer” o Direito posto.
Tratados Internacionais:
- São tidos por alguns como fonte do Direito, por dar diretrizes (base consuetudinária).
Direito Positivo – conceito jurídico
Possui vigência no espaço e no tempo. Entende-se por espaço todo o território (terrestre – solo e subsolo –, aéreo e marítimo) e há também territórios fictícios, que se valem do princípio da extraterritorialidade (subtração da jurisdição do Estado em que se encontra), e entende-se por vigência temporal o lapso de tempo de existência válida da lei – da sua publicação à sua revogação. Essa vigência pode ser indeterminada (regra) ou temporária (leis transitórias). A data de publicação é o momento em que é publicado no Diário Oficial. A Constituição, como lei máxima do Ordenamento, revoga todas as leis contrárias a ela.A revogação pode ser expressa – raro – (“esta lei revoga tal lei”) ou tácita (quando uma nova lei não é compatível com a anterior) –, a revogação só pode ser feita pelo legislativo. Quando uma lei é declarada pelo judiciário como inconstitucional, ela perde sua eficácia, ou seja, não gera mais efeito jurídico. Vacatio Legis é o período em que a lei tem vigência, mas não tem eficácia, vigor. 3 situações de não imediaticidade da lei:
Ato jurídico perfeito: quando um ato já foi consumado dentro da vigência da lei antiga (passado).
Direito Adquirido: direito adquirido na vigência da lei tornada antiga (ex: procuradores no momento em que assumem a procuradoria).
Coisa Julgada: decisão judicial que decorrido o prazo, não cabe mais recurso.
Classificação das Normas Jurídicas:
Complementariedade: são normas primárias (“se A, deve ser B” – estipulam direitos e deveres) e normas secundárias (“se não B, deve ser C” – estipulam sanção)
Subordinação: normas superiores e inferiores
Matéria: gerais (todas as situações), especiais (campo restrito de situações jurídicas específicas) e excepcionais (situações concretas extraordinárias – guerra)
Tipo: de conduta (voltada para o agir) ou de organização (estruturação do Estado)
Espaço: âmbito de vigência (nacionais, estaduais ou municipais)
Tempo: permanentes ou temporárias
Sistema: nacional ou estrangeira – a qual ordenamento a lei pertence
Finalidade da Norma Jurídica:
- A lei existe para prevenir e dirimir conflitos.
- Só é analisado o fato concreto.
- A finalidade filosófica trabalha com o dever ser, com o valor justiça que deve ser alcançado. O valor justiça tem que contar com a legitimidade, porque ele é criado em cada momento histórico a partir do discurso, mediante um consenso livre (universalidade) e racional: regra da fundamentabilidade, regras da razão e tem que haver liberdade (não haver coerção). O Valor justiça também é dotado de historicidade, porque ele é um ideal de cada tempo, situado na história:
	a) Período Clássico: Igualdade como valor central;
	b) Período Moderno: Igualdade e Liberdade ( X o poder despótico)
	Revolução Francesa -> todos os homens livres e iguais.
c) Período Contemporâneo (séc XIX): Igualdade, Liberdade e Trabalho (Hegel e Marx), criando a idéia de justiça social a partir da Revolução Industrial. Dignidade humana -> Justiça Distributiva com necessidades básicas, vitais.
Formas das Normas Jurídicas:
Regras: possuem determinações específicas do âmbito de incidência de sua hipótese de fato; possuem pouca margem de discussão, pois são muito precisas; apenas são cumpridas ou não (ex: é proibido estacionar).
Princípios: ordenam que algo seja realizado na maior medida possível dentro das possibilidades reais e jurídicas existentes. Não são tão específicos, não exigem cumprimento ou não, são latos, com grandes conteúdos axiológicos. Generalidade do âmbito de incidência de sua hipótese de fato, por isso, é freqüente a colisão de princípios, tem que determinar qual é o prioritário.
- Possuem natureza normogenética, ou seja, natureza de gerarem normas, porque eles têm fundamentabilidade devido à sua supremacia axiológica, são fundamentais para o Ordenamento Jurídico, conferindo unidade à sua pluralidade de normas, são dedutíveis deles. Parâmetros para julgar regras e demais normas. Usados na integração (preenchimento de lacunas). 
- São mandamentos de otimização (maior medida possível nas possibilidades reais) -> são cumpridos em diferentes graus de acordo com as possibilidades reais e jurídicas (colisão -> racionalização + proporcionalidade – máxima da adequação, necessidade e ponderação)
- Princípio da Proporcionalidade:
> Adequação: aptidão dos meios para solucionar o conflito, se são próprios para a situação específica;
> Necessidade: busca do melhor meio para se alcançar o fim, graus de eficiência dos meios;
> Ponderação: analisa qual princípio terá maior aplicabilidade, ou seja, estabelece uma precedência principiológica.
- “Quanto maior for o descumprimento de um princípio, mais importante será o cumprimento do outro.” (colisão) – Alexy.
Agrupamentos de Normas Jurídicas:
Para podermos agrupar Normas Jurídicas precisamos saber quais são os conceitos jurídicos fundamentais, que são o instrumento lógico e lingüístico básico (saber usar termos específicos). Formam-se assim os institutos jurídicos, que são conceitos jurídicos fundamentais voltados para os mesmos fins (exemplo: propriedade -> posse, servidão, etc.). Ainda mais que isso, formam-se os Ramos do Direito, subdivisões do Direito com objeto e princípios próprios.
Enciclopédia do Direito:
Direito Público
- Cuida das relações entre os Estados, entre o Estado e seus estados-membros e entre o Estado e a coletividade; 
- Há o predomínio do interesse imediatamente coletivo; 
- Relação de subordinação do particular em relação ao Estado, havendo heteronomia (imposição de normas);
- Normas cogentes (estipulam deveres) e irrenunciáveis.
- Imperativas ou proibitivas – tem por objeto a estrutura do Estado e a regulação dos bens públicos.
Princípios:
Prevalência do Bem Comum: bem de todos, considerando o bem de cada um, levando em conta os aspectos coletivos e particulares;
Indisponibilidade do Interesse Público: o interesse da sociedade é representado pelo Estado, que não pode dispor desse interesse, que foi o motivo pelo qual ele surgiu.
Legalidade: todo ato estatal deve ser regulado por lei;
Soberania: autonomia, elaborar suas próprias leis.
- Exemplos: constitucional, administrativo, internacional, penal.
Direito Privado
- Há o predomínio do interesse imediatamente particular, regendo as relações intersubjetivas de direitos e deveres; 
- Relação de coordenação;
- Há autonomia entre as partes para elaborarem suas próprias normas (tipo contratos);
- As normas são dispositivas (estipulam direito subjetivos entre as partes, mas deveres jurídicos).
- São renunciáveis (ninguém é obrigado a utilizar esses direitos).
- Princípios: 
a) Liberdade de Propriedade Privada: presumida livre sem ônus;
b) Autonomia da Vontade: partes criadoras das normas que regem suas condutas, se autolegislam de acordo com sua vontade, são autônomas dentro da legalidade.
- Exemplos: civil, comercial.
Enciclopédia do Direito – Ramosdo Direito 
Direito Constitucional
Em um Estado Democrático de Direito, tem por objeto a finalidade do Estado, que é a garantia dos direito fundamentais, disciplinando, assim, as ações do Estado para a obtenção desse fim; subordina os demais ramos do Direito, por tratar da estrutura do Estado e do poder;
	Princípios: 
Legalidade (primazia da lei); 
Isonomia perante a lei;
Intangibilidade das normas que declaram os direitos fundamentais;
Extensabilidade dos direito fundamentais (devem ser interpretados na maior medida possível);
Ponderação dos direitos fundamentais (em caso de conflito – casos concretos -, deve-se decidir qual é o preponderante);
Imediaticidade (aplicação imediata dos direitos fundamentais);
Separação do exercício do poder (divisão de competências).
Direito Administrativo
 Tem por objeto os serviços públicos, que são a atividade estatal para satisfazer as necessidades coletivas básicas, de modo regular e contínuo; relação Estado – Cidadão.
	Princípios: 
Legalidade;
Impessoalidade;
Moralidade;
Publicidade;
Eficiência (da melhor maneira possível, o mais barato possível);
Motivação (necessidade de fundamentação do ato administrativo – impedir o arbítrio);
Controle judicial (primeiro julgamento em um processo administrativo e depois pode recorrer ao judiciário).
Direito Financeiro
Tem por objeto cuidar das despesas públicas, arrecadamento e emprego do dinheiro público.
	Princípios: 
Anterioridade ou anualidade (incidência do imposto só ocorre no ano seguinte);
Interpretação Literal da Lei Tributária;
Legalidade Estrita (só se institui um tributo por lei);
Conceptualidade do Fato Gerador (precisão da causa do tributo);
Isonomia Tributária (adequação da carga tributária à situação financeira do contribuinte). 
Direito Tributário: cuida apenas da arrecadação não do emprego.
Direito Penal
Tem por objeto as condutas que são consideradas criminosas, colocando em risco a convivência social.
	Princípios: 
Legalidade Estrita (Não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia combinação legal);
Tipicidade (impossibilidade de analogias);
Interpretação em Benefício do Réu (in dúbio pro réu – o que houver de dúvida é posto em benefício do réu);
Caráter Estritamente Pessoal da Pena (adequar a pena às circunstancias pessoais do réu);
Ampla Defesa (pode-se recorrer a todos os meios permitidos pelo Direito);
Contraditório (as partes têm o mesmo direito de participação).
Direito Processual Civil e Penal
Tem por objeto o exercício do poder jurisdicional (quem tem o poder de dizer o Direito) pelo Estado e da conduta daqueles que o acionaram. Regula a atividade do Estado para regular o processo judicial e como as partes que acionam o poder judiciário devem atuar. Cuida da organização judiciária e dos processos de modo que o Estado atue para resolver conflitos públicos e privados. 
Direito substantivo (disciplina fatos segundo valores dotando esses fatos de juridicidade) e Direito Adjetivo (tem a função de aplicar o direito substantivo, de modo que regula os trâmites que devem ser seguidos para se chegar à decisão).
Direito Internacional Público
Objeto: disciplinar as obrigações e as faculdades dos Estados soberanos. Seu fundamento são os costumes, pois não existem leis supraestatais. 
Seu maior princípio é o pacta sunt servanda (acordos devem ser cumpridos). 
Não existem sanções institucionalizadas, elas são políticas e/ou econômicas (Cuba).
Direito Internacional Privado
Tem por objeto as normas a serem aplicadas em relações jurídicas que envolvem duas ou mais ordens jurídicas no tocante aos interesses privados dos particulares nelas inseridos. 
Direito do Trabalho
Tem por objeto a atividade daqueles que alugam sua força física ou intelectual em relações de trabalho. Visa assegurar um equilíbrio entre as partes contratantes, articulando a vida econômica com a justiça social. A intervenção do Estado se dá no sentido de proteger a parte mais fraca.
Questionam se é Direito Público (devido a grande intervenção estatal) ou Direito Privado (por regulamentar a relação entre particulares).
	Princípio: Equidade - in dúbio pro misero (proteção ao empregado)
Direito Civil
Tem por objeto regular as relações jurídicas dos indivíduos entre si, estipulando os direitos, deveres, bens.
Sempre incide na vida dos indivíduos (nascimento -> óbito).
Direito Comercial
Tem por objeto a produção, circulação e consumo de riquezas que implicam uma estrutura empresarial.
	Requisitos: venda ou circulação de bens, escopo (finalidade) de lucro, estrutura empresarial.
Sociologia do Direito
Tem por objeto a explicação do fenômeno jurídico enquanto fato social, verificando o Direito na sociedade. É uma ciência explicativa, voltada para o ser. Cuida da efetividade do Direito, analisando seu desenvolvimento. É necessária para uma maior aproximação do Direito com a realidade.
Filosofia do Direito
Tem por objeto a indagação da condição de possibilidade, de validade do Direito. Questiona os fundamentos, princípios e finalidades, tendo como fim último a justiça. Não produz novos conhecimentos, pensa no que já existe. 
1) heterointegração e autointegração.
2) tipos de relações entre os ordenamentos jurídicos.
Hermenêutica
A interpretação é o primeiro passo da Hermenêutica. Para interpretarmos uma coisa não basta apenas sentimo-las temos também que pensá-las.
O conhecimento científico é mediato, pois não é a simples detecção da aparência das coisas, mas busca-se a essência (verdade) da realidade e para isso é necessário método – parte-se da aparência para se chegar à essência de forma dialética. O conhecimento ordinário, por sua vez, se contenta com a aparência da realidade.
	Há três momentos: 
Da sensação (percepção das coisas em nós); 
Da percepção (consciência ainda ligada na sensação); 
E da interpretação (objetivação da realidade). 
Temos, portanto, na interpretação (elevação daquilo que se dá ao homem ao plano do pensar), três momentos: a existência; a essência; e o conceito (junção da existência e da essência, gerando a realidade construída).
	A linguagem é o meio pelo qual os sujeitos se comunicam, construindo e expressando seu pensamento. A finalidade da linguagem é o entendimento tanto mais perfeito, quanto mais respeitadas forem as regras do discurso (Alexy) e as pretensões de validade (Habermas).
	
Hermenêutica lato sensu: é a interpretação de toda a realidade, de todas as obras humanas, privilegiando a linguagem – que é o que o homem tem de mais importante culturalmente.
Hermenêutica stricto sensu: dirigi-se à palavra, a textos. A importância da palavra é tida em duplo sentido: método pelo qual se pensa a realidade e método pelo qual se exterioriza esse pensamento.
Hermenêutica Filosófica: a interpretação passa a ter significado no próprio homem, de modo que não se entra mais no objeto, apenas no sujeito. O objeto dessa hermenêutica é o homem, a realidade produzida por este, chegando-se ao resultado, que é a compreensão da realidade, entendendo que o homem esta integrado nesta. Obtém, portanto, um círculo hermenêutico:
Exteriorização do indivíduo e interiorização do interpretado. Para que se entenda algo, é necessário que se exteriorize, tentando compreender e interiorize essa compreensão, num processo circular. Com isso, 
Modificação da realidade interpretada pelo intérprete e modificação de si mesmo, também num processo circular.
Pré-cognição: toda coisa nova é mediatizada pelo conhecimento social que já se tem. Existe assim um, 
Rompimento da distância entre o horizonte cultural da elaboração da obra e aquele presente quando da sua interpretação. Tem-se uma obra produzida que quando vai ser interpretada é trazida para o presente, circularidade hermenêutica.
Embora o nome seja Circulo Hermeneutico, o que existe é um movimento dialético do conhecimento:
(U) inserção de uma nova obra no conhecimento
(P) negação dessa obra – é tida como desconhecida
(S) a obra é inserida no conhecimento prévio – enriquecimento do conhecimento
A compreensão, então, é um processo de síntese da universalidade da cultura, ebusca, a partir da essência, o conceito daquilo que se almeja conhecer, enquanto a explicação é a análise do todo em partes, separando o objeto do sujeito, buscando conhecer a essência.
Hermenêutica Jurídica: 
A Hermenêutica normativa busca a intelecção desse texto: a vontade da norma, seu sentido.
Hermenêutica das normas jurídicas, restringindo o campo das normas, chegando em
Hermenêutica das normas jurídicas escritas, a lei, que é o núcleo da Hermenêutica jurídica.
Pelos métodos hermenêuticos, busca-se o sentido das Normas jurídicas. Busca-se a ratio ou mens legis, a causa objetiva (motivo) da elaboração da lei, motivo do legislador e finalidade da lei.
A Hermenêutica é uma totalidade, não escolhe um único método. 
Crítica: Um grande problema da Hermenêutica apontado pelos juristas é que ela possui vários métodos e entre eles, não existe uma hierarquia, ou seja, métodos diferentes podem levar a conclusões diferentes
Argumenta-se que o Direito, não sendo uma ciência exata, possui essa margem de analise. No que tem valor (o homem), não tem exatidão. O ideal é o uso de todos os métodos para se tentar chegar a um consenso, sem desprezar as regras da argumentação, que junto aos cânones hermenêuticos, busca uma objetividade interpretativa no maior nível possível.
A ciência não possui conclusões imutáveis, pois existem como suas características intrínsecas a refutabilidade de suas verdades, a falibilidade do consenso, a processualidade dialética da ciência. O importante dessa conclusão é que seja demonstrável, que se se utilizar os mesmos critérios chegue a mesma conclusão, não que seja definitiva.
A Hermenêutica jurídica é um processo intelectivo do entendimento (busca a vontade da norma), com a finalidade prática de resolver conflitos (razão prática destinada ao agir humano). 
As normas jurídicas são um esquema de interpretação da realidade, criadas a partir da interpretação da realidade. A Hermenêutica jurídica faz uma meta-interpretação do Direito, porque se a norma jurídica já é uma interpretação da realidade, a Hermenêutica jurídica faz uma interpretação além da 1ª interpretação (interpretação da interpretação).
A técnica jurídica é a tecnica de elaboração da norma (ênfase na axiologia jurídica) e a técnica de aplicação da norma (usando a Hermenêutica jurídica para interpretar essa norma).
Princípios da hermenêutica:
Compatibilização hierárquica das normas (pirâmide hierárquica do ordenamento).
Isonomia e Segurança Jurídica – contra a interpretação de forma anárquica (aleatória)
A primeira forma de interpretação da lei foi a exegética, com a menor perquirição do aspecto axiológico e o rígido raciocínio silogístico do intérprete – estudo lógico analítico descritivo do Direito -, havia, portanto, uma negação da Hermenêutica.
Hermenêutica Constitucional: 
Após a II G.M. ocorre o reconhecimento normativo das regras e dos princípios constitucionais. A Constituição é que dá origem ao ordenamento jurídico e, por isso, suas normas e princípios possuem maior generalidade, complexidade e imprecisão, e estas características permitem uma maior flexibilidade de interpretação. 
Utiliza-se, portanto, para resolver o problema de conflitos entre princípios constitucionais, o princípio da proporcionalidade (adequação, necessidade, ponderação) e, assim, estabelece-se um precedente principiológico. 
O princípio da hierarquização axiológica, para a resolução da colisão, busca hierarquizar os valores inseridos nos princípios conflitantes. 
O princípio retor da hermenêutica constitucional é a “realização da liberdade mediante implementação do Direito Fundamental”. 
Desse princípio decorrem o princípio axiológico (analisa o peso valorativo de cada norma – tem-se os DF’s, que são a razão de ser do EDD, como superior aos demais) e o político (avalia o regime liberal ou social do Estado). 
Princípio da imediaticidade (independência de regulação intermediária com acesso imediato do sujeito de direito aos órgãos encarregados – judiciário - de sua garantia e efetividade); 
Princípio da extensabilidade das normas declaradoras dos DF’s (a interpretação deve ser a mais ampla possível para sua mais extensa concretização – maior aplicação possível devido a sua maior relevância).
Métodos Hermenêuticos:
Objetividade: defende a autonomia da norma (de sua expressão lingüística), buscando a ratio legis segundo a ratio iuris – valor de justiça-, de modo que não se dá ênfase a intenção do legislador, exigindo sempre objetividade com a subordinação do intérprete ao objeto interpretado (norma jurídica).
Totalidade: busca a conformidade lógica e axiológica da lei com todo o ordenamento jurídico, analisando-o como um todo – universalidade-, não como soma de partes e almejando a coerência. Para o estudo do todo, parte-se de um estudo analítico das partes.
Atualidade: considera-se a evolução sócio-cultural da realidade a que será aplicada a lei – que é manifestação pretérita do pensamento, mas com função normativa de interesse atual. Deste modo, se traz a norma para o presente, adequando a ratio legis às novas exigências e interesses sociais. A atualização ocorre de forma dialética, conservando-se o pensamento original com a exigência da renovação advinda da atualidade do conhecer – exigência de fundamentação racional.
(U) norma no passado
(P) negação da realidade concreta
(S) atualização da norma – comunhão dialética dos dois horizontes (círculo hermenêutico)
Adequação: conciliação do pensamento da lei com a totalidade do ordenamento jurídico – harmonia da objetividade, da totalidade e da atualidade. 
Tipos de Interpretação: após a utilização desses quatro métodos (objetivação, totalidade, atualidade, adequação), chega-se a cinco tipos de interpretação, que também são usados como métodos hermenêuticos:
Interpretação Literal: letra da lei
Interpretação Lógico-sistemática: inserção no todo sistemático
Interpretação Teleológica: finalidade da lei
Interpretação Autêntica: vontade do legislador
Interpretação História: evolução social

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