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Os componentes químicos das células são fundamentais para o funcionamento e a manutenção da vida celular, participando de diversos processos bioquímicos. Água: Solvente Universal Função: A água é essencial para a vida celular devido à sua capacidade de dissolver íons, minerais e outras substâncias. Ela também atua como meio de dispersão para a estrutura coloidal do citoplasma. Importância: Suas interações com outros constituintes celulares são cruciais na química biológica. Exemplo: A água ajuda a manter a estrutura celular e facilita o transporte de substâncias essenciais dentro da célula. Pequenas Moléculas: Aminoácidos, Nucleotídeos, Lipídeos e Açúcares Função: Servem como substratos e produtos de vias metabólicas, fornecendo energia e atuando como blocos de construção das macromoléculas. Exemplos: Aminoácidos: Unidades básicas das proteínas. Nucleotídeos: Formam o DNA e o RNA. Lipídeos: Componentes das membranas celulares. Açúcares (Monossacarídeos e Polissacarídeos): Principais fontes de energia. Ácidos Nucleicos: DNA e RNA Função: Armazenam e transmitem a informação genética. DNA (Ácido Desoxirribonucleico): Carrega as instruções genéticas para a síntese de proteínas. RNA (Ácido Ribonucleico): Traduz a informação genética do DNA para a síntese proteica. Alguns RNAs (ribozimas) também possuem atividade catalítica. Importância: O código genético do DNA guia a síntese de proteínas, essenciais para todas as funções celulares. Importância dos Componentes Químicos das Células Competência 1 Semana 2 - Autoestudo COMPONENTES QUÍMICOS DAS CÉLULAS Pontos Importantes a Destacar A água é fundamental para todas as reações bioquímicas. Pequenas moléculas são os blocos de construção das macromoléculas e fornecem energia. O DNA e o RNA são responsáveis pela transmissão e execução da informação genética. As proteínas desempenham uma variedade de funções essenciais para a vida celular. Carboidratos (polissacarídeos e oligossacarídeos) fornecem energia e são importantes para a estrutura e comunicação celular. Lipídeos formam as membranas celulares, armazenam energia e atuam na sinalização celular. Proteínas: Executoras da Função Celular Estrutura: Compostas por aminoácidos que formam uma estrutura tridimensional específica. Funções Principais: Catálise: Enzimas que aceleram reações químicas. Transporte: Controlam a permeabilidade das membranas. Regulação: Regulam concentrações de metabólitos e controlam a função gênica. Movimento e Estrutura: Proteínas como colágeno (tecido conectivo) e queratina (unhas e cabelo) fornecem suporte estrutural. Classificação: Proteínas Fibrosas: Funções estruturais (ex.: colágeno). Proteínas Globulares: Enzimas e outras proteínas com funções mais dinâmicas. Polissacarídeos e Oligossacarídeos: Fontes de Energia e Informação Função: Armazenam energia e desempenham funções estruturais e de reconhecimento celular. Polissacarídeos: Grandes cadeias de açúcares, como o glicogênio (animais) e amido (plantas), que são reservas de energia. Oligossacarídeos: Cadeias curtas de açúcares ligadas a proteínas, ajudando no dobramento correto das proteínas e no reconhecimento celular. Exemplo: A glicose (um monossacarídeo) é a principal fonte de energia para a célula. Lipídeos: Estrutura, Energia e Sinalização Funções Principais: Armazenamento de Energia: Triacilgliceróis são formas eficientes de armazenamento de energia. Composição das Membranas Celulares: Fosfolipídios formam a bicamada lipídica das membranas celulares. Sinalização Celular: Hormônios esteroides, como estrogênio e progesterona, são derivados de lipídeos. Estrutura Anfipática: Apresentam uma parte hidrofóbica (repelente de água) e uma parte hidrofílica (atraente de água), permitindo a formação de membranas celulares. Fosfoacilgliceróis e Esteroides: Componentes Específicos dos Lipídeos Fosfoacilgliceróis: Formam a estrutura básica das membranas celulares, com regiões hidrofóbicas voltadas para o interior e regiões hidrofílicas voltadas para o exterior, criando uma barreira de permeabilidade. Colesterol: Um esteroide essencial que faz parte das membranas celulares, mantendo sua fluidez e estabilidade. Interações Moleculares e a Vida Celular A interação entre todos esses componentes químicos é essencial para o funcionamento das células. Cada molécula, desde pequenos íons até macromoléculas complexas como proteínas e ácidos nucleicos, desempenha papéis interconectados que sustentam a vida. Importância dos Componentes Químicos das Células Competência 1 Semana 2 - Autoestudo COMPONENTES QUÍMICOS DAS CÉLULAS Nucleotídeos: Blocos de Construção dos Ácidos Nucleicos Estrutura: Cada nucleotídeo é composto por um grupo fosfato, um açúcar (pentose) e uma base nitrogenada. As bases nitrogenadas podem ser púricas (adenina [A] e guanina [G]) ou pirimídicas (citosina [C], timina [T], uracila [U]). Diferenças entre DNA e RNA: DNA (Ácido Desoxirribonucleico): Contém a pentose desoxirribose e as bases A, G, C e T. RNA (Ácido Ribonucleico): Contém a pentose ribose e as bases A, G, C e U (uracila substitui a timina). Função: DNA: Armazena informações genéticas e guia a síntese de proteínas. RNA: Diversos tipos participam na síntese proteica e na regulação genética. mRNA (RNA mensageiro): Carrega a informação genética do DNA para os ribossomos. tRNA (RNA transportador): Transporta aminoácidos até os ribossomos. rRNA (RNA ribossômico): Componente estrutural dos ribossomos, auxiliando na síntese proteica. Diferenças Estruturais entre DNA e RNA DNA: Formato: Dupla hélice, com duas cadeias polinucleotídicas associadas e enroladas ao redor de um eixo central. Estabilização: As cadeias são mantidas juntas por pontes de hidrogênio entre pares de bases complementares (A/T e C/G). A/T: Duas pontes de hidrogênio. C/G: Três pontes de hidrogênio (mais estável). Orientação: Fitas antiparalelas (5’-3’ em sentidos opostos). RNA: Formato: Geralmente, uma única cadeia com grande diversidade de conformações. Flexibilidade Estrutural: Capacidade de formar diferentes estruturas secundárias e terciárias, permitindo desempenhar diversas funções biológicas. Funções Específicas dos RNAs: mRNA (RNA Mensageiro): Função: Carrega a informação genética do DNA para o ribossomo, onde a tradução ocorre. tRNA (RNA Transportador): Função: Transporta aminoácidos específicos para o ribossomo, reconhecendo os códons no mRNA através de seu anticódon complementar. rRNA (RNA Ribossômico): Função: Componente estrutural e funcional do ribossomo, facilitando a formação de ligações peptídicas entre aminoácidos durante a síntese proteica. Comparação Geral entre DNA e RNA: Tamanho e Quantidade: DNA: Molécula de alto peso molecular, maior em tamanho. Por exemplo, o DNA de uma célula humana pode ter um comprimento total de até 1,7 metros. RNA: Menor em tamanho, com diferentes tipos e funções específicas. Estabilidade: DNA: Mais estável devido à dupla hélice e à presença de desoxirribose. RNA: Menos estável, especialmente devido à presença de ribose e à sua estrutura de cadeia simples. Principais diferenças entre os componentes químicos das células Competência 1 Semana 2 - Autoestudo COMPONENTES QUÍMICOS DAS CÉLULAS Outras Famílias de Moléculas Orgânicas: Açúcares (Carboidratos): Servem como fontes de energia (glicose) e como componentes estruturais (celulose nas paredes celulares vegetais). Ácidos Graxos: Principais componentes dos lipídeos que formam as membranas celulares e atuam como reservas de energia. Aminoácidos: Unidades monoméricas que formam as proteínas, desempenhando papéis catalíticos (enzimas), estruturais (colágeno) e de sinalização. Pontos Importantes a Destacar: Bases Nitrogenadas: DNA usa timina (T), enquanto RNA usa uracila (U). Diferença de Açúcar: DNA contém desoxirribose; RNA contém ribose. Estrutura e Função: O DNA é mais estável e responsável pelo armazenamento genético; o RNA é mais versátil e executa várias funções na síntese de proteínas. Estabilidade e Orientação: A orientação antiparalela e a quantidadefunções dos peroxissomos: Nas células animais, os peroxissomos são essenciais para: Biossíntese de glicerolipídios, colesterol e dolicol: Componentes essenciais das membranas celulares e outros processos biológicos. Reações Oxidativas: Produzem espécies reativas de oxigênio (ROS), como o peróxido de hidrogênio (H₂O₂). Estas espécies são controladas e neutralizadas pela catalase para evitar danos celulares. Organelas biossintéticas: Complexo de Golgi Competência 1 Semana 3 - Integração I COMPLEXO DE GOLGI - ESTRUTURA - FUNÇÃO - VIAS DE SECREÇÃO E TRANSPORTE Funções do Complexo de Golgi Processamento de Proteínas: Recebe proteínas do RE, onde são modificadas e empacotadas para serem transportadas para seus destinos finais, como endossomos, lisossomos, membrana plasmática ou secreção extracelular. síntese de lipídeos e carboidratos: Lipídeos: Glicolipídeos e esfingomielina são sintetizados no Golgi. Carboidratos: Glicosilação de proteínas, síntese de polissacarídeos da parede celular em plantas. empacotamento e transporte: Proteínas e lipídeos são transportados em vesículas que se deslocam entre o Golgi e outras organelas, ou para fora da célula. Vias de Secreção e Transporte Via Secretora Constitutiva: Envolve a secreção contínua e não controlada de proteínas para a membrana plasmática ou para o exterior da célula. Via Secretora Regulada: Proteínas específicas são armazenadas em vesículas secretoras que só liberam seu conteúdo em resposta a estímulos específicos (ex.: liberação de neurotransmissores ou hormônios). Distribuição Seletiva: O Complexo de Golgi também separa proteínas para diferentes destinos, como o domínio apical ou basolateral da membrana plasmática em células epiteliais. Consequências de um Funcionamento Inadequado do Complexo de Golgi Transporte Defeituoso: Problemas no transporte de proteínas e lipídeos entre o RE, Golgi, endossomos e membrana plasmática podem resultar em doenças. Doenças Associadas: Deficiências na glicosilação ou sulfatação de proteínas no Golgi podem causar doenças como a de Wilson, distrofia muscular de Duchenne, e síndrome de Aarskog. Citoplasma eucariótico com suas organelas: (a) cada uma das organelas envolvidas por membrana, mostradas em cores diferentes; (b) o citoplasma que preenche o espaço externo a essas é chamado de citosol, mostrado em azul. O Complexo de Golgi é crucial para a organização, modificação e distribuição de moléculas dentro da célula. Disfunções nesse processo podem ter implicações significativas para a saúde, reforçando a importância do conhecimento sobre essa organela para profissionais da saúde, como enfermeiros. Ribossomos São responsáveis pela síntese de todas as proteínas da célula e do meio extracelular. Eles "leem" as moléculas de RNA mensageiro (mRNA) e ligam os aminoácidos, formando proteínas. Retículo Endoplasmático (RE) Uma organela presente em células eucarióticas, envolvida na síntese de proteínas e lipídios, processamento e distribuição de proteínas, armazenamento de íons de cálcio, entre outras funções. Estrutura do Retículo Endoplasmático tipos de re: Retículo Endoplasmático Rugoso (RER): Apresenta ribossomos aderidos à sua membrana, envolvidos na síntese de proteínas destinadas à exportação ou uso intracelular. Retículo Endoplasmático Liso (REL): Não possui ribossomos aderidos e participa na produção de lipídios, hormônios esteroides e processos de biotransformação. Composição Estrutural: Membranas Duplas Lipoproteicas: Formam uma rede de túbulos e cisternas interconectados. Espaço Interno (Lúmen ou Espaço Cisternal): Ocupa até 10% do volume celular total. Organelas biossintéticas: Retículo Endoplasmático e os Ribossomos Competência 1 Semana 3 - Integração II RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO E LISO - RIBOSSOMOS - ESTRUTURA - FUNÇÕES - SÍNTESE DE PROTEÍNAS - DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS Funções do Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) Síntese e Modificação de Proteínas: Exemplos de Modificações: Glicosilação, hidroxilação, sulfatação e fosforilação. Produção de Fosfolipídios e Proteínas de Membrana. armazenamento de íon cálcio: Retículo Sarcoplasmático em células musculares é uma modificação do REL que armazena e libera cálcio durante a contração muscular. Funções do Retículo Endoplasmático Liso (REL) Produção de Fosfolipídios para todas as membranas celulares. Produção de Hormônios Esteroides: Exemplo: Células dos testículos e ovários produzem hormônios como testosterona e progesterona. Processos de Biotransformação: Exemplo: Hepatócitos realizam a metabolização de substâncias lipofílicas para produtos mais hidrofílicos. RER, REL e ribossomos. Observe que o RER apresenta ribossomos aderidos a sua membrana externa. Transporte de proteínas simultâneo à tradução. Note que a SRP se liga à sequência sinal do peptídeo em crescimento e ao receptor de SRP, presente na membrana do RE. Observações Ribossomos e Síntese de Proteínas composição dos ribossomos: São complexos formados por RNA ribossomal (rRNA) e proteínas, organizados em duas subunidades. Ribossomos 80S em eucariotos (subunidades 60S e 40S) e Ribossomos 70S em procariontes (subunidades 50S e 30S). processo de tradução: Os ribossomos se ligam ao mRNA para traduzir as informações genéticas em proteínas. Síntese em Ribossomos Livres: Produz proteínas para uso no citosol, núcleo, mitocôndrias, peroxissomos e cloroplastos. Síntese em Ribossomos Associados ao RE: Produz proteínas destinadas à exportação, incorporação ao RE, complexo golgiense, lisossomos ou membrana plasmática. O Papel do Retículo Endoplasmático na Modificação e Distribuição de Proteínas Modificação e Dobramento de Proteínas: Chaperonas auxiliam no dobramento correto e na montagem das proteínas. Formação de Ligações Dissulfeto: No RE, ocorrem em um ambiente oxidante, o que favorece a formação dessas ligações essenciais para a estabilidade da proteína. Glicosilação: Adição de açúcares às proteínas, formando glicoproteínas, que ocorre frequentemente no lúmen do RE. Distribuição das Proteínas: Via Secretora: Proteínas são transportadas do RE para o complexo golgiense e, em seguida, para fora da célula ou para outras organelas. Organelas biossintéticas: Retículo Endoplasmático e os Ribossomos Competência 1 Semana 3 - Integração II RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO E LISO - RIBOSSOMOS - ESTRUTURA - FUNÇÕES - SÍNTESE DE PROTEÍNAS - DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS Importância da Degradação de Proteínas no Retículo Endoplasmático controle de qualidade: As proteínas mal dobradas ou incorretamente montadas são identificadas e degradadas. Exemplo de Proteínas Chaperonas: BiP, que também reconhece proteínas dobradas de forma incorreta. Representação da via secretora. Logo após sua síntese, as proteínas se deslocam do RE para o complexo golgiense. Após, essas proteínas seguem seu destino, sendo transportadas no interior de vesículas.de pontes de hidrogênio conferem estabilidade estrutural ao DNA, enquanto a conformação flexível do RNA permite múltiplas funções. Principais diferenças entre os componentes químicos das células Competência 1 Semana 2 - Autoestudo COMPONENTES QUÍMICOS DAS CÉLULAS A membrana plasmática, também conhecida como membrana celular, é uma estrutura flexível que envolve a célula, separando o meio intracelular (dentro da célula) do meio extracelular (fora da célula). A sua principal característica é a bicamada lipídica composta por fosfolipídios, colesterol e proteínas. Essa organização permite à membrana ser seletivamente permeável, controlando o que entra e sai da célula. Funções da Membrana Plasmática: Definição dos Limites e Forma da Célula: A membrana plasmática define os limites da célula, mantendo seu conteúdo interno separado do ambiente externo. Ela contribui para a forma da célula, atuando como um "muro flexível" que protege o material intracelular. Funções da Membrana Plasmática Competência 1 Semana 2 - Integração I ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA MEMBRANA PLASMÁTICA - FOSFOLIPÍDEOS - COLESTEROL - GLICOLIPÍDEOS - PROTEÍNAS Permeabilidade seletiva: A membrana controla a entrada e saída de moléculas e íons, funcionando como uma "porteira seletiva". Essa permeabilidade seletiva é fundamental para a homeostase celular, ou seja, para manter o ambiente interno da célula estável. Exemplo: Moléculas pequenas como oxigênio (O₂) e dióxido de carbono (CO₂) passam livremente pela membrana, enquanto íons e moléculas maiores necessitam de proteínas transportadoras. Manutenção da constância do Meio Intracelular: A membrana ajuda a manter o equilíbrio químico dentro da célula, regulando a concentração de nutrientes, íons e água. Isso garante que os processos bioquímicos ocorram em condições ideais. Reconhecimento e Comunicação celular: A membrana possui receptores específicos que permitem a célula reconhecer moléculas e sinais no ambiente externo, facilitando a comunicação célula-célula e célula-matriz extracelular. Isso é essencial para processos como resposta imunológica e desenvolvimento de tecidos. Exemplo: Os linfócitos (células do sistema imunológico) usam receptores na membrana para identificar e combater patógenos. Ao separar o meio intracelular do extracelular, a membrana mantém diferentes concentrações de substâncias dentro e fora da célula. Isso é crucial para o funcionamento celular, como na manutenção de gradientes de íons, essenciais para processos como a transmissão de impulsos nervosos. Função da Membrana Plasmática Competência 1 Semana 2 - Integração I Sinalização celular: A membrana pode iniciar sinais que ativam reações no citoplasma. Essa sinalização é fundamental para a coordenação de atividades celulares, como a resposta a hormônios ou neurotransmissores. Exemplo: A insulina se liga a receptores específicos na membrana das células musculares e hepáticas, desencadeando uma série de reações que permitem a absorção de glicose. comunicação entre células: Algumas células possuem junções comunicantes (ou gap junctions) formadas por proteínas específicas que permitem a troca de íons e pequenas moléculas entre células adjacentes. Essas junções são essenciais para a sincronização de atividades em tecidos como o muscular cardíaco. Exemplo: As células do coração usam essas junções para sincronizar suas contrações, garantindo o batimento cardíaco coordenado. Adesão Celular: A membrana plasmática promove a adesão entre células e entre células e a matriz extracelular, essencial para a formação e manutenção dos tecidos. As proteínas de adesão mantêm as células unidas, assegurando a integridade estrutural dos tecidos. Exemplo: As células epiteliais da pele são mantidas juntas por junções de adesão para proteger contra invasões microbianas e traumas. Pontos importantes Microambientes Celulares: A membrana cria diferentes microambientes intracelulares e extracelulares, essenciais para funções específicas da célula. Endocitose e Exocitose: A membrana é fundamental para os processos de endocitose (entrada de partículas na célula) e exocitose (saída de substâncias da célula), garantindo a troca de materiais com o ambiente externo. Flexibilidade e Fluidez: A presença de colesterol e a composição lipídica da membrana garantem sua fluidez, permitindo que proteínas se movam e realizem suas funções adequadamente. A membrana plasmática não é apenas uma barreira física, mas uma estrutura dinâmica e complexa que desempenha múltiplas funções vitais para a célula. Sua composição e estrutura são essenciais para a manutenção da homeostase, comunicação celular, sinalização, e para a organização estrutural dos tecidos. ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA MEMBRANA PLASMÁTICA - FOSFOLIPÍDEOS - COLESTEROL - GLICOLIPÍDEOS - PROTEÍNAS A membrana plasmática, visível apenas ao microscópio eletrônico, possui cerca de 7 a 10 nanômetros (nm) de espessura. Ela é composta por três camadas: duas camadas eletrodensas (escuras) e uma camada eletrolúcida (clara) central. Essa estrutura trilaminar é chamada de unidade de membrana. Organização Molecular: Bicamada Lipídica A membrana plasmática é formada por uma bicamada fluida de fosfolipídios, organizada de maneira que: As extremidades hidrofílicas (polares) dos fosfolipídios estão voltadas para o meio intra e extracelular, que são ambientes aquosos. As extremidades hidrofóbicas (apolares) ficam direcionadas para o interior da membrana, protegendo-se da água. Essa característica torna as membranas anfipáticas (ou anfifílicas) — possuem uma parte que interage com a água (hidrofílica) e outra que não interage com a água (hidrofóbica). Estrutura da Membrana Plasmática Competência 1 Semana 2 - Integração I ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA MEMBRANA PLASMÁTICA - FOSFOLIPÍDEOS - COLESTEROL - GLICOLIPÍDEOS - PROTEÍNAS Componentes Lipídicos da Membrana 1. Fosfolipídio: São os lipídios mais abundantes na membrana. Cada molécula tem: Uma cauda de ácido graxo (hidrofóbica) ligada a um glicerol. Uma "cabeça" de fosfato ligada a um álcool (hidrofílica). Exemplos de fosfolipídios: Fosfatidilserina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilcolina, fosfatidilinositol, fosfatidilglicerol. A esfingomielina, encontrada principalmente nas células nervosas, tem uma esfingosina no lugar do glicerol. 2. Colesterol: O segundo lipídio mais comum na membrana, compondo cerca de 25% da membrana plasmática. função do colesterol: Aumenta a rigidez e reduz a fluidez da membrana, tornando-a mais forte. Participa da sinalização celular. A estrutura do colesterol inclui um grupo hidroxila polar que interage com a superfície externa da bicamada e um núcleo de esteroide rígido. Estrutura da Membrana Competência 1 Semana 2 - Integração I ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA MEMBRANA PLASMÁTICA - FOSFOLIPÍDEOS - COLESTEROL - GLICOLIPÍDEOS - PROTEÍNAS 2. proteínas Periféricas (Extrínsecas): Localizadas na superfície da membrana, ligadas a apenas uma das camadas lipídicas. Funções: Participam de reações enzimáticas e auxiliam na ancoragem e comunicação celular. Exemplos de fosfolipídios: Fosfatidilserina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilcolina, fosfatidilinositol, fosfatidilglicerol. A esfingomielina, encontrada principalmente nas células nervosas, tem uma esfingosina no lugar do glicerol. 3. Glicolipídios: Presentes na monocamada externa da membrana, são compostos por: Uma cauda de ácido graxo associada a uma cabeça de carboidrato. função dos glicolipídios: Participam de interações célula-célula, conferem antigenicidade (capacidade de provocar uma resposta imunológica). Componentes Proteicos da Membrana As proteínas são essenciais para a atividade metabólica da membrana e podem ser classificadas em: 1. Proteínas Integrais (IntRínsecas): Firmemente aderidas à membrana, compondo parte de ambas as camadas lipídicas. Tipos de proteínas integrais: Proteínas transmembrana: Unipasso: atravessam a membrana uma vez. Multipasso: atravessam a membrana várias vezes. Funções: Formam canais,atuam como transportadores, ou têm papel de receptores. (a) Estrutura geral de um fosfolipídio. (b) Estrutura química de uma molécula de colesterol. (c) Bicamada lipídica da membrana plasmática, com suas proteínas e cadeias de carboidrato associadas a proteínas ou lipídios na monocamada externa da membrana. As faces hidrofílicas (círculos amarelos) interagem com o espaço extracelular e o citoplasma, ambos aquosos (caráter polar); as cadeias hidrofóbicas ficam voltadas para dentro da membrana. Proteínas integral (unipasso e multipasso) e periférica de membrana. Observe que há a representação de uma proteína periférica que está ancorada em um lipídio da monocamada da membrana. Mecanismos de Transporte através da Membrana Competência 1 Semana 2 - Integração I ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA MEMBRANA PLASMÁTICA - FOSFOLIPÍDEOS - COLESTEROL - GLICOLIPÍDEOS - PROTEÍNAS A passagem de substâncias pela membrana depende do tipo de substância e da necessidade de gasto energético: 1. Transporte não mediado: Osmose e Difusão Simples: Ocorrem sem intervenção de proteínas transportadoras. Exemplo: A passagem de água (osmose) e gases como O₂ e CO₂ (difusão simples). 2. Transporte mediado: Transporte ativo e difusão facilitada: Requer proteínas transportadoras e pode ou não consumir energia. Tipos de proteínas de transporte: Canais: Formam poros que permitem a passagem de íons e moléculas pequenas. Carregadoras: Ligam-se a moléculas de um lado da membrana e as liberam do outro. Bombas: Realizam transporte ativo usando energia (geralmente do ATP) para mover solutos contra seu gradiente de concentração. Três classes de proteínas transportadoras de membrana: (a) canais, (b) carreadoras e (c) bombas. Proteínas canais e carreadoras podem mediar o transporte passivo de soluto pela membrana (por difusão simples ou difusão facilitada) a favor do gradiente de soluto e potencial eletroquímico. 2. Transporte secundário: Utiliza o gradiente de prótons para mover outras substâncias. Existem três tipos: Simporte: As duas substâncias se movem na mesma direção. Antiporte: Uma substância move-se em uma direção, enquanto outra se move na direção oposta. Uniporte: Move apenas um soluto na direção do gradiente eletroquímico. Pontos importantes A membrana plasmática é uma estrutura complexa e dinâmica, vital para a célula. Composta por lipídios, proteínas e glicolipídios, ela desempenha funções críticas, incluindo a separação do meio intra e extracelular, controle da permeabilidade seletiva, e participação em processos de sinalização e transporte celular. Organização da Membrana Plasmática Competência 1 Semana 2 - Integração I ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA MEMBRANA PLASMÁTICA - FOSFOLIPÍDEOS - COLESTEROL - GLICOLIPÍDEOS - PROTEÍNAS Estrutura básica da Membrana Plasmática Trilaminar: A membrana é formada por duas camadas eletrodensas (escuras) e uma camada eletrolúcida (clara) central. Bicamada de Fosfolipídios: Constituída de fosfoglicerídeos e esfingolipídios. Cada molécula de fosfolipídio possui: Cabeça Hidrofílica (polar e solúvel em água): Voltada para o meio aquoso (intracelular e extracelular). Cauda Hidrofóbica (apolar e insolúvel em água): Voltada para o interior da membrana, criando um ambiente não aquoso. Tipos de lipídios na Membrana Fosfolipídios: São os lipídios mais comuns da membrana, como a fosfatidilserina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilcolina, fosfatidilinositol e fosfatidilglicerol. A esfingomielina, presente no tecido nervoso, é um fosfolipídio que possui esfingosina ao invés de glicerol. Colesterol: Constitui cerca de 25% da membrana, influenciando a fluidez e a rigidez da membrana. Glicolipídios: Presentes na monocamada externa, têm um papel importante nas interações célula-célula e na antigenicidade. Tipos de proteínas na Membrana Proteínas Integrais: Firmemente aderidas à membrana, atravessando-a total ou parcialmente. Podem ser: Transmembrana: Atravessam toda a membrana e podem ser unipasso (uma vez) ou multipasso (várias vezes). Proteínas Periféricas: Ligadas à superfície externa da membrana, ligando-se a componentes do citoesqueleto e participando da sinalização celular. Constituição fosfolipídica da membrana plasmática em cada monocamada lipídica. Observe a assimetria lipídica (porcentagem constitutiva) da membrana plasmática e a estrutura química dos principais lipídios da membrana plasmática em suas monocamadas externas e internas Funções e Transporte através da Membrana Permeabilidade Seletiva: A passagem de substâncias varia dependendo do tipo de substância e do tipo de transporte: Transporte Não Mediado: Osmose e difusão simples, sem proteínas transportadoras. Transporte Mediado: Envolve proteínas transportadoras (canais, carregadoras e bombas) e pode ser ativo (com uso de ATP) ou passivo (sem uso de ATP). Tipos de proteínas de Membrana Canais: Formam poros nas membranas, específicos para determinados íons ou moléculas. Carregadoras: Ligam-se à substância de um lado e a liberam do outro lado da membrana. Bombas: Usam energia (ATP) para mover solutos contra o gradiente eletroquímico. Organização da Membrana Plasmática Competência 1 Semana 2 - Integração I ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA MEMBRANA PLASMÁTICA - FOSFOLIPÍDEOS - COLESTEROL - GLICOLIPÍDEOS - PROTEÍNAS Glicocálice O glicocálice é uma “extensão” da própria membrana — ele não é uma camada separada. Definição: Região rica em carboidratos na superfície externa da membrana, formada por glicoproteínas e glicolipídios. Ele é composto por moléculas produzidas e secretadas pela própria célula e é constituído pelos glicídios ancorados à monocamada externa da membrana, pelas glicoproteínas integrais da membrana e por proteoglicanos secretados e adsorvidos à membrana Função: Protege a célula, facilita a interação célula- célula e o reconhecimento de substâncias. Sua composição varia conforme a atividade funcional da célula. IMPORTANTE: O glicocálice endotelial é determinante na permeabilidade vascular, é capaz de limitar o acesso de moléculas à membrana plasmática da célula endotelial e media o transporte enzimático e funciona como barreira permeável. Além disso, o glicocálice restringe moléculas que influenciam na interação de moléculas, eritrócitos, plaquetas e leucócitos, controlando a expressão de moléculas de adesão. A disfunção da síntese e a organização do glicocálice nessas células é um importante indicativo de alterações na fisiologia vascular. Organização e Assimetria de Membrana Variedade de Composição: A proporção de lipídios, proteínas e outros componentes varia conforme o tipo celular e a função. Distribuição Assimétrica: Os componentes lipídicos e proteicos não são distribuídos de forma homogênea entre as camadas internas e externas da membrana. Representação do glicocálice endotelial em condições fisiológicas normais. PQ — parênquima; CE — células endoteliais GCX — glicocálice. Modelo do Mosaico Fluido Movimentação dos Lipídios: Lipídios se movem lateralmente na monocamada, contribuindo para a fluidez da membrana (num movimento denominado flip-flop). Esse conceito de fluidez da membrana está relacionado não apenas à movimentação dos lipídios, está relacionado a aspectos dinâmicos da célula — o transporte de moléculas entre os meios intra e extracelular Modelo Mosaico Fluido: Descreve a membrana como uma estrutura dinâmica, com lipídios e proteínas que podem se mover lateralmente, permitindo interações e transporte de moléculas. Organização da Membrana Plasmática Competência 1 Semana 2 - Integração I ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA MEMBRANA PLASMÁTICA - FOSFOLIPÍDEOS - COLESTEROL - GLICOLIPÍDEOS - PROTEÍNAS Esquema ilustrando a mobilidade dos lipídios na mesma monocamada (mudança rápida de posição) ou entre monocamadas (mudança mais lenta), no movimento de flip- -flop. Essa mobilidade é uma das características que caracteriza e justifica o nome dado ao modelo de membrana plasmática atual: mosaico fluido. . Modelo mosaicofluido da membrana plasmática Exemplos Membrana Plasmática nos Neurônios Potenciais de Ação (PAs): Sinais elétricos propagados ao longo da superfície neuronal. A membrana mantém concentrações diferenciais de íons (Na+ e K+) através de bombas iônicas (Na/K ATPase). Condução de Sinais: Axônios Mielinizados: Condução saltatória, onde o potencial de ação "salta" entre os nós de Ranvier. Axônios Não Mielinizados: Condução contínua, com regeneração constante dos potenciais de ação ao longo do axônio. Patologia Relacionada: Esclerose Múltipla Desmielinização: Perda da bainha de mielina em torno dos axônios, causando prejuízo na condução de sinais no sistema nervoso. Impacto na Condução: A falta de mielina impede a condução saltatória, resultando em falhas na transmissão de sinais nervosos. Membrana Celular: Estrutura e Função Composição da Membrana Celular A membrana celular é composta por uma bicamada fosfolipídica com fosfolipídeos e colesterol. Cada fosfolipídeo tem: Cabeça Hidrofílica (solúvel em água): Voltada para o ambiente aquoso externo (fluido intersticial) e interno (citoplasma). Cauda Hidrofóbica (insolúvel em água): Voltada para o interior da membrana, criando uma barreira que impede a passagem de substâncias polares e carregadas. Função da Membrana Age como uma barreira seletiva: Impede a passagem de substâncias indesejadas. Permite a passagem de íons e moléculas essenciais através de proteínas transportadoras que formam canais. Permeabilidade da Membrana Seleção de Substâncias: A membrana permite a passagem de algumas substâncias e impede outras, dependendo de suas propriedades: Moléculas Polares e Carregadas: Têm dificuldade para atravessar devido à interação com grupos carregados negativamente na parte externa da membrana. Íons Pequenos (e.g., Na+, K+, Ca2+, Cl-): Embora pequenos, não passam facilmente por causa de sua carga elétrica. Moléculas Pequenas e Não Carregadas: Como oxigênio (O₂) e dióxido de carbono (CO₂), podem atravessar por difusão simples. Moléculas Maiores e Polares (e.g., Carboidratos e Aminoácidos): Precisam de ajuda de proteínas para transporte através da membrana. Permeabilidade celular, canais iônicos e proteínas transportadoras Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - Tipos de Transporte através da Membrana Diagrama detalhado da membrana celular. Observações Transporte Passivo O transporte passivo é o movimento de substâncias através da membrana plasmática de uma área de alta concentração para uma de baixa concentração sem gasto de energia. Ele é crucial para a regulação do equilíbrio celular e é dividido em três tipos principais: Difusão Simples: Movimento de moléculas de uma área de alta concentração para uma área de baixa concentração até que a concentração se iguale. Exemplo: O oxigênio pode entrar nas células por difusão, enquanto o dióxido de carbono pode escapar ao longo de seu próprio gradiente de concentração Importante: A difusão ocorre até que as moléculas se movam igualmente em ambas as direções, alcançando um equilíbrio. Tipos de Transporte através da Membrana Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - Difusão Facilitada: Uso de proteínas para ajudar moléculas a passarem através da membrana celular, especialmente aquelas que são polares ou carregadas e não conseguem atravessar diretamente a bicamada lipídica ( protegem essas moléculas da porção hidrofóbica da membrana e fornecem caminhos através delas). Tipos de Proteínas: Proteínas de Canal: Formam canais que permitem a passagem de moléculas específicas. Proteínas Carreadoras (Transportadoras): Mudam de configuração para reconhecer e transportar moléculas, funcionando com o mecanismo de “fechadura e chave”. Exemplo: Aminoácidos e açúcares simples que atravessam a membrana com a ajuda dessas proteínas. Importante: As proteínas-canais atuam apenas no transporte passivo, e são ativadas de acordo com o tamanho e carga elétrica do soluto, enquanto a proteína carreadora é ativada quando a molécula a ser transportada se liga a ela. A difusão facilitada é essencial para o transporte de moléculas que não conseguem atravessar a bicamada lipídica por conta própria. Osmose: Tipo especial de difusão que se refere ao movimento de água através de uma membrana semipermeável, de uma área de baixa concentração de solutos para uma área de alta concentração de solutos. Exemplo: Se células são colocadas em um meio hipotônico (com baixa concentração de solutos), a água entra nas células. Em um meio hipertônico (com alta concentração de solutos), a água sai das células. Importante: A osmose é vital para manter o equilíbrio hídrico e a pressão osmótica dentro das células. Meio Isotônico Um meio isotônico é aquele onde a concentração de solutos fora da célula é igual à concentração de solutos dentro da célula. Efeito na célula: Não há movimento líquido de água para dentro ou para fora da célula, pois as concentrações estão equilibradas. Importância: Mantém a célula em seu tamanho normal, sem alteração no volume celular. Exemplo: A solução salina a 0,9% usada em infusões intravenosas é isotônica em relação ao plasma sanguíneo, mantendo as células sanguíneas em equilíbrio. Meio Hipotônico Um meio hipotônico é aquele onde a concentração de solutos fora da célula é menor do que dentro da célula. Efeito na célula: A água entra na célula por osmose, podendo fazer com que a célula inche e, em casos extremos, até se rompa (lise). Importância: Pode ser usado terapeuticamente para reidratar células, mas precisa ser monitorado para evitar danos celulares. Exemplo: Se uma célula animal for colocada em água pura (um meio hipotônico), a água entrará na célula, fazendo-a inchar. Meio Hipertônico Um meio hipertônico é aquele onde a concentração de solutos fora da célula é maior do que dentro da célula. Efeito na célula: A água sai da célula por osmose, causando a contração ou murchamento da célula (crenação em células animais). Importância: Pode ser usado para reduzir o edema (inchaço) ao atrair água das células para o meio extracelular. Exemplo: Quando uma célula vegetal é colocada em uma solução salina concentrada (meio hipertônico), a água sai da célula, fazendo a membrana plasmática se afastar da parede celular (plasmólise). Tipos de Transporte através da Membrana Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - Taxa de Difusão Lipossolubilidade: A taxa de difusão é diretamente proporcional à lipossolubilidade das substâncias. Altamente Lipossolúveis: Gases como oxigênio, dióxido de carbono, e alguns álcoois, que se dissolvem facilmente na bicamada lipídica. Menos Lipossolúveis: Água e outras moléculas insolúveis em lipídeos passam por canais de proteínas nas membranas. Exemplo: A água permeia rapidamente as membranas através de canais de proteínas (aquaporinas). Pequenos íons podem também passar por esses canais. Transporte Ativo O transporte ativo é o processo de mover substâncias através da membrana celular contra um gradiente eletroquímico, necessitando de energia. Esse tipo de transporte utiliza proteínas de transporte e requer uma fonte de energia além da energia cinética, como ATP. No transporte ativo, ocorre a quebra de ATP (adenosina tri- fosfato, a moeda energética da célula), para realizar um transporte contra o gradiente de concentração, através de proteínas de membrana. Ou seja, o soluto passa do meio menos concentrado para o mais concentrado. Como exemplo,podemos citar a bomba de sódio e potássio. Tipos de Transporte através da Membrana Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - Importante: Para cada três Na+ transportados para fora, dois K+ são transportados para dentro da célula. Função Adicional: Controla o volume celular e a pressão osmótica Transporte ativo primário: Usa energia diretamente da quebra de ATP ou outros compostos de fosfato para mover íons ou moléculas contra o gradiente de concentração. Exemplo: Bomba de sódio-potássio (Na+/K+) Funcionamento: Ligação do Na+: O Na+ do citoplasma se liga à proteína transportadora. 1. Fosforilação: O ATP transfere um grupo fosfato para a proteína, mudando sua forma. 2. Liberação do Na+: A proteína libera Na+ no ambiente externo.3. Ligação do K+: O novo formato da proteína tem alta afinidade pelo K+, que se liga. 4. Desfosforilação: A proteína perde o fosfato e retorna à sua forma original, liberando K+ no citoplasma. 5. Reinício do Ciclo: O processo recomeça.6. Transporte ativo Secundário: Usa o gradiente de concentração gerado pelo transporte ativo primário para mover outras substâncias. MECANISMOS: Cotransporte (Simporte): Transporte de uma substância junto com o sódio na mesma direção. Contra-transporte (Antiporte): Transporte de uma substância na direção oposta ao movimento do sódio. Exemplo: Transporte de glicose junto com Na+ no intestino. Bomba de sódio-potássio (Na+/K+) Transportes passivo e ativo. Endocitose A endocitose é o processo pelo qual a célula engloba substâncias externas formando vesículas para transporte interno. Entrada de grandes moléculas e pode ocorrer de três diferentes formas. Em todos os tipos, depois da entrada da substância há formação de uma vesícula, onde a substância fica armazenada até ser digerida ou utilizada pela célula. Tipos de Transporte através da Membrana Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - Fagocitose: Ingestão de partículas sólidas e grandes (como bactérias, ou células mortas) através da emissão de pseudópodes (projeções da membrana para fora da célula). Processo: Ligação de Receptores: Receptores na superfície das células fagocíticas reconhecem e se ligam a partículas grandes. Formação de Fagossomos: A membrana se envolve ao redor da partícula formando um fagossomo. Digestão: O fagossomo se funde com lisossomos para digestão da partícula. Exemplo: Macrófagos e certos glóbulos brancos realizando fagocitose. Importante: A fagocitose pode envolver opsonização, onde anticorpos ajudam na identificação das partículas a serem fagocitadas Exocitose Processo inverso da endocitose, onde a célula expulsa grandes quantidades de substâncias para o ambiente externo. Moléculas são eliminadas da célula, por meio de vesículas que são transportadas à membrana e se desfazem, liberando o conteúdo no meio extracelular. Processo: Formação de Vesículas: Substâncias são embaladas em vesículas que se movem em direção à membrana celular. Fusão com a Membrana: As vesículas se fundem com a membrana celular, liberando seu conteúdo para fora da célula. Pinocitose: Ocorre a captura de líquidos ou substâncias pequenas em solução, através de invaginação da membrana (ou seja, a membrana faz dobras para dentro da célula). Processo: Ligação: Moléculas se ligam a receptores especializados na membrana. Formação de Vesículas: A membrana se invagina formando pequenas vesículas contendo líquido. Importante: Essencial para a entrada de grandes moléculas, como proteínas. Endocitose Mediada: Ocorre a adesão de partículas sólidas a receptores específicos na membrana, e há a invaginação da membrana para entrada das substâncias. A ilustração indica a membrana plasmática em cor laranja; no citoplasma aparece uma vesícula com esferas em cor lilás indicando a substância que vai ser liberada para fora da célula. A vesícula se funde à membrana plasmática e libera as substâncias no meio extracelular Canais Iônicos Os canais iônicos são proteínas transmembrana que formam poros permitindo o movimento de íons através da membrana celular, seguindo gradientes eletroquímicos. Eles são essenciais para muitos processos fisiológicos e para a comunicação celular. Função dos Canais Iônicos Transmissão de Impulsos Nervosos: Importantes para a condução de sinais elétricos no sistema nervoso. Contração Muscular: Regula a contração do músculo cardíaco e esquelético. Regulação da Pressão Arterial e Liberação de Hormônios: Controla a pressão arterial e a secreção de hormônios. Funcionamento Passagem Passiva de Íons: O fluxo de íons através dos canais ocorre sem gasto de energia, seguindo o gradiente de concentração. Alterações Conformacionais: Canais iônicos mudam sua conformação em resposta a estímulos, permitindo a passagem de íons. Canais Iônicos Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - Controlados por Estimulação Mecânica Ativados por estímulos mecânicos, como o estiramento da membrana. Exemplo: Canais responsáveis pelo sentido do tato e audição. Sempre Abertos (em Repouso) Permanecem abertos o tempo todo, permitindo a passagem contínua de íons. Exemplo: Canais de potássio (K+) que ajudam a manter o potencial de membrana em repouso. Conformação aberta e fechada de canais iônicos. Tipos Básicos de Canais Iônicos Controlados por Ligantes: Abrem em resposta à ligação de moléculas específicas, como neurotransmissores. Exemplo: Canais de acetilcolina. Controlados por Voltagem Respondem a mudanças no potencial elétrico da membrana. Exemplo: Canais de sódio (Na+) em neurônios. Tipos e funções dos canais iônicos Gating dos Canais Iônicos O processo de ativação ou desativação dos canais iônicos em resposta a estímulos. Função dos Canais Iônicos Mecanismos Alterações Conformacionais: Mudanças na estrutura do canal em resposta a estímulos, como mudanças no potencial de membrana ou ligação de ligantes. Tipos de Gating Controle de Ligantes: Ligação de moléculas altera a conformação do canal. Controle de Voltagem: Alterações no potencial elétrico causam mudanças conformacionais. Controle Mecânico: Estímulos físicos alteram a estrutura do canal. Importância Clínica Potencial de Membrana em Repouso: O equilíbrio entre íons intra e extracelulares mantém o potencial de membrana em repouso (aproximadamente -65 mV). A manutenção do potencial de membrana em repouso é crucial para o funcionamento adequado das células excitáveis, como neurônios e células musculares. Alterações nesse potencial podem impactar severamente a função dessas células. Exemplo Clínico (Efeitos das Alterações no Potencial de Membrana) Hipocalemia (Baixos Níveis de K+): Efeito: Aumenta o gradiente de concentração de K+, promovendo o efluxo de K+ da célula. Consequências: Hiperpolarização: A célula se torna mais negativa, exigindo um estímulo maior para alcançar o potencial de ação. Retardo na Repolarização: Pode contribuir para arritmias ventriculares e maior tempo para a recuperação após o potencial de ação. Canais Iônicos Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - Hiperpotassemia (Altos Níveis de K+): Efeito: Diminui o gradiente de K+, causando despolarização da membrana. Consequências: Despolarização: A célula se torna menos negativa, desativando canais de Na+ e prolongando o períodorefratário. Arritmias: Pode levar a graves arritmias cardíacas e problemas neuromusculares. Doenças resultantes de defeitos em canais iônicos Observações As proteínas transportadoras desempenham um papel essencial na movimentação de substâncias através da membrana celular, facilitando processos como a absorção de nutrientes, a remoção de resíduos e a manutenção do equilíbrio iônico. Tipos de Proteínas de Membrana proteínas integrais: Atravessam a membrana celular completamente. Função: Incluem canais iônicos e transportadoras, que ajudam no transporte de íons e moléculas através da membrana. Proteínas Periféricas: Ligadas à superfície interna ou externa da membrana. Função: Não participam do transporte, mas muitas vezes atuam como enzimas ou ligam-se a proteínas endógenas. Proteínas Transportadoras Proteínas de Canal: Formam poros na membrana que permitem a passagem de íons e moléculas pequenas. Exemplos: Canais iônicos e aquaporinas. Mecanismo: Facilitam a difusão passiva, permitindo que substâncias se movam rapidamente através da membrana. Proteínas Carreadoras: Ligam-se a moléculas específicas e alteram sua conformação para transportá-las através da membrana. Exemplos: GLUTs (transportadores de glicose), bombas ATPase. Mecanismo: Facilitam o transporte facilitado e ativo. Proteínas transportadoras de Membrana Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - Transporte Uniporte e Cotransporte uniporte: Transporta uma única substância em uma direção. Exemplo: Transporte de glicose pelo GLUT. cotransporte: Transporta duas substâncias simultaneamente, podendo ser: Simporte: Ambas as substâncias se movem na mesma direção (e.g., transporte de glicose e sódio). Antiporte: Substâncias se movem em direções opostas (e.g., trocador Na+/Ca2+). Observação: Tanto o uniporte quanto o cotransporte podem desempenhar processos ativos ou passivos. Os transportadores são altamente seletivos em relação às moléculas que transportam. As bombas realizam transporte ativo. Os cotransportes são capazes de realizar o transporte a favor e contra os gradientes eletroquímicos, de forma a tornar o processo energeticamente favorável como um todo, sem o gasto de ATP. Apesar de o uniporte ocorrer em processos ativos, ele também caracteriza o transporte passivo de moléculas por difusão facilitada. Proteínas da Membrana Uniporte e cotransporte. GLUTs São uma família de proteínas transportadoras responsáveis pelo transporte de glicose através das membranas celulares. Elas facilitam a entrada e a saída de glicose nas células, desempenhando um papel crucial na regulação dos níveis de glicose no sangue e no fornecimento de energia para as células. Características dos GLUTs: Transportadores Específicos: Cada tipo de GLUT tem afinidade específica por glicose e é expresso em tipos celulares diferentes. Facilitadores de Difusão: GLUTs permitem a difusão facilitada da glicose, movendo-a a favor do gradiente de concentração sem a necessidade de energia (ATP) Principais tipos de Glut e suas funções GLUT1: Localização: Presentes em praticamente todas as células, mas particularmente em células do cérebro e glóbulos vermelhos. Função: Mantém a glicose basal em células e transporta glicose para o cérebro e os glóbulos vermelhos. GLUT2: Localização: Células do fígado, pâncreas, e intestino. Função: Regula os níveis de glicose no sangue e a absorção de glicose no intestino. No fígado, ajuda a controlar o armazenamento e a liberação de glicose no sangue. GLUT3: Localização: Principalmente no cérebro e em alguns outros tecidos neurais. Função: Transporta glicose para o cérebro, onde é crucial para o fornecimento de energia. GLUTs- transportadores de Glicose Competência 1 Semana 2 - Integração II PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS - MEMBRANA CELULAR - TRANSPORTE PASSIVO - DIFUSÃO SIMPLES E FACILITADA - OSMOSE - TRANSPORTE ATIVO - ENDOCITOSE - CANAIS IÔNICOS - PROTEÍNAS CARREADORAS - UNIPORTE E COTRANSPORTE - GLUT4: Localização: Músculos esqueléticos e tecido adiposo. Função: Regula a absorção de glicose em resposta à insulina. Quando a insulina está presente, GLUT4 é translocado para a superfície celular para aumentar a captação de glicose. GLUT5: Localização: Intestino delgado e rins. Função: Transporta frutose, mas também pode transportar glicose, especialmente em condições de alta concentração. Mecanismo de Ação Difusão Facilitada: GLUTs permitem que a glicose atravesse a membrana celular a favor de seu gradiente de concentração. A glicose se liga a um sítio específico na proteína transportadora, que sofre uma mudança conformacional, permitindo que a glicose passe para o interior ou exterior da célula. Importância Clínica Diabetes Mellitus Tipo 1 e Tipo 2: No tipo 1, a deficiência na liberação de insulina reduz a translocação de GLUT4 para a membrana celular, prejudicando a absorção de glicose nas células. No tipo 2, pode haver resistência à insulina, afetando a função de GLUT4 e resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Defeitos Genéticos: Alterações nos GLUTs podem levar a distúrbios como a Síndrome de GLUT1, onde a função de transporte de glicose é comprometida, afetando a função cerebral e levando a crises epilépticas. Digestão intracelular: endossomas, lisossomas e peroxissomas Competência 1 Semana 3 - Autoestudo DIGESTÃO CELULAR - ENDOSSOMAS - LISOSSOMAS - PEROXISSOMAS - AUTOFAGIA - ORGANELAS - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO - COMPLEXO DE GOLGI - ENDOCITOSE - EXOCITOSE - Digestão intracelular A digestão intracelular é o processo pelo qual a célula captura nutrientes do meio extracelular, degrada-os e utiliza os produtos resultantes na síntese de moléculas necessárias para suas funções. Este processo envolve várias organelas que compõem o sistema de endomembranas, responsáveis pela síntese, destinação e degradação das macromoléculas celulares. Lisossomos: Os lisossomos são vesículas membranosas que contêm cerca de 40 tipos de enzimas hidrolíticas, capazes de digerir macromoléculas biológicas (proteínas, lipídeos, carboidratos e ácidos nucleicos). A quantidade e o tipo de enzimas variam de acordo com o tipo celular e sua especialização funcional. Função: Digestão de Compostos Orgânicos: Quebra de macromoléculas em componentes menores, como aminoácidos, açúcares e nucleotídeos. Autofagia: Degradação de organelas celulares defeituosas ou envelhecidas, permitindo sua reciclagem (destrói organelas velhas). Destruição de Material Externo: Degradação de partículas e microorganismos capturados pela célula através da fagocitose. Estrutura e composição: Os lisossomos têm morfologia e dimensões variáveis, ocupando cerca de 5% do volume celular e presentes em praticamente todos os tipos celulares, exceto hemácias. A membrana lisossômica contém fosfolipídios, glicolipídios, colesterol e proteínas glicosiladas, algumas das quais atuam como transportadoras de moléculas como glicídios, aminoácidos e polipeptídeos. Possui uma bomba de íons de hidrogênio (H+ ATPase) que mantém um ambiente ácido no interior do lisossomo, essencial para a atividade ideal das enzimas hidrolíticas (hidrolases ácidas). Ambiente interno: O pH ácido é mantido para otimizar a atividade das enzimas hidrolíticas. Caso a membrana lisossômica se rompa, o vazamento dessas enzimas para o citoplasma (que possui pH neutro) não causa grandes danos. No entanto, a ruptura simultânea de vários lisossomos pode levar à autodigestão celular e morte. Importância clínica: Deficiências nas enzimas lisossômicas ou problemas na formação dos lisossomos podem causar doenças de armazenamento lisossômico, como a Doença de Gaucher e a Doença de Tay-Sachs. Os lisossomos são sacos membranosos repletos de enzimas Uma célula com seus lisossomos e outras organelas. Lisossomos - complexos, grande variedade de forma, tamanho e aspecto morfológico. PrincipaisOrganelas de Digestão Intracelular Estrutura de um lisossomo Peroxissomos: Os peroxissomos são organelas também envolvidas na digestão celular, semelhantes aos lisossomos, mas especializadas na degradação de gorduras e aminoácidos. Função: Degradação de Gorduras e Aminoácidos: Realizam a oxidação de ácidos graxos de cadeia longa e aminoácidos. Desintoxicação Celular: Contêm a enzima catalase, que converte o peróxido de hidrogênio (H₂O₂), um subproduto tóxico das reações de oxidação, em água (H₂O) e oxigênio (O₂). Isso é crucial, pois o peróxido de hidrogênio em grandes quantidades pode causar lesões celulares. Digestão intracelular: endossomas, lisossomas e peroxissomas Competência 1 Semana 3 - Autoestudo DIGESTÃO CELULAR - ENDOSSOMAS - LISOSSOMAS - PEROXISSOMAS - AUTOFAGIA - ORGANELAS - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO - COMPLEXO DE GOLGI - ENDOCITOSE - EXOCITOSE - Estrutura dos Peroxissomos Degradadores de Gorduras e Detoxificadores Celulares exemplo: Em células do fígado, os peroxissomos desempenham um papel importante na degradação do álcool ingerido, protegendo o organismo dos efeitos tóxicos do etanol. Catalase A catalase é uma enzima encontrada em quase todas as células expostas ao oxigênio, incluindo células humanas. Sua principal função é proteger a célula contra os danos causados pelos radicais livres, especificamente o peróxido de hidrogênio (H₂O₂), que é uma substância tóxica produzida como um subproduto do metabolismo celular. Endossomas: Endossomas são organelas envolvidas no transporte de material dentro da célula, funcionando como "estações de triagem" para moléculas capturadas do meio extracelular e moléculas recicladas da membrana plasmática. Função: Transporte Intracelular: Recebem material endocitado da membrana plasmática e direcionam para os lisossomos ou para outras regiões da célula. Regulação da Membrana Plasmática: Controlam a reciclagem de receptores e outras proteínas de volta à membrana, regulando a composição da superfície celular. Tipos de Endossomas: Endossomas Precoces: Primeira parada de material endocitado, onde ocorre a triagem inicial. Endossomas Tardios: Conduzem material a ser degradado para os lisossomos. Centros de Triagem e Transporte de Material Celular Micrografia eletrônica evidenciando um peroxissomo e sua íntima associação com uma mitocôndria e cloroplastos, facilitando as trocas de metabólitos para a realização da fotorrespiração. Esquema da continuidade rota endocítica. O material endocitado é transportado para o endossomo inicial. O endossomo inicial pode sofrer maturação ou, alternativamente formar vesículas de transporte que se fundem ao endossomo tardio. Esta organela, recebe enzimas hidrolíticas vindas do complexo de Golgi, funde-se momentaneamente ao lisossomo, formando uma organela híbrida temporária, o endolisossomo. Após separação, o material endocitado é finalmente completamente digerido nos lisossomos. Esquema de digestão intracelular no qual os ligantes (como o EGF) não se desligam dos seus receptores no endossomo inicial. Neste caso, eles são encaminhados ao endossomo tardio e, após um processo de invaginação da membrana, são totalmente digeridos no lisossomo. Via Endocítica: A via endocítica é o processo pelo qual as células capturam e degradam material extracelular. Envolve a captura de fluidos, macromoléculas e, em alguns casos, outras células do meio extracelular. Como ocorre a endocitose: A endocitose é o processo inicial dessa via, no qual a célula realiza invaginações ou evaginações da membrana plasmática para formar vesículas citoplasmáticas denominadas vesículas de endocitose. Essas vesículas transportam o material capturado para o interior da célula. Digestão intracelular: endossomas, lisossomas e peroxissomas Competência 1 Semana 3 - Autoestudo DIGESTÃO CELULAR - ENDOSSOMAS - LISOSSOMAS - PEROXISSOMAS - AUTOFAGIA - ORGANELAS - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO - COMPLEXO DE GOLGI - ENDOCITOSE - EXOCITOSE - O caminho da degradação Rota de transporte intracelular: Endossomos O papel dos endossomos: As vesículas de endocitose se fundem com compartimentos chamados endossomos. Os endossomos atuam como estações de triagem que determinam o destino do material endocitado antes de chegar aos lisossomos. Tipos de Endossomos Endossomos Primários (ou Precoces): Localizados na periferia do citoplasma. Recebem as vesículas de endocitose e apresentam um ambiente ácido, promovido por bombas de prótons na membrana. A acidez facilita a separação entre o material endocitado e os receptores de membrana. Endossomos de Reciclagem: Formados a partir dos endossomos primários, enviam de volta à membrana plasmática os receptores e proteínas que não serão degradados. Endossomos tardios: Localizados mais próximos do complexo de Golgi e do núcleo celular, recebem as vesículas de endocitose que transportam o material a ser degradado. Têm um pH mais ácido do que os endossomos primários devido à presença de mais bombas de prótons. Transformação de Endossomos Tardios em Lisossomos Fusão com Lisossomos: As vesículas contendo enzimas hidrolíticas (produzidas no complexo de Golgi e transportadas por vesículas ligadas a receptores de manose-6-fosfato) se fundem com os endossomos tardios. Essa fusão torna o ambiente dos endossomos tardios ainda mais ácido (pH em torno de 5). Diferença entre Endossomos Tardios e Lisossomos: Os endossomos tardios se tornam lisossomos quando recebem as enzimas hidrolíticas e atingem o pH ideal para a digestão intracelular. Ou seja, o endossomo tardio passa a ser chamado de lisossomo após essa transformação. Digestão Intracelular nos Lisossomos Processo de Degradação: No interior dos lisossomos, ocorre a degradação do material endocitado. As enzimas hidrolíticas, em um ambiente ácido, quebram macromoléculas em componentes menores, como aminoácidos, monossacarídeos e ácidos graxos. Transporte dos Produtos da Digestão: Os produtos finais da digestão (aminoácidos, monossacarídeos, ácidos graxos) são transportados para o citoplasma por proteínas transportadoras presentes na membrana do lisossomo, onde serão reutilizados na síntese de novas moléculas. Esquema simplificado do processo de endocitose . Esquema do sistema de endomembranas na digestão celular Autofagia A autofagia é um processo de degradação intracelular pelo qual a célula elimina organelas danificadas ou desnecessárias e outros componentes citoplasmáticos, garantindo a manutenção do equilíbrio celular (homeostase). Essa degradação ocorre através da ação dos lisossomos, organelas que contêm enzimas digestivas especializadas. Importância da autofagia: A autofagia é crucial para a reciclagem de componentes celulares, como proteínas e lipídios, que são degradados em elementos básicos (aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos) utilizados para a síntese de novas moléculas e produção de energia (ATP). Além disso, ajuda a controlar o acúmulo de agregados proteicos e organelas defeituosas, especialmente em situações de estresse celular (como escassez de nutrientes, hipóxia, temperaturas extremas ou infecções). Digestão intracelular: endossomas, lisossomas e peroxissomas Competência 1 Semana 3 - Autoestudo DIGESTÃO CELULAR - ENDOSSOMAS - LISOSSOMAS - PEROXISSOMAS - AUTOFAGIA - ORGANELAS - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO - COMPLEXO DE GOLGI - ENDOCITOSE - EXOCITOSE - Processo de Autofagia Formação do Autofagossomo: A autofagia começa com a formação de uma membrana de dupla bicamada lipídica que se expande ao redor dos componentes celulares que precisam ser degradados, como organelas danificadas (ex.: mitocôndrias fraturadas). Esse processo resulta na formação de uma estrutura chamada vacúolo autofágico ou autofagossomo. fusão com o lisossomo: O autofagossomo se funde com um lisossomo, formando um autolisossomo. No autolisossomo, o conteúdo é degradado pelas enzimas hidrolases presentes no lisossomo, convertendo os componentes celulares em monômeros básicos (aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos), que são então liberados no citosol para seremreutilizados pela célula. Regulação e Funções Adicionais da Autofagia Proteção Contra a Autodigestão: Uma dúvida comum é por que os lisossomos não digerem a si próprios. A resposta está na presença de um grande número de grupos de carboidratos (açúcares) ligados às proteínas da membrana do lisossomo, que as protegem da ação das enzimas digestivas internas. morte celular programada: Os lisossomos desempenham um papel importante na morte celular programada. Se muitas enzimas lisossômicas são liberadas simultaneamente, isso pode ser fatal para a célula. Esse mecanismo é usado em processos de desenvolvimento de organismos multicelulares, como a destruição das células da cauda de um girino durante sua metamorfose em sapo. Autofagia em Situações Fisiológicas e Patológicas Situações fisiológicas: A autofagia é induzida em situações normais, como o remodelamento estrutural durante o desenvolvimento do organismo. Por exemplo, durante o crescimento e diferenciação de tecidos. Situações Patológicas: Em processos patológicos, como doenças infecciosas e neurodegenerativas, a autofagia desempenha um papel importante. Em doenças neurodegenerativas (como Alzheimer, Huntington e Parkinson), há um defeito na maquinaria autofágica, resultando no acúmulo de proteínas tóxicas nos neurônios, contribuindo para a progressão da doença. Aspectos do processo autofágico: (a) estruturas celulares a serem digeridas; (b) formação da bicamada lipídica; (c) englobamento; (d) vacúolo autofágico; (e) aproximação do lisossomo do vacúolo; (f) fusão das membranas do lisossomo e do vacúolo; (g) liberação das enzimas hidrolíticas do lisossomo; (h) autolisossomo e (i) digestão termos importantes Autofagossomo: Estrutura de dupla membrana que engloba componentes celulares para degradação. Autolisossomo: Fusão do autofagossomo com o lisossomo, onde ocorre a degradação do conteúdo. Homeostase Celular: Equilíbrio interno da célula, mantido pela autofagia. Morte Celular Programada: Processo controlado em que células são eliminadas durante o desenvolvimento. Retículo Endoplasmático Liso (REL): O REL não possui ribossomos aderidos à sua membrana e se apresenta como uma rede de vesículas ou túbulos contorcidos. funções na célula: Síntese de Lipídios: O REL é essencial na produção de lipídios, incluindo esteroides, sendo abundante em células que secretam esses compostos. Desintoxicação Celular: Participa da desintoxicação de substâncias tóxicas, como medicamentos e álcool. Metabolização de Glicogênio: Está envolvido na conversão e no armazenamento de glicose na forma de glicogênio. Armazenamento de Íons Ca²⁺: Capta, armazena e libera íons cálcio (Ca²⁺), que são fundamentais para a contração muscular e outros processos celulares. Sistema de Endomembranas O sistema de endomembranas é um grupo de membranas e organelas das células eucarióticas que trabalham juntas para modificar, empacotar e transportar lipídios e proteínas. Esse sistema inclui o envoltório nuclear, os lisossomos, o retículo endoplasmático (RE) e o complexo de Golgi. Essas organelas são fundamentais para a digestão intracelular e outros processos vitais da célula. Comunicação entre as Organelas: As organelas do sistema de endomembranas se comunicam de forma direta ou por meio de vesículas de transporte que transportam materiais de uma organela para outra, facilitando a movimentação de lipídios e proteínas dentro da célula. Digestão intracelular: endossomas, lisossomas e peroxissomas Competência 1 Semana 3 - Autoestudo DIGESTÃO CELULAR - ENDOSSOMAS - LISOSSOMAS - PEROXISSOMAS - AUTOFAGIA - ORGANELAS - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO - COMPLEXO DE GOLGI - ENDOCITOSE - EXOCITOSE - Retículo Endoplasmático (RE) O retículo endoplasmático é uma rede de membranas que delimita cavidades chamadas cisternas ou lúmen, e é dividido em dois tipos principais: o retículo endoplasmático rugoso (RER) e o retículo endoplasmático liso (REL). Retículo Endoplasmático Rugoso (RER): O RER é chamado de "rugoso" porque possui ribossomos aderidos à sua membrana pela face citoplasmática das cisternas. Esses ribossomos são responsáveis pela síntese de proteínas. Função na digestão intracelular: As proteínas sintetizadas no RER podem ter vários destinos: Permanecer no próprio retículo. Continuar no sistema de membranas, sendo transportadas para o complexo de Golgi para processamento adicional. Formar lisossomos, que são organelas envolvidas na digestão celular. Compor a membrana plasmática ou ser secretadas pelas células. Exemplo de abundância: O RER é abundante em células que produzem e secretam grandes quantidades de proteínas, como células secretoras de anticorpos. termos importantes Sistema de Endomembranas: Envoltório nuclear, lisossomos, RE (rugoso e liso), complexo de Golgi. Retículo Endoplasmático Rugoso (RER): Síntese de proteínas, ribossomos aderidos. Retículo Endoplasmático Liso (REL): Síntese de lipídios, desintoxicação, metabolização de glicogênio, armazenamento de Ca²⁺. Lisossomos: Digestão intracelular, degradação de macromoléculas. Complexo de Golgi: Modificação, empacotamento e transporte de proteínas e lipídios. Sistema da endomembrana e seus componentes Organização do RE — RER e REL. Observe a representação dos ribossomos aderidos à face citoplasmática da membrana do RER. Microscopia eletrônica de transmissão mostrando (a) célula secretora de anticorpos (rico em RER) e (b) célula secretora de hormônio (rico em REL). Observe a organização/ aspecto das cisternas e a abundância de RER ou REL (indicados pelas setas) e dos ribossomos aderidos à membrana do RER. Cisterna trans: Onde se acumulam os produtos de secreção já maduros e prontos para serem distribuídos para outros destinos na célula. Rede trans: Formada pelas vesículas que brotam da cisterna trans, direcionando os produtos processados para a membrana plasmática, endossomos ou lisossomos. Função do Complexo de Golgi na Digestão Intracelular enzimas hidrolíticas lisossômicas: As enzimas hidrolíticas necessárias para a digestão intracelular são inicialmente fabricadas no retículo endoplasmático rugoso (RER). Estas enzimas, ainda inativas, são transferidas em vesículas de transporte para a face cis do Complexo de Golgi. No interior do Golgi, essas enzimas passam por processamento adicional, onde são ativadas e transformadas para que possam desempenhar suas funções digestivas. Estrutura do Complexo de Golgi Cisternas de Golgi: O Complexo de Golgi é composto por sacos membranosos achatados e empilhados, conhecidos como cisternas de Golgi. Cada unidade do Golgi, chamada de dictiossomo, é composta de 3 a 8 cisternas empilhadas. Apesar de estarem próximas, as cisternas não apresentam continuidade física entre si. Essa estrutura permite uma organização eficiente para o processamento de proteínas e lipídios. Faces do Golgi: A pilha de cisternas adota uma forma curva que se assemelha a uma pilha de pratos: Face cis (convexa): Voltada para o RER e recebe vesículas transportadoras carregadas de proteínas e lipídios recém- sintetizados. Face trans (côncava): Voltada para a membrana plasmática, onde as moléculas processadas são embaladas e distribuídas para seus destinos finais. Organização Funcional do Complexo de Golgi O Complexo de Golgi é dividido em diferentes compartimentos, cada um desempenhando um papel específico no processamento de moléculas: Rede cis: Formada pelo acúmulo de vesículas transportadoras provenientes do RER. É a primeira estação de entrada para as moléculas a serem processadas. Cisterna cis: Formada pela fusão gradual das vesículas que compõem a rede cis. Aqui, começam as primeiras modificações nas moléculas. Cisternas médias: Uma ou mais cisternas fisicamente independentes dos outros componentes do dictiossomo, onde ocorre o processamento intermediário das moléculas. Digestão intracelular: endossomas, lisossomas e peroxissomas Competência 1 Semana 3 - Autoestudo DIGESTÃO CELULAR - ENDOSSOMAS - LISOSSOMAS - PEROXISSOMAS - AUTOFAGIA - ORGANELAS - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO - COMPLEXODE GOLGI - ENDOCITOSE - EXOCITOSE - Processamento de Moléculas no Golgi modificações químicas: Em cada um dos compartimentos do Golgi, há diferentes enzimas que agem sobre as moléculas em trânsito. Elas podem adicionar ou remover grupamentos químicos, como sulfato, fosfato e resíduos de açúcar. Essas modificações são essenciais para tornar as moléculas biologicamente ativas, preparando-as para suas funções específicas. Destinos das Moléculas Processadas pelo Golgi Face trans: Depois de processadas, as moléculas são liberadas na face trans do Complexo de Golgi. A partir daí, elas são enviadas para seus destinos funcionais, que podem incluir: Membrana Plasmática: Para serem incorporadas à membrana celular. Endossomos: Compartimentos celulares que atuam no transporte e na classificação de materiais. Lisossomos: Onde desempenham funções digestivas importantes, como a degradação de macromoléculas. (a) Representação do complexo de Golgi — observe a face cis (voltada para o RER), de entrada de substâncias no complexo de Golgi, e trans (voltada para a membrana plasmática), de saída de substâncias do complexo de Golgi. (b) Célula do estômago produtora de muco — observe a estrutura celular e a disposição do sistema de endomembranas e vesículas de secreção. (c) Complexo de Golgi em microscopia eletrônica de transmissão. Peroxissomos Os peroxissomos são organelas envolvidas por uma única membrana e não contêm DNA nem ribossomos. Isso significa que todas as proteínas necessárias para seu funcionamento precisam ser importadas do citosol, o fluido dentro da célula. principais enzimas: As enzimas presentes nos peroxissomos incluem: Catalase: Importante para decompor o peróxido de hidrogênio (H₂O₂) em água e oxigênio. Urate Oxidase, D-aminoácido Oxidase: Participam de reações oxidativas variadas. Enzimas da Betaoxidação: Responsáveis pela degradação de ácidos graxos. funções dos peroxissomos: Nas células animais, os peroxissomos são essenciais para: Biossíntese de glicerolipídios, colesterol e dolicol: Componentes essenciais das membranas celulares e outros processos biológicos. Reações Oxidativas: Produzem espécies reativas de oxigênio (ROS), como o peróxido de hidrogênio (H₂O₂). Estas espécies são controladas e neutralizadas pela catalase para evitar danos celulares. Transporte e Digestão Celular Via secretora Transporte de Macromoléculas: O transporte de proteínas, lipídios e polissacarídeos do Complexo de Golgi para seus destinos finais ocorre através da via secretora. O processo começa com o empacotamento das macromoléculas, que brotam da face trans do Golgi e são encaminhadas aos locais apropriados. Tipos de secreção Secreção Contínua (Constitutiva): Ocorre em todas as células, de forma ininterrupta, sem necessidade de sinalização extracelular. Exemplos incluem a secreção de proteínas séricas pelos hepatócitos e de colágeno pelos fibroblastos. Secreção Regulada: Depende de um sinal extracelular, como neurotransmissores ou hormônios. Na rede trans do Golgi, as proteínas são selecionadas com base em sequências de sinal específicas, formando vesículas de secreção especializadas. Essas vesículas aguardam um sinal para liberar seu conteúdo por exocitose (processo mediado pelos microtúbulos). Digestão intracelular: endossomas, lisossomas e peroxissomas Competência 1 Semana 3 - Autoestudo DIGESTÃO CELULAR - ENDOSSOMAS - LISOSSOMAS - PEROXISSOMAS - AUTOFAGIA - ORGANELAS - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO - COMPLEXO DE GOLGI - ENDOCITOSE - EXOCITOSE - Endocitose e Exocitose Endocitose Processo de captura de moléculas extracelulares, partículas ou células inteiras, levando-as para o interior da célula. tIPOS DE ENDOCITOSE: Fagocitose: Englobamento de grandes partículas, como microrganismos e células mortas, formando grandes vesículas chamadas fagossomos. Predominante em células especializadas, como macrófagos e neutrófilos. Pinocitose: Entrada contínua de líquidos e pequenas moléculas dissolvidas. Forma pequenas vesículas pinocíticas que capturam o material. Endocitose Mediada por Receptores: Envolve a captura de moléculas específicas através de receptores na membrana plasmática, formando vesículas revestidas. Exocitose Processo de eliminação de resíduos ou liberação de substâncias ativas da célula para o meio extracelular. Importante tanto para a secreção de substâncias quanto para a eliminação dos restos da digestão intracelular. (a) Representação dos processos de endocitose celular: fagocitose, pinocitose e endocitose mediada por receptores. (b) Detalhe do processo de formação do fagossomo – observe a reorganização do citoesqueleto na formação dos pseudópodes. Diagrama mostrando como a célula transporta moléculas — endocitose (englobamento de partículas) e exocitose (liberação de partículas no meio extracelular). Digestão Intracelular fagossomos: Formados quando uma célula fagocita (engole) um microrganismo ou partícula. Estes se fundem com lisossomos para formar fagolisossomos. lisossomos: Contêm enzimas hidrolíticas que degradam o material fagocitado. Quando um lisossomo se funde com um fagossomo, ele forma um fagolisossomo onde ocorre a digestão. digestão e exocitose de resíduos: Após a digestão, os resíduos são armazenados em vesículas chamadas lisossomos terciários e eventualmente exocitados (eliminados) da célula. Exemplo de Função Celular Imune Fagocitose por Células Imunes: As células do sistema imunológico, como os macrófagos, utilizam a fagocitose para eliminar patógenos. Etapas: Reconhecimento: O patógeno é reconhecido por um receptor específico na membrana celular. 1. Englobamento: A célula estende pseudópodes para envolver o patógeno, formando o fagossomo. 2. Fusão com Lisossomos: Os lisossomos se fundem com o fagossomo, formando um fagolisossomo e liberando enzimas hidrolíticas para destruir o patógeno. 3. Eliminação dos Resíduos: Os resíduos são expelidos da célula por exocitose. 4. Digestão intracelular: endossomas, lisossomas e peroxissomas Competência 1 Semana 3 - Autoestudo DIGESTÃO CELULAR - ENDOSSOMAS - LISOSSOMAS - PEROXISSOMAS - AUTOFAGIA - ORGANELAS - RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO - COMPLEXO DE GOLGI - ENDOCITOSE - EXOCITOSE - Os peroxissomos e os processos de transporte de substâncias (endocitose e exocitose) são essenciais para a manutenção celular, metabolismo de lipídios, e resposta imunológica. Compreender esses mecanismos é crucial para entender como as células interagem com seu ambiente e mantêm seu equilíbrio interno. termos importantes Peroxissomos: Enzimas oxidativas, controle de espécies reativas de oxigênio (ROS), biossíntese de lipídios. Transporte Celular: Via secretora, secreção contínua e regulada, exocitose. Endocitose: Fagocitose, pinocitose, endocitose mediada por receptores. Digestão Intracelular: Fagossomos, lisossomos, fagolisossomos, exocitose. Célula do sistema imune na eliminação de um microrganismo patógeno. Complexo de Golgi O Complexo de Golgi é uma organela membranosa presente tanto em células animais quanto vegetais. Consiste em discos achatados e empilhados, conhecidos como cisternas, que atuam como uma espécie de "agência dos correios" da célula, processando, empacotando e distribuindo moléculas, como proteínas e lipídios, para diferentes destinos dentro e fora da célula. Importância: Essencial no processamento de proteínas, no metabolismo de lipídeos, e na síntese de componentes da parede celular em plantas. estrutura do complexo de golgi: Cisternas: São membranas achatadas e empilhadas que compõem o Complexo de Golgi. Cada pilha geralmente possui de quatro a seis cisternas, mas alguns organismos podem ter até 20. Localização: Em células animais, o Complexo de Golgi está geralmente próximo ao núcleo e ao centrossomo; em células vegetais, múltiplas pilhas de Golgi estão dispersas pelo citoplasma. Faces do Golgi Face cis: Próxima ao retículo endoplasmático (RE) e funciona como ponto de entrada. Face trans: Voltada para a membrana plasmática, funcionando como ponto de saída para moléculas processadas.