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CÂNCER DE PULMÃO Universidade de Mogi das Cruzes São Paulo/SP EPIDEMIOLOGIA Neoplasia mais frequente Principal causa de morte por câncer em todo o mundo A maior tragédia é que a maioria destas mortes poderia ter sido evitada, uma vez que o maior agente causal é conhecido Câncer de Pulmão FATORES DE RISCO Risco do câncer de pulmão – resultado de uma interação entre a exposição ao agente etiológico e a suscetibilidade individual para o desenvolvimento da doença Porcentagem da contribuição de cada um dos fatores de risco Tabagismo - 90% Exposição ocupacional – 10% a 15% Gás radônio – 10% Poluição ambiental – 1% a 2% Componente das fibras do asbesto Câncer de Pulmão FATORES DE RISCO O risco de um indivíduo fumante desenvolver câncer é de 20 a 30 vezes maior que o indivíduo não fumante Determinação da carga tabágica de cada fumante, que é calculada pelo número de maços-ano Multiplica-se o número de maços de cigarro consumido por dia pelo número de anos de exposição ao tabaco. Ex:. o indivíduo que fumou dois maços por ano, durante 20 anos, tem a mesma carga tabágica daquele que fumou um maço por ano durante 40 anos Ex-fumante é considerado aquele indivíduo que cessou o tabagismo há pelo menos 12 meses Câncer de Pulmão FATORES DE RISCO O tabagismo passivo é um fator de risco para câncer de pulmão Dados nacionais estimam que pessoas expostas à fumaça do cigarro apenas em ambiente domiciliar apresentam o risco de morrer por câncer de pulmão de cerca de 25% maior que os não expostos Câncer de Pulmão Câncer de Pulmão FATORES DE RISCO Câncer de Pulmão FATORES DE RISCO Câncer de Pulmão FATORES DE RISCO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Apenas 15 a 20% de todos os casos de câncer de pulmão manifestam-se sob a forma de doença localizada – estadios I e II Paciente assintomático e o diagnóstico é feito de forma incidental – achado de exame radiológico Os sinais e sintomas do câncer de pulmão, traduzem a presença de doença avançada – estádio III ou metastática – estádio IV Câncer de Pulmão MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Tumores de localização central Tosse, hemoptise, sibilos localizados ou dispnéia por causa do comprometimento brônquico Disfagia por infiltração do esôfago Rouquidão por comprometimento do nervo laríngeo recorrente no mediastino do lado esquerdo Síndrome da veias cava superior, pelo comprometimento desse vaso Quilotórax, quando o ducto torácico está envolvido Palpitação, síncope ou manifestações de tamponamento cardíaco quando o pericárdio e/ou coração estiverem infiltrados pela doença Câncer de Pulmão MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Tumores de localização periférica Geralmente assintomáticos Comprometimento da parede torácica pode causar dor, dispneia, tosse por invasão direta da parede do tórax, derrame pleural ou pneumotórax Câncer de Pulmão MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Tumores apicais Dor no ombro com irradiação para o membro superior Parestesia em membro superior Hipotrofia da musculatura intrínseca da mão (invasão da parede torácica ou do plexo braquial) Câncer de Pulmão MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Metástases Sistema nervoso central – cefaléia, tontura, alterações visuais, convulsões, transtornos de comportamento entre outros Fígado e glândulas adrenais – assintomático e detectadas apenas nos exames de estadiamento Ossos – dor Próprio pulmão Câncer de Pulmão MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Câncer de Pulmão DIAGNÓSTICO Radiografia simples de tórax TC do tórax – pode apresentar um nódulo pulmonar solitário até massas volumosas ocupando boa parte do tórax e com invasão de estruturas adjacentes Presença de imagem nodular espiculada em um indivíduo fumante e acima dos cinquenta anos levanta-se suspeita de carcinoma pulmonar Câncer de Pulmão DIAGNÓSTICO Câncer de Pulmão DIAGNÓSTICO Análise histológica Broncoscopia – para lesões de localização central onde o broncoscópio consegue chegar e coletar o material Realizado ambulatorialmente sob anestesia local e sedação Também é possível verificar a presença de paralisia de corda vocal pelo comprometimento mediastinal do nervo laríngeo Câncer de Pulmão DIAGNÓSTICO Câncer de Pulmão DIAGNÓSTICO Análise histológica Punção transcutânea guiada pela TC – para lesões de localização periférica Introdução de uma agulha através da pele do tórax até se atingir o tumor para coleta do material que será envido para exame histológico Realizado ambulatorialmente Pneumotórax e sangramento são as principais complicações Câncer de Pulmão DIAGNÓSTICO Análise histológica Exames mais invasivos – biópsia pleural, biópsia de linfonodos cervicais, ou em fossa supraclavicular Mediastinoscopia – acesso a linfonodos Videotoracoscopia – realizado sob anestesia geral, permite acesso a cavidade pleural e biópsia de lesões pulmonares periféricas Toracotomia – para os casos em que os outros meios foram ineficientes para a obtenção do material Câncer de Pulmão DIAGNÓSTICO Câncer de Pulmão TIPOS HISTOLÓGICOS Divide-se o câncer de pulmão em dois grupos Carcinomas de células não pequenas – mais comuns e representam cerca de 80% dos casos Adenocarcinoma (glândulas) Carcinoma epidermoide (brônquios) Carcinoma de células grandes (pulmão) Carcinomas de células pequenas – são menos comuns e representam cerca de 20% dos casos e apresentam comportamento biológico extremamente agressivo, com alto poder metastático Câncer de Pulmão Determinação da extensão anatômica do câncer, baseia-se no sistema TNM T – representa as características do tumor primário N – as características do comprometimento dos linfonodos mediastinais M – presença de metástases à distância Com base nestas características classificamos o câncer de pulmão em sete estádios: IA, IB, IIA, IIB, IIIA, IIIB e IV Câncer de Pulmão ESTADIAMENTO Câncer de Pulmão ESTADIAMENTO Câncer de Pulmão ESTADIAMENTO Câncer de Pulmão ESTADIAMENTO Estádio clínico I e II (doença localizada) – representam cerca de 15% a 20% dos casos Estádio clínico III (doença localmente avançada) – 30% dos casos Estádio clínico IV (doença metastática) – 50% dos casos Câncer de Pulmão ESTADIAMENTO TC de tórax – fornece informações sobre as características do tumor e dos linfonodos mediastinais – fundamental para o estadiamento TC de abdome superior, cintilografia óssea e RNM do cérebro – ossos, cérebro, fígado e o próprio pulmão são os principais locais comprometidos pela metástase Câncer de Pulmão DEFINIÇÃO DO ESTADIAMENTO Cirurgia Radioterapia Quimioterapia Câncer de Pulmão TRATAMENTO Para a escolha do tratamento é necessário saber se o câncer é do tipo de células pequenas ou do tipo de células não pequenas Células pequenas por seu alto potencial metastático – quimioterapia é o principal recurso terapêutico Células não pequenas – necessário saber o estadiamento clínico Câncer de Pulmão TRATAMENTO Estadio clínico I e II – tumores restritos ao pulmão, a cirurgia é o primeiro recurso a ser empregado Retirada de todo o lobo onde se originou o tumor – lobectomia Necessita-se a remoção de todo o lobo pela drenagem linfática do pulmão Ressecções menores (segmentectomia ou ressecções em cunha são associadas a maior recidiva local Pneumectomia pode ser necessária dependendo do tamanho do tumor Ressecção dos linfonodos mediastinais homolaterais ao tumor é fundamental, realizadas sempre em conjunto com a lobectomia ou pneumectomia Câncer de Pulmão TRATAMENTO Câncer de Pulmão TRATAMENTO Câncer de Pulmão TRATAMENTO Para maioria destes pacientes submetidos à ressecção cirúrgica completa, a recidiva ocorre em torno de 50% dos casos em formade metástases à distância – para redução do risco de recorrência e aumentar as chances de sobrevida utiliza-se a quimioterapia adjuvante Estadio clínico I – sobrevida em cinco anos é de 70% Estadio clínico II – sobrevida em cinco anos é de 60% Câncer de Pulmão TRATAMENTO Estadio clínico III – tumores denominados localmente avançados, são as neoplasias restritas ao tórax mas já estendendo-se além do parienquima pulmonar IIIA – compreendem os linfonodos mediastinais: radioterapia para o controle local e a quimioterapia para o controle da doença micrometastática Expectativa de sobrevida em cinco anos – 20% a 30% IIIB – extenso comprometimento de órgãos adjacentes ao pulmão (esôfago, grandes vasos mediastinais, coração e vértebras): radioterapia com a quimioterapia Expectativa de sobrevida em cinco anos – 15% a 20% Câncer de Pulmão TRATAMENTO Estadio clínico IV – caracterizados por metástase à distância (ossos, cérebro, fígado, pulmões e adrenais) Devido ao comprometimento sistêmico a quimioterapia é o tratamento de escolha Câncer de Pulmão TRATAMENTO Câncer de Pulmão Câncer de Pulmão Câncer de Pulmão Câncer de Pulmão REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UEHARA, C., JAMNIK, S., SANTORO, I. L. Câncer de Pulmão. Medicina, Ribeirão Preto, 31: 266-276, abr./jun. 1998. LOPES A, CHAMMAS R, IYEYASU H. Oncologia para Graduação. 3ª ed. São Paulo, Lemar, 2013. Câncer de Pulmão Câncer de Pulmão OBRIGADA! Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42