Buscar

Asma: Definição, Fisiopatologia e Diagnóstico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ASMA (JOANNA D’ARC BATISTA PEDROLONGO – MAR/2020)
DEFINIÇÃO 
• Doença INFLAMATÓRIA crônica. 
• HIPERRESPONSIVIDADE das vias aéreas inferiores + 
LIMITAÇÃO variável ao fluxo aéreo. 
• REVERSÍVEL espontaneamente ou com tratamento. 
• Episódios recorrentes de SIBILÂNCIA, DISPNEIA, 
APERTO NO PEITO e TOSSE. 
• Principalmente à noite e ao acordar. 
FISIOPATOLOGIA 
• Multifatorial. 
• Fatores genéticos, imunológicos e ambientais 
predispões evolução em INDIVÍDUO SUSCEPTÍVEL. 
• Prevalência de mastócitos, eosinófilos e linfócitos 
nas vias aéreas. 
 
• Ao longo do tempo, altera estruturas das vias 
aéreas. 
CLÍNICA 
ANAMNESE 
• 75% diagnosticados com <7 anos. 
• Grande parte resolve na puberdade. 
TRÍADE CLÍNICA 
 
Durante a crise: aperto no peito e desconforto torácico. 
HISTÓRIA FAMILIAR: fundamental. História de atopia: 
• Asma 
• Sinusite 
• Rinite 
• Dermatite atópica 
• Polipose nasal. 
HISTÓRIA SOCIAL: 
• Características da residência, escola ou local de 
trabalho 
• Tabagismo 
• Profissão 
• Drogas ilícitas 
• Suporte social 
• Aderência terapêutica. 
EXACERBAÇÕES: 
• Sinais e sintomas prodrômicos 
• Frequência 
• Necessidade de atendimento de 
emergência/hospitalização 
• Doenças associadas 
FATORES SUGESTIVOS DE ASMA: 
• Sazonalidade 
• Crises desencadeadas por alérgenos 
• Poluentes ou exercício 
• História familiar 
• HP de atopia 
• Exacerbações mais comuns à noite 
• Responde aos broncodilatadores 
• Exacerbação desencadeada por AAS ou 
betabloqueador 
FATORES DE RISCO: 
• HF de asma 
• Masculino (infância) ou feminino (> 40) 
• Hiperresponsividade brônquica 
• Ige elevado 
• Dermatite atópica 
• Rinite alérgica 
• Poluição 
• Ácaros 
• Alérgenos de baratas 
• Tabagismo ativo/passivo 
• Obesidade 
EXAME FÍSICO 
Fora da crise: ASSINTOMÁTICO com EXAME FÍSICO 
NORMAL. 
SIBILOS: 
• AGUDOS e DIFUSOS (característicos, mas não 
específicos). 
• Normalmente AUSENTES NA CRISE. 
• Principalmente EXPIRATÓRIOS. 
Eventos inflamatórios
Alteração da função da musculatura lisa
Broncoconstrição reversível
Sintomas
Dispenia Sibilância Tosse
• Sons e localizações VARIÁVEIS durante ciclo 
respiratório (≠ obstrução brônquica por corpo 
estranho ou CA: mantém o tom, começa e acaba no 
mesmo ponto do ciclo respiratório). 
Sinais de OBSTRUÇÃO SEVERA: 
• Taquipneia 
• Taquicardia 
• ↑ Fase expiratóra 
• Musculatura acessória 
• Pulso paradoxal 
SILÊNCIO RESPIRATÓRIO ≠ melhora clínica: 
 
Tratamento deve ser intensificado. 
MANIFESTAÇÕES EXTRAPULMONARES: 
• Membranas de cavidade nasal pálidas e inchadas 
(sinal de rinite alérgica, comumente associada com 
asma) 
• Dermatite atópica (pode estar presente em adultos 
com asma, na infância é fator de risco) 
DIAGNÓSTICO 
ESPIROMETRIA (PROVA DE FUNÇÃO PULMONAR) 
Indicado em casos suspeitos para determinar DIAGNÓSTICO, 
GRAVIDADE e ACOMPANHAR TRATAMENTO. 
Objetivo: demonstra LIMITAÇÃO AO FLUXO AÉREO e 
REVERSIBILIDADE por prova broncodilatadora 
(caracterizando a asma). 
ALTERAÇÕES ESPERADAS 
ÍNDICE DE TIFFENAU (VEF1/CVF) < 70% - é o principal 
marcador de distúrbios obstrutivos. CVF (capacidade vital 
forçada expiratória) é volume máximo de ar exalado com 
esforço máximo, desse total, o que for exalado no 1º 
segundo é o VEF1 (volume expiratório forçado no 1º 
segundo). Deve ser AVALIADO ANTES DE USO DE 
BRONCODILATADOR, pois a VEF1 pode estar diminuída por 
outras causas (ex.: distúrbios restritivos). 
VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO 1º SEGUNDO (VEF1) < 
80%. 
PROVA BRONCODILATADORA POSITIVA. ↑ 200 ml e 12% na 
VEF1 após broncodilatador (200-400 mcg de salbutamol). 
Pacientes em tratamento podem não demonstrar 
reversibilidade. 
↓ FLUXO EXPIRATÓRIO MÉDIO (FEF 25-75%). Alteração 
precoce, pode aparecer mesmo com Tiffenau normal, mas 
não deve ser usado isoladamente no diagnóstico. 
PROVA BRONCOCONSTRITORA COM METACOLINA. Positiva 
se ↓ VEF1 > 20%. Pode ser usada para aumentar a 
sensibilidade do exame. Pouco específico, também é positivo 
em condições não asmáticas com hiperresponsividade 
(rinite, DPOC, bronquiectasia e fibrose cística). 
OUTROS 
MONITORIZAÇÃO DO PEAK FLOW (PEF). Peak Flow é 
o aparelho usado para medir o pico de fluxo expiratório, 
VELOCIDADE MÁXIMA ALCANÇADA PELO AR NA 
EXPIRAÇÃO. Usado principalmente para monitorização 
terapêutica – comparação evolutiva da PEF durante crises ou 
presença de alérgenos. 
HEMOGRAMA. EOSINOFILIA > 4% (300-400/mcl) 
corrobora o diagnóstico (não é necessário). 
RX TÓRAX. Indicado na avaliação inicial em casos suspeitos. 
Avalia: 
• COMPLICAÇÕES ou CAUSAS ALTERNATIVAS de 
sibilância 
• PNEUMONIA em casos associados com febre 
• COMPLICAÇÕES DA CRISE AGUDA, como 
pneumotórax (suspeitar quando não houver 
resposta com terapia habitual) 
↑ IGE. Inespecífico, e quando normal não exclui 
diagnóstico. NÃO É INDICADO . 
TC DE TÓRAX. Se sintomas recorrentes e em suspeita de 
complicações (bronquiectasias, aspergilose broncopulmonar 
alérgica etc). 
CLASSIFICAÇÃO (GINA 2019) 
QUANTO A GRAVIDADE 
Nível de TRATAMENTO necessário para CONTROLAR 
sintomas e exacerbações. Avaliação feita após TRATAMENTO 
REGULAR POR VÁRIOS MESES. 
ASMA LEVE – STEP 1 OU STEP 2. Uso de MEDICAÇÃO DE 
ALÍVIO OU doses baixas de corticoide inalatório (CI) ou 
antagonistas de leucotrieno (ARLT). 
ASMA MODERADA – STEP 3. Associação de agonista b2-
adrenérgico de longa ação (LABA) + CI em baixa dose. 
ASMA GRAVE – STEP 4. Altas doses de CI + LABA, ou SEM 
CONTROLE mesmo com tratamento. 
Broncoconstrição generalizada
↓ intensa do fluxo respiratório
Ausência de sibilos
QUANTO AO CONTROLE 
Nas ÚLTIMAS 4 SEMANAS houve: 
• SINTOMAS DIURNOS > 2x/semana? 
• DESPERTAR NOTURNO devido a asma? 
• Uso de MEDICAÇÃO DE RESGATE > 2x/semana? 
• LIMITAÇÃO de atividades devido a asma? 
NÃO. Asma bem controlada. 
1 OU 2 RESPOSTAS POSITIVAS. Parcialmente controlada 
3 OU 4 RESPOSTAS POSITIVAS. Não controlada. 
ACOMPANHAMENTO 
SEGUIMENTO AMBULATORIAL 
Monitorar de 3 EM 3 MESES NO INÍCIO ATÉ CONTROLE 
adequado. 
CAUSAS COMUNS DE INSUCESSO: 
• Falta de adesão 
• Uso inadequado dos dispositivos inalatórios 
• Fatores agravantes persistentes (tabagismo, rinite, 
sinusite, DRGE, alérgenos, transtornos 
psicossociais) 
ENCAMINHAMENTO AO ESPECIALISTA 
• Diagnóstico duvidoso 
• Asma que piora durante a gestação 
• Suspeita de asma ocupacional 
• Refratariedade 
• Complicação por outras doenças (sinusite, rinite 
crônica, DRGE) 
• Adesão terapêutica limitada por problemas 
psicossociais 
INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO 
PROPÓSITO DA INTERNAÇÃO durante a crise: 
• OBSERVAÇÃO de perto 
• Disponibilidade de INTERVENÇÕES mais agressivas 
• Remover paciente de AMBIENTE com fatores 
desencadeantes que causam/pioram quadro 
• Garantir ADESÃO AO TRATAMENTO e repouso 
Internar se não houver melhora após 4-6 HORAS de cuidado, 
incluindo uso frequente de B-AGONISTA INALATÓRIO e 
GLICOCORTICOIDE ORAL. 
ABORDAGEM TERAPÊUTICA 
Varia com faixa etária. 
ADOLESCENTES E ADULTOS: 4 componentes essenciais. 
• MONITORAÇÃO (função pulmonar, exames de 
rotina) 
• RELAÇÃO médico-paciente (orientações, tirar 
dúvidas) 
• CONTROLE de fatores ambientais (gatilhos) e 
comorbidades agravantes 
• FÁRMACOS 
OBJETIVOS DO TRATAMENTO: ↓ GRAVIDADE 
(intensidade/frequência dos sintomas e limitação funcional) 
e RISCOS. 
↓ GRAVIDADE 
• Evitar SINTOMAS FREQUENTES/problemáticos 
(tosse, aperto no peito, sibilância, dispneia). 
• Uso de MEDICAÇÃO DE ALÍVIO ≤ 2 dias/semana 
• DESPERTAR NOTURNO ≤ 2 x/mês 
• Otimizar FUNÇÃO PULMONAR 
• Manutenção de ATIVIDADES COTIDIANAS 
↓ RISCO 
• Prevenir EXACERBAÇÕES recorrentes/necessidade 
de serviço de URGÊNCIA 
• Prevenir SUBDESENVOLVIMENTO pulmonar 
(crianças) e PERDA DE FUNÇÃO (adultos) 
• Otimizar FARMACOTERAPIA (↓ efeitos colaterais) 
EDUCANDO O PACIENTE 
• Objetiva torná-lo AGENTE ATIVO do manejo e 
controle da asma 
• Feito durantea CONSULTA e em AÇÕES 
CONJUNTAS com outros profissionais 
• ↓ HOSPITALIZAÇÕES 
• ↑ AUTONOMIA e SATISFAÇÃO com tratamento 
Os pacientes devem aprender/entender: 
• Monitorar SINTOMAS 
• Avaliar FUNÇÃO PULMONAR (medição doméstica 
da PEF) 
• Evitar exposição a FATORES DESENCADEANTES de 
crises 
• Uso e manipulação de 
MEDICAMENTOS/INALADORES 
FATORES GATILHOS 
DOMÉSTICOS: 
• Partículas liberadas por animais de estimação 
• Mofo 
• Poeira 
• Ácaros 
• Ratos 
• Baratas 
SAZONAIS: partículas liberadas durante a primavera (por 
árvores, gramíneas, ervas, pólen). 
IRRITATIVOS: 
• Fumaça de cigarro 
• Poluição 
• Forno à lenha 
• Perfumes 
• Produtos de limpeza 
• Pintura recente 
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL: 
• Agravação durante a semana de trabalho com 
substâncias irritativas 
• Melhora nos dias de folga 
SENSIBILIDADE A SULFITOS: 
• Camarão 
• Frutas secas 
• Batatas processadas 
• Cerveja 
• Vinho 
MEDICAÇÕES: 
• Betabloqueadores 
• IECA 
• Aspirina 
• AINE 
COMORBIDADES 
• DPOC 
• Enfisema pulmonar 
• Aspergilose broncopulmonar alérgica 
• DRGE 
• Rinite/sinusite alérgica 
• Obesidade 
• Apneia obstrutiva do sono 
• Depressão/estresse crônico 
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS. Pneumococo e influenza 
em indivíduos não vacinados. 
FARMACOTERAPIA 
CONSIDERAÇÕES 
• MENOR NÚMERO E DOSE de medicamentos 
necessários. 
• Escalonada de 1 A 5 (STEPS), com posologia 
progressiva. 
• Se paciente compensado após 3 a 6 meses: STEP 
DOWN (redução precoce = ↑ exacerbações) 
• Se descompensado: avaliar técnica e uso das 
medicações + comorbidades associadas antes de 
fazer STEP UP. 
• CORTICOIDES INALATÓRIOS (CI) são a base do 
tratamento – ao subir degraus, aumentar dose de CI 
+ associar outros fármacos (principalmente 
BRONCODILATADORES). 
• Pacientes bem controlados com CI+LABA (long-
acting b-agonist) não se beneficiam da retirada do 
LABA (step down) – mas manter a menor dose 
necessária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÁRMACOS DISPONÍVEIS 
CLASSE 
MEDICAMENTO/NOME 
COMERCIAL/APRESENTAÇÃO 
ADULTO CRIANÇA CONSIDERAÇÕES 
LABA (LONG-
ACTING B-
AGONIST) 
FUMARATO DE FORMOTEROL (FORADIL, FLUIR, 
FORMOCAPS) 
CÁPSULAS COM INALADOR (12 MCG) 
12-24 MCG/DIA, POR INALAÇÃO. 
MÁXIMA: 48 MCG/DIA. 
> 5 ANOS: 
12 MCG BID (MÁXIMO 24 MCG/DIA) 
IDOSOS: SEM RESTRIÇÕES; GESTAÇÃO: 
USO COM RISCO; LACTAÇÃO: 
LIBERADO. PROFILAXIA DE BRONCOESPASMO POR EXERCÍCIO/EXPOSIÇÃO A ALÉRGENO: 12 MCG 15 
MINUTOS ANTES. 
XINAFOATO DE SALMETEROL (SEVERENT) 
PÓ INALANTE (50 MCG/DOSE) 
50 MCG 12/12H 
MÁXIMO: 100 MCG/DOSE, BID. 
> 4 ANOS 
50 MCG 12/12 
IDOSOS: SEM RESTRIÇÕES; GESTAÇÃO: 
USO COM RISCO; LACTAÇÃO: 
LIBERADO. 
CI 
(CORTICOIDE 
INALATÓRIO) 
BECLOMETASONA 
PÓ PARA INALAÇÃO: 100/200/400 MCG (CLENIL, PULVINAL) 
SOLUÇÃO PARA NEBULIZAÇÃO: 400 MCG/ML (CLENIL A) 
AEROSSOL PRESSURIZADO: 50/100/200/250 MCG/JATO (CLENIL 
HFA) 
CÁPSULA COM PÓ INALAÇÃO E INALADOR: 200/400 MCG 
(MIFLASONA) 
AEROSSOL SPRAY NASAL: 250 MCG/JATO + ESPAÇADOR 
(BECLORT) 
CLENIL USUAL: 400 MCG 12/12 H OU 200 MCG 8/8 OU 6/6H. MÁXIMO: 
2000 MCG.. 
CLENIL A. USUAL: 1 FLACONETE (2 ML) DE 12/12 OU 24/24H. MÁXIMO: 
1600 MCG (2 FLACONETES) 
CLENIL HFA. USUAL: 200 MCG (4 JATOS) DE 12/12H. MÁXIMO: 800 MCG 
(15 JATOS)/DIA. 
MIFLASONA: USUAL: 200-400 MCG 2 X/DIA. MÁXIMO: 2000 MCG/DIA. 
BLECORT: INICIAL: 500 MCG (2 JATOS) 12/12 H. MÁXIMO: 8 JATOS/DIA. 
CLENIL: USUAL: 200 MCG 12/12. 
MÁXIMO (> 6 ANOS): 400 MCG (2 
DOSES DE 200 MCG). 
CLENIL A: USUAL: 1 ML A CADA 12 
OU 24H. MÁXIMO: 800 MCG (1 
FLACONETE) 
CLENIL HFA: USUAL: 100 MCG (2 
JATOS) DE 12/12H. MÁXIMO: 8 
JATOS/DIA. 
MIFLASONA: USUAL: 200 MCG 2 
X/DIA. MÁXIMO: 800 MCG/DIA. 
BLECORT: CONTRAINDICADO. 
IDOSOS: 
SEM 
RESTRIÇÕES; 
GESTAÇÃO: 
USO COM 
RISCO; 
LACTAÇÃO: 
LIBERADO. 
BUDESONIDA 
SUSPENSÃO INALATÓRIA NASAL: 
• 32 MCG/DOSE (BUDECORT AQUAL, BUSONID, INALAJET, INALIDE, NOEX) 
• 50 MCG/DOSE (BUSONID, NOEX) 
• 64 MCG/DOSE (BUDECORT AQUA, BUSONID, INALAJET, INALIDE, NOEX) 
• 100 MCG/DOSE (BUSONID, NOEX) 
SUSPENSÃO PARA NEBULIZAÇÃO: 0,25 MG/ML E 0,50 MG/ML – FRASCOS COM 2 ML (PULMICORT) 
PÓ INALANTE: 100/200 MCG/DOSE (PULMICORT) 
CÁPSULA COM INALADOR: 200/400 MCG (BUSONID) 
USUAL: 256 MCG/DIA (64 
MCG 2X OU 32 MCG 4X 
EM CADA NARINA). 
SUSPENSÃO PARA 
NEBULIZAÇÃO: 1-2 
MG/DIA. 
> 6 ANOS: 50 MCG/DOSE. 2 APLICAÇÕES EM CADA 
NARINA, 2 X/DIA OU 4 APLICAÇÕES EM CADA NARINA 
PELA MANHÃ (400 MCG/DIA) 
> 12 ANOS: 100 MCG/DOSE. 1 APLICAÇÃO EM CADA 
NARINA, 2 X/DIA OU 2 APLICAÇÕES EM CADA NARINA 1 
X/DIA (400 MCG/DIA) 
IDOSOS: SEM 
RESTRIÇÕES; 
GESTAÇÃO: 
USO COM 
CAUTELA; 
LACTAÇÃO: 
LIBERADO. 
FLUTICASONA 
PÓ INALATÓRIO: 
• 50 MCG/DOSE (FLIXOTE DISKUS) 
• 250 MCG/DOSE (FLIXOTIDE DISKUS, FLUTICAPS) 
SUSPENSÃO AEROSSOL: 50/250 MCG/DOSE (FLIXOTIDE SPRAY). 
SUSPENSÃO PARA NEBULIZAÇÃO: 0,25/1,0 MG/ML (FLIXOTIDE NEBULES) 
PÓ/SPRAY: 100-1000 MCG POR 
INALAÇÃO ORAL 2X/DIA. 
SUSPENSÃO PARA NEBULIZAÇÃO: 
500-2000 MCG POR INALAÇÃO 2 
X/DIA. 
> 4 ANOS: 
PÓ/SPRAY: 50-200 MCG POR INALAÇÃO ORAL 2X/DIA. 
SUSPENSÃO PARA NEBULIZAÇÃO: 1000 MCG POR 
INALAÇÃO 2X/DIA. 
1-4 ANOS (SPRAY): 100 MCG POR INALAÇÃO ORAL 
2X/DIA (COM ESPAÇADOR COM MÁSCARA) 
IDOSOS: SEM 
RESTRIÇÕES; 
GESTAÇÃO: 
USO COM 
CAUTELA; 
LACTAÇÃO: 
LIBERADO. 
LABA+CI 
FORMOTEROL+BUDESONIDA (SYMBICORT, ALENIA, DUETTO, VANNAIR, FORASEQ) 
PÓ INALANTE: 6 MCG + 100 MCG; 6 MCG + 200 MCG; 400 MCG + 12 MCG. 
SUSPENSÃO AEROSSOL: 6 MCG + 100 MCG; 6 MCG + 200 MCG. 
 
1-2 INALAÇÕES, 1-2 X/DIA. 
MÁXIMO: 4 INALAÇÕES. 
1-2 INALAÇÕES DE 6 + 100 MCG, 1-
2 X/DIA. 
MÁXIMO: 2 INALAÇÕES 2 X/DIA. 
IDOSOS: SEM RESTRIÇÕES; GESTAÇÃO: 
USO COM RISCO; LACTAÇÃO: SEM 
RESTRIÇÕES. 
SABA (SHORT-
ACTING B-
AGONIST) 
SALBUTAMOL 
COMPRIMIDO 2 MG E 4 MG (AEROLIN) – PODE SER PARTIDO. 
INJETÁVEL 0,5 MG/ML (AMPOLA COM 1 ML) (AEROLIN) 
ORAL 2MG/5ML (AEROTRAT) 
XAROPE 2MG/5ML (AEROLIN, PULMOFLUX, BUTALAB, NEUTOSS, 
AEROMED, LAFEP-SALBUTAMOL, AERO-IFAL) 
VO: 4 MG 3-4 X/DIA 
SC OU IM: 500 MCG (8 MCG/KG) A CADA 4 
HORAS, CONFORME NECESSIDADE 
EV: 250 MCG (4 MCG/KG) EV LENTA. REPETIR SE 
NECESSÁRIO. 
DILUIÇÃO (EV LENTA): 0,5 ML + 5 ML DE ÁGUA 
PARA INJETÁVEIS. 
 
2-6 ANOS: INICIAR COM 1-2 MG VO 3X/DIA. 
6-12 ANOS: INICIAR COM 2MG VO 3-4X/DIA 
> 12 ANOS: 2-4 VO 3-4X/DIA. 
GERIÁTRICO: INICIAR COM 2 MG VO 3-
4X/DIA; GESTAÇÃO: USO COM RISCO; 
LACTAÇÃO: LIBERADO. 
LTRA 
(LEUKOTRIENE 
RECEPTOR 
ANTAGONISTS) 
MONTELUCASTE 
COMPRIMIDO MASTIGÁVEL: 4/5 MG (SINGULAIR, ÁRIA, MONTELAIR, MONTY, PIEMONTE, UNIAIR, 
VIATINE) 
COMPRIMIDO REVESTIDO: 10 MG (SINGULAIR, ÁRIA, MONALTI, MONTELAIR, MULTILER, 
PIEMONTE, UNIAIR, VIATINE, ZYLCAST, ARODAP, MONECAST, SINCAST). 
GRÂNULOS ORAIS: 4 MG (SINGULAIR, MONTELAIR, VIATINE). 
10 MG VO 
NOITE. (NÃO 
PARTIR) 
6M – 2 ANOS: 1 SACHÊ DE GRÂNULOS DE 4 MG VO 1X/DIA. 
DIRETAMENTE NA BOCA COM UMA COLHER, OU DISSOLVIDOS EM 5 
ML DE FÓRMULA/LEITE MATERNO (TEMPERATURA AMBIENTE OU 
FRIO). 
2-5 ANOS: 4 MG VO 1X/DIA. 
6-14 ANOS: 5 MG VO 1X/DIA. 
> 15 ANOS: = ADULTO. 
IDOSOS: SEM 
RESTRIÇÕES; 
GESTAÇÃO: 
USO COM 
CAUTELA; 
LACTAÇÃO: 
USO LIBERADO. 
ANTAGONISTA 
MUSCARÍNICO 
TIOTRÓPIO (SPIRIVA) 
SOLUÇÃO INALATÓRIA: 2,5 MCG/DOSE 
> 6 ANOS: 5 MCG 1 X/DIA 
IDOSOS: SEM RESTRIÇÕES; GESTANTE: USO COM RISCO; LACTAÇÃO: NÃO LIBERADO, EXCETO BENEFÍCIO COMPENSE POSSÍVEIS 
RISCOS PARA O BEBÊ. 
NEBULIZAÇÃO SF (0,9%) 3-5 ML + SALBUTAMOL (5 MG/ML) 5-10 GOTAS + BROMETO DE IPRATRÓPIO (0,25 MG/ML) 10-20 GOTAS ATÉ DE 4/4H. 
 
 
 
CRISE ASMÁTICA (EXACERBAÇÃO) 
EXACERBAÇÃO: aumento progressivo dos sintomas, com 
risco de insuficiência respiratória. Pode ser a primeira 
apresentação de asma. O tratamento do paciente deve ser 
revisto. 
GATILHOS 
• Exposição a alérgeno 
• Má adesão ao tratamento (principalmente ao 
corticoide inalatório) 
• Infecções respiratórias graves 
• Alergia alimentar 
• Poluição ambiental 
• Mudanças sazonais 
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A GRAVIDADE E 
MORTE POR ASMA 
• Exacerbação prévia grave (UTI) 
• ≥ 2 internações porasma no último ano 
• > 3 visitas à emergência no último ano 
• Uso de 2 sprays de B2 agonista no último mês ou 
uso recente de corticoide 
• Dificuldade de percepção da gravidade 
• ≥ 3 classes de medicações para controle 
• Problemas sociais 
• Presença de comorbidades 
ANAMNESE 
• Tempo e causa da exacerbação 
• Sintomas de asma crônica grave (limitação ao 
exercício, dificuldade para dormir etc) 
• Sintomas de anafilaxia 
• Já teve outro quadro antes? 
• Tudo relacionado ao tratamento atual e seu 
diagnóstico 
EXAME FÍSICO 
• Classificar gravidade 
• Pesquisar complicações (ex.: pneumotórax) 
• Diagnósticos diferenciais (ex.: crupe, corpo 
estranho, IC) 
CONDUÇÃO 
1ª ETAPA: ABCD + MOV 
Monitorizar e ponderar acesso venoso. 3 sinais importantes 
nesse momento: 
• A: Obstrução de via aérea 
• B: Murmúrios vesiculares INAUDÍVEIS 
• D: Sonolência ou confusão mental 
Se B e D alterados, há risco iminente de morte: UTI + SABA + 
O2 via máscara não reinalante + preparar intubação. 
2ª ETAPA: CLASSIFICAR GRAVIDADE 
ACHADOS 
INTENSIDADE 
LEVE-
MODERADA 
GRAVE MUITO GRAVE 
(INSUFICIÊNCIA 
RESPIRATÓRIA) 
Impressão 
clínica 
Sem alterações 
Cianose, 
sudorese, 
exaustão 
Dispneia Ausente ou leve Moderada Intensa 
Fala 
Frases 
completas 
Frases 
incompletas. 
No lactente: 
choro curto, 
dificuldade de 
alimentar. 
Frases curtas ou 
monossilábicas. 
No lactente: 
dificuldade 
alimentar. 
Musculatura 
acessória 
Retrações 
leves/ausentes 
Retrações acentuadas 
FR 
Normal ou 
aumentada 
Aumentada 
FC ≤ 110 > 110 > 140 ou 
bradicardia 
PFE > 50 30-50 < 30 
SPO2 > 95 91-95 ≤ 90 
 
3ª ETAPA: MEDICAMENTOS 
OXIGÊNIO: 
• CN ou máscara de venturi. 
• Meta: 93-95% (adulto), 94-98% (6-11 anos). 
• Se grave: ofertar em máscara não reinalante e 
preparar material para intubação. 
SABA: 
• Inalado com espaçador. 
• A cada 20 minutos na 1ª hora. 
• Se criança sem resposta ao tratamento usual, 
considerar nebulização contínua. 
• GINA 2019: sem evidência para SABA intravenoso 
em caso de crise grave. 
• Fenoterol (Berotec) ou Salbutamol (Aerolin): Spray 
com 6-8 jatos com espaçador ou nebulizar 10 gotas 
(máximo 20 gotas) em 3-5 ml de SF0,9% em oxigênio 
6-8 L/min. 
CORTICOIDE SISTÊMICO 
• Acelera resolução e previne novas crises 
• Uso na primeira hora de atendimento em pacientes 
graves ou que não respondem às primeiras doses de 
SABA 
• Mantido por 3-5 dias em crianças e 5-7 dias em 
adultos 
• VO: escolha em casos leves e em casos graves 
quando a criança consegue deglutir. 
• IV: uso em paciente muito dispneico para engolir, 
vomitando ou que está em uso de VNI ou IOT. 
Modificar para VO assim que possível. 
• Corticoide Oral: Prednisona 40-60mg em adultos e 
1-2mg/kg até 40mg/dia em crianças 
• Corticoide venoso: Metilprednisolona 60-
125mg/dose, EV (preferir) ou Hidrocortisona 100-
500mg/dose, EV. 
Corticoide INALATÓRIO 
• Em altas doses na primeira hora, reduz necessidade 
de hospitalização naqueles que não estão usando 
corticoide sistêmico. 
• O uso concomitante ao corticoide sistêmico tem 
evidencia B (conflitante). 
BROMETO DE IPATRÓPIO (ATROVENT) 
• Uso em crise grave na abordagem inicial 
• 40 gotas a cada 20 minutos, via NBZ (associado ao 
beta-2-agonista de curta, diluído em 3 a 5mL de 
SF0,9%). 
SULFATO DE MAGNÉSIO 
• Se exacerbação grave sem resposta ao tratamento 
com SABA e CI. 
• Só deve ser administrada uma única vez. 
• Sulfato de Magnésio 2g, EV, infundir em 20 minutos 
(20ml de MgSO4 10% + 200ml de SF0,9%, em BIC) 
Reavalie o paciente a cada 30-60 minutos após tratamento 
inicial e reclassifique a gravidade. Se saturação de O2 < 92% 
após primeira hora, forte indicador de internação.

Continue navegando