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15/02/2013 1 CAPÍTULO 2 ELETRICIDADE ESTÁTICA 2.1 ESTRUTURA DA MATÉRIA � Matéria: designação do que constitui todos os corpos e ocupa lugar no espaço. � Substância: cada tipo particular de matéria. � Molécula: menor porção da matéria que ainda conserva as características originais da substância. � Átomos: partículas resultantes da divisão posterior da molécula. � Partículas principais dos átomos: prótons, nêutrons e elétrons. � elétrons � Estrutura do átomo: � núcleo 2.2 CARGA ELÉTRICA � Propriedade física associada ao fenômeno de atração e repulsão entre as partículas do átomo. � Entre próton e próton ocorre repulsão; � Entre elétron e elétron ocorre repulsão; � Próton e elétron se atraem. Convenção: � Carga do próton: positiva. � Carga do elétron: negativa. � Carga do nêutron: não tem. 2.3 ATRAÇÃO E REPULSÃO ENTRE CORPOS CARREGADOS � Corpos carregados se comportam como as partículas do átomo: � Corpos com cargas de mesmo sinal se repelem; � Corpos com cargas de sinais contrários se atraem. � Eletricidade estática: fenômeno produzido por cargas que não estão em movimento. 2.4 CAMPO ELÉTRICO � Campo de força responsável pelos efeitos de atração e repulsão entre os corpos carregados. � Representado por linhas imaginárias em torno do corpo carregado, conhecidas como linhas de força eletrostáticas. 15/02/2013 2 � Propriedades das linhas de força do campo elétrico: � “saem” da carga positiva: � “entram” na carga negativa: � não se cruzam, mas se deformam, quando aproximadas de outras linhas de força: � são invisíveis e só podem ser percebidas pelos efeitos que produzem. 2.5 ELETRIZAÇÃO � É o ato de fazer com que um corpo adquira carga elétrica. � Corpos neutros têm o mesmo número de prótons e elétrons e não têm carga elétrica. � Eletrização por atrito: quando dois corpos neutros são atritados entre si, há movimento de elétrons. � O material que ocupar a posição superior da série triboelétrica é o que perderá elétrons, eletrizando-se positivamente: Exemplo: atritando-se vidro com algodão, o vidro perde elétrons, que são recebidos pelo algodão. Então, o vidro fica com carga positiva e o algodão, com carga negativa. Pele de coelho Vidro Mica Lã Pele de gato Seda Algodão Madeira Âmbar Ebonite Cobre Enxofre Celulóide Positiva Tendência de eletrização Negativa � Eletrização por contato: quando dois corpos com cargas elétricas diferentes são colocados em contato, eles trocam cargas elétricas: � Eletrização por indução: um corpo que contém carga elétrica, ao ser aproximado de um corpo neutro, sem tocar, separa as cargas deste último. A barra A, com carga positiva, ao ser aproximada da barra B, neutra, atrai as cargas negativas de B. Uma parte de B fica carregada negativamente e a outra parte, mais afastada de A, com carga positiva. 15/02/2013 3 � Descarga de cargas elétricas: quando dois corpos com cargas elétricas elevadas forem aproximados, elétrons “pulam” do corpo com carga negativa para o carregado positivamente, antes mesmo dos dois entrarem em contato, observando-se uma centelha ou arco: CAPÍTULO 3 CORRENTE ELÉTRICA E LEI DE OHM 3.1 MATERIAIS CONDUTORES E ISOLANTES � Em determinados átomos, a força de atração entre núcleo e elétrons das órbitas mais externas é muito fraca. Esses elétrons podem se libertar facilmente dos átomos e por isso são chamados de elétrons livres. � Material condutor: possui grande quantidade de elétrons livres, gastando-se pouca energia para colocá- los em movimento. Exemplos: ouro, prata, cobre, alumínio, zinco, ferro etc. � Isolantes: é preciso gastar muito mais energia para libertar os elétrons das órbitas externas dos átomos. Exemplos: vidro, mica, papel, madeira, plásticos. 3.2 CORRENTE ELÉTRICA � Na pilha, o pólo positivo estabelece um campo elétrico que atrai elétrons livres da extremidade do fio a que está ligado, enquanto no pólo negativo, um campo elétrico repele elétrons na outra extremidade do fio. � No interior do condutor, o campo elétrico força os elétrons a se deslocarem de átomo para átomo. Ao avançar para o átomo vizinho, o elétron repele e substitui outro elétron ali. � Esse processo se repete em átomos próximos, estabelecendo um fluxo de elétrons em todo o condutor, na direção do pólo positivo da pilha. � O movimento dos elétrons no condutor será contínuo enquanto o fio condutor permanecer ligado aos terminais da pilha. � Corrente elétrica: fluxo orientado de elétrons livres, sob a ação de um campo elétrico. 3.3 INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA � É a quantidade de carga que atravessa a seção transversal de um condutor por unidade de tempo. � I: intensidade da corrente elétrica, em ampère (A); � q: carga elétrica, em coulomb (C); � t: tempo, em segundos. 15/02/2013 4 3.4 DIFERENÇA DE POTENCIAL (d.d.p.) E FORÇA ELETROMOTRIZ (f.e.m.) � Para se obter ou manter a corrente elétrica fluindo em um condutor, é necessário ligá-lo entre dois pontos capazes de transferir energia para os elétrons. Sob a ação de um campo elétrico, os elétrons se movimentam entre esses dois pontos. � Quando dois pontos têm esta capacidade, diz-se que entre eles há uma diferença de potencial (d.d.p.). Assim, a d.d.p. é o agente capaz de produzir o movimento de elétrons em um circuito fechado. � Quando um equipamento é capaz de realizar trabalho para causar o movimento dos elétrons, tal como a pilha, diz-se que ele dispõe de uma força eletromotriz (f.e.m.). � A unidade de medida da força eletromotriz é o volt (V). A d.d.p. também é medida em volt, sendo chamada também de tensão ou voltagem entre dois pontos. 3.5 SENTIDO DA CORRENTE ELÉTRICA � Por volta de 1830, a corrente elétrica era o resultado do movimento de determinadas partículas da matéria que percorriam os condutores. Foi estabelecido um sentido para a mesma. � Em 1897, descobriu-se que eram os elétrons que produziam os efeitos atribuídos àquelas partículas. � Entretanto, o sentido de movimento dos elétrons não era o mesmo que havia sido convencionado para a corrente elétrica. Não houve acordo entre os cientistas, quanto a mudar o sentido da corrente até então adotado. � Quando o sentido da corrente elétrica é considerado igual ao do movimento dos elétrons, seu sentido é eletrônico ou real. Quando é oposto ao do movimento dos elétrons, o sentido é convencional. 3.6 RESISTÊNCIA ELÉTRICA � Uma diferença de potencial estabelece o movimento de elétrons através de um material. No entanto, o fluxo de elétrons cessa quando a d.d.p. é retirada. � Existe, então, algo no material que oferece resistência ao movimento dos elétrons, como uma oposição à passagem da corrente elétrica. � Essa oposição depende da quantidade de elétrons livres de que o material dispõe em sua estrutura. Nos materiais condutores, há pouca oposição à passagem da corrente elétrica; nos isolantes, a oposição é considerável. � Essa oposição é chamada de resistência elétrica. � A resistência elétrica de um material depende: � da natureza do material: cada material tem uma constituição diferente quanto à organização dos átomos em sua estrutura. Um fio de cobre e um de níquel-cromo com as mesmas características geométricas têm resistências diferentes. Este fator é levado em conta através da resistividade do material. 15/02/2013 5 � a área de seção transversal: a corrente elétrica pode ser comparada ao fluxo de água em um cano: se o cano for mais grosso, a água flui com maior facilidade, mantida a pressão. A resistência de um material diminui quando a área de sua seção aumenta. Portanto, a resistência é inversamente proporcional à área de seção transversal do material. � do comprimento: no mesmo material, com área de seção transversal constante, a resistência total é diretamente proporcional ao seu comprimento: � da temperatura: a variação da temperatura altera a energia disponível na estrutura do material. Por exemplo, nos metais, o aumento da energia térmica tende a dificultar o movimento dos elétrons livres. Os efeitos da temperatura são geralmente pequenos em comparaçãocom os outros fatores mencionados. A resistência, em função dos principais fatores, é: sendo: � R: resistência elétrica, em ohm (ΩΩΩΩ); � ρ: resistividade, em ΩΩΩΩ·m; � l: comprimento, em metros (m); � A: área de seção transversal, em m2. 3.7 A LEI DE OHM � George Simon Ohm, ao estudar a relação entre a tensão (d.d.p.), a intensidade da corrente elétrica e a resistência elétrica, concluiu que: A intensidade da corrente elétrica é diretamente proporcional à diferença de potencial a que está submetido o condutor e inversamente proporcional à resistência elétrica deste condutor. � Sob a forma de equação: V = R · I em que: � V: diferença de potencial, tensão ou força eletromotriz, em volts (V); � R: resistência elétrica, em ohm (ΩΩΩΩ); � I: intensidade da corrente elétrica, em ampère (A). 3.8 TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA � Corrente contínua: mantém seu valor constante enquanto o tempo decorre. Sai sempre do mesmo terminal da fonte. 15/02/2013 6 � corrente alternada: seu valor e sentido variam periodicamente, no decorrer do tempo, saindo ora de um terminal, ora de outro terminal da fonte. 3.9 MODELAMENTO DE UM CIRCUITO ELÉTRICO � Circuito elétrico: é o caminho eletricamente completo, por onde circula ou pode circular uma corrente elétrica, quando se mantém uma d.d.p. em seus terminais. � Fonte de tensão: é o elemento do circuito elétrico que fornece uma tensão definida. � Uma lâmpada é representada por uma resistência acompanhada por seu respectivo valor numérico. Seu modelo, no circuito elétrico, é denominado resistor. � Representação gráfica de uma fonte de tensão contínua, com indicação do terminal positivo e do negativo, resistor e circuito elétrico completo. 3.10 MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DAS UNIDADES DE MEDIDA ELÉTRICAS � As medidas podem ser expressas empregando múltiplos ou submúltiplos das unidades principais, conforme sua magnitude. Por exemplo, 2.000.000 Ω e 0,00005 A são quantidades apropriadamente expressas como 2 MΩ e 50 mA, respectivamente. EXERCÍCIO RESOLVIDO 1. Um chuveiro elétrico de resistência 6 Ω está submetido a uma d.d.p. de 120 V. Qual a intensidade da corrente elétrica que flui pelo mesmo? Solução: Relacionar as grandezas conhecidas e a que se pretende determinar: R = 6 Ω V = 120 V I = ? V = R · I 120 = 6 · I I = 20 A 15/02/2013 7 CAPÍTULO 4 TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA ELÉTRICA 4.1 TRABALHO ELÉTRICO � A definição física de trabalho: trabalho = força ×××× deslocamento � O trabalho elétrico realizado sobre elétrons livres em movimento, sob a ação de uma força eletromotriz, é: W = V · q em que: � W: trabalho elétrico, em joule (J); � V: força eletromotriz ou tensão, em volts (V); � q: carga elétrica, em coulomb (C). � Da definição de corrente elétrica: q = I · t substituindo q = I · t em W = V · q : W = V · I · t � Da Lei de Ohm, V = R · I substituindo V = R · I em W = V · I · t : W = R · I2 · t 4.2 ENERGIA ELÉTRICA � Energia é a capacidade de produzir trabalho. � A energia tem a mesma unidade física do trabalho, o joule (J). � É calculada com as mesmas equações do trabalho realizado. � A energia elétrica é transportada pela corrente elétrica, proporcionando o funcionamento dos equipamentos e aparelhos elétricos e eletrônicos. 4.3 POTÊNCIA ELÉTRICA � É a rapidez com que se gasta energia, ou a rapidez com que se produz trabalho. Sob a forma de equação: em que: � P: potência, em watts (W); � W: trabalho, em joules (J); � t: tempo, em segundos (s). 15/02/2013 8 P = V · I Substituindo V = R · I em P = V · I : P = R · I2 � 1 watt = 1 joule por segundo é a potência envolvida para realizar o trabalho de 1 joule a cada segundo. Exemplo: a potência lida no bulbo de uma lâmpada indica de 100 W indica que ela consome 100 joules por segundo. � Algumas unidades de potência comumente utilizadas: � o quilowatt: 1 kW = 1000 W � o CV (cavalo-vapor): 1 CV = 736 W � Algumas unidades também usadas para energia: � o watt-hora: 1 Wh = 3600 J � o quilowatt-hora: 1 kWh = 3,6 · 106 J � A energia através da equação da potência: E = P · t sendo: � E: energia; � P: potência; � t: tempo. 4.4 EFEITO JOULE � 1840: James Prescott Joule estabeleceu experimen- talmente que a energia elétrica absorvida por um condutor é integralmente transformada em calor. � Os choques entre os elétrons que movimentam para originar uma corrente elétrica transferem energia para os átomos, que passam a vibrar mais. Isso causa uma elevação da temperatura do condutor. � O efeito Joule ocorre em todos os equipamentos elétricos que podem ser modelados por resistores. Os resistores transformam em calor toda a energia elétrica recebida. � Aplicações em que o efeito Joule é benéfico: � Aquecedores: � Lâmpadas incandescentes: � Fusíveis: � Aplicações em que o efeito Joule é indesejável: � Nas linhas de transmissão de energia elétrica, nas quais o aquecimento dos condutores constitui uma perda de energia elétrica. 15/02/2013 9 EXERCÍCIO RESOLVIDO 2. Em um resistor de 10 Ω, flui uma corrente de 0,5 A. Calcular: a) a potência dissipada; b) a energia consumida em 10 s. Solução: Relacionar as grandezas conhecidas e aquelas que se pretende determinar: R = 10 Ω I = 0,5 A P = ? t = 10 s E = ? a) P = R · I2 P = 10 · (0,5)2 P = 10 · 0,25 P = 2,5 W b) E = P · t E = 2,5 · 10 E = 25 J CAPÍTULO 5 CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA COM RESISTORES ASSOCIADOS EM SÉRIE E EM PARALELO 5.1 ASSOCIAÇÕES DE RESISTORES � Tem-se uma associação de resistores quando há dois ou mais deles conectados ao circuito elétrico considerado. � Resistor equivalente é o que substitui qualquer associação destes componentes, produzindo o mesmo efeito que todos os resistores do conjunto. � ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE DE RESISTORES � Dois ou mais resistores estão associados em série quando ligados um em seguida do outro; o terminal de saída de um resistor está ligado ao terminal de entrada do outro resistor e somente a este: � ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM PARALELO � Dois ou mais resistores estão associados em paralelo quando seus terminais de entrada estão ligados em um ponto comum e seus terminais de saída em outro ponto comum: 15/02/2013 10 5.2 PROPRIEDADES DA ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE DE RESISTORES � A corrente que circula pelos resistores é a mesma em qualquer ponto do circuito, porque só há um caminho por onde ela pode fluir. Então: I1 = I2 = I3 � Cada resistor ficará submetido a uma d.d.p., de acordo com a Lei de Ohm: V1 = R1 · I1 V2 = R2 · I2 V3 = R3 · I3 � A soma das tensões nos resistores é igual à força eletromotriz da fonte: V = V1 + V2 + V3 � Para a fonte, é como se houvesse um único resistor no circuito solicitando cor- rente. Este resistor é o resistor equivalente Req: V = Req · I � o resistor equivalente é igual à soma dos resistores associados: Req = R1 + R2 + R3 5.3 PROPRIEDADES DOS RESISTORES ASSOCIADOS EM PARALELO � Todos os resistores as- sociados são submetidos à mesma tensão V da fonte: V = V1 = V2 = V3 � A corrente I fornecida pela fonte se divide pelos resistores associados, de modo que: I = I1 + I2 + I3 � Da Lei de Ohm segue o cálculo das correntes individuais nos resistores: � o resistor equivalente é obtido pela equação: � Se somente dois resistores estiverem associados em paralelo, usa-se a regra do produto dividido pela soma: 15/02/2013 11 5.4 CIRCUITO ABERTO � É o impedimento total à passagem da corrente elétrica através do circuito. É como se fosse ligado ao circuito um resistor de valor infinitamente grande, que representa oposição total à passagem da corrente elétrica. 5.5 CURTO-CIRCUITO � É a ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito, estando ou não sob d.d.p., através de um fio de resistência desprezível. 5.6 O DIVISOR DE TENSÃO RESISTIVO O cálculo das tensões nos resistores é simplificado: � Resistores em série formam um divisor de tensão resistivo: EXERCÍCIO RESOLVIDO 1. Sabendo-se que a tensão no resistor R1 é 3 V, qual a tensão aplicada pela fonte? Solução: Como os resistoresestão em série, a corrente em um deles é igual em qualquer ponto do circuito, inclusive no resistor equivalente. Req = R1 + R2 + R3 Req = 4 + 8 + 2 = 14 ΩΩΩΩ A corrente no resistor 1 é obtida: Então, segue que: I = I1 = I2 = I3 I = 0,75 A V = Req · I V = 14 · 0,75 V = 10,5 V 15/02/2013 12 CAPÍTULO 6 CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA CONTENDO ASSOCIAÇÕES MISTAS DE RESISTORES 6.1 ASSOCIAÇÕES MISTAS DE RESISTORES � São aquelas que contêm resistores associados em série, em paralelo e/ou de modo diverso: � Para determinar o resistor equivalente nesse tipo de associação deve-se fazer o seguinte: � identificar os resistores que estejam de fato associados em série: � identificar os resistores associados em paralelo: � determinar os resistores equivalentes das associações em série e em paralelo e redesenhar o circuito, substituindo as associações por seus respectivos resistores equivalentes; ao redesenhar, o circuito será simplificado e surgirão novas associações em série e/ou em paralelo: � repetir os passos anteriores até sobrar um único resistor, que será o resistor equivalente do circuito. 15/02/2013 13 6.2 LEIS DE KIRCHHOFF � São o resultado de um trabalho desenvolvido por Gustav Kirchhoff, que facilita o cálculo dos circuitos elétricos. � Conceitos: � Nó: é qualquer ponto do circuito onde concorrem três ou mais condutores. � Ramo: é qualquer trecho do circuito compreendido entre dois nós consecutivos. � Malha: é qualquer circuito fechado, formado por ramos. � A 1.ª Lei de Kirchhoff ou Lei dos nós diz que: A soma algébrica das correntes que chegam a um nó é igual à soma algébrica das correntes que saem deste nó. I1 + I2 = I3 � A corrente convencional, partindo da fonte e se dividindo pelos nós, polariza com sinal positivo o “lado” do resistor por onde ela entra. Dessa maneira, estabelecem-se as polaridades das tensões nos resistores: � A 2.ª Lei de Kirchhoff ou Lei das Malhas diz: � Percorrendo-se uma malha, num mesmo sentido, a soma das tensões nos elementos de circuito encontrados é igual a zero. � Para aplicar a 2a Lei de Kirchhoff, considera-se, para cada tensão, o primeiro sinal encontrado no sentido do percurso. Para cada malha, o sentido do percurso é arbitrado. 15/02/2013 14 –V + V1 + V3 + V2 = 0 V = V1 + V3 + V2 –V3 + V4 + V5 + V6 = 0 V3 = V4 + V5 + V6 – V + V1 + V4 + V5 + V6 + V2 = 0 V = V1 + V4 + V5 + V6 + V2 � A resolução de circuitos elétricos contendo associações mistas de resistores não tem uma regra- padrão. Geralmente, há mais de uma maneira de visualizar o problema e encontrar a solução. A experiência é obtida com a prática. A seguinte seqüência de etapas é sugerida, para resolver os circuitos de modo racional: 1. enumerar de modo organizado as grandezas conhecidas e aquelas a serem calculadas; 2. identificar os nós e as malhas do circuito; 3. atribuir a cada ramo do circuito o sentido para as correntes e a polaridade das tensões nos resistores; 4. escrever as equações de corrente para cada nó e as de tensões para cada malha, de acordo com as leis de Kirchhoff; 5. utilizar, sempre que possível, as propriedades das associações série e paralelo e a Lei de Ohm, para determinar tensões e correntes desconhecidas; 6. escolher as equações convenientes dentre aquelas obtidas na 4a etapa; cada equação só permite determinar uma incógnita, não sendo útil aquela que, após a substituição dos valores conhecidos, apresentar mais de um termo a ser determinado. EXERCÍCIO RESOLVIDO 3. No circuito abaixo: a) determinar a polaridade das tensões nos resistores; b) escrever as equações das tensões em todas as malhas; c) obter as tensões e as correntes em todos os resistores. 15/02/2013 15 Solução: a) A corrente parte da fonte e percorre o circuito, se dividindo pelos resistores e polarizando-os como se vê: � As equações das correntes nos nós: nó b: I1 = I2 + I3 nó e: I2 + I4 = I b) As equações das tensões nas malhas: malha a-b-e-f-a: V = V1 + V2 malha a-b-c-d-e-f-a: V = V1 + V3 + V4 malha b-c-d-e-b: V2 = V3 + V4 c) Quando há resistores em série com a fonte, a corrente que percorre este resistor, neste caso, R1, é a mesma que sai da fonte. � Para determinar a corrente fornecida pela fonte, deve ser conhecido o resistor equivalente do circuito: � a corrente fornecida pela fonte: � Conseqüentemente: I1 = 0,5 A V1 = R1 · I1 V1 = 10 · 0,5 = 5 V � A equação da malha a-b-e-f-a: V = V1 + V2 10 = 5 + V2 V2 = 5 V 15/02/2013 16 � A corrente no resistor R2 é obtida pela Lei de Ohm: � A equação da corrente no nó b: 0,5 = 0,25 + I3 I3 = 0,25 A � Com R3 em série com R4 I4 = 0,25 A � E pela lei de Ohm: V3 = R3 · I3 V3 = 15 · 0,25 = 3,75 V V4 = R4 · I4 V4 = 5 · 0,25 = 1,25 V
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