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Nome do curso
Prof. Celso Spitzcovsky
Módulo II
Estrutura da Administração
Tema 1
Organização da Administração
Regime Jurídico Administrativo
Art. 1º, da CF –A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição.
Objetivo único
Prerrogativas
Regime Jurídico 
Administrativo
Deveres
Reflexo
PRERROGATIVAS
OBJETIVO ÚNICO
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
DEVERES
Art. 37, da CF - A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte:
Estrutura da Administração Pública
Estrutura da 
Administração Pública
Administração
Direta
Ministérios
Secretarias
Subprefeituras
Indireta
Autarquias
Fundações
Empresas
Sociedades
MINISTÉRIOS
SECRETARIAS
SUBPREFEITURAS
ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA
DIRETA
AUTARQUIAS
FUNDAÇÕES
EMPRESAS
SOCIEDADES
Estrutura Direta da Administração
1. Integrantes
2. Definição
Art. 1º, da Lei 9.784/99 – (...)
§ 2º - Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta;
Reflexos
1. Personalidade jurídica
Art. 37, da CF – (...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
2. Capacidade processual
a) Regra geral
b) Exceções
Do Ministério Público
Art. 127, da CF - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Art. 176, do CPC - O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais 
indisponíveis.
Art. 177, do CPC - O Ministério Público exercerá o direito de ação em 
conformidade com suas atribuições constitucionais.
Defensoria Pública
Art. 134, da CF - A Defensoria Pública é instituição permanente, 
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como 
expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a 
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em 
todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e 
coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do 
inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
Art. 5º, da CF – (...)
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos;
Advocacia Pública
Art. 131, da CF - A Advocacia-Geral da União é a instituição que, 
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, 
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei 
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as 
atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder 
Executivo.
Procuradorias
Art. 132, da CF - Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, 
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso 
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos 
Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação 
judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Tribunais de Contas
• Art. 71, da CF - O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, 
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual 
compete:
Teoria do Órgão
Criação e extinção
Art. 61, da CF – (...)
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - disponham sobre:
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, 
observado o disposto no art. 84, VI; 
Art. 84, da CF - Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
 a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos; 
Art. 84, da CF – (...)
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as 
atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos 
Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao 
Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas 
respectivas delegações.
Classificação: critério
Posição Ocupada
Constitucional
Infraconstitucional
Estrutura da
Administraçã
o Direta
INTEGRANTES Órgãos
DEFINIÇÃO Centros de competência previamente definidos por lei
PERSONALIDADE JURÍDICA
Não tem. Assim, não se apresentam como sujeito de direitos e 
obrigações.
CAPACIDADE PROCESSUAL
Em regra, não possuem. As exceções que se apresentam devem-se ao 
posicionamento jurídico do órgão e aos interesses que representa. Ex: 
MP; Defensorias; Procuradorias.
TEORIA DO ÓRGÃO
Imputa a responsabilidade pelos atos praticados aos agentes, não a 
eles, não aos órgãos em que se encontram lotados, mas à esfera de 
governo em que se encontram (art. 37, § 6º, da CF).
CRIAÇÃO
Por lei, de iniciativa do Chefe do Executivo (art. 61, § 1º, II, e, da 
Constituição Federal)
EXTINÇÃO
Por lei, de iniciativa do Chefe do Executivo (art. 61, § 1º, II, e, da 
Constituição Federal)
ORGANIZAÇÃO 
E FUNCIONAMENTO
Por lei, se implicar aumento de despesa. Por simples decreto, se não 
implicar (art. 84, VI, a, da Constituição Federal)
CLASSIFICAÇÃO
Principal critério — quanto a posição ocupada, dividindo-se em:
a) no nível constitucional
b) no nível infraconstitucional
Administração Indireta:
1. Integrantes:
Art. 4º, do Decreto 200/67 – (...) 
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
Art. 1º, da Lei 9.784/99 - (...) 
§ 2º - Para os fins desta Lei, consideram-se:
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
Definição
Art. 5º, Decreto 200/67 - Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade 
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas 
da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
Art. 41, do Código Civil - São pessoas jurídicas de direito público 
interno:
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
Reflexos
1. Personalidade Jurídica
2. Capacidade Processual
Criação e extinção
Art. 37, da CF – (...)
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Portanto:
•Lei específica
•Ordinária; e
•De iniciativa do chefe do Poder Executivo 
Finalidade
• Só para a prestação de serviços públicos. 
Autonomia
• Por terem personalidade jurídica
• Por serem sujeitos de direitos e obrigações;
• São dotadas de autonomia: Administrativa e Financeira
Controle de suas decisões
• Em vista da autonomia a elas atribuída, o controle é feito pelo 
Ministério a que estão vinculadas, será tão-somente de legalidade e 
finalístico.
Privilégios
1. Imunidade tributária
Art. 150, da CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, rendaou serviços, uns dos outros;
Art. 150, da CF – (...)
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público e à empresa pública prestadora de 
serviço postal, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a 
suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
2. Processuais
Art. 183, do CPC - A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios 
e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão 
de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja 
contagem terá início a partir da intimação pessoal.
4. A expressão Fazenda Pública abrange os entes federativos e suas respectivas 
autarquias e fundações de direito público“ (REsp 1.330.190/SP, Rel. Ministro 
Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 11.12.2012, DJe 19.12.2012), de 
modo que se aplicam as disposições do art. 85, § 3º, do CPC/2015 ao Procon, ante 
a sua personalidade de direito público.
(STJ - AgInt no AREsp: 1876468 SP 2021/0111688-1, Relator: Ministro GURGEL DE 
FARIA, Data de Julgamento: 04/04/2022, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de 
Publicação: DJe 12/04/2022)
3. Dividas executadas pelo regime de precatórios
Art. 100, da CF - Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas 
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença 
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de 
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, 
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
Competência
Art. 109, da CF - Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública 
federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou 
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Responsabilidade
Art. 37, da CF – (...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Responsabilidade subsidiária do Estado
• Apenas depois de esgotadas as forças da Autarquia.
Regime falimentar
• Não se submetem, pois, pelo Princípio da Similaridade, por meio de 
lei são criadas e extintas.
• Por serem criadas apenas para a prestação de serviços públicos.
DEFINIÇÃO Pessoa jurídica de direito público de base associativa
PERSONALIDADE JURÍDICA Tem. de direito público
CAPACIDADE PROCESSUAL Tem. Assim, podem propor ou sofrer medidas judiciais
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
Por lei específica, ordinária, de iniciativa do Chefe do Executivo (art. 37, XIX, da 
CF)
CONTROLE
Sofrem controle de legalidade, de finalidade, de quem as criou, não existindo 
relação de hierarquia, de subordinação.
PRIVILÉGIOS Os mesmos atribuídos a Administração Direta
OBJETIVO Criadas apenas para a prestação de serviços públicos
RESPONSABILIDADE
É delas, pelas obrigações que contraírem, pelos danos que causarem, 
respondendo a administração, no máximo, em caráter subsidiário
FALÊNCIA Não se submetem
COMPETÊNCIA Autarquias federais = Justiça Federal (art. 109, I, da CF)
EXECUÇÃO DE DÍVIDAS Regime de precatórios (art. 100, da CF)
Agências Reguladoras
1. Natureza e regime jurídico
Surgem como espécies de autarquias que apresentam por objetivo a 
regulamentação, o controle e a fiscalização da execução dos serviços públicos, em 
especial quando transferidos ao setor privado.
Trata-se, portanto, de autarquias de regime especial, às quais se aplicam todas as 
características até então verificadas para as demais.
Estabilidade dos seus dirigentes
Art. 52, da CF - Compete privativamente ao Senado Federal:
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha 
de:
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
Art. 3º, da Lei 13.848/19 - A natureza especial conferida à agência reguladora é 
caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela 
autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a 
termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas 
demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua 
implementação.
Ampliação da autonomia financeira: essa característica de seu regime especial 
acaba por conferir a elas a possibilidade de auferirem rendas por intermédio de 
outras fontes de arrecadação, nos termos previstos em sua legislação criadora.
Assim é que têm elas a possibilidade de cobrança de taxas de fiscalização pelos 
serviços que prestam, cobrança de multas e também dos convênios que celebram.
E, ainda, proveniente da transferência de verbas de fundos de desenvolvimento.
Poder normativo: essa característica de seu regime especial transfere 
às agências a competência para a regulamentação de matérias a elas 
destinadas, sem, no entanto, invadir aquelas de reserva de lei.
Art. 36, da Lei 13.848/19 - A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, passa a vigorar com 
as seguintes alterações:
“Art. 5º O Diretor-Geral e os Diretores serão nomeados pelo Presidente da República para 
cumprir mandatos não coincidentes de 5 (cinco) anos, vedada a recondução, ressalvado o 
que dispõe o art. 29.
Parágrafo único. A nomeação dos membros da Diretoria Colegiada dependerá de prévia 
aprovação do Senado Federal, nos termos da alínea “f” do inciso III do art. 52 da 
Constituição Federal, observado o disposto na Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000.” (NR)
Duração dos mandatos
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9427cons.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9427cons.htm#art5.
Art. 42 da lei 13.848/19 - A Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, passa a vigorar com as 
seguintes alterações:
“Art. 8º-A. É vedada a indicação para o Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada:
I - de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal, dirigente estatutário 
de partido político e titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da 
federação, ainda que licenciados dos cargos;
II - de pessoa que tenha atuado, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante 
de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, 
estruturação e realização de campanha eleitoral;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm#art8a
III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical;
IV - de pessoa que tenha participação, direta ou indireta, em empresa ou entidade 
que atue no setor sujeito à regulação exercida pela agência reguladora em que 
atuaria, ou que tenha matéria ou ato submetido à apreciação dessa agência 
reguladora;
V - de pessoa que se enquadre nas hipóteses de inelegibilidade previstas no inciso 
I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990;
VI - (VETADO);
VII - de membro de conselho ou de diretoria de associação, regional ou nacional, 
representativa de interesses patronais ou trabalhistas ligados às atividades 
reguladas pela respectiva agência.
Decisões
Art. 6º, da Lei 13.848/19 - A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de 
interesse geral dos agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados 
serão, nos termos de regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto 
Regulatório (AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato 
normativo. 
Art. 20, da LINDB - Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se 
decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradasas 
consequências práticas da decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
Quarentena
Art. 42 da lei 13.848/19 - A Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, passa a vigorar 
com as seguintes alterações:
“Art. 8º Os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada ficam 
impedidos de exercer atividade ou de prestar qualquer serviço no setor regulado 
pela respectiva agência, por período de 6 (seis) meses, contados da exoneração ou 
do término de seu mandato, assegurada a remuneração compensatória.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm#art8..
DEFINIÇÃO Autarquias de regime especial
PERSONALIDADE JURÍDICA Tem. Assim se apresentam como sujeitos de direitos e obrigações
CAPACIDADE PROCESSUAL Tem. Podendo, pois, propor ou sofrer ações judiciais
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO Por lei específica, ordinária, de iniciativa do Chefe do Executivo
CONTROLE
Sofrer controle de legalidade, de finalidade, de quem as criou, não existindo relação de 
hierarquia, de subordinação.
PRIVILÉGIOS Os mesmos atribuídos à Administração Direta
OBJETIVO Regular a prestação de serviços públicos
RESPONSABILIDADE É delas, pelas obrigações que contraírem, respondendo a administração em caráter subsidiário.
FALÊNCIA Não se submetem
REGIME ESPECIAL
- Dotadas de poder normativo
- Estabilidade para seus dirigentes, durante a vigência do mandato, na forma prevista na Lei 
13.848/19
QUARENTENA
A lei prevê um período de 4 meses em que o ex-dirigente fica impedido de prestar serviços neste 
setor 
SANÇÕES
O descumprimento dessa orientação abre a possibilidade de responsabilização nas esferas 
administrativas, civil e penal, na forma do art. 8º, § 4º, da Lei 9.986/00.
Associações públicas
1. Natureza: espécies de autarquias
Art. 41, do Código Civil - São pessoas jurídicas de direito público 
interno:
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
Art. 241, da CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de 
cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada 
de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de 
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos 
serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998)
Art. 1º, da Lei 11.107/05 - Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem 
consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum 
e dá outras providências.
§ 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa 
jurídica de direito privado.
Art. 6º, da Lei 11.107/05 - O consórcio público adquirirá 
personalidade jurídica:
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, 
mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de 
intenções;
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público 
integra a administração indireta de todos os entes da Federação 
consorciados.
DEFINIÇÃO Pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração indireta dos entes 
consorciados
NATUREZA Em que pese existência de divergências, pode-se afirmar tenham elas natureza autárquica (art. 
41, IV, do CC)
ORIGEM Nomenclatura atribuída pelo art. 6º, da Lei 11.107/05, à sociedade de propósito específico, 
com personalidade jurídica de direito público, encarregada de gerenciar a execução do 
consórcio público.
PRIVILÉGIOS Possibilidade de serem contratadas por dispensa de licitação e pelo dobro do limite em razão 
do valor (art. 75, I e II)
Conselhos Profissionais
1. Natureza jurídica: autárquica
“(...) Os conselhos de fiscalização profissionais possuem natureza 
jurídica de autarquia, sujeitando-se, portanto, ao regime jurídico de 
direito público. (...)”
(STJ, REsp 1.757.798/RJ. Jurisprudência em Teses, n.º 135. Dje: 
12.02.2019)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL – 
CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO – EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL – 
ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 37, INCISO II, DA CONSTITUIÇÃO – OCORRÊNCIA 
– DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A 
IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À 
DECISÃO RECORRIDA – SUCUMBÊNCIA RECURSAL (CPC, ART. 85, § 11) – NÃO 
DECRETAÇÃO, NO CASO, ANTE A AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM VERBA 
HONORÁRIA NA ORIGEM – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO .
(STF. RE 1128254/SP. Rel. Min. Celso de Mello. J. 10.09.2018)
Posicionamento da OAB
“(...)CARÁTER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO 
PÚBLICO INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS 
PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO. 
AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE.(...)”
(STF - ADI: 3026 DF, Relator: EROS GRAU, Data de Julgamento: 
08/06/2006, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 29/09/2006)
Prestação de Contas
“O Conselho Federal e os Conselhos Seccionais da Ordem dos 
Advogados do Brasil não estão obrigados a prestar contas ao Tribunal 
de Contas da União nem a qualquer outra entidade externa.”
(STF, RE 1.182.189/BA, Dje: 24.04.2023)
Fundações
1. Definição
Art. 5º, do Decreto 200/67 - Para os fins desta lei, considera-se:
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o 
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades 
de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos 
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e 
de outras fontes. 
Art. 5º, do Decreto 200/67 – (...)
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem 
personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua 
constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes 
aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às 
fundações. 
1. Convivem no ordenamento jurídico brasileiro três tipos de fundação: fundação de 
direito privado, instituída por particulares; fundações públicas de direito privado, 
instituídas pelo Poder Público; e fundações públicas de direito público, que possuem 
natureza jurídica de autarquia.
(...)
3. Nos termos da jurisprudência do STF e do STJ, fundação pública é toda fundação 
instituída pelo Estado, podendo sujeitar-se ao regime público ou privado, a 
depender do estatuto da fundação e das atividades por ela exercidas. As fundações 
públicas de direito público são criadas por lei específica, também chamadas de 
fundações autárquicas. No caso das fundações públicas de direito privado, uma lei 
específica é editada autorizando sua criação.
(STJ. REsp n.º 1.409.199/SC. Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 10.03.2020)
2. Reflexos:
a) Personalidade Jurídica
b) Capacidade processual
Criação e Extinção
Exigência de lei
Art. 37, da CF – (...)
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação; 
Finalidade
• Só para a prestação de serviços públicos. 
Autonomia
• Por terem personalidade jurídica
• Por serem sujeitos de direitos e obrigações;
• São dotadas de autonomia: Administrativa e Financeira
Controle de suas decisões
• Em vista da autonomia a elas atribuída, o controle é feito pelo 
Ministério a que estão vinculadas, será tão-somente de legalidade e 
finalístico.
Privilégios: só para autarquias fundacionais
1. Imunidade tributária
Art. 150, da CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Art. 150, da CF – (...)
§ 2º Avedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público e à empresa pública prestadora de 
serviço postal, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a 
suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
2. Processuais
Art. 183, do CPC - A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios 
e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão 
de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja 
contagem terá início a partir da intimação pessoal.
4. A expressão Fazenda Pública abrange os entes federativos e suas respectivas 
autarquias e fundações de direito público“ (REsp 1.330.190/SP, Rel. Ministro 
Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 11.12.2012, DJe 19.12.2012), de 
modo que se aplicam as disposições do art. 85, § 3º, do CPC/2015 ao Procon, ante 
a sua personalidade de direito público.
(STJ - AgInt no AREsp: 1876468 SP 2021/0111688-1, Relator: Ministro GURGEL DE 
FARIA, Data de Julgamento: 04/04/2022, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de 
Publicação: DJe 12/04/2022)
3. Dividas executadas pelo regime de precatórios
Art. 100, da CF - Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas 
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença 
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de 
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, 
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
Competência
Art. 109, da CF - Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública 
federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou 
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Súmula 324/STJ - Compete à Justiça Federal processar e julgar ações de 
que participa a Fundação Habitacional do Exército, equiparada à 
entidade autárquica federal, supervisionada pelo Ministério do 
Exército.
Art. 114, da CF - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
CONSTITUCIONAL E TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 114, I, DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL. EMENDA CONSTITUCIONAL 45/2004. AUSÊNCIA DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. EXPRESSÃO 
“RELAÇÃO DE TRABALHO”. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. EXCLUSÃO DAS AÇÕES ENTRE O PODER 
PÚBLICO E SEUS SERVIDORES. PRECEDENTES. MEDIDA CAUTELAR CONFIRMADA. AÇÃO DIRETA JULGADA 
PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. O processo legislativo para edição da Emenda Constitucional 45/2004, que deu 
nova redação ao inciso I do art. 114 da Constituição Federal, é, do ponto de vista formal, constitucionalmente 
hígido. 2. A interpretação adequadamente constitucional da expressão “relação do trabalho” deve excluir os 
vínculos de natureza jurídico-estatutária, em razão do que a competência da Justiça do Trabalho não alcança as 
ações judiciais entre o Poder Público e seus servidores. 3. Medida Cautelar confirmada e Ação Direta julgada 
parcialmente procedente.
(STF - ADI: 3395 DF 0000193-53.2005.1.00.0000, Relator: ALEXANDRE DE MORAES, Data de Julgamento: 
15/04/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 01/07/2020)
Responsabilidade
Art. 37, da CF – (...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Responsabilidade subsidiária do Estado
• Apenas depois de esgotadas as forças da Fundação.
Regime falimentar
• Não se submetem, pois, pelo Princípio da Similaridade, por meio de 
lei são criadas e extintas.
• Por serem criadas apenas para a prestação de serviços públicos.
DEFINIÇÃO
Pessoas jurídica de direito público (fundações públicas) ou de direito privado (fundações 
governamentais integrantes da Administração Indireta)
PERSONALIDADE JURÍDICA
Pessoas jurídica de direito público (fundações públicas) ou de direito privado (fundações 
governamentais)
CAPACIDADE PROCESSUAL Tem, podendo, pois, propor ou sofrer ações judiciais
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
Por lei específica, ordinária, de iniciativa do Chefe do Executivo (art. 37, XIX, da CF). Se for 
atribuída personalidade de direito privado, a lei apenas autoriza sua criação. Se atribuída a 
personalidade de direito público, a aprovação da lei resulta na sua criação.
CONTROLE
Sofrem controle de legalidade, de finalidade, do Executivo, inexistindo relação de 
hierarquia, de subordinação.
PRIVILÉGIOS Sim, tanto de natureza fiscal, quando de natureza processual.
OBJETIVO Criadas apenas para a prestação de serviços públicos
RESPONSABILIDADE
Respondem pelas obrigações que contraírem e pelos danos que causarem, e a 
Administração que as criou, em caráter subsidiário.
FALÊNCIA Não se submetem.
DEMANDAS JUDICIAIS Justiça Federal, art. 109, I, da CF; Súmula 324/STJ
Agências executivas
1. Definição
Qualificativo atribuído as autarquias e fundações, por iniciativa do 
Ministério supervisor, que tiverem com ele celebrado contrato de 
gestão, voltado para melhoria da qualidade de gestão e redução de 
custos.
2. Reflexos:
Não se trata de pessoa jurídica, mas de um qualificativo atribuído, em 
caráter temporário.
Legitimidade
• Por iniciativa do Ministério ao qual as autarquias ou fundações estão 
vinculadas.
Legislação
• Lei 9.649/98
Instrumento
• Nos termos da Lei 9.649/98, através de um contrato de gestão.
Art. 37, da CF – (...)
§ 8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da 
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre 
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de 
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e 
responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal.
Art. 51, da Lei 9.649/98 - O Poder Executivo poderá qualificar como 
Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os 
seguintes requisitos:
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério 
supervisor.
Art. 51, da Lei 9.649/98 – (...)
§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do 
Presidente da República.
Art. 52, da Lei 9.649/98 – (...)
§ 1º Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados 
com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, 
metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem 
como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a 
avaliação do seu cumprimento.
Art. 75, da Lei 14.133/21 - É dispensável a licitação:
I - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), 
no caso de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de 
veículos automotores;
II - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil 
reais), no caso de outros serviços e compras;
§ 2º Os valores referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão duplicados 
para compras, obras e serviços contratados por consórcio público ou por autarquia 
ou fundação qualificadas como agências executivas na forma da lei.
Término do prazo do contrato de gestão
• Aotérmino do prazo do contrato de gestão, o qualificativo atribuído 
se encerra, voltando as pessoas jurídicas a condição de autarquias e 
fundações.
DEFINIÇÃO
Qualificativo atribuído a certas pessoas integrantes da Administração indireta, por prado 
determinado.
DESTINATÁRIOS Autarquias e Fundações de esfera federal
NATUREZA
Não se trata de criação de uma nova pessoa jurídica, mas apenas de qualificativo atribuído 
temporariamente.
LEGITIMIDADE
A legitimidade para atribuição deste qualificativo pertence ao Ministério a que se 
encontram vinculadas
LEGISLAÇÃO Criadas pela Lei n.º 9.649/98, em especial no art. 51.
QUALIFICAÇÃO
- Celebração de contrato de gestão com Ministério supervisor (art. 37, § 8º, da CF)
- Possuir plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em 
andamento
INTRUMENTO Decreto
OBJETIVOS
Ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira para o cumprimento de 
metas de desempenho
FUNDAMENTO Princípio da eficiência.
Empresas Públicas
• 1. Definição
Art. 5º, do Decreto 200/67 – (...)
II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, 
criado por lei para a exploração de atividade econômica que o 
Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de 
conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das 
formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei 
nº 900, de 1969)
Art. 3º, da Lei 13.303/16 - Empresa pública é a entidade dotada de 
personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e 
com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela 
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em 
propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será 
admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas 
jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da 
administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.
2. Reflexos
• Personalidade jurídica
• Capacidade processual
3. Criação e extinção
Art. 37 – (...)
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 45, do CC - Começa a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo 
registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação 
do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por 
que passar o ato constitutivo.
4. Finalidades
• Prestação de serviços públicos
• Exploração de atividades econômicas
5. Autonomia
• Não existe vínculo de hierarquia ou subordinação entre as empresas 
públicas e a Administração Direta responsável por sua criação.
6. Controle de suas decisões
• De finalidade, legalidade ou tutela em relação as atividades por elas 
desenvolvidas
7. Privilégios
A) critério: fica na estreita dependência das atividades por elas 
desenvolvidas.
1. Tributários 
Art. 150, da CF – (...)
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às 
fundações instituídas e mantidas pelo poder público e à empresa 
pública prestadora de serviço postal, no que se refere ao patrimônio, à 
renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às 
delas decorrentes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
2. Processuais
• Precatórios
“4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orienta que a 
equiparação de empresa estatal à Fazenda Pública, para fins de atrair o 
regime dos precatórios, depende do preenchimento cumulativo de três 
requisitos: “(i) prestar, exclusivamente, serviços públicos de caráter 
essencial, (ii) em regime não concorrencial e (iii) não ter a finalidade 
primária de distribuir lucros”
(STF - ADPF: 956 BA, Relator: Min. ANDRÉ MENDONÇA, Data de 
Julgamento: 25/03/2024, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 27-05-2024 PUBLIC 
28-05-2024)
8. Competência
Art. 109, da CF - Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública 
federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou 
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
9. Responsabilidade
• Da própria empresa, cogitando-se, no máximo, de responsabilidade 
subsidiária da Administração se prestadora de serviços públicos.
A) critério: natureza da atividade causadora do dano.
a.1) Se prestadora de serviços públicos (art. 37, § 6º, da CF)
a.2) Se exploradora de atividades econômicas (art. 173, § 1º, II, da CF)
10. Falência
A) Critério: natureza da atividade prestada.
a.1) Se criadas para a prestação de serviços públicos, não se sujeita.
a.2) Se criadas para exploração de atividade econômica, há possibilidade, por atuar 
em regime de concorrência com a iniciativa privada.
Art. 173, da CF – (...)
§ 1º - (...)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto 
aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
11. Advogados
• Para as exploradoras de atividades econômicas, por atuarem em 
regime de competição atrai o art. 173, § 1º, II, da CF.
• Para as prestadoras de serviços públicos, por se encontrarem fora do 
RJU, e por não atuarem em regime de competição, o regime poderá 
ser o estatutário ou celetista.
DEFINIÇÃO Pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta
PERSONALIDADE JURÍDICA Sim. De direito privado
CAPACIDADE PROCESSUAL Sim
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
Por lei, ordinária, específica, de iniciativa do Chefe do Poder Executivo que 
apenas autoriza sua criação, dependendo de aprovação e registro.
CONTROLE Sim, legalidade e finalidade, inexistindo relação de hierarquia, subordinação.
PRIVILÉGIOS
Tributários: Possuem, se prestadora de serviços públicos postais (art. 150, § 2º, 
da CF)
Processuais: não possuem, por não estarem incluídas no conceito de Fazenda 
Pública
Precatórios: por orientação do STF será este o regime se prestadoras de serviços 
públicos essenciais, não atuando de forma concorrencial.
OBJETIVOS
Podem ser criadas para a prestação de serviço público ou exploração de atividade 
econômica.
RESPONSABILIDADE
Da própria empresa, cogitando-se, no máximo, de responsabilidade subsidiária 
da Administração, se prestadora de serviços públicos.
FALÊNCIA
- Se criadas para a prestação de serviços públicos, não se cogita de falência;
- Se criadas para exploração de atividades econômicas, a possibilidade de 
apresenta, por força do art. 173, § 1º, II, da CF.
CAPITAL
Inteiramente público, de uma (unipessoal) ou diversas (pluripessoal) pessoas 
jurídicas de direito público.
FORMA EMPRESARIAL Qualquer modalidade empresarial
DEMANDAS JUDICIAIS
Para empresas federais, a competência é atribuída a Justiça Federal (art. 109, I, 
da CF)
ADVOGADOS
Para as exploradoras de atividades econômicas, por atuarem em regime de 
competição atrai o art. 173, § 1º, II, da CF.
Para as prestadoras de serviços públicos, por se encontrarem fora do RJU, e por 
não atuarem em regime de competição, o regime poderá ser o estatutário ou 
celetista
PERFIL
Se prestadora de serviços públicos (art. 37, § 6º, da CF)
Se exploradoras de atividades econômicas (art. 173, § 1º, II, da CF)
Sociedade de economia mista
• 1. Definição
Art. 5º, do Decreto 200/67 – (...)
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de 
personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a 
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedadeanônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à 
União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada 
pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
Art. 4º, da Lei 13.303/16 - Sociedade de economia mista é a entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação 
autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações 
com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração 
indireta.
2. Reflexos
• Personalidade jurídica
• Capacidade processual
3. Criação e extinção
Art. 37 – (...)
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
4. Finalidades
• Prestação de serviços público
• Exploração de atividades econômicas
5. Autonomia
• Não existe vínculo de hierarquia ou subordinação entre as sociedades 
de economia mista e a Administração Direta responsável por sua 
criação.
6. Controle de suas decisões
• De finalidade, legalidade ou tutela em relação as atividades por elas 
desenvolvidas
7. Privilégios
• Tributário: não tem, independente da atividade para a qual foram 
criadas, por não estarem contempladas no art. 150, § 2º, da CF.
• Processual: não tem, independente da atividade para a qual foram 
criadas, por não estarem contempladas no conceito de Fazenda 
Pública
• Precatórios
“4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orienta que a 
equiparação de empresa estatal à Fazenda Pública, para fins de atrair o 
regime dos precatórios, depende do preenchimento cumulativo de três 
requisitos: “(i) prestar, exclusivamente, serviços públicos de caráter 
essencial, (ii) em regime não concorrencial e (iii) não ter a finalidade 
primária de distribuir lucros”
(STF - ADPF: 956 BA, Relator: Min. ANDRÉ MENDONÇA, Data de 
Julgamento: 25/03/2024, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 27-05-2024 PUBLIC 
28-05-2024)
8. Competência
Súmula 556/STF - É competente a Justiça Comum para julgar as causas 
em que é parte sociedade de economia mista.
Súmula 42/STJ - Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar 
as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os 
crimes praticados em seu detrimento.
Súmula 517/STF - As sociedades de economia mista só têm foro na 
Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente.
Art. 114, da CF - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
9. Responsabilidade
• Da própria empresa, cogitando-se, no máximo, de responsabilidade 
subsidiária da Administração se prestadora de serviços públicos.
10. Falência
• Se criadas para a prestação de serviços públicos, não se sujeita.
• Se criadas para exploração de atividade econômica, há possibilidade.
Art. 173, da CF – (...)
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade 
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica 
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, 
dispondo sobre:
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive 
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
DEFINIÇÃO Pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta.
PERSONALIDADE JURÍDICA Sim. De direito privado
CAPACIDADE PROCESSUAL Sim
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO Por lei, ordinária, específica, de iniciativa do Chefe do Executivo que apenas 
autoriza sua criação dependendo de aprovação e registro
CONTROLE Sim, de legalidade e finalidade, inexistindo relação de hierarquia, subordinação.
PRIVILÉGIOS Tributário: não tem, independente da atividade para a qual foram criadas, por 
não estarem contempladas no art. 150, § 2º, da CF.
Processual: não tem, independente da atividade para a qual foram criadas, por 
não estarem contempladas no conceito de “Fazenda Pública”.
Precatório: por orientação do STF será este o regime se prestadoras de serviços 
públicos essenciais, não atuando de forma concorrencial.
OBJETIVOS Podem ser criadas para prestação de serviços públicos ou exploração de 
atividades econômicas.
RESPONSABILIDADE É da própria sociedade, cogitando-se, no máximo, de responsabilidade 
subsidiária da Administração, se prestadora de serviços públicos.
FALÊNCIA - Se criadas para a prestação de serviços públicos, não se cogita de falência;
- Se criadas para exploração de atividades econômicas, a possibilidade de 
apresenta, por força do art. 173, § 1º, II, da CF.
CAPITAL Misto, com prevalência do público
FORMA EMPRESARIAL Somente a forma de sociedade anônima
DEMANDAS JUDICIAIS Justiça comum estadual, súmulas 556/STF, 42/STF e, quando há presença da 
União, desloca-se para Justiça Federal 517/STF.
PERFIL
Se prestadora de serviços públicos (art. 37, § 6º, da CF)
Se exploradoras de atividades econômicas (art. 173, § 1º, II, da CF)
ADVOGADOS
Para as exploradoras de atividades econômicas, por atuarem em regime de 
competição atrai o art. 173, § 1º, II, da CF.
Para as prestadoras de serviços públicos, por se encontrarem fora do RJU, e por 
não atuarem em regime de competição, o regime poderá ser o estatutário ou 
celetista

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