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Nome do curso Prof. Celso Spitzcovsky Módulo II Estrutura da Administração Tema 1 Organização da Administração Regime Jurídico Administrativo Art. 1º, da CF –A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Objetivo único Prerrogativas Regime Jurídico Administrativo Deveres Reflexo PRERROGATIVAS OBJETIVO ÚNICO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO DEVERES Art. 37, da CF - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: Estrutura da Administração Pública Estrutura da Administração Pública Administração Direta Ministérios Secretarias Subprefeituras Indireta Autarquias Fundações Empresas Sociedades MINISTÉRIOS SECRETARIAS SUBPREFEITURAS ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DIRETA AUTARQUIAS FUNDAÇÕES EMPRESAS SOCIEDADES Estrutura Direta da Administração 1. Integrantes 2. Definição Art. 1º, da Lei 9.784/99 – (...) § 2º - Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; Reflexos 1. Personalidade jurídica Art. 37, da CF – (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 2. Capacidade processual a) Regra geral b) Exceções Do Ministério Público Art. 127, da CF - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Art. 176, do CPC - O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis. Art. 177, do CPC - O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas atribuições constitucionais. Defensoria Pública Art. 134, da CF - A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. Art. 5º, da CF – (...) LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; Advocacia Pública Art. 131, da CF - A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Procuradorias Art. 132, da CF - Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Tribunais de Contas • Art. 71, da CF - O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Teoria do Órgão Criação e extinção Art. 61, da CF – (...) § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: II - disponham sobre: e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; Art. 84, da CF - Compete privativamente ao Presidente da República: VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; Art. 84, da CF – (...) Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Classificação: critério Posição Ocupada Constitucional Infraconstitucional Estrutura da Administraçã o Direta INTEGRANTES Órgãos DEFINIÇÃO Centros de competência previamente definidos por lei PERSONALIDADE JURÍDICA Não tem. Assim, não se apresentam como sujeito de direitos e obrigações. CAPACIDADE PROCESSUAL Em regra, não possuem. As exceções que se apresentam devem-se ao posicionamento jurídico do órgão e aos interesses que representa. Ex: MP; Defensorias; Procuradorias. TEORIA DO ÓRGÃO Imputa a responsabilidade pelos atos praticados aos agentes, não a eles, não aos órgãos em que se encontram lotados, mas à esfera de governo em que se encontram (art. 37, § 6º, da CF). CRIAÇÃO Por lei, de iniciativa do Chefe do Executivo (art. 61, § 1º, II, e, da Constituição Federal) EXTINÇÃO Por lei, de iniciativa do Chefe do Executivo (art. 61, § 1º, II, e, da Constituição Federal) ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO Por lei, se implicar aumento de despesa. Por simples decreto, se não implicar (art. 84, VI, a, da Constituição Federal) CLASSIFICAÇÃO Principal critério — quanto a posição ocupada, dividindo-se em: a) no nível constitucional b) no nível infraconstitucional Administração Indireta: 1. Integrantes: Art. 4º, do Decreto 200/67 – (...) II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; Art. 1º, da Lei 9.784/99 - (...) § 2º - Para os fins desta Lei, consideram-se: II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; Definição Art. 5º, Decreto 200/67 - Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Art. 41, do Código Civil - São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; Reflexos 1. Personalidade Jurídica 2. Capacidade Processual Criação e extinção Art. 37, da CF – (...) XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; Portanto: •Lei específica •Ordinária; e •De iniciativa do chefe do Poder Executivo Finalidade • Só para a prestação de serviços públicos. Autonomia • Por terem personalidade jurídica • Por serem sujeitos de direitos e obrigações; • São dotadas de autonomia: Administrativa e Financeira Controle de suas decisões • Em vista da autonomia a elas atribuída, o controle é feito pelo Ministério a que estão vinculadas, será tão-somente de legalidade e finalístico. Privilégios 1. Imunidade tributária Art. 150, da CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, rendaou serviços, uns dos outros; Art. 150, da CF – (...) § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público e à empresa pública prestadora de serviço postal, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1 2. Processuais Art. 183, do CPC - A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 4. A expressão Fazenda Pública abrange os entes federativos e suas respectivas autarquias e fundações de direito público“ (REsp 1.330.190/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 11.12.2012, DJe 19.12.2012), de modo que se aplicam as disposições do art. 85, § 3º, do CPC/2015 ao Procon, ante a sua personalidade de direito público. (STJ - AgInt no AREsp: 1876468 SP 2021/0111688-1, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Julgamento: 04/04/2022, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/04/2022) 3. Dividas executadas pelo regime de precatórios Art. 100, da CF - Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. Competência Art. 109, da CF - Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; Responsabilidade Art. 37, da CF – (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Responsabilidade subsidiária do Estado • Apenas depois de esgotadas as forças da Autarquia. Regime falimentar • Não se submetem, pois, pelo Princípio da Similaridade, por meio de lei são criadas e extintas. • Por serem criadas apenas para a prestação de serviços públicos. DEFINIÇÃO Pessoa jurídica de direito público de base associativa PERSONALIDADE JURÍDICA Tem. de direito público CAPACIDADE PROCESSUAL Tem. Assim, podem propor ou sofrer medidas judiciais CRIAÇÃO E EXTINÇÃO Por lei específica, ordinária, de iniciativa do Chefe do Executivo (art. 37, XIX, da CF) CONTROLE Sofrem controle de legalidade, de finalidade, de quem as criou, não existindo relação de hierarquia, de subordinação. PRIVILÉGIOS Os mesmos atribuídos a Administração Direta OBJETIVO Criadas apenas para a prestação de serviços públicos RESPONSABILIDADE É delas, pelas obrigações que contraírem, pelos danos que causarem, respondendo a administração, no máximo, em caráter subsidiário FALÊNCIA Não se submetem COMPETÊNCIA Autarquias federais = Justiça Federal (art. 109, I, da CF) EXECUÇÃO DE DÍVIDAS Regime de precatórios (art. 100, da CF) Agências Reguladoras 1. Natureza e regime jurídico Surgem como espécies de autarquias que apresentam por objetivo a regulamentação, o controle e a fiscalização da execução dos serviços públicos, em especial quando transferidos ao setor privado. Trata-se, portanto, de autarquias de regime especial, às quais se aplicam todas as características até então verificadas para as demais. Estabilidade dos seus dirigentes Art. 52, da CF - Compete privativamente ao Senado Federal: III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: f) titulares de outros cargos que a lei determinar; Art. 3º, da Lei 13.848/19 - A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação. Ampliação da autonomia financeira: essa característica de seu regime especial acaba por conferir a elas a possibilidade de auferirem rendas por intermédio de outras fontes de arrecadação, nos termos previstos em sua legislação criadora. Assim é que têm elas a possibilidade de cobrança de taxas de fiscalização pelos serviços que prestam, cobrança de multas e também dos convênios que celebram. E, ainda, proveniente da transferência de verbas de fundos de desenvolvimento. Poder normativo: essa característica de seu regime especial transfere às agências a competência para a regulamentação de matérias a elas destinadas, sem, no entanto, invadir aquelas de reserva de lei. Art. 36, da Lei 13.848/19 - A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 5º O Diretor-Geral e os Diretores serão nomeados pelo Presidente da República para cumprir mandatos não coincidentes de 5 (cinco) anos, vedada a recondução, ressalvado o que dispõe o art. 29. Parágrafo único. A nomeação dos membros da Diretoria Colegiada dependerá de prévia aprovação do Senado Federal, nos termos da alínea “f” do inciso III do art. 52 da Constituição Federal, observado o disposto na Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000.” (NR) Duração dos mandatos https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9427cons.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9427cons.htm#art5. Art. 42 da lei 13.848/19 - A Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 8º-A. É vedada a indicação para o Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada: I - de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal, dirigente estatutário de partido político e titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da federação, ainda que licenciados dos cargos; II - de pessoa que tenha atuado, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral; https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm#art8a III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; IV - de pessoa que tenha participação, direta ou indireta, em empresa ou entidade que atue no setor sujeito à regulação exercida pela agência reguladora em que atuaria, ou que tenha matéria ou ato submetido à apreciação dessa agência reguladora; V - de pessoa que se enquadre nas hipóteses de inelegibilidade previstas no inciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990; VI - (VETADO); VII - de membro de conselho ou de diretoria de associação, regional ou nacional, representativa de interesses patronais ou trabalhistas ligados às atividades reguladas pela respectiva agência. Decisões Art. 6º, da Lei 13.848/19 - A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos termos de regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório (AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo. Art. 20, da LINDB - Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradasas consequências práticas da decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Quarentena Art. 42 da lei 13.848/19 - A Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 8º Os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada ficam impedidos de exercer atividade ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por período de 6 (seis) meses, contados da exoneração ou do término de seu mandato, assegurada a remuneração compensatória. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm#art8.. DEFINIÇÃO Autarquias de regime especial PERSONALIDADE JURÍDICA Tem. Assim se apresentam como sujeitos de direitos e obrigações CAPACIDADE PROCESSUAL Tem. Podendo, pois, propor ou sofrer ações judiciais CRIAÇÃO E EXTINÇÃO Por lei específica, ordinária, de iniciativa do Chefe do Executivo CONTROLE Sofrer controle de legalidade, de finalidade, de quem as criou, não existindo relação de hierarquia, de subordinação. PRIVILÉGIOS Os mesmos atribuídos à Administração Direta OBJETIVO Regular a prestação de serviços públicos RESPONSABILIDADE É delas, pelas obrigações que contraírem, respondendo a administração em caráter subsidiário. FALÊNCIA Não se submetem REGIME ESPECIAL - Dotadas de poder normativo - Estabilidade para seus dirigentes, durante a vigência do mandato, na forma prevista na Lei 13.848/19 QUARENTENA A lei prevê um período de 4 meses em que o ex-dirigente fica impedido de prestar serviços neste setor SANÇÕES O descumprimento dessa orientação abre a possibilidade de responsabilização nas esferas administrativas, civil e penal, na forma do art. 8º, § 4º, da Lei 9.986/00. Associações públicas 1. Natureza: espécies de autarquias Art. 41, do Código Civil - São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; Art. 241, da CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 1º, da Lei 11.107/05 - Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. § 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. Art. 6º, da Lei 11.107/05 - O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; § 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. DEFINIÇÃO Pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração indireta dos entes consorciados NATUREZA Em que pese existência de divergências, pode-se afirmar tenham elas natureza autárquica (art. 41, IV, do CC) ORIGEM Nomenclatura atribuída pelo art. 6º, da Lei 11.107/05, à sociedade de propósito específico, com personalidade jurídica de direito público, encarregada de gerenciar a execução do consórcio público. PRIVILÉGIOS Possibilidade de serem contratadas por dispensa de licitação e pelo dobro do limite em razão do valor (art. 75, I e II) Conselhos Profissionais 1. Natureza jurídica: autárquica “(...) Os conselhos de fiscalização profissionais possuem natureza jurídica de autarquia, sujeitando-se, portanto, ao regime jurídico de direito público. (...)” (STJ, REsp 1.757.798/RJ. Jurisprudência em Teses, n.º 135. Dje: 12.02.2019) RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL – CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO – EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL – ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 37, INCISO II, DA CONSTITUIÇÃO – OCORRÊNCIA – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – SUCUMBÊNCIA RECURSAL (CPC, ART. 85, § 11) – NÃO DECRETAÇÃO, NO CASO, ANTE A AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM VERBA HONORÁRIA NA ORIGEM – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO . (STF. RE 1128254/SP. Rel. Min. Celso de Mello. J. 10.09.2018) Posicionamento da OAB “(...)CARÁTER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE.(...)” (STF - ADI: 3026 DF, Relator: EROS GRAU, Data de Julgamento: 08/06/2006, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 29/09/2006) Prestação de Contas “O Conselho Federal e os Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil não estão obrigados a prestar contas ao Tribunal de Contas da União nem a qualquer outra entidade externa.” (STF, RE 1.182.189/BA, Dje: 24.04.2023) Fundações 1. Definição Art. 5º, do Decreto 200/67 - Para os fins desta lei, considera-se: IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. Art. 5º, do Decreto 200/67 – (...) § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações. 1. Convivem no ordenamento jurídico brasileiro três tipos de fundação: fundação de direito privado, instituída por particulares; fundações públicas de direito privado, instituídas pelo Poder Público; e fundações públicas de direito público, que possuem natureza jurídica de autarquia. (...) 3. Nos termos da jurisprudência do STF e do STJ, fundação pública é toda fundação instituída pelo Estado, podendo sujeitar-se ao regime público ou privado, a depender do estatuto da fundação e das atividades por ela exercidas. As fundações públicas de direito público são criadas por lei específica, também chamadas de fundações autárquicas. No caso das fundações públicas de direito privado, uma lei específica é editada autorizando sua criação. (STJ. REsp n.º 1.409.199/SC. Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 10.03.2020) 2. Reflexos: a) Personalidade Jurídica b) Capacidade processual Criação e Extinção Exigência de lei Art. 37, da CF – (...) XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; Finalidade • Só para a prestação de serviços públicos. Autonomia • Por terem personalidade jurídica • Por serem sujeitos de direitos e obrigações; • São dotadas de autonomia: Administrativa e Financeira Controle de suas decisões • Em vista da autonomia a elas atribuída, o controle é feito pelo Ministério a que estão vinculadas, será tão-somente de legalidade e finalístico. Privilégios: só para autarquias fundacionais 1. Imunidade tributária Art. 150, da CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; Art. 150, da CF – (...) § 2º Avedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público e à empresa pública prestadora de serviço postal, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1 2. Processuais Art. 183, do CPC - A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 4. A expressão Fazenda Pública abrange os entes federativos e suas respectivas autarquias e fundações de direito público“ (REsp 1.330.190/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 11.12.2012, DJe 19.12.2012), de modo que se aplicam as disposições do art. 85, § 3º, do CPC/2015 ao Procon, ante a sua personalidade de direito público. (STJ - AgInt no AREsp: 1876468 SP 2021/0111688-1, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Julgamento: 04/04/2022, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/04/2022) 3. Dividas executadas pelo regime de precatórios Art. 100, da CF - Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. Competência Art. 109, da CF - Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; Súmula 324/STJ - Compete à Justiça Federal processar e julgar ações de que participa a Fundação Habitacional do Exército, equiparada à entidade autárquica federal, supervisionada pelo Ministério do Exército. Art. 114, da CF - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; CONSTITUCIONAL E TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 114, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EMENDA CONSTITUCIONAL 45/2004. AUSÊNCIA DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. EXPRESSÃO “RELAÇÃO DE TRABALHO”. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. EXCLUSÃO DAS AÇÕES ENTRE O PODER PÚBLICO E SEUS SERVIDORES. PRECEDENTES. MEDIDA CAUTELAR CONFIRMADA. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. O processo legislativo para edição da Emenda Constitucional 45/2004, que deu nova redação ao inciso I do art. 114 da Constituição Federal, é, do ponto de vista formal, constitucionalmente hígido. 2. A interpretação adequadamente constitucional da expressão “relação do trabalho” deve excluir os vínculos de natureza jurídico-estatutária, em razão do que a competência da Justiça do Trabalho não alcança as ações judiciais entre o Poder Público e seus servidores. 3. Medida Cautelar confirmada e Ação Direta julgada parcialmente procedente. (STF - ADI: 3395 DF 0000193-53.2005.1.00.0000, Relator: ALEXANDRE DE MORAES, Data de Julgamento: 15/04/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 01/07/2020) Responsabilidade Art. 37, da CF – (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Responsabilidade subsidiária do Estado • Apenas depois de esgotadas as forças da Fundação. Regime falimentar • Não se submetem, pois, pelo Princípio da Similaridade, por meio de lei são criadas e extintas. • Por serem criadas apenas para a prestação de serviços públicos. DEFINIÇÃO Pessoas jurídica de direito público (fundações públicas) ou de direito privado (fundações governamentais integrantes da Administração Indireta) PERSONALIDADE JURÍDICA Pessoas jurídica de direito público (fundações públicas) ou de direito privado (fundações governamentais) CAPACIDADE PROCESSUAL Tem, podendo, pois, propor ou sofrer ações judiciais CRIAÇÃO E EXTINÇÃO Por lei específica, ordinária, de iniciativa do Chefe do Executivo (art. 37, XIX, da CF). Se for atribuída personalidade de direito privado, a lei apenas autoriza sua criação. Se atribuída a personalidade de direito público, a aprovação da lei resulta na sua criação. CONTROLE Sofrem controle de legalidade, de finalidade, do Executivo, inexistindo relação de hierarquia, de subordinação. PRIVILÉGIOS Sim, tanto de natureza fiscal, quando de natureza processual. OBJETIVO Criadas apenas para a prestação de serviços públicos RESPONSABILIDADE Respondem pelas obrigações que contraírem e pelos danos que causarem, e a Administração que as criou, em caráter subsidiário. FALÊNCIA Não se submetem. DEMANDAS JUDICIAIS Justiça Federal, art. 109, I, da CF; Súmula 324/STJ Agências executivas 1. Definição Qualificativo atribuído as autarquias e fundações, por iniciativa do Ministério supervisor, que tiverem com ele celebrado contrato de gestão, voltado para melhoria da qualidade de gestão e redução de custos. 2. Reflexos: Não se trata de pessoa jurídica, mas de um qualificativo atribuído, em caráter temporário. Legitimidade • Por iniciativa do Ministério ao qual as autarquias ou fundações estão vinculadas. Legislação • Lei 9.649/98 Instrumento • Nos termos da Lei 9.649/98, através de um contrato de gestão. Art. 37, da CF – (...) § 8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal. Art. 51, da Lei 9.649/98 - O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. Art. 51, da Lei 9.649/98 – (...) § 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. Art. 52, da Lei 9.649/98 – (...) § 1º Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu cumprimento. Art. 75, da Lei 14.133/21 - É dispensável a licitação: I - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), no caso de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos automotores; II - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), no caso de outros serviços e compras; § 2º Os valores referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão duplicados para compras, obras e serviços contratados por consórcio público ou por autarquia ou fundação qualificadas como agências executivas na forma da lei. Término do prazo do contrato de gestão • Aotérmino do prazo do contrato de gestão, o qualificativo atribuído se encerra, voltando as pessoas jurídicas a condição de autarquias e fundações. DEFINIÇÃO Qualificativo atribuído a certas pessoas integrantes da Administração indireta, por prado determinado. DESTINATÁRIOS Autarquias e Fundações de esfera federal NATUREZA Não se trata de criação de uma nova pessoa jurídica, mas apenas de qualificativo atribuído temporariamente. LEGITIMIDADE A legitimidade para atribuição deste qualificativo pertence ao Ministério a que se encontram vinculadas LEGISLAÇÃO Criadas pela Lei n.º 9.649/98, em especial no art. 51. QUALIFICAÇÃO - Celebração de contrato de gestão com Ministério supervisor (art. 37, § 8º, da CF) - Possuir plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento INTRUMENTO Decreto OBJETIVOS Ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira para o cumprimento de metas de desempenho FUNDAMENTO Princípio da eficiência. Empresas Públicas • 1. Definição Art. 5º, do Decreto 200/67 – (...) II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 3º, da Lei 13.303/16 - Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 2. Reflexos • Personalidade jurídica • Capacidade processual 3. Criação e extinção Art. 37 – (...) XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 45, do CC - Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 4. Finalidades • Prestação de serviços públicos • Exploração de atividades econômicas 5. Autonomia • Não existe vínculo de hierarquia ou subordinação entre as empresas públicas e a Administração Direta responsável por sua criação. 6. Controle de suas decisões • De finalidade, legalidade ou tutela em relação as atividades por elas desenvolvidas 7. Privilégios A) critério: fica na estreita dependência das atividades por elas desenvolvidas. 1. Tributários Art. 150, da CF – (...) § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público e à empresa pública prestadora de serviço postal, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 2. Processuais • Precatórios “4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orienta que a equiparação de empresa estatal à Fazenda Pública, para fins de atrair o regime dos precatórios, depende do preenchimento cumulativo de três requisitos: “(i) prestar, exclusivamente, serviços públicos de caráter essencial, (ii) em regime não concorrencial e (iii) não ter a finalidade primária de distribuir lucros” (STF - ADPF: 956 BA, Relator: Min. ANDRÉ MENDONÇA, Data de Julgamento: 25/03/2024, Tribunal Pleno, Data de Publicação: PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 27-05-2024 PUBLIC 28-05-2024) 8. Competência Art. 109, da CF - Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; 9. Responsabilidade • Da própria empresa, cogitando-se, no máximo, de responsabilidade subsidiária da Administração se prestadora de serviços públicos. A) critério: natureza da atividade causadora do dano. a.1) Se prestadora de serviços públicos (art. 37, § 6º, da CF) a.2) Se exploradora de atividades econômicas (art. 173, § 1º, II, da CF) 10. Falência A) Critério: natureza da atividade prestada. a.1) Se criadas para a prestação de serviços públicos, não se sujeita. a.2) Se criadas para exploração de atividade econômica, há possibilidade, por atuar em regime de concorrência com a iniciativa privada. Art. 173, da CF – (...) § 1º - (...) II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 11. Advogados • Para as exploradoras de atividades econômicas, por atuarem em regime de competição atrai o art. 173, § 1º, II, da CF. • Para as prestadoras de serviços públicos, por se encontrarem fora do RJU, e por não atuarem em regime de competição, o regime poderá ser o estatutário ou celetista. DEFINIÇÃO Pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta PERSONALIDADE JURÍDICA Sim. De direito privado CAPACIDADE PROCESSUAL Sim CRIAÇÃO E EXTINÇÃO Por lei, ordinária, específica, de iniciativa do Chefe do Poder Executivo que apenas autoriza sua criação, dependendo de aprovação e registro. CONTROLE Sim, legalidade e finalidade, inexistindo relação de hierarquia, subordinação. PRIVILÉGIOS Tributários: Possuem, se prestadora de serviços públicos postais (art. 150, § 2º, da CF) Processuais: não possuem, por não estarem incluídas no conceito de Fazenda Pública Precatórios: por orientação do STF será este o regime se prestadoras de serviços públicos essenciais, não atuando de forma concorrencial. OBJETIVOS Podem ser criadas para a prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica. RESPONSABILIDADE Da própria empresa, cogitando-se, no máximo, de responsabilidade subsidiária da Administração, se prestadora de serviços públicos. FALÊNCIA - Se criadas para a prestação de serviços públicos, não se cogita de falência; - Se criadas para exploração de atividades econômicas, a possibilidade de apresenta, por força do art. 173, § 1º, II, da CF. CAPITAL Inteiramente público, de uma (unipessoal) ou diversas (pluripessoal) pessoas jurídicas de direito público. FORMA EMPRESARIAL Qualquer modalidade empresarial DEMANDAS JUDICIAIS Para empresas federais, a competência é atribuída a Justiça Federal (art. 109, I, da CF) ADVOGADOS Para as exploradoras de atividades econômicas, por atuarem em regime de competição atrai o art. 173, § 1º, II, da CF. Para as prestadoras de serviços públicos, por se encontrarem fora do RJU, e por não atuarem em regime de competição, o regime poderá ser o estatutário ou celetista PERFIL Se prestadora de serviços públicos (art. 37, § 6º, da CF) Se exploradoras de atividades econômicas (art. 173, § 1º, II, da CF) Sociedade de economia mista • 1. Definição Art. 5º, do Decreto 200/67 – (...) III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedadeanônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 4º, da Lei 13.303/16 - Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. 2. Reflexos • Personalidade jurídica • Capacidade processual 3. Criação e extinção Art. 37 – (...) XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 4. Finalidades • Prestação de serviços público • Exploração de atividades econômicas 5. Autonomia • Não existe vínculo de hierarquia ou subordinação entre as sociedades de economia mista e a Administração Direta responsável por sua criação. 6. Controle de suas decisões • De finalidade, legalidade ou tutela em relação as atividades por elas desenvolvidas 7. Privilégios • Tributário: não tem, independente da atividade para a qual foram criadas, por não estarem contempladas no art. 150, § 2º, da CF. • Processual: não tem, independente da atividade para a qual foram criadas, por não estarem contempladas no conceito de Fazenda Pública • Precatórios “4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orienta que a equiparação de empresa estatal à Fazenda Pública, para fins de atrair o regime dos precatórios, depende do preenchimento cumulativo de três requisitos: “(i) prestar, exclusivamente, serviços públicos de caráter essencial, (ii) em regime não concorrencial e (iii) não ter a finalidade primária de distribuir lucros” (STF - ADPF: 956 BA, Relator: Min. ANDRÉ MENDONÇA, Data de Julgamento: 25/03/2024, Tribunal Pleno, Data de Publicação: PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 27-05-2024 PUBLIC 28-05-2024) 8. Competência Súmula 556/STF - É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. Súmula 42/STJ - Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. Súmula 517/STF - As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente. Art. 114, da CF - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 9. Responsabilidade • Da própria empresa, cogitando-se, no máximo, de responsabilidade subsidiária da Administração se prestadora de serviços públicos. 10. Falência • Se criadas para a prestação de serviços públicos, não se sujeita. • Se criadas para exploração de atividade econômica, há possibilidade. Art. 173, da CF – (...) § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) DEFINIÇÃO Pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta. PERSONALIDADE JURÍDICA Sim. De direito privado CAPACIDADE PROCESSUAL Sim CRIAÇÃO E EXTINÇÃO Por lei, ordinária, específica, de iniciativa do Chefe do Executivo que apenas autoriza sua criação dependendo de aprovação e registro CONTROLE Sim, de legalidade e finalidade, inexistindo relação de hierarquia, subordinação. PRIVILÉGIOS Tributário: não tem, independente da atividade para a qual foram criadas, por não estarem contempladas no art. 150, § 2º, da CF. Processual: não tem, independente da atividade para a qual foram criadas, por não estarem contempladas no conceito de “Fazenda Pública”. Precatório: por orientação do STF será este o regime se prestadoras de serviços públicos essenciais, não atuando de forma concorrencial. OBJETIVOS Podem ser criadas para prestação de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas. RESPONSABILIDADE É da própria sociedade, cogitando-se, no máximo, de responsabilidade subsidiária da Administração, se prestadora de serviços públicos. FALÊNCIA - Se criadas para a prestação de serviços públicos, não se cogita de falência; - Se criadas para exploração de atividades econômicas, a possibilidade de apresenta, por força do art. 173, § 1º, II, da CF. CAPITAL Misto, com prevalência do público FORMA EMPRESARIAL Somente a forma de sociedade anônima DEMANDAS JUDICIAIS Justiça comum estadual, súmulas 556/STF, 42/STF e, quando há presença da União, desloca-se para Justiça Federal 517/STF. PERFIL Se prestadora de serviços públicos (art. 37, § 6º, da CF) Se exploradoras de atividades econômicas (art. 173, § 1º, II, da CF) ADVOGADOS Para as exploradoras de atividades econômicas, por atuarem em regime de competição atrai o art. 173, § 1º, II, da CF. Para as prestadoras de serviços públicos, por se encontrarem fora do RJU, e por não atuarem em regime de competição, o regime poderá ser o estatutário ou celetista