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Geologia Aplicada IMPACTOS ANTROPOGÊNICOS 1 Mineração Agricultura Ocupação Urbana IMPACTOS DA MINERAÇÃO Reconhecimento Pesquisa Mineral Exploração – A céu aberto – Subterrânea Beneficiamento IMPACTOS DA MINERAÇÃO Mudança brusca de relevo Instabilização de encostas Incremento da erosão Assoreamento de rios e canais Turbidez das águas Contaminação Indução de ocupações de risco Indução da ocupação de risco POTENCIAIS IMPACTOS NEGATIVOS mineração a céu aberto – extração a seco Devastação da superfície Perigo de desmoronamentos Ruídos, poeiras, vapores Poluição / Contaminação das águas Alteração dos nutrientes Destruição da flora Deslocamento / morte da fauna POTENCIAIS IMPACTOS NEGATIVOS mineração a céu aberto – extração úmida Devastação da superfície Formação de grandes rejeitos Alteração dos cursos d’água Alta poluição e contaminação das águas Erosão na zona de lavra Destruição da flora Deslocamento / morte da fauna Criação de assentamentos subnormais POTENCIAIS IMPACTOS NEGATIVOS mineração a céu aberto – extração emplataforma continental Alteração dos terrenos marinhos Erosão costeira Ruidos e gases Turbidez e contaminação com águas residuais Redução dos nutrientes Destruição de organismos marinhos Queda de produtividade pesqueira POTENCIAIS IMPACTOS NEGATIVOS mineração a céu aberto – extração marinha profunda Ruídos, gases e escapamentos Formação de grandes rejeitos Turbidez e contaminação com águas residuais Erosão na zona de lavra Redução dos nutrientes Redução da produtividade pesqueira POTENCIAIS IMPACTOS NEGATIVOS lavra subterrânea Gases e explosões Contaminação das águas subterrâneas Rebaixamento do nivel freático Desabamentos de galerias Afundamentos em áreas ocupadas Geração de rejeitos IMPACTOS DA MINERAÇÃO www.virtus.ufpe.br IMPACTOS DA MINERAÇÃO IMPACTOS DA MINERAÇÃO RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ÁREAS DEGRADADAS SÃO GERADAS POR INTERVENÇÕES SIGNIFICATIVAS NOS PROCESSOS DO MEIO FÍSICO. Papel da Geologia/Engenharia na adoção de medidas corretivas: · identificação e previsão do comportamento dos fenomenos atuantes no meio físico degradado; · PROPOSIÇÃO de medidas para ações corretivas necessárias. CONCEITOS DE DEGRADAÇÃO DEGRADAÇÃO AMBIENTAL = IMPACTO AMBIENTAL NEGATIVO DEGRADAÇÃO: "Conjunto de processos resultantes de danos no meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos ambientais". (Decreto Federal 97.632/89) DEGRADAÇÃO DO SOLO: “Alterações adversas das características do solo em relação aos seus diversos usos possíveis, tanto estabelecidos em planejamento quanto os potenciais”. (ABNT, 1989) CONCEITOS DE RECUPERAÇÃO RESTAURAÇÃO (“restoration”): reprodução das condições exatas do local, tais como eram antes de serem alteradas pela intervenção; RECUPERAÇÃO (“reclamation”): local alterado é trabalhado de modo que as condições ambientais acabem se situando próximas às condições anteriores à intervenção; ou seja, trata-se de devolver ao local o equilíbrio e a estabilidade dos processos atuantes; REABILITAÇÃO (“reabilitation”): local alterado destinado a uma dada forma de uso de solo, de acordo com projeto prévio e em condições compatíveis com a ocupação circunvizinha, ou seja, trata-se de reaproveitar a área para outra finalidade; REMEDIAÇÃO (“remediation”) ações e tecnologias que visam eliminar, neutralizar ou transformar contaminantes presentes em subsuperfície (solo e águas subterrâneas). Refere-se a áreas contaminadas. RECUPERAÇÃO, amplamente utilizado, por incorporar os sentidos de restauração e reabilitação RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ASPECTOS LEGAIS “Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma de lei”. (Constituição Brasileira, 1988). RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR MINERAÇÃO Decreto Federal 97632/89: fixou prazo de 180 dias para minerações já existentes apresentarem um Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD; para futuros empreendimentos de mineraçao, exige a apresentação do PRAD juntamente com EIA/RIMA. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS DECORRENTES DA MINERAÇÃO RETIRADA DA COBERTURA VEGETAL; ALTERAÇÃO DA SUPERFÍCIE DOS TERRENOS; ACELERAÇÃO DA EROSÃO; INDUÇÃO DE ESCORREGAMENTOS; ALTERAÇÃO DE CURSOS D'ÁGUA; PRODUÇÃO DE REJEITOS; ASSOREAMENTO DE CURSOS D'ÁGUA; POTENCIALIZAÇÃO DE ENCHENTES E INUNDAÇÕES; INTERCEPTAÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO; AUMENTO DA TURBIDEZ E DE SÓLIDOS EM SUSPENSÃO NOS CORPOS D'ÁGUA RECEPTORES; LANÇAMENTO DE FRAGMENTOS DE ROCHA; SOBREPRESSÃO DO AR; PROPAGAÇÃO DE VIBRAÇÕES NO SOLO; AUMENTO DE PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR; AUMENTO DE RUÍDOS, ETC. TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS OBJETIVO estabilizar os processos do meio físico atuantes no meio ambiente degradado (ou processos de degradação) aplicadas de maneira integrada em atividades e problemas diversos, como: mineração, disposição de resíduos, ocupação de encostas, voçorocas urbanas e rurais, agricultura irrigada, cursos e corpos d’água assoreados, ETC. Revegetação: desde a fixação localizada de espécies vegetais (herbáceas ou arbóreas), até reflorestamentos extensivos; Tecnologias geotécnicas: execução de obras de engenharia (com ou sem estruturas de contenção e retenção), incluindo as hidráulicas, que visam a estabilidade física do ambiente; Remediação: execução de métodos de tratamentos predominantemente químicos (ou biológicos) destinados a eliminar, neutralizar, imobilizar, confinar ou transformar elementos ou substâncias contaminantes presentes, atingindo a estabilidade química do ambiente. AÇÕES BÁSICAS para a recuperação de solos degradados: * correção da degradação, no sentido de estabelecer o equilíbrio dos processos do meio físico; * trabalhos de manutenção, de modo a evitar a reativação destes processos e a conseqüente anulação das medidas corretivas. IINDICADORES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS são indicadores quantificáveis; traduzem o estágio ou grau de degradação; permitem dimensionar os esforços (técnico e econômicos) aplicados num trabalho de recuperação. EXEMPLOS DE INDICADORES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS * feições erosivas de pequeno e grande portes; * feições de massa em movimentação; * posicionamento do nível freático; * dimensão do assoreamento; * alcance da poluição do solo; * evidências de colmatação do solo; * grau de compactação do solo; * grau de umidade do solo; * variações no pH da água, etc. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR MINERAÇÃO * ÁREA LAVRADA: cavas (secas ou inundadas), frentes de lavra (bancadas ou taludes), trincheiras, galerias subterrâneas, superfícies decapeadas, etc.; * ÁREA DE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS: pilhas ou corpos de bota- fora, solos superficiais, estéreis, bacias de decantação de rejeitos de beneficiamento; ÁREA DE INFRA-ESTRUTURA: áreas de funcionamento de unidades de beneficiamento, vias de circulação, etc. POSSIBILIDADES DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR MINERAÇÃO RECUPERAÇÃO PROVISÓRIA Quando a área degradada ainda não tem seu uso final definido (o que não recomenda sua reabilitação); ou Quando a destinação prevista estiver planejada para longo prazo (as ações devem buscar a estabilização dos processos atuantes, ou seja, recuperação suficiente para o período em que a área esteja desocupada). RECUPERAÇÃO DEFINITIVA Quando o uso final do solo estiver definido, o que requer ações voltadas à estabilização da área, em conformidade com a nova utilização e, necessariamente, de acordo com o Plano Diretor do Município ou região. Neste caso evolui-se para o reaproveitamento da área degradada, ou seja, sua reabilitação. ETAPAS E PROCEDIMENTOSBÁSICOS NA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADAS POR MINERAÇÃO EM REGIÕES URBANAS jjIdentificação e caracterização das áreas degradadas Avaliação preliminar ou expedita da degradação Implementação de medidas emergenciais Planejamento da recuperação Compromisso do empreendedor Avaliação das áreas degradadas Definição dos objetivos da recuperação Elaboração do plano de recuperação Medidas de estabilização e uso futuro do solo Consulta pública e negociação com a comunidade Aprovação do plano de recuperaçãonão Análise do plano de recuperação pelo órgão ambiental sim Execução do plano de recuperação Implementação das medidas de recuperação Monitoramento e manutenção da recuperação Inspeções das medidas implementadas Verificação dos indicadores ambientais Execução de medidas complementares Encerramento da mineração e consolidação do uso do solo RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR MINERAÇÃO Area de minerio de ferro recuperada com plantio de gramineas (Ambiente) Instalacao de manta vegetal em taludes de corte Recuperacao atraves de producao de pasto com introducao de nativas MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE: DESAFIOS RECUPERAÇÃO SIMULTÂNEA À EXTRAÇÃO Incorporação de técnicas disponíveis nas várias etapas que compõem a mineração; Aglutinar o conceito de recuperação ao cotidiano da mineração, não se restringindo ao final da explotação, o que geralmente inviabiliza a recuperação. REABILITAÇÃO ORIENTADA DE ACORDO COM PLANO PRÉVIO com base em decisões expressas em documento previamente discutido, negociado e definido entre minerador, poder público e comunidade diretamente envolvida, incluindo o proprietário do solo. RECUPERAÇÃO SIMULTÂNEA À EXTRAÇÃO DEFINIÇÃO DO USO FUTURO DA ÁREA - minerador - Poder Público - comunidade REVISÃO DO PADRÃO TECNOLÓGIC O DA MINERAÇÃO - Minerador CONCEPÇÃ O DO PROJETO plano de lavra + PRAD EXECUÇÃO DO PROJETO lavra + recuperação USO OU REABILITAÇÃ O DA ÁREA DEGRADADA MONITORAMENTO AMBIENTAL Instrumento que consiste em realizar medições e observações específicas, dirigidas a alguns poucos indicadores e parâmetros, com os seguintes. objetivos: verificar se determinados impactos ambientais estão ocorrendo; dimensionar sua magnitude; avaliar se as medidas mitigadoras de impactos são eficazes; propor, quando necessário, a adoção de medidas mitigadoras complementares. AUDITORIA AMBIENTAL exame sistemático, periódico, documentado e objetivo envolvendo análises, ensaios e confirmações de ações práticas realizadas em uma empresa em relação às exigências ambientais legais, normativas e de política interna AUDITORIA AMBIENTAL: ETAPAS * pré-auditoria: executadas todas as atividades de preparação; * auditagem local: identificadas e avaliadas todas as operações que compõem o processo produtivo do empreendimento, podendo envolver desde simples observações de campo até a realização de ensaios laboratoriais; * relatório final: contendo os resultados da auditoria efetuada; pós-auditoria: recomendações são implementadas pela empresa por meio de um plano de ação. AUDITORIA AMBIENTAL AUDITORIA CONTÁBIL AUDITORIA DE QUALIDADE ORIGEM REMOTA (3000-2000 a.C.) ORIGEM NO SÉC XVII MOTIVOS ECONÔMICOS AUDITORIA AMBIENTAL ORIGEM ~ 1970, POR CONSCIENTIZAÇÃO DA SOCIEDADE, PRESSIONANDO AS EMPRESAS NORTE-AMERICANAS. AUDITORIA AMBIENTAL 1992 A British Standard Institution - BSI divulgou a BS7750, na qual a auditoria ambiental se constitui numa das etapas do sistema de Gerenciamento Ambiental. 1994 A International Organization for Standardization -ISO, baseada na norma da BSI, divulga as minutas das normas da série 14.000, que tratam do Sistema de Gerenciamento e Auditoria Ambientais. SISTEMA DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL DEFINIÇÃO: Sistema estruturado que integra todas as atividades gerenciais no sentido de se alcançar o desempenho ambiental desejado, com base no atendimento das exigências ambientais. ENGLOBA: Estrutura organizacional, responsabilidades, procedi-mentos, processos e recursos necessários para o gerenciamento ambiental. ASPECTOS A CONSIDERAR: * envolvimento das partes interessadas (funcionários, acionistas, seguradoras, clientes, consumidores, ambientalistas e público em geral); * preparação e manutenção de manual de gerenciamento ambiental; * a auditoria do sistema é imprescindível. CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL concedido a empresas que, nos processos de geração de seus produtos, cumprem um papel ambientalmente aceitável a análise do processo produtivo deve envolver a obtenção de matéria prima, o descarte de resíduos, a qualidade ambiental do produto gerado, reciclagem, biodegrabilidade, etc UM SISTEMA DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL EFETIVO CONSTITUI-SE EM UM DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS DE CERTIFICAÇÃO A AUDITORIA É O INSTRUMENTO DE COMPROVAÇÃO DE CONFORMIDADE COM AS EXIGÊNCIAS AMBIENTAIS INVESTIGAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL DEFINIÇÃO: Conjunto de atividades voltado à identificação e avaliação de todos os problemas ambientais existentes em um empreendimento e que foram gerados no passado. Envolve um conjunto de procedimentos que visa levantar o histórico das práticas adotadas pela empresa nos locais onde ela operou. OBJETIVO: Evitar que futuros proprietários de um empreendimento não tenham conhecimento prévio dos problemas que poderão enfrentar em razão de alguma degradação ambiental causada pelos proprietários atuais. INVESTIGAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL (due diligence) EXEMPLOS Processo de privatização de empresas públicas como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) em 1991: Passivo Ambiental: * associado à acidez das drenagens, devidas às pilhas de rejeitos ricos em sulfetos, provenientes das minas de carvão de Santa Catarina. Processo de Avaliação de Impacto Ambiental do projeto relativo ao Distrito Minerário de Araçariguama (SP): Passivo Ambiental: relativo à dimensão das áreas desmatadas pelos mineradores de areia, instalados na região a muitos anos SEGURO AMBIENTAL DEFINIÇÃO: instrumento que visa garantir a reparação de danos (pessoais ou materiais) causados involuntariamente a terceiros, em decorrência de poluição ambiental. ESCOPO: ressarcimento das despesas e indenizações, resultantes de responsabilidade civil atribuída pelo judiciário. CONDIÇÃO DE ACESSO AO SEGURO: as empresas devem demonstrar a existência de um eficiente sistema de controle ambiental, capaz de minimizar os riscos de acidentes. IMPACTOS DA AGRICULTURA Devastação da cobertura vegetal Redução dos ecossistemas Redução da biodiversidade Contaminação de águas e solos por agrotóxicos e fertilizantes IMPACTOS DA AGRICULTURA Mudanças no comportamento dos ventos Doenças por manipulação e aspiração de substâncias tóxicas Poluição do ar (queimadas) Queda da fertilidade dos solos Salinização e desertificação www.virtus.ufpe.br IMPACTOS DA AGRICULTURA IMPACTOS DA AGRICULTURA IMPACTOS DA OCUPAÇÃO URBANA Edificações Redes de infra-estrutura Lixões / Aterros sanitários Estações de tratamento Cemitérios Postos de gasolina / lavajatos www.virtus.ufpe.br OCUPAÇÃO URBANA www.virtus.ufpe.br IMPACTOS DA OCUPAÇÃO URBANA Edificações –Remoção da cobertura vegetal –Impermeabilização dos terrenos –Instabilização de encostas –Demanda por materiais de construção –Demanda por infra-estrutura www.virtus.ufpe.br IMPACTOS DA OCUPAÇÃO URBANA Redes de infra-estrutura (viária, água/esgoto, elétrica, comunicações) –Escavações –Poeira, fumaça –Ruídos –Perigo de acidentes www.virtus.ufpe.br IMPACTOS DA OCUPAÇÃO URBANA Lixões / Aterros sanitários Estações de tratamento Cemitérios Postos de gasolina / lavajatos www.virtus.ufpe.br LIXÕES / ATERROS www.virtus.ufpe.br LIXÕES / ATERROS www.virtus.ufpe.br CEMITÉRIOS
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