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ResumoResumoResumo
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de
1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento
público de saúde. Anteriormente, a assistência médica estava a cargo do
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
(INAMPS), ficando restrita aos empregados que contribuíssem com a
previdência social; os demais eram atendidos apenas em serviços
filantrópicos. Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e
postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios,
hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária,
Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e
institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o
Instituto Vital Brazil.
História
Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do
Ministério da Saúde se resumia às atividades de promoção de saúde e
prevenção de doenças (por exemplo, vacinação), realizadas em caráter
universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças; servia
aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O
INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento
do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao
Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da
Previdência Social), e tinha a finalidade de prestar atendimento médico
aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados
de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios,
mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada;
os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento.
O movimento da Reforma Sanitária nasceu no meio acadêmico no início
da década de 70 como forma de oposição técnica e política ao regime
militar, sendo abraçado por outros setores da sociedade e pelo partido
de oposição da época — o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em
meados da década de 70 ocorreu uma crise do financiamento da
previdência social, com repercussões no INAMPS. 
Sistema Único de Saúde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1988%20%5Co%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%20brasileira%20de%201988
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Oswaldo_Cruz%20%5Co%20Funda%C3%A7%C3%A3o%20Oswaldo%20Cruz
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Vacina%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Vacina%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura_militar_no_Brasil%20%5Co%20Ditadura%20militar%20no%20Brasil
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Autarquia%20%5Co%20Autarquia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Previd%C3%AAncia_Social%20%5Co%20Minist%C3%A9rio%20da%20Previd%C3%AAncia%20Social
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%A3o_de_emprego%20%5Co%20Rela%C3%A7%C3%A3o%20de%20emprego
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carteira_de_trabalho%20%5Co%20Carteira%20de%20trabalho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iniciativa_privada%20%5Co%20Iniciativa%20privada
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_militar%20%5Co%20Regime%20militar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_militar%20%5Co%20Regime%20militar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Democr%C3%A1tico_Brasileiro%20%5Co%20Movimento%20Democr%C3%A1tico%20Brasileiro
Em 1979 o general João Baptista Figueiredo assumiu a presidência com
a promessa de abertura política, e de fato a Comissão de Saúde da
Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a 11 de outubro de
1979, o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com
participação de muitos dos integrantes do movimento e chegou a
conclusões altamente favoráveis ao mesmo; ao longo da década de 80 o
INAMPS passaria por sucessivas mudanças com universalização
progressiva do atendimento, já numa transição com o SUS.
A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por
vários motivos. Foi aberta em 17 de março de 1986 por José Sarney, o
primeiro presidente civil após a ditadura, e foi a primeira CNS a ser
aberta à sociedade; além disso, foi importante na propagação do
movimento da Reforma Sanitária. A 8ª CNS resultou na implantação do
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio
entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter
formado as bases para a seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de
5 de outubro de 1988. A Constituição de 1988 foi um marco na história
da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e
dever do Estado". A implantação do SUS foi realizada de forma gradual:
primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério
da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei
Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o
SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de
1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o
controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na
gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela
Lei nº 8.689. 
Sistema Único de Saúde
http://pt.wikipedia.org/wiki/1979%20%5Co%201979
http://pt.wikipedia.org/wiki/General%20%5Co%20General
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http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_outubro%20%5Co%209%20de%20outubro
http://pt.wikipedia.org/wiki/11_de_outubro%20%5Co%2011%20de%20outubro
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria%20%5Co%20Hist%C3%B3ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/17_de_mar%C3%A7o%20%5Co%2017%20de%20mar%C3%A7o
http://pt.wikipedia.org/wiki/1986%20%5Co%201986
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Sarney%20%5Co%20Jos%C3%A9%20Sarney
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%E7ao.htm%20%5Cl%20cfart196
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http://pt.wikipedia.org/wiki/1988%20%5Co%20198812.401, de 2011)
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE” 
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do inciso I do art. 6o consiste
em: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em
conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à
saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P; (Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de
tabelas elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por
serviço próprio, conveniado ou contratado.
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Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes definições: (Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos médicos; 
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da
doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos
apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. 
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou
produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem
como aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação adversa
relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha. (Incluído pela
Lei nº 12.401, de 2011)
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata o caput deste artigo
serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes
fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo. (Incluído pela Lei nº 12.401,
de 2011)
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será realizada: 
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as
competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão
Intergestores Tripartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas relações de
medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será
pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos
instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no
Conselho Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e
procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são
atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são
definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho
Nacional de Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de
Medicina. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são
definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho
Nacional de Saúde, de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de
Medicina e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pela Associação Médica Brasileira. 
(Redação dada pela Lei nº 14.655, de 2023)
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS levará em
consideração, necessariamente: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento,
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produto ou procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o registro ou a
autorização de uso; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já
incorporadas, inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando
cabível. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 3º As metodologias empregadas na avaliação econômica a que se refere o inciso II do § 2º deste
artigo serão dispostas em regulamento e amplamente divulgadas, inclusive em relação aos indicadores e
parâmetros de custo-efetividade utilizados em combinação com outros critérios. (Incluído pela Lei nº
14.313, de 2022)
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão efetuadas
mediante a instauração de processo administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e
oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 (noventa)
dias corridos, quando as circunstâncias exigirem. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 1o O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que couber, o disposto na Lei no
9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinações especiais: (Incluído pela Lei nº 12.401,
de 2011)
I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das amostras de produtos, na forma
do regulamento, com informações necessárias para o atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q; (Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
III - realização de consulta pública que inclua a divulgação do parecer emitido pela Comissão Nacional
de Incorporação de Tecnologias no SUS; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a relevância da matéria justificar o
evento. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
V - distribuição aleatória, respeitadas a especialização e a competência técnica requeridas para a
análise da matéria; (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
VI - publicidade dos atos processuais. (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-S. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: (Incluído pela Lei nº 12.401, de
2011)
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou
cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; 
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto, nacional
ou importado, sem registro na Anvisa. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo: (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
I - medicamento e produto em que a indicação de uso seja distinta daquela aprovada no registro na
Anvisa, desde que seu uso tenha sido recomendado pela Comissão Nacionalde Incorporação de Tecnologias
no Sistema Único de Saúde (Conitec), demonstradas as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a
efetividade e a segurança, e esteja padronizado em protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde; 
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 (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
II - medicamento e produto recomendados pela Conitec e adquiridos por intermédio de organismos
multilaterais internacionais, para uso em programas de saúde pública do Ministério da Saúde e suas
entidades vinculadas, nos termos do § 5º do art. 8º da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. (Incluído
pela Lei nº 14.313, de 2022)
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos, produtos de interesse
para a saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores
Tripartite. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
TÍTULO III
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
CAPÍTULO I
Do Funcionamento
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa
própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na
promoção, proteção e recuperação da saúde.
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios
éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições
para seu funcionamento.
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na
assistência à saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das
Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional do Sistema Único de
Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que
forem firmados.
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por
empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade
social.
Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital
estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)
I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades
de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei nº
13.097, de 2015)
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica
especializada; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus
empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097,
de 2015)
IV - demais casos previstos em legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
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CAPÍTULO II
Da Participação Complementar
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços
ofertados pela iniciativa privada.
Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante contrato
ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão
preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial
serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho
Nacional de Saúde.
§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração aludida neste
artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em demonstrativo
econômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços contratados.
§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
§ 3° (Vetado).
§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados é vedado
exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS).
TÍTULO III-A
(Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
DA TELESSAÚDE 
Art. 26-A. A telessaúde abrange a prestação remota de serviços relacionados a todas as profissões da
área da saúde regulamentadas pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal e obedecerá aos
seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
I - autonomia do profissional de saúde; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
II - consentimento livre e informado do paciente;
III - direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde, com a garantia do atendimento
presencial sempre que solicitado; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
IV - dignidade e valorização do profissional de saúde; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
V - assistência segura e com qualidade ao paciente; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
VI - confidencialidade dos dados; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
VII - promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde; 
(Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
VIII - estrita observância das atribuições legais de cada profissão; (Incluído pela Lei nº 14.510, de
2022)
IX - responsabilidade digital. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
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Art. 26-B. Para fins desta Lei, considera-se telessaúde a modalidade de prestação de serviços de
saúde a distância, por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação, que envolve,
entre outros, a transmissão segura de dados e informações de saúde, por meio de textos, de sons, de
imagens ou outras formas adequadas. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
Parágrafo único. Os atos do profissional de saúde, quando praticados na modalidade telessaúde, terão
validade em todo o território nacional. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
Art. 26-C. Ao profissional de saúde são asseguradas a liberdade e a completa independência de decidir
sobre a utilização ou não da telessaúde, inclusive com relação à primeira consulta, atendimento ou
procedimento, e poderá indicar a utilização de atendimento presencial ou optar por ele, sempre que entender
necessário. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
Art. 26-D. Compete aos conselhos federais de fiscalização do exercício profissional a normatização
ética relativa à prestação dos serviços previstos neste Título, aplicando-se os padrões normativos adotados
para as modalidades de atendimento presencial, no que não colidirem com os preceitos desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 14.510, de 2022)
Art. 26-E. Na prestação de serviços por telessaúde, serão observadas as normas expedidas pelo órgão
de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento, observada a
competência dos demais órgãos reguladores. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
Art. 26-F. O ato normativo que pretenda restringir a prestação de serviço de telessaúde deverá
demonstrar a imprescindibilidade da medida para que sejam evitados danos à saúde dos pacientes. 
(Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
Art. 26-G. A prática da telessaúde deve seguir as seguintesdeterminações: (Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)
I - ser realizada por consentimento livre e esclarecido do paciente, ou de seu representante legal, e sob
responsabilidade do profissional de saúde; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
II - prestar obediência aos ditames das Leis nºs 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil da Internet),
12.842, de 10 de julho de 2013 (Lei do Ato Médico), 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção
de Dados), 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor) e, nas hipóteses cabíveis,
aos ditames da Lei nº 13.787, de 27 de dezembro de 2018 (Lei do Prontuário Eletrônico). (Incluído pela Lei
nº 14.510, de 2022)
Art. 26-H. É dispensada a inscrição secundária ou complementar do profissional de saúde que exercer
a profissão em outra jurisdição exclusivamente por meio da modalidade telessaúde. (Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022)
TÍTULO IV
DOS RECURSOS HUMANOS
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada,
articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos:
I - organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de ensino,
inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal;
II - (Vetado)
III - (Vetado)
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) constituem
campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente com o
sistema educacional.
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo integral.
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer suas
atividades em mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em regime de tempo integral,
com exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou assessoramento.
Art. 29. (Vetado).
Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão regulamentadas
por Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei, garantida a participação das entidades
profissionais correspondentes.
TÍTULO V
DO FINANCIAMENTO
CAPÍTULO I
Dos Recursos
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com
a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta
elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência
Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:
I - (Vetado)
II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS); e
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso I deste artigo,
apurada mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados.
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em
contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, Distrito
Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
§ 4º (Vetado).
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§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão co-
financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de
recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições
executoras.
§ 6º (Vetado).
CAPÍTULO II
Da Gestão Financeira
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta
especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de
Saúde.
§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade Social, de
outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do
Fundo Nacional de Saúde.
§ 2º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a conformidade à
programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada a
malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas
previstas em lei.
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetivamente arrecadada transferirão
automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), observado o critério do parágrafo único deste artigo, os
recursos financeiros correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a
projetos e atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será observada a
mesma proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social.
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e
Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e
projetos:
I - perfil demográfico da região;
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.
§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribuída segundo o quociente de
sua divisão pelo número de habitantes, independentemente de qualquer procedimento prévio. 
(Revogado pela Lei Complementar nº 141, de 2012) (Vide Lei nº 8.142, de 1990)
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, os critérios
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demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por outros indicadores de crescimento populacional,
em especial o número de eleitores registrados.
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º (Vetado).
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos de controle interno e externo
e nem a aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de irregularidades verificadas na gestão dos
recursos transferidos.
CAPÍTULO III
Do Planejamento e do Orçamento
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente,
do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da
política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do
Distrito Federal e da União.
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do
Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de
saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na áreade saúde.
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração
dos planos de saúde, em função das características epidemiológicas e da organização dos serviços em cada
jurisdição administrativa.
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de serviços
de saúde com finalidade lucrativa.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 39. (Vetado).
§ 1º (Vetado).
§ 2º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps para órgãos integrantes do Sistema Único
de Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-los como patrimônio da Seguridade Social.
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com todos os seus acessórios,
equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis para utilização pelo órgão de direção municipal do
Sistema Único de Saúde - SUS ou, eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição administrativa se
encontrem, mediante simples termo de recebimento.
§ 7º (Vetado).
§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo
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Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde ou órgãos congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma a permitir a gerencia
informatizada das contas e a disseminação de estatísticas sanitárias e epidemiológicas médico-hospitalares.
Art. 40. (Vetado)
Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do
Câncer, supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), permanecerão como
referencial de prestação de serviços, formação de recursos humanos e para transferência de tecnologia.
Art. 42. (Vetado).
Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços públicos contratados,
ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios estabelecidos com as entidades privadas.
Art. 44. (Vetado).
Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao Sistema Único de
Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua autonomia administrativa, em relação ao patrimônio, aos
recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que
estejam vinculados.
§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previdência social deverão integrar-se
à direção correspondente do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como
quaisquer outros órgãos e serviços de saúde.
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas
poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em convênio que, para esse
fim, for firmado.
Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de incentivos à participação do
setor privado no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a transferência de tecnologia das
universidades e institutos de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às
empresas nacionais.
Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do Sistema Único
de Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de informações em saúde,
integrado em todo o território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.
Art. 48. (Vetado).
Art. 49. (Vetado).
Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebrados para implantação dos
Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à proporção que seu objeto for sendo
absorvido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 51. (Vetado).
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego irregular de verbas ou
rendas públicas (Código Penal, art. 315) a utilização de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde
(SUS) em finalidades diversas das previstas nesta lei.
Art. 53. (Vetado).
Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de apoio à assistência à saúde
são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de genética humana, produção e fornecimento de
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medicamentos e produtos para saúde, laboratórios de analises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico
por imagem e são livres à participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros. 
(Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de
1975, e demais disposições em contrário.
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Este texto não substitui o publicado no DOU de 20.9.1990
*
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.
 
Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
1990, para dispor sobre a organização do Sistema
Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a
assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá
outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.080, 19 de setembro de 1990,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a
organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a
articulação interfederativa.
Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:
I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios
limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e
infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a
execução de ações e serviços de saúde;
II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colaboração firmado entre entes
federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e
hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de
desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e
demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde;
III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS;
IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para
definição das regras da gestão compartilhada do SUS;
V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços
de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os
investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema;
VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde;
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VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa
que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento especial; e
VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que estabelece: critérios para o diagnóstico
da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos
apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelosgestores do SUS.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Art. 3º O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante a
participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma regionalizada e hierarquizada.
Seção I
Das Regiões de Saúde
Art. 4º As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação com os Municípios,
respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite - CIT a que se refere o inciso
I do art. 30.
§ 1º Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais, compostas por Municípios limítrofes,
por ato conjunto dos respectivos Estados em articulação com os Municípios.
§ 2º A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de fronteira com outros países deverá
respeitar as normas que regem as relações internacionais.
Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de:
I - atenção primária;
II - urgência e emergência;
III - atenção psicossocial;
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e
V - vigilância em saúde.
Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará cronograma pactuado nas Comissões
Intergestores.
Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para as transferências de recursos entre os entes
federativos.
Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou
de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões Intergestores .
Parágrafo único. Os entes federativos definirão os seguintes elementos em relação às Regiões de
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Saúde:
I - seus limites geográficos;
II - população usuária das ações e serviços;
III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e
IV - respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e escala para conformação dos serviços.
Seção II
Da Hierarquização
Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas
de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do
serviço.
Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os
serviços:
I - de atenção primária;
II - de atenção de urgência e emergência;
III - de atenção psicossocial; e
IV - especiais de acesso aberto.
Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com o pactuado nas Comissões
Intergestores, os entes federativos poderão criar novas Portas de Entrada às ações e serviços de saúde,
considerando as características da Região de Saúde.
Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especializados, entre outros de maior
complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada de que trata o art. 9º .
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde será ordenado pela atenção
primária e deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco individual e coletivo e no critério cronológico,
observadas as especificidades previstas para pessoas com proteção especial, conforme legislação vigente.
Parágrafo único. A população indígena contará com regramentos diferenciados de acesso,
compatíveis com suas especificidades e com a necessidade de assistência integral à sua saúde, de acordo
com disposições do Ministério da Saúde.
Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, em todas as suas modalidades,
nos serviços, hospitais e em outras unidades integrantes da rede de atenção da respectiva região.
Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as regras de continuidade do acesso às
ações e aos serviços de saúde na respectiva área de atuação.
Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de
saúde do SUS, caberá aos entes federativos, além de outras atribuições que venham a ser pactuadas pelas
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Comissões Intergestores:
I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no acesso às ações e aos serviços de saúde;
II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de saúde;
III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e
IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde.
Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios, diretrizes, procedimentos e demais medidas que
auxiliem os entes federativos no cumprimento das atribuições previstas no art. 13.
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
Art. 15. O processo de planejamento da saúde será ascendente e integrado, do nível local até o
federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as necessidades das políticas de
saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.
§ 1º O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e será indutor de políticas para a
iniciativa privada.
§ 2º A compatibilização de que trata o caput será efetuada no âmbito dos planos de saúde, os quais
serão resultado do planejamento integrado dos entes federativos, e deverão conter metas de saúde.
§ 3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração dos
planos de saúde, de acordo com as características epidemiológicas e da organização de serviços nos entes
federativos e nas Regiões de Saúde.
Art. 16. No planejamento devem ser considerados os serviços e as ações prestados pela iniciativa
privada, de forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão compor os Mapas da Saúde regional,
estadual e nacional.
Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e orientará o
planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o estabelecimento de metas de saúde.
Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado de maneira regionalizada, a partir
das necessidades dos Municípios, considerando o estabelecimento de metas de saúde.
Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB de que trata o inciso II do art. 30 pactuar as
etapas do processo e os prazos do planejamento municipal em consonância com os planejamentos estadual
e nacional.
CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia e se completa na Rede de Atenção à Saúde,
mediante referenciamento do usuário na rede regional e interestadual, conforme pactuado nas Comissões
Intergestores.
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Seção I
Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES
Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES compreende todas as ações e
serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde.
Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em âmbito nacional, observadas as diretrizes
pactuadas pela CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da
RENASES.
Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios pactuarão nas respectivas Comissões
Intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol de ações e serviços constantes da RENASES.
Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar relações específicas e
complementares de ações e serviços de saúde, em consonância com a RENASES, respeitadas as
responsabilidades dos entes pelo seu financiamento, de acordo com o pactuado nas Comissões
Intergestores.
Seção II
Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME
Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleção e a
padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS.
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do Formulário Terapêutico Nacional - FTN que
subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos.
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos
Clínicos e DiretrizesTerapêuticas em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da
RENAME, do respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações: (Redação dada
pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência
I - da RENAME, a cada dois anos, e disponibilizará, nesse prazo, a lista de tecnologias incorporadas,
excluídas e alteradas pela CONITEC e com a responsabilidade de financiamento pactuada de forma
tripartite, até que haja a consolidação da referida lista; (Incluído pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência
II - do FTN, à medida que sejam identificadas novas evidências sobre as tecnologias constantes na
RENAME vigente; e (Incluído pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência
III - de protocolos clínicos ou de diretrizes terapêuticas, quando da incorporação, alteração ou
exclusão de tecnologias em saúde no SUS e da existência de novos estudos e evidências científicas
identificados a partir de revisões periódicas da literatura relacionada aos seus objetos. (Incluído pelo
Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar relações específicas e
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complementares de medicamentos, em consonância com a RENAME, respeitadas as responsabilidades dos
entes pelo financiamento de medicamentos, de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe, cumulativamente:
I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS;
II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de suas funções no
SUS;
III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e
IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS.
§ 1º Os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistência farmacêutica, desde que
questões de saúde pública o justifiquem.
§ 2º O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras diferenciadas de acesso a medicamentos de
caráter especializado.
Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de
medicamentos somente poderão conter produtos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA.
CAPÍTULO V
DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
Seção I
Das Comissões Intergestores
Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a organização e o funcionamento das ações e serviços
de saúde integrados em redes de atenção à saúde, sendo:
I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde para efeitos administrativos e
operacionais;
II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos
e operacionais; e
III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regional, vinculada à Secretaria Estadual de
Saúde para efeitos administrativos e operacionais, devendo observar as diretrizes da CIB.
Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos de saúde poderão ser representados pelo
Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS, pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde - CONASEMS e pelo Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:
I - aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, de acordo
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com a definição da política de saúde dos entes federativos, consubstanciada nos seus planos de saúde,
aprovados pelos respectivos conselhos de saúde;
II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limites geográficos, referência e
contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes
federativos;
III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interestadual, a respeito da organização das
redes de atenção à saúde, principalmente no tocante à gestão institucional e à integração das ações e
serviços dos entes federativos;
IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte
demográfico e seu desenvolvimento econômico-financeiro, estabelecendo as responsabilidades individuais e as
solidárias; e
V - referências das regiões intraestaduais e interestaduais de atenção à saúde para o atendimento da
integralidade da assistência.
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a pactuação:
I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES;
II - dos critérios para o planejamento integrado das ações e serviços de saúde da Região de Saúde,
em razão do compartilhamento da gestão; e
III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões operacionais das Regiões de Saúde
situadas em fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os casos, as normas que regem as relações
internacionais.
Seção II
Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes federativos para a organização da rede interfederativa de
atenção à saúde será firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.
Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é a organização e a integração
das ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma Região de Saúde,
com a finalidade de garantir a integralidade da assistência aos usuários.
Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde resultará da integração dos
planos de saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo como fundamento as pactuações
estabelecidas pela CIT.
Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde definirá as responsabilidades individuais e
solidárias dos entes federativos com relação às ações e serviços de saúde, os indicadores e as metas de
saúde, os critérios de avaliação de desempenho, os recursos financeiros que serão disponibilizados, a forma
de controle e fiscalização da sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das
ações e serviços de saúde.
§ 1º O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de garantia de acesso às ações e aos serviços de
saúde no âmbito do SUS, a partir de diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde.
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§ 2º O desempenho aferido a partir dos indicadores nacionais de garantia de acesso servirá como
parâmetro para avaliação do desempenho da prestação das ações e dos serviços definidos no Contrato
Organizativo de Ação Pública de Saúde em todas as Regiões de Saúde, considerando-se as especificidades
municipais, regionais e estaduais.
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde conterá as seguintes disposições
essenciais:
I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais;
II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção e recuperação da saúde
em âmbito regional e inter-regional;
III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a população no processo de
regionalização, as quais serão estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a
capacidade de prestação das ações e dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde;
IV - indicadores e metas de saúde;
V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde;
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente;
VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em relação às atualizações realizadas
na RENASES;
VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas responsabilidades; e
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes para sua execução.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderáinstituir formas de incentivo ao cumprimento das metas
de saúde e à melhoria das ações e serviços de saúde.
Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as seguintes diretrizes básicas
para fins de garantia da gestão participativa:
I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos serviços,
como ferramenta de sua melhoria;
II - apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e
III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de saúde do SUS,
inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar.
Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será fator determinante para o estabelecimento das
metas de saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde.
Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde serão
pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua implementação.
Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS, por meio de serviço especializado, fará
o controle e a fiscalização do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde.
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§ 1º O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art. 4º da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de
1990, conterá seção específica relativa aos compromissos assumidos no âmbito do Contrato Organizativo de
Ação Pública de Saúde.
§ 2º O disposto neste artigo será implementado em conformidade com as demais formas de controle e
fiscalização previstas em Lei.
Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a execução do Contrato Organizativo de Ação
Pública de Saúde, em relação ao cumprimento das metas estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação
dos recursos disponibilizados.
Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o Contrato Organizativo de Ação Pública de
Saúde no sistema de informações em saúde organizado pelo Ministério da Saúde e os encaminhará ao
respectivo Conselho de Saúde para monitoramento.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais, o Ministério da Saúde informará aos órgãos de
controle interno e externo:
I - o descumprimento injustificado de responsabilidades na prestação de ações e serviços de saúde e
de outras obrigações previstas neste Decreto;
II - a não apresentação do Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art. 4º da Lei no 8.142,
de 1990 ;
III - a não aplicação, malversação ou desvio de recursos financeiros; e
IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver conhecimento.
Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas as ações e serviços de saúde que na data da
publicação deste Decreto são ofertados pelo SUS à população, por meio dos entes federados, de forma
direta ou indireta.
Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes de que trata o § 3º do art. 15 no
prazo de cento e oitenta dias a partir da publicação deste Decreto.
Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 28 de junho de 2011; 190º da Independência e 123º da República.
DILMA ROUSSEFF 
Alexandre Rocha Santos Padilha
Este texto não substitui o publicado no DOU de 29.6.2011
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.
Vide Lei nº 8.689, de 1993
Dispõe sobre a participação da comunidade
na gestão do Sistema Único de Saúde
(SUS) e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990,
contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes
instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de
saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo
Conselho de Saúde.
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.
§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação
ao conjunto dos demais segmentos.
§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de
funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração
direta e indireta;
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo
Congresso Nacional;
III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde;
IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e
Distrito Federal.
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Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede
de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.
Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e
automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da
Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.
§ 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de
19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no
§ 1° do mesmo artigo. (Vide Lei nº 8.080, de 1990)
§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios,
afetando-se o restante aos Estados.
§ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde,
remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.
Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o
Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto
de 1990;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois
anos para sua implantação.
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos
requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados,
respectivamente, pelos Estados ou pela União.
Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado, autorizado a estabelecer
condições para aplicação desta lei.
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.
FERNANDO COLLOR 
Alceni GuerraEste texto não substitui o publicado no DOU de 31.12.1990
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ADVERTÊNCIA
Este texto n�o substitui o publicado no Diário Oficial da União
Ministério da Saúde
Gabinete do Ministro
PORTARIA Nº 3.390, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2013
Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar
(PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
estabelecendo- se as diretrizes para a organização do
componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde
(RAS).
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo
único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes;
Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área
da saúde;
Considerando a Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, que dispõe sobre a certificação das entidades
beneficentes de assistência social; regula os procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social;
Considerando o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que Regulamenta a Lei nº 8.080, de 1990, para dispor
sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa;
Considerando o Decreto nº 7.646, de 21 de dezembro de 2011, que dispõe sobre a Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS e sobre o processo administrativo para incorporação, exclusão e alteração de
tecnologias em saúde pelo SUS;
Considerando a Portaria n° 1.097/GM/MS, de 22 de maio de 2006, que define o processo da Programação
Pactuada e Integrada da Assistência à Saúde no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria nº 1.559/GM/MS, de 1º de agosto de 2008, que institui a Política Nacional de Regulação
do SUS;
Considerando a Portaria nº 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a
organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que institui no âmbito do SUS a Rede
Cegonha;
Considerando a Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011, que reformula a Política Nacional de Atenção às
Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS;
Considerando a Portaria nº 1.970/GM/MS, de 16 de agosto de 2011, que dispõe sobre o processo de Certificação
das Entidades
Beneficentes de Assistência Social na área da Saúde (CEBAS-SAÚDE);
Considerando a Portaria nº 2.395/GM/MS, de 11 de outubro de 2011, que organiza o Componente Hospitalar da
Rede de Atenção às Urgências no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política Nacional de Atenção
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Básica (PNAB), estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a
Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS);
Considerando a Portaria nº 3.088/GM/MS, de 23 de dezembro de 2011, que institui a Rede de Atenção
Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool
e outras drogas, no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria nº 793/GM/MS, de 24 de abril de 2012, que institui a Rede de Cuidados a Pessoa com
Deficiência no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria n° 841/GM/MS, de 2 de maio de 2012, que publica a Relação Nacional de Ações e
Serviços de Saúde (RENASES) no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria nº 252/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2013, que institui a Rede de Atenção à Saúde das
Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria nº 529/GM/MS, de 1º de abril de 2013, que institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP);
Considerando a Portaria nº 963/GM/MS, de 27 de maio de 2013, que redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do
SUS;
Considerando a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 63/ANVISA, de 25 de novembro de 2011, que dispõe
sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde; e
Considerando a necessidade de reorganizar e qualificar a atenção hospitalar no âmbito do SUS, resolve:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente hospitalar na Rede de Atenção à Saúde
(RAS).
Art. 2º As disposições desta Portaria se aplicam a todos os hospitais, públicos ou privados, que prestem ações e
serviços de saúde no âmbito do SUS.
Art. 3º Os hospitais são instituição complexas, com densidade tecnológica especifica, de caráter multiprofissional
e interdisciplinar, responsável pela assistência aos usuários com condições agudas ou crônicas, que apresentem
potencial de instabilização e de complicações de seu estado de saúde, exigindo-se assistência contínua em regime de
internação e ações que abrangem a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a
reabilitação.
Art. 4º Os hospitais que prestam ações e serviços no âmbito do SUS constituem-se como um ponto ou conjunto
de pontos de atenção, cuja missão e perfil assistencial devem ser definidos conforme o perfil demográfico e
epidemiológico da população e de acordo com o desenho da RAS loco-regional, vinculados a uma população de
referência com base territorial definida, com acesso regulado e atendimento por demanda referenciada e/ou espontânea.
§ 1º Os hospitais, enquanto integrantes da RAS, atuarão de forma articulada à Atenção Básica de Saúde, que tem
a função de coordenadora do cuidado e ordenadora da RAS, de acordo com a Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de
outubro de 2011, que aprovou a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).
§ 2º Os hospitais, além da assistência, constituem-se, ainda, em espaços de educação, formação de recursos
humanos, pesquisa e avaliação de tecnologias em saúde para a RAS.
Art. 5º Para efeito desta Portaria, considera-se:
I - acessibilidade hospitalar: a condição para utilização com segurança e autonomia, total ou assistida, dos
espaços, mobiliários e equipamentos do hospital por uma pessoa com de?ciência ou com mobilidade reduzida;
II - acolhimento: a escuta ética e adequada das necessidades de saúde do usuário no momento de procura ao
serviço de saúde e na prestação de cuidados com a finalidade de atender à demanda com resolutividade e
responsabilidade;
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III - apoio matricial: o suporte técnico especializado que é ofertado a uma equipe interdisciplinar de saúde a fim de
ampliar seu campo de atuação e qualificar suas ações, invertendo a lógica da fragmentação dos saberes;
IV - auditoria clínica: a análise crítica e sistemática da qualidade de atenção à saúde prestada no hospital,
incluindo-se os procedimentos usados para o diagnóstico e o tratamento, uso dos recursos e os resultados para os
usuários;
V - classificação de risco: protocolo pré-estabelecido, com a finalidade de dar agilidade ao atendimento a partir da
análise do grau de necessidade do usuário, proporcionando atenção centrada no nível de complexidade e não na ordem
de chegada;
VI - clínica ampliada: dispositivo de atenção à saúde, centrado nas necessidades de cada usuário e no seu
contexto, articulando um conjunto de práticas capazes de potencializar a capacidade de atuação dos profissionais por
meio da implantação das equipes de referência, construção de vínculo e elaboração de projetos terapêuticos
compartilhados com os usuários, buscando ampliar os recursos de intervenção sobre o processo saúde/doença;
VII - diretrizes terapêuticas: recomendações desenvolvidas de modo sistemático para auxiliar os profissionais de
saúde e usuários no momentoda tomada de decisões acerca de circunstâncias clínicas específicas;
VIII - gerência: administração de uma unidade ou órgão de saúde, tais como ambulatório, hospital, instituto e
fundação, que se caracteriza como prestador de serviços do SUS;
IX - gestão: atividade e responsabilidade de comandar um sistema de saúde municipal, distrital, estadual ou
nacional, exercendo
as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria,
envolvendo as macro-funções de formulação de políticas/planejamento, financiamento, coordenação, regulação, controle
e avaliação do sistema/redes e dos prestadores públicos ou privados e prestação direta de serviços de saúde;
X - gestão da clínica: práticas assistenciais e gerenciais desenvolvidas a partir da carcterização do perfil dos
usuários por meio da gestão de leitos, co-responsabilização das equipes e avaliação de indicadores assistenciais;
XI - gerenciamento de leitos: dispositivo para otimização da utilização dos leitos, aumentando a rotatividade dentro
de critérios técnicos, visando diminuir o tempo de internação desnecessário e abrir novas vagas para demandas
represadas;
XII - horizontalização do cuidado: a forma de organização do trabalho em saúde, na qual existe uma equipe
multiprofissional de referência que atua diariamente no serviço, em contraposição à forma de organização do trabalho
em que os profissionais têm uma carga horária distribuída por plantão;
XIII - linha de cuidado: a estratégia de organização da atenção que viabiliza a integralidade da assistência, por
meio de um conjunto de saberes, tecnologias e recursos necessários ao enfrentamento de riscos, agravos ou demais
condições específicas do ciclo de vida ou outro critério sanitário a serem ofertados de forma oportuna, articulada e
contínua, abrangendo os campos da promoção, prevenção, tratamento e reabilitação;
XIV - Núcleo Interno de Regulação (NIR): constitui a interface com as Centrais de Regulação para delinear o perfil
de complexidade da assistência que sua instituição representa no âmbito do SUS e disponibilizar consultas
ambulatoriais, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, além dos leitos de internação, segundo critérios pré-
estabelecidos para o atendimento, além de buscar vagas de internação e apoio diagnóstico e terapêutico fora do hospital
para os pacientes internados, quando necessário;
XV - Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH): Núcleo composto por profissionais das diversas áreas do
hospital cuja finalidade é a garantia da qualidade da gestão do serviço de urgência e emergência e dos leitos de
retaguarda às urgências na forma da Portaria nº 2.395/GM/MS, de 11 de outubro de 2011;
XVI - modelo de atenção: forma como é organizado o sistema de saúde a partir da compreensão do processo de
saúde e doença, do modo como se organiza a oferta de serviços e suas formas de intervenção por meio dos modelos de
práticas profissionais e institucionais estruturadas para o atendimento de necessidades individuais e coletivas,
específicas para um determinado contexto histórico e social;
XVII - Plano Terapêutico: plano de cuidado de cada paciente, resultado da discussão da equipe multiprofissional,
com o objetivo de avaliar ou reavaliar diagnósticos e riscos, redefinindo as linhas de intervenção terapêutica dos
profissionais envolvidos no cuidado.
XVIII - ponto de atenção: espaços onde se ofertam determinados serviços de saúde, por meio de uma produção
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singular, como uma unidade ambulatorial especializada, uma unidade de atenção domiciliar, uma unidade de atenção
paliativa, etc.;
XIX - prontuário único: o conjunto de documentos em saúde padronizados e ordenados, destinado ao registro dos
cuidados que foram prestados aos usuários por todos os profissionais de saúde;
XX - Portas Hospitalares de Urgência e Emergência: serviços instalados em uma unidade hospitalar para prestar
atendimento ininterrupto ao conjunto de demandas espontâneas e referenciadas de urgências e emergências clínicas,
pediátricas, obstétricas, cirúrgicas e/ou traumatológicas, etc.
XXI - protocolo clínico: documento que normaliza um padrão de atendimento a determinada patologia ou condição
clínica, identificando as ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação;
XXII - RAS: malha que integra os diversos pontos de atenção em determinado território, organizando-os
sistematicamente para que os diferentes níveis e densidades tecnológicas estejam articulados e adequados de forma
regulada para o atendimento ao usuário; e
XXIII - visita aberta: o acesso dos visitantes às unidades de internação em qualquer tempo, desde que negociado
previamente entre usuário, profissionais, gestores e visitantes, de forma a garantir o elo entre o usuário e sua rede social
de apoio.
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES
Art. 6º São diretrizes da PNHOSP:
I - garantia de universalidade de acesso, equidade e integralidade na atenção hospitalar;
II - regionalização da atenção hospitalar, com abrangência territorial e populacional, em consonância com as
pactuações regionais;
III - continuidade do cuidado por meio da articulação do hospital com os demais pontos de atenção da RAS;
IV - modelo de atenção centrado no cuidado ao usuário, de forma multiprofissional e interdisciplinar;
V - acesso regulado de acordo com o estabelecido na Política Nacional de Regulação do SUS;
VI - atenção humanizada em consonância com a Política Nacional de Humanização;
VII - gestão de tecnologia em saúde de acordo com a Política Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS;
VIII - garantia da qualidade da atenção hospitalar e segurança do paciente;
IX - garantia da efetividade dos serviços, com racionalização da utilização dos recursos, respeitando as
especificidades regionais;
X - financiamento tripartite pactuado entre as três esferas de gestão;
XI - garantia da atenção à saúde indígena, organizada de acordo com as necessidades regionais, respeitando-se
as especificidades socioculturais e direitos estabelecidos na legislação, com correspondentes alternativas de
financiamento específico de acordo com pactuação com subsistema de saúde indígena;
XII - transparência e eficiência na aplicação de recursos;
XIII - participação e controle social no processo de planejamento e avaliação; e
XIV - monitoramento e avaliação.
CAPÍTULO III
DOS EIXOS ESTRUTURANTES
Art. 7º São eixos estruturantes da PNHOSP:
I - Assistência Hospitalar;
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II - Gestão Hospitalar;
III - Formação, Desenvolvimento e Gestão da Força de Trabalho;
IV - Financiamento;
V - Contratualização; e
VI - Responsabilidades das Esferas de Gestão.
Seção I
Do Eixo de Assistência Hospitalar
Art. 8º A assistência hospitalar no SUS será organizada a partir das necessidades da população, com a finalidade
de garantir o atendimento aos usuários, baseado em equipe multiprofissional, na horizontalização do cuidado, na
organização de linhas de cuidado e na regulação do acesso.
Art. 9º A atenção hospitalar atuará de forma integrada aos demais pontos de atenção da RAS e com outras
politicas de forma intersetorial, mediadas pelo gestor, para garantir resolutividade da atenção e continuidade do cuidado.
Art. 10. O acesso à atenção hospitalar será realizado de forma regulada, a partir de demanda referenciada e/ou
espontânea, assegurando a equidade e a transparência, com priorização por meio de critérios que avaliem riscos e
vulnerabilidades.
§ 1º O acesso à atenção hospitalar será organizado em consonancia com as diretrizes da Relação Nacional de
Ações e Serviços de Saúde (RENASES) e da Política Nacional de Regulação, de forma pactuada na Comissão
Intergestores Bipartite (CIB) ou Comissão Intergestores Regional (CIR), quando houver.
§ 2º As Portas Hospitalares de Urgência e Emergência deverão implementar acolhimento e protocolo de
classificação de risco e vulnerabilidades específicas.
§ 3º A equipe de saúde será integralmente responsável pelo usuário a partir do momentode sua chegada,
devendo proporcionar um atendimento acolhedor e que respeite as especificidades socioculturais.
Art. 11. O modelo de atenção hospitalar contemplará um conjunto de dispositivos de cuidado que assegure o
acesso, a qualidade da assistência e a segurança do paciente.
§ 1º A clínica ampliada e a gestão da clínica serão a base do cuidado, com a implementação de equipes
multiprofissionais de referência, de forma a assegurar o vínculo entre a equipe, o usuário e os familiares, com a garantia
de visita aberta com a presença do acompanhante e com a valorização de fatores subjetivos e sociais.
§ 2º As equipes multiprofissionais de referência serão a estrutura nuclear dos serviços de saúde do hospital e
serão formadas por profissionais de diferentes áreas e saberes, que irão compartilhar informações e decisões de forma
horizontal, estabelecendo-se como referência para os usuários e familiares.
§ 3º A horizontalização do cuidado será uma das estratégias para efetivação da equipe de referência, com
fortalecimento de vínculo entre profissionais, usuários e familiares.
§ 4º O Plano Terapêutico será elaborado de forma conjunta pelas equipes, especialmente quando se tratar de um
usuário com quadro clínico complexo ou de alta vulnerabilidade, com o objetivo de reavaliar diagnósticos e redefinir as
linhas de intervenção terapêutica, devendo ser registrado em prontuário unificado compartilhado pela equipe
multiprofissional.
§ 5º As equipes dos serviços hospitalares atuarão por meio de apoio matricial, propiciando retaguarda e suporte
nas respectivas especialidades para as equipes de referência, visando a atenção integral ao usuário.
§ 6º O gerenciamento dos leitos será realizado na perspectiva da integração da prática clínica no processo de
internação e de alta, preferencialmente por meio da implantação de um Núcleo Interno de Regulação (NIR) ou Núcleo de
Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) com o objetivo de aumentar a ocupação de leitos e otimizar a utilização da
capacidade instalada, melhorando o atendimento ao usuário.
§ 7º Cabe ao hospital implantar os núcleos de Segurança do Paciente nos moldes descritos na Resolução da
Diretoria Colegiada RDC - nº 36/Anvisa, de 25 de julho de 2013, de forma a elaborar um Plano de Segurança do
Paciente, bem como garantir a implantação dos Protocolos Básicos de Segurança do Paciente.
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§ 8º Diretrizes Terapêuticas e Protocolos Clínicos serão adotados para garantir intervenções seguras e
resolutivas, além de evitar ações desnecessárias, qualificando a assistência prestada ao usuário, de acordo com o
estabelecido pelo SUS.
§ 9º Ações que assegurem a qualidade da atenção e boas práticas em saúde deverão ser implementadas para
garantir a segurança do paciente com redução de incidentes desnecessários e evitáveis, além de atos inseguros
relacionados ao cuidado.
Art. 12. Cabe ao hospital identificar e divulgar os profissionais que são responsáveis pelo cuidado do paciente nas
unidades de internação, nos prontos socorros, nos ambulatórios de especialidades e nos demais serviços.
Art. 13. Cabe ao hospital implantar a visita aberta, de forma a garantir a ampliação do acesso dos visitantes ao
pronto socorro e às unidades de internação, favorecendo a relação entre o usuário, familiares e rede social de apoio e a
equipe de referência.
Art. 14. Os usuários internados, especialmente os idosos, gestantes, crianças, adolescentes e indígenas,
possuem direito a acompanhante 24 (vinte e quatro) horas por dia.
Parágrafo único. O direito de crianças e adolescentes de brincar será assegurado, assim como o direito de
estudar, que será implementado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Educação Estadual, Distrital e
Municipal em articulação com gestor de saúde local.
Art. 15. A auditoria clínica interna periódica será realizada, no mínimo a cada 2 (dois) anos, com o objetivo de
qualificar o processo assistencial hospitalar.
Art. 16. A alta hospitalar responsável, entendida como transferência do cuidado, será realizada por meio de:
I - orientação dos pacientes e familiares quanto à continuidade do tratamento, reforçando a autonomia do sujeito,
proporcionando o autocuidado;
II - articulaçao da continuidade do cuidado com os demais pontos de atenção da RAS, em particular a Atenção
Básica; e
III- implantação de mecanismos de desospitalização, visando alternativas às práticas hospitalares, como as de
cuidados domiciliares pactuados na RAS.
Seção II
Do Eixo de Gestão Hospitalar
Art. 17. A gestão da atenção hospitalar será pautada:
I - na garantia do acesso e qualidade da assistência;
II - no cumprimento de metas pactuadas na contratualização com o gestor;
III - na eficiência e transparência da aplicação dos recursos; e
IV - no planejamento participativo e democrático.
Art. 18. A gestão da atenção hospitalar no SUS será definida em consonância com o desenho da RAS, de acordo
com:
I - o papel do hospital na rede;
II - a implementação de fluxos regulatórios;
III - a contratualização; e
IV - os critérios de monitormaneto e avaliação.
§ 1º O gestor estadual, distrital ou municipal de saúde será responsável pela regulação da atenção hospitalar, nos
termos da Política Nacional de Regulação do SUS, utilizando-se de protocolos assistenciais e de critérios de priorização
de riscos e vulnerabilidades, conforme pactuação da CIB ou da CIR, quando existir, para proporcionar acesso ao
cuidado adequado no tempo oportuno.
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§ 2º Os hospitais disponibilizarão ações e serviços de saúde às centrais de regulação de acordo com o pactuado
no instrumento formal de contratualização.
Art. 19. O Plano Diretor e os contratos internos de gestão do hospital, desde que monitorados e avaliados
rotineiramente, poderão ser ferramentas adotadas para o cumprimento dos compromissos e metas pactuados com o
gestor e para a sustentabilidade institucional.
§ 1º Cabe aos hospitais desenvolver estratégias para monitoramento e avaliação dos compromissos e metas
pactuados na contratualização e da qualidade das ações e serviços de forma sistemática e em conjunto com as
instâncias gestoras do SUS, utilizando-se dos resultados para subsidiar o processo de planejamento e gestão.
§ 2º A gestão participativa e democrática, a atuação da ouvidoria e as pesquisas de satisfação do usuário serão
dispositivos de avaliação da gestão interna do hospital e da atenção.
§ 3º A ambiência hospitalar deverá adotar uma arquitetura inclusiva e com acessibilidade, seguindo as normas e
legislações vigentes.
§ 4º Deverão ser garantidos o registro e a atualização regular dos dados nos sistemas oficiais de informação do
SUS.
Art. 20. A administração dos hospitais será profissionalizada por meio de ações de indução e apoio à formação de
competências específicas de profissionais que ocupem cargos de direção e de gerência intermediária.
Art. 21. A administração dos insumos, da infraestrutura, de recursos financeiros e a gestão da força de trabalho
serão direcionados para o cumprimento do papel do hospital na RAS.
Art. 22. Para efeito de investimento pelo SUS, a direção do hospital pactuará junto aos gestores do SUS a
demanda para ampliação ou reforma da capacidade instalada e incorporação de tecnologias que impliquem em
acréscimos na contratualização.
Seção III
Do Eixo de Formação, Desenvolvimento e Gestão da Força de Trabalho
Art. 23. Todos os espaços de produção das ações e serviços de saúde no SUS constituem-se em campo de
prática para ensino, pesquisa e incorporação tecnológica em saúde, devendo os hospitais integrantes do SUS
desempenhar um importante papel na formação, tanto para suas equipes como para o matriciamento dos trabalhadores
dos demais pontos de atenção da RAS, de acordo com o pactuado com os gestores.
§ 1º Os hospitais integrantes do SUS deverão participar tanto de ações de formação de novos profissionais de
saúde, quanto de educação permanente em saúde, com prioridade para as áreas estratégicas do SUS, devendo integrar
programashttp://pt.wikipedia.org/wiki/1988%20%5Co%201988
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica%20%5Co%20Sa%C3%BAde%20p%C3%BAblica
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http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lei_Org%C3%A2nica_da_Sa%C3%BAde&action=edit&redlink=1%20%5Co%20Lei%20Org%C3%A2nica%20da%20Sa%C3%BAde%20(p%C3%A1gina%20n%C3%A3o%20existe)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/19_de_setembro%20%5Co%2019%20de%20setembro
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8142.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/28_de_dezembro%20%5Co%2028%20de%20dezembro
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http://pt.wikipedia.org/wiki/27_de_julho%20%5Co%2027%20de%20julho
http://pt.wikipedia.org/wiki/1993%20%5Co%201993
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L8689.htm
A REFORMA SANITÁRIA E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
A implementação do SUS teve início em 1990, o mesmo ano em que
Fernando Collor de Mello assumiu a presidência e adotou uma agenda
neoliberal, sem compromisso com a reforma sanitária. Ainda assim, em
1990, foi promulgada a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90), que
delineou as atribuições e a organização do SUS. O projeto de reforma
sanitária foi retomado em 1992, após o impeachment do presidente
Collor (PAIM et al, 2011).
A Lei 8.080/90 estabeleceu os papéis institucionais de cada esfera de
governo na gestão da saúde, a estrutura de financiamento e as regras
para a transferência de recursos entre os diferentes níveis de governo,
através dos Fundos de Saúde (CARVALHO; BARBOSA, 2010).
No entanto, Collor não hesitou em vetar artigos relacionados à
participação da comunidade e outros temas de interesse da Reforma
Sanitária durante a aprovação do SUS. Esse veto à lei de saúde levou o
movimento sanitário a pressionar o poder legislativo para uma tomada
de posição, que resultou na promulgação da nova Lei 8.142 (BRASIL,
2006).
A Lei 8.142/90 tratou da participação da comunidade na gestão do SUS e
das transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área
de saúde, estabelecendo os Conselhos de Saúde e conferindo status
público aos organismos de representação dos governos estaduais e
municipais (CARVALHO; BARBOSA, 2010).
O SUS é concebido como o conjunto de ações e serviços de saúde
prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da administração direta e indireta, bem como por fundações
mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada pode participar do SUS
de forma complementar (POLIGNANO, 2001).
Foram estabelecidos como princípios fundamentais do SUS:
 1. UNIVERSALIDADE - o acesso às ações e serviços deve ser
assegurado a todas as pessoas, independentemente de gênero, raça,
renda, ocupação ou outras características sociais ou pessoais.
 
 
Sistema Único de Saúde
2. EQUIDADE - é um princípio de justiça social que garante igualdade na
assistência à saúde, sem discriminação ou privilégios de qualquer
natureza. A rede de serviços deve considerar as reais necessidades da
população atendida.
 3. INTEGRALIDADE - implica em abordar a pessoa como um todo, com
as ações de saúde buscando atender todas as suas necessidades
(POLIGNANO, 2001, p.23).
Um dos principais avanços na implementação do SUS ao longo da
década de 1990 está relacionado ao rápido processo de
descentralização político-administrativa, com a gradual transferência de
responsabilidades e recursos do nível federal para os gestores estaduais
e municipais (SOUZA, 2001).
As Normas Operacionais do SUS representaram um instrumento crucial
na regulamentação desse processo de descentralização, pois
estabelecem, por meio de negociação, mecanismos e critérios para a
transferência de responsabilidades e recursos para os estados e
municípios (SOUZA, 2001).
Durante a década de 1990, foram publicadas quatro dessas normas - as
NOB 01/91, NOB 01/92, NOB 01/93 e NOB 01/96. As duas últimas
resultaram de processos de negociação cada vez mais intensos entre os
atores setoriais, particularmente no âmbito da Comissão Intergestores
Tripartite e do Conselho Nacional de Saúde (SOUZA, 2001).
A NOB-SUS 91, lançada em janeiro de 1991, foi criada para regularizar e
padronizar os fluxos financeiros entre as esferas de governo e enfrentar
a alegada ineficiência das redes públicas federal, estadual e municipal,
acusadas de serem subutilizadas e dispendiosas (CARVALHO; BARBOSA,
2010).
A NOB-SUS 93, emitida em maio de 1993, visava a restaurar o
compromisso com a implementação do SUS, conforme originalmente
concebido. Ela estabeleceu uma municipalização progressiva e gradual,
em estágios, para acomodar os diferentes níveis de preparação
institucional e técnica dos municípios na gestão da saúde (CARVALHO;
BARBOSA, 2010).
Sistema Único de Saúde
Reengajamento da discussão do SUS, com a participação da
comunidade;
Financiamento adequado às necessidades de saúde por parte dos
entes federados, refletido na busca pela regulamentação da EC n° 29
pelo Congresso Nacional;
• Criação e ampla divulgação da Declaração dos Direitos dos
Usuários do SUS;
Debater nas assembleias municipais e estaduais as estratégias para
implementar essa dimensão no estado;
Dedicar espaços de colaboração com organizações da sociedade civil
para realizar as ações planejadas.
A NOB-SUS 96, publicada em novembro de 1996, surgiu como resultado
de um consenso sobre a necessidade de consolidar o modelo de gestão
descentralizada e pactuada, fortalecer a autonomia municipal e
promover mudanças nacionais no modelo de assistência e na
organização dos serviços de saúde (CARVALHO; BARBOSA, 2010).
Vendo as limitações dessas normas, que muitas vezes não eram
aplicáveis na prática, foram introduzidos os Pactos pela Saúde.
O Pacto pela Saúde foi estabelecido para enfrentar os desafios atuais na
gestão e organização do sistema de saúde, fornecendo respostas
eficazes às necessidades de saúde da população brasileira e
transformando a saúde em uma política de Estado, além de ser uma
política de governo. O objetivo desse processo de pactuação é garantir o
aprimoramento da administração pública do SUS, visando aprimorar sua
eficácia, eficiência e excelência em suas ações (CONASS, 2006).
Nesse contexto, foram estabelecidas três dimensões no Pacto pela
Saúde 2006:
Pacto em Apoio ao SUS, Pacto pela Promoção da Vida e Pacto de
Administração.
PACTO EM DEFESA DO SUS
Sistema Único de Saúde
Comprometimento mútuo entre os administradores em relação a
prioridades que influenciam a situação de saúde da população
brasileira;
Estabelecimento de uma agenda compartilhada, concisa, com metas
acordadas e revisão anual
Prioridades definidas por meio de metas nacionais, estaduais ou
municipais
O Pacto pela Vida 2006 estabeleceu seis áreas prioritárias: Bem-
estar do idoso; Prevenção do câncer de colo de útero e de mama;
Redução da mortalidade infantil e materna; Reforço da capacidade
de resposta a doenças emergentes e endêmicas, com foco na
dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; Promoção da
Saúde; e
Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde.
Estabelece as responsabilidades conjuntas dos administradores para
reduzir as sobreposições de competências, contribuindo assim para
o fortalecimento da administração compartilhada e colaborativa do
SUS.
Promove o avanço da regionalização e descentralização do SUS,
propondo diretrizes que permitem uma variedade de abordagens
respeitando as particularidades regionais.
Propõe a transferência de responsabilidades do Ministério da Saúde
para os estados e municípios, acompanhada da simplificaçãoe políticas prioritárias de formação em saúde.
§ 2º Os hospitais podem ter uma missão específica de ensino para graduação e pós-graduação na área da saúde,
podendo receber a Certificação como Hospital de Ensino (HE), de acordo com os critérios estabelecidos pelos
Ministérios da Saúde e da Educação.
Art. 24. Os hospitais adotarão as seguintes estratégias de valorização dos trabalhadores:
I - avaliação de desempenho;
II - educação permanente; e
III - avaliação da atenção à saúde do trabalhador.
§ 1º A avaliação de desempenho dos trabalhadores pressupõe a existência de oportunidades sistemáticas para
análises individuais e coletivas do trabalho, com participação ativa dos trabalhadores, buscando a corresponsabilização
das equipes com as avaliações.
§ 2º O programa de educação permanente em saúde deve ser oferecido aos profissionais de saúde das equipes
dos hospitais, baseado no aprendizado em serviço, no qual o aprender e ensinar se incorporam ao cotidiano dos
hospitais e das equipes.
§ 3º A atenção à saúde do trabalhador contemplará ações de promoção da saúde, prevenção e recuperação de
doenças e reabilitação.
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Art. 25. A gestão da força de trabalho na atenção hospitalar no SUS será direcionada para aperfeiçoar
mecanismos de provimento, fixação e habilitação de profissionais, buscando atender aos pressupostos descritos nesta
Portaria.
Seção IV
Do Eixo de Financiamento
Art. 26. O financiamento da assistencia hospitalar será realizado de forma tripartite, pactuado entre as três esferas
de gestão, de acordo com as normas específicas do SUS.
Art. 27. A busca da sustentabilidade será uma das bases do custeio dos hospitais, considerando a sua população
de referência, o território de atuação, a missão e o papel desempenhado na RAS, pactuados regionalmente.
§ 1º Todos os recursos que compõem o custeio das ações e serviços para a atenção hospitalar constarão em um
único instrumento formal de contratualização, mediado pelo cumprimento de metas quali-quantitativas de assistência,
gestão e ensino/pesquisa.
§ 2º As regiões com populações dispersas e rarefeitas em grandes extensões territoriais, como a Amazônia Legal,
terão mecanismos de custeio que considerem as especificidades regionais.
Art. 28. Os recursos de investimento destinados à atenção hospitalar considerarão a ampliação da capacidade
instalada, a renovação do parque tecnológico e a inovação de tecnologias, respeitando as especificidades regionais e as
pactuações locais, de acordo com os seguintes critérios de priorização:
I - estar em consonância com as prioridades estabelecidas nos Planos de Saúde Nacional, Estaduais, Distrital e
Municipais;
II - contemplar os projetos de implementação das Redes Temáticas de Atenção à Saúde e Programas prioritárias
do SUS; e
III - priorizar regiões remotas com grandes vazios assistenciais.
Seção V
Do Eixo de Contratualização
Art. 29. Os gestores de saúde formalizarão a relação com os hospitais que prestam ações e serviços ao SUS por
meio de instrumentos formais de contratualização, independente de sua natureza jurídica, esfera administrativa e de
gestão.
Parágrafo único. A contratualização é a formalização da relação entre o gestor público de saúde e os hospitais
integrantes do SUS, públicos e privados, com ou sem fins lucrativos, sob sua gestão, por meio de instrumento formal de
contratualização.
Art. 30. A contratualização tem como finalidade a formalização da relação entre gestores de saúde e hospitais
integrantes do SUS por meio do estabelecimento de compromissos entre as partes, promovendo a qualificação da
assistência, da gestão hospitalar e do ensino/pesquisa, de acordo com as seguintes diretrizes:
I - adequação das ações e serviços contratualizadas às necessidades locais e regionais pactuadas na CIB ou na
CIR, quando houver;
II - definição das ações e serviços de saúde e atividades de ensino e pesquisa que serão disponibilizadas para o
gestor;
III - estabelecimento de valores e formas de repasse dos recursos financeiros condicionados ao cumprimento e
monitoramento de metas quali-quantitativas;
IV - aprimoramento dos processos de avaliação, controle e regulação dos serviços assistenciais; e
V - efetivação do controle social e garantia de transparência.
Art. 31. O gestor local levará em consideração os seguintes critérios de priorização para a contratualização:
I - hospitais públicos, quais sejam federais, estaduais, distrital ou municipais;
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II - hospitais de direito privado sem fins lucrativos, que prestam 100% (cem por cento) dos seus serviços ao SUS;
III - hospitais de direito privado sem fins lucrativos que prestam o mínimo de 60% (sessenta por cento) dos seus
serviços ao SUS;
IV - demais hospitais privados sem fins lucrativos; e
V - hospitais privados com fins lucrativos.
Seção VI
Do Eixo de Responsabilidades das Esferas de Gestão
Art. 32. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, representados por suas instâncias gestoras do
SUS, são responsáveis pela organização e execução das ações da atenção hospitalar nos seus respectivos territórios,
de acordo com os princípios e diretrizes estabelecidos nesta Portaria.
§ 1º Compete ao Ministério da Saúde:
I - definir, implementar, monitorar e avaliar a PNHOSP em consonância com os princípios da universalidade,
integralidade, equidade, controle social e descentralização com direção única em cada esfera de governo, da forma
pactuada na CIT;
II - estabelecer, no Plano Nacional de Saúde, metas e prioridades para a organização da atenção hospitalar em
todo território nacional;
III - definir, monitorar e avaliar a contratualização da atenção hospitalar;
IV - co-financiar a atenção hospitalar, de forma tripartite;
V - estabelecer diretrizes nacionais para a educação permanente em saúde na atenção hospitalar, de acordo com
a pactuação na CIT;
VI - estabelecer prioridades, fomentar e realizar pesquisas que fortaleçam a atenção hospitalar do SUS em
consonância com as realidades epidemiológicas e demográficas;
VII - fomentar a gestão de tecnologias em saúde direcionadas para a atenção hospitalar;
VIII - articular com o Ministério da Educação mudanças curriculares para os cursos de graduação e pós-
graduação nas áreas da
saúde, visando à formação de profissionais com perfil adequado para atuação na atenção hospitalar;
IX - estabelecer, de acordo com a pactuação na CIT, mecanismos de controle, regulação, monitoramento e
avaliação das ações realizadas no âmbito hospitalar, por meio de indicadores de desempenho, de processos e de
resultados;
X - ser co-partícipe da contratualização dos hospitais sob sua gerência com os gestores locais e realizar o
monitoramento e avalição das metas pactuadas no instrumento contratual;
XI - organizar, executar e avaliar os serviços de atenção hospitalar sob sua gerência;
XII - prestar assessoria técnica aos Estados, Distrito Federal e Municípios no processo de qualificação da atenção
hospitalar;
XIII - prestar asssessoria técnica aos hospitais no processo de qualificação da atenção hospitalar; e
XIV - viabilizar parcerias com organismos internacionais e o setor privado para o fortalecimento da atenção
hospitalar.
§ 2° Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal:
I - coordenar, no âmbito estadual ou do Distrito Federal, a implantação, o monitoramento e a avaliação da
PNHOSP, de forma pactuada na CIB e na CIR;
II - estabelecer, no Plano de Saúde Estadual ou do Distrito Federal, metas e prioridades para a organização da
atenção hospitalar no seu território;
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III - estabelecer, de forma pactuada com os Municípios, o desenho da RAS, definindo os pontos de atenção
hospitalar e suas atribuições;
IV - co-financiar a atenção hospitalar, de forma tripartite;
V- estabelecer a contratualização dos hospitais sob sua gestão e realizar o monitoramento e avalição das metas
pactuadas no instrumento contratual;
VI - organizar, executar e/ou gerenciar os serviços de atençãohospitalar sob sua responsabilidade;
VII - elaborar as prioridades e fomentar a realização de ensino e pesquisa que fortaleçam a assistência hospitalar
aos usuários do SUS, em consonância com as realidades epidemiológicas e demográficas em sua área de atuação;
VIII - estabelecer, de forma pactuada com os Municípios, os mecanismos de controle, regulação, monitoramento e
avaliação das ações realizadas no âmbito hospitalar, por meio de indicadores de desempenho e qualidade;
IX - prestar assessoria técnica aos Municípios e hospitais no processo de qualificação da atenção hospitalar no
seu território;
X - propor diretrizes estaduais de Educação Permanente e disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos em
consonância com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde; e
XI - registrar e atualizar as informações relativas aos hospitais nos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde.
§ 3º Compete às Secretarias Municipais de Saúde e do Distrito Federal:
I - coordenar, no âmbito municipal e do Distrito Federal, a implantação, execução, monitoramento e avaliação da
PNHOSP, de acordo com o pactuado na CIB e na CIR;
II - estabelecer, no Plano Municipal e do Distrito Federal de Saúde, as metas e prioridades para a organização da
atenção hospitalar no seu território;
III - estabelecer de forma pactuada com os Estados, o desenho da RAS, definindo os pontos de atenção hospitalar
e suas atribuições;
IV - co-financiar a atenção hospitalar, de forma tripartite;
V - organizar, executar e gerenciar os serviços de atenção hospitalar sob sua gerência;
VI - estabelecer a contratualização dos hospitais sob sua gestão e realizar o monitoramento e a avalição das
metas pactuadas no instrumento contratual;
VII - estabelecer mecanismos de controle, regulação, monitoramento e avaliação das ações realizadas no âmbito
hospitalar em seu território, através de indicadores de desempenho e qualidade;
VIII - prestar assessoria técnica aos hospitais sob sua gestão no processo de qualificação da atenção e gestão
hospitalar;
IX - estabelecer prioridades, fomentar e realizar pesquisas que fortaleçam a atenção hospitalar do SUS em
consonância com as realidades epidemiológicas e demográficas em sua área de atuação;
X - propor diretrizes municipais de Educação Permanente e disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos em
consonância com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde; e
XI - registrar e atualizar as informações relativas aos hospitais no âmbito do seu território nos Sistemas Nacionais
de Informação em Saúde.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 33. A implementação da PNHOSP será gradual, a partir da celebração de novas contratualizações, com
prioridade para os hospitais que fazem parte das Redes Temáticas de Atenção à Saúde e Programas prioritários do
SUS.
Art. 34. Fica instituído o Comitê Gestor da Atenção Hospitalar, com composição tripartite, que monitorará e
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avaliará a PNHOSP periodicamente, além de estudar e aprofundar as discussões para o aprimoramento de seus eixos
estruturantes.
§ 1º O Comitê Gestor de que trata o "caput" deverá aprofundar as discussões para reformulação da modelo de
financiamento da atenção hospitalar.
§ 2º Ato específico do Ministro de Estado da Saúde regulamentará o funcionamento e disporá acerca da
composição e competências do Comitê de que trata o "caput".
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. As unidades hospitalares certificadas como Hospitais de Excelência, nos termos da Portaria nº
936/GM/MS, de 27 de abril de 2011, cumprirão o disposto nesta Portaria quando atuarem na prestação de ações e
serviços de saúde para o SUS.
Art. 36. A SAS/MS publicará manuais e guias com detalhamento operacional e orientações especificas para a
execução da PNHOSP.
Art. 37. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Sa�de Legis - Sistema de Legisla��o da Sa�de
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ADVERTÊNCIA
Este texto n�o substitui o publicado no Diário Oficial da União
Minist�rio da Sa�de
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013
Institui ações para a segurança do paciente em serviços
de saúde e dá outras providências.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem os
incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. 54 do Regimento
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU
de 21 de agosto de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da
Lei n.º 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada em
23 de julho de 2013, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente , determino a sua
publicação:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da
qualidade nos serviços de saúde.
Seção II
Abrangência
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos serviços de saúde, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou
militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.
Parágrafo único. Excluem-se do escopo desta Resolução os consultórios individualizados, laboratórios clínicos e
os serviços móveis e de atenção domiciliar.
Seção III
Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - boas práticas de funcionamento do serviço de saúde: componentes da garantia da qualidade que asseguram
que os serviços são ofertados com padrões de qualidade adequados;
II - cultura da segurança: conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que determinam o
comprometimento com a gestão da saúde e da segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de
aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde;
III - dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo doenças,
lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico;
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IV - evento adverso: incidente que resulta em dano à saúde;
V - garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que os serviços prestados
estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos para os fins a que se propõem;
VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na
identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde
humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional;
VII - incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário à saúde;
VIII - núcleo de segurança do paciente (NSP): instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a
implementação de ações voltadas à segurança do paciente;
IX - plano de segurança do paciente em serviços de saúde: documento que aponta situações de risco e descreve
as estratégias e ações definidas pelo serviço de saúde para a gestão de risco visando a prevenção e a mitigação dos
incidentes, desde a admissão até a transferência, a alta ou o óbito do paciente no serviço de saúde;
X - segurança do paciente: redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à atenção
à saúde;
XI - serviço de saúde: estabelecimento destinado ao desenvolvimento de ações relacionadas à promoção,
proteção, manutenção e recuperação da saúde, qualquer que seja o seu nível de complexidade, em regime de
internação ou não, incluindo a atenção realizada em consultórios, domicílios e unidades móveis;
XII - tecnologias em saúde: conjunto de equipamentos,medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na
atenção à saúde, bem como os processos de trabalho, a infraestrutura e a organização do serviço de saúde.
CAPÍTULO II
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS
Seção I
Da criação do Núcleo de Segurança do Paciente
Art. 4º A direção do serviço de saúde deve constituir o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua
composição, conferindo aos membros autoridade, responsabilidade e poder para executar as ações do Plano de
Segurança do Paciente em Serviços de Saúde.
§ 1º A direção do serviço de saúde pode utilizar a estrutura de comitês, comissões, gerências, coordenações ou
núcleos já existentes para o desempenho das atribuições do NSP.
§ 2º No caso de serviços públicos ambulatoriais pode ser constituído um NSP para cada serviço de saúde ou um
NSP para o conjunto desses, conforme decisão do gestor local do SUS.
Art. 5º Para o funcionamento sistemático e contínuo do NSP a direção do serviço de saúde deve disponibilizar:
I - recursos humanos, financeiros, equipamentos, insumos e materiais;
II - um profissional responsável pelo NSP com participação nas instâncias deliberativas do serviço de saúde.
Art. 6º O NSP deve adotar os seguintes princípios e diretrizes:
I - A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde;
II - A disseminação sistemática da cultura de segurança;
III - A articulação e a integração dos processos de gestão de risco;
IV - A garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde.
Art.7º Compete ao NSP:
I - promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde;
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II - desenvolver ações para a integração e a articulação multiprofissional no serviço de saúde;
III - promover mecanismos para identificar e avaliar a existência de não conformidades nos processos e
procedimentos realizados e na utilização de equipamentos, medicamentos e insumos propondo ações preventivas e
corretivas;
IV - elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde;
V - acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde;
VI - implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o monitoramento dos seus indicadores;
VII - estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos serviços de saúde;
VIII - desenvolver, implantar e acompanhar programas de capacitação em segurança do paciente e qualidade em
serviços de saúde;
IX - analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de
saúde;
X - compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do serviço de saúde os resultados da análise e avaliação
dos dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde;
XI - notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos adversos decorrentes da prestação do serviço
de saúde;
XII- manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade sanitária, quando requisitado, as notificações de eventos
adversos;
XIII - acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações de risco divulgadas pelas autoridades sanitárias.
Seção II
Do Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde
Art. 8º O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (PSP), elaborado pelo NSP, deve estabelecer
estratégias e ações de gestão de risco, conforme as atividades desenvolvidas pelo serviço de saúde para:
I - identificação, análise, avaliação, monitoramento e comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma
sistemática;
II - integrar os diferentes processos de gestão de risco desenvolvidos nos serviços de saúde;
III - implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saude;
IV - identificação do paciente;
V - higiene das mãos;
VI - segurança cirúrgica;
VII - segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos;
VIII - segurança na prescrição, uso e administração de sangue e hemocomponentes;
IX - segurança no uso de equipamentos e materiais;
X - manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando este procedimento for realizado;
XI - prevenção de quedas dos pacientes;
XII - prevenção de úlceras por pressão;
XIII - prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à
assistência à saúde;
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XIV- segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral;
XV - comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saúde e entre serviços de saúde;
XVI - estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada.
XVII - promoção do ambiente seguro
CAPÍTULO III
DA VIGILÂNCIA, DO MONITORAMENTO E DA NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS
Art. 9º O monitoramento dos incidentes e eventos adversos será realizado pelo Núcleo de Segurança do Paciente
- NSP.
Art. 10 A notificação dos eventos adversos, para fins desta Resolução, deve ser realizada mensalmente pelo NSP,
até o 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por meio das ferramentas eletrônicas
disponibilizadas pela Anvisa.
Parágrafo único - Os eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 72 (setenta e duas)
horas a partir do ocorrido.
Art. 11 Compete à ANVISA, em articulação com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária:
I - monitorar os dados sobre eventos adversos notificados pelos serviços de saúde;
II - divulgar relatório anual sobre eventos adversos com a análise das notificações realizadas pelos serviços de
saúde;
III - acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital, estadual e municipal as investigações sobre os eventos
adversos que evoluíram para óbito.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 12 Os serviços de saúde abrangidos por esta Resolução terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para a
estruturação dos NSP e elaboração do PSP e o prazo de 150 (cento e cinquenta) dias para iniciar a notificação mensal
dos eventos adversos, contados a partir da data da publicação desta Resolução.
Art. 13 O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos da
Lei n. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 14 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
Sa�de Legis - Sistema de Legisla��o da Sa�de
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RESOLUÇÃO Nº 553, DE 09 DE AGOSTO DE 2017 
 
 
 
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua 61ª Reunião Extraordinária, 
realizada no dia 9 de agosto de 2017, no uso de suas atribuições conferidas pela Lei 
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 e pelo 
Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006, cumprindo as disposições da Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988, da legislação brasileira correlata; e 
Considerando a necessidade de atualização da Carta dos Direitos dos Usuários da 
Saúde, publicada por meio da Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, a partir da 
legislação e avanços do Sistema Único de Saúde (SUS); 
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as 
condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a organização e 
funcionamento dos serviços correspondentes; 
Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a 
participação da comunidade na gestão do SUS; 
Considerando a Lei nº 9.836, de 23 de setembro de 1999, que acrescenta dispositivos 
à Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que institui o Subsistema de Atenção à Saúde 
Indígena; 
Considerando a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de 
Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência); 
Considerando a Lei nº 12.527 (Lei de Acesso à Informação), de 18 de novembro de 
2011; 
Considerando a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, que dispõe sobre a 
participação, a proteção e a defesa dos direitos do usuário dosserviços públicos da 
administração pública; 
Considerando o Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007, que institui a Política 
Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais; 
Considerando a Portaria nº 992, de 13 de maio de 2009, que institui a Política 
Nacional de Saúde Integral da População Negra; 
Considerando a Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011, que institui a Política 
Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais; 
Considerando a Portaria nº 2.866, de 02 de dezembro de 2011, que institui a Política 
Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta; 
Considerando as Diretrizes estabelecidas na Política Nacional de Humanização da 
Atenção e da Gestão do SUS, de 2003; 
Considerando a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS, 
Portaria nº 3.027, de 26 de novembro de 2007; 
Considerando a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do SUS 
(PNEPS-SUS), Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013; 
Considerando a Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social no 
SUS, Resolução CNS nº 363, de 11 de agosto de 2006; 
Considerando a Portaria nº 971/GM/MS, de 3 de maio de 2006, que aprova a Política 
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC); 
Considerando as diretrizes estabelecidas nas Conferências de Saúde, nas esferas 
Municipal, Estadual e Nacional, e no Conselho Nacional de Saúde, em defesa do SUS e dos 
seus princípios; 
Considerando as proposições do Grupo de Trabalho do Conselho Nacional de Saúde, 
que elaborou propostas e sistematizou as contribuições da Consulta à Sociedade, realizada 
de maio a junho de 2017, para atualização da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde; e 
Considerando que compete ao Conselho Nacional de Saúde o fortalecimento da 
participação e do controle social no SUS (artigo 10, IX da Resolução nº 407, de 12 de 
setembro de 2008). 
Resolve: 
Aprovar a atualização da Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde, 
que dispõe sobre as diretrizes dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde anexa a 
esta Resolução. 
 
 
RONALD FERREIRA DOS SANTOS 
Presidente do Conselho Nacional de Saúde 
 
Homologo a Resolução CNS nº 553, de 9 de agosto de 2017, com base no Decreto de 
Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991. 
 
 
RICARDO BARROS 
Ministro de Estado da Saúde 
 
 
ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 553, DE 9 DE AGOSTO DE 2017 
 
Primeira diretriz: toda pessoa tem direito, em tempo hábil, ao acesso a bens e serviços 
ordenados e organizados para garantia da promoção, prevenção, proteção, tratamento e 
recuperação da saúde. 
I - Cada pessoa possui direito de ser acolhida no momento em que chegar ao serviço 
e conforme sua necessidade de saúde e especificidade, independentemente de senhas ou 
procedimentos burocráticos, respeitando as prioridades garantidas em Lei. 
II - A promoção e a proteção da saúde devem estar relacionadas com as condições 
sociais, culturais e econômicas das pessoas, incluídos aspectos como: 
a) segurança alimentar e nutricional; 
b) saneamento básico e ambiental; 
c) tratamento às doenças negligenciadas conforme cada região do País; 
d) iniciativas de combate às endemias e doenças transmissíveis; 
e) combate a todas as formas de violência e discriminação; 
f) educação baseada nos princípios dos Direitos Humanos; 
g) trabalho digno; e 
h) acesso à moradia, transporte, lazer, segurança pública e previdência social. 
§1º O acesso se dará preferencialmente nos serviços de Atenção Básica. 
§2º Nas situações de urgência e emergência, qualquer serviço de saúde deve receber 
e cuidar da pessoa bem como encaminhá-la para outro serviço no caso de necessidade. 
§3º Em caso de risco de vida ou lesão grave, deverá ser assegurada a remoção do 
usuário, em tempo hábil e em condições seguras para um serviço de saúde com capacidade 
para resolver seu tipo de problema. 
§4º O encaminhamento às especialidades e aos hospitais, pela Atenção Básica, será 
estabelecido em função da necessidade de saúde e indicação clínica, levando-se em conta 
a gravidade do problema a ser analisado pelas centrais de regulação, com transparência. 
§5º Quando houver alguma dificuldade temporária para atender as pessoas é da 
responsabilidade da direção e da equipe do serviço, acolher, dar informações claras e 
encaminhá-las sem discriminação e privilégios. 
Segunda diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento integral, aos procedimentos 
adequados e em tempo hábil a resolver o seu problema de saúde, de forma ética e 
humanizada. 
Parágrafo único. É direito da pessoa ter atendimento adequado, inclusivo e acessível, 
com qualidade, no tempo certo e com garantia de continuidade do tratamento, e para isso 
deve ser assegurado: 
I - atendimento ágil, com estratégias para evitar o agravamento, com tecnologia 
apropriada, por equipe multiprofissional capacitada e com condições adequadas de 
atendimento; 
II - disponibilidade contínua e acesso a bens e serviços de imunização conforme 
calendário e especificidades regionais; 
II - espaços de diálogo entre usuários e profissionais da saúde, gestores e defensoria 
pública sobre diferentes formas de tratamentos possíveis. 
III - informações sobre o seu estado de saúde, de forma objetiva, respeitosa, 
compreensível, e em linguagem adequada a atender a necessidade da usuária e do usuário, 
quanto a: 
a) possíveis diagnósticos; 
b) diagnósticos confirmados; 
c) resultados dos exames realizados; 
d) tipos de exames solicitados, as justificativas e riscos; 
e) objetivos, riscos e benefícios de procedimentos diagnósticos, cirúrgicos, preventivos 
ou de tratamento; 
f) duração prevista do tratamento proposto; 
g) quanto a procedimentos diagnósticos e tratamentos invasivos ou cirúrgicos; 
h) a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e duração; 
i) partes do corpo afetadas pelos procedimentos, instrumental a ser utilizado, efeitos 
colaterais, riscos ou consequências indesejáveis; 
j) duração prevista dos procedimentos e tempo de recuperação; 
k) evolução provável do problema de saúde; 
l) informações sobre o custo das intervenções das quais a pessoa se beneficiou; 
m) outras informações que forem necessárias; 
I - que toda pessoa tem o direito de decidir se seus familiares e acompanhantes 
deverão ser informados sobre seu estado de saúde; 
II - o registro atualizado e legível no prontuário, das seguintes informações: 
a) motivo do atendimento ou internação; 
b) dados de observação e da evolução clínica; 
c) prescrição terapêutica; 
d) avaliações dos profissionais da equipe; 
e) procedimentos e cuidados de enfermagem; 
f) quando for o caso, procedimentos cirúrgicos e anestésicos, odontológicos, 
resultados de exames complementares laboratoriais e radiológicos; 
g) a quantidade de sangue recebida e dados que garantam a qualidade do sangue, 
como origem, sorologias efetuadas e prazo de validade; 
h) identificação do responsável pelas anotações; 
i) data e local e identificação do profissional que realizou o atendimento; 
j) outras informações que se fizerem necessárias; 
I - o acesso à anestesia em todas as situações em que for indicada, bem como a 
medicações e procedimentos que possam aliviar a dor e o sofrimento; 
II - o recebimento das receitas e prescrições terapêuticas, deverão conter: 
a) o nome genérico das substâncias prescritas; 
b) clara indicação da dose e do modo de usar; 
c) escrita impressa, datilografada ou digitada, ou em caligrafia legível; 
d) textos sem códigos ou abreviaturas; 
e) o nome legível do profissional e seu número de registro no conselho profissional; e 
f) a assinatura do profissional e a data; 
I - o recebimento dos medicamentos, quando prescritos, que compõem a farmácia 
básica e, nos casos de necessidade de medicamentos de alto custo, deve ser garantido o 
acesso conforme protocolos e normas do Ministério da Saúde; 
II - a garantia do acesso à continuidade da atenção no domicílio, quandopertinente, 
com estímulo e orientação ao autocuidado que fortaleça sua autonomia e a garantia de 
acompanhamento em qualquer serviço que for necessário, extensivo à rede de apoio; 
III - o encaminhamento para outros serviços de saúde deve ser por meio de um 
documento que contenha: 
a) caligrafia legível ou datilografada ou digitada ou por meio eletrônico; 
b) resumo da história clínica, possíveis diagnósticos, tratamento realizado, evolução e 
o motivo do encaminhamento; 
c) linguagem clara evitando códigos ou abreviaturas; 
d) nome legível do profissional e seu número de registro no conselho profissional, 
assinado e datado; e 
e) identificação da unidade de saúde que recebeu a pessoa, assim como da Unidade a 
que está sendo encaminhada. 
Terceira diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento inclusivo, humanizado e 
acolhedor, realizado por profissionais qualificados, em ambiente limpo, confortável e 
acessível. 
§1º Nos serviços de saúde haverá igual visibilidade aos direitos e deveres das 
pessoas usuárias e das pessoas que trabalham no serviço de saúde. 
§2º A Rede de Serviços do SUS utilizará as tecnologias disponíveis para facilitar o 
agendamento de procedimentos nos serviços de saúde em todos os níveis de 
complexidade. 
§3º Os serviços de saúde serão organizados segundo a demanda da população, e não 
limitados por produção ou quantidades de atendimento pré-determinados. 
§4º A utilização de tecnologias e procedimentos nos serviços deverá proporcionar 
celeridade na realização de exames e diagnósticos e na disponibilização dos resultados. 
§5º Haverá regulamentação do tempo de espera em filas de procedimentos. 
§6º A lista de espera de média e alta complexidade deve considerar a agilidade e 
transparência. 
§7º As medidas para garantir o atendimento incluem o cumprimento da carga horária 
de trabalho dos profissionais de saúde. 
§8º Nas situações em que ocorrer a interrupção temporária da oferta de 
procedimentos como consultas e exames, os serviços devem providenciar a remarcação 
destes procedimentos e comunicar aos usuários. 
§9º As redes de serviço do SUS deverão se organizar e pactuar no território a oferta 
de plantão de atendimento 24 horas, inclusive nos finais de semana. 
§10 Cada serviço deverá adotar medidas de manutenção permanente dos 
equipamentos, bens e serviços para prevenir interrupções no atendimento. 
§11 É direito da pessoa, na rede de serviços de saúde, ter atendimento humanizado, 
acolhedor, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em virtude de idade, raça, 
cor, etnia, religião, orientação sexual, identidade de gênero, condições econômicas ou 
sociais, estado de saúde, de anomalia, patologia ou deficiência, garantindo-lhe: 
I - identificação pelo nome e sobrenome civil, devendo existir em todo documento do 
usuário e usuária um campo para se registrar o nome social, independente do registro civil, 
sendo assegurado o uso do nome de preferência, não podendo ser identificado por número, 
nome ou código da doença ou outras formas desrespeitosas ou preconceituosas; 
II - a identificação dos profissionais, por crachás visíveis, legíveis e por outras formas 
de identificação de fácil percepção; 
III - nas consultas, nos procedimentos diagnósticos, preventivos, cirúrgicos, 
terapêuticos e internações, o seguinte: 
a) integridade física; 
b) a privacidade e ao conforto; 
c) a individualidade; 
d) aos seus valores éticos, culturais, religiosos e espirituais; 
e) a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal; 
f) a segurança do procedimento; 
g) o bem-estar psíquico e emocional; 
h) a confirmação do usuário sobre a compreensão das questões relacionadas com o 
seu atendimento e possíveis encaminhamentos. 
I - o atendimento agendado nos serviços de saúde, preferencialmente com hora 
marcada; 
II - o direito a acompanhante, pessoa de sua livre escolha, nas consultas e exames; 
III - o direito a acompanhante, nos casos de internação, nas situações previstas em lei, 
assim como naqueles em que a autonomia da pessoa estiver comprometida, com oferta de 
orientação específica e adequada para os acompanhantes; 
IV - o direito a visita diária não inferior a duas horas, preferencialmente, abertas em 
todas as unidades de internação, ressalvadas as situações técnicas não indicadas; 
V - a continuidade das atividades escolares, bem como o estímulo à recreação, em 
casos de internação de criança ou adolescente; 
VI - a informação a respeito de diferentes possibilidades terapêuticas de acordo com 
sua condição clínica, baseado em evidências e a relação custo-benefício da escolha de 
tratamentos, com direito à recusa, atestado pelo usuário ou acompanhante; 
VII - a escolha do local de morte; 
VIII - o direito à escolha de tratamento, quando houver, inclusive as práticas 
integrativas e complementares de saúde, e à consideração da recusa de tratamento 
proposto; 
IX - o recebimento de visita, quando internado, de outros profissionais de saúde que 
não pertençam àquela unidade hospitalar sendo facultado a esse profissional o acesso ao 
prontuário; 
X - a opção de marcação de atendimento pessoalmente, por telefone e outros meios 
tecnológicos disponíveis e acessíveis; 
XI - o recebimento de visita de religiosos de qualquer credo, sem que isso acarrete 
mudança da rotina de tratamento e do estabelecimento e ameaça à segurança ou 
perturbações a si ou aos outros; 
XII - a não-limitação de acesso aos serviços de saúde por barreiras físicas, 
tecnológicas e de comunicação; 
XIII - a espera por atendimento em lugares protegidos, limpos e ventilados, tendo a 
sua disposição água potável e sanitários, e devendo os serviços de saúde se organizarem 
de tal forma que seja evitada a demora nas filas; 
XIV - soluções para que não haja acomodação de usuários em condições e locais 
inadequados. 
Quarta diretriz: toda pessoa deve ter seus valores, cultura e direitos respeitados na 
relação com os serviços de saúde. 
Parágrafo único: os direitos do caput serão garantidos por meio de: 
I - escolha do tipo de plano de saúde que melhor lhe convier, de acordo com as 
exigências mínimas constantes da legislação e a informação pela operadora sobre a 
cobertura, custos e condições do plano que está adquirindo; 
II - sigilo e a confidencialidade de todas as informações pessoais, mesmo após a 
morte, salvo nos casos de risco à saúde pública; 
III - acesso da pessoa ao conteúdo do seu prontuário ou de pessoa por ele autorizada 
e a garantia de envio e fornecimento de cópia, em caso de encaminhamento a outro serviço 
ou mudança de domicílio; 
IV - obtenção de laudo, relatório e atestado sempre que justificado por sua situação de 
saúde; 
V - consentimento livre, voluntário e esclarecido, a quaisquer procedimentos 
diagnósticos, preventivos ou terapêuticos, salvo nos casos que acarretem risco à saúde 
pública, considerando que o consentimento anteriormente dado poderá ser revogado a 
qualquer instante, por decisão livre e esclarecida, sem que sejam imputadas à pessoa 
sanções morais, financeiras ou legais; 
VI - pleno conhecimento de todo e qualquer exame de saúde admissional, periódico, 
de retorno ao trabalho, de mudança de função, ou demissional realizado e seus resultados; 
VII - a indicação de sua livre escolha, a quem confiará a tomada de decisões para a 
eventualidade de tornar-se incapaz de exercer sua autonomia; 
VIII - o recebimento ou a recusa à assistência religiosa, espiritual, psicológica e social; 
IX - a liberdade, em qualquer fase do tratamento, de procurar segunda opinião ou 
parecer de outro profissional ou serviço sobre seu estado de saúde ou sobre procedimentos 
recomendados; 
X - a não-participação em pesquisa que envolva ou não tratamento experimental sem 
que tenha garantias claras da sua liberdade de escolha e, no caso de recusa em participar 
ou continuar na pesquisa, não poderá sofrer constrangimentos, punições ou sanções pelos 
serviços de saúde, sendo necessário, para isso: 
a) que o dirigente do serviçocuide dos aspectos éticos da pesquisa e estabeleça 
mecanismos para garantir a decisão livre e esclarecida da pessoa; 
b) que o pesquisador garanta, acompanhe e mantenha a integridade da saúde dos 
participantes de sua pesquisa, assegurando-lhes os benefícios dos resultados encontrados; 
e 
c) que a pessoa assine o termo de consentimento livre e esclarecido; 
XI - o direito de se expressar e ser ouvido nas suas queixas, denúncias, necessidades, 
sugestões e outras manifestações por meio das ouvidorias, urnas e qualquer outro 
mecanismo existente, sendo sempre respeitado na privacidade, no sigilo e na 
confidencialidade; e 
XII - a participação nos processos de indicação e eleição de seus representantes nas 
Conferências, nos Conselhos de Saúde e nos Conselhos Gestores da Rede SUS. 
Quinta diretriz: toda pessoa tem responsabilidade e direitos para que seu tratamento e 
recuperação sejam adequados e sem interrupção. 
Parágrafo único. Para que seja cumprido o disposto no caput deste artigo, as pessoas 
deverão: 
I - prestar informações apropriadas nos atendimentos, nas consultas e nas internações 
sobre: 
a) queixas; 
b) enfermidades e hospitalizações anteriores; 
c) história de uso de medicamentos, drogas, reações alérgicas, exames anteriores; 
d) demais informações sobre seu estado de saúde. 
II - expressar se compreendeu as informações e orientações recebidas e, caso ainda 
tenha dúvidas, solicitar esclarecimento sobre elas; 
III - seguir o plano de tratamento proposto pelo profissional ou pela equipe de saúde 
responsável pelo seu cuidado, que deve ser compreendido e aceito pela pessoa que 
também é responsável pelo seu tratamento; 
IV - informar ao profissional de saúde ou à equipe responsável sobre qualquer fato que 
ocorra em relação a sua condição de saúde; 
V - assumir a responsabilidade formal pela recusa a procedimentos, exames ou 
tratamentos recomendados e pelo descumprimento das orientações do profissional ou da 
equipe de saúde; 
VI - contribuir para o bem-estar de todas e todos nos serviços de saúde, evitar ruídos, 
uso de fumo e derivados do tabaco e bebidas alcoólicas, colaborar com a segurança e a 
limpeza do ambiente; 
VII - adotar comportamento respeitoso e cordial com as demais pessoas que usam ou 
que trabalham no estabelecimento de saúde; 
VIII - realizar exames solicitados, buscar os resultados e apresentá-los aos 
profissionais dos serviços de saúde; 
IX - ter em mão seus documentos e, quando solicitados, os resultados de exames que 
estejam em seu poder; 
X - cumprir as normas dos serviços de saúde que devem resguardar todos os 
princípios desta Resolução; 
XI - adotar medidas preventivas para situações de sua vida cotidiana que coloquem 
em risco a sua saúde e da comunidade; 
XII - comunicar aos serviços de saúde, às ouvidorias ou à vigilância sanitária 
irregularidades relacionadas ao uso e à oferta de produtos e serviços que afetem a saúde 
em ambientes públicos e privados; 
XIII - desenvolver hábitos, práticas e atividades que melhorem a sua saúde e 
qualidade de vida; 
XIV - comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de caso de doença 
transmissível, quando a situação requerer o isolamento ou quarentena da pessoa ou quando 
a doença constar da relação do Ministério da Saúde; e 
XV - não dificultar a aplicação de medidas sanitárias, bem como as ações de 
fiscalização sanitária. 
Sexta diretriz: toda pessoa tem direito à informação sobre os serviços de saúde e aos 
diversos mecanismos de participação. 
§1º A educação permanente em saúde e a educação permanente para o controle 
social devem estar incluídas em todas as instâncias do SUS, e envolver a comunidade. 
§2º As unidades básicas de saúde devem constituir conselhos locais de saúde com 
participação da comunidade. 
§3º As ouvidorias, Ministério Público, audiências públicas e outras formas 
institucionais de exercício da democracia garantidas em lei, são espaços de participação 
cidadã. 
§4º As instâncias de controle social e o poder público devem promover a comunicação 
dos aspectos positivos do SUS. 
§5º Devem ser estabelecidos espaços para as pessoas usuárias manifestarem suas 
posições favoráveis ao SUS e promovidas estratégias para defender o SUS como 
patrimônio do povo brasileiro. 
§6º O direito previsto no caput deste artigo, inclui a informação, com linguagem e 
meios de comunicação adequados sobre: 
I - o direito à saúde, o funcionamento dos serviços de saúde e o SUS; 
II - os mecanismos de participação da sociedade na formulação, acompanhamento e 
fiscalização das políticas e da gestão do SUS; 
III - as ações de vigilância à saúde coletiva compreendendo a vigilância sanitária, 
epidemiológica e ambiental; e 
IV - a interferência das relações e das condições sociais, econômicas, culturais, e 
ambientais na situação da saúde das pessoas e da coletividade. 
§7º Os órgãos de saúde deverão informar as pessoas sobre a rede SUS mediante os 
diversos meios de comunicação, bem como nos serviços de saúde que compõem essa rede 
de participação popular, em relação a: 
I - endereços; 
II - telefones; 
III - horários de funcionamento; e 
IV - ações e procedimentos disponíveis. 
§8º Em cada serviço de saúde deverá constar, em local visível e acessível à 
população: 
I - nome do responsável pelo serviço; 
II - nomes dos profissionais; 
III - horário de trabalho de cada membro da equipe, inclusive do responsável pelo 
serviço e; 
IV - ações e procedimentos disponíveis. 
§9º As informações prestadas à população devem ser claras, para propiciar a 
compreensão por toda e qualquer pessoa. 
§10. Os Conselhos de Saúde deverão informar à população sobre: 
I - formas de participação; 
II - composição do Conselho de Saúde; 
III - regimento interno dos Conselhos; 
IV - Conferências de Saúde; 
V - data, local e pauta das reuniões; e 
VI - deliberações e ações desencadeadas. 
§11. O direito previsto no caput desse artigo inclui a participação de Conselhos e 
Conferências de Saúde, o direito de representar e ser representado em todos os 
mecanismos de participação e de controle social do SUS. 
Sétima diretriz: toda pessoa tem direito a participar dos Conselhos e Conferências de 
Saúde e de exigir que os gestores cumpram os princípios anteriores. 
§1º As Conferências Municipais de Saúde são espaços de ampla e aberta participação 
da comunidade, complementadas por Conferências Livres, distritais e locais, além das de 
plenárias de segmentos. 
§2º Respeitada a organização da democracia brasileira, toda pessoa tem direito a 
acompanhar dos espaços de controle social, como forma de participação cidadã, 
observando o Regimento Interno de cada instância. 
§3º Os gestores do SUS, das três esferas de governo, para observância dessas 
diretrizes, comprometem-se a: 
I - promover o respeito e o cumprimento desses direitos e deveres, com a adoção de 
medidas progressivas, para sua efetivação; 
II - adotar as providências necessárias para subsidiar a divulgação desta Resolução, 
inserindo em suas ações as diretrizes relativas aos direitos e deveres das pessoas; 
III - incentivar e implementar formas de participação dos trabalhadores e usuários nas 
instâncias e participação de controle social do SUS; 
IV - promover atualizações necessárias nos regimentos e estatutos dos serviços de 
saúde, adequando-os a esta Resolução; 
V - adotar estratégias para o cumprimento efetivo da legislação e das normatizações 
do SUS; 
VI - promover melhorias contínuas, na rede SUS, como a informatização para 
implantar o Cartão SUS e o Prontuário Eletrônico com os objetivos de: 
a) otimizar o financiamento; 
b) qualificar o atendimento aos serviços de saúde; 
c) melhorar as condições de trabalho; 
d) reduzir filas; e 
e) ampliar e facilitar o acesso nos diferentes serviços de saúde. 
Oitava diretriz: Os direitos e deveres dispostos nesta Resolução constituem a Carta 
dos Direitos Usuária da Saúde. 
Parágrafo único. A Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde será 
disponibilizada nos serviçosdo SUS e conselhos de saúde por meios acessíveis e na 
internet, em http://www.conselho.saude.gov.br. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Publicada no DOU em 15/01/2018 – Ed. 10, Seção 1, Pag. 41-44 
 
ADVERTÊNCIA
Este texto n�o substitui o publicado no Diário Oficial da União
Minist�rio da Sa�de
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
RESOLUÇÃO-RDC Nº 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011
Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de
Funcionamento para os Serviços de Saúde
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV
do art. 11, do Regulamento aprovado pelo Decreto no- . 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no
inciso II e nos § § 1o- e 3o- do art. 54 do Regimento Interno nos termos do Anexo I da Portaria no- . 354 da Anvisa, de 11
de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 24 de novembro de 2011,
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretora- Presidente Substituta, determino a sua publicação:
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece os Requisitos de Boas Práticas para Funcionamento
de Serviços de Saúde, nos termos desta Resolução.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 2º Este Regulamento Técnico possui o objetivo de estabelecer requisitos de Boas Práticas para
funcionamento de serviços
de saúde, fundamentados na qualificação, na humanização da atenção e gestão, e na redução e controle de riscos aos
usuários e meio ambiente.
Seção II
Abrangência
Art. 3º Este Regulamento Técnico se aplica a todos os serviços de saúde no país, sejam eles públicos, privados,
filantrópicos,
civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.
Seção III
Definições
Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes definições:
I - garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que os serviços prestados
estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos, para os fins a que se propõem;
II - gerenciamento de tecnologias: procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases
científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade,
segurança e em alguns casos o desempenho das tecnologias de saúde utilizadas na prestação de serviços de saúde,
abrangendo cada etapa do gerenciamento, desde o planejamento e entrada das tecnologias no estabelecimento de
saúde até seu descarte, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio ambiente e a
segurança do paciente;
III - humanização da atenção e gestão da saúde: valorização da dimensão subjetiva e social, em todas as práticas
de atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às
questões de gênero, etnia, raça, orientação sexual e às populações específicas, garantindo o acesso dos usuários às
informações sobre saúde, inclusive sobre os profissionais que cuidam de sua saúde, respeitando o direito a
acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha), e a valorização do trabalho e dos trabalhadores;
IV - licença atualizada: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou dos
Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de
vigilância sanitária;
V - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve as
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ações relativas
ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos de saúde,
contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
VI - política de qualidade: refere-se às intenções e diretrizes globais relativas à qualidade, formalmente expressa e
autorizada pela direção do serviço de saúde.
VII - profissional legalmente habilitado: profissional com formação superior ou técnica com suas competências
atribuídas por
lei;
VIII - prontuário do paciente: documento único, constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens
registrados, gerados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele
prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional
e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo;
IX - relatório de transferência: documento que deve acompanhar o paciente em caso de remoção para outro
serviço, contendo
minimamente dados de identificação, resumo clínico com dados que justifiquem a transferência e descrição ou cópia de
laudos de exames realizados, quando existentes;
X - responsável técnico - RT: profissional de nível superior legalmente habilitado, que assume perante a vigilância
sanitária a
responsabilidade técnica pelo serviço de saúde, conforme legislação vigente;
XI - segurança do Paciente: conjunto de ações voltadas à proteção do paciente contra riscos, eventos adversos e
danos desnecessários durante a atenção prestada nos serviços de saúde.
XII - serviço de saúde: estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência à população na prevenção de
doenças, no tratamento, recuperação e na reabilitação de pacientes.
CAPÍTULO II
DAS BOAS PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO
Seção I
Do gerenciamento da qualidade
Art. 5º O serviço de saúde deve desenvolver ações no sentido de estabelecer uma política de qualidade
envolvendo estrutura, processo e resultado na sua gestão dos serviços.
Parágrafo único. O serviço de saúde deve utilizar a Garantia da Qualidade como ferramenta de gerenciamento.
Art. 6º As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os componentes da Garantia da Qualidade que asseguram
que os serviços são ofertados com padrões de qualidade adequados.
§ 1º As BPF são orientadas primeiramente à redução dos riscos inerentes a prestação de serviços de saúde.
§ 2º Os conceitos de Garantia da Qualidade e Boas Práticas de Funcionamento (BPF) estão inter-relacionados
estando descritos nesta resolução de forma a enfatizar as suas relações e sua importância para o funcionamento dos
serviços de saúde.
Art. 7º As BPF determinam que:
I- o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo aos
requisitos
das legislações e regulamentos vigentes.
II - o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos necessários, incluindo:
a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado;
b) ambientes identificados;
c) equipamentos, materiais e suporte logístico; e
d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes.
III - as reclamações sobre os serviços oferecidos devem ser examinadas, registradas e as causas dos desvios da
qualidade, investigadas e documentadas, devendo ser tomadas medidas com relação aos serviços com desvio da
qualidade e adotadas as providências no sentido de prevenir reincidências.
Seção II
Da Segurança do Paciente
Art. 8º O serviço de saúde deve estabelecer estratégias e ações voltadas para Segurança do Paciente, tais como:
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I. Mecanismos de identificação do paciente;
II. Orientações para a higienização das mãos;
III. Ações de prevenção e controle de eventos adversos relacionadaà assistência à saúde;
IV. Mecanismos para garantir segurança cirúrgica;
V. Orientações para administração segura de medicamentos, sangue e hemocomponentes;
VI. Mecanismos para prevenção de quedas dos pacientes;
VII. Mecanismos para a prevenção de úlceras por pressão;
VIII. Orientações para estimular a participação do paciente na assistência prestada.
Seção III
Das Condições Organizacionais
Art. 9º O serviço de saúde deve possuir regimento interno ou documento equivalente, atualizado, contemplando adefinição e a descrição de todas as suas atividades técnicas, administrativas e assistenciais, responsabilidades e
competências.
Art. 10. Os serviços objeto desta resolução devem possuir licença atualizada de acordo com a legislação sanitária
local, afixada
em local visível ao público.
Parágrafo único. Os estabelecimentos integrantes da Administração Pública ou por ela instituídos independem da
licença para
funcionamento, ficando sujeitos, porém, às exigências pertinentes às instalações, aos equipamentos e à aparelhagem
adequada e à assistência e responsabilidade técnicas, aferidas por meio de fiscalização realizada pelo órgão sanitário
local.
Art. 11. Os serviços e atividades terceirizadas pelos estabelecimentos de saúde devem possuir contrato de
prestação de serviços.
§ 1º Os serviços e atividades terceirizados devem estar regularizados perante a autoridade sanitária competente,
quando couber.
§ 2º A licença de funcionamento dos serviços e atividades terceirizados deve conter informação sobre a sua
habilitação para
atender serviços de saúde, quando couber.
Art. 12. O atendimento dos padrões sanitários estabelecidos por este regulamento técnico não isenta o serviço de
saúde do cumprimento dos demais instrumentos normativos aplicáveis.
Art. 13. O serviço de saúde deve estar inscrito e manter seus dados atualizados no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde - CNES.
Art. 14. O serviço de saúde deve ter um responsável técnico (RT) e um substituto.
Parágrafo único. O órgão sanitário competente deve ser notificado sempre que houver alteração de responsável
técnico ou de seu substituto.
Art. 15. As unidades funcionais do serviço de saúde devem ter um profissional responsável conforme definido em
legislações e
regulamentos específicos.
Art. 16. O serviço de saúde deve possuir profissional legalmente habilitado que responda pelas questões
operacionais durante
o seu período de funcionamento.
Parágrafo único. Este profissional pode ser o próprio RT ou técnico designado para tal fim.
Art. 17. O serviço de saúde deve prover infraestrutura física, recursos humanos, equipamentos, insumos e
materiais necessários à operacionalização do serviço de acordo com a demanda, modalidade de assistência prestada e
a legislação vigente.
Art. 18. A direção e o responsável técnico do serviço de saúde têm a responsabilidade de planejar, implantar e
garantir a qualidade dos processos.
Art. 19. O serviço de saúde deve possuir mecanismos que garantam a continuidade da atenção ao paciente
quando houver necessidade de remoção ou para realização de exames que não existam no próprio serviço.
Parágrafo único. Todo paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo, legível, com identificação
e assinatura
do profissional assistente, que deve passar a integrar o prontuário no destino, permanecendo cópia no prontuário de
origem.
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Art. 20. O serviço de saúde deve possuir mecanismos que garantam o funcionamento de Comissões, Comitês e
Programas estabelecidos em legislações e normatizações vigentes.
Art. 21. O serviço de saúde deve garantir mecanismos para o controle de acesso dos trabalhadores, pacientes,
acompanhantes e visitantes.
Art. 22. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de identificação dos trabalhadores, pacientes,
acompanhantes e visitantes.
Art. 23. O serviço de saúde deve manter disponível, segundo o seu tipo de atividade, documentação e registro
referente à:
I - Projeto Básico de Arquitetura (PBA) aprovado pela vigilância sanitária competente.
II - controle de saúde ocupacional;
III - educação permanente;
IV - comissões, comitês e programas;
V - contratos de serviços terceirizados;
VI - controle de qualidade da água;
VII - manutenção preventiva e corretiva da edificação e instalações;
VIII - controle de vetores e pragas urbanas;
IX - manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos e instrumentos;
X - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde;
XI - nascimentos;
XII - óbitos;
XIII - admissão e alta;
XIV - eventos adversos e queixas técnicas associadas a produtos ou serviços;
XV - monitoramento e relatórios específicos de controle de infecção;
XVI - doenças de Notificação Compulsória;
XVII - indicadores previstos nas legislações vigentes;
XVIII - normas, rotinas e procedimentos;
XIX - demais documentos exigidos por legislações específicas dos estados, Distrito Federal e municípios.
Seção IV
Do Prontuário do Paciente
Art. 24. A responsabilidade pelo registro em prontuário cabe aos profissionais de saúde que prestam o
atendimento.
Art. 25. A guarda do prontuário é de responsabilidade do serviço de saúde devendo obedecer às normas vigentes.
§ 1º O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos prontuários no que se refere à confidencialidade e
integridade.
§ 2º O serviço de saúde deve manter os prontuários em local seguro, em boas condições de conservação e
organização, permitindo o seu acesso sempre que necessário.
Art. 26. O serviço de saúde deve garantir que o prontuário contenha registros relativos à identificação e a todos os
procedimentos prestados ao paciente.
Art. 27. O serviço de saúde deve garantir que o prontuário seja preenchido de forma legível por todos os
profissionais envolvidos
diretamente na assistência ao paciente, com aposição de assinatura e carimbo em caso de prontuário em meio físico.
Art. 28. Os dados que compõem o prontuário pertencem ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis
aos mesmos ou aos seus representantes legais e à autoridade sanitária quando necessário.
Seção V
Da Gestão de Pessoal
Art. 29. As exigências referentes aos recursos humanos do serviço de saúde incluem profissionais de todos os
níveis de escolaridade, de quadro próprio ou terceirizado.
Art. 30. O serviço de saúde deve possuir equipe multiprofissional dimensionada de acordo com seu perfil de
demanda.
Art.31. O serviço de saúde deve manter disponíveis registros de formação e qualificação dos profissionais
compatíveis com as
funções desempenhadas.
Parágrafo único. O serviço de saúde deve possuir documentação referente ao registro dos profissionais em
conselhos de classe, quando for o caso.
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Art. 32. O serviço de saúde deve promover a capacitação de seus profissionais antes do início das atividades e de
forma permanente em conformidade com as atividades desenvolvidas.
Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas contendo data, horário, carga horária, conteúdo
ministrado, nome e a
formação ou capacitação profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos.
Art. 33. A capacitação de que trata o artigo anterior deve ser adaptada à evolução do conhecimento e a
identificação de novos riscos e deve incluir:
I - os dados disponíveis sobre os riscos potenciais à saúde;
II - medidas de controle que minimizem a exposição aos agentes;
III - normas e procedimentos de higiene;
IV - utilização de equipamentos de proteção coletiva, individual e vestimentas de trabalho;
V - medidas para a prevenção de acidentes e incidentes;
VI - medidas a serem adotadas pelos trabalhadores no caso de ocorrência de acidentes e incidentes;
VII - temas específicos de acordo com a atividade desenvolvida pelo profissional.
Seção VI
Da Gestão de Infraestrutura
Art. 34. O serviço de saúde deve ter seu projeto básico de arquitetura atualizado, em conformidade com as
atividades desenvolvidas e aprovado pela vigilância sanitária e demais órgãos competentes.
Art. 35. As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, gases, climatização, proteção e combate a
incêndio, comunicação e outras existentes, devem atender às exigências dos códigos de obras e posturas locais, assim
como normas técnicas pertinentes a cada uma das instalações.
Art. 36. O serviço de saúde deve manter as instalações físicas dos ambientes externos e internos em boas
condições de conservação, segurança, organização, conforto e limpeza.
Art. 37. O serviço de saúde deve executar ações de gerenciamento dos riscos de acidentes inerentesàs
atividades desenvolvidas.
Art. 38 O serviço de saúde deve ser dotado de iluminação e ventilação compatíveis com o desenvolvimento das
suas atividades.
Art. 39. O serviço de saúde deve garantir a qualidade da água necessária ao funcionamento de suas unidades.
§ 1º O serviço de saúde deve garantir a limpeza dos reservatórios de água a cada seis meses.
§ 2º O serviço de saúde deve manter registro da capacidade e da limpeza periódica dos reservatórios de água.
Art. 40. O serviço de saúde deve garantir a continuidade do fornecimento de água, mesmo em caso de interrupção
do fornecimento pela concessionária, nos locais em que a água é considerada insumo crítico.
Art. 41. O serviço de saúde deve garantir a continuidade do fornecimento de energia elétrica, em situações de
interrupção do fornecimento pela concessionária, por meio de sistemas de energia elétrica de emergência, nos locais em
que a energia elétrica é considerada insumo crítico.
Art. 42. O serviço de saúde deve realizar ações de manutenção preventiva e corretiva das instalações prediais, de
forma própria
ou terceirizada.
Seção VII
Da Proteção à Saúde do Trabalhador
Art. 43. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de orientação sobre imunização contra tétano, difteria,
hepatite B e contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores possam estar expostos.
Art. 44. O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores sejam avaliados periodicamente em relação à
saúde ocupacional
mantendo registros desta avaliação.
Art. 45. O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores com agravos agudos à saúde ou com lesões nos
membros superiores só iniciem suas atividades após avaliação médica.
Art. 46. O serviço de saúde deve garantir que seus trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes
biológicos, físicos
ou químicos utilizem vestimentas para o trabalho, incluindo calçados, compatíveis com o risco e em condições de
conforto.
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§ 1º Estas vestimentas podem ser próprias do trabalhador ou fornecidas pelo serviço de saúde.
§ 2º O serviço de saúde é responsável pelo fornecimento e pelo processamento das vestimentas utilizadas nos
centros cirúrgicos e obstétricos, nas unidades de tratamento intensivo, nas unidades de isolamento e centrais de material
esterilizado.
Art. 47. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de prevenção dos riscos de acidentes de trabalho,
incluindo o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, em número suficiente e compatível com as
atividades desenvolvidas pelos trabalhadores.
Parágrafo único. Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção
individual
Art. 48. O serviço de saúde deve manter registro das comunicações de acidentes de trabalho.
Art. 49. Em serviços de saúde com mais de vinte trabalhadoresé obrigatória a instituição de Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA.
Art. 50. O Serviço de Saúde deve manter disponível a todos os trabalhadores:
I - Normas e condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e ambiental;
II - Instruções para uso dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
III - Procedimentos em caso de incêndios e acidentes;
IV - Orientação para manuseio e transporte de produtos para saúde contaminados.
Seção VIII
Da Gestão de Tecnologias e Processos
Art. 51. O serviço de saúde deve dispor de normas, procedimentos e rotinas técnicas escritas e atualizadas, de
todos os seus
processos de trabalho em local de fácil acesso a toda a equipe.
Art. 52. O serviço de saúde deve manter os ambientes limpos, livres de resíduos e odores incompatíveis com a
atividade, devendo atender aos critérios de criticidade das áreas.
Art. 53. O serviço de saúde deve garantir a disponibilidade dos equipamentos, materiais, insumos e medicamentos
de acordo com a complexidade do serviço e necessários ao atendimento da demanda.
Art. 54. O serviço de saúde deve realizar o gerenciamento de suas tecnologias de forma a atender as
necessidades do serviço mantendo as condições de seleção, aquisição, armazenamento, instalação, funcionamento,
distribuição, descarte e rastreabilidade.
Art. 55. O serviço de saúde deve garantir que os materiais e equipamentos sejam utilizados exclusivamente para
os fins a que se
destinam.
Art. 56. O serviço de saúde deve garantir que os colchões, colchonetes e demais mobiliários almofadados sejam
revestidos de material lavável e impermeável, não apresentando furos, rasgos, sulcos e reentrâncias.
Art. 57. O serviço de saúde deve garantir a qualidade dos processos de desinfecção e esterilização de
equipamentos e materiais.
Art. 58. O serviço de saúde deve garantir que todos os usuários recebam suporte imediato a vida quando
necessário.
Art. 59. O serviço de saúde deve disponibilizar os insumos, produtos e equipamentos necessários para as práticas
de higienização de mãos dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes.
Art. 60. O serviço de saúde que preste assistência nutricional ou forneça refeições deve garantir a qualidade
nutricional e a segurança dos alimentos.
Art. 61. O serviço de saúde deve informar aos órgãos competentes sobre a suspeita de doença de notificação
compulsória conforme o estabelecido em legislação e regulamentos vigentes.
Art. 62. O serviço de saúde deve calcular e manter o registro referente aos Indicadores previstos nas legislações
vigentes.
Seção IX
Do Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas
Art. 63. O serviço de saúde deve garantir ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas,
com o objetivo de
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impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos.
Parágrafo único. O controle químico, quando for necessário, deve ser realizado por empresa habilitada e
possuidora de licença sanitária e ambiental e com produtos desinfestantes regularizados pela Anvisa.
Art. 64. Não é permitido comer ou guardar alimentos nos postos de trabalho destinados à execução de
procedimentos de saúde.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 65. Os estabelecimentos abrangidos por esta resolução terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a
partir da data de sua publicação para promover as adequações necessárias ao Regulamento Técnico.
Parágrafo único. A partir da publicação desta resolução, os novos estabelecimentos e aqueles que pretendam
reiniciar suas atividades, devem atender na íntegra às exigências nela contidas.
Art. 66. O descumprimento das disposições contidas nesta resolução e no regulamento por ela aprovado constitui
infração sanitária, nos termos da Lei no- . 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
administrativa e penal cabíveis.
Art. 67. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
MARIA CECÍLIA MARTINS BRITO
Sa�de Legis - Sistema de Legisla��o da Sa�de
 
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Este texto n�o substitui o publicado no Diário Oficial da União
Minist�rio da Sa�de
Conselho Nacional de Saúde
RESOLUÇÃO Nº 453, DE 10 DE MAIO DE 2012
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Ducentésima Trigésima Terceira Reunião Ordinária, realizada
nos dias 9 e 10 de maio de 2012, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei no 8.080,
de 19 de setembro de 1990, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e pelo Decreto no 5.839, de 11 de julho de
2006, e
Considerando os debates ocorridos nos Conselhos de Saúde, nas três esferas de Governo, na X Plenária
Nacional de Conselhos de Saúde, nas Plenárias Regionais e Estaduais de Conselhos de Saúde, nas 9a, 10a e 11a
Conferências Nacionais de Saúde, e nas Conferências Estaduais, do Distrito Federal e Municipais de Saúde;
Considerando a experiência acumulada do Controle Social da Saúde à necessidade de aprimoramento do
Controle Social da Saúde no âmbito nacional e as reiteradas demandas dos Conselhos Estaduais e Municipais
referentes às propostas de composição, organização e funcionamento, conforme o § 5oinciso II art. 1o da Lei no 8.142,
de 28 de dezembro de 1990;
Considerando a ampla discussão da Resolução do CNS no 333/92 realizada nos espaços de Controle Social,
entre os quais se destacam as Plenárias de Conselhos de Saúde;
Considerando os objetivos de consolidar, fortalecer, ampliar e acelerar o processo de Controle Social do SUS, por
intermédio dos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais, das Conferências de Saúde e Plenárias de Conselhos de
Saúde;
Considerando que os Conselhos de Saúde, consagrados pela efetiva participação da sociedade civil organizada,
representam polos de qualificação de cidadãos para o Controle Social nas esferas da ação do Estado; e
Considerando o que disciplina a Lei Complementar no 141, de 13 de janeiro de 2012, e o Decreto nº 7.508, de 28
de junho de 2011, que regulamentam a Lei Orgânica da Saúde, resolve:
Aprovar as seguintes diretrizes para instituição, reformulação, reestruturação e funcionamento dos Conselhos de
Saúde:
DA DEFINIÇÃO DE CONSELHO DE SAÚDE Primeira Diretriz:
o Conselho de Saúde é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) em
cada esfera de Governo, integrante da estrutura organizacional do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com composição, organização e competência fixadas na Lei no 8.142/90.
O processo bem-sucedido de descentralização da saúde promoveu o surgimento de Conselhos Regionais, Conselhos
Locais, Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a
coordenação dos Conselhos de Saúde da esfera correspondente. Assim, os Conselhos de Saúde são espaços
instituídos de participação da comunidade nas políticas públicas e na administração da saúde.
Parágrafo único. Como Subsistema da Seguridade Social, o Conselho de Saúde atua na formulação e proposição
de estratégias e no controle da execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros.
DA INSTITUIÇÃO E REFORMULAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Segunda Diretriz: a instituição dos Conselhos de Saúde é estabelecida por lei federal, estadual, do Distrito Federal
e municipal, obedecida a Lei no 8.142/90.
Parágrafo único. Na instituição e reformulação dos Conselhos de Saúde o Poder Executivo, respeitando os
princípios da democracia, deverá acolher as demandas da população aprovadas nas Conferências de Saúde, e em
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consonância com a legislação.
A ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Terceira Diretriz: a participação da sociedade organizada, garantida na legislação, torna os Conselhos de Saúde
uma instância privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da
implementação da Política de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros. A legislação estabelece,
ainda, a composição paritária de usuários em relação ao conjunto dos demais segmentos representados. O Conselho de
Saúde será composto por representantes de entidades, instituições e movimentos representativos de usuários, de
entidades representativas de trabalhadores da área da saúde, do governo e de entidades representativas de prestadores
de serviços de saúde, sendo o seu presidente eleito entre os membros do Conselho, em reunião plenária. Nos
Municípios onde não existem entidades, instituições e movimentos organizados em número suficiente para compor o
Conselho, a eleição da representação será realizada em plenária no Município, promovida pelo Conselho Municipal de
maneira ampla e democrática.
I - O número de conselheiros será definido pelos Conselhos de Saúde e constituído em lei.
II - Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03 do CNS e consoante com as Recomendações da
10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser distribuídas da seguinte forma:
a)50% de entidades e movimentos representativos de usuários;
b)25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde;
c)25% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
III - A participação de órgãos, entidades e movimentos sociais terá como critério a representatividade, a
abrangência e a complementaridade do conjunto da sociedade, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde. De acordo
com as especificidades locais, aplicando o princípio da paridade, serão contempladas, dentre outras, as seguintes
representações:
a)associações de pessoas com patologias;
b)associações de pessoas com deficiências;
c)entidades indígenas;
d)movimentos sociais e populares, organizados (movimento negro, LGBT...);
e)movimentos organizados de mulheres, em saúde;
f)entidades de aposentados e pensionistas;
g)entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, confederações e federações de trabalhadores urbanos
e rurais;
h)entidades de defesa do consumidor;
i)organizações de moradores;
j)entidades ambientalistas;
k)organizações religiosas;
l)trabalhadores da área de saúde: associações, confederações, conselhos de profissões regulamentadas,
federações e sindicatos, obedecendo as instâncias federativas;
m)comunidade científica;
n)entidades públicas, de hospitais universitários e hospitais campo de estágio, de pesquisa e desenvolvimento;
o)entidades patronais;
p)entidades dos prestadores de serviço de saúde; e
q)governo.
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IV - As entidades, movimentos e instituições eleitas no Conselho de Saúde terão os conselheiros indicados, por
escrito, conforme processos estabelecidos pelas respectivas entidades, movimentos e instituições e de acordo com a
sua organização, com a recomendação de que ocorra renovação de seus representantes.
V - Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de representações de usuários, trabalhadores e
prestadores de serviços, ao seu critério, promovam a renovação de, no mínimo, 30% de suas entidades representativas.
VI - A representação nos segmentos deve ser distinta e autônoma em relação aos demais segmentos que
compõem o Conselho, por isso, um profissional com cargo de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como
prestador de serviços de saúde não pode ser representante dos(as) Usuários(as) ou de Trabalhadores(as).
VII - A ocupação de funções na área da saúde que interfiram na autonomia representativa do Conselheiro(a) deve
ser avaliada como possível impedimento da representação de Usuário(a) e Trabalhador( a), e, a juízo da entidade,
indicativo de substituição do Conselheiro( a).
VIII - A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, representação do Poder Judiciário e do Ministério
Público, como conselheiros, não é permitida nos Conselhos de Saúde.
IX - Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em atividade no Município, caberá ao Conselho
Estadual de Saúde assumir, junto ao executivo municipal, a convocação e realização da Conferência Municipal de
Saúde, que terá como um de seus objetivos a estruturação e composição do Conselho Municipal. O mesmo será
atribuído ao Conselho Nacional de Saúde, quando não houver Conselho
Estadual de Saúde constituído ou em funcionamento.
X - As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão remuneradas, considerando-se o seu exercício
de relevância pública e, portanto, garante a dispensa do trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de
justificativa junto aos órgãos, entidades competentes e instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de
participação de seus membros durante o período das reuniões, representações, capacitações e outras atividades
específicas.
XI - O conselheiro, no exercício de sua função, responde pelos seus atos conforme legislação vigente.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo garantirão autonomia administrativa para o pleno funcionamento do
Conselho de Saúde, dotação orçamentária, autonomia financeira e organização da secretaria-executiva com a
necessária infraestrutura e apoio técnico:
I - cabe ao Conselhodos
processos normativos. Reforça a importância da territorialização da
saúde como base para a organização dos sistemas, estabelecendo
regiões de saúde e criando órgãos colegiados de gestão regional.
Detalha as diretrizes para o sistema de financiamento público triplo
em grandes blocos de financiamento federal e estabelece acordos
contratuais entre os entes federativos.
PACTO PELA VIDA 
PACTO DE GESTÃO
Sistema Único de Saúde
Para lidar com toda essa atenção descentralizada e regionalizada, é
necessário garantir financiamento, que, de acordo com os Pactos, é
tripartite (envolvendo União, Estados e Municípios). As bases de cálculo
que constituem cada Bloco de Financiamento (Atenção Básica, Média e
Alta Complexidade, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e
Gestão do SUS) e os valores financeiros atribuídos aos Estados,
Municípios e Distrito Federal são formados por registros de cálculos,
usados para fins de histórico e acompanhamento. Isso proporciona aos
estados e municípios uma maior autonomia na alocação dos recursos,
alinhada às metas e prioridades definidas nos planos de saúde (CONASS,
2006).
Princípios do SUS
O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei
Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição
Federal de 1988. Os princípios da universalidade, integralidade e da
eqüidade são às vezes chamados de princípios ideológicos ou
doutrinários, e os princípios da descentralização, da regionalização e da
hierarquização de princípios organizacionais, mas não está claro qual
seria a classificação do princípio da participação popular.
Universalidade 
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal.
Naturalmente, entende-se que o Estado tem a obrigação de prover
atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por força de
lei.
- É a garantia de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão. Com a
universalidade o cidadão tem o direito de acesso a todos os serviços de
saúde, seja público ou contratado/conveniado pelo serviço público. A
saúde é um direito do cidadão e dever dos Governos: municipal, estadual
e federal.
Integralidade 
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos;
tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as
necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas
em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
Sistema Único de Saúde
http://pt.wikipedia.org/wiki/1990%20%5Co%201990
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Federal%20%5Co%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%20Federal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Federal%20%5Co%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%20Federal
http://pt.wikipedia.org/wiki/1988%20%5Co%201988
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eq%C3%BCidade%20%5Co%20Eq%C3%BCidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Descentraliza%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Descentraliza%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regionaliza%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Regionaliza%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquiza%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Hierarquiza%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Participa%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Participa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado%20%5Co%20Estado
É a compreensão de que o homem é um ser integral e deverá ser
atendido por um sistema integrado pelas ações que visam promover,
proteger e recuperar a saúde.
Equidade 
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de
saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e
regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei
Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político
consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS.
É a garantia de que todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido
nos serviços de saúde em qualquer nível de complexidade de
assistência, conforme caso a caso requeira, independente de seu local
de moradia, sem privilégio e/ou barreiras até o limite de que o sistema
pode oferecer.
Participação da comunidade (controle social)
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor
regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS
através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em
todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos
colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre
a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o
governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto. É a garantia
constitucional de que a população, através de suas entidades
representativas e de classe, participará do processo de formulação das
políticas de saúde e do controle da execução destas em todos os níveis
de governo, desde o federal até o local. Esta participação deverá se dar
através dos conselhos de saúde, com representação paritária de
usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra
forma seria através da participação nas conferências de saúde,
periódicas que definiriam as políticas de saúde e as prioridades. Outro
ponto a ser destacado é que o processo participativo pode ocorrer em
atividades onde os serviços esclarecem a população quanto a ocorrência
dos agravos à saúde e assim, esta poderá se posicionar frente às
questões relativas ao agravo.
Sistema Único de Saúde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eq%C3%BCidade%20%5Co%20Eq%C3%BCidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Participa%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Participa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_social%20%5Co%20Controle%20social
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_social%20%5Co%20Controle%20social
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselhos_de_Sa%C3%BAde%20%5Co%20Conselhos%20de%20Sa%C3%BAde
Descentralização político-administrativa 
O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional,
estadual e municipal, cada uma com comando único e atribuições
próprias. 
Os municípios têm assumido papel cada vez mais importante na
prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as transferências
passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e
no tipo de serviço oferecido, e não no número de atendimentos.É
compreendida como a redistribuição de responsabilidades em toda a
rede de serviços, em todas as esferas de governo ( municipal, estadual e
federal), buscando um maior compromisso dos mesmos na solução dos
problemas de saúde da população de sua responsabilidade e ainda
garantindo a participação da população nestas decisões. 
 
Hierarquização e regionalização 
Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível
primário deve ser oferecido diretamente à população, enquanto os
outros devem ser utilizados apenas quando necessário. Quanto mais
bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os
serviços de saúde, melhor a eficiência e eficácia dos mesmos. Cada
serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável
pela saúde de uma parte da população. Os serviços de maior
complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de
abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de
menor complexidade. Os serviços devem ser organizados em níveis de
complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica
delimitada e com a definição da população a ser atendida (população
alvo). O acesso aos serviços deverão se dar a nível primário e seguir a
hierarquia dos níveis de atenção segundo a necessidade de resolução do
problema. A rede de serviços deverá ser organizada de forma
hierarquizada e regionalizada para permitir um conhecimento maior dos
problemas de saúde a ser enfrentado na sua área de abrangência,
favorecendo as ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de
vetores, educação à saúde, além da assistência ambulatorial e hospitalar
nos diferentes níveis de complexidade.
Sistema Único de Saúde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Descentraliza%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Descentraliza%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia%20%5Co%20Hierarquia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regionaliza%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Regionaliza%C3%A7%C3%A3ode Saúde deliberar em relação à sua estrutura administrativa e o quadro de pessoal;
II - o Conselho de Saúde contará com uma secretaria-executiva coordenada por pessoa preparada para a função,
para o suporte técnico e administrativo, subordinada ao Plenário do Conselho de Saúde, que definirá sua estrutura e
dimensão;
III - o Conselho de Saúde decide sobre o seu orçamento;
IV - o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no mínimo, a cada mês e, extraordinariamente, quando
necessário, e terá como base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de apoio às reuniões devem ser
encaminhados aos conselheiros com antecedência mínima de 10 (dez) dias;
V - as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são abertas ao público e deverão acontecer em espaços e
horários que possibilitem a participação da sociedade;
VI - o Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante o funcionamento do Plenário, que, além das
comissões intersetoriais, estabelecidas na Lei no 8.080/90, instalará outras comissões intersetoriais e grupos de trabalho
de conselheiros para ações transitórias.As comissões poderão contar com integrantes não conselheiros;
VII - o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa Diretora eleita em Plenário, respeitando a paridade expressa
nesta Resolução;
VIII - as decisões do Conselho de Saúde serão adotadas mediante quórum mínimo (metade mais um) dos seus
integrantes, ressalvados os casos regimentais nos quais se exija quórum especial, ou maioria qualificada de votos;
a) entende-se por maioria simples o número inteiro imediatamente superior à metade dos membros presentes;
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b) entende-se por maioria absoluta o número inteiro imediatamente superior à metade de membros do Conselho;
c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois terços) do total de membros do Conselho;
IX - qualquer alteração na organização dos Conselhos de Saúde preservará o que está garantido em lei e deve
ser proposta pelo próprio Conselho e votada em reunião plenária, com quórum qualificado, para depois ser alterada em
seu Regimento Interno e homologada pelo gestor da esfera correspondente;
X - a cada três meses, deverá constar dos itens da pauta o pronunciamento do gestor, das respectivas esferas de
governo, para que faça a prestação de contas, em relatório detalhado, sobre andamento do plano de saúde, agenda da
saúde pactuada, relatório de gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação dos recursos, as auditorias
iniciadas e concluídas no período, bem como a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, contratada
ou conveniada, de acordo com o art. 12 da Lei no 8.689/93 e com a Lei Complementar no 141/2012;
XI - os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa, buscarão auditorias externas e independentes sobre as
contas e atividades do Gestor do SUS; e
XII - o Pleno do Conselho de Saúde deverá manifestar-se por meio de resoluções, recomendações, moções e
outros atos deliberativos.
As resoluções serão obrigatoriamente homologadas pelo chefe do poder constituído em cada esfera de governo,
em um prazo de 30 (trinta) dias, dando-se-lhes publicidade oficial. Decorrido o prazo mencionado e não sendo
homologada a resolução e nem enviada justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde com proposta de alteração ou
rejeição a ser apreciada na reunião seguinte, as entidades que integram o Conselho de Saúde podem buscar a
validação das resoluções, recorrendo à justiça e ao Ministério Público, quando necessário. Quinta Diretriz: aos
Conselhos de Saúde Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que têm competências definidas nas leis
federais, bem como em indicações advindas das Conferências de Saúde, compete:
I - fortalecer a participação e o Controle Social no SUS, mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na
defesa dos princípios constitucionais que fundamentam o SUS;
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas de funcionamento;
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de operacionalização das diretrizes aprovadas pelas Conferências de
Saúde;
IV - atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos e
financeiros, e propor estratégias para a sua aplicação aos setores público e privado;
V - definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e deliberar sobre o seu conteúdo, conforme as diversas
situações epidemiológicas e a capacidade organizacional dos serviços;
VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relatório de gestão;
VII - estabelecer estratégias e procedimentos de acompanhamento da gestão do SUS, articulando-se com os
demais colegiados, a exemplo dos de seguridade social, meio ambiente, justiça, educação, trabalho, agricultura, idosos,
criança e adolescente e outros;
VIII - proceder à revisão periódica dos planos de saúde;
IX - deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo,
propor a adoção de critérios definidores de qualidade e resolutividade, atualizando-os face ao processo de incorporação
dos avanços científicos e tecnológicos na área da Saúde;
X - a cada quadrimestre deverá constar dos itens da pauta o pronunciamento do gestor, das respectivas esferas
de governo, para que faça a prestação de contas, em relatório detalhado, sobre andamento do plano de saúde, agenda
da saúde pactuada, relatório de gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação dos recursos, as auditorias
iniciadas e concluídas no período, bem como a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, contratada
ou conveniada, de acordo com a Lei Complementar no 141/2012.
XI - avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúde do
SUS;
XII - avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e convênios, conforme as diretrizes dos Planos de Saúde
Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;
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XIII - acompanhar e controlar a atuação do setor privado credenciado mediante contrato ou convênio na área de
saúde;
XIV - aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na
Lei de Diretrizes Orçamentárias, observado o princípio do processo de planejamento e orçamento ascendentes,
conforme legislação vigente;
XV - propor critérios para programação e execução financeira e orçamentária dos Fundos de Saúde e
acompanhar a movimentação e destino dos recursos;
XVI - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de movimentação de recursos da Saúde, incluindo o
Fundo de Saúde e os recursos transferidos e próprios do Município, Estado, Distrito Federal e da União, com base no
que a lei disciplina;
XVII - analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a prestação de contas e informações financeiras,
repassadas em tempo hábil aos conselheiros, e garantia do devido assessoramento;
XVIII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos serviços de saúde e encaminhar denúncias
aos respectivos órgãos de controle interno e externo, conforme legislação vigente;
XIX - examinar propostas e denúncias de indícios de irregularidades, responder no seu âmbito a consultas sobre
assuntos pertinentes às ações e aos serviços de saúde, bem como apreciar recursos a respeito de deliberações do
Conselho nas suas respectivas instâncias;
XX - estabelecer a periodicidade de convocação e organizar as Conferências de Saúde, propor sua convocação
ordinária ou extraordinária e estruturar a comissão organizadora, submeter o respectivo regimento e programa ao Pleno
do Conselho de Saúde correspondente, convocar a sociedade para a participação nas pré-conferências e conferências
de saúde;
XXI - estimular articulação e intercâmbio entre os Conselhos de Saúde, entidades, movimentos populares,
instituições públicas e privadas para a promoção da Saúde;
XXII - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas sobre assuntos e temas na área de saúde pertinente ao
desenvolvimento doSistema Único de Saúde (SUS);
XXIII - acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e tecnológica, observados os
padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento sociocultural do País;
XXIV - estabelecer ações de informação, educação e comunicação em saúde, divulgar as funções e competências
do Conselho de Saúde, seus trabalhos e decisões nos meios de comunicação, incluindo informações sobre as agendas,
datas e local das reuniões e dos eventos;
XXV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educação permanente para o controle social, de acordo com as
Diretrizes e a Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social do SUS;
XXVI - incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático com os poderes constituídos, Ministério Público,
Judiciário e Legislativo, meios de comunicação, bem como setores relevantes não representados nos conselhos;
XXVII - acompanhar a aplicação das normas sobre ética em pesquisas aprovadas pelo CNS;
XXVIII - deliberar, encaminhar e avaliar a Política de Gestão do Trabalho e Educação para a Saúde no SUS;
XXIX - acompanhar a implementação das propostas constantes do relatório das plenárias dos Conselhos de
Saúde; e
XXX - atualizar periodicamente as informações sobre o Conselho de Saúde no Sistema de Acompanhamento dos
Conselhos de
Saúde (SIACS).
Fica revogada a Resolução do CNS no 333, de 4 de novembro de 2003.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Presidente do Conselho Homologo a Resolução CNS no 453, de 10 de maio de 2012, nos termos do Decreto nº
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5.839, de 11 de julho de 2006.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Ministro de Estado da Saúde
Sa�de Legis - Sistema de Legisla��o da Sa�de
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Página 6 de 6• Resolubilidade - É a capacidade do serviço de enfrentar e resolver o (s)
problema (s) de saúde utilizando plenamente sua capacidade instalada
até o limite de sua competência.
• Complementaridade do setor privado - Definido pela constituição que
quando da insuficiência do setor público, será necessário a contratação
do setor privado, esta se dará sob três condições: 
1. A celebração de contrato, conforme as normas de direito público, o
interesse público prevalece sobre o particular;
2. A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos
e normas técnicas do SUS;
3. A integração do serviço privado deverá se dar na lógica organizativa do
SUS, com posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos
serviços. Desta forma cabe ao serviço público gerenciar o que será feito,
por quem, em que nível e em que lugar. Dentre os serviços privados
deverá ser priorizado o serviço com fins não lucrativos. Todo serviço
complementar deverá assinar convênio de regulamentação e neste
deverá constar os princípios e as diretrizes às quais está submetido e em
caso de não cumprimento caberá as punições previstas ou mesmo a
revogação do convênio.
A Lei Orgânica da Saúde estabelece ainda os seguintes princípios:
• Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade
física e moral;
• Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
• Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e
sua utilização pelo usuário;
• Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a
alocação de recursos e a orientação programática;
• Integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio-ambiente e
saneamento básico;
• Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e
humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na
prestação de serviços de assistência à saúde da população;
• Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de
assistência; e
• Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de
meios para fins idênticos.
Sistema Único de Saúde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia%20%5Co%20Epidemiologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio-ambiente%20%5Co%20Meio-ambiente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saneamento%20%5Co%20Saneamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o%20%5Co%20Uni%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados%20%5Co%20Estados
http://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal%20%5Co%20Distrito%20Federal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpios%20%5Co%20Munic%C3%ADpios
http://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3o%20%5Co%20Popula%C3%A7%C3%A3o
Controle Social
O controle social no SUS se dá por meio dos Conselhos de Saúde, em
suas diversas modalidades, como o Conselho Nacional, Conselhos
Estaduais, Municipais, Locais, e das Comunidades Indígenas. E também,
em especial, das Conferências de Saúde (Nacionais, Estaduais e
Municipais), dentre outras modalidades.
O controle social na saúde
A Constituição de 1988 determinou, no artigo 198, que a sociedade
participasse da gestão do sistema de saúde.
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada
e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo
com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em
cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
Dois anos depois, duas leis trouxeram conteúdos importantes sobre essa
participação, ao abordarem aspectos relacionados ao Conselho Nacional
de Saúde. Foram elas a Lei no 8.080, de 1990, conhecida como Lei
Orgânica da Saúde, e a Lei no 8.142 do mesmo ano. Veja o que dizem
cada uma delas!
A Lei no 8.142/90, no segundo parágrafo, estabelece que:
O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de
serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas
decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído
em cada esfera do governo.
A Lei no 8.080/90, por sua vez, determina que:
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais
de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,
integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades
representativas da sociedade civil.
i é i l d i
Sistema Único de Saúde
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de
articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução
envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS).
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os
parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção
nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho
Nacional de Saúde.
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão
depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e
movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. Art.
37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem
observadas na elaboração dos planos de saúde, em função das
características epidemiológicas e da organização dos serviços em cada
jurisdição administrativa.
A partir de então, a atuação da sociedade no sistema de saúde ganhou
uma nova dimensão. A participação social foi ampliada, democratizada e
passou a ser qualificada por “controle social”. Controle da sociedade
sobre a política de saúde. Com isso, a lógica tradicional do controle
social exercido exclusivamente pelos governos era invertida. A
sociedade começou, efetivamente, a participar da gestão do sistema de
saúde. A população, por meio dos Conselhos de Saúde, passou a exercer
o controle social, participando do planejamento das políticas públicas,
fiscalizando as ações do governo, verificando o cumprimento das leis
relacionadas ao SUS e analisando as aplicações financeiras realizadas
pelo município ou pelo estado no gerenciamento da saúde.
Características dos Conselhos de Saúde
Os Conselhos de Saúde não são órgãos responsáveis pela gestão ou
execução de serviços e, por isso, não têm responsabilidade direta sobre
a prestação dos serviços de saúde. Essa tarefa cabe diretamente ao
Poder Público, nas três esferas de governo. Um Conselho de Saúde é um
órgão:
colegiado, ou seja, é composto por pessoas que representam diferentes
grupos da sociedade, sendo 50% delas representantes de usuários do
SUS;
Sistema Único de Saúde
permanente, isto é, tem sua existência garantida em qualquer
circunstância. Para ser extinto é preciso haver uma lei; e
deliberativo, ou seja, toma decisões que devem ser cumpridas pelo
poder público.
Critérios para composição do Conselho de Saúde
Os Conselhos de Saúde são constituídos por conselheiros, que se
responsabilizam pela proposição, discussão, acompanhamento,
deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da política de
saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros.
O número de conselheiros é definido pelos Plenários dos Conselhos de
Saúde e das Conferências de Saúde, quantitativo que deve ser
especificado em lei. Já a sua composição atende a dois critérios: o da
representatividade e o da paridade. Veja o que significa cada um deles!
Representatividade - para que o Conselho de Saúde represente a
sociedade, cada conselheiro, apesar de defender os interesses de toda a
sociedade, atua como interlocutor de um segmento específico. De
acordo com a Resolução CNS no 333, de 2003, essa representação deve
atender a critérios de representatividade, de abrangência e de
complementaridade do conjunto de forças sociais contempladas pelo
Conselho de Saúde. Assim, um conselheiro de saúde pode representar:
Sistema Único de Saúde
Paridade - o número de
conselheiros que representam
os usuários dos serviços de
saúde (50%) deve ser igual ao
número de conselheiros querepresentam outros segmentos
da sociedade (50%).
No Brasil, existem diversos sistemas de informação em saúde que
desempenham um papel fundamental na coleta, processamento, análise
e disseminação de dados relacionados à saúde da população. Aqui estão
alguns dos principais sistemas de informação em saúde do país:
1. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM):
 - O SIM é responsável por coletar e consolidar dados sobre óbitos no
Brasil. Ele fornece informações sobre as causas de morte e outros dados
demográficos relevantes. Os dados do SIM são cruciais para o
monitoramento da saúde da população e a formulação de políticas de
saúde.
2. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC):
 - O SINASC é responsável pela coleta de informações sobre nascidos
vivos no país. Ele fornece dados sobre nascimentos, como peso ao
nascer, idade da mãe, tipo de parto e outras informações demográficas.
Esses dados são importantes para avaliar a saúde materno-infantil.
3. Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação (SINAN):
 - O SINAN coleta informações sobre doenças de notificação
compulsória, como dengue, tuberculose, HIV/AIDS e outras. Ele ajuda
no monitoramento e controle de doenças transmissíveis, permitindo
ações de vigilância epidemiológica.
4. Sistema de Informações sobre Saúde da Atenção Básica (SISAB):
 - O SISAB é utilizado para registrar informações sobre a atenção básica
à saúde, incluindo dados sobre a cobertura da Estratégia Saúde da
Família, atendimentos, procedimentos e ações realizadas nas unidades
de saúde.
5. Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS):
 - O SIH/SUS é responsável por registrar informações sobre internações
hospitalares financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele coleta
dados sobre procedimentos médicos, diagnósticos, tempo de
internação, entre outros.
 
Sistema Único de Saúde
Sistemas de informação em Saúde 
6. Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS):
 • O SIA/SUS registra informações sobre atendimentos ambulatoriais e
procedimentos realizados nos serviços de saúde do SUS. Isso inclui
consultas médicas, exames laboratoriais, cirurgias ambulatoriais, entre
outros.
 7. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN):
 • O SISVAN coleta dados relacionados à vigilância nutricional, incluindo
informações sobre o estado nutricional de crianças, gestantes e adultos.
Isso ajuda a monitorar a desnutrição e a obesidade, orientando
programas de alimentação e nutrição.
 8. Sistema de Informação de Saúde para a Atenção Básica (e-SUS AB):
 • O e-SUS AB é uma plataforma que permite o registro eletrônico de
informações da atenção básica, incluindo prontuários eletrônicos,
agendamento de consultas e ações de promoção da saúde.
Esses são apenas alguns exemplos dos sistemas de informação em
saúde utilizados no Brasil. Eles desempenham um papel fundamental na
gestão da saúde, monitoramento de indicadores e tomada de decisões
em políticas de saúde. Cada sistema é projetado para coletar dados
específicos relacionados à sua área de atuação, contribuindo para uma
abordagem integrada na saúde pública.
Sistema Único de Saúde
 Princípios 
 Doutrinários 
Mapa mental 
Universalidade 
Memorize: 
Todos serviços: público, contratado ou
convêniado 
Dever do estadoDireito do cidadão
 
Integralidade
Memorize
Prevenção
Recuperação
Promoção
Meios curativos quanto preventivos
Equidade
 
Memorize
Todo cidadão é igual, 
porém possuem necessidades
diferentes.
Vamos treinar?
Regionalização / Hierarquização
Os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade 
Descentralização/ Comando único 
Redistribuir poder e
responsabilidade entre os três
níveis de governo 
Participação da
População 
Conselhos e as Conferências de Saúde 
50% de representantes de usuários do SUS, 
• 25% de representantes dos profissionais de saúde 
• 25% de representantes dos gestores e prestadores de
serviço. 
As Conferências
de Saúde ocorrem
a cada quatro
anos conforme
previsto na Lei nº
8.142/90
Vamos treinar?
Atuação 
 do 
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância
epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador;
d) de assistência
terapêutica integral,
inclusive farmacêutica;
11 Campos de Atuação do SUS 
 
II - a participação na formulação
da política e na execução de ações
de saneamento básico;
III - a ordenação da formação de
recursos humanos na área de
saúde;
IV - a vigilância nutricional e a
orientação alimentar;
de interesse para a saúde;
substâncias e produtos
psicoativos, tóxicos e radioativos;
11 Campos de Atuação do SUS 
V - a colaboração na proteção do
meio ambiente, nele
compreendido o do trabalho;
VI - a formulação da política de
medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos e outros
insumos de interesse para a
saúde e a participação na sua
produção;
VII - o controle e a fiscalização
de serviços, produtos e
substâncias de interesse para a
saúde;
11 Campos de Atuação do SUS 
 
VIII - a fiscalização e a
inspeção de alimentos, água
e bebidas para consumo
humano;
IX - a participação no
controle e na fiscalização da
produção, transporte,
guarda e utilização de
substâncias e produtos
psicoativos, tóxicos e
radioativos;
11 Campos de Atuação do SUS 
X - o incremento, em sua
área de atuação, do
desenvolvimento científico
e tecnológico;
XI - a formulação e
execução da política de
sangue e seus derivados.
11 Campos de Atuação do SUS 
Objetivos 
do 
dos fatores condicionantes e
determinantes da saúde;
Identificação 
e Divulgação 
Alimentação, a moradia, o saneamento
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda,
a educação, o transporte, o lazer e o acesso
aos bens e serviços essenciais; 
 
§ 1º O dever do Estado de garantir a
saúde consiste na formulação e execução
de políticas econômicas e sociais que
visem à redução de riscos de doenças e
de outros agravos e no estabelecimento
de condições que assegurem acesso
universal e igualitário às ações e aos
serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.
Formulação de políticas de
saúde 
A assistência às pessoas por intermédio
de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização
integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.
Assistência às pessoas 
 Participação
da
Comunidade 
 
 A Lei 8.142/1990 dispõe sobre a
participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS) e sobre as
transferências
intergovernamentais de
recursos financeiros na área da
saúde e dá outras providências.
@enfermagem_aprovada
 
 O SUS conta, em cada esfera
de governo (Municipal,
Estadual, Nacional e no Distrito
Federal), sem prejuízo das
funções do Poder Legislativo,
com instâncias colegiadas, que
são organizações para propor,
avaliar, controlar e fiscalizar a
execução da política de saúde
nos três níveis de gestão do SUS.
São elas: 
@enfermagem_aprovada
@enfermagem_aprovada
@enfermagem_aprovada
Composição do conselho
de Saúde 
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
Mensagem de veto
Regulamento
Regulamento
(Vide Lei nº 14.654, de 2023) Vigência
Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada
ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou
privado.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas
e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos eno estabelecimento de condições
que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e
econômica do País.
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como
determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e
serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013)
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior,
se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais,
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estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público,
constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de
controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e
hemoderivados, e de equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.
CAPÍTULO I
Dos Objetivos e Atribuições
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a
observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde,
com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
c) de saúde do trabalhador; (Redação dada pela Lei nº 14.572, de 2023)
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei nº 14.572, de 2023)
II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de
interesse para a saúde e a participação na sua produção;
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
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XII – a formulação e a execução da política de informação e assistência toxicológica e de logística de
antídotos e medicamentos utilizados em intoxicações. (Incluído pela Lei nº 14.715, de 2023)
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação
de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento,
a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos.
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina,
através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos
riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do
trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas,
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização,
fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e
manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do
trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de
acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações
ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética
profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas
instituições e empresas públicas e privadas;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de
máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente
para a vida ou saúde dos trabalhadores.
§ 4º Entende-se por saúde bucal o conjunto articulado de ações, em todos os níveis de complexidade,
que visem a garantir promoção, prevenção, recuperação e reabilitação odontológica, individual e coletiva,
inseridas no contexto da integralidade da atenção à saúde. (Incluído pela Lei nº 14.572, de 2023)
§ 5º Entende-se por assistência toxicológica, a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, o
conjunto de ações e serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento das intoxicações agudas e crônicas
decorrentes da exposição a substâncias químicas, medicamentos e toxinas de animais peçonhentos e de
plantas tóxicas. (Incluído pela Lei nº 14.715, de 2023)
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CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que
integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art.
198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos osníveis de complexidade
do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo
usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a
orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
XIV – organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de
violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e
cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. 
(Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017)
XV – proteção integral dos direitos humanos de todos os usuários e especial atenção à identificação de
maus-tratos, de negligência e de violência sexual praticados contra crianças e adolescentes. (Incluído pela
Lei nº 14.679, de 2023)
CAPÍTULO III
Da Organização, da Direção e da
Gestão
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
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Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da
Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os
serviços de saúde que lhes correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os
respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância.
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a
integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.
Art. 11. (Vetado).
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional
de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade
civil.
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de
interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em
especial, as seguintes atividades:
I - alimentação e nutrição;
II - saneamento e meio ambiente;
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV - recursos humanos;
V - ciência e tecnologia; e
VI - saúde do trabalhador.
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de saúde e as
instituições de ensino profissional e superior.
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos e
estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde
(SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas
instituições.
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação
e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS). 
(Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo: 
(Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do
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SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos
conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização das redes
de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à integração das
ações e serviços dos entes federados; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e
contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes
federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos entes
estaduais e municipais para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de
relevante função social, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por meio do Fundo
Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar
convênios com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades
que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde
que vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. (Incluído
pela Lei nº 12.466, de 2011).
CAPÍTULO IV
Da Competência e das Atribuições
Seção I
Das Atribuições Comuns
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito
administrativo, as seguintes atribuições:
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços
de saúde;
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições
ambientais;
IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde;
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos
que caracterizam a assistência à saúde;
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para promoção da
saúde do trabalhador;
VII - participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e
colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;
IX - participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de recursos
humanos para a saúde;
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X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o
plano de saúde;
XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde,tendo em vista a
sua relevância pública;
XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo
Senado Federal;
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de
perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera
administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas,
sendo-lhes assegurada justa indenização; (Vide ADIN 3454)
XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à saúde,
saneamento e meio ambiente;
XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde;
XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profissional e outras entidades
representativas da sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e
serviços de saúde;
XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;
XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia
sanitária;
XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento emergencial.
Seção II
Da Competência
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:
Art. 16. À direção nacional do SUS compete: (Redação dada pela Lei nº 14.572, de 2023)
I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
II - participar na formulação e na implementação das políticas:
a) de controle das agressões ao meio ambiente;
b) de saneamento básico; e
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
III - definir e coordenar os sistemas:
a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
c) de vigilância epidemiológica; e
d) vigilância sanitária;
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IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo sobre o
meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos ambientes
de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador;
VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica;
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a
execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos,
substâncias e serviços de consumo e uso humano;
IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem
como com entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde;
X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de
insumos e equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais;
XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de
padrões técnicos de assistência à saúde;
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços
privados contratados de assistência à saúde;
XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e
ações de saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal;
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências
estaduais e municipais;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os
Estados, Municípios e Distrito Federal;
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS
em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. (Vide
Decreto nº 1.651, de 1995)
XX - definir as diretrizes e as normas para a estruturação física e organizacional dos serviços de saúde
bucal. (Incluído pela Lei nº 14.572, de 2023)
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em
circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle
da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.
§ 1º A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias
especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional. 
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 14.141, de 2021)
§ 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública, poderá ser
adotado procedimento simplificado para a remessa de patrimônio genético ao exterior, na forma do
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regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.141, de 2021)
§ 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo
oriundo de acesso ao patrimônio genético de que trata o § 2º deste artigo serão repartidos nos termos da
Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015. (Incluído pela Lei nº 14.141, de 2021)
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde;.
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de
saúde;
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; e 
c) de alimentação e nutrição; (Redação dada pela Lei nº 14.572, de 2023)
d) de saúde do trabalhador;
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei nº 14.572, de 2023)
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham
repercussão na saúde humana;
VI - participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico;
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho;
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e
equipamentos para a saúde;
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta
complexidade, de referência estadual e regional;
X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades que
permaneçam em sua organização administrativa;
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de
saúde;
XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de controle de
qualidade para produtos e substâncias de consumo humano;
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no
âmbito da unidade federada.
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:
Art. 18. À direção municipal do SUS compete: (Redação dada pela Lei nº 14.572, de 2023)
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviçosde saúde e gerir e executar os serviços
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públicos de saúde;
II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do
Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual;
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de
trabalho;
IV - executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e
d) de saneamento básico; (Redação dada pela Lei nº 14.572, de 2023)
e) de saúde do trabalhador;
f) de saúde bucal; (Incluída pela Lei nº 14.572, de 2023)
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde;
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde
humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e
fronteiras;
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades
prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios.
CAPÍTULO V
Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas, em
todo o território nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei
nº 9.836, de 1999)
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, componente do Sistema Único de
Saúde – SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual
funcionará em perfeita integração. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde
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Indígena. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos
responsáveis pela Política Indígena do País. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-governamentais poderão
atuar complementarmente no custeio e execução das ações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
§ 1º A União instituirá mecanismo de financiamento específico para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, sempre que houver necessidade de atenção secundária e terciária fora dos territórios
indígenas. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)
§ 2º Em situações emergenciais e de calamidade pública: (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)
I - a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não previstos nos planos de saúde dos
Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena; (Incluído
pela Lei nº 14.021, de 2020)
II - deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos planos emergenciais para atendimento dos
pacientes graves das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos e as referências
para o atendimento em tempo oportuno. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e as especificidades da
cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar
por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, saneamento
básico, nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e integração
institucional. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS, descentralizado,
hierarquizado e regionalizado. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Distritos Sanitários Especiais
Indígenas. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
§ 1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o registro e a notificação da declaração de raça
ou cor, garantindo a identificação de todos os indígenas atendidos nos sistemas públicos de saúde. 
(Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)
§ 1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da rede do SUS com os dados do
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)
§ 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo,
para isso, ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as populações
indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem
discriminações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
§ 3o As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de
centros especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, secundária e
terciária à saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organismos colegiados de formulação,
acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os
Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
CAPÍTULO VI
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DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR
(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a
internação domiciliar. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se,
principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência
social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. (Incluído pela Lei nº
10.424, de 2002)
§ 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que
atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. (Incluído pela Lei nº 10.424, de
2002)
§ 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com
expressa concordância do paciente e de sua família. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
CAPÍTULO VII
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-
PARTO IMEDIATO
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada,
ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente. (Incluído
pela Lei nº 11.108, de 2005)
§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este artigo constarão
do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº
11.108, de 2005)
§ 3o Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em local visível de suas dependências,
aviso informando sobre o direito estabelecido no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.895, de
2013)
Art. 19-L. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
CAPÍTULO VIII
(Incluído pela Lei nº

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