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São transtornos momentâneos para benefícios permanentes. Ortografia é a parte da gramática que trata do emprego da grafia (escrita) correta dos vocábulos. A palavra vem do grego: ortho = correto; graphia = escrita O sistema ortográfico ainda em vigor no Brasil é do “Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”, de 12/08/43, acrescido de algumas alterações no campo da ortografia, em 12/10/1990. Apesar das mudanças, não temos ainda um grau de simplicidade desejável. Entre- tanto, algumas orientações de caráter prático podem re- solver muitos problemas. O Alfabeto (abecedário) da Língua Portuguesa é com- posto de vinte e seis letras: cinco vogais e vinte e uma consoantes. EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS A) Emprego do K, W e Y: Essas letras são empregadas em: a) Abreviaturas e símbolos: K = potássio km = quilômetro W = oeste b) Palavras estrangeiras em sua forma original: Black-out, Kodak, smoking, show, flamboyant. c) Nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Kant, kantismo, Darwin, darwinismo, Byron, byroniano. B) Emprego do H a) No início das palavras, por razões etimológicas (ori- gens): Haver, hélice, hidrogênio, homem, etc. b) No interior das palavras, como parte integrante dos dígrafos ch, lh, nh: Chuva, boliche, alho, molho, banha, pamonha etc. c) No final de algumas interjeições: ah!, eh!, oh! Etc. d) No interior de palavras compostas com hífen, quando o segundo elemento tem h etimológico: Pré-histórico, sobre-humano, super-homem. Obs.: Nos compostos sem hífen, o h é eliminado: Desarmonia, desumano etc. e) Escreve-se Bahia por tradição histórica, mas seus derivados são escritos sem h: Baiano, baião, baianada etc. C) Emprego do X e do CH Muitas vezes, X e CH representam o mesmo som, como em flecha e caxumba. @ten.prof.edvaldo Temos algumas orientações práticas para empregá-los corretamente. Escrevem-se com X: a) Depois do ditongo: Baixa, caixa, feixe, frouxo etc. b) Depois de en inicial: Enxada, enxugar, enxame etc. Exceções: Derivadas de palavras primitivas grafadas com ch. c) Depois de ME inicial de certas palavras: Mexer, mexilhão, mexicano etc. Exceções: mecha e seus derivados. d) Palavras de origem indígena e africana: Xangô, xará, xavante, xinxim, xiquexique etc. e) Palavra de origem alemã e inglesa: Chope, charuto, chapéu, flecha, cachucha etc. D) Emprego do E e I: Escrevem-se com a letra E a) Palavras com o prefixo ante- (prefixo latino que indica anterioridade): Anteato, anteboca, antediluviano etc. b) Algumas formas de verbo terminadas em OAR: Abençoe, magoe, perdoe etc. c) A sílaba final de formas de verbos terminados em UAR: Atue, continue, pontue etc. Grafam-se com a letra I: a) As palavras com o prefixo anti-(prefixo que indica oposição, ação contrária): Antiácido, anticlerical, anticristão etc. b) A sílaba final de formas de verbos terminados em UIR: Atribui, diminui, possui, substitui etc. E) Emprego do G e J Escrevemos com G: a) As palavras com terminações agem, igem, ugem, ege, oge: Malandragem, vertigem, ferrugem, herege, paragoge etc. Exceções: lajem, pajem. Lambujem. b) As terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio: Estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio etc. Escrevemos com J: a) As formas de verbos em JAR ou JEAR: Arranje, esbanje, suje, despeje, gorjeia etc. b) As palavras de origem árabe, africana ou tupi-guarani: Alforje, caçanje, jiboia etc. F) Emprego de S e Z Grafam-se com S: a) Substantivos e adjetivos terminados em ês, esa que indicam nacionalidade, título, origem: Freguês, freguesa Burguês, burguesa Marquês, Marquesa b) Adjetivo com sufixo oso, osa: Amoroso, amorosa, gostoso, etc. c) As palavras com ditongo: Lousa, coisa, causa, etc. d) As formas verbais de pôr e querer: Pus, puseste, quis, etc. Escrevem-se com Z: a) Substantivos com sufixo ez, eza, cujo radical é um adjetivo: Altivez (altivo), surdez (surdo). b) Palavras com o sufixo izar, ização: Batizar, realizar GRAFIA DE ALGUMAS PALAVRAS E EXPRESSÕES. Que/Quê Que é um pronome, conjunção, advérbio, partícula de real- ce ou preposição. Por se tratar de monossílabo átono não é acentuado. As pessoas que amam são felizes. Que queres tu de mim? Que horror! Que lindo é esse quadro! Nós é que somos brasileiros. Tem que dar certo! Quê representa um monossílabo tônico. Isso ocorre quando encontramos um pronome em final de frase, ime- diatamente antes de um ponto (final, de interrogação ou exclamação) ou de reticências, ou quando quê é um subs- tantivo (com sentido de “alguma coisa”, “certa coisa”) ou uma interjeição (indicando surpresa, espanto): O professor disse o quê? Há um quê na beleza dele. Quê! Você está grávida? Por que/ Por quê/Porque/Porquê A forma por que pode ser a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Em termos práti- cos, é uma expressão equivalente a "por qual razão", "por qual motivo". Veja alguns casos em que ela ocorre: ⎯ Por que o professor agiu daquela maneira? ⎯ Não se sabe por que ele tomou tal decisão. Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequencia deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo que passa a ser tônico, devendo ser acentuado: ⎯ Não gosta do professor? Por quê? ⎯ Você foi embora por quê?! Há casos em que por que representa a sequência preposi- ção + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou al- guma de suas flexões: "pela qual", "pelos quais", "pelas quais"). Em outros contextos por que equivale a "para que". Observe: ⎯ Estas são as reivindicações por que lutamos. Já a forma porque é uma conjunção, equivalendo a "pois", "já que", "uma vez que", "como". Observe seu emprego em outros exemplos: ⎯ O professor ficou triste porque muita gente se omitiu. Porque também pode indicar finalidade, equivalendo a "para que", "a fim de". Trata-se de um uso pouco frequente na língua atual: ⎯ Não julgues porque não te julguem. A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompa- nhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Co- mo é um substantivo, pode ser pluralizado sem qualquer problema: ⎯ Dê-me ao menos um porquê para a mesma roupa do professor Edvaldo. Mal / Mau Mal pode ser advérbio, substantivo ou conjunção. Como advérbio, significa "irregularmente”, "erradamente", "de forma inconveniente ou desagradável". Opõe-se a bem: Era previsível que ele se comportaria mal. Mal, como substantivo, pode significar "doença", "molés- tia"; em alguns casos, significa aquilo que é prejudicial ou nocivo": ⎯ A febre amarela é um mal de que já nos havíamos livra- do. O substantivo mal também pode designar um conceito moral, ligado à ideia de maldade, nesse sentido, a palavra também se opõe a bem: Há uma frase de que a visão da realidade nos faz muitas vezes duvidar: " O mal não compensa". Quando conjunção, mal indica tempo: ⎯ Mal você chegou, ele saiu. Mau é adjetivo. Significa "ruim", "de má índole”, "de má qualidade". Opõe-se a bom e apresenta feminina má: ⎯ Trata-se de um mau administrador. Onde / Aonde Aonde indica ideia de movimento ou aproximação. Opõe- se a donde, que exprime afastamento. ⎯ Aonde você vai? ⎯ Aonde querem chegar com essas atitudes? Onde indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Normalmente, refere-se a verbos que expri- mem estado ou permanência. Observe: ⎯ Onde você está? ⎯ Onde você vai ficar nas próximas férias? A / há O verbo haver é usado em expressões que indicam tempo já transcorrido: ⎯ Tais fatos aconteceram há dez anos.sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer a função de sujeito, tais pronomes devem ser substituídos pelos seus pronomes oblíquos correspon- dentes. Eu →me, mim. Tu → te, ti. Ex.: Eu e ela iremos ao jogo. (correto) sujeito Uma briga aconteceu entre mim e ti. (correto) sujeito não-sujeito Não houve nada entre eu e ela (errado) Não houve nada entre mim e ela. (correto) ▪ Pronomes de tratamento Os pronomes de tratamento são pronomes pessoais usa- dos no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas. Os principais pronomes de tratamento são: Pronome de Tratamento Usado para Vossa Alteza (V.A.) Vossa Majestade (V.M.) Vossa Santidade (V.S.) Vossa Eminência (V.Emª.) Vossa Excelência (V. Exª) Príncipes, Duques Reis Papas Cardeais Autoridade em geral OBSERVAÇÕES: • Existem, para os pronomes de tratamento, duas for- mas distintas: vossa (Majestade, Excelência, etc.) e sua (Majestade, Excelência etc.). Você deve usar a forma vossa quando estiver falando com a própria pes- soa e usar a forma sua quando estiver falando a respei- to da pessoa. Ex.: Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei) Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei) Emprego dos pronomes demonstrativos • No espaço: este(s), esta(s) e isto são usados para in- dicar que o ser está perto de quem fala. Ex.: Este livro que está comigo é raro. Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar que o ser está perto de que ouve. Ex.: Essa faca que está com você é voa. Aquele(s), aquela(s) e aquilo são usados para indicar que o ser está longe de quem fala e também está longe de quem ouve. Ex.: Aquela casa lá é muito antiga • Na frase, no texto: este(s) , esta(s) e isto são usados para indicar algo que vai ser falado (ou escrito) mais à frente. Ex.: Ele me disse isto: caia fora! Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar algo que já foi falado (ou escrito) anteriormente. Ex.: Caia fora! Foi isso que ele me disse. Para fazer referência a dois elementos já citados na frase, usa-se este para indicar o último elemento e usar-se aque- le para indicar o primeiro elemento. Ex.: Paulo e João são bons alunos, mas este é mais inteligen- te que aquele. este → João aquele → Paulo ▪ Pronomes Possessivos Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do dis- curso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu in- forma que o livro pertence à 1ª pessoa (eu). Eis as formas dos pronomes possessivos: 1ª pessoa singular: meu, minha, meus, minhas 1ª pessoa plural: nosso, nossa, nossos, nossas 2ª pessoa singular: teu, tua, teus, tuas 2ª pessoa plural: vosso, vossa, vossos, vossas 3ª pessoa singular: seu, sua, seus, suas 3ª pessoa plural: seu, sua, seus, suas ▪ Pronomes indefinidos Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando con- siderada de modo vago e indeterminado. Ex.: Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas. QUADRO DOS PRONOMES INDEFINIDOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS algum(ns); alguma(s) nenhum(ns); nenhuma(s) todo(s); toda(s) outro(s); outra(s) muito(s); muita(s) pouco(s); pouca(s) certo( s); certa( s) tanto(s); tanta(s) quanto(s); quanta(s) qualquer; quaisquer alguém ninguém tudo outrem nada cada algo OBSERVAÇÃO: Um pronome indefinido pode ser representado por ex- pressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões são denominadas locuções pronominais. As mais comuns são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um, seja quem for. Ex.: Seja qual for o resultado, não desistiremos. ▪ Pronomes interrogativos Pronomes interrogativos são aqueles empregados para fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se referem, de modo vago, à 3ª. Pessoa gramatical. Os pronomes interrogativos são os seguintes: que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s). Ex.: Que horas são? (frase interrogativa direta) Gostaria de saber que horas são. (inter. Ind.) Quantas crianças foram escolhidas? ▪ Pronomes relativos Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in- formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia fala assim: Eu conheço o menino. O menino caiu no rio. Mas essas duas informações poderiam também ser transmitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada a repetição do substantivo, do nome menino. A frase ficaria assim: Eu conheço o menino que caiu no rio. 1ª oração 2ª oração Observe que a palavra que substitui, na segunda oração, a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa é a função dos pronomes relativos. Podemos dizer, então, que: Pronomes relativos são os que se referem a um substan- tivo anterior a eles, substituindo-o na oração seguinte. QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS masculino Feminino que quem onde o qual; os quais; cujo; cujos; quanto; quantos. A qual; as quais; cuja; cujas; quan- ta; quantas OBSERVAÇÃO • Como relativos, o pronome que é substituível por o qual, a qual, os quais, as quais. Ex.: Já li o livro que comprei. (=livro o qual comprei) • Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Ele sempre consegue o que deseja. (que) pron. relativo (o) pron. demonstrativo • O relativo quem só é usado em relação a pessoas e aparece sempre precedido de preposição. Ex.: O professor de quem você gosta chegou. • O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, em- pregado entre dois substantivos, estabelecendo entre eles uma relação de posse e equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Ex.: Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja frente = frente do qual) Note que após o pronome cujo (e variações) não se usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo: Visitei a cidade cujo prefeito morreu e não: Visitei a cidade cujo o prefeito morreu. • O relativo onde equivale a em que. Ex.: Conheci o lugar onde você nasceu. • Quantos(s) e quanta(s) só são pronomes relativos se estiverem precedido dos indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s). Ex.: Sempre obteve tudo quanto quis. indef. relativo Outros exemplos de reunião de frases através de prono- mes relativos: Eu visitei a cidade. Você nasceu na Cida. Eu visitei a cidade você nasceu. Observe que, nesse exemplo, antes dos relativos que e qual houve a necessidade de se colocar a preposição em, que é exigida pelo verbo nascer (quem nasce em algum lugar). Você comprou o livro. Eu gosto do livro. Você comprou o livro eu gosto. Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa). 01.(Idecan 2022) “...esse tipo de tragédia pode fazer com que pessoas que lidam com problemas psicológicos tenham momentos de crise intensificados.” As duas ocorrências do QUE no segmento acima se classificam, respectivamente, como A) conjunção integrante e pronome relativo. B) conjunção integrante e conjunção integrante. C) pronome relativo e pronome relativo. D) preposição e conjunção integrante. 02.(Idecan 2022) “Segundo ela, após um tempo, as pes- soas começam a voltar a suas vidas normais, mas es- se processo pode ser lento devido ao luto envolvido.” O pronome sublinhado no período acima desempenha papel A) anafórico. B) catafórico. C) dêitico.D) exofórico. qualna queem onde qualdo quede 03.(Idecan 2022) Aline coordenou a equipe de psicólogos da ONG Na Ação em Brumadinho após o rompimento da barragem. Em sua atuação ela também percebeu o aumento das tentativas de suicídio e do índice de me- dicalização da população de Brumadinho. A respeito do segmento acima, analise as afirmativas a seguir: I. Caso se entenda o pronome “sua”, no segundo perí- odo, com valor anafórico, é correto afirmar que exis- te ambiguidade. II. É possível inferir que Aline foi mais uma pessoa a perceber a mudança para maior dos índices anali- sados. III. Aline já era psicóloga da ONG antes do rompimento da barragem, mas não coordenadora de uma equi- pe. Assinale A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se todas as afirmativas estiverem corretas. Brasil é laboratório do melhor e do pior em governança tecnológica Na semana passada, participei de um jantar oficial com o presidente francês, Emmanuel Macron, na sede do governo em Paris. Foram convidados 20 “pensadores” globais que trabalham com tecnologia. O objetivo era discutir o papel da França e da Europa de modo geral sobre questões tecnológicas. Dentre os convidados esta- vam a escritora Shoshana Zuboff (autora do livro A Era do Capitalismo de Vigilância) e a baronesa Joanna Shields, ex-ministra de Internet e Segurança da Inglaterra. Da América Latina, só este colunista. Três perguntas foram levantadas nas conversas. É possível usar a tecnologia a favor da democracia? Como proteger direitos em face do avanço tecnológico? E, muito importante, como proteger as democracias dos ataques coordenados por meios digitais? A França está em posição favorável para levantar es- sas questões. O país está prestes a assumir a presidência do Conselho da Europa. Além disso, nos dias seguintes ao jantar, recebeu a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, além de outras lideranças globais que participaram do Fórum da Paz, a convite do país. No jantar, acabei conhecendo alguns dos ministros franceses. Dentre eles, a jovem ministra da transformação e reforma do Estado, Amélie de Montchalin, que se sentou ao meu lado. Amélie morou no Brasil na cidade de Campi- nas e fala português perfeitamente. Seu pai foi executivo de uma fábrica de produtos alimentícios na cidade. No dia do jantar, ela havia acabo de lançar a política de software livre da França. Além disso, incluiu uma estratégia para atrair programadores para trabalharem no governo fran- cês. Tudo um luxo comparado com as políticas tecnológi- cas brasileiras no momento. Vale lembrar que o Brasil já foi líder nessa área e pio- neiro em políticas de software livre na administração pú- blica. Hoje, está à deriva. Aliás, esse foi o tema da minha fala para o presidente Macron. Enfatizei que nosso país é uma espécie de laboratório de tudo que existe de melhor e pior em termos de governança tecnológica. No lado bom, criamos no passado a Parceria Internacional de Governos Abertos (OGP), que foi citada várias vezes na reunião. Criamos também o Marco Civil da Internet, visto como modelo, e também citado. Fizemos iniciativas globais como a NetMundial, ou o próprio Comitê Gestor da Inter- net. Tudo permanece na memória de líderes globais. Já sobre as experiências ruins relacionadas à tecno- logia não é preciso citar. Vivemos dentro delas e de seus resultados todos os dias no país. Uma lição ficou clara no jantar: liderança importa. Diga-se o que se quiser do pre- sidente francês, ele tem um plano e uma visão clara sobre o papel da França. Essa visão produz frutos. O país vai crescer 7% em 2021. A taxa de desemprego está baixa e decrescendo, com meio milhão de empregos formais cri- ados neste ano. O país está construindo as bases para participar cada vez mais da economia digital e quer dialo- gar com pensadores do mundo inteiro para isso. Como dizia um outro francês, Allan Kardec: “Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. O poder da causa está na grandeza do seu efeito”. Para refletirmos. (Ronaldo Lemos. Folha de S.Paulo, 14/11/21. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2021/11/brasil-e- laboratorio-do-melhor-e-do-pior-emgovernanca-tecnologica.shtml) 04.(Idecan 2022) Assinale a alternativa em que o prono- me indicado, no texto, exerça papel dêitico. A) essas B) este C) disso D) Essa Os peixes podem se comportar de forma parecida com a que observamos em humanos que sofrem de dependên- cia, não apenas a partir deste experimento, mas de vários estudos com diferentes espécies de peixes. 05.(Idecan 2022) A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há no período uma conjunção integrante. II. Há no período uma conjunção coordenativa aditiva. III. Há no período dois pronomes relativos. Assinale A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se nenhuma afirmativa estiver correta. E) se todas as afirmativas estiverem corretas. “Há um país onde, diferentemente do que ocorre no Brasil, a justiça processa ex-presidentes conservadores, os con- dena por desvio de verbas e manda-os para a prisão.” 06.(Idecan 2019) A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há, no período, dois pronomes relativos. II. Não há pronome demonstrativo no período. III. Não há paralelismo entre as opções de colocação pronominal nas duas últimas orações. Assinale A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se todas as afirmativas estiverem corretas. E) se nenhuma afirmativa estiver correta. 07.(Idecan 2019) A partícula “se” possui, na Língua Portu- guesa, várias funções morfossintáticas e vários signi- ficados. Sobre tal partícula, presente neste trecho do texto "Se os direitos políticos significam participação no governo, uma diminuição no poder do governo re- duz também a relevância do direito de participar.", po- de-se afirmar que se trata de A) conjunção de valor condicional. B) conjunção de valor causal. C) conjunção de valor temporal. D) pronome de valor condicional. E) pronome de valor causal. 08.(Idecan 2019) Porque esse chão que embebe a água dos rios (verso 26) O pronome sublinhado no verso acima exerce, no hino, papel A) anafórico. B) dêitico. C) catafórico. D) epanafórico. E) proléptico. 09.(Idecan 2015) O poema (texto IV) se estrutura a partir de uma oposição entre os advérbios lá e aqui. Do pon- to de vista da enunciação, podemos afirmar que A) lá é anafórico e aqui é dêitico. B) lá é dêitico e aqui, anafórico. C) ambos são anafóricos. D) ambos são dêiticos. Capítulo I - Óbito do Autor. (...) "Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais ínti- mas entranhas; tudo ISSO é um sublime louvor ao nosso ilustre finado. Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei." (...) Memórias Póstumas de Brás Cubas. Machado de Assis. 10.(Idecan 2019) Na sentença linguística “tudo ISSO é um sublime louvor ao nosso ilustre finado”, o elemento coesivo sublinhado (ISSO) possui natureza. A) dêitica. B) anafórica. C) catafórica. D) expletiva. E) exofórica. Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos) podem ocupar três posições na oração em relação ao verbo: Antes do verbo: próclise;dizemos que o pronome está proclítico. Nunca se fala nestas coisas aqui. Quero que todos me acompanhem. No meio do verbo: mesóclise; dizemos que o pronome está mesoclítico. Ajudar-te-ei amanhã sem falta. Dir-lhe-ei depois o que desejo. Depois do verbo: ênclise; dizemos que o pronome está enclítico. Ouviu-se um alarido. Faltavam-me alguns relógios. USO DA PRÓCLISE A próclise é obrigatória: Quando há palavra de sentido negativo antes do verbo. Nada lhe posso dizer. Nunca a vi. Ninguém me procurou. Quando aparecem conjunção subordinativa e pronome relativo. Quero que me entendas. Quando me convidaram, não titubeei. Há casos que nos aborrecem. Ainda que a encontre, não conversaremos. Em orações iniciadas por palavras interrogativas. Quando nos enviarão as passagens? Quem te perdoou a dívida? Em orações que exprimem desejo, e iniciadas por pala- vras exclamativas. Deus me acuda! Bons olhos o vejam! Quanto tempo se perde com leviandades! Como me recordo daquele feriado! Com a presença de pronomes relativos: que, o qual, cujo... O recibo que lhe deram não é verbo. Este é o livro ao qual me referi Quando se usar gerúndio com em. Em se tratando de medicina, ele é especialista. Em se apresentando condições, faremos o que pedes. USO DA MESÓCLISE Para usar mesóclise, é necessário que o verbo esteja no futuro do presente ou do pretérito do indicativo. Os filhos a receberiam bem se você os respeitasse. Os filhos recebê-la-iam bem se você os respeitasse. Se houve, porém, partícula atrativa, como as palavras negativas não, nunca, jamais, ninguém, nada, a prócli- se é obrigatória, apesar de o verbo está no futuro do pretérito. Os filhos não a receberiam bem se ela os desrespeitas- se. As mulheres nunca a respeitarão. Ninguém te chamaria. USO DA ÊNCLISE A ênclise é obrigatória: Quando o verbo inicia a frase. Faltam-me os dados técnicos desejáveis. “Empurram-no, mas vosso criado não quer correr.” (Car- los Drummond de Andrade) Com o verbo no infinitivo impessoal. “Para assustá-lo, os soldados atiram a esmo.” (Carlos Drummond de Andrade) PRATICANDO COM EDVALDO “Muitas vezes, há um currículo ajustado à matriz nacional, mas não há professores qualificados, as aulas são reche- adas de preconceitos”, diz a autora de “Tornar-se Policial’’ (Editora Appris). 01.(Idecan 2021) Assinale a alternativa em que, alterando- se o segmento sublinhado no período acima, se tenha mantido correção gramatical, independentemente da mudança de sentido. A) não deve-se encontrar professores qualificados B) não hão de existir professores qualificados C) não poderão haver professores qualificados D) não deveria existir professores qualificados E) não deviam-se encontrar professores qualificados 02.(Idecan 2019) A respeito da colocação dos pronomes oblíquos átonos na norma culta da Língua Portuguesa, pode-se afirmar que, na sentença “Esse argumento funda-se”, a partícula “se” foi colocada em ênclise de forma A) equivocada, pois há fator obrigatório de próclise. B) equivocada, pois há fator obrigatório de mesóclise. C) adequada, pois há fator facultativo de próclise, o que permite a ênclise. D) adequada, pois há fator obrigatório de ênclise. E) inadequada, pois a partícula “se” possui regras es- peciais de topologia pronominal. 03.(Idecan 2018) Dos trechos apresentados a seguir, a próclise só é obrigatória, de acordo com a Gramática Normativa do Português, em um dos casos. Que caso é esse? A) “Uma lágrima me desceu junto.” B) “Sua mulher não o acompanhava, não mais.” C) “Era então a distância do filho cuja voz diariamente lhe soprava suave os ouvidos.” D) “As lágrimas resultavam, por conseguinte, de lembran- ças inumeráveis de momentos em presença a qual ja- mais voltará a se efetivar.” 04.(Idecan 2016) Assinale a alternativa que apresenta a adequada análise do fragmento destacado do texto. A) “Me empresta o seu livro do Veríssimo”? ilustra um caso de ênclise e “Falar ‘empresta-me’” constitui um exemplo de próclise. B) “As explicações acontecem com exemplos reais, a fim de mostrar-lhes a língua como ela é.” O pronome “lhes” tem função anafórica ao retomar o termo “brasileiros” C) “Nós quereremos um apartamento de frente para o mar”, usam a corriqueira forma composta “Vamos querer...”. A forma verbal “quereremos” está flexio- nada no futuro do presente do indicativo. D) “Não, não sou vidente, não me refiro ao amanhã, re- firo-me ao tempo gramatical.” Se o termo “tempo” for substituído por “pessoa”, o uso do acento indica- tivo de crase no “a” que antecederá “pessoa” será facultativo. 05.(Idecan 2015) Observe os seguintes versos: “Rosa vinha me contar” “Quando de noite me der” Em relação à colocação pronominal, a atitude do eu lí- rico, nos versos acima destacados, está adequada- mente expressa na seguinte alternativa: A) Nas duas ocorrências, o eu lírico opta pelo registro mais próximo da variedade popular como forma de concretizar um dos princípios defendidos pelo Mo- dernismo. B) Na primeira ocorrência, o eu lírico, por retomar o tema da viagem – tão caro à lírica portuguesa –, re- produz uma construção com tom lusitano, imbri- cando, assim, forma e conteúdo. C) Na primeira ocorrência, a sensibilidade linguística do eu lírico se deixa guiar pela idiossincrasia fonéti- ca da variedade brasileira. D) Nas duas ocorrências, a liberdade do eu lírico permi- te jogar com as múltiplas possibilidades de coloca- ção, consubstanciando, assim, o projeto perseguido pelo Modernismo. 06.(AOCP 2018) Em “Aquela situação, porém, não me permitia simplesmente bater em retirada.”, com rela- ção à colocação pronominal, constata-se que o pro- nome em destaque está em posição de A) mesóclise, pois encaixa-se em estrutura com verbo no futuro. B) próclise, pois encontra-se em uma oração subordi- nada. C) mesóclise, pois está entre um advérbio e um verbo. D) ênclise, pois o precede um advérbio de negação. E) próclise, pois encontra-se depois do advérbio de ne- gação. 07.(Uece 2009) No trecho: “Não lhes poderei dizer, ao certo, os dias que durou esse crescimento.” observa-se a colocação pronominal adequada à norma culta. A única opção em que o uso do pronome pessoal oblí- quo obedece à gramática normativa é A) Nos uniu esse beijo breve, mas único. B) Jamais direi-lhe algo que a faça sofrer. C) Alguém informará-lhe o horário do encontro. D) O vi saindo de casa na calada da noite. E) Não pude dormir: debulhei-me em pensamentos tor- turantes. 08.(Uece 2007) Nas frases que se seguem, somente uma delas pode ter o termo sublinhado substituído corre- tamente pelo pronome no local indicado entre parên- teses. Assinale-a: A) Esta é a história absurda que contaram a meu che- fe? (LHE – antes de contaram). B) Se tivesse começado mais tarde, ninguém teria concluído a prova. (A – antes de concluído). C) Por falta de oportunidade, não convidou os amigos para o encontro. (LHES – antes de convidou). D) “Se tivéssemos comunicado à mãe com antecedên- cia, ela teria tomado providência”. (LHE – depois de comunicado). E) Enviarei a todos vocês, meu novo endereço. (LHES – depois de enviarei). É a palavra variável que indica ação ou estado, apresen- tando distinção da pessoa do discurso e respectivo nú- mero. As formas verbais podem ser finitas e infinitas. As primei- ras se referem às três pessoas do discurso: Falei jogamos andaste As outras representam as formas verbais que funcionam como substantivo, adjetivo ou advérbio. → Deixe o pensar na cabeça. → Rapaz envergonhado. → Não se vai a Roma brincando. MODOS E TEMPOS As diversas maneiras de um fato se realizar são indicadas pelos modos. As precisõesde época ou momento de o fato se realizar são vistos nos tempos. Modos INDICATIVO - denota uma ação real. Ex.: Entregou-me dinheiro. SUBJUNTIVO - denota um fato duvidoso. Ex.: Se ela entregasse dinheiro... IMPERATIVO - denota uma ordem, convite, pedido. Ex. Entregue-me o dinheiro. LOCUÇÃO VERBAL É o conjunto de dois ou mais verbos com sujeito comum encerrando uma só declaração. Apresenta o verbo princi- pal em uma das formas nominais. INFINITIVO Uma estrela estava a brilhar.(brilhava) GERÚNDIO Estive chorando. (chorei) PARTICÍPIO O Sol já havia desaparecido. (desaparecera) OBS.: O verbo flexionado chama-se auxiliar, o das formas nomi- nais, principal. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS Os verbos classificam-se em: Verbos Regulares Verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações no radical. Ex. cantar, vender, partir. Verbos Irregulares Verbos irregulares são aqueles que sofrem pequenas alterações no radical. Ex. fazer = faço, fazes; fiz, fizeste Verbos Anômalos Verbos anômalos são aqueles que sofrem grandes altera- ções no radical. Ex. ser = sou, é, fui, era, serei. Verbos Defectivos Verbos defectivos são aqueles que não possuem conju- gação completa. Ex. falir, reaver, precaver = não possuem as 1ª, 2ª e 3ª pes. do presente do indicativo e o presente do subjuntivo inteiro). Verbos Abundantes Verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio, que chamaremos de particípio regular, terminado em -ado, -ido, usado na voz ativa, com o auxiliar ter ou haver, e particípio irregular, com outra terminação diferente, usado na voz passiva, com o auxiliar ser ou estar. Exemplos de verbos abundantes OBS.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver e vir só possuem o particípio irregular aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto e vindo. Os particípios regulares gastado, ganhado e pagado estão caindo ao desuso, sendo substituídos pelos irregulares gasto, ganho e pago. VERBO SIGNIFICATIVO É todo verbo que, fundamentalmente, exprime uma ação, um fato ou um fenômeno. O pescador dormia à sombra da árvore. v. sig. Poucas pessoas gostam desse lugar. v. sig. Ontem choveu muito. v. sig. ▪ Tipos de verbos significativos Dependendo de ter ou não sentido completo, os verbos significativos são classificados em: Verbo intransitivo: é aquele que, por si mesmo, tem senti- do completo, isto é, não exige nenhum complemento. Uma rosa nasceu v. intransitivo Um dia de sol começava. v. intransitivo Pouco a pouco, chegaram os vizinhos. v. intrans. sujeito ATENÇÃO: Esse tipo de verbo pode vir seguido de deter- minadas expressões que traduzem algumas circunstân- cias, mas elas não são obrigatoriamente exigi das pelo verbo. Aquele gato morreu. (de fome). v. intransitivo Verbo transitivo direto: é todo verbo que, por não ter sen- tido completo, exige um complemento sem preposição. O termo sem preposição que completa o verbo transitivo direto chama-se objeto direto. Nós alugamos um velho caminhão. v. t. dir. obj. direto Todos receberão o aviso. v. t. dir. obj. direto Verbo transitivo indireto: é o verbo que exige um comple- mento obrigatoriamente iniciado pela preposição. Esse complemento é chamado de objeto indireto. A criança necessitava de cuidados. v. t. ind. obj. ind Ninguém confia mais em você. v. t. ind. obj. ind Verbo transitivo direto e indireto: é o verbo que exige, ao mesmo tempo, dois objetos; um deles sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto). Não diremos a verdade a você. v. t. d. i. obj. dir. obj. ind Ele já enviou a carta para o amigo. v. t. d. i. obj. dir. obj. ind Observe como continua válido o uso da estrutura prática: Quem diz diz alguma coisa a alguém. obj. dir. obj. ind Quem envia envia alguma coisa a alguém. obj. dir. obj.ind Verbo de ligação Como o próprio nome diz, verbo de ligação é todo verbo que liga o sujeito a uma qualidade, um estado ou um mo- do de ser desse sujeito. Essa característica atribuída ao sujeito através do verbo de ligação chama-se predicativo. O verbo de ligação não traz em si nenhuma informação, nenhuma novidade ao respeito do sujeito. A informação a respeito do sujeito é expressa pelo predicativo do sujeito. Observe as frases abaixo: O garoto ficou triste. O garoto parecia triste. O garoto continuava triste. sujeito v. lig. predicativo do sujeito Observando as três frases podemos constatar que a mu- dança de um verbo de ligação por outro verbo de ligação praticamente não provoca mudança nenhuma no conteú- do da frase. Se, por outro lado, trocarmos o predicativo triste por doente, o sentido da frase muda completamen- te. Observe que: • Há orações em que o verbo de ligação fica subenten- dido, oculto: A garota voltou cansada. • Você já deve ter visto, em algum momento de sua vida escolar, uma lista com os principais verbos de ligação (ser, estar, ficar etc.). Não é aconselhável, no entanto, que você decore os verbos de ligação, porque a clas- sificação de certos verbos como verbo de ligação ou verbo significativo depende do valor, do sentido que esse verbo tem na frase em que ele aparece: A criança estava feliz suj. v. lig. predicativo estava é verbo de ligação porque feliz é predicativo do sujeito A criança estava no sítio. suj. v. lig. não é predicativo Estava não é verbo de ligação porque no sítio não é um predicativo, não é uma característica atribuída ao sujeito. É importante frisar que um determinado, verbo pode mu- dar de classificação, dependendo da frase em que ele aparece. Vamos tomar como exemplo o verbo virar nas três frases abaixo: O tempo virou. (virou = ficou diferente, alterou-se). v. intransitivo A onda virou a canoa. (virou = tombou) v. t. dir. obj. dir. O ladrão virou deputado. (virou=passou a ser, tornou-se) v. lig. predicativo Da análise das três frases acima, podemos concluir que: A classificação de um verbo depende do sentido que ele tem na frase em que ele aparece. VOZES VERBAIS Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pra- tica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal. Voz Ativa Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato. Ex. As meninas exigiram a presença da diretora. A torcida aplaudiu os jogadores. O médico cometeu um erro terrível. Voz Passiva Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal. Voz Passiva Sintética A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito pa- ciente. Ex. Entregam-se encomendas. Alugam-se casas. Compram-se roupas usadas. Voz Passiva Analítica A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passi- va - e agente da passiva. Ex. As encomendas foram entregues pelo próprio diretor. As casas foram alugadas pela imobiliária. As roupas foram compradas por uma elegante senhora. Voz Reflexiva Há dois tipos de voz reflexiva: Reflexiva Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujei- to praticar a ação sobre si mesmo. Ex.: Edvaldo machucou-se. Marilete cortou-se com a faca. Reflexiva recíproca Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: umpratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. Ex.: Edvaldo e Marilete amam-se. Os jovens agrediram-se durante a festa. Os ônibus chocaram-se violentamente. Passagem da ativa para a passiva e vice-versa Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte maneira: 1 - O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passi- va. 2 - O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva. 3 - Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e mo- do do verbo transitivo direto da ativa. 4 - Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no par- ticípio. Voz ativa A torcida aplaudiu os jogadores. • Sujeito = a torcida. • Verbo transitivo direto = aplaudiu. • Objeto direto = os jogadores. Voz passiva Os jogadores foram aplaudidos pela torcida. • Sujeito = os jogadores. • Locução verbal passiva = foram aplaudidos. • Agente da passiva = pela torcida. EMPREGOS DE TEMPOS E MODOS VERBAIS Três são os modos: indicativo, subjuntivo e imperativo. Normalmente, o indicativo exprime certeza e é o modo típico das orações coordenadas e principais; o subjuntivo exprime incerteza, dúvida, possibilidade, algo hipotético e é mais comum nas subordinadas; por fim, o imperativo exprime ordem, solicitação, súplica. Há construções que permitem tanto um modo como ou- tro, algo que dependerá do comprometimento do usuário e suas intenções: Só deixe entrar os que têm cartão de identificação. (indicativo: há certeza do fato, trabalha-se o fato de forma convicta, direta) Só deixe entrar os que tenham cartão de identificação. (subjuntivo: projeta-se a possibilidade, trabalha-se o hipo- tético, não há certeza) TEMPOS Presente do indicativo Emprega-se o presente do indicativo para: a) expressar simultaneidade ao momento da fala: Nesse momento, falo eu! Estou muito bem. b) indicar ação habitual: A Terra gira em torno do sol. Eles estudam para o concurso. c) mostrar algo permanente (como uma verdade absolu- ta): provérbios: Deus ajuda quem cedo madruga. definições: O homem é um ser racional. d) narrar com mais atualidade (cria-se uma proximidade com o momento do fato, dando mais realismo e viva- cidade; também é chamado de presente histórico): Com a publicação do edital, o aluno passa por um lon- go período de estudo. Em 2010, ocupação em favela gera várias manifesta- ções. e) substituir o futuro do presente do indicativo: Você volta aqui amanhã? (=Você voltará aqui amanhã?) f) substituir o imperativo (atenuando a ordem): Você faz a prova. (= faça a prova) g) substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo (mais usado informalmente): Se ele não vem até aqui, seria pior para todos. (= Se ele não viesse) h) substituir o futuro do subjuntivo (expressa certeza, convicção da ocorrência): Se ele não vem até aqui, não pago. (= Se ele não vier até aqui) Pretérito imperfeito do indicativo Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para: a) expressar algo em processo, em desenvolvimento: Edvaldo ensinava quando o coordenador o chamou. b) indicar continuidade ou fato habitual, constante, fre- quente: Edvaldo morava nas margens da praia Formosa. c) indicar ação planejada que não se realizou: Pretendíamos comprar um jornal, mas a chuva atrapa- lhou. d) substituir o presente do indicativo (denota cortesia ou polidez): Queria só uma coisa. (= Quero só uma coisa) e) substituir o futuro do pretérito do indicativo (mais usado informalmente): Se Edvaldo viesse, agora tudo estava certo. (= agora tudo estaria certo) Pretérito perfeito do indicativo simples Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo simples para: a) expressar algo já realizado, concluído, terminado: Em 1984, o Ferroviário jogou o principal campeonato brasileiro de futebol. Pretérito perfeito do indicativo composto Formado com o auxiliar ter (no presente do indicativo) mais o particípio do principal. Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo composto pa- ra: a) exprimir repetição: As pessoas têm errado muito. b) indicar algo que se desenvolve até o momento da fala: Temos superado os obstáculos. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo simples Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo sim- ples para: a) expressar fato concluído que aconteceu antes de outro fato (ambos ocorridos no passado): Edvaldo partira quando a vizinha enfim pediu. Assim que Edvaldo se retirara da sala, o aluno respon- deu a pergunta. b) substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo (mais comum no uso literário): Edvaldo amou como se fora pela última vez. (= Amou como se fosse pela última vez) Colhera os frutos de seus atos. (= Colheu os frutos de seus atos) c) formar certas frases exclamativas: Quem me dera! Tomara! Pretérito mais-que-perfeito do indicativo composto Formado com os auxiliares ter ou haver (no pretérito im- perfeito do indicativo) mais o particípio do principal, em- prega-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo compos- to com valor equivalente à sua forma simples: Antes de fazer a correção, ele tinha realizado ampla análise do problema. (= Antes de fazer a correção, realizara ampla análise do problema) Futuro do presente do indicativo simples Emprega-se o futuro do presente do indicativo simples para: a) expressar fato posterior ao momento em que se fala: No final do trabalho, acertaremos o pagamento. b) indicar correlação com o futuro do subjuntivo: Se ele fizer isso, ficarei feliz. Quando eles se exercitarem, viverão melhor. c) exprimir dúvida, incerteza: Será possível o Brasil melhorar? d) formar certas expressões idiomáticas: Mas será o Benedito? e) indicar ordem ou pedido (valor próximo ao imperativo): Não matarás nem roubarás. Futuro do presente do indicativo composto Formado com os auxiliares ter ou haver (conjugados no futuro do presente do indicativo simples) mais o particí- pio do principal, emprega-se o futuro do presente do indica- tivo composto para: a) exprimir fato ocorrido antes de outro (ambos no futu- ro): Eles já terão saído quando vocês chegarem. b) indicar a hipótese de algo já ter acontecido: Já terão chegado? Futuro do pretérito do indicativo simples Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo simples para: a) exprimir dúvida, incerteza: Naquele dia, havia umas dez pessoas com ele. b) indicar correlação com o pretérito imperfeito do sub- juntivo: Se ele fizesse isso, ficaria feliz. c) fazer um pedido, indicar um desejo de uma forma poli- da: Vocês fariam um favor para nós? d) indicar fato futuro que se relaciona a um momento no passado (muitas vezes expressa uma quebra de ex- pectativa, algo frustrado, ainda não realizado): Ele disse que viria e prometeu que me pagaria. e) expressar indignação ou surpresa em orações excla- mativas ou interrogativas: Você faria isso de novo? Futuro do pretérito do indicativo composto Formado com os auxiliares ter ou haver (conjugados no futuro do pretérito do indicativo simples) mais o particí- pio do principal, emprega-se o futuro do pretérito do indica- tivo composto para: a) indicar fato passado que aconteceria mediante condi- ção: Se você realmente estudasse a lição, teria alcançado a aprovação. b) expressar dúvida em relação ao passado: Teria tido ele uma ideia melhor? c) exprimir hipótese, algo que deveria ter acontecido (cor- relaciona-se com o pretérito mais-que-perfeito do sub- juntivo): Se ele tivesse feito isso, teríamos ficado mais felizes. Presente do subjuntivo Emprega-se o presente do subjuntivo para: a) expressar hipótese, algo relacionadoao desejo, à su- posição, à dúvida: Peço que na hora você não esqueça as minhas reco- mendações. b) criar orações optativas (aquelas que exprimem dese- jo): Deus lhe pague! Os céus te protejam! c) compor oração subordinada quando o verbo da oração principal estiver no: presente do indicativo: Convém que ele faça um seguro. imperativo: Pague ao homem para que ele se cale. futuro do presente do indicativo: Virá para que eu a co- nheça. Pretérito imperfeito do subjuntivo Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para: a) compor oração subordinada quando o verbo da oração principal estiver no: pretérito imperfeito do indicativo: Era nosso desejo que eles pernoitassem aqui. pretérito perfeito do indicativo: Pedi que eles mandas- sem notícias. futuro do pretérito do indicativo: Gostaria que ela vies- se até nossa casa. Pretérito perfeito do subjuntivo Formado com os auxiliares ter ou haver (no presente do subjuntivo) mais o particípio do principal, usa-se o pretéri- to perfeito do subjuntivo para: a) exprimir fato anterior e supostamente concluído no momento da fala: Creio que ela já tenha trazido o livro. b) exprimir fato no futuro e já terminado em relação a outro também no futuro: Quando vocês chegarem, acredito que eles já tenham resolvido o problema. Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo Formado com os auxiliares ter ou haver (conjugados no pretérito imperfeito do subjuntivo) mais o particípio do principal, emprega-se o pretérito mais-que-perfeito do sub- juntivo para: a) expressar fato anterior a outro, ambos no passado: Pensei que você tivesse trazido tudo. Futuro do subjuntivo simples Emprega-se o futuro do subjuntivo simples para: a) expressar fato que talvez aconteça (relaciona-se ao verbo da oração principal, que deve estar no presente ou no futuro do presente, ambos do indicativo): Quando você trouxer o dinheiro, a dívida será esqueci- da. Só receberá a senha quem estiver no local. Futuro do subjuntivo composto Formado com os auxiliares ter ou haver (no futuro do sub- juntivo simples) mais o particípio do principal, usa-se o futuro do subjuntivo composto para: a) expressar fato terminado antes de outro (ambos no futuro): Só partiremos depois que ela tiver chegado com os presentes. Sairemos daqui se eles tiverem trazido um mapa. IMPERATIVO Emprega-se o imperativo (afirmativo e negativo) para: a) exprimir ordem, solicitação, convite, conselho: Saia daqui imediatamente! Abra a janela, por favor. Quando ele chegar, fique quieta, não abra a boca! Infinitivo Emprega-se o infinitivo para: a) formar, com o verbo principal, inúmeras locuções ver- bais: Devemos dormir aqui, pois somente amanhã podere- mos chegar ao local. b) substituir o imperativo (atenuando a ordem): Trazer todos os documentos no dia da apresentação. Na data de inscrição, respeitar todos os prazos deter- minados. c) substituir o gerúndio (neste caso, o infinitivo virá com preposição a: Ele esteve a andar por aqui novamente. Todos estavam a mentir. d) substituir o substantivo: Viajar alegrará a todos. É necessário obedecer a esta lei. Gerúndio Emprega-se o gerúndio para: a) formar, com o verbo principal, inúmeras locuções ver- bais: Todos vêm trabalhando com o mesmo objetivo. b) encabeçar orações reduzidas: Obedecendo ao regulamento, viveremos mais felizes. Ficando ele em silêncio, incriminou-se ainda mais. c) formar orações reduzidas iniciadas por em: Em se tratando de polêmicas, este é um tema fértil. Em se cantando, vive-se melhor. Particípio Emprega-se o particípio para: a) ser o verbo principal no tempo composto (voz ativa), com os verbos ter ou haver como auxiliares: Não tínhamos acertado o pagamento. Ela havia viajado para vários lugares. b) formar a voz passiva analítica, tendo o verbo ser como auxiliar (também estar e ficar em certas construções): O encontro será realizado às 10 horas. Os ingressos foram retirados ontem. c) encabeçar orações reduzidas: Analisadas as propostas, fizeram o acordo. Constatado o erro, fez-se a correção imediatamente. d) exercer a função de adjetivo: O carro descontrolado foi de encontro ao muro reforma- do. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2021) No dia do jantar ela havia acabado de lançar a política de software livre da França. A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. A locução verbal “havia acabado” é equivalente a “acabara” e também se classifica como pretérito imperfeito. II. No período, há quatro artigos e cinco preposições. III. Não há ocorrência de advérbios no período. Assinale A) se todas as afirmativas estiverem corretas. B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 02.(Idecan 2019) O tempo verbal (com a alteração do modo) constante do signo “opusesse” ocorre em A) “valiam”. B) “valem”. C) “funda”. D) “estão”. E) “fala”. 03.(Idecan 2019) No excerto “O convite para que Pasqua- le viesse à Universidade partiu do professor Celso Dal Re Carneiro, coordenador do Programa de Pós- Graduação em Ensino e História de Ciências da Terra (PEHCT) do Instituto de Geociência (IG).”, sob a ótica da coesão de natureza sequencial, entende-se que houve a adequada correlação, na sentença linguística, entre os seguintes tempos verbais: A) presente do indicativo e presente do indicativo. B) pretérito imperfeito do indicativo e pretérito perfeito do indicativo. C) pretérito imperfeito do subjuntivo e pretérito perfei- to do indicativo. D) pretérito imperfeito do indicativo e pretérito imper- feito do indicativo. E) pretérito perfeito do subjuntivo e pretérito mais-que- perfeito do subjuntivo. (In: WATTERSON, B. Os dias estão todos ocupados: as aventuras de Cavin e Haroldo. São Paulo: Conrad, 2011.) 04.(Idecan 2018) Analise as afirmativas a seguir. I. As formas verbais “olha” (2º quadro) e “esquece” (4º quadro), tal como utilizadas no texto, estão, respec- tivamente, na forma afirmativa do imperativo e no presente do indicativo. II. As formas “virado” (1º quadro), “conseguindo” (2º quadro) e “vendo” (2º quadro) são formas nominais dos verbos “virar”, “conseguir” e “ver”, respectiva- mente. III. Tanto a forma “acho” (3º quadro) quanto a forma “pus” (3º quadro) estão no pretérito perfeito do mo- do indicativo. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) A) II. B) III. C) I e II. D) II e III. 05.(Idecan 2017) O trecho “Depois que surgiram os conta- tos na telinha, essas lembranças praticamente sumi- ram.” evidencia uma ação A) atual e vigente. B) que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. C) ocorrida num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminada D) ocorrida num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminada. 06.(Idecan 2017) Quanto à classificação verbal, está IN- CORRETA a alternativa: A) “... elas se movimentam no escuro...” (presente do modo indicativo). B) “... as mãos soubessem antes...” (pretérito imperfei- to do modo subjuntivo). C) “... uma carta que chegou antes,...” (pretérito perfei- to do modo indicativo). D) “... como se lhe faltasse energia...” (pretérito imper- feito do modo imperativo). 07.(Idecan 2017) Assinale a alternativa cujo verbo subli- nhado está no tempo verbal DIFERENTE dos demais. A) “... portanto recompensas perderam o sentido.” B) “Cansei de falas grandiloquentes sobre educa- ção,...” C) “Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.” D) “... recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas...”08.(Idecan 2016) Assinale a alternativa cujo verbo subli- nhado apresenta-se flexionado no tempo verbal DIFE- RENTE dos demais. A) “As redes sociais, especialmente o Twitter, se torna- ram um canal de insatisfações e frustrações.” B) “Os especialistas ressaltaram que as redes sociais e outras ferramentas, como o ‘e-mail’, são frias.” C) “Há pessoas que, quando chegam a um determina- do número de seguidores, sentem seu ego alimen- tado...” D) “Nos últimos meses, a empresa implementou diver- sos mecanismos para dissuadir e denunciar com- portamentos agressivos na rede social.” 09.(Idecan 2016) “A língua como ela é não se apresenta, com pretérito-mais-que-perfeito, como insiste a Gra- mática Normativa e seus exemplos surreais: ‘O vento fechou a porta que o vento abrira.’ Abrira?” Conside- rando esse exemplo, a forma composta que atualmen- te utilizamos para substituir o pretérito mais-que- perfeito simples do indicativo da forma verbal “abrira” é A) tem aberto. B) teria aberto. C) tinha aberto. D) tivesse aberto. 10.(Idecan 2016) Assinale a afirmativa transcrita do texto que apresenta tempo verbal DIFERENTE dos demais. A) “Você irá visitá-los quase todos os dias, na hora do almoço.” B) “Em dias mais corridos, você deixará para ir no fim do expediente.” C) “... casada com um daqueles cidadãos que esgana- ria o inventor do trabalho,...” D) “Pedirá desculpas pelos três dias de ausência moti- vada pelo excesso de trabalho,...” 11.(Idecan 2015) Os verbos, em língua portuguesa, podem distinguir‐se pela modalidade com que expressam as atitudes do enunciador ou por sua natureza aspectual, reveladora dos eventos ou estados denotados. No fra- gmento “Tanto andam agora preocupados em definir o conto que não sei bem se o que vou contar é conto ou não (...)”, a primeira ocorrência verbal apresenta aspec- to A) inceptivo. B) resultativo. C) permansivo. D) durativo. Discurso de Steve Jobs para os formandos de Stanford “Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Que a verdade seja dita, eu nunca me formei na universidade. Isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de forma- tura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. [...] Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar real- mente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente traba- lho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando en- contrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. En- tão continue procurando até você achar. Não sossegue.” (Discurso de Steve Jobs. Disponível em: http://www.jb.com.br. 06/10/2011. Adaptado.) 12.(Idecan 2014) O modo verbal apresentado em “Não perca a fé.”, “[...] continue procurando.” e “Não sosse- gue.” é utilizado no discurso com o objetivo de A) caracterizar ações hipotéticas. B) demonstrar a formalidade do texto através de uma ordem. C) orientar o público-alvo a ter determinados compor- tamentos. D) sustentar os argumentos textuais que justificam seu posicionamento. E) convencer o grupo de formandos de que há credibi- lidade no discurso de Jobs. 13.(Idecan 2014) Em relação ao verbo em destaque na oração “O estilo de vida na grande cidade subsiste por causa da violência.”, é INCORRETO afirmar que A) é intransitivo. B) pertence à 3ª conjugação. C) encontra‐se na voz passiva. D) está conjugado no presente do indicativo. “Tendo em vista a real concretização do fato noticiado acerca do operário chinês, seria coerente o emprego das formas verbais, respectivamente, _______________ e _______________ em substituição a ‘havia’ e ‘estava’ em: ‘[...] na China havia sido descoberto um operário que estava soterrado numa mina há quase 20 anos, depois de ser dado como morto.”. 14.(Idecan 2014) Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. A) haverá / estaria B) haveria / estaria C) houvera / estivera D) houvera / estivesse 15.(Idecan 2013) Considerando os verbos destacados nas frases a seguir, relacione corretamente as colunas. 1. “Eles atacavam em bando.” 2. “Se não estudássemos,...” 3. “... Os Outros nos chamariam de burros.” 4. “Filha minha não viaja sozinha...” 5. “... a opinião deles não mudou o rumo...” ( ) Presente do indicativo. ( ) Pretérito Perfeito do Indicativo. ( ) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. ( ) Futuro do Pretérito do Indicativo. ( ) Pretérito Imperfeito do Indicativo. A) 4, 2, 5, 3, 1 B) 2, 3, 1, 5, 4 C) 5, 1, 2, 4, 3 D) 4, 5, 2, 3, 1 E) 3, 5, 1, 4, 2 REGÊNCIA VERBAL Observe os verbos abaixo que podem apresentar dúvida quanto à regência. 1. Abdicar Intransitivo: Ex.: Os parlamentares abdicaram em 15 de novembro. Transitivo direto: Ex.: Edvaldo abdicou o cargo. Transitivo indireto: Ex.: Edvaldo abdicou dos seus direitos. 2. Agradar • Mimar, acariciar: VTD • Contentar, ser agradável: VTI Ex.: Edvalda agradava seu gatinho. Edvaldo não agradou ao aluno. 3. Agradecer • Coisas: VTD • Pessoas: VTI • Coisas e pessoas: VTDI Ex.: Agradeci o dinheiro que recebi. Agradeça a ele, e não a mim. Agradeço a você o dinheiro que me emprestou. 4. Ajudar • Socorrer, ajudar: VTD ou VTI • Com verbo no infinitivo: VTDI Ex.: Ajudei-a no trânsito. Ajudei-lhe no trânsito. Ajudei a velhinha a atravessar a avenida. 5. Amar Transitivo direto: Ex.: Os alunos amavam aquele professor. Intransitivo: Ex.: Amei muito nesses longos anos. 6. Apelar Transitivo indireto (Exige as preposições para ou de) Ex.: Edvaldo Apelou para todos os santos. Edvaldo apelou da sentença. 7. Aspirar • Inalar, sorver: V.T.D. • Desejar, almejar: V.T.I. Ex.: Aspirei o gás tóxico e passei muito mal. Aspiramos a uma vaga na universidade. 8. Assistir • Ajudar: V.T.D. • Presenciar, ver: V.T.I. • Caber: V.T.I. • Residir: V.I. Ex.: É dever do profissional de saúde assistir os pacientes. Assistimos a todo o espetáculo. Votar é um direito que lhe assiste. Edvaldo assiste no litoral. 9. Avisar • Exige a preposição A ou DE: V.T.D.I. Ex.: Edvaldo avisou aos alunos o feriado. Edvaldo avisou os alunos do feriado. 10. Chamar • Invocar, convocar: V.T.D. • Tachar, apelidar: V.T.D. ou V.T.I. + predicativo do obje- to com ou sem preposição. Ex.: Edvaldo chamou os alunos. Edvaldo chamou o aluno inteligente. Edvaldo chamou o aluno de inteligente. Edvaldo chamou ao aluno inteligente Edvaldo chamou ao aluno de inteligente. 11.Certificar, Cientificar, Comunicar • Exigem a preposição A ou DE: V.T.D.I. Ex.: Certifiquei / Cientifiquei / Comuniquei aos alunos o vestibular. Certifiquei / Cientifiquei / Comuniquei os alunos do vestibular. 12.Compartilhar • V.T.D. Ex.: Sempre compartilhei sua alegria e sua dor. 13.Chegar / Ir • V.I.: exigem a preposição a, em e de, quando se refe- rem, respectivamente, a lugar, tempo e meio. Ex.: Cheguei em 2005 à capital de trem. Vou em 2010 à Argentina de avião. 14.Custar • Acarretar: V.T.D. Ex.: O estudo custa muito gasto aos pais. • Ser difícil, custoso: V.T.I. OBSERVAÇÃO: Não aceita pessoa ou coisa comosujeito; tem como su- jeito uma oração. Ex.: Custou-me aprender inglês. 15.Dar Verbo transitivo direto e indireto. Ex.: Deu o voto ao partido 16.Desfrutar • V.T.D.: não rege preposição DE Ex.: O político desfrutava o dinheiro público. 17.Desobedecer / Obedecer • V.T.I.: regem a preposição A Ex.: Desobedeceram à ordem que foi dada Obedeça sempre a seus pais. 18.Entregar • V.T.D.I. Ex.: Entregou o livro ao professor. 19.Esquecer • V.T.D.: não é pronominal Ex.: Esqueci o presente • V.T.I.: é pronominal Ex.: Esqueci-me do presente. OBS.: Usado na terceira pessoa do singular ou do plural com pronome oblíquo, é transitivo indireto. Ex.: Esqueceu-me o fato. sujeito 20.Implicar • Ter implicância: V.T.I. Ex.: Aquela aluna implicava com o Edvaldo. • Acarretar: V.T.D. Ex.: Passar no vestibular implica muita dedicação. • Envolver-se: V.T.I. Ex.: Edvaldo implicou-se em problemas. • Envolver: V.T.D.I. Ex.: Implicaram Edvaldo em problemas. 21.Informar • V.T.D.I.: algo a alguém ou alguém de algo. Ex.: Informei aos alunos o resultado da prova. Informei os alunos do resultado da prova. 22.Lembrar • V.T.D.: não é pronominal Ex.: Lembrei onde ela mora. • V.T.I.: é pronominal. Ex.: Lembrei-me do endereço dela. • Pode ser V.T.D.I. Ex.: Lembrei aos alunos o compromisso do fim de semana. OBS.: Usado na terceira pessoa do singular ou do plural com o pronome a obliquo, é transitivo indireto. Ex.: Lembrou-me a data Sujeito 23.Morar / Residir / Situar-se São verbos intransitivos, os quais são seguidos da prepo- sição EM. Ex.: Moro na Rua Gomes Parente. Resido na Avenida Castelo Branco. O prédio situa-se na Avenida Leste Oeste, 860. 24.Namorar • V.T.D. Ex.: Edvaldo namora Micélia bastante tempo. Micélia namora Edvaldo há um ano. OBS.: I. Para melhor identificação do sujeito, o objeto direto pode vir preposicionado. Ex.: Aquela garota namora a um rapaz que não conhece- mos. II. Pode vir acompanhado da preposição COM; nesse caso, a expressão iniciada pela preposição representa um adjunto adverbial de companhia. Ex.: O rapaz namorava seu amor com os amigos. 25.Pisar • V.T.D. Ex.: Não pise a grama. 26.Pagar • Coisas: V.T.D. • Pessoas: V.T.I. • Coisas e pessoas: V.T.D.I. Ex.: Paguei o almoço. Paguei ao garçom. Paguei o almoço ao garçom. 27.Perdoar • Coisas: V.T.D. • Pessoas: V.T.I. • Coisas e pessoas: V.T.D.I. Ex.: Perdoei seus erros Sempre perdoei a você Perdoei o débito ao devedor. 28.Proceder • Agir: V.I. • Origem, procedência: V.I. • Dar andamento, dar início: V.T.I. Ex.: Aquele político procedeu mal. Donde você procede? Procederam ao sorteio do bingo. 29.Preferir • Algo: V.T.D. • Uma coisa a outra: V.T.D.I. Ex.: Prefiro lasanha. Prefiro suco natural a refrigerante. 30.Querer • Estimar, querer bem: V.T.I. • Desejar, almejar: V.T.D. Ex.: Quero muito a meus colegas Quero muito essa vaga na polícia militar. 31.Responder • Dizer algo: V.T.D. • Dar resposta: V.T.I. Ex.: Responda a verdade. Responda ao que lhe perguntei. 32.Servir • Atender: V.T.D. • Ser útil: V.T.I. Ex.: O garçom ainda não serviu a sobremesa. Esse computador servirá muito ao meu escritório. 33.Simpatizar / Antipatizar • V.T.I.: não são pronominais Ex.: Simpatizei muito com a turma. Antipatizaram com o colega. 34.Usufruir • VTD: não regem preposição DE Ex.: Edvaldo usufruía excelente saúde. 35.Visar • Mirar: V.T.D. • Pôr o visto: V.T.D. • Almejar, desejar: V.T.I. Ex.: O atirador visou o centro do alvo a distância. Edvaldo visou a prova dos alunos. Visamos a um mundo melhor. REGÊNCIA NOMINAL Como os verbos, alguns nomes (substantivo, adjetivo, advérbio) podem apresentar mais de uma regência. Estava ansioso para... Estava ansioso por... Estava ansioso de... Seque uma lista de substantivo e adjetivo com as res- pectivas regências: Acessível a acostumado a, com adaptado a afável a, com, para com aflito com, por agradável a alheio a, de alienado de alusão a amante de ambicioso de analogia com, entre análogo a ansioso de, para, por apto a, para atento a, em aversão a, para, por ávido de, por benéfico a capaz de, para certo de compatível com compreensível a comum a, de constante de, em constituído de, por, com contemporâneo a, de contíguo a contrário a cuidadoso com curioso de, a desatento a descontente com desejoso de desfavorável a devoto a, de diferente de difícil de digno de entendido em equivalente a erudito em escasso de essencial para estranho a fácil de falha de, em falta de Favorável a fiel a firme em generoso com grato a hábil em habituado a horror a hostil a idêntico a imbuído em, de impossível de impróprio para imune a, de incompatível com inconsequente com indeciso em independente de, em indiferente a indigno de inepto para inerente a inexorável a leal a lento em liberal com medo a, de misericordioso com, para com natural de necessário a negligente em nocivo a ojeriza a, por, contra paralelo a parco em, de passível de perito em permissivo a perpendicular a pertinaz em possível de possuído de posterior a preferível a prejudicial a prestes a, para propenso a, para propício a próximo a, de relacionado com residente em responsável por rico de, em seguro de, em semelhante a sensível a sito em, entre suspeito de, a transversal a útil a, para versado em vizinho a, de, com PRATICANDO COM EDVALDO ...a prefeitura também ampliou os atendimentos psicoló- gicos e psiquiátricos na cidade. 01.(Idecan 2022) Sem levar em conta alterações de senti- do, ao se reescrever o trecho acima, alterando-se o verbo, manteve-se correção gramatical em A) a prefeitura também almejou aos atendimentos psi- cológicos e psiquiátricos na cidade. B) a prefeitura também visou aos atendimentos psico- lógicos e psiquiátricos na cidade. C) a prefeitura também assistiu nos atendimentos psi- cológicos e psiquiátricos na cidade. D) a prefeitura também lembrou dos atendimentos psicológicos e psiquiátricos na cidade. ...tendo acesso aos bastidores da produção... 02.(Idecan 2021) Assinale a alternativa em que, indepen- dentemente da mudança de sentido, a alteração tenha sido feita em respeito às regras gramaticais. A) imiscuindo-se nos bastidores da produção B) chegando nos bastidores da produção C) lembrando dos bastidores da produção D) aludindo os bastidores da produção O resultado lembra muito as conclusões dos pesquisado- res liderados por Jane Greaves, da Universidade de Car- diff, no Reino Unido, que detectaram fosfina nas nuvens de Vênus. 03.(Idecan 2021) Assinale a alternativa em que, alterando- se o verbo sublinhado no período acima, tenha-se mantido a correção gramatical. Não leve em conta al- terações de sentido. A) O resultado almeja às conclusões dos pesquisado- res... B) O resultado imiscui às conclusões dos pesquisado- res... C) O resultado esquece das conclusões dos pesquisa- dores... D) O resultado anui às conclusões dos pesquisado- res... E) O resultado alude as conclusões dos pesquisado- res... Considera que a alimentação se expressa em representa- ções, envolve escolhas, símbolos e classificações que mostram as visões sobre a história e as tradições alimen- tares. 04.(Idecan 2021) Assinale a alternativa em que, alterando- se o verbo do segmento sublinhado no período acima, NÃO se tenha mantido adequação à norma culta. Não leve em conta as alterações desentido. A) aspiram às visões sobre a história e as tradições alimentares B) visam às visões sobre a história e as tradições ali- mentares C) assistem às visões sobre a história e as tradições alimentares D) almejam às visões sobre a história e as tradições alimentares E) remetem às visões sobre a história e as tradições alimentares 05.(Idecan 2019) O trecho “(...) induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou.” possui elemento linguístico marcado pelo acento indi- cativo de crase. Tal acento é proveniente, no caso em tela, em razão da fusão do artigo “a” com a preposição “a”, a qual advém da regência do A) verbo induzir. B) verbo passar. C) verbo arrancar. D) nome homem. E) nome sombra. 06.(Idecan 2019) Caso a expressão “à morte” (linha 4) fosse reescrita em português culto contemporâneo, ter-se-ia A) “da morte”. B) “pela morte”. C) “na morte”. D) “com a morte”. E) “acerca da morte”. 07.(Idecan 2019) Algumas ferramentas permitem respon- der a essas perguntas. Reescrevendo-se o período acima, independentemente da alteração de sentido, assinale a alternativa em que a regência tenha sido incorretamente empregada, se- gundo a norma culta. A) Algumas ferramentas permitem aludir a essas per- guntas. B) Algumas ferramentas permitem proceder a essas perguntas. C) Algumas ferramentas permitem implicar essas per- guntas. D) Algumas ferramentas permitem fazer apologia a es- sas perguntas. E) Algumas ferramentas permitem lembrar essas per- guntas. 08.(Idecan 2016) Assinale o trecho cujo termo destacado possui transitividade equivalente à do verbo “tratar” vista em “Quem dorme pouco está mais propenso a de- senvolver doenças mentais e têm mais dificuldades de tratá-las.”: A) “[...] são algumas das respostas do corpo à privação de sono.” B) “[...] concorda com Abbott sobre a correlação entre in- sônia e doenças mentais.” C) "A insônia, inclusive, é um sintoma comum em pacien- tes que sofrem de ansiedade, [...]” D) “Quem tem dificuldade para pegar no sono sabe que os efeitos de uma noite mal dormida [...]” 09.(Idecan 2015) Em se tratando da transitividade verbal, assinale a alternativa correta quanto ao termo subli- nhado. A) “Assim surgiu a música.” (2º§) – verbo transitivo in- direto. B) “... ele ouve as batidas do coração da mãe...” (1º§) – verbo intransitivo. C) “... o homem percebeu todo esse potencial.” (2º§) – verbo transitivo direto D) “A música é uma das linguagens que o aluno...” (5º§) – verbo transitivo direto. 10.(Idecan 2014) Acerca da regência nominal, que estuda as relações de dependência estabelecidas entre os nomes e seus complementos, assinale a afirmativa correta. A) Tomar iogurte é benéfico para a saúde. B) Os estudantes ficam aflitos para tirar o diploma. C) João, em breve, estará apto à exercer a medicina. D) Maria sempre está atenta em tudo o que se passa. E) Depois que tomou a vacina, ele está imune para tu- do. Crase é a fusão de duas vogais. O sinal (`) usado algu- mas vezes sobre o a indica que houve crase, isto é, a con- tração de duas vogais idênticas: a + a=à. A regência de certos verbos e de certos nomes é fun- damental para identificarmos a ocorrência de crase. Fumar é prejudicial à saúde. prejudicial a + a saúde “Pede à banda pra tocar um dobrado” (Ivan Lins) pede a + a banda OCORRE CRASE: 1. Quando a preposição a se encontrar diante de: • Artigo definido feminino: a ou as. Vamos à escola. preposição – a + a – artigo (A regência do verbo ir exige a preposição a: quem vai, vai a algum lugar.) • A inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo. Você se referia àquilo? preposição – a + a – inicial Entreguei o carro àquela moça. preposição – a + a inicial 2. Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas em que aparece a ou as. “Às vezes, uma dor me desespera, Nessas sombras e dúvidas em que ando” (Olavo Bilac) “Passei a vida à toa, à toa.” “De noite, amanheço; à tarde, anoiteço”. Eis algumas locuções: • Adverbiais: à vista, à direita, às escondidas, às pres- sas, às vezes, à parte, às claras, à disposição de, à toa • Prepositivas: à procura de, à beira de, à espera de, à roda de • Conjuntivas: à medida que, à proporção que 3. Nas expressões à moda de, à maneira de. Arroz à grega (= à maneira dos gregos) Eles estão vestidos à italiana. (= à moda dos italianos) Sempre ocorrerá crase com a expressão à moda de, mesmo diante de palavra masculina. A sala de visitas foi decorada com móveis à Luiz XV. NÃO OCORRE CRASE: 1. Diante de verbos. Estávamos prestes a sair de casa. A mãe estava sempre pronta a perdoar os filhos. 2. Diante de substantivos masculinos. Ela gosta de andar a pé. 3. Diante de artigos indefinidos. O caso me fez chegar a uma conclusão rápida. 4. Diante de pronome pessoal (reto, oblíquo e de trata- mento), EXCETO senhora e senhorita. O guarda não se referia a ti. O juiz cedeu o terreno a V.S.ª 5. Diante da palavra casa, terra e distância sem especifi- cativos. Vou a casa. (= vou para casa, para a minha casa) Cheguei a casa. (= cheguei em casa, em minha casa) Fui à casa dela. Fui às Casas Freitas. 6. Em expressões formadas por palavras repetidas. Gota a gota Uma a uma Frente a frente 7. No A no singular antes de palavra no plural. Dediquei-me a questões nobres. PRATICANDO COM EDVALDO Outros foram enviados a campos de refugiados ou regiões inóspitas dentro do próprio país, como ocorreu com a família de Mukasonga. 01.(Idecan 2021) Assinale a alternativa em que a substi- tuição do segmento sublinhado tenha sido feita de acordo com a normal culta. Não leve em conta altera- ções de sentido. A) à Brasília B) à terra firme C) à casa D) à Fortaleza de José de Alencar E) à lugares desconhecidos 02.(Idecan 2018) O uso do acento grave em “À frente de projetos como o Sirius — maior projeto científico e tecnológico em desenvolvimento no Brasil [...]” é de uso obrigatório. Indique, a seguir, o fragmento em que o acento grave foi empregado INCORRETAMENTE. A) “Primeiro smartphone com leitor de digitais integra- do à tela vai ser chinês.” B) “Florianópolis vive hoje o temor de que 2017 termi- ne com notícias semelhantes às que estrearam o ano.” C) “Uma garota de 9 anos teve o cabelo cortado à for- ça por duas tias e duas primas no último fim de se- mana.” D) “Todo o atendimento ao público será realizado de segunda à domingo conforme determinado anteri- ormente.” 03.(Idecan 2017) Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo. A) O neto voltou à casa da avó. B) Meu neto voltou à minha casa. C) A avó, às vezes, deixa-o brincar na chuva. D) A mãe devolveu as roupas àquela criança. 04.(Idecan 2017) Em relação ao emprego do acento gra- ve, indicador da crase, em “[...] ampliar o nível de expo- sição de todos à informação e a práticas culturais qua- lificadas.” é correto afirmar que A) a ocorrência de crase é facultativa em “à informa- ção”. B) a ocorrência de crase é facultativa em “a práticas culturais qualificadas.” C) diante de “práticas culturais e qualificadas” a ocor- rência de crase é obrigatória. D) a ocorrência do termo regente “exposição” e a ocor- rência da admissão do artigo “a” diante do termo por ele regido justificam o uso do acento grave em “à informação”. 05.(Idecan 2016) “... à população restam os recursos que já demonstraram eficácia:” (11º§) O uso do acento grave indicador de crase está corretamente empregado no trecho anterior. Assinale a alternativa em que o mes- mo uso encontra-se INCORRETO. A) A prevenção cabe à cada um de nós. B) Muitas pessoas foram à manifestação. C) A população está completamente à partedas orien- tações. D) A população deve obedecer às normas para evitar a propagação do vírus. 06.(Idecan 2016) “–Cajueiro sente muito a mudança, mor- re à toa...” Assinale a alternativa em que o acento da crase foi utilizado pela mesma razão da frase anterior. A) Ela foi à feira comprar um vaso. B) Ele estava se referindo à mudinha de caju. C) Às vezes nos surpreendemos com a natureza. D) Entregue a castanha àquela pessoa que fez o pedi- do “Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente.” 07.(Idecan 2016) Assinale a alternativa cujo acento grave indicador de crase foi utilizado pelo mesmo motivo do trecho em destaque. A) Oferecemos nossa gratidão à professora. B) Mesmo em greve, os alunos foram à escola. C) À medida que o tempo passa, a educação fica defa- sada. D) Os professores fizeram o pedido à secretaria de educação. 08.(Idecan 2016) Em “Da alegria à tristeza”, o emprego do sinal indicativo de crase é ____________________, pois, __________________________________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequen- cialmente a afirmativa anterior. A) facultativo / ocorre antes de substantivo comum e abstrato B) facultativo / há regência de preposição diante do termo “tristeza” C) obrigatório / há exigência de preposição associada à admissão do artigo feminino D) obrigatório / ocorre diante de qualquer nome femi- nino tomado em sentido genérico 09.(Idecan 2015) “Uma delas diz respeito à maioridade pe- nal,..." (2º§) Nessa frase o acento indicativo de crase resulta da união de uma preposição com um artigo, o mesmo que ocorre em: A) Sua tese é semelhante à dela. B) Ele se referiu àquele documento. C) A população deve obedecer às leis de trânsito. D) As pessoas, às vezes, entendem essa questão. 10.(Idecan 2015) No período “Ela está relacionada ao clima, à massa corporal, ao consumo alimentar, à ati- vidade física e aos hábitos adquiridos desde a infân- cia.”, o uso do acento grave indicador de crase está re- lacionado à(ao) A) uso adequado das locuções femininas reduzidas sintaticamente. B) regência verbal estabelecida pelo verbo auxiliar di- ante do termo regido. C) emprego da enumeração de termos que se aproxi- mam e são ligados ao mesmo verbo. D) relação estabelecida entre o termo regente e o ter- mo regido aliada ao uso do artigo feminino. • FRASE Unidade mínima de comunicação. Enunciado de sentido completo, finalizado por: pausa forte, na fala, ponto final, na escrita. Existem frases: De uma só palavra que pode ser ou não verbo - Com mais de uma palavra e sem verbo - Com mais de uma palavra e com verbo. • ORAÇÃO O enunciado é organizado em torno de uma forma verbal. Frase – pode conter uma ou mais orações. • PERÍODO É a frase que se organiza em oração (simples) ou orações (composto). Termina sempre com uma pausa bem defini- da (ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências e, em alguns casos, dois pontos). SUJEITO E PREDICADO Vamos supor que você esteja conversando com uma amiga e, no momento em que você está falando, aproxi- ma-se de vocês uma outra pessoa, um outro amigo. Esse amigo não teve tempo de ouvir o começo de sua frase. Vamos supor que ele tenha ouvido apenas você falar o seguinte: ... invadiram a cidade. Se esse amigo quisesse saber a respeito de quem você está falando, como ele faria? Ele poderia, por exemplo, fazer a seguinte pergunta: Quem é que invadiu a cidade? Com essa pergunta, ele estaria querendo saber a respeito de quem você estava falando. Ele estaria querendo saber quem é o sujeito da frase que você enunciou. Se, por exemplo, você respondesse assim à pergunta dele: Milhares de abelhas invadiram a cidade, então ele passaria saber que o sujeito da frase era milhares de abelhas. Podemos dizer, então, que: Sujeito é o ser a respeito do qual afirmamos ou nega- mos alguma coisa. Em geral, uma oração é constituída pelo sujeito e por uma afirmação (ou negação)que se faz a respeito do sujeito: o predicado, que sempre apresenta um verbo em sua estru- tura. Oração = sujeito + predicado Em nosso exemplo temos: Milhares de abelhas invadiram a cidade Na prática, para encontrar o sujeito de uma oração, é aconselhável que você faça o seguinte: • Localize o verbo da oração; • Faça a pergunta: quem é que verbo? (colocamos no retângulo o verbo da oração). A resposta à pergunta é o sujeito da oração. Em nosso exemplo: Quem é que invadiu? Milhares de abelhas → sujeito Características do sujeito • O verbo e o sujeito estão sempre em concordância: Os gatos vadios dominavam os becos. • Em grande número de orações, o sujeito pode ser tro- cado por um dos seguintes pronomes: ele, ela, eles, elas. Milhares de abelhas invadiram a cidade sujeito Elas invadiram a cidade. CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO Tradicionalmente, o sujeito é classificado em: ▪ Sujeito simples É aquele constituído por apenas um núcleo, isto é, uma única palavra importante: Os primeiros dias de paz começaram cedo. ▪ Sujeito composto É aquele que apresenta dois ou mais núcleos: O velho e o garoto voltaram à igreja. ▪ Sujeito oculto É aquele que só se pode conhecer examinando a desinên- cia (terminação) do verbo da oração: Chegaremos à cidade de manhã. (Chegaremos → sujeito oculto: nós) Voltarás à casa de teus pais. (voltarás → sujeito oculto: tu) ▪ Sujeito indeterminado Ocorre quando não queremos ou não podemos indicar o sujeito da oração. Existem duas maneiras de se indeterminar o sujeito. São elas: • Usando o verbo na 3ª pessoa do singular acompanha- do pelo pronome SE : Come-se bem naquele restaurante. Acreditava-se em assombrações? OBSERVAÇÃO Nesses casos, o pronome SE é chamado de índice de indeterminação do sujeito. • Usando o verbo na 3º pessoa do plural: Atropelaram um cão na rua. 3ª. plural Atualmente falam muito mal de você. 3ª. plural OBSERVAÇÃO Eles falam mal de você. Em frases como essa, embora a forma verbal esteja na 3ª pessoa do plural (falam), o sujeito não é indeterminado, pois sabemos quem fala, isto é, podemos determinar o sujeito: eles. ▪ Oração sem sujeito (sujeito inexistente) Ocorre, principalmente, com os seguintes verbos: Haver (no sentido de: existir, acontecer, tempo passado) Houve muita confusão. (haver = acontecer) Não havia guardas lá. (haver = existir) Há dois anos, chegamos aqui. (haver = tempo passado) ATENÇÃO Quando o verbo haver tem sentido de existir, o sujeito classifica-se como inexistente, mas quando se usa o pró- prio verbo existir, a oração tem sujeito normalmente. Não havia pessoas na rua. (sujeito inexistente) não é o sujeito Não existiam pessoas na rua. (sujeito simples) É o sujeito Observe como o verbo haver fica no singular, não concor- dando com pessoas, enquanto que o verbo existir vai para o plural, concordando com o sujeito pessoas. Fazer e ser (com relação a tempo) Faz seis anos / que ele sumiu. Já são duas horas da manhã. Verbos indicativos de fenômenos da natureza Depois do almoço, 'choveu muito. No inverno amanhece mais tarde. OBSERVAÇÃO Os verbos formadores de orações sem sujeito são chamados verbos impessoais e, excluindo o verbo ser, ficam sempre na 3ª pessoa do singular. COMPLEMENTOS VERBAIS Complemento verbal diz respeito ao termo que completa o sentido do verbo transitivo, e pode ser: objeto direto e objeto indireto. Objeto direto O objeto direto completa o sentido do verbo sem o uso de preposição, ou seja, se liga diretamente ao verbo transiti- vo sem o uso de preposição. Este tipo de complemento verbal pode ter como núcleoNesse sentido, é equivalente ao verbo fazer: ⎯ Tudo aconteceu faz dez anos. Na indicação de fato futuro, emprega-se a preposição a, que, nesse caso, não pode ser substituída por "faz": ⎯ O lançamento do satélite ocorrerá daqui a duas se- manas. Partiriam dali a duas horas. Acerca de / Há cerca de Acerca de significa “sobre”, “a respeito de”: ⎯ Haverá uma palestra acerca das consequências das queimadas sobre a temperatura ambiente. Há cerca de indica um período aproximado de tempo já transcorrido: ⎯ Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de qui- nhentos anos. Afim / A fim Afim é um adjetivo que significa "igual", "semelhante". Relaciona-se com a ideia de afinidade: Tiveram compor- tamentos afins durante os trabalhos de discussão. ⎯ São espíritos afins. A fim surge na locução a fim de, que significa "para" e indi- ca ideia de finalidade: ⎯ Tentou mostrar-se capaz de inúmeras tarefas a fim de nos enganar. Senão / se não Senão equivale a "caso contrário" ou "a não ser": ⎯ É bom que ele chegue a tempo, senão não haverá co- mo ajudá-lo. ⎯ Não fazia coisa alguma senão criticar. Se não surge em orações condicionais. Equivale a "caso não": ⎯ Se não houver seriedade, o país não sairá da situação melancólica em que se encontra. Ao encontro de / de encontro a Ao encontro de indica "ser favorável a", "aproximar-se de". Observe os exemplos: ⎯ Ainda bem que sua opinião veio ao encontro da mi- nha. Pudemos, assim, unir nossas reivindicações. ⎯ Quando a viu, foi rapidamente ao seu encontro e a abraçou afetuosamente. De encontro a indica oposição, choque, colisão. Veja: ⎯ Como você queria que eu o ajudasse se suas opiniões sempre vieram de encontro às minhas? Nós perten- cemos a mundos diferentes. ⎯ O caminhão foi de encontro ao muro. Ninguém se machucou, mas os prejuízos foram grandes. USO DO HÍFEN Uso do hífen com compostos Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresen- tam elementos de ligação. Exemplos: Guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa- redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta- bandeira, pão-duro, bate-boca etc. * Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, ma- dressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedis- ta, paraquedismo. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: Reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri- cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, escon- de-esconde, pega-pega, corre-corre etc. Não se usa o hífen em compostos que apresentam ele- mentos de ligação. Exemplos: Pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: Maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta * Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima- roupa. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: Gota-d’água, pé-d’água Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de to- pônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem ele- mentos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte — belo-horizontino Porto Alegre — porto-alegrense Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte África do Sul — sul-africano Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: Bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão- dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva- doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do- campo, cravo-da-índia. Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que de- signam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de senti- do entre os pares: a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras). b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal). Uso do hífen com prefixos As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.). Casos gerais Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico anti-histórico macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: micro-ondas anti-inflacionário sub-bibliotecário inter-regional Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferen- te daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola antiaéreo intermunicipal supersônico superinteressante agroindustrial aeroespacial semicírculo * Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra come- çar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos: minissaia antirracismo ultrassom semirreta Casos particulares Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-região sub-reitor sub-regional sob-roda Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos: circum-murado circum-navegação pan-americano Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra vice-rei O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta- se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram- se essas letras. Exemplos: coobrigação coedição coeducar cofundador coabitação coerdeiro corréu corresponsável cosseno Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo dian- te de palavras começadas por e. Exemplos: preexistente preelaborar reescrever reedição Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos: ad-digital ad-renal ob-rogar ab-rogar Outros casos do uso do hífen Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos: (acordo de) não agressão (isto é um) quase delito Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte co- meçar por vogal, h ou l. Exemplos: mal-entendido mal-estar mal-humorado mal-limpo * Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não hou- ver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos: capim-açu amoré-guaçu anajá-mirim Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que oca- sionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói eixo Rio-São Paulo Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta- -se que ele foi viajar. O diretor foi receber os ex- -alunos. REGRA GERAL Se a segunda palavra começar com H,substantivos, palavras com função de substantivo e pro- nomes pessoais do caso oblíquo. Vejamos alguns exemplos: O termo “o discurso” complementa o verbo amenizar sem auxílio da preposição. Objeto indireto O objeto indireto completa o sentido do verbo transitivo com o uso de preposição, ou seja, a junção entre o verbo e seu complemento é feita através de uma preposição. A necessidade da preposição é exigida pelo próprio verbo. Os pronomes pessoais oblíquos “lhe” e “lhes” são essen- cialmente objetos indiretos quando ligados ao verbo. Vejamos alguns exemplos: Lobo mau complementa o verbo esquecer com auxílio da preposição de. Temos por definição de objeto o termo da oração que sofre a ação do sujeito expressa pelo verbo e complemen- ta o sentido deste verbo transitivo. ADJUNTO ADVERBIAL É a função sintática da palavra ou da expressão que ser- vem para modificar ou intensificar o sentido do verbo, do predicativo ou de outro adjunto adverbial, atribuindo-lhes uma circunstância. Não se deve confundir adjunto adverbial com advérbio: advérbio é a classe gramatical; adjunto adverbial é a fun- ção sintática. Em outras palavras: advérbio é o nome da palavra; adjunto adverbial é a função que a palavra exerce na oração. Classificação dos Adjuntos Adverbiais Adjunto Adverbial de Tempo O ônibus chegará a qualquer momento. De vez em quando, vou à praia do Pirambu. Ninguém confia nos políticos, hoje em dia, no Ceará. Observe que, quando o adjunto adverbial estiver no final da oração, não será separado por vírgula, a não ser que haja dois ou mais adjuntos adverbiais coordenados. Se o adjunto adverbial estiver no início da oração ou entre os elementos formadores da oração, deverá estar separado por vírgula. Adjunto Adverbial de Lugar O policial observava o bandido a distância. O documento está em cima da escrivaninha. De vez em quando, vou ao cinema. A locução adverbial a distância só receberá o acento gra- ve indicativo de crase, se possuir a preposição de, for- mando a locução prepositiva à distância de. Por exemplo: O policial observava o bandido à distância de cem me- tros. Adjunto Adverbial de Modo Os namorados caminhavam lado a lado. Caminhei à toa pelo Pirambu. O acontecimento espalhou-se boca a boca. À toa, adjunto adverbial, não tem hífen. Quando for locu- ção adjetiva, ou seja, quando estiver qualificando um substantivo, terá hífen. Por exemplo, Aquele homem à-toa só anda à toa. Adjunto Adverbial de Negação Não o procurarei mais. De modo algum, você usará esse objeto. Observe que o adjunto adverbial não, apesar de estar no início da oração, não está separado por vírgula. Isso por- que é representado por apenas uma palavra. Portanto só será separado por vírgula o adjunto adverbial que for re- presentado por mais de uma palavra. Adjunto Adverbial de Afirmação Decididamente, estou disposto a ajudá-lo. Sem dúvida alguma, iremos até aí amanhã. Adjunto Adverbial de Dúvida Quem sabe, conseguiremos a vaga. Talvez encontremos a solução. Adjunto Adverbial de Intensidade Ele bebeu em excesso. Adjunto Adverbial de Meio Gosto de viajar de avião. Atacou os desordeiros a pedras. Nas expressões adverbiais femininas, muitas vezes ocor- re o acento grave sem que haja a crase, isto é, a fusão de dois aa. Verifique: Comprei o carro à vista. Se trocarmos por um masculino correspondente, teremos: Comprei o carro a prazo. Evidência clara de que na expressão à vista não houve a fusão de dois aa. Nesses casos, o uso do acento grave é justificado por alguns gramáticos por uma questão de tradição da língua, ou para tornar o contexto mais claro, evitando-se ambi- guidades. Não confunda adjunto adverbial de meio com adjunto adverbial de modo. Este indica a maneira como a ação é praticada; aquele, o instrumento usado para a ação ser praticada. Por exemplo: Andei de bicicleta, vagarosamen- te. de bicicleta é o meio; vagarosamente, o modo. Adjunto Adverbial de Causa Frank Zappa morreu devido a um câncer na próstata. O poço secou com o calor. Adjunto Adverbial de Companhia Passeei a tarde toda com Edvaldo. Andarei junto dele. Adjunto Adverbial de Finalidade Eles vieram aqui para um estudo aprofundado de Portu- guês. Convidei meus amigos para um passeio. Adjunto Adverbial de Oposição O Ferroviário jogará com o Fortaleza. Ela agiu contra a família. Adjunto Adverbial de Argumento Ocorrerá o adjunto adverbial de argumento com as ex- pressões chegar de e bastar de, no Imperativo. Chega de brigas. Basta de incompetência. Adjunto Adverbial de Assunto Ocorrerá o adjunto adverbial de assunto, quando houver verbo, indicando comunicação entre as pessoas (falar, conversar, discutir...) com as preposições de, sobre, a locução prepositiva acerca de, a respeito de... Conversamos sobre Edvaldo ontem. Discutiremos acerca de seu problema. Edvaldo falará a respeito dos problemas educacionais brasileiros. Adjunto Adverbial de Preço Essa camisa custa muito caro. Paguei R$ 100,00 a Edvaldo. As palavras caro e barato só serão adjunto adverbial de preço, junto do verbo custar. Caso surjam com verbo de ligação, funcionarão como predicativo do sujeito, concor- dando com este elemento. Por exemplo As calças custaram caro. Mas As calças estão caras. Adjunto Adverbial de Matéria Fiz de ouro o meu relógio. Adjunto Adverbial de Acréscimo Além da tristeza, sentia um profundo mal-estar. Adjunto Adverbial de Concessão Ocorrerá adjunto adverbial de concessão na indicação de fatores contrários iniciados por apesar de, embora, inobs- tante... Apesar de você, sou feliz. Inobstante sua má vontade, consegui meu intento. Adjunto Adverbial de Condição Sem disciplina, não há educação. Adjunto Adverbial de Conformidade Faça tudo conforme os regulamentos da empresa. Adjunto Adverbial de Substituição Abandonou suas convicções por privilégios. APOSTO E VOCATIVO Aposto Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a charge a seguir: Veja que o termo “atlas” se refere ao termo anterior, expli- cando-o. Esse termo é o aposto da frase. Observe a frase: Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem. Temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos. Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expres- são que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo. Há alguns tipos de apostos: • Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é consi- derado o primeiro poeta brasileiro. • Especificador: individualiza, coloca à parte um substan- tivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais. • Enumerador: sequência de termos usados para desen- volver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material esco- lar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e ré- gua. • Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião. Vocativo Observe a charge: O termo “papai” no segundo balão é vocativo, usado para se dirigir a quem escuta. Podemos concluir que: Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2017) Acerca dos verbos sublinhados, analise as afirmativas sobre os seus sujeitos. I. “Não podemos pensar que eram frouxos e inconse- quentes, tocando alira enquanto a cidade ardia em chamas;...” (O sujeito do verbo “podemos” está oculto.) II. “... essas versões, escritas pelos vencedores que pretendiam se desfazer da Roma Antiga, são hoje superadas, proporcionalmente ao enfraquecimento da ‘Index’.” (O sujeito do verbo “são” é “vencedo- res”.) III. “O muro que separa o iniciante de quem já chegou é intransponível no Brasil.” (O sujeito do verbo “é” é “iniciante”.) Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) A) I, II e III. C) III, apenas. B) I, apenas. D) I e II, apenas. 02.(Idecan 2017) Quanto à classificação do sujeito em “Neste mês (02/2015), comemoram-se 70 anos do fim do Holocausto,...” assinale a alternativa correta. A) Sujeito simples. C) Sujeito desinencial. B) Sujeito composto. D) Sujeito indeterminado. 03.(Idecan 2017) No trecho “No caso do aprendizado de uma segunda língua, avalia Catherine Snow, espera-se que os estudantes aprendam uma média de 200 pala- vras por semana.”, o sujeito sintático do verbo desta- cado é A) simples. C) indeterminado. B) composto. D) oculto ou desinencial. 04.(Idecan 2016) Em “Pesquisadores da USP elaboraram lista de gestos, posturas e outras pistas...” é possível identificar o mesmo tipo de sujeito presente em, EX- CETO: A) “[...] o estado de saúde mental em que uma pessoa se encontra.” B) “O estudo foi realizado no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário [...]” C) “Elaboramos uma lista de comportamentos corpo- rais favoráveis ou não ao contato social [...]” D) “No consultório psiquiátrico, apenas uma parte das informações é verbalizada pelos pacientes.” 05.(Idecan 2016) “Fala-se muito, grita-se muito, escreve- se, haja teorias e reclamações.” Em relação ao sujeito dos verbos sublinhados no trecho em destaque, é cor- reto afirmar que trata-se de: A) Oração sem sujeito. B) Sujeito indeterminado. C) Sujeito composto: teorias e reclamações. D) Sujeito simples, por isso os verbos estão na terceira pessoa do singular. 06.(Idecan 2016) O vocábulo “que” pode apresentar clas- sificações e funções diversas na construção de frases. Dentre as ocorrências do “que”, assinale aquela cuja função sintática pode ser identificada como sujeito da oração. A) “[...] a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa [...]” B) “Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype [...]” C) “[...] aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.” D) “Durante os anos que passei fora do Brasil, comuni- cava-me por cartas.” “A dez metros da janela, instalada logo acima do passeio, ouve-se a discussão habitual.” 07.(Idecan 2016) Quanto ao sujeito do verbo ouvir, é cor- reto afirmar que A) apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. B) apresenta mais de um núcleo ligado diretamente ao verbo. C) não pode ser determinado pelo contexto e nem pela terminação do verbo. D) não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado. 08.(Idecan 2016) Em “Pesquisadores da USP elaboraram lista de gestos, posturas e outras pistas...” é possível identificar o mesmo tipo de sujeito presente em, EX- CETO: A) “[...] o estado de saúde mental em que uma pessoa se encontra.” B) “O estudo foi realizado no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário [...]” C) “Elaboramos uma lista de comportamentos corpo- rais favoráveis ou não ao contato social [...]” D) “No consultório psiquiátrico, apenas uma parte das informações é verbalizada pelos pacientes.” 09.(Idecan 2016) Assinale a alternativa em que o trecho sublinhado apresenta função sintática DIFERENTE dos demais. A) “No entanto, como os casos surgem de forma espo- rádica...” B) “A pandemia explosiva do vírus zika que ocorre nas Américas do Sul,...” C) “A adaptação ao convívio doméstico possibilitou a transmissão para o homem...” D) “Há anos pesquisadores africanos notaram que o padrão de disseminação do zika em macacos sel- vagens acompanhava o do chikungunya,...” 10.(Idecan 2016) Assinale a alternativa cujo termo subli- nhado apresenta função sintática DIFERENTE dos de- mais. A) “Perderam a vida que levavam.” B) “A lama que saiu da barragem da Samarco,...” C) “As casas que não foram levadas viraram escom- bros.” D) “Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hos- pedadas em hotéis de Mariana.” 11.(Idecan 2021) Durante esse tempo, os pesquisadores testaram a preferência dos peixes por água limpa ou contendo metanfetamina e compararam com as res- postas de peixes que nunca haviam sido expostos à droga. Os termos sublinhados no período acima exercem a função sintática, respectivamente, de A) complemento nominal, complemento nominal e complemento nominal. B) adjunto adnominal, adjunto adnominal e comple- mento nominal. C) complemento nominal, complemento nominal e ad- junto adnominal. D) adjunto adnominal, complemento nominal e adjunto adnominal. E) adjunto adnominal, adjunto adnominal e adjunto adnominal. 12.(Idecan 2021) Uma grande quantidade de esgoto tam- bém chega aos rios e águas costeiras sem tratamento. O termo sublinhado no período acima classifica-se sin- taticamente como A) adjunto adnominal. B) adjunto adverbial. C) predicativo do sujeito. D) predicativo do objeto. E) complemento nominal. FILOSOFIA DOS EPITÁFIOS 13. (Idecan 2019) Sobre a locução “DOS EPITÁFIOS” po- de-se afirmar que, sintaticamente, funciona como A) adjunto adnominal restritivo de “FILOSOFIA”. B) aposto especificativo de “FILOSOFIA”. C) complemento nominal de “FILOSOFIA”. D) adjunto adnominal explicativo de “FILOSOFIA”. E) aposto explicativo de “FILOSOFIA”. CERCA DE / MAIS DE / MENOS DE / etc. VERBO NA TERCEIRA PESSOA. PRON. INTERROG. DEMONST. INDEFINIDO PLURAL. DE (ENTRE) NÓS, VÓS. 14. (Idecan 2017) “Altruístas têm uma região do cérebro, a amígdala do lado direito, maior que o normal.” O trecho sublinhado trata-se de um aposto A) explicativo. C) enumerativo. B) resumitivo. D) especificativo. 15.(Idecan 2014) Observe as palavras destacadas nos enunciados, marque ADN para adjunto adnominal e CN para complemento nominal. ( ) Este aparelho novo traz inúmeras vantagens para o paciente. ( ) O computador de Mariana não consegue registrar as consultas. ( ) Quando viajo para outro país, tenho medo de do- ença contagiosa. ( ) O documento de liberação daquele remédio é passível de revisão. A sequência está correta em A) ADN, ADN, CN e CN. B) CN, ADN, CN e ADN. C) CN, CN, ADN e ADN. D) ADN, CN, ADN e CN. E) CN, ADN, ADN e CN. 16.(Idecan 2010) Relacione adequadamente as classes gramaticais às respectivas classificações das palavras destacadas. 1. Vocativo. 2. Aposto. 3. Adjetivo. 4. Adjunto adverbial. ( ) “Na próxima vez que você, leitor do sexo masculi- no, disputar espaço com uma mulher no trânsito, pense duas vezes antes de soltar aquela frase machista:...” ( ) “Incluem-se aqui aquelas práticas execráveis co- mo dirigir embriagado, abusar da velocidade e an- dar colado ao veículo da frente.” ( ) “Vai pra casa, dona Maria!” ( ) “Muitos dos acidentes envolvendo mulheres acontecem porque as motoristas tentam virar à direita ou à esquerda repentinamente,...” A sequência está correta em A) 1, 2, 3, 4. B) 2, 1, 4, 3. C) 2, 3, 1, 4. D) 3, 2, 1, 4. E) 3, 4, 1, 2. CONCORDÂNCIA VERBAL COM UM SUJEITO: 1. O verbo concorda, e m número e pessoa, com o seu sujeito, claro ou subentendido. Edvaldo ficou lindo. Tinha adquirido uma alma. E uma nova poesia desceu do céu. Subiu o mar, cantou na estrada... 2. Quando o sujeito é constituído por uma expressão partitiva (PARTE DE / UMA PORÇÃO DE / O RESTO DE / METADE DE / etc.) e um substantivo ou pronome plu- rais, o verbo fica no singular ou no plural. Parte dos alunos passou ou passaram. 3. SUJEITO= NÚMERO PLURAL: VERBO NO PLURAL Restavam cerca de cem alunos ... Mais de um professor falou na sala... 4. SUJEITO = PRONOME QUE = VERBO CONCORDA COM O ANTECEDENTE DO PRONOME: Fui eu que lhe pedi que não viesse. 5. SUJEITO= PRONOME QUEM: Sou eu quem paga. 6. SUJEITO= VERBO NO SINGULAR SE NÃO HOUVER ARTIGO VERBO PLURAL OU CONCORDA COM O PRONOME PESSOAL Quantos, dentre nós, ainda estão vivos? Quantos, dentre vós, não tereis ouvido o lindo Edvaldo? 7. Sujeito = Plural aparente. Mas Campinas é que não o esquecerá. Os Estados Unidos perderam. COM MAIS DE UM SUJEITO: 1. O verbo que tem mais de um sujeito vai para o plural e, quanto à pessoa, irá: a) Para a 1ª pessoa do plural (nós), se entre os sujeitos figurar um da 1ª pessoa; b) Para a 2ª pessoa do plural (vós), se, não existindo su- jeito da 1ª pessoa, houver um da 2ª; c) Para a 3ª pessoa do plural, se os sujeitos forem da 3ª pessoa. Só eu e Edvaldo ficamos calados. Tu ou os teus filhos vereis a beleza de Edvaldo. Edvaldo e a vizinha chegaram às pressas. VERBO + SUJEITO COMPOSTO: Habita-me o espaço e a desolação SUJEITO SUJEITO SINÔNIMOS: A conciliação e a harmonia entre uns e outros é possí- vel. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provo- cava ora risadas, ora castigos. 2. SUJEITO = INFINITIVOS → VERBO SINGULAR Olhar e ver era para mim um recurso de defesa. 3. SUJEITOS RESUMIDOS POR PRONOME INDEFINIDO → VERBO SINGULAR Letras, ciências, costumes, instituições, nada disso é racional. 4. SUJEITOS LIGADOS POR OU E POR NEM: a) VERBO NO PLURAL, se o fato expresso pode ser atribu- ído a todos os sujeitos; b) VERBO NO SINGULAR, se o fato só pode ser atribuído a um dos sujeitos O mal ou o bem dali teriam de vir Fui devagar, mas o pé ou o espelho traiu-me. 5. SUJEITOS LIGADOS POR “COM” : a) VERBO NO PLURAL, englobando os sujeitos com um todo; b) VERBO NO SINGULAR, reduzindo o 2º sujeito a um adjunto adverbial. Edvaldo com Edvalda representam a beleza. A viúva, com resto da família, mudara-se para casa de Edvaldo. O verbo Ser: Quando o verbo ser e o predicativo do sujeito forem nu- mericamente diferentes (um no singular, outro no plural), o verbo deverá ficar no plural. Ex. O ENEM são as esperanças dos estudantes. Tudo são flores, quando se é criança. Se o sujeito representar uma pessoa ou se for pronome pessoal, o verbo concordará com ele. Ex. Edvaldo é as alegrias da esposa dele. A eterna Presidente é as esperanças do povo brasilei- ro. Se o sujeito for uma quantidade no plural, e o predicativo do sujeito, palavra ou expressão como muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria, o verbo ficará no singular. PODE HAVER CONCORDÂNCIA COM O MAIS PRÓXIMO PODE CONCORDAR COM O MAIS PRÓXIMO Ex. Cem reais é muito, por essa camisa. Duzentos gramas de carne é pouco. Na indicação de horas ou distâncias, o verbo concordará com o numeral. Ex. Era meio-dia, quando ele chegou. São dez horas. É 1h37min. Na indicação de datas, o verbo poderá ficar no singular, concordando com a palavra dia, ou no plural, concordan- do com a palavra dias. Ex. É 1º de outubro. = É dia 1º de outubro ou É o primeiro dia de outubro. É 29 de dezembro = É dia 29 de dezembro. São 29 de dezembro = São vinte e nove dias de de- zembro. CONCORDÂNCIA NOMINAL Eis os principais casos de concordância nominal: MEIO → como advérbio (significando “um pouco”.) é inva- riável. 01. Edvaldo foi MEI________apressado 02. Edvalda foi MEI__________apressada. 03. Os portões estavam MEI_______pintados. 04. As portas estavam MEI_______pintadas. Obs: Nas frases de 01 a 04, MEIO é ________. 05. Os fins não justificam os MEI_______. 06. São muitos os MEI_______de comunicação. Obs: Nas frases 05 e 06, MEIO é _____________. 07. Era meio-dia e MEI________. 08. Comprou MEI_______melancia. Obs: Nas frases 07 e 08, MEIO é _____________. 09. Esboçou um MEI_________sorriso. 10. Não suporto MEI________palavras. Obs: Nas frases 09 e 10, MEIO é _____________. Muito” Advérbio. BASTANTE Muito(as)Valor adjetivo. 11. Estamos BASTANT_______alegres. 12. Ela comprou BASTANT_____camisas pretas. ANEXO E INCLUSO → concordam como substantivo a que se referem. EM ANEXO é invariável. 13. Remeto-lhes INCLUS______o recibo. 14. Remeto-lhes INCLUS______a nota fiscal. 15. Remeto-lhes INCLUS______os recibos. 16. Remeto-lhes INCLUS______ as notas fiscais. 17. Vai ANEX_____o recibo. 18. Vai ANEX_____a carta. 19. Vão ANEX_____os recibos. 20. Vão ANEX________as cartas. 21. Em ANEX________envio todos os recibos, as cartas, as notas fiscais e os selos. MESMO E PRÓPRIO - Concordam com o substantivo ou pronome a que se referem. 22. EU MESM___________Sou professor. 23. ELA MESM___________é Orientadora. 24. EU PRÓPRI____________Sou professor. 25. ELA PRÓPRI__________é a professora. 26. A vizinha e sua amiga esquecidas de si MESM_____ Caminhavam sem direção. 27. Marilete e a vizinha disseram “Nós PRÓPRI______ Cantaremos agora’’ SÓ = “Sozinho’’: Variável = “Somente’’, “apenas’’: Invariável. A SÓS é invariável. 28. Eu não vivo S_______. 29. Elas viveram S___e morreram imaculadas. 30. Elas estão S______olhando. 31. Gostaria de ficar A S_________. QUITE: É VARIÁVEL 32. Estou QUIT_______com você. 33. Estamos QUIT______com você LESO - Concorda com a palavra à qual vem ligada. 34. Foi um crime de LES_________Patriotismo. 35. Foi um Crime de LES__________Pátria. 36. Foram crimes de LES_________Pátrias. OBRIGADO → depende de quem agradece. É variável. 37. Muito OBRIGAD_______disse Edvaldo. 38. Muito OBRIGAD_______disse Edvalda. 39. Muito OBRIGAD_____ pareciam murmurar à chuva as folhas das árvores. TAL - concorda como sujeito. QUAL - com a palavra seguinte. 40. O filho é TA___QUA____a mãe. 41. Os filhos são TA____QUA____o pai. 42. Os filhos são TA____QUA____os pais 43. O filho é TA___QUA____os pais. MENOS – é (sempre) invariável. 44. Todos saíram, MEN______a professora. 45. Esqueço tudo MEN_______as calúnias. 46. Mais amor e MEN_______guerras. SALVO E EXCETO= ’’menos’’ - são invariáveis 47. Todos foram aprovados, SALV____ aqueles dois alu- nos. 48. Tudo estava destituído, EXCET______ as duas casas de praia que Edvaldo ganhou. ALERTA - é invariável. 49. Os vestibulandos estavam em ALERT____. 50. Sempre ALERT_________gritavam os escoteiros. PSEUDO - é invariável. 51. Os PSEUD_____ intelectuais dominam a literatura 52. As PSEUD______beatas iam á capela CARO E BARATO como adjetivo : variável CARO E BARATO como advérbio: invariável 53. Comprou um lenço CAR____ 54. Comprou uma camisa CAR_____ 55. Os lenços eram CAR______ 56. As camisas eram CAR_______ 57. Comprou um carro BARAT______ 58. Comprou uma joia BARAT_______ 59. Os livros custam CAR______ 60. Comprei muito BARAT____ esses lotes. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2022) Falta incentivo para a prevenção. Infe- lizmente, não tem em grande escala. Ainda existe um preconceito muito grande em relação à saúde mental e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras... Assinale a alternativa em que a passagem para o plu- ral e alterações estruturais no segmento acima te- nham sido feitas segundo a norma culta. A) Falta incentivos para a prevenção. Infelizmente, não haviam em grande escala. Ainda existe preconcei- tos muito grandes em relação à saúde mental e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras. B) Faltamincentivos para a prevenção. Infelizmente, não haviam em grande escala. Ainda existe precon- ceitos muito grandes em relação à saúde mental e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras. C) Falta incentivos para a prevenção. Infelizmente, não havia em grande escala. Ainda existem preconcei- tos muito grandes em relação à saúde mental e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras. D) Faltam incentivos para a prevenção. Infelizmente, não havia em grande escala. Ainda existem precon- ceitos muito grandes em relação à saúde mental e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras. 02.(Idecan 2021) Diga-se o que se quiser do presidente francês, ele tem um plano e uma visão clara sobre o papel da França. Assinale a alternativa em que, alterando-se a redação do período acima, tenha-se produzido um novo período com correção gramatical, independentemente das al- terações de sentido. A) Digam o que quiserem do presidente francês, ele tem planos e visões claros sobre o papel da França. B) Digam-se o que quiserem do presidente francês, ele tem planos e visão claros sobre o papel da França. C) Digam o que se quiserem do presidente francês, ele tem um plano e uma visão claros sobre o papel da França. D) Digam-se o que se quiser do presidente francês, ele tem planos e visão clara sobre o papel da França. 03.(Idecan 2021) Assinale a alternativa em que se tenha feito corretamente a passagem para o plural do seg- mento "um estimulante... pode estar afetando a truta- marrom selvagem. A) uns estimulantes... podem estarem afetando as tru- tas-marrom selvagens B) uns estimulantes... pode estarem afetando as truta- marrom selvagens C) uns estimulantes... podem estar afetando as truta- marrons selvagens D) estimulantes... pode estarem afetando as trutas- marrom selvagem E) estimulantes... podem estar afetando as trutas- marrons selvagens. 04.(Idecan 2021) ...admite que havia uma divisão étnica antes da chegada dos brancos à região no fim do sé- culo XIX, mas reconhece que não existia uma compre- ensão comum sobre o significado dela. No trecho aci- ma, há ocorrência dos verbos “haver” e “existir”. Assinale a alternativa em que, alterando-se a composi- ção dessas formas verbais, tenha havido adequação à norma culta. Não leve em conta alterações de sentido. A) admite que podiam haver divisões étnicas antes da chegada dos brancos à região no fim do século XIX, mas reconhece que não podia existir compreensões comuns sobre o significado dela. B) admite que haviam de haver divisões étnicas antes da chegada dos brancos à região no fim do século XIX, mas reconhece que não haviam de existir com- preensões comuns sobre o significado dela. C) admite que deviam existir divisões étnicas antes da chegada dos brancos à região no fim do século XIX, mas reconhece que não haviam compreensões co- muns sobre o significado dela. D) admite que haviam divisões étnicas antes da che- gada dos brancos à região no fim do século XIX, mas reconhece que não existiam compreensões comum sobre o significado dela. E) admite que haviam de existir divisões étnicas antes da chegada dos brancos à região no fim do século XIX, mas reconhece que não havia de haver com- preensões comuns sobre o significado dela. 05.(Idecan 2021) Ela explodiu no genocídio de 1994, no qual centenas de milhares de ruandeses foram assas- sinados. Assinale a alternativa em que a alteração do segmento sublinhado no período acima NÃO esteja gramaticalmente de acordo com a norma culta. Não leve em conta alterações de sentido. A) no qual uma dúzia de ruandeses foi assassinada B) no qual cinco mil ruandeses foram assassinados C) no qual 1,9 milhões de ruandeses foram assassina- dos D) no qual um quinto dos ruandeses foi assassinado E) no qual um grupo de ruandeses foi assassinado A estilista Jenna Miller, uma loira de 1,70 metro, desem- barcou da linha F do metrô nova-iorquino faltando poucos minutos para as seis da tarde. Levava um tapetinho enro- lado debaixo do braço e o celular na outra mão. “Tô atra- sada para a terapia, depois te ligo”, disse para sua mãe, que tentava falar com ela pela quinta vez. Miller entrou às pressas no edifício Cable, na avenida Broadway, espre- meu-se no elevador quase lotado e expirou fundo: “Ufa, acho que vai dar tempo.” 06.(Idecan 2019) Analisando-se o trecho acima, julgue as afirmativas a seguir: I. Ocorre erro de concordância nominal em “1,70 me- tro”, que deveria ser “1,70 metros”. II. Há falta do acento indicativo de crase em “para as seis da tarde”, que deveria ser “para às seis da tar- de”, por se tratar de hora certa. III. O segmento “na avenida Broadway” deve vir obriga- toriamente entre vírgulas pois não pode dispensar a vírgula que o antecede nem a que o sucede. Assinale A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se nenhuma afirmativa estiver correta. E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 07.(Idecan 2019) No ano passado, 194 policiais foram assassinados no país, e 63% deles eram negros. Assinale a alternativa em que, alterando-se o segmen- to sublinhado no período acima, NÃO se tenha mantido correção gramatical. Não leve em conta as alterações de sentido. A) e 0,98% deles se dizia negro B) e 1,89% da população se diziam negros C) e um quinto se dizia negro D) e 42% da população se dizia negra E) e dois sétimos deles se diziam negros 08.(Idecan 2016) Em “Em muitas famílias não há o espa- ço para o idoso.” ocorre o emprego do verbo “haver”, verbo impessoal e que se apresenta na terceira pessoa do singular por este motivo. Dentre as concordâncias a seguir, apenas uma está correta por se tratar também de um verbo impessoal; assinale-a. A) Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. B) Choveu asneiras nas provas de redação. C) Soa quinze horas no relógio do Parque Central. D) Aqui não se comete equívocos nem se pratica tais coisas. 09.(Idecan 2016) “Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões mui- to importantes para o turismo, como o Norte e Nordes- te, atualmente são as que possuem os maiores desafi- os. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto.” Nesse segmento do texto, a forma verbal sublinhada que apresenta ERRO em relação à concor- dância é A) são. B) têm. C) foram. D) possuem. 10.(Idecan 2016) “Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000.” Em se tratando da concordância do verbo haver, a flexão que ocorre no trecho anterior en- contra-se correta. Assinale a alternativa em que a concordância do verbo haver está INCORRETA. A) Houveram muitas vítimas da radioatividade. B) Os americanos haviam lançado a bomba logo cedo. C) Eles haviam destruído as cidades de Hiroshima e Nagasaki. D) Há exatamente 70 anos, os Estados Unidos lançou a bomba atômica sobre Hiroshima. Para formar um período composto, podem ser utilizadas duas diferentes maneiras de reunião das orações que compõem o período composto: a coordenação e a subor- dinação. É por isso que existem dois tipos de período composto: • Período composto por coordenação • Período composto por subordinação PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO Formado por orações coordenadas (independentes). Uma oração coordenada fica justaposta à outra sem que exer- ça uma função sintática. Exemplo: e As coordenadas dividem-se em sindéticas (unidas por conjunções coordenativas) e assindéticas (unidas tão só pelo sentido). As sindéticas subdividem-se em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. São as seguintes as principais conjunções coordenativas: • Aditivas: e, nem, mas também.Exemplo: Não é ambição nem interesse próprio de Edvaldo. Compreendeu melhor a aula e agradeceu. • Adversativas: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, etc. Exemplo: Viveu para os amigos, mas acabou sozinho. • Alternativas: ou ... ou; ora ... ora; quer ... quer; seja ... seja; etc. Exemplo: Na sua obsessão, trabalhava ou morreria na pobreza. • Explicativas: pois, que, porque, porquanto. Exemplo: Estude, que não há alternativa. CoordenadaOração estudouAline Coor denadaOr ação examessesplêndidofez • Conclusivas: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, em vista disso, então, etc. Exemplo: Nada fizeste da vida, por conseguinte vegetaste. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO No período composto por subordinação sempre aparecem dois tipos de oração: oração principal e oração subordi- nada. O período: Todos esperam sua volta É um período simples, pois apresenta uma única oração. Nele podemos identificar: Todos esperam sua volta. suj. v.t.dir obj. dir Se transformarmos o período simples acima em um perí- odo composto, teremos: Todos esperam que você volte. 1ª oração 2ª oração Nesse período, a 1ª oração apresenta o sujeito todos e o verbo transitivo direto esperam, mas não apresenta o objeto direto de esperam. Por isso, a 2ª oração é que tem de funcionar como objeto direto do verbo da 1ª oração. Verificamos, então, que: • A 1ª oração não exerce, no período acima, nenhuma função sintática. Por esse motivo ela é chamada de oração principal. • A 2ª oração depende da 1ª, serve de termo (objeto direto) da 1ª e completa-lhe o sentido. Por esse moti- vo, a 2ª oração é chamada oração subordinada. Resumindo: Oração principal: é um tipo de oração que no período não exerce nenhuma função sintática e tem associada a si uma oração subordinada. Oração subordinada: é toda oração que se associa a uma oração principal e exerce uma função sintática (sujeito, objeto direto, adjunto adverbial etc.) em relação à oração principal. As orações subordinadas classificam-se, de acordo com seu valor ou função, em: • Orações subordinada substantivas • Orações subordinada adjetivas • Orações subordinada adverbiais. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Oração subordinada substantiva subjetiva Função: sujeito – isso significa que na oração principal não haverá sujeito, já que a oração subordinada inteira é que funcionará como sujeito da oração principal. 1º exemplo • Período simples: É necessário o seu voto. v. lig. predicat. suj. Estrutura: verbo de ligação + predicativo + sujeito • Período composto: É necessário que você vote. or. subord. subs. subj. Estrutura: Verbo de Ligação + Predicativo - O. S. Subjetiva Oração principal Observe como a estrutura dos dois períodos é semelhan- te. 2º exemplo • Período simples: Não convém a sua tristeza. v. unip. suj. Estrutura: verbo unipessoal + sujeito • Período composto: Não convém que você fique triste. Estrutura: Verbo Unipessoal - O. S. Subjetiva. Oração principal OBSERVAÇÃO: Dá-se o nome de verbo unipessoal a de- terminados verbos que: • Aparecem sempre na 3ª pessoa do singular; • Fazem parte de uma oração principal que tem como subordinada uma substantiva subjetiva. Os principais verbos unipessoais são os seguintes: convir, constar, parecer, importar, acontecer, suceder. Assim, toda vez que, na oração principal, aparecer um verbo unipessoal, a oração subordinada será substantiva subjetiva. Parece que o tempo melhorou. v. unipess. or. subord. subs. subj. or. princ. 3º exemplo • Período simples: Ficou combinado o meu regresso. Estrutura: verbo na voz passiva + sujeito • Período composto: Ficou combinado que eu regressaria. Estrutura: Verbo na Voz Passiva - O. S. Subjetiva. Oração principal É importante notar que o verbo da oração principal sem- pre fica na 3ª pessoa do singular. Além disso, dentro da oração principal não aparece sujeito, porque quem funci- ona como sujeito dela é exatamente a oração subordina- da substantiva subjetiva. Oração subordinada substantiva objetiva direta Função: objeto direto - isso significa que a oração vai funcionar como objeto direto de um verbo transitivo direto que estará na oração principal • Período simples: O rapaz conseguiu os aplausos. Estrutura: sujeito + v. t. direto + objeto direto • Período composto: O rapaz conseguiu que o aplaudis- sem. Estrutura: Suj. + Verbo T. Direto - O. S. Objetiva Direta. Oração principal Oração subordinada substantiva objetiva indireta Função: objeto indireto • Período simples: Nós precisamos de sua ajuda. Estrutura: sujeito + v. t. ind.+ obj. ind. • Período composto: Nós Precisamos de que você nos aju- de. Estrutura: Suj. + Verbo T. Indireto - O. S. Obj. Indireta. Oração principal Observe, pelo exemplo, que tanto o objeto indireto como a oração subordinada substantiva objetiva indireta iniciam- se por uma preposição e completam um verbo transitivo indireto da oração principal. Oração subordinada substantiva predicativa Função: predicativo – funciona como predicativo da ora- ção principal. • Período simples: O importante é sua vitória. suj. v. lig. predicativo Estrutura: sujeito + verbo de ligação + predicativo • Período composto: O importante é que você vença. Estrutura: Sujeito + Verbo de Ligação – O. S. Predicativa. Oração principal Oração subordinada substantiva completiva nominal Função: complemento nominal - isso quer dizer que a oração subordinada inteira funcionará como complemen- to nominal de um nome incompleto que estará presente na oração principal. • Período simples: Ela teve necessidade de ajuda. Estrutura: suj. + verbo+ nome incompl. + compl. nom. • Período composto: Ela teve necessidade de que a ajudas- sem. Estrutura: Nome Incompleto - O. S. Compl. Nominal Oração principal Observe que tanto o complemento nominal como a ora- ção subordinada substantiva nominal iniciam-se por uma preposição. Oração subordinada substantiva apositiva Função: aposto Período simples: Ele quer uma coisa: sua renúncia. Período composto: Ele quer uma coisa: que você renuncie. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Oração subordinada adjetiva é aquela que tem valor e função de adjetivo. Vamos comparar o período simples com o período com- posto abaixo: • Período simples: As árvores frutíferas são raras lá. Substantivo adjetivo Adjetivo (qualifica o substantivo) Frutíferas é: Adj. adnominal (detalhador do nome) • Período composto: As árvores que dão frutas são raras lá. É por esses dois motivos que a oração que dão frutas chama-se oração subordinada adjetiva. A oração adjetiva sempre se refere a um nome da oração principal e sempre começa por um pronome relativo. Conheço um jovem que estuda muito Quanto ao sentido, as orações subordinadas adjetivas classificam-se em: Orações adjetivas restritivas Têm por função restringir, limitar, tornar mais exata a significação do nome a que se referem. São, por esse motivo, indispensáveis ao sentido da frase. Na escrita, as subordinadas adjetivas restritivas não fi- cam isoladas por vírgulas. Para exemplificar, vamos retomar o período: As árvores que dão frutas são raras lá. Observe que a oração destacada restringe, limita as árvo- res que são raras lá. Não é toda e qualquer árvore que é rara lá, mas somente as que dão frutas. Considerando o conjunto de todas as árvores, as que dão frutas constitu- em um subconjunto, uma partedas árvores. Ou seja, a oração que dão frutas funciona como restritiva, como limitadora, e é por isso que ela se chama oração subordi- nada adjetiva restritiva. O soldado que vi na rua está naquele bar. Onde está o livro que comprei ontem? Orações adjetivas explicativas Acrescentam ao nome uma qualidade acessória, esclare- cem melhor sua significação, dão uma informação adici- onal de um ser que já se acha suficientemente definido. Na escrita, as adjetivas explicativas são isoladas por vír- gula. Deus, que é nosso pai, nos salvará. O homem, que é mortal, julga-se eterno. ATENÇÃO É importante observar que a presença ou au- sência das vírgulas nas orações adjetivas é fundamental para se definir o sentido que se quer dar ao texto. Observe os dois períodos abaixo, que são bastante semelhantes em sua estrutura, mas totalmente diferentes quanto ao sentido: Os alunos que foram aprovados serão recebidos com festa. Os alunos, que foram aprovados, serão recebidos com festa. Antes de continuar a leitura, tente explicar a diferença de sentido entre eles. Observe, agora, que o primeiro período indica que uma parte dos alunos foi aprovada e a outra parte não. O perí- odo indica também que somente os que foram aprovados é que serão recebidos com festa. A oração grifada é, por- tanto, subordinada adjetiva restritiva. O segundo período, por sua vez, indica que todos os alu- nos foram aprovados e que todos serão recebidos com festa. A oração grifada, então, não restringe determinado tipo de aluno, apenas explica que todos foram aprovados; A oração grifada é, portanto, subordinada adjetiva explica- tiva. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa: A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. → Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que. Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal. “Estou triste, porque não tenho Edvaldo perto de mim”. B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido → Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quan- to, como. Ex. Edvaldo era mais esforçado que o irmão(era). C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de con- cessão. → Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obs- tante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese. Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova de Edvaldo. Embora tenhamos pouco tempo, concluiremos o trabalho. D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de con- dição. → Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contan- to que. Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. Se a chuva parar, iremos ao colégio. E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. → Conjunções: como, conforme, segundo. Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura. Devemos proceder conforme estabelece o regulamento. F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de con- sequência. → Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone. Tem contado tantas mentiras, que ninguém acredita nele. G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. → Conjunções: quando, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal. Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Edvaldo. Quando voltares, visita-me. H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. → Conjunções: a fim de que, para que, porque. Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam. Estudarei esse assunto, a fim de que possa compreendê- lo. I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de pro- porção. → Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. À medida que o tempo passa, mais experientes fica- mos. À proporção que estudava, compreendia melhor o assun- to. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2020) Assinale a alternativa que exprima cor- retamente a função sintática do trecho grifado da ora- ção “Os alunos percebem rapidamente quando esta- mos desarticulados” A) oração subordinada substantiva objetiva direta B) oração subordinada adverbial de tempo C) oração subordinada apositiva D) oração coordenada assindética E) complemento direto do verbo “perceber” 02.(Idecan 2016) “No entanto, como os casos surgem de forma esporádica e imprevisível, vacinar populações inteiras pode ser proibitivo...” O termo sublinhado, de acordo com o contexto, pode ser substituído por: A) Portanto. B) Porquanto. C) Além disso. D) Não obstante. 03.(Idecan 2016) As palavras, de acordo com sua classi- ficação morfológica e funções comunicativas, podem apresentar diferentes efeitos discursivos. De acordo com o exposto, analise dois segmentos a seguir. I. “Mas ela vai esmigalhar a esperança!” II. “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vi- ve...” Sobre os dois segmentos destacados anteriormente, é correto afirmar que A) expressam uma relação de contraste entre dois fa- tos e/ou ideias. B) demonstram realce a todas as alternativas do enunciado expresso. C) demonstram a continuidade lógica do raciocínio ini- ciado anteriormente. D) expressam relações diferentes tendo em vista o pe- ríodo anterior a cada um. O respeito à diversidade e suas implicações nos direitos humanos A diversidade é um dos temas mais atuais da sociedade, e ao se pensar na escola, é um tema que ganha extrema relevância. Pois é na escola, onde a criança e o jovem desenvolve grande parte de suas relações sociais, que é necessário se desenvolver e ampliar a cultura do respeito ao que é diferente. Quando se trata de inclusão/exclusão, é oportuno com- preender mais amplamente esses processos abordando- os de forma dialética. Na abordagem da dialética inclusão/exclusão, realça-se o entendimento de que, para compreensão desses pro- cessos e o enfrentamento da exclusão, é necessário per- cebê-los de modo mais abrangente, em seu alcance e ocorrências, e não apenas com referência a um único grupo social. O princípio de que, para enfrentar a exclusão, é preciso compreendê-la como processo que ocorre em várias cir- cunstâncias, é também adotado neste texto, acrescen- tando-se que a percepção no contexto mais abrangente em que se situam: o da diversidade. O enfrentamento da exclusão necessita do empenho acadêmico, social e polí- tico em decisões e movimentos pela inclusão, justiça e autonomia dos sujeitos, respeitando-se suas diferenças socioculturais e identitárias. Contudo, ressalva-se que não se entende ou propõe o acolhimento à diversidade como subalternização do ou- tro, do diferente, como forma de colonização, mas sim garantindo-se seus direitos à vida cidadã e, nesse sentido, a sua efetiva participação nas decisões políticas e a sua afirmação como sujeitos sociais. É nesse sentido que se assume, como premissa e perspectiva deste estudo, a reivindicação do respeito à diversidade, em seus vários contornos. [...] A qualidade e a dignidade da vida humana são valores inestimáveis, devendo ser princípios e propostas de supe- ração de preconceitos e estigmas baseados em equívo- cos geradores de comportamentos que destoam de pa- râmetros essenciais à sociedade plural, em que se privile- giam e mantêm as garantias dos direitos humanos e o princípio constitucional da igualdade. (Mary Rangel. Língua Portuguesa, nº 57, ed. Escala. Fragmento.) 04.(Idecan 2016) O 4º§ é introduzido pelo termo “contu- do" que estabelece uma relação tal entre as informa- ções que o antecedem e que o sucedem que poderia ser substituído sem qualquer prejuízo semântico por: A) Todavia. B)Porquanto. C) Desde que. D) Consoante. 05.(Idecan 2015) Sobre os trechos “nada sois que eu me sinta” e “Não tardo, que eu nunca tardo”, pode‐se afir- mar que A) no primeiro trecho, há uma oração principal e uma subordinada adjetiva; no segundo, duas orações coordenadas: uma assindética e outra sindética ex- plicativa. B) o que, no primeiro trecho, retoma o indefinido nada, sujeito da oração principal, e, no segundo, introduz uma oração coordenada. C) há duas orações subordinadas introduzidas, no primeiro trecho, por um pronome relativo e, no se- gundo, por uma conjunção de valor causal. D) há uma oração principal e uma subordinada subs- tantiva predicativa, no primeiro trecho; no segundo, uma oração principal e uma subordinada adverbial causal. 06.(Idecan 2015) “Ferramentamos, ajudamos e até atra- palhamos, ok.” A respeito do período anterior, analise as afirmativas. I. Há, no período, uma oração reduzida. II. O período apresenta apenas orações coordenadas. III. Há ocorrência de oração coordenada sindética adi- tiva. IV. O período é composto por duas orações coordena- das e uma subordinada. Estão corretas apenas as afirmativas A) I e II. C) I, II e IV. B) II e III. D) I, III e IV. 07.(Idecan 2014) Em “O problema, entretanto, é a falta de consciência crítica a respeito, ou seja, não se utilizar da cidade é considerado algo normal.” (2º§), a conjun- ção destacada pode ser corretamente substituída por A) todavia. B) portanto. C) porquanto. D) senão também. E) por conseguinte. 08.(Idecan 2014) Os termos “mas" e “pois" em: “Mas, isto também não é simples, pois existem bilhões de habi- tantes [...]" estabelecem, respectivamente, uma relação de A) acréscimo e causa. B) oposição e conclusão. C) causa e consequência. D) contraste e explicação. E) conclusão e comparação. 09.Apresenta oração coordenada sindética adversativa o item: A) “A justiça que corrige ou castiga, deve ser inspirada pela Bondade, [...] (Malba Tahan) B) “A Igreja diz-nos que supõe que sou homem; logo, não sou pó.” (Vieira) C) “Fazia tudo para ser agradável, pois não deixava uma pergunta sem resposta.” (Bechara) D) “De outras ovelhas cuidarei, que não de vós...” (Gar- rett) 10.Dentre os períodos abaixo, um é composto por coor- denação e contém uma oração coordenada sindética adversativa. Assinale a alternativa que corresponde a esse período. A) A frustração cresce e a desesperança não cede. B) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a críti- ca pungente ou a autoabsolvição? C) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riquezas suficientes para distribuir. D) Em termos mundiais somos irrelevantes como po- tência econômica, mas ao mesmo tempo extreman- te representativos como população. Leia: O Governo Federal deu início sexta-feira última – com o anúncio da liberação de R$ 40 milhões ao Governo do Rio de Janeiro – a uma série de medidas com vistas a comba- ter o crime organizado e o narcotráfico que vêm assumin- do proporções alarmantes no Estado. Espera-se que essas ações contribuam para erradicar o verdadeiro poder parale- lo que inferniza a vida dos cidadãos fluminenses, tornando a antiga Cidade Maravilhosa um lugar perigoso para os cariocas e também para os turistas que ali chegam atraí- dos pelas belezas naturais da ex-capital brasileira. (…). 11.Sobre a classificação sintática das orações “que essas ações contribuam”, e “que inferniza a vida dos cidadãos fluminenses”, é correto afirmar-se que: A) a primeira é substantiva objetiva direta e a segunda é adjetiva restritiva. B) a primeira é substantiva subjetiva, com o verbo da oração principal na voz passiva, e a segunda é adje- tiva restritiva. C) a primeira é substantiva objetiva direta e a segunda é adjetiva explicativa. D) a primeira é substantiva subjetiva, com o verbo da oração principal na voz passiva, e a segunda é substantiva objetiva direta. 12.O trecho destacado em “No episódio histórico, o ca- chorro investiu contra o paquiderme durante um ata- que na decisiva Batalha de Gaugamela, que deu a Ale- xandre o título de imperador persa.” é classificado co- mo oração: A) subordinada adjetiva explicativa. B) subordinada adverbial causal. C) coordenada conclusiva. D) coordenada explicativa. 13.A oração está corretamente classificada no item: A) “Sai de baixo, que eu sou professor.” (Chico Buar- que) – oração coordenada sindética explicativa B) “Quanto a Tenório, prepararia as máscaras, alfaiate que era.” (Chico Anísio) – oração subordinada ad- verbial concessiva C) “Por mais que eu me esforçasse / eu não consegui- ria.” (Oswaldo Montenegro) – oração subordinada adverbial comparativa D) “Torva no aspecto, à luz da barricada, / como ba- cante após lúbrica ceia!” (Antero de Quental) – ora- ção subordinada adverbial causal Aula de Religião Magricela como a Olívia Palito, mulher de Popeye, pa- recia um galho seco dentro do vestido escuro. Era antipá- tica e ranzinza. Usava óculos de lentes grossas: não en- xergava direito, vivia confundindo um aluno com outro. A aula de religião não contava ponto nem influía na nossa média, mas a diretora nos obrigava a frequentar. Um dia apareceu uma barata na sala de aula. Desco- brimos estão que Dona Risoleta tinha um verdadeiro hor- ror de baratas: soltou um grito, apontou a bichinha com o dedo trêmulo e subiu na cadeira, pedindo que matásse- mos. Era uma barata grande, daquelas cascudas. A classe inteira se mobilizou para matá-la. Foi aquele alvoroço. (SABINO, Fernando. Menino no espelho. Rio de Janeiro, Record, 1990, p. 113.) O texto escrito difere, evidentemente, do texto oral. Quando falamos, contamos com recursos diversos para dar conta da mensagem: fazemos gestos, mudamos a expressão facial; podemos contar com o tom da voz, com o ritmo, fazemos pausas maiores ou menores para expli- car alguma coisa; falamos mais rapidamente ou mais demoradamente etc. Para tentar reproduzir todos esses recursos de que dispomos quando falamos, usam-se os sinais de pontuação. Repare nesse exemplo extraído do texto: “Magricela como a Olívia Palito, mulher de Popeye, pa- recia um galho seco dentro do vestido escuro.” A expressão em negrito é uma explicação, por isso está entre vírgulas – é necessário fazer uma pausa maior quando explicamos. Examine este outro exemplo: “Usava óculos de lentes grossas: não enxergava direito, vivia confundindo um aluno com outro”. Um outro modo de explicar, sem uso de conectivo (pois, porque), é usar dois-pontos. A pontuação na língua escrita, portanto, serve para re- constituir aproximadamente os movimentos rítmicos e melódicos da língua falada. A vírgula Pausa de pequena duração, a vírgula separa elementos da mesma função sintática (não ligados por conectivos): “Eu, você, nós dois, girando na vitrola sem parar.” (João Gilberto) “Falavam entusiasmados de mulheres, de aventuras, de barcos, de praias douradas”. (Rubem Braga) “Estou farto do lirismo bem comportado, do lirismo funci- onário público...”. (Manuel bandeira) Na ordem natural, direta, não se separam os termos da oração com vírgulas. Vale dizer: não se usam vírgulas entre sujeito e verbo e entre verbo e complementos. Utilizamos vírgulas quando rompemos à ordem direta. Isto é: Quando utilizamos o aposto ou qualquer elemento de valor explicativo: ‘Maria das dores, “aquela moça alegre, tinha, pois um no- me errado.” (Fernando Sabino) “A mocinha do caixa, tão loirinha, tão branquinha, tão magrinha, era, entretanto, uma fera.” (Fernando Sabino). Quando usamos o vocativo: “Oh, Madalena, o meu peito percebeu que o mar é uma gota.” (Ivan Lins) Quando antecipamos o adjunto adverbial: Sábado passado, estudei para a prova. Quando usamos termos pleonásticos ou repetidos: A ordem é insistir, insistir, insistir,até conseguir. Quando omitimos uma palavra ou um grupo de palavras: “No bonde, apenas duas pessoas.” (Machado de Assis) Repare nesses usos estilísticos da vírgula: “O dia amanheceu, as lojas abriram, tudo voltou ao nor- mal.” (J.J.Veiga) “Foi um encontro rápido, mero, casual.” (Clarice Lispector) “Desci do ônibus, encontrei a menina de lá, passei-lhe a encomenda da tia, virei às costas, fui embora.” (Fernando Sabino). “Rala a mandioca, e debulha o milho, e planta a verdura.” (G.Almeida) Nos quatro exemplos, a vírgula foi utilizada para separar atos rápidos, quase automáticos. Foram usadas orações coordenadas ou uma seqüência de termos semelhantes. Atente para os seguintes usos especiais da vírgula: Mas emprega-se sempre no começo da oração; porém, todavia, contudo, entretanto e, no entanto podem vir ou no início da oração ou após um de seus termos. No pri- meiro caso, a vírgula aparece antes da conjunção; no segundo, a conjunção vem isolada por vírgulas. Vá aonde quiser, mas avise antes. Vá aonde quiser, porém avise antes. Vá aonde quiser; avise, porém, antes. Pois, empregado como conjunção conclusiva, vem sem- pre posposto a um termo da oração a que pertence e, portanto, isolado por vírgulas: Ele é teu pai. Respeita-lhe, pois, à vontade. Orações intercaladas são sempre usadas entre vírgulas: A verdade é filha do tempo, dizia Brecht, e não da autori- dade. Orações subordinadas adjetivas explicativas sempre apa- recem entre vírgulas: Edvaldo, que era feio e fraco, tornou-se alto, belo e forte. O ponto Pausa máxima, o ponto encerra o período. “Terceiro dia de aula”. A professora é um amor. Na sala, estampas coloridas mostram animais de todos os feitios. É preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles têm direito à vida, como nós, e além disso, são muito úteis. Cachorro faz muita falta, Mas não é só ele não. A galinha. o peixe, a vaca... Todos ajudam.” (Rubem Braga) No texto acima, o ponto foi um eficiente recurso estilístico de descrição. Ajudou a compor frases curtas, misturadas a outras, mais longas, em que se usou vírgulas. Repare na força que as orações pausadas, curtas, todas pontuadas, exercem nos seguintes textos; “Dezembro. Solão em brasa. O verde mais verde. As ruas repletas de pessoas que passam minimamente vestidas. Muita alegria. Muita cor.” (Paulo Mendes Campos) “Agora estava escuro. Debruçado à janela, eu fumava sem ver a rua. Via seu Ivo Pimentel, a datilógrafa desapareci- da. Bonitinha, com uns olhos de gato que acariciavam a gente. E amável, sem fumaças. Quando eu tirava o cha- péu, respondia com um sorrisinho modesto. Coitadinha.” (Graciliano Ramos). O ponto-e-vírgula O ponto-e-vírgula marca uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, separa orações coordenadas quando uma delas já tiver vírgulas, ou quando tiverem sentido oposto: “Fazia um silêncio sepulcral na casa; todos, pensava eu, tinham saído ou morrido.” (Clarice Lispector). “As mulheres choravam de medo; os homens zombavam de tudo.” (J.C. Carvalho). Os dois-pontos Os dois-pontos introduzem citações, enumerações ou um esclarecimento. A velhinha simpática conclamou a todos: - Venham tomar chá! “Aristides costumava fechar questões em três pontos: honra, dinheiro e mulheres.” (J.C. Carvalho) “Não gostava que mexessem nas gavetas: ficava posses- so”. “Só quero uma coisa: Paz.” (J.C.carvalho). As reticências As reticências têm a função de indicar que a frase foi suspensa ou seccionada. Podem também indicar que houve dúvida, hesitação ou surpresa. “A verdade não me faz sentido... É por isso que eu a temia e a temo... Sinto que uma primeira liberdade está pouco a pouco me tomando...” (Clarice Lispector). “A Genilda? Bom... não sei... acho que ela nem chegou ainda...”. (Rubem Braga). “Sou de Angra... - tentei me apresentar, mas ninguém prestou atenção. Eu ia dizendo outra vez: ‘Sou de An... ’, Mas então fui atropelado pela cozinheira imensa que ia entrando.” (Fernando Sabino). As aspas A função das aspas é, principalmente, isolar do contexto frases ou palavras alheias, no início e no fim de uma cita- ção, ou então evidenciar determinados termos (gírias, arcaísmos, estrangeirismos etc.). “Andorinha lá fora está dizendo: - Passei o dia á toa, à toa! “ (Manuel Bandeira). Costumava-se dizer, nos anos 70, que era “uma brasa, mora” uma pessoa muito especial, muito esperta. “Meu Flamboyant na primavera/ Que bonito que ele era!” (Roberto Carlos). Os parênteses Os parênteses são usados para intercalar, num texto, qualquer indicação acessória (uma explicação, uma cir- cunstância incidental, uma nota emocional). “Quando vi Teresa de novo Achei que os olhos eram mais velhos que o resto do corpo (os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)” (Manuel Bandeira) “Saía para a rua com medo. (Que rua larga!) Não encon- trava ninguém.” (Clarice Bandeira) “Deus (ou foi talvez o diabo?) deu-me este amor madu- ro...” (Carlos Drummond de Andrade). O Travessão O travessão serve para: • Principalmente, indicar com que pessoa do discurso está a fala. - Bom dia, nhá benta. - Bom dia, meu filho. - Vai precisar de mim, sinhá? - Preciso sempre, toda hora.” (Monteiro Lobato) • Isolar palavras ou frases – usa-se travessão duplo. “A sua vista não ia além Dos quatro muros que a enclausuravam E ninguém via – ninguém, ninguém – Os meigos olhos que suspiravam.” (Manuel Bandeira) • Isolar a parte final de um enunciado. “Um mundo todo vivo tem grande força - a força de um inferno.” (Clarice Lispector). PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2022) Além disso, outro elemento importante, e muitas vezes negligenciado pelo poder público e pelas pessoas, é a prevenção da saúde mental. Assinale a alternativa que apresente pontuação igual- mente correta para o período acima. A) Além disso, outro elemento importante, e muitas vezes negligenciado – pelo poder público e pelas pessoas, é a prevenção da saúde mental. B) Além disso, outro elemento importante, e muitas vezes negligenciado pelo poder público e pelas pes- soas – é a prevenção da saúde mental. C) Além disso, outro elemento importante – e muitas vezes negligenciado pelo poder público e pelas pes- soas, é a prevenção da saúde mental. D) Além disso, outro elemento importante – e muitas vezes negligenciado pelo poder público e pelas pes- soas – é a prevenção da saúde mental. 02.(Idecan 2021) Uma lição ficou clara no jantar: lideran- ça importa. Os dois-pontos no período acima introduzem uma A) explicação. B) enumeração. C) especificação. D) exemplificação. 03.(Idecan 2021) O vício em drogas é um problema de saúde global que pode devastar comunidades, e lidar com suas consequências ambientais vai sair caro. No período acima, empregou-se corretamente a vírgula antes da conjunção E. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha acontecido. A) Ele muito se esforçou, e não conseguiu concluir a prova. B) Fiz, e faria tudo novamente. C) Era essencial, e urgente, e necessário, e imprescin- dível que ele lhe pedisse perdão. D) A perda de renda no Brasil faz aumentar o número de pessoas passando fome, e acaba agravando o cenário social como um todo. E) Os pais estimulam os filhos ao crescimento via es- tudo, e os filhos, quando empenhados, correspon- dem aos anseios dos genitores. 04.(Idecan 2019) O trecho “E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão da- quele pio e secreto egoísmo que induz o homem a ar- rancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou.” é construído sob a lógica da coesão sequen- cial que não se utiliza de marcadores argumentativos para ligar as estruturas oracionais. Caso se substituís- se o sinal de pontoe vírgula por um marcador textual de coesão sequencial, sem que se altere a coerência do texto, ter-se-ia o seguinte conectivo: A) malgrado B) entrementes C) porquanto D) debalde E) conquanto 05.(Idecan 2019) Em relação ao uso de vírgula, pode-se afirmar que, no trecho “Discorda-se da extensão, pro- fundidade e rapidez do fenômeno, não de sua existên- cia.” a vírgula que antecede o signo linguístico “pro- fundidade” ocorre porque há A) necessidade de separar adjuntos adverbiais deslo- cados. B) aposto explicativo. C) termos de mesma função sintática. D) adjuntos adnominais restritivos. E) complementos nominais em sequência. 06.(Idecan 2019) A respeito do excerto “Sobre o uso da internet como ferramenta para o exercício da leitura e da escrita, Pasquale citou o filósofo, linguista e escri- tor Umberto Eco, falecido em fevereiro deste ano, que afirmou que a rede mundial de computadores deu voz aos imbecis.”, é correto afirmar que a ocorrência da vírgula após o termo Umberto Eco justifica-se para in- troduzir A) vocativo. B) sujeito. C) objeto direto. D) dativo de posse. E) adjunto adnominal oracional. 07.(Idecan 2019) Analise as justificativas para o emprego da vírgula nas seguintes orações e assinale a INCOR- RETA. A) “É, como dizem os ingleses, um ato de Deus.” – se- parar termos explicativos. B) “Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, ves- te-o.” – separar elementos enumerativos. C) “... que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.” – separar vocativo. D) “Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:...” – separar oração coorde- nada sindética. 08.(Idecan 2017) No trecho “Isso é porque o cérebro oti- miza a sua memória: se existe uma fonte confiável de informação, ele não vai gastar energia armazenando tudo.”, os dois-pontos ( : ) têm como propósito A) esclarecer algo. B) anunciar uma ideia acessória. C) indicar informação dispensável. D) marcar uma pausa de longa duração. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Assim como para estudar música é indispensável a au- dição de peças musicais, para o estudo da compreensão e interpretação não há outro caminho, senão a leitura de obras inteiras ou fragmentos delas e de vários textos. Compreender ou interpretar um texto é ir dando conta, ao mesmo tempo, daquilo que um autor diz e de como o diz. Para que possamos compreender um texto é necessá- rio, antes de tudo, entendê-lo. Para compreender um texto, temos que: a) fazer uma leitura atenta dele; b) tentar conhecer o significado de todas as palavras e expressões nele contidas; c) fixar com precisão o que o texto diz; d) justificar o modo pelo qual o diz; e) determinar o tema (que é a essência do que nos é transmitido). Observando esses passos, poderemos, então, compreen- der bem um texto. Somente leituras frequentes proporcionam a habilidade de entender e interpretar textos, seja uma obra inteira (um romance ou conto, por exemplo) ou fragmentos (artigos de jornais, revistas etc.). A seguir, o Professor Edvaldo apresenta algumas dicas para que você possa exercitar e, com a prática, fazê-las automaticamente. ▪ Ler, ao menos, duas vezes o texto. A primeira para entender o assunto; a segunda para observar como o texto está articulado e desenvolvido. Pergunte-se “Eu li sobre o quê?” ▪ Descubra o tipo de texto ou gênero textual utilizado pelo autor: narrativo, argumentativo, expositivo, injun- tivo, epistolar etc. ▪ Qual a função da linguagem usada pelo autor? Emoti- va, poética, referencial, metalinguística, apelativa ou fática? ▪ Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação, uma conclusão ou uma falsa oposição. ▪ Circule os conectivos e procure descobrir a ideia ex- pressa em cada um. ▪ Sublinhar, em cada parágrafo, a ideia mais importante (tópico frasal). ▪ Ler com muito cuidado os enunciados das questões para entender direito a intenção do que foi pedido. ▪ Sublinhar palavras como: exceto, erro, incorreto, cor- reto etc., para não se confundir no momento de res- ponder à questão. ▪ Escrever, ao lado de cada parágrafo a ideia mais im- portante contida neles. ▪ Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu. ▪ Se o enunciado mencionar tema ou ideia principal, de- ve-se examinar com atenção a introdução e/ou a con- clusão. ▪ Se o enunciado mencionar argumentação, deve preo- cupar-se com o desenvolvimento. ▪ Tomar cuidado com vocábulos relatores (os que reme- tem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.). COMPREENSÃO (OU INTELECÇÃO) E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Compreensão ou Intelecção de textos – consiste em ana- lisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente assim se apresenta: As considerações do autor se voltam... Segundo o texto... De acordo com o texto... Tendo em vista o texto... O autor afirma ainda que... O autor aponta... Interpretação de texto – consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte maneira: Depreende-se que... Infere-se que... O texto possibilita o entendimento de que... O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir-se que... Três ERROS comuns na análise de textos Extrapolação – é o fato de se fugir do texto. Ocorre quan- do se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão expressos no texto. Deve- se ater somente ao que está relatado. Redução – é o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele. Contradição – é o fato de se entender justamente o con- trário do que está escrito. É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, verbo ser, etc. LINGUÍSTICA TEXTUAL Para não ser enganado pela articulação do contexto, é necessário que se esteja atento à coesão e à coerência textuais. Coesão textual – é o que permite a ligação entre as diver- sas partes de um texto. Pode-se dividir em três segmen- tos: coesão referencial, coesão sequencial e coesão recor- rencial. Coesão referencial – é a que se refere a outro elemento do mundo textual. Exemplos: “Aquela voz subindo do mar de barracas e legumes eram como a própria sirena policial, documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente se estaria con- sumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém pu- desse evitá-la.” (retomada de uma palavra gramatical. Referente "-la" = "a ocorrência grave"). “Estamos ficando velhos. Há de consolar-nos o fato de que isso não é privilégio de alguns. Estamos todos.” (re- tomada de uma frase inteira. Referente "isso" = "Estamos ficando velhos"). “Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema, a Internet e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as aca- demias de ginásticas? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, ainda que meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá di- nheiro para os negociantes, embora signifique prazer para os participantes.” (retomada de várias frases ou uma idéia. Referente "isso" = "Estamos ficando velhos"). De vocês só quero isto: dedicação. (antecipação de uma palavra gramatical "isto" = "dedicação") O professor acordou feliz naquele dia. Edvaldo foi dar aula na Faculdade Prominas. (retomada por palavra lexical "Edvaldo" = "professor"). Coesão sequencial – é feita por conectores ou operadores discursivos, istoé, palavras ou expressões responsáveis pela criação de relações semânticas (causa, condição, finalidade, etc.). São exemplos de conectores: mas, dessa forma, portanto, então, etc. Exemplos: Acontecia-lhe chorar algumas vezes por causa de um vestido que a modista não lhe fizera a gosto, ou de um baile muito desejado que se transferia; mas essas lágri- mas efêmeras que saltavam em bagas dos grandes olhos luminosos, iam nas covinhas da boca transforma-se em cascatas de risos frescos e melodiosos.. Observe-se que o vocábulo "mas" não faz referência a outro vocábulo; apenas conecta (liga) uma ideia a outra, transmitindo a ideia de compensação e oposição. Coesão recorrencial – é realizada pela repetição de vocá- bulos ou de estruturas frasais semelhantes. Exemplos: Os carros corriam, corriam, corriam. O aluno finge que lê, finge que ouve, finge que estuda. Coerência textual é a relação que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade de interpre- tação daquilo que se ouve ou lê. Um fato normal é coesão textual levar à coerência; porém pode haver texto com a presença de elementos coesivos, e não apresentar coerência. Veja o texto abaixo: O ex-presidente George Bush ficou descontente com o grupo Talibã. Estes eram estudantes da escola fundamen- talista. Eles, hoje, governam o Afeganistão. Os afegãos apoiavam o líder Osama Bin Laden. Este foi aliado dos Estados Unidos quando da invasão da União Soviética ao Afeganistão. Comentário: Ninguém pode dizer que falta coesão a este parágrafo. Mas de que se trata mesmo? Do descontentamento do Presidente dos Estados Unidos? Do grupo Talibã? Do po- vo Afegão? Do Osama Bin Laden? Embora o parágrafo tenha coesão, não apresenta coerência, entendimento. Pode ainda um texto apresentar coerência, e não apresen- tar elementos coesivos. Veja o texto seguinte: Como Se Conjuga Um Empresário "Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou- se. Enxugou-se. Perfumou-se. Lanchou. Escovou. Abra- çou. Beijou. Saiu. Entrou. Cumprimentou. Orientou. Con- trolou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu. Entrou. Cumpri- mentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Con- vocou. Leu. Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou. Conferiu. Vendeu. Vendeu. Ganhou. Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou. Explorou. Escondeu. Bur- lou. Safou-se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Deposi- tou. Depositou. Depositou. Associou-se. Vendeu-se. En- tregou. Sacou. Depositou. Despachou. Repreendeu. Sus- pendeu. Demitiu. Negou. Explorou. Desconfiou. Vigiou. Ordenou. Telefonou. Despachou. Esperou. Chegou. Ven- deu. Lucrou. Lesou. Demitiu. Convocou. Elogiou. Bolinou. Estimulou. Beijou. Convidou. Saiu. Chegou. Despiu-se. Abraçou. Deitou-se. Mexeu. Gemeu. Fungou. Babou. An- tecipou. Frustrou. Virou-se. Relaxou-se. Envergonhou-se. Presenteou. Saiu. Despiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou. Justificou-se. Dormiu. Roncou. So- nhou. Sobressaltou-se. Acordou. Preocupou-se. Temeu. Suou. Ansiou. Tentou. Despertou. Insistiu. Irritou-se. Te- meu. Levantou. Apanhou. Apanhou. Rasgou. Engoliu. Bebeu. Dormiu. Dormiu. Dormiu. Dormiu. Acordou. Levan- tou-se. Aprontou-se…" Comentário: O texto nos mostra o dia-a-dia de um empresário qual- quer. A estruturação textual – somente verbos – não apresenta elementos coesivos; o que se encontra são relações de sentido, isto é, o texto retrata a visão de seu autor, no caso, a de que todo empresário é calculista e desonesto. Análise De Textos De Fragmentados 1- Assinale a opção que mantém o mesmo sentido do trecho destacado a seguir. "Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas em planos de estabilização é o conflito entre perdedores e ganhadores. Às vezes reais, outras fictícios, estes conflitos geram confrontos e polêmicas que, com frequência, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas e, com isto, comprometer o sucesso das estratégias antiinflacionárias." 1. Os formuladores da política de estabilização podem tomar decisões erradas se os conflitos, gerados por con- frontos e polêmicas, os pressionarem; o sucesso das estratégias antiinflacionárias fica, com isto, comprometi- do. A afirmação é falsa. 1º - Os conflitos é que geram con- frontos e polêmicas. 2º - Os confrontos e polêmicas, por sua vez, é que podem pressionar os formuladores da polí- tica de estabilização a tomar decisões erradas. 1. Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos e polêmicas que, freqüentemente, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar deci- sões erradas, sem, com isso, comprometer o sucesso das estratégias antiinflacionárias. A afirmação é falsa. "sem com isso, comprometer" não tem apoio no texto que diz justamente o contrário: 'e, com isto comprometer". 1. O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode ficar comprometido se, pressionados por conflitos, reais ou fictícios, os formuladores da política de estabilização gerarem confrontos e polêmicas ao tomarem decisões erradas. A afirmação é falsa. 1º O sucesso das estratégias antiin- flacionárias pode ficar comprometido se os formuladores da política de estabilização tomarem decisões erradas. 2º Os formuladores da política de estabilização podem ser pressionados por confrontos e polêmicas decorrentes de conflitos. 1. Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que podem pressionar os formuladores da política de estabilização a confrontos e polêmicas, comprometem o sucesso das estratégias anti-inflacionárias, se as decisões tomadas forem erradas. A afirmação é falsa. 1º Os conflitos geram confrontos e polêmicas. 2º Os confrontos e polêmicas podem pressio- nar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas. 1. O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode ficar comprometido se os formuladores da política de estabili- zação, pressionados por confrontos e polêmicas decor- rentes de conflitos, tomarem decisões erradas. A afirmação é verdadeira. Tal paráfrase – mesma ideia do texto escrita de outra forma – atende ao sentido do texto. TIPOLOGIA TEXTUAL TIPO DE TEXTO é um esquema abstrato construído a par- tir dos modos fundamentais de estruturação que se com- binam nos textos efetivos. A elaboração de diferentes tipos textuais pode dar conta de como as estruturas lin- guísticas se organizam segundo as finalidades ou as in- tenções que se pretendem. Tipos textuais fundamentais: Narrativo; Descritivo; Argumentativo; Expositivo-explica- tivo; Injuntivo-instrucional; Dialogal-conversacional. TEXTO NARRATIVO Entende-se por texto narrativo todo o texto ou sequência em que: ▪ Haja uma representação de uma sucessão temporal de ações; ▪ Sejam realizadas certas ações por personagens; ▪ Dê sentido a esta sucessão de ações e de aconteci- mentos no tempo e no espaço. TEXTO DESCRITIVO Entende-se por texto descritivo todo texto ou sequência em que se atualiza o referente (ser humano, animal, ele- mentos da natureza, espaços e todo o tipo de fenômenos e objetos) por meio de qualificações e predicações. A descrição pode tomar a forma de texto curto (adivinha, definição dos dicionários, enumeração, tautologias) ou de sequência (a forma mais frequente). Neste caso, a função das descrições é intercalar-se entre outras sequências (narrativa, argumentativa, expositiva). TEXTO ARGUMENTATIVO Trata-se de todo texto em que predomina a existência de um problema com duas ou mais soluções possíveis e em que a confrontação das ideias e a existência de posições diferentes ou contrárias sejam possíveis, defendendo-se uma delas. Há argumentação quando se quer influenciar, convencer, persuadir fazer crer alguma coisa a alguém (individual ou coletivo). Por isso, a argumentação é uma atividade discursiva amplamente presente na vida social:tem de separar! Anti-hispânico, pré-história, anti-higiênico, sub-hepático, super-homem, etc. O que é igual SEPARA! O que é diferente JUNTA! Autoescola, anti-inflamatório, micro-ondas, neoliberalis- mo, supra-auricular, extraoficial, Arqui-inimigo, semicírcu- lo, sub-bibliotecário, superintendente etc. Quanto ao “R” e o “S”: se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada: Contrarreforma, autorretrato, suprarrenal, ultrassonogra- fia, minissaia, antisséptico, contrarregra. Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum. Sub-reino, ab-rogar, sob-roda, etc. EMPREGO DE MINÚSCULAS E DE MAIÚSCULAS Apesar de o emprego de letras maiúsculas e minúsculas, aparentemente, ser usado pelas pessoas com diferentes finalidades, principalmente quando desejamos destacar ou não alguma palavra num texto, é fundamental enten- dermos que há regras em que estas são submetidas. Observe a seguir, situações em que o emprego da le- tra minúscula é utilizado: 1) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano. Exemplos: novembro, outono, quarta-feira etc. 2) Nos nomes de livros e filmes, depois da letra inicial maiúscula ser empregada no primeiro elemento. Exemplos: O caçador de pipas, A lição final, Na sala de aula com a sétima arte etc. 3) Nas utilizações de fulano, sicrano, beltrano. Exemplos: Ele disse que o fulano não quer mais falar so- bre este assunto. Agora, observe quando a letra maiúscula é indispensável: 1) Nos nomes próprios de pessoas reais ou fictícias. Exemplos: João Antônio; Chapeuzinho Vermelho, Dom Quixote etc. 2) Nos nomes próprios de lugar real ou fictício. Exemplos: São Paulo, Rio de Janeiro, Maputo, Atlântida etc. 3) Nos nomes de seres que recebem ou adquirem nomes humanos ou mitológicos. Exemplos: Adamastor, Netuno, entre outros. 4) Nos nomes que designam instituições. Exemplos: Instituto Ayrton Senna, Instituto Paulo Freire, entre outros. 5) Nos nomes de festas e festividades. Exemplos: Natal, Páscoa, Todos os Santos, entre outros. 6) Nos títulos de periódicos, que não apresentam itálico. Exemplos: O Estado de São Paulo, Vale Paraibano, entre outros. 7) Nos pontos cardeais quando empregados sozinhos. Exemplos: Norte, por norte de Portugal; Sul, pelo sul da França ou de outros países; Ocidente, por ocidente euro- peu; Oriente, por oriente asiático, entre outros. 8) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais, mediais, finais ou o todo em maiúsculas. Exemplos: FAO, NATO, ONU; H2O, Sr., V. Ex.ª, entre outros. Há, no entanto, palavras que aceitam tanto iniciações com letras maiúsculas como minúsculas. Veja-as a se- guir: 1) Nas formas de tratamento de cortesias, expressões de reverência, títulos honoríficos e palavras sagradas, es- tas opcionalmente também com maiúscula. Exemplos: doutor, bacharel, cardeal, santa Maria, entre outros. 2) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas, opcionalmente, também com maiúscula. Exemplos: português, Matemática, línguas e literaturas modernas, entre outros. 3) Em palavras usadas com reverência, palácios ou que denota hierarquia e nomes de ruas. Exemplos: rua ou Rua da Liberdade, igreja ou Igreja do Bonfim, palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha, entre outros. No Novo Acordo Ortográfico, a letra maiúscula também pode ser empregada para dar destaque às sentenças que se desejar, tal como ocorre em nomes de filmes, livros e títulos de artigos e afins. ORTOÉPIA OU ORTOEPIA A Ortoépia se ocupa da correta produção oral das pala- vras. Regras: 1) A perfeita emissão de vogais e grupos vocálicos, enunciando-os com nitidez, sem acrescentar nem omitir ou alterar fonemas, respeitando o timbre (aber- to ou fechado) das vogais tônicas, tudo de acordo com as normas da fala culta. 2) A articulação correta e nítida dos fonemas consonan- tais. 3) A correta e adequada ligação das palavras na frase. Veja a seguir alguns casos frequentes de pronúncias corretas e errôneas, de acordo com o padrão culto da língua portuguesa no Brasil. Linguagem Padrão Linguagem Oral adivinhar advinhar advogado adevogado apropriado apropiado aterrissar aterrisar bandeja bandeija bochecha buchecha boteco buteco braguilha barguilha bueiro boeiro cabeleireiro cabelereiro caranguejo carangueijo eletricista eletrecista empecilho impecilho estupro, estuprador estrupo, estrupador fragrância fragância frustrado frustado lagartixa largatixa lagarto largato mendigo mendingo meteorologia metereologia mortadela mortandela murchar muchar paralelepípedos paralepípedos pneu peneu prazerosamente prazeirosamente privilégio previlégio problemas poblemas ou pobremas próprio própio proprietário propietário psicologia, psicólogo pissicologia, pissicólogo salsicha salchicha sobrancelha sombrancelha superstição supertição Em muitas palavras há incerteza, divergência quanto ao timbre de vogais tônicas /e/ e /o/. Recomenda-se proferir: Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, grelha, grose- lha, ileso, obeso, obsoleto, dolo, inodoro, molho (feixe, conjunto), suor. Com timbre fechado: acervo, cerda, interesse (substanti- vo), reses, algoz, algozes, crosta, bodas, molho (caldo), poça, torpe. PROSÓDIA A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta. Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia: Oxítonas: cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter. Paroxítonas: avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pudico, rubrica, tulipa. Proparoxítonas: aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago, antídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro. Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta. Exemplos: acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo/ Oceânia e Oceania/ réptil e reptil/ xerox e xérox e outras. Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação: Exemplos: Valido/válido Vivido /Vívido PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2023) Na verdade, quando esse tipo de fotos- síntese surgiu na Terra, há cerca de 2 bilhões de anos, os organismos que a utilizavam foram tão bem-sucedidos que se multiplicaram rapidamente, causando um excesso de O2 na atmosfera. Assinale a alternativa com a grafia correta do contrário da palavra sublinhada no período acima. A) malsucedidos B) mal sucedidos C) mal-sucedidos D) mau-sucedidos “A equipe estudou seções transversais das árvores”. 02.(Idecan 2023) Assinale a alternativa que contém o uso correto de “seção” ou “seções” e similar ao apresenta- do no excerto acima. A) A seção da sala ao professor visitante será inter- rompida para reformas. B) A prefeitura autorizou a seção de livros e mobília para as escolas. C) A próxima sessão decidirá com quem ficarão as joi- as da nossa família. D) A seção coletada foi armazenada em uma lâmina dentro do congelador. 03.(Idecan 2021) “vice-presidente” e “secretário-geral” são exemplos de palavras em que se empregou o hífen corretamente. Sobre o emprego do hífen, assinale a alternativa em que a regra de seu uso NÃO tenha sido corretamente observada. A) socioeducativo B) co-réu C) micro-ondas D) hiper-realista 04.(Idecan 2019) Das alternativas a seguir, assinale a que não siga o exemplo de correção ortográfica de bem-vindo. A) funcionário-padrão B) bem-sucedido C) mal-humorado D) palavra-chave E) hora-extra 05.(Idecan 2021) A palavra “alemães” formana política, na publicidade, na justiça, nos discursos reli- giosos. TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO Esta tipologia textual não tem a finalidade impressiva nem a força dinâmica próprias do texto argumentativo. A sua apresentação aparenta-se mais ao desenvolvimento descritivo, onde se expõem, definem, enumeram e expli- cam fatos e elementos de informação. TEXTO INJUNTIVO-INSTRUCIONAL Nesta tipologia textual, cabem todos os discursos que, de alguma forma, procuram alterar o comportamento atual ou futuro dos seus destinatários, por meio de instruções ou sugestões. Pertencem a esse tipo diversos gêneros de discurso: receitas; instruções de montagem; horóscopos; interdições; provérbios - slogans. TEXTO DIALOGAL-CONVERSACIONAL Manifesta-se em discursos realizados em situação, pro- duzidos na presença do(s) destinatário(s) e cuja recepção é imediata. O enunciador ancora o enunciado na situação de enunciação e é responsável pelos atos de fala que realiza e que podem tomar a forma de asserção, pedido, ordem, pergunta... PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2022) De acordo com o secretário, apesar do aumento na demanda, a prefeitura tem conseguido manter o fornecimento das medicações com recursos próprios. Assinale a alternativa que NÃO pode substituir o termo sublinhado no período acima, sob pena de provocar grave alteração de sentido. A) porquanto haja B) não obstante haja C) embora haja D) malgrado o 02. (Idecan 2022) De acordo com a psicóloga Aline Dutra de Lima, por ser algo inesperado para a população, es- se tipo de tragédia pode fazer com que pessoas que li- dam com problemas psicológicos tenham momentos de crise intensificados. O segmento sublinhado no período acima introduz va- lor semântico de A) tempo. B) causa. C) consequência. D) concessão. TEXTO https://2.bp.blogspot.com/_wQYtbqX2u4/Uml4psRTFDI/AAAAAAAAY1E/q9sANnlo_c/s160 0/mon+bijou+bombril+carlos+moreno+monalisa+em+1998.jpg 01.O gênero textual propaganda possui como finalidade principal o convencimento do receptor para a compra de um produto. Para tal objetivo, o texto acima utilizou- se, sutilmente, do seguinte recurso: A) Estruturação sintática B) Polissemia C) Organização fonética D) Intertextualidade E) Ambiguidade sintática 02.Para que o receptor compreenda o recurso detectado na questão anterior, é fundamental que ele tenha co- nhecimentos A) pressupostos. D) fonológicos. B) sintáticos. E) mórficos. C) fonéticos. 03.O gênero textual propaganda, apresentado como texto- base para questão, foi apresentado de modo a predo- minar A) a linguagem verbal. B) a linguagem não verbal. C) a linguagem mista. D) o Arcaísmo. E) o Neologismo. 04.Na sentença “Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima”, há recurso linguístico que produz impor- tante efeito textual no gênero propaganda. Assinale tal recurso. A) Performance B) Anacoluto C) Silepse D) Sínquise E) Ambiguidade semântica A LÍNGUA-GERAL EM SÃO PAULO O assunto, que tem sido ultimamente objeto de algumas controvérsias, foi tratado pelo autor no Estado de S. Paulo de 11 e 18 de maio e 13 de junho de 1945, em artigos cujo texto se reproduz, a seguir, quase na íntegra. Admite-se, em geral, sobretudo depois dos estudos de Teodoro Sampaio, que ao bandeirante, mais talvez do que ao indígena, se deve nossa extraordinária riqueza de to- pônimos de procedência tupi. Mas admite-se sem convic- ção muito arraigada, pois parece evidente que uma popu- lação “primitiva”, ainda quando numerosa, tende inevita- velmente a aceitar os padrões de seus dominadores mais eficazes. Não faltou, por isso mesmo, quem opusesse reservas a um dos argumentos invocados por Teodoro Sampaio, o de que os paulistas da era das bandeiras se valiam do idio- ma tupi em seu trato civil e doméstico, exatamente como os dos nossos dias se valem do português. Esse argumento funda-se, no entanto, em testemunhos precisos e que deixam pouco lugar a hesitações, como o é o do padre Antônio Vieira, no célebre voto que proferiu acerca das dúvidas suscitadas pelos moradores de São Paulo em torno do espinhoso problema da administração do gentio. “É certo”, sustenta o grande jesuíta, “que as famílias dos portuguezes e indios de São Paulo estão tão ligadas hoje humas ás outras, que as mulheres e os filhos se criam mystica e domesticamente, e a lingua que nas ditas familias se fala he a dos indios, e a portugueza a vão os meninos aprender à escola [...]’ (HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, capítulo 4, nota 2, páginas 122 e 123, versão digital) 01.Nesse excerto de uma das mais célebres obras da sociologia brasileira, Sérgio Buarque de Holanda in- forma que A) não era utilizada a língua indígena, mas sim, o por- tuguês, porque era a “língua dos dominadores”. B) há probabilidade de que a “língua dos índios” tenha sido utilizada no trato civil, o que se comprova com mecanismos textuais de argumentação. C) há uma inquestionável convicção de que o tupi era a língua das famílias. D) há uma inquestionável convicção de que o portu- guês era a língua das famílias. E) o autor desconversa e não chega a qualquer con- clusão acerca de qual língua era utilizada. 02.Sobre os mecanismos textuais que dão probabilidade de qual língua era usada no trato civil, em São Paulo, pode-se afirmar que o principal é A) a citação. B) a exemplificação. C) a alusão metafórica. D) o dado estatístico. E) a metonimização. 03.O texto acima é construído com predominância da função de linguagem A) emotiva, exclusivamente. B) poética, com profundas marcas metafóricas. C) metalinguística, voltada à linguagem de dicionário sociológico. D) fática, embasada nos anacolutos. E) referencial, embora com algumas marcas de moda- lização. 04.O marcador textual “no entanto” (linha 10) possui valor textual de A) repristinação. B) adição. C) adversidade. D) finalização. E) consignação. EM OUTROS SISTEMAS SOLARES, ESTRELAS SEMELHANTES AO SOL “ENGOLEM” PLANETAS QUE AS ORBITAM De acordo com uma pesquisa publicada na revista cien- tífica Nature Astronomy, nesta segunda-feira, 30, pelo menos um quarto das estrelas semelhantes ao Sol cani- balizam os planetas que as orbitam, segundo o portal de notícias G1. A nossa Galáxia tem muitos sistemas planetários e os cientistas já haviam descoberto que muitos deles são diferentes do nosso Sistema Solar. Mas, com essa recen- te pesquisa, é possível entender a razão: não há tantos sistemas planetários vizinhos semelhantes ao nosso, em que os planetas orbitam o Sol em uma ordenação bem estruturada. Na verdade, em pelo menos 25% dos casos, a estrela central pode ter “consumido” alguns planetas que a orbitavam. O estudo observou a composição química de estrelas de tipo solar em mais de 100 sistemas binários, que são compostos por duas estrelas gêmeas com a mesma composição química. A pesquisa foi elaborada pela Universidade de São Pau- lo (USP) e centros da Itália, Austrália e Estados Unidos. Foi usado o telescópio do Observatório La Silla, adminis- trado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) e localizado no Deserto do Atacama, Chile. Algumas estrelas irmãs não tinham a mesma composi- ção química, pois uma delas possuía uma quantidade maior de lítio e ferro, abundantes nos planetas rochosos. Para Jorge Meléndez, professor do Departamento de Astronomia da USP e um dos autores da pesquisa, as estrelas que apresentavam abundância destes elementos haviam dissolvido, em sua parte mais externa, os planetas do seu próprio sistema solar. Sendo assim, foram apeli- dadas de “estrelas canibais”. A publicação enfatizou que as estrelas binárias quimi- camente não homogêneas são exemplos contraditórios na astrofísica estelar e que ainda estudam a causa das diferentes composições. “Ainda não está claro se as variaçõesde abundância química são o resultado de não homogeneidades nas nuvens de gases protoestelares [da formação estrelar] ou são devidas a eventos de engolfamento de planetas (...) O primeiro cenário abala a crença geral de que a composi- ção química das estrelas fornece as informações fósseis do ambiente em que se formaram, enquanto o segundo cenário lança luz sobre os possíveis caminhos evolutivos dos sistemas planetários”, afirma o estudo. (Luíza Feniar Migliosi. Aventuras na História. https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/em-outros-sistemas- solares-estrelas-semelhantes-ao-sol-engolemplanetas-que-as-orbitam.phtml. 31/8/2021) 01.Em relação ao que informa o texto e suas possíveis inferências, analise as afirmativas a seguir: I. Em sistemas binários, em que há estrelas gêmeas, o natural e esperado é que elas tivessem a mesma composição química. II. Quando se encontra lítio na composição de uma es- trela, é a prova de que ela agiu como uma “estrela canibal”. III. Embora o estudo tenha apontado para a possibili- dade de “canibalismo estelar”, há outra hipótese, em que a variação química já estaria na gênese da pró- pria estrela. Assinale A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se todas as afirmativas estiverem corretas. https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/em-outros-sistemas-solares-estrelas-semelhantes-ao-sol-engolemplanetas-que-as-orbitam.phtml.%2031/8/2021 https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/em-outros-sistemas-solares-estrelas-semelhantes-ao-sol-engolemplanetas-que-as-orbitam.phtml.%2031/8/2021 https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/em-outros-sistemas-solares-estrelas-semelhantes-ao-sol-engolemplanetas-que-as-orbitam.phtml.%2031/8/2021 02.Mas, com essa recente pesquisa, é possível entender a razão: O pronome sublinhado no segmento acima se classifi- ca corretamente como A) demonstrativo com valor catafórico. B) demonstrativo com valor anafórico. C) indefinido com valor dêitico. D) indefinido com valor exofórico. E se o Império Romano não tivesse acabado? Em vez da França, a província de Gália. Em vez da Ingla- terra, a Bretanha. Em vez da Bulgária, a Trácia. Quem já leu as aventuras de Asterix conhece bem esses nomes esquisitos de regiões dominadas pelos exércitos de Roma (as histórias do herói gaulês se passam por volta de 50 a.C., época do apogeu do Império Romano). Pois assim seria o Velho Mundo se o império com sede em Roma não tivesse se desintegrado: uma única nação contornando o Mediterrâneo ao longo das costas europeia, asiática e africana. Mas a mudança dos nomes das localidades europeias é a menos importante das diferenças. O mundo seria outro. O capitalismo talvez ainda não tivesse surgi- do e, sem ele, a conquista e a colonização da América não aconteceriam. No final das contas, o Brasil poderia ser até hoje uma terra de índios. Mas vamos aos poucos. Primeiro é bom lembrar o que houve com o império de Roma. O poder imperial começou a se esfarelar no século 3, quando ocorreram lutas inter- nas entre generais e vivia-se uma verdadeira anarquia militar. Para se ter uma ideia, em 50 anos houve pelo me- nos 20 imperadores, que foram destituídos um após o outro (alguns inclusive reinaram simultaneamente, em conflito). Não era para menos. A economia romana era baseada no trabalho escravo e o suprimento de escravos dependia da conquista de novos territórios. O problema foi que o reino tornou-se grande demais para ser administrado, as conquistas minguaram, os escravos escassearam e a vida boa acabou. A arrecadação de impostos diminuiu e a po- pulação pobre começou a reclamar. Para ajudar, ainda havia o cristianismo (que era contra a escravidão e a ri- queza da elite) e uma peste que varreu a região. Nessa barafunda de problemas, tentou-se de tudo, até a divisão administrativa do império em dois, o do Ocidente (com sede em Roma) e o do Oriente (o Império Bizantino), com sede em Constantinopla (onde antes ficava Bizâncio). Para este último, a solução foi eficaz. Mas o Império Romano do Ocidente, assolado pela crise econômica, perdeu seu poder militar e foi aos poucos invadido por guerreiros germânicos. Em 395, a divisão administrativa transformou-se em divisão política e o império rachou em dois. Deixada à própria sorte, a metade ocidental durou pouco. A queda definitiva ocorreu em 476, quando a tribo do rei Odoacro derrubou o último chefe de Roma, Rômulo Augústulo. No Oriente, no entanto, o Império Romano continuou existindo por quase mil anos, até 1453, quando os turcos tomaram Constantinopla. Se o Império Romano resistisse, possivelmente ele seria parecido com sua metade oriental, diz Pedro Paulo Funari, professor da Universidade Estadual de Campinas (Uni- camp). Em primeiro lugar, o imperador seria também o papa, como em Constantinopla, onde o imperador gover- nava tudo o que interessava: o Exército e a Igreja. Ou isso ou haveria uma divisão de poderes com a Igreja. Essa mistureba de papéis provavelmente criaria situações cu- riosas, como bispos governando uma província como Portugal, ou melhor, a Lusitânia, e párocos dirigindo cida- des. A influência religiosa seria ainda maior do que foi na Idade Média ou atualmente. Nas províncias, o divórcio e o aborto provavelmente seriam proibidos e não seria ne- nhum absurdo que alguns costumes alimentares cristãos, como comer peixe às sextas-feiras, tivessem a força de lei, com penas severas (o açoite, o exílio e a prisão domici- liar eram comuns) para quem degustasse uma costelinha no dia sagrado. As línguas derivadas do latim, como o português, o es- panhol, o francês e o italiano, provavelmente seriam muito diferentes. O português, por exemplo, não teria sofrido a influência das línguas árabe e germânica, já que, nesse nosso mundo hipotético, possivelmente não ocorreriam as invasões dos germânicos e muçulmanos na península Ibérica. Palavras de origem árabe e tão portuguesas, co- mo azeite, não fariam parte do nosso vocabulário. E o capitalismo? “Provavelmente demoraria mais para acontecer”, afirma Funari. “Impérios em geral dificultam o desenvolvimento do capitalismo, que depende do indivi- dualismo para se desenvolver. Um Estado muito forte e controlador é um obstáculo”, diz o historiador. Na Europa, o feudalismo e a fragmentação do poder favoreceram o surgimento do capitalismo. No Japão, onde houve a fra- gmentação do Estado e a implantação de um sistema de shogunato, isso também aconteceu, ao contrário da Chi- na, um império que durou até 1911. Retardado o capita- lismo, a colonização da América também seria outra. E os astecas, incas, tupinambás e guaranis talvez tivessem se desenvolvido mais e oferecido maior resistência aos eu- ropeus. Indo mais longe, um império inca talvez pudesse existir até hoje. Mas essa é uma outra hipótese. (Lia Hama e Adriano Sambugaro) 01.Para constituir a tessitura textual, os autores do texto elencam informações A) verídicas. B) palpáveis. C) constatáveis. D) contrafactuais. 02.Tendo em vista as características semânticas e for- mais do texto, entende-se que o principal objetivo do texto é: A) Relatar um fato. B) Narrar uma história. C) Instruir procedimentos. D) Explicar um conhecimento. 03.De acordo com o texto, a principal causa da queda do Império Romano é de natureza A) social. B) política. C) econômica. D) administrativa. 04.Segundo o texto, em uma eventual continuidade do Império Romano, só NÃO seria provável que A) religião e política se intercruzariam. B) as línguas neolatinas não existiriam. C) o capitalismo sofreria um severo retardo. D) o imperador teria poderes absolutos sobre o estado. 05.Releia o trecho: “[...] assim seria o Velho Mundo seo império com sede em Roma não tivesse se desinte- grado: uma única nação contornando o Mediterrâneo ao longo das costas europeia, asiática e africana.” (1º§) A expressão destacada é uma referência figura- tiva ao continente europeu. Que figura é essa que está no cerne de tal expressão? A) Perífrase. B) Metáfora. C) Eufemismo. D) Prosopopeia. 06.Por se tratar de um texto que constitui uma realidade conjectural, os autores se valem de diferentes estraté- gias lexicais e gramaticais para caracterizar dessa maneira algumas informações. Das estratégias apre- sentadas a seguir para que se obtenha esse efeito nas informações de natureza hipotética, apenas uma NÃO pode ser encontrada no texto. Que característica é es- sa? A) Uso de advérbios de dúvida. B) Uso de pronomes indefinidos. C) Uso de orações adverbiais condicionais. D) Uso do futuro do pretérito do indicativo. 07.Analise as afirmações apresentadas a seguir, tendo em vista as estratégias dos autores do texto para ex- planar o mundo hipotético apresentado no texto. I. Embora boa parte do texto se ampare em suposi- ções, os prognósticos levantados se amparam em evidências. II. Em boa medida, as explicações têm base em com- parações e analogias entre os cenários conjectura- dos e fatos de natureza histórica. III. Apesar de se tratar de um cenário imaginativo, os raciocínios elaborados são todos unidirecionais. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) A) I. B) III. C) I e II. D) II e III. A simplicidade é doce Vovó começava todos os domingos abrindo a massa de um pastelão. Receita de família. Quando estava animada, preparava uma torta de maçã. Eu, pequena, chamava aquela maravilha de “apopaia”. Só depois de muito tempo entendi que era “apple pie” (torta de maçã em inglês). Recebia os seis filhos, elegante em um de seus muitos “vestidos de ficar em casa”. Macarronada. Franguinho ensopado. Polenta. O domingo transcorria sereno. Feliz. Naquela época, viver em paz, no mais verdadeiro ano- nimato, estar quieto, sem nada extraordinário para fazer era direito adquirido. Fosse hoje, vovó teria que “descolar” umas folhinhas aromáticas para decorar o pastelão. Ajei- tar um pedacinho pequeno, que grande não fica bem, che- car luz, conexão, tirar foto, postar. Ver quantos curtiram no Face. Pronto, acabou o sossego da velha! Faria outro retrato dos filhos. Sorrindo. Porque família com problemas nin- guém quer compartilhar. Nada de vestidinho surrado. Nem cabelo despenteado. Universo fake. Fosse hoje, vovó talvez não tivesse aquele sorriso absolutamente pacífico de que não espera, nem por um só minuto, ser famosa. Ô trem doido esse mundo novo, sô! Uma das questões mais tristes do mundo atual é que ninguém pode ser comum em paz. Nem cafona, nem gor- do, nem feio, nem doido, nem burro. Ficar em casa, naque- le fim de semana preguicento em que só se tem panela de brigadeiro e cafuné no filho pra fazer, nem pensar! Você entra no Facebook e, pronto, um amigo escalou uma mon- tanha, outro está no fundo do mar. De-pres-são depressi- nha! Você foge pra pracinha... outro estresse! Nem o bebê pode desfrutar o direito de ser comum. Todo mundo hoje acha que pariu Einstein. Com seis meses, a criança tem que fazer capoeira, expressão corporal, ter lido toda cole- ção do Polvo Poli no original e ser matriculada numa cre- che bilíngue, que a ensine a falar bo-bo-bo-book. Não se dá mais tempo de a natureza atuar e fazer o trabalho dela. Na internet, são tantos artigos sobre doenças que, se você tiver alguma tendência hipocondríaca, vai sempre achar defeito no seu filho. Simplesmente porque todos, todos nós temos, sim, algo que sai da forma. E é isso que nos faz humanos e divinos. Em vez do filho perfeito, o superfilho, que tal o filho feliz? Eu compartilho. (Clarissa Monteagudo. Disponível em: http://extra.globo.com/mulher/ca-entre- nos/a-simplicidade-doce-11069996.html.) 01.Após ler o texto, pode-se concluir que o termo “doce” utilizado no título – “A simplicidade é doce” – só NÃO tem o sentido de A) agre. D) agradável. B) tranquila. E) prazerosa. C) aprazível. 02.De acordo com a autora, que compara os almoços de domingo em que sua avó preparava e os atuais, é IN- CORRETO afirmar que, naquela época, A) a comida era simples. B) a família sempre tirava fotos. C) não havia a obrigatoriedade de se aprontar. D) todos tinham o direito a um domingo tranquilo. E) a família toda se reunia para almoçarem juntos. 03.Com base no trecho “Ô trem doido esse mundo novo, sô!” (4º§), é correto afirmar que trata-se de uma frase A) sem sentido. B) que não apresenta gíria. C) muito utilizada na linguagem formal. D) utilizada, geralmente, na linguagem oral. E) empregada de acordo com a norma padrão. 04.Com base na crítica realizada pela autora acerca da exposição em redes sociais, analise as afirmativas. I. A expressão “fake” empregada no trecho “Universo fake” significa “falso”, visto que a família só deve aparecer feliz e arrumada nas fotos. II. A autora critica a exposição de problemas pessoais em redes sociais, principalmente em páginas como o “facebook”. III. As pessoas apresentam-se sempre sorrindo e bem vestidas, pois têm a pretensão de serem famosas, e as comidas devem estar sempre decoradas. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) A) I, II e III. B) I, apenas. C) I e II, apenas. D) I e III, apenas. E) II e III, apenas. 05.A autora, no final do texto, faz uma crítica ao modo como as pessoas criam, atualmente, os filhos. De acordo com o disposto, é INCORRETO afirmar que os bebês A) aproveitam essa fase. B) devem praticar esporte. C) são considerados gênios. D) falam mais de uma língua. E) devem ter o direito de ser felizes. 06.De acordo com a significação das palavras no texto, analise as afirmativas. I. O termo destacado em “Ajeitar um pedacinho pe- queno, que grande não fica bem [...]” (2º§) pode ser substituído, sem alteração de sentido, por “pois”. II. A substituição do “em vez” por “ao invés” na oração “Em vez do filho perfeito, o superfilho, que tal o filho feliz?” (6º§) não altera o sentido. III. O uso de “caso” no lugar de “se” em “[...] se você ti- ver alguma tendência hipocondríaca [...]” (6º§) não altera o sentido da oração, porém há alteração de, pelo menos, uma palavra na oração. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) A) I, II e III. B) I, apenas. C) I e II, apenas. D) I e III, apenas. E) II e III, apenas Câncer infantil é mais agressivo, mas taxa de cura é maior (Juliana Conte.) Os cânceres pediátricos têm algumas particularidades em relação aos tipos de cânceres que acometem os adul- tos. Eles costumam ser bem mais agressivos e avançam de maneira muito mais rápida, mas a boa notícia é que a enfermidade tem alta chance de cura. Na verdade, se não fosse a demora que muitas vezes o paciente enfrenta até chegar à unidade de excelência, em alguns tipos de tumo- res o índice de cura poderia atingir 90%. Segundo o oncopediatra Luiz Fernando Lopes, diretor médico do Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos, no interior de São Paulo, doenças malignas da infância são predominantemente de origem embrionária, constitu- ídas de células indiferenciadas, que ainda não possuem função especializada, o que determina uma resposta mui- to melhor aos modelos terapêuticos. Já o câncer no adulto, diferentemente do que ocorre com as crianças, em geral afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (mama, pulmão, próstata etc.). Além disso, em muitas situações, o surgimento do tumor nos adultos poder estar associado a fatores ambi- entais como, por exemplo, o fumo. “Apesar de [o câncer infantil] ser mais agressivo, as crianças respondem muito melhor à quimioterapia. Seus órgãos são mais jovens e trabalham melhor”, explica. A leucemia corresponde à maioria dos casos,e essa prevalência é mundial. A medicina ainda não possui uma resposta do porquê desse câncer ser o mais comum, no entanto há estudos que tentam associar a ocupação dos pais à doença, principalmente no que diz respeito à pro- dução dos espermatozoides, que transmitiriam alguma alteração genética, mas essa associação ainda não foi comprovada cientificamente. O fato é que de cada 100 crianças com algum tipo de tumor, 30 têm leucemia, seja da forma linfoide aguda ou do tipo mieloide aguda. Já o segundo câncer mais frequente na infância é o tumor cerebral. Apesar de as chances de cura serem altas, o câncer pediátrico esbarra em alguns problemas, como falta de conhecimento dos pediatras para identificar os sintomas. “As crianças vêm para Barretos de todo Brasil, mas al- gumas levam muitos meses para chegar. Às vezes o mé- dico até pode fazer o diagnóstico corretamente, mas a família demora meses para conseguir encaminhamento para um centro especializado. Em muitos casos, nós dis- ponibilizamos vaga aqui em Barretos rapidamente, mas a burocracia da documentação para a transferência acaba atrasando o processo. Essa soma de fatores faz com que as crianças cheguem muito tarde. Um mesmo tumor que poderia apresentar chance de cura de 90, 95%, se chegar em estado avançado, com metástase em osso, fígado ou cérebro, pode vir a ter bem menos chance de cura”, res- salta o especialista. (Disponível em: http://drauziovarella.com.br/crianca-2/cancer-infantil-e-mais- agressivo-mas-taxa-de-cura-e-maior/. Acesso em: 07/09/2015. Adaptado.) 01.Segundo as informações do texto, pode-se inferir que A) os cânceres pediátricos são bem mais agressivos. B) o câncer mais comum na infância é o tumor cere- bral. C) o câncer no adulto dificilmente atinge as células do epitélio. D) o segundo câncer mais frequente na infância tra- ta-se da leucemia. 02.De acordo com as ideias do texto, é correto afirmar que A) o câncer pediátrico tem alta chance de cura. B) a radioterapia conformacional concentra a radiação na área a ser tratada. C) doenças malignas da infância são improvavelmente de origem embrionária. D) o surgimento de tumor nos adultos pode estar as- sociado a fatores ambientais como, por exemplo, a poluição. 03.No trecho “Eles costumam ser bem mais agressivos e avançam de maneira muito mais rápida, mas a boa no- tícia é que a enfermidade tem alta chance de cura.” (1º§), o termo destacado se refere aos A) sintomas. B) cânceres pediátricos. C) modelos terapêuticos. D) médicos do Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos. 04.No trecho “Além disso, em muitas situações, o surgi- mento do tumor nos adultos poder estar associado a fatores ambientais...” (3º§), a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por A) então. C) contudo. B) ademais. D) portanto. 05.Assinale, a seguir, a afirmativa transcrita do texto que exprime circunstância de modo. A) “A leucemia corresponde à maioria dos casos, e es- sa prevalência é mundial.” (5º§) B) “Os cânceres pediátricos têm algumas particulari- dades em relação aos tipos de cânceres que aco- metem os adultos.”(1º§) C) “O fato é que de cada 100 crianças com algum tipo de tumor, 30 têm leucemia, seja da forma linfoide aguda ou do tipo mieloide aguda.” (5º§) D) “Em muitos casos, nós disponibilizamos vaga aqui em Barretos rapidamente, mas a burocracia da do- cumentação para a transferência acaba atrasando o processo.” (8º§) 06 Em “Já o segundo câncer mais frequente na infância é o tumor cerebral.” (6º§), o termo destacado significa A) afetado. C) primitivo. B) habitual. D) desequilibrado. 07 No trecho “A leucemia corresponde à maioria dos ca- sos, e essa prevalência é mundial.” (5º§), a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração de sen- tido, por A) análise. C) investigação. B) indicação. D) predominância. São transtornos momentâneos para benefícios permanentes.corretamente qual diminutivo? A) Alemãezinhos. B) Alemãesinhos. C) Alemãozinhos. D) Alemãosinhos. 06.(Idecan 2019) No texto, no que concerne à grafia, as iniciais maiúsculas em “Observatório Venezuelano de Conflito Social” são gramaticalmente A) inadequadas, pois se trata de um substantivo co- mum, em razão de formação por sigla. B) inadequadas, pois se trata de um adjetivo ligado à Venezuela. C) inadequadas, pois, no gênero textual notícia, deve haver a ausência de iniciais maiúsculas. D) adequadas, pois se trata de um substantivo próprio. E) adequadas, pois o gênero notícia exige este tipo de grafia para convencer ao leitor. 07.(Idecan 2019) Conquanto a obra de Machado de Assis seja permeada da variante linguística culta da língua portuguesa, observam-se algumas marcas de oralida- de, tais como em “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.” (linhas 1 e 2). A principal marca de oralidade presente no texto, do ponto de vista do emprego das categorias gramaticais, é a utilização A) coloquial do pretérito imperfeito do indicativo em substituição ao futuro do pretérito do indicativo, comum no Português Brasileiro Contemporâneo. B) de sintaxe estranha ao Português Brasileiro Con- temporâneo. C) de acentuação gráfica estranha ao Português Brasi- leiro Contemporâneo. D) de pontuação estranha ao Português Brasileiro Con- temporâneo. E) de recursos de interdiscursividade, comuns no Por- tuguês Brasileiro Contemporâneo. 08.(Idecan 2017) Assinale a afirmativa que apresenta ERRO de grafia. A) A angústia instalou-se no coração. B) Há preocupação com o sentido real da vida. C) Porque você não disse as três palavrinhas mágicas? D) A solidão o fez inventar um personagem para a re- lação. 08.(Idecan 2016) Assinale a afirmativa que apresenta ERRO de grafia. A) Milhares de pessoas cometem suicídio a cada ano. B) A tristesa se refere a uma angústia ou uma deses- perança. C) A depressão é uma doença séria e assim deve ser tratada. D) Não é evidente se a medicação contra a depressão afeta o risco de suicídio. 10.(Idecan 2016) Assinale a afirmativa que apresenta ERRO de grafia. A) Na vida real, as meninas estrovertidas são as mais populares. B) A inconstância, no caso da adolescência, é sinôni- mo de ajuste C) A adolescência é a fase que marca a transição entre a infância e a fase adulta D) Normalmente, os adolescentes buscam grupos de amigos que tenham os mesmos interesses, gostos e desejos. As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as palavras que se enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as seguintes regras básicas: PROPAROXÍTONAS - são todas acentuadas: lâmpada – Atlântico – Júpiter – ótimo - flácido PAROXÍTONAS - são as palavras mais numerosas da lín- gua. São acentuadas as que terminam em: ▪ ã, ãs, ão, ãos (foca um) ímã – órfã – ímãs – órfãs – bênção - órgão - órfãos ▪ us, um, uns, ons (foca dois) vírus – bônus – álbum - parabélum (arma de fogo) ▪ ps, r x, n, l, i, is (Pássaro RouXiNoL Ítalo ISraelita) Fórceps – éter – tórax - hífen – útil - júri – oásis ▪ Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s. água – árduo - pônei – vôlei – cáries – mágoas OXÍTONAS – são acentuadas as que terminam em: ▪ a, as Pará – vatapá – estás – irás ▪ e, es vocês – café – Urupês – jacarés ▪ o, os jiló - avô – retrós - supôs ▪ em, ens alguém – vintém - armazéns – parabéns MONOSSÍLABOS TÔNICOS – são acentuados os termina- dos em: ▪ a, as pá – vá – gás – Brás ▪ e, es pé – fé – mês – três ▪ o, os só, xô, nós, pôs ATENÇÃO! Proparoxítonas aparentes Os encontros ia, ie, io, ua, ue, uo finais, átonos, seguidos, ou não, de s, classificam-se quer como ditongos, quer como hiatos, uma vez que ambas as emissões existem no domínio da Língua Portuguesa: histó-ri-a e histó-ria; sé-ri-e e sé-rie; pá-ti-o e pá-tio; ár-du-a e ár-dua; tê-nu-e e tê-nue; vá-cu-o e vá-cuo» p.52 «São proparoxítonas (incluindo-se os vocábulos termina- dos por ditongo crescente)» p.71 BECHARA, Evanildo, Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009 CUNHA, Celso & Luis Filipe Lindley CINTRA. Nova Gramá- tica do Português Contemporâneo. Lisboa: Ed. J. Sá da Costa,1984:Todas as palavras proparoxítonas devem der acentuadas graficamente (...) Incluem-se neste preceito os vocábulos terminados em encontros vocálicos que costumam ser pronunciados como ditongos crescentes: área, espontâneo, ignorância, imundície, lírio, mágoa, ré- gua, vácuo, etc.» p. 70 CUNHA, Celso & Luis Filipe Lindley CINTRA. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Ed. J. Sá da Costa,1984 AS REGRAS ESPECIAIS Além dessas regras que você acabou de estudar e que se baseiam na posição da sílaba tônica e na terminação, há outras, que levam em conta aspectos específicos da so- noridade das palavras. Essas regras são aplicadas nos seguintes casos: HIATOS Quando a segunda vogal do hiato for i ou u, tônicos, acompanhados ou não de s, haverá acento: saída – proíbo – faísca – caíste – saúva – viúva – bala- ústre – carnaúba – país – aí - baú – Jaú CUIDADO: se o i for seguido de nh, não haverá acento. É o caso de rainha, moinho, tainha, campainha. Também não haverá acento se a vogal i ou a vogal u se repetirem, o que ocorre em poucas palavras: vadiice, sucuuba, mandriice, xiita. Convém lembrar que, quando a vogal i ou a vogal u forem acompanhadas de outra letra que não seja s, não haverá acento: ruim, juiz, paul, Raul, cairmos, contribuiu, contribuin- te. DITONGOS Ocorre acento na vogal tônica dos ditongos ei, eu, oi desde que sejam abertos e não sejam paroxítonas, como em: anéis – aluguéis - coronéis – céu - chapéu – réu https://www.wook.pt/livro/moderna-gramatica-portuguesa-evanildo-bechara/1979313 https://www.wook.pt/livro/nova-gramatica-do-portugues-contemporaneo-celso-cunha/15676941 https://www.wook.pt/livro/nova-gramatica-do-portugues-contemporaneo-celso-cunha/15676941 https://www.wook.pt/livro/nova-gramatica-do-portugues-contemporaneo-celso-cunha/15676941 https://www.wook.pt/livro/nova-gramatica-do-portugues-contemporaneo-celso-cunha/15676941 CUIDADO: não haverá acento se o ditongo for aberto, mas não tônico: chapeuzinho, heroizinho, aneizinhos, pasteizi- nhos, ideiazinha. Você notou que, em todas essas pala- vras, a sílaba tônica é zi. Se o ditongo apresentar timbre fechado, também não haverá acento, como em azeite, manteiga, eu, judeu, hebreu, apoio, arroio, comboio. O U e o I tônicos antecedidos de ditongo ou tritongo (Ex- ceto em paroxítonas). Piauí – teiu - tuiuiú – sauí etc. FORMAS VERBAIS SEGUIDAS DE PRONOMES OBLÍQUOS Para acentuar as formas verbais associadas a pronomes oblíquos, leve em conta apenas o verbo, desprezando o pronome. Considere a forma verbal do jeito que você a pronuncia e aplique a regra de acentuação corresponden- te. Em cortá-lo, considere cortá, oxítona terminada em a e, portanto, acentuada. Em incluí-lo, considere incluí, em que ocorre hiato. Já em produzi-lo, não há acento, porque pro- duzi é oxítona terminada em i. ACENTOS DIFERENCIAIS Existem algumas palavras que recebem acento excepcio- nal, para que sejam diferenciadas, na escrita, de suas homófonas. São casos muito particulares e, por isso mesmo, pouco numerosos. Convém iniciar a relação lem- brando o acento que diferencia a terceira pessoa do sin- gular da terceira pessoa do plural do presente do indicati- vo dos verbos ter e vir: ele tem - eles têm ele vem - eles vêm Com os derivados desses verbos, é preciso lembrar que há acento agudo na terceira pessoa do singular e circun- flexo na terceira do plural dopresente do indicativo: Ele detém - eles detêm Ele intervém - eles intervêm Ele mantém - eles mantêm Ele provém - eles provêm Ele obtém - eles obtêm Ele convém - eles convêm Existe apenas um acento diferencial de timbre em portu- guês: pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfei- to do verbo poder), diferencial de pode (terceira do singu- lar). Há ainda uma palavra que recebe acento diferencial de tonicidade (uma é tônica, a outra é átona): • Pôr (verbo) • Por (preposição) PRATICANDO COM EDVALDO “Parece que a ideia era lhe dar uma terrinha.” 01.(Idecan 2023) Da mesma forma que no vocábulo ideia, o acento gráfico caiu em desuso na palavra. A) heroi. C) heroico. B) chapeu. D) coroneis. 02.(Idecan 2021) Assinale a palavra em que a acentuação gráfica tenha sido empregada seguindo regra DISTIN- TA da das demais. A) francês B) país C) além D) Aliás “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadá- ver dedico como saudosa lembrança estas Memórias Póstumas” (Memórias Póstumas de Brás Cubas. Machado de Assis) 03.(Idecan 2019) O termo “cadáver”, segundo a Nova Or- tografia da Língua Portuguesa, é acentuado grafica- mente pelo mesmo motivo linguístico que A) jóia. B) vôo. C) destróier. D) catéter. E) pára. 04.(Idecan 2019) Com base em seus conhecimentos em ortografia oficial, é correto afirmar que a palavra “além” recebe acento gráfico pelo mesmo motivo que A) café. B) assembleia. C) pôde. D) cantem. E) têm. 05.(Idecan 2019) No trecho “Ao fazê-lo, estará exercendo sua cidadania.”, ocorre o signo linguístico “fazê-lo”, cu- jo acento gráfico ocorre pelo mesmo motivo que em A) “também”. B) “séculos”. C) “tecnológicos”. D) “relevância”. E) “fenômeno”. 06.(Idecan 2019) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra igual à de reú- nem. A) núbio B) construídos C) águas D) próprio E) benefícios 07.(Idecan 2019) O vocábulo monólito, proparoxítono, costuma ser erroneamente pronunciado e escrito co- mo paroxítono. Esse fenômeno ocorre também com outros vocábulos. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresente um dos elementos como inaceitável e não dicionariza- do. A) íbero / ibero B) hieróglifo / hieroglifo C) autópsia / autopsia D) lêvedo / levedo E) necrópsia / necropsia 08.(Idecan 2019) Assinale, a seguir, o par de palavras que são acentuadas pela mesma razão. A) ética / política. B) estratégia / perpetuará. C) também / contribuíram. D) saúde / discriminatórias. 09.(Idecan 2017) A palavra “alguém” é acentuada pelo mesmo motivo que a seguinte palavra: A) País. B) Água. C) Ônibus. D) Porém. 10.(Idecan 2016) Acentuar as palavras corretamente é imprescindível para que a norma culta seja mantida na redação de um texto. A alternativa que apresenta um vocábulo que é acen- tuado por razão DISTINTA das demais é A) notícia. B) sanitário. C) construídos. D) transferência. MORFEMAS Govern-o, govern-a, des-govern-o, des-govern-a-do, govern- a-dor-es, in-govern-á-vel Cada um desses elementos formadores é capaz de forne- cer alguma noção significativa à palavra que integra. Além disso, nenhum desses pode sofrer nova divisão. Estamos diante de unidades de significação mínimas, ou seja, elementos significativos indecomponíveis, a que damos o nome de morfemas. CLASSIFICAÇÃO DOS MORFEMAS RADICAIS É o morfema govern-, comum a todas as palavras obser- vadas nos exemplos anteriores, que faz com que as con- sideremos palavras de uma mesma família de significa- ção. Ao morfema comum de uma família de palavras chamamos radical; às palavras que pertencem a uma mesma família chamamos cognatas. O radical é a parte da palavra responsável pela sua significação principal. AFIXOS Observe que des- e dor- dos exemplos anteriores são mor- femas capazes de mudar o sentido do radical a que são anexados. Esses morfemas recebem o nome de afixos. Quando são colocados antes do radical, como acontece com des-, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como -dor, surgem depois do radical, os afixos são cha- mados de sufixos. DESINÊNCIAS Se você agora pluralizar a palavra governo, encontrará a forma governos. Isso nos mostra que o morfema –s, acrescentado ao final da forma governo, é capaz de indi- car a flexão de número desse substantivo. Tomando o verbo governar e conjugando algumas de suas formas, você irá perceber modificações na parte final dessa palavra: governava, governavas, governava, governávamos, governáveis, governavam. Essas modifi- cações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexiona- do em número (singular/plural) e pessoa (primeira, se- gunda e terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (governava, governara, gover- nasse, por exemplo). Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sem- pre surgem na parte final das palavras variáveis e rece- bem o nome de desinências. Há desinências nominais (indicam flexões nominais, ou seja, o gênero e o número) e desinências verbais (indicam flexões do verbo, como número, pessoa, tempo e modo). VOGAIS TEMÁTICAS Observe que entre o radical govern- e as desinências ver- bais surge sempre o morfema –a-. Esse morfema que liga o radical às desinências é chamado vogal temática. Sua função é justamente a de ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS DERIVAÇAÇÃO PREFIXAL OU PREFIXAÇÃO Resulta do acréscimo do prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado; veja, por exemplo, alguns verbos derivados de pôr: Repor, dispor, compor, indispor. DERIVAÇÃO SUFIXAL OU SUFIXAÇÃO Resulta do acréscimo do sufixo à palavra primitiva. Unhada, alfabetizar, lealdade. DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. É um processo que dá origem principalmente a verbos, obtidos a partir de substantivos e adjetivos. Veja alguns exem- plos: Amaldiçoar, espreguiçar, engatilhar, esfarelar, enrijecer, engordar, apodrecer, enlouquecer, envelhecer, etc. DERIVAÇÃO REGRESSIVA Ocorre quando se retira a parte final de uma palavra primi- tiva, obtendo-se por essa redução palavra derivada. É um processo particularmente produtivo na formação de subs- tantivos a partir de verbos principais da primeira e da segunda conjugações. Esses substantivos, chamados por isso de deverbais, indicam sempre o nome de uma ação. O mecanismo para sua obtenção é simples: substitui-se a terminação verbal formada pela vogal temática + desi- nência de infinitivo (-ar ou –er) por uma das vogais temá- ticas nominais (-a, -e ou –o): Sacar – saque Cortar – corte Vender – venda Atacar – ataque DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA Ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Isso acontece, por exemplo, nas frases: Não aceitarei um não como resposta É um absurdo o que você está propondo. Na primeira frase, não, um advérbio, converteu-se em substantivo. Na segunda, o adjetivo absurdo converteu-se em substantivo. COMPOSIÇÃO Costumam-se apontar dois tipos de composição: Composição por justaposição Ocorre quando os elementos que formam os compostos são simplesmente colocados lado a lado (justapostos), sem que se verifique qualquer alteração fonética em al- gum deles: Segunda-feira, passatempo, para-raios, girassol. Composição por aglutinação Ocorre quando os elementos que formam o composto se aglutinam, o que significa que pelo menos um deles perde sua integridade sonora, sofrendo modificações. Vinagre (vinho+acre),Aguardente (água + ardente) HIBRIDISMO São palavras que combinam elementos de origens diver- sas. Genocídio, televisão e automóvel (grego e latim) Surfista (inglês e português), Sambódromo (quimbundo e grego)etc. ABREVIAÇÃO VOCABULAR A Abreviação vocabular consiste na eliminação no seg- mento de alguma palavra a fim de se obter uma forma mais curta. Ocorre, portanto, uma verdadeira truncação, obtendo-se uma nova palavra cujo significado é o mesmo da palavra original. Cinematógrafo – cine Pneumático – pneu Pornográfico – pornô Analfabeto – analfa Professor – fessor SIGLONIMIZAÇÃO Essa palavra dá nome ao processo de formação de siglas. As siglas são formadas pela combinação das letras inici- ais de uma sequência de palavras que constitui um nome. BNB – Banco do Nordeste do Brasil IOF – Imposto sobre Operações Financeiras CBF – Confederação Brasileira de Futebol COMBINAÇÃO A combinação resulta do acoplamento de duas palavras, em que ao menos uma sofreu truncação. Brasiguaio, portunhol, bebemorar, grenal, chafé, show- mício, etc. NEOLOGISMO SEMÂNTICO Frequentemente, acrescentamos significados a determi- nadas palavras sem que elas passem por qualquer pro- cesso de modificação formal. Pense, por exemplo, na palavra arara, nome de uma ave, que também é usada para designar uma pessoa nervosa, irritada. Arara, como sentido de “irritado, nervoso”, é um neologismo semânti- co, ou seja, um novo significado que se soma ao que a palavra já possuía. EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS O português recebeu empréstimos principalmente da língua francesa. Atualmente, a maior fonte de emprésti- mos é o inglês norte-americano. As palavras de origem estrangeiras normalmente passam por um processo de aportuguesamento fonológico e gráfico. Bife, futebol, abajur, xampu, “shopping”, etc. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2023) A palavra subemprego é formada por A) derivação prefixal. B) composição justaposta. C) composição aglutinada. D) derivação parassintética. 02.(Idecan 2023) Assinale a opção que apresenta a cor- respondência correta entre a palavra e o processo de derivação que a originou. A) desleal – sufixal B) exagerada – prefixa C) empobrecimento – prefixal e sufixal D) debate – regressiva 03.(Idecan 2023) Assinale a alternativa em que a palavra indicada não tenha sido formada por composição. A) mamífero B) multicelular C) subproduto D) biosfera 04.(Idecan 2019) No título, “A língua-geral em São Paulo”, o hífen em “língua-geral” ocorre, em língua portuguesa, segundo a Nova Ortografia, em razão de A) composição por justaposição sem noção de com- posição. B) composição por aglutinação. C) composição por justaposição com noção de com- posição. D) derivação prefixal. E) derivação sufixal. TEXTO Caso Pluvioso (...) Chuvadeira Maria, chuvadonha, chuvinheta, chuvil, pluvi- medonha! (...) (Carlos Drummond de Andrade) 05.(Idecan 2019) No segmento acima, as palavras subli- nhadas são cognatas, ou seja, originam-se a partir de uma mesma raiz. A palavra que apresenta um proces- so de formação distinto dos demais é A) chuvadeira B) chuvadonha C) chuvinhenta D) chuvil E) pluvimedonha 06.(Idecan 2019) No último quadrinho, o uso do diminuti- vo ocorre, semanticamente, para A) indicar diminuição do tamanho. B) tratar o mundo com carinho. C) indicar um tom pejorativo. D) atribuir intensidade à fala. E) indicar a grandeza do personagem frente ao mundo. 07.(Idecan 2017) “O mesmo raciocínio pode ser aplicado – embora eu deva admitir que o argumento...” O vocábulo sublinhado anteriormente foi formado através do pro- cesso de formação de palavras denominado A) derivação regressiva. B) derivação parassintética. C) composição por aglutinação. D) composição por justaposição. 08.(Idecan 2017) Assinale a alternativa em que há uma palavra cujo prefixo assume valor reiterativo. A) Explica. B) Bilhões. C) Recaída. D) Impacto. 09.(Idecan 2016) Quanto à formação de palavras, em português há cinco processos principais, dentre eles a derivação e composição. Em “Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.” o termo destacado é formado por meio de acréscimo de afixo cujo sentido equivale ao visto em todos os vocábulos da alternativa: A) insolar, inscrever, inativo. B) indelicado, inserir e infixo. C) influir, incrustar e incriminar. D) imprestável, imberbe e indispensável. 10.(Idecan 2015) Em relação ao processo de formação da palavra velocissimamente, é INCORRETO afirmar que A) deriva de palavra atemática. B) possui radical alomórfico. C) apresenta vogal de ligação. D) se forma por acréscimo de afixos. Os concorrentes pensam que não precisam estudar este tópico porque o julgam fácil, tolinhos! Acreditem, não é tão fácil quanto parece, os alunos do professor Edvaldo sabem a diferença (não sabem?) entre incipiente e insipi- ente, incontinente e incontinenti, despercebido e desaper- cebido: incipiente significa “principiante”; insipiente, “ig- norante”. Incontinente significa “imoderado”, já inconti- nenti, “imediatamente”. Por fim, despercebido significa “não percebido”, ao passo que desapercebido, “desprovi- do”. Ficou claro que o assunto merece uma atenção especi- al. Vamos a ele, então. SINONÍMIA é um processo muito utilizado por falantes de uma língua. Sabe quando não queremos repetir o mesmo termo ou palavra a todo instante? Uma das maneiras de acabar com esse problema é com uso de sinônimos. Por exemplo, se digo: “Passe um dia na linda casa de Edval- do.” e quiser referir-me novamente ao termo sublinhado “casa”, posso lançar mão de um sinônimo para não o ter que repetir: “Passe um dia na linda casa de Edvaldo e verá como o lar dele é aconchegante.” Para saber se o candidato domina mais esse subterfúgio da Língua Portuguesa, os avaliadores pedem a ele que substitua palavras ou termos retirados do texto e assinale em qual opção encontram-se aqueles que não alteram o sentido, ou os que alteram. Para se resolver esse tipo de questão é importante que o candidato tenha um certo domínio lexical, que conheça muitas palavras, o que é possível conseguir por meio de muita leitura. Pode-se ler de tudo. Jornais, revistas, livros, bulas de remédio, outdo- ors, placas de trânsito... o fundamental é buscar informa- ção. Exemplos: triste = melancólico. resgatar = recuperar maciço = compacto ratificar = confirmar digno = decente, honesto reminiscências = lembranças insipiente = ignorante. HIPONÍMIA Relação semântica em que uma palavra está num plano hierárquico inferior, uma vez que pertence a uma classe ou espécie que a inclui ao nível do significado. Este fato implica que o significado do hipônimo (etimologicamente significa nome pequeno) é mais específico e mais restrito do que o significado do hiperônimo a que pertence. O conceito de hiponímia também só é entendido em relação ao conceito de hiperonímia. Dizemos que há uma relação de hiponímia se o sentido de A estiver incluído no sentido de B, sendo que B deve possuir uma propriedade mais genérica e que inclua ao mesmo tempo o sentido de A e dos seus coipônimos. Por exemplo, peixe é hiperônimo em relação à sardinha, salmão, pirambu, pescada, baca- lhau, que por sua vez são hipônimos de peixe e coipôni- mos entre si. Os verbos afirmar, exclamar, sussurrar, murmurar, entre ouros, são hipônimos do verbo dizer. Os nomes: amarelo, branco, laranja, castanho, verde, azul, cinzento, vermelho, são hipônimos do hiperônimo cor. No mesmo nível hierárquico, os hipônimos de um mesmo hiperônimo, por possuírem semas semelhantes, podem estabelecer entre si outras relações semânticas, como a sinonímia, a antonímia ou a heteronímia. HIPERONÍMIARelação semântica de superordenação hierárquica que uma palavra assume em relação à outra (o hipônimo) em virtude da sua maior abrangência de sentido. O hiperôni- mo é etimologicamente um nome que está numa posição hierárquica superior (hiper) por ser capaz de incluir outras palavras - os seus hipônimos; ou seja, comporta-se como um nome de espécie ou de classe, mais genérico, menos restrito, a que pertencem subclasses de palavras coloca- das num nível inferior na hierarquia do significado. Assim, a hiperonímia só é entendida em relação à hiponímia. Por exemplo, a palavra fruta é hiperônima em relação à maçã, pera, banana, laranja ou ao pêssego. A palavra animal é um hiperônimo de cão, gato, leão, tigre, elefante, girafa, rinoceronte, etc. Ou ainda, a palavra vestuário é um hipe- rônimo de camisa, calças, saia, casaco, cachecol, etc. HOLONÍMIA Em termos bem objetivos, é o todo pela parte, ou seja, é uma palavra: “corpo”, em relação as suas partes: cabeça, pernas, braços, pés, etc. Neste caso, “corpo” tem uma relação de holonímia, quer dizer, de hierarquia semântica, com “pés”. Assim também acontece com: computador e monitor; alfabeto e letras; carro e cinto de segurança, etc. MERONÍMIA É o contrário da holonímia, ou seja, é a parte pelo todo. Logo, a parte por si só, “teclas” infere o todo “teclado” e faz relação semântica com o mesmo, chamada de mero- nímia. Quando digo ou escrevo o merônimo “dentes”, lembro-me de seu holônimo “boca” ANTONÍMIA são palavras que possuem significados con- trários, como largo e estreito, dentro e fora, grande e pe- queno. O importante é saber que os significados são opostos, excluem-se. Exemplos: bom x mau bem x mal condenar x absolver simplificar x complicar HOMONÍMIA é a identidade fonética e, ou gráfica de pala- vras com significados diferentes. Existem três tipos de homônimos: • Homônimos homógrafos – palavras de mesma grafia e significado diferente. Exemplo: jogo (substantivo) e jo- go (verbo). • Homônimos homófonos – palavras com mesmo som e grafia diferente. Exemplo: cessão (ato de ceder), ses- são (atividade), seção (setor) e secção (corte). • Homônimos perfeitos – palavras com mesma grafia e mesmo som. Exemplo: planta (substantivo) e planta (verbo); morro (substantivo) e morro (verbo). PARONÍMIA é a semelhança gráfica e, ou fonética entre palavras. Exemplos de parônimos: Outros exemplos de homônimas e parônimas: Acender (atear fogo) e ascender (subir); acento (sinal gráfico) e assento (cadeira); ao invés de (ao contrário de) e em vez de (e lugar de); apreçar (tomar preço) e apressar (dar pressa); asado (alado) e azado (oportuno); assoar (limpar o nariz) e assuar (vaiar); acerca de (a respeito de), a cerca de (distância aproximada) e há cerca de (aproximadamente tempo que passou); à-toa (ruim) e à toa (sem rumo); descriminar (inocentar) e discriminar (separar); despensa (depósito) e dispensa (licença); fla- grante (evidente) e fragrante (perfumoso); mandado (ato de mandar) e mandato (procuração); paço (palácio) e passo (marcha); ratificar (confirmar) e retificar (corrigir); tapar (fechar) e tampar (cobrir com a tampa); vultoso (volumoso) e vultuoso (rosto inchado). Lista com alguns homônimos e parônimos: afim = semelhante, com afinidade a fim de = com a finalidade de amoral = indiferente à moral imoral = contra a moral, libertino, devasso arrear = pôr arreios arriar = abaixar bucho = estômago de ruminantes buxo = arbusto ornamental caçar = abater a caça cassar = anular cela = aposento sela = arreio censo = recenseamento senso = juízo cessão = ato de doar seção ou secção = corte, divisão sessão = reunião chá = bebida xá = título de soberano no Oriente chalé = casa campestre xale = cobertura para os ombros cheque = ordem de pagamento xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo comprimento = extensão cumprimento = saudação concertar = harmonizar, combinar consertar = remendar, reparar conjetura = suposição, hipótese conjuntura = situação, circunstância coser = costurar cozer = cozinhar deferir = conceder diferir = adiar descrição = representação discrição = ato de ser discreto despercebido = sem atenção, desatento desapercebido = desprevenido discente = relativo a alunos docente = relativo a professores emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrante = o que sai imigrante = o que entra eminente = nobre, alto, excelente iminente = prestes a acontecer esperto = ativo, inteligente, vivo experto = perito, entendido espiar = olhar sorrateiramente expiar = sofrer pena ou castigo estada = permanência de pessoa estadia = permanência de veículo fúsil = que se pode fundir fuzil = carabina fusível = resistência de fusibilidade calibrada incerto = duvidoso inserto = inserido, incluso indefesso = incansável indefeso = sem defesa infligir = aplicar pena ou castigo infringir = transgredir, violar, desrespeitar intemerato = puro, íntegro, incorrupto intimorato = destemido, valente, corajoso intercessão = súplica, rogo interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas laço = laçada lasso = cansado, frouxo soar = produzir som suar = transpirar sortir = abastecer surtir = originar sustar = suspender suster = sustentar tacha = brocha, pequeno prego taxa = tributo tachar = censurar, notar defeito em taxar = estabelecer o preço Praticando com Edvaldo 01.(Idecan 2024) A partir dos sentidos possíveis para os termos destacados, no contexto seguinte, marque a al- ternativa correta. “Enquanto essas simplificações permanecem nos limi- tes do idiossincrático, parece não haver maiores pro- blemas, afinal cada um acredita naquilo que bem lhe apraz. Contudo, quando essas simplificações ultra- passam tais limites e começam a sustentar ações pa- ra além do idiossincrático, a situação se torna, no mí- nimo, preocupante.” A) O pensamento genérico, quando se torna particular, torna-se preocupante. B) O pensamento genérico, quando se torna particular, torna-se apraz. C) O pensamento individual, quando se torna apraz, torna-se inquietante. D) O pensamento genérico, quando se torna apraz, tor- na-se preocupante. E) O pensamento particular, quando se torna genérico, torna-se inquietante. 02.(Idecan 2023) Determine a alternativa em que se man- tém a correção gramatical e a preservação de sentido. A) “De repente uma ideia perpassou no espírito do mo- ço, que o fez estremecer” / Repentinamente uma ideia perpassou no espírito do moço, que o fez sorrir B) “A alma pede a crença, a fé, a esperança, de que se geram as flores” / A alma insta a crença, a fé, a es- perança, do que se geram as flores. C) “Embora estivesse ainda bem conservada” / Por- quanto estivesse ainda bem conservada. D) “Sondou o interior da concha, que servira de regaço ao feiticeiro pezinho” / Sondou o interior da concha, que aconchegaria o perfumado pezinho. E) “Então o velho precisa do bordão, uma das mãos torna-se pé” / Então o ancião precisa do cajado, uma das mãos transfigura-se em pé. 03.(Idecan 2021) O país está prestes a assumir a presi- dência do Conselho da Europa. O segmento sublinhado no período acima pode ser substituído, mantendo-se o mesmo sentido, por A) na eminência de B) apartado de C) na imanência de D) na iminência de 04.(Idecan 2021) Ao invés de narrativas complexas, que levam em consideração o ponto de vista das comuni- dades e suas nuances, nos restam fragmentos por ve- zes desencontrados de biólogos alemães sucumbindo ao calor dos trópicos. Assinale a alternativa em que o termo indicado NÃO poderia substituir a expressão sublinhada no período acima, sob pena de prejuízo semântico. A) Ao contrário de B) Em vez de C) Ao inverso de D) De maneira oposta a Se as trutas estão "curtindo" as drogas, como parecem estar no estudo recente, podem ficar inclinadas a rondar tubulações por onde o efluente é descarregado. 05.(Idecan2021) Assinale a alternativa em que a palavra NÃO poderia substituir no texto o termo sublinhado acima, sob pena de forte alteração de sentido. A) propensas B) atreitas C) tendentes D) arrefecidas E) dispostas 06.(Idecan 2021) Cerca de 269 milhões de pessoas em todo o mundo usam drogas a cada ano. A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Alterando-se o conteúdo, independentemente de sua veracidade, ocorreria impropriedade vocabular na escolha da expressão "cerca de" caso o quantita- tivo fosse aletrado para "269 pessoas". II. Apesar de não preferida, gramaticalmente estaria correta a construção "Cerca de 269 milhões de pes- soas em todo o mundo são viciados". III. A expressão "cerca de" poderia ser substituída, no período, sem provocar alteração de sentido, por "perto de" Assinale A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se nenhuma afirmativa estiver correta. E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 07.(Idecan 2021) Tua jangada afoita enfune o pano! (ver- so 19) O verbo enfunar NÃO poderia ser substituído, sob pena de grave alteração de sentido, por A) inchar. B) desapertar. C) intumescer. D) aflar. E) empandeirar. 08.(Idecan 2019) A respeito da leitura da tirinha, analise as afirmativas a seguir: I. A palavra nuvem está sendo empregada em sentido conotativo. II. O pressuposto para o entendimento da tirinha é o conhecimento de que o Grilo Falante é personagem da história de Pinóquio. III. A inferência comparativa entre as duas nuvens se comprova pela imagem e pelo texto do segundo quadrinho. Assinale A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se todas as afirmativas estiverem corretas. E) se nenhuma afirmativa estiver correta. 09.(Idecan 2015) Releia os excertos a seguir: I. “À medida que me adaptava à vida em São Paulo, e aos círculos menos inóspitos da vida universitá- ria,...” II. “Por aqui, debate, conflito e contraponto não sensi- bilizam consensos, mas melindres.” III. “Aquela lição canhestra herdada da ditadura, a de que política não se discute, ainda faz estragos...” Os termos destacados significam, no contexto, respec- tivamente, A) adequados – elogios – legítima. B) produtivos – julgamentos – abrupta. C) interessantes – despautérios – eficaz. D) hostis – ressentimentos – equivocada. 10.(Idecan 2014) Analise as afirmativas. I. O motorista que dirige bêbado não apresenta difi- culdade em _______________ as imagens que vê. II. Uma das funções dos policiais rodoviários é a de combater o _______________ de drogas. III. O motorista pego sem habilitação será autuado porque _______________ a lei. Assinale a alternativa que completa correta e sequen- cialmente as afirmativas anteriores A) discriminar / tráfico / infringiu B) descriminar / tráfego / infligiu C) descriminar / tráfico / infringiu D) descriminar / tráfico / infligiu E) discriminar / tráfego / infringiu As modificações das palavras (substantivo, artigo, adjeti- vo) recebem o nome de flexão. A flexão pode ser: a) de NÚMERO: singular (um só ser) ou plural (mais de um ser). b) de GÊNERO: masculino ou feminino. c) de GRAU: aumentativo (maior que o normal) ou diminu- tivo (menor que o normal). Flexão de Número SUBSTANTIVOS SIMPLES Nos dicionários, as palavras aparecem no singular. Para passá-las para o plural, é preciso seguir certas regras: 1. Se as palavras terminarem em vogal, acrescenta-se S. Ex.: a - as; elegante - elegantes; siri - siris; trabalho - traba- lhos; tatu - tatus etc. 2. Se as palavras terminarem em R ou Z, acrescenta-se ES. Ex.: jantar - jantares; faquir - faquires; vez - vezes; luz - luzes etc. 3. Se as palavras terminarem em AL, EL, OL, UL, troca-se o L por IS. Ex.: casal - casais; anel - anéis; lençol - lençóis; azul - azuis etc. 4. Se as palavras terminarem em IL, troca-se: a) o L por S nas oxítonas. Ex.: barril - barris; funil - funis etc. b) o IL por EIS nas paroxítonas. Ex.: fácil - fáceis; fértil - férteis etc. 5. Se as palavras terminarem em ÃO, há três maneiras de formar o plural: a) Acrescenta-se S. Ex.: mão - mãos; irmão - irmãos etc. b) Troca-se o ÃO por ÃES. Ex.: pão - pães; capitão - capitães etc. c) Troca-se o ÃO por ÕES. Ex.: patrão - patrões; leitão - leitões etc. OBS.: algumas palavras terminadas em ÃO têm mais de um plural. ADJETIVOS SIMPLES a) Os adjetivos simples formam o plural da mesma ma- neira que os substantivos simples. OBS.: os substantivos empregados como adjetivos ficam INVARIÁVEIS: bolsas café, homens monstro. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2019) Dentre as alternativas a seguir, uma não apresenta um vocábulo composto. Assinale-a. A) psicoterapia B) terça-feira C) psicóloga D) pós-traumático E) psicanalista 02.(Idecan 2018) A palavra “Bonitão”, tal como utilizada no texto, comporta-se como um A) verbo. B) adjetivo. C) advérbio. D) substantivo. 03.(Idecan 2016) Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO pertence à mesma classe gramatical dos demais. A) gesto leviano B) pequeno vaso. C) falsa modéstia. D) silêncio criminoso. 04.(Idecan 2016) Assinale o único termo que se encontra no aumentativo. A) Relação. B) Situação. C) Facalhão. D) Educação. 05.(Idecan 2016) São palavras que se apresentam no feminino, EXCETO: A) Estresse. B) Hipótese. C) Depressão. D) Enfermidade. FORMAÇÃO DO PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS ▪ As duas palavras vão para o plural Substantivo + substantivo Ex.: tenente-coronel → tenentes-coronéis carta-bilhete → cartas-bilhetes Substantivos + adjetivos Ex.: amor-perfeito → amores-perfeitos obra-prima → obras-primas Adjetivo + substantivo Ex.: livre-pensador → livres-pensadores gentil-homem → gentis-homens Numeral + substantivo Ex.: quinta-feira → quintas-feiras ▪ Só a primeira palavra vai para o plural Quando as duas palavras são ligadas por preposição Ex.: pé-de-moleque → pés-de-moleque pão-de-ló → pães-de-ló Quando à segunda palavra limita ou determina a primeira: Ex.: pombo-correio → pombos-correio fruta-pão → frutas-pão OBSERVAÇÃO: Nesse caso, também é correto colocar no plural os dois elementos: pombos-correios, frutas-pães. ▪ Só a segunda palavra vai para o plural Quando as palavras forem ligadas sem hífen Ex.: passatempo → passatempos girassol → girassóis Quando for verbo + substantivo Ex.: beija-flor → beija-flores quebra-mar → quebra-mares Com palavras repetidas Ex.: tico-tico → tico-ticos reco-reco → reco-recos Quando a primeira palavra for invariável Ex.: sempre-viva → sempre-vivas ▪ As duas palavras ficam invariáveis Com Verbo + Advérbio Ex.: o bota-fora → os bota-fora Com Verbo + Substantivo no plural Ex.: o saca-rolhas → os saca-rolhas FORMAÇÃO DO PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Os adjetivos compostos só recebem o plural no último elemento e somente se esse último elemento for adjetivo. Se o último elemento não for adjetivo, então o plural do adjetivo composto será exatamente igual ao seu singular. Ex.: tecido verde-claro → tecidos verde-claroS. Roupa verde-garrafa → roupas verde-garrafa. Não é adj. é subs. OBSERVAÇÃO: Existem adjetivos compostos que não seguem a regra acima: • O adjetivo surdo-mudo, que tem plural nas duas pala- vras.Ex.: meninos surdoS-mudoS. • O adjetivo azul-marinho, que é invariável, isto é, não tem plural em nenhuma das duas palavras. Ex.: roupas azul-marinho. • O adjetivo azul-celeste, que também é invariável. Ex.: cortinas azul-celeste. PRATICANDO COM EDVALDO 01.(Idecan 2014) Esta semana, uma revista de automó- veis trouxe o lançamento de um novo modelo de carro e publicou o seguinte comunicado: “Ele pode ser ad- quirido na cor verde-clara, já vem com porta-copo e al- to-falante de série”. Marque a alternativa que apresen- ta corretamente o plural dos substantivos compostos. A) verde-claras / porta-copos / alto-falantes B) verde-clara / portas-copos / alto-falantes C) verde-claras / porta-copos / altos-falantes D) verdes-claras / porta-copos / altos-falantes E) verdes-claras / portas-copos / altos-falantes 02.(Idecan 2014) Analise as afirmativas e, em seguida, complete-as com o plural do substantivo composto en- tre parênteses. I. Ele sempre tinha medo de ir aos ___________________. (cirurgião-dentista) II. Na clínica de Ana, existem muitas casinhas de ____________________. (João-de-barro) III. Os médicos recomendam que se comam algumas ___________________ todos os dias. (banana-maçã) IV. Todas as ___________________ João corre para man- ter a saúde. (sexta-feira) Assinale a alternativa que completa, correta e sequen- cialmente, as afirmativas anteriores. A) cirurgiões-dentista / Joões-de-barro / bananas- maçãs / sextas-feira B) cirurgiões-dentista / Joões-de-barros / bananas- maçã / sexta-feiras C) cirurgiões-dentistas / Joões-de-barro / bananas- maçã / sextas-feiras D) cirurgiões-dentistas / Joões-de-barros / bananas- maçã / sextas-feira E) cirurgiões-dentista / Joões-de-barros / bananas- maçãs / sextas-feiras 03.Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos guarda-louça, quinta- feira, manga-rosa, fruta-pão e reco-reco. A) Guardas-louças, quintas-feiras, mangas-rosas, fru- tas-pães, reco-recos. B) Guardas-louças, quinta-feiras, manga-rosas, frutas- pães, recos-recos. C) Guarda-louças, quinta-feiras, mangas-rosas, frutas- pão, recos-recos. D) Guarda-louças, quintas-feiras, mangas-rosas, frutas- pão, reco-recos. E) Guarda-louças, quinta-feiras, mangas-rosas, frutas- pães, reco-recos. 04.Indique a alternativa onde se encontram os dois subs- tantivos que formam o plural como escrivão e guarda- roupa, respectivamente: A) bênção / papel-moeda B) irmão / salário-família C) capelão / guarda-sol D) razão / guarda-chuva 05.Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos casa-grande, flor-de- cuba, arco-íris e beija-flor. A) Casa-grande, flor-de-cubas, os arco-íris, beijas-flor. B) Casas-grandes, flores-de-cuba, arcos-íris, beijas- flores. C) Casas-grandes, as flor-de-cubas, arcos-íris, os beija- flor. D) Casas-grandes, flores-de-cuba, os arco-íris, beija- flores. 06.Coloque a frase abaixo no plural, indicando a alternati- va correta: “O guarda-noturno luso-brasileiro sempre desconfiou do chefe de seção”. A) Os guardas-noturnos lusos-brasileiros sempre des- confiaram dos chefes de seção. B) Os guardas-noturnos luso-brasileiros sempre des- confiaram dos chefes de seções. C) Os guarda-noturnos luso-brasileiros sempre descon- fiaram dos chefes de seção. D) Os guardas-noturnos luso-brasileiros sempre des- confiaram dos chefes de seção. 07.Assinale a alternativa em que nem todas as palavras estão corretamente flexionadas: A) fogões-a-gás, os pisa-mansinho, os bota-fora B) tenentes-coronéis, quintas-feiras, sempre-vivas C) abaixos-assinados, altares-mor, capitães-aviadores D) os bem-me-queres, amores-perfeitos, quero-queros 08.O item em que a palavra se flexiona como em ave- maria é: A) hotel-escola B) amor-perfeito C) amarelo-canário D) guarda-chuva Leia com atenção a frase abaixo: Edvaldo deitou tarde. Edvaldo ainda dormia quando, de ma- nhã, a vizinha de Edvaldo chamou Edvaldo. Como você observou, a frase apresenta uma repetição do nome, do substantivo Edvaldo. Essa repetição torna a frase bastante incomum para nós, torna-se até mesmo meio esquisita. Mas... como evitar essa repetição? A repetição pode ser evitada se trocarmos a palavra Ed- valdo por outras que a substituam adequadamente. As- sim: Edvaldo deitou tarde. Ele ainda dormia quando, de manhã, sua vizinha chamou-o. Observe, então, que as palavras ele, sua e o estão substi- tuindo o substantivo, o nome Edvaldo Elas estão no lugar do nome. Elas são pronomes. Podemos dizer, portanto, que: Pronomes são palavras que representam (substituem um substantivo), ou o acompanham, limitando sua significação. Outros exemplos de pronomes: Edvaldo, encontrei tua caneta no chão, mas não a apanhei pois ela estava quebrada. Tua → de Edvaldo a, ela → caneta ▪ Pronomes substantivos e adjetivos Quando um pronome é empregado junto de um substanti- vo, ele é chamado de pronome adjetivo e quando um pro- nome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado de pronome substantivo. Ex.: Alguém pode adivinhar nossas vontades? alguém → pronome substantivo (pois está sozinho) nossas → pronome adjetivo(pois está junto do substanti- vo vontades) Encontrei tua caneta, mas não a apanhei. tua → pronome adjetivo a → pronome substantivo Coloque: (1) pronome substantivo (2) pronome adjetivo a) Nestas aulas aprendemos o que ele ensina. ( )( ) b) Aquela camisa é linda. ( ) c) Qualquer aluno poderia gostar do professor e de suas manias. ( ) ( ) d) Nosso desejo é que ele troque a camisa. ( ) ( ) CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES Os pronomes classificam-se em: • pessoais • possessivos • demonstrativos • indefinidos • interrogativos • relativos A seguir um quadro com todas as formas do pronome pessoal: Pronomes Pessoais Num P. Retos oblíquos Átonos Tônicos Sing 1ª 2ª 3ª eu tu ele me te o a lhe se mim, comigo ti, contigo ele si consigo Plur. 1ª 2ª 3ª nós vós eles nos vos os as lhes se Nós conosco vós convosco eles si consigo Emprego dos pronomes pessoais • Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos, e se podem indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pro- nomes são chamados pronomes reflexivos. Ex.: Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) → pronome reflexivo. • Os pronomes oblíquos se, si e consigo são sempre reflexivos. Ex.: Márcia só pensa em si. (= pensa nela mesma) O rapaz feriu-se (= feriu a ele próprio) Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo) Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se- guir são gramaticalmente incorretas. Marcos, eu preciso falar consigo erro Eu gosto muito de si, minha amiga. erro • Os pronomes oblíquos nos, vos e si, quando significam um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nes- se caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos. Ex.: Os jogadores se abraçavam após o gol. se (= um ao outro) → pronome reflexo recíproco. • Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode funcio- nar como complemento, nunca como sujeito. Daí termos frases como: Ela trouxe o livro para eu ler. (correto) sujeito Ela trouxe o livro para mim. (correto) Não pode ser sujeito Ela trouxe o livro para mim ler. (errado) Não pode ser sujeito • Entre todos os pronomes pessoais somente os pro- nomes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a fun- ção de