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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Direito Constitucional
Constitucionalismo
Tipo de movimento político baseado em um regime constitucional, ou seja, que utiliza uma
Constituição para comandar o país. Esse movimento é responsável pelo desenvolvimento do conceito
de Constituição, bem como de seu conteúdo e organização. O constitucionalismo moderno começou
na Europa com a revolta da burguesia contra o poder econômico e o Estado Monárquico.
As primeiras constituições possuíam apenas a organização do Estado, bem como os direitos e
garantias das liberdades individuais. Esse modelo durou até a metade do século XX, que logo depois
foi substituído pelas constituições da Alemanha (Weimer - 1919) e do México (1917), que garantiam
direitos culturais, sociais e econômicos. Já nos Estados Unidos a primeira surgiu com a Revolução
Norte-Americana.
Constituição
É a lei das leis, um conjunto de normas escritas ou não, com os princípios que regem ou organizam
um Estado. Pode ser chamada de Carta Magna, Lei Suprema, etc.
Regime Constitucional
Tipo de regime que se baseia na Constituição, no que a Lei Magna diz a respeito de um determinado
tema.
Estado
Uma sociedade organizada de forma política, fixada em um território, com um poder soberano
responsável por governar um povo e com a finalidade de trazer o bem comum.
O Que É Direito Constitucional?
O Direito Constitucional faz parte do Direito Público e é focado no estudo dos princípios e normas
que organizam o Estado, os poderes, os órgãos públicos, bem como os direitos individuais e
coletivos. Está acima de todos os outros ramos do direito e seu objeto de estudo é a Constituição
Política do Estado, principal documento que deve ser respeitado e obedecido.
Faz parte do Direito Constitucional as seguintes disciplinas:
Direito Constitucional Positivo ou Particular - responsável por interpretar, criticar e sistematizar
as normas existentes em determinado Estado. Por exemplo, é aquela que estuda a Constituição
Brasileira ou a Americana, etc.
Direito Constitucional Comparado - é feita uma comparação entre diferentes constituições para
obter informações sobre diferenças e semelhanças essenciais para o estudo jurídico.
Direito Constitucional Geral - estuda a teoria geral do direito constitucional, tais como
hermenêutica, interpretação e aplicação das normas, conceito, etc.
O Direito é dividido em dois grupos: Direito Privado que trata das normas que regulam as relações
individuais e dos indivíduos com o Estado (sem que este esteja na sua condição de poder); e
o Direito Público que corresponde às normas que regulam as atividades e funções do Estado,
servidores e particulares.
História Do Direito Constitucional
Constitucionalismo Antigo
Desde os primórdios, o homem tinha a necessidade de organizar as relações sociais e políticas. Nos
tempos antigos, as primeiras civilizações se guiavam a partir dos seus costumes que deviam ser
respeitados. Um exemplo disso, é o povo hebreu, cuja história, está descrita na Bíblia. Apesar de não
terem regras escritas em uma constituição, todo o povo as conhecia.
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Uma das leis escritas mais antigas do mundo surgiu no reinado de Hamurabi (1728 a 1686 a.C), do
Império Babilônico. A lei era conhecida como o Código de Hamurabi, formada por 282 artigos. Suas
penalizações eram apoiadas no princípio de “olho por olho, dente por dente” (a lei de talião), ou seja,
o autor do delito deveria sofrer o mesmo castigo que teria causado à vítima.
No constitucionalismo antigo, havia apenas um governo para liderar as cidades-estados, exemplo
disso são o Império Romano, o Império Grego e também Persa. As constituições eram apoiadas nos
costumes, tradições e hábitos populares, bem como em leis e documentos separados. Portanto, não
existia uma constituição escrita e rígida.
Constitucionalismo Na Grécia
A Grécia, por exemplo, foi um dos primeiros locais a valorizar o Estado e sua importância, tanto na
prática, quanto na teoria. Entre 1200 a.C a 800 a.C a organização do Estado era marcada pelo
genos, um tipo de clã familiar, onde cada um era liderado por uma pessoa mais velha (chamada
pater, um tipo de chefe patriarca do clã), com autoridade política, religiosa e militar. Nesse período, a
sociedade vivia em igualdade e, portanto, não havia a divisão de classes sociais.
Esse sistema começou a declinar no século VIII a.C., com o crescimento da população. Assim, surgiu
a polis (cidade-estado), um território pequeno formado pelos cidadãos, dotado de vida pública,
protegido por uma fortaleza. Naquele tempo, a polis significava o Estado e também a religião do
cidadão grego. A polis prevaleceu até o século V a.C., quando a monarquia se transformou em
oligarquia.
Na política, outro exemplo de cidade que passou por todos os modelos políticos foi Atenas, que
utilizou a monarquia, oligarquia, tirania e por último a democracia. Todas essas sociedades antigas
tais como egípcios, sumérios, assírios, palestinos, dentre outros, tinham leis baseadas em princípios,
normas, tradições e costumes que não se encontravam em apenas um documento.
Constitucionalismo Romano
A República de Roma vivia em intensos conflitos entre a plebe e os patrícios, nos séculos V e III a.C.
Uma das principais causas disso, eram a reclamação dos direitos políticos pelos plebeus. Um fato
que aconteceu foi a organização de um exército para ir ao Monte Sagrado e realizar essa
reinvindicação. Os patrícios precisavam dos plebeus para atividades diversas e, por isso,
concordaram que eles tivessem representação na vida política. Foram criados os tribunos da plebe,
que tinha o poder de vetar leis que fossem contra os interesses dos plebeus.
Aproximadamente em 450 a.C surgiram as Leis das XII Tábuas, uma lei válida para todos, mas
ainda sim, havia escravidão por contrair dívidas e matrimônio ilegal entre patrícios e plebeus. Em 445
a.C. foi aprovada a Lei da Canuléia que permitia o casamento entre camadas sociais diferentes, e
em 336 a.C., surgiu a Lei da Licínia que aboliu a escravidão em caso de dívidas. Os plebeus ainda
insatisfeitos, lutaram para participar do consulado, direito que foi concedido.
No Império Bizantino, que teve início em 395, quando o Imperador Teodósio dividiu o Império
Romano em ocidental e oriental, a parte oriental sobreviveu dos ataques bárbaros até a sua
independência em 1453, quando foi dominada pelos turcos otomanos. Um dos governos mais
expressivos para a área do Direito foi o de Justiniano (527-565), pois ele foi responsável por revisar e
codificar o Direito Romano. Com isso, foram convocados os mais importantes juristas bizantinos,
que tiveram a orientação de Triboniano, um destacado jurista do período, cuja finalização resultou na
produção do Código de Direito Civil.
Constitucionalismo Medieval
Já na Idade Média houve uma reformulação na vida política e o poder passou para as mãos daqueles
que tinham grandes riquezas e terras. O sistema que prevaleceu entre os séculos IX a XI, na Europa
Ocidental foi o feudalismo. Com o fim do Império Romano, quem dominou foi a Igreja e os senhores
feudais. O poder deste último enfraqueceu o Estado, mas em contrapartida fortaleceu a Igreja. Assim,
o Direito se baseava naquilo em que a igreja orientava e não na vontade do governante, havia um
acordo entre ambos, que deu origem ao contrato social, ideia desenvolvida no século XVII e fixada no
século XVIII.
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Mas, com o advento da Idade Moderna, o rei passou a ser o representante do povo e se estabeleceu
o Estado Absolutista.
Um dos principais modelos de constitucionalismo medieval aconteceu com a Magna Carta inglesa
de 1215, em que houve limitação do poder do rei, a partir desteSúmula 645
[23]
do STF), mas a fixação do horário bancário para atendimento ao público
é da competência da União (Súmula 19
[24]
STJ).
O inciso II do art. 30 (Compete aos Municípios suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber), por sua vez, trata da competência legislativa suplementar do Município. A Constituição de 88
inovou, atribuindo ao Município uma competência legislativa que não possuía nas Constituições
anteriores. O termo suplementar é impreciso, porque pode significar complementar (complementar
uma presença) ou suprir (suprir uma ausência). De acordo com Fernanda Dias Menezes de Almeida,
a melhor exegese da Carta Constitucional indica que a competência suplementar dos Municípios
alcança tanto a complementar quanto a supressiva, interpretação correta, pois impede restrição à
autonomia municipal.
Parece-nos que a competência conferida aos Estados para complementarem as normas gerais da
União não exclui a competência do Município para fazê-lo também. Mas o Município não poderá
contrariar nem as normas gerais da União, o que é óbvio, nem as normas estaduais de
complementação, embora possa também detalhar estas últimas, modelando-as mais adequadamente
às particularidades locais. Da mesma forma, inexistindo as normas gerais da União, aos Municípios,
tanto quanto aos Estados, se abre a possibilidade de suprir a lacuna, editando, normas gerais
[25]
.
Além disso, como diz Manoel Gonçalves Ferreira Filho
[26]
, "não se pode aceitar a interpretação literal
do inciso II, no sentido dele autorizar o Município a legislar sobre qualquer matéria, complementando
ou suprimindo a legislação federal ou estadual". A doutrina é assente o sentido de que a competência
suplementar, prevista no inciso II do art. 30, é exercida exatamente em relação às matérias previstas
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no art. 24, uma vez que o Município não se encontra incluído no rol dos entes dotados de
competência concorrente.
É O Que Explica Regina Maria Macedo Ney Ferrari,
[...]o art. 24 refere-se apenas à União, Estados e ao Distrito Federal, não incluindo nesse elenco a
figura do Município, admitindo a competência suplementar apenas em relação aos Estados. O art. 30,
II, veio, de certa forma, suprir a falha do art. 24; não criando competência para o Município, mas
admitido que ele tenha competência legislativa suplementar da legislação federal e estadual, naquilo
que couber, ou seja, dentro dos assuntos de interesse local
[27]
.
Vale destacar que, nessa competência suplementar do Município, o termo no que couber, como
explica Élcio Reis Fonseca
[28]
, deve ser entendido como "desde que presente o interesse local,
poderá o Legislativo municipal legislar supletivamente". Quer dizer, somente admite a suplementação
da legislação federal ou estadual se houver interesse local, pois, como explica Fernanda Dias
Menezes de Almeida
[29]
, nenhum sentido haveria, por exemplo, em o Município suplementar a
legislação estadual atinente à organização da justiça estadual, já que trata de matéria de
competência dos Estados, conforme art. 25 da Constituição Federal de 88, sem qualquer interesse
local.
Noções de Direito Constituciona
CONCEITO: É um ramo do Direito Público que regula a Lei de Organização Geral do Estado, com o
fim de resguardar a soberania social e econômica dos órgãos e das pessoas que constituem um
Estado Organizado. O Direito Constitucional possui normas de hierarquia superior frente a outras
normatizações existentes no Estado.
Constituição – Lei estrutural e fundamental de um Estado, que visa à organização de seus poderes
políticos, suas formas de manifestação e governo.
Classificação – As constituições podem ser classificadas quanto ao conteúdo, à forma, ao modo de
elaboração, à origem, à estabilidade, à extensão e à finalidade.
Quanto ao Conteúdo – As constituições podem ser materiais – não possuem codificação em texto
único, mas existem como normas materiais, mesmo que isoladas; ou formais – normas que se
expressam de forma escrita e inseridas em texto constitucional.
Quanto a Forma – Há a constituição escrita – O texto constitucional vem grafado em documento
único; e a não-escrita – suas regras são esparsas e se encontram em diversos textos, costumes,
doutrinas e jurisprudências (que são os julgamentos reiterados sobre determinado assunto).
Quanto ao Modo de Elaboração – Podem ser dogmáticas – um produto escrito e sistematizado por
um órgão constituinte; ou históricas – baseadas em costumes, convenções, jurisprudências e outros
textos.
Quanto à Origem – São promulgadas – também denominadas democráticas ou populares, as quais
derivam de representantes diretos do povo; ou outorgadas – podem ser impostas diretamente ao
povo, com ou sem sua ratificação.
Quanto à Estabilidade – Podem ser: imutáveis – é vedada qualquer alteração em seu texto; rígidas –
sua alteração só ocorre através de um processo legislativo mais solene; flexíveis – não exigem
procedimento mais solene para sua modificação; e ainda semiflexíveis ou semi-rígidas – Para alguns
assuntos contêm limitações flexíveis e para outros, limitações mais rígidas.
Quanto à Extensão e à Finalidade – Podem ser: sintéticas – possuem apenas normas e princípios
sintéticos de ordenamento do Estado; ou analíticas – mais abrangentes, abordam todos os assuntos
relevantes à formação e ao funcionamento do Estado.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL DE 1988 – É formal, escrita, dogmática, promulgada,
rígida e analítica.
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Poder Constituinte – É a manifestação da soberania, da vontade política e social de um povo
organizado, a qual se expressa por meio de sua lei máxima, a constituição.
Espécies de Poder Constituinte
Poder Constituinte Originário – É o poder de se criar uma constituição, continuando sua originaridade
mesmo que venham sendo criadas novas constituições.
Poder Constituinte Derivado – É poder que vem inserido na própria constituição, que tem limitações e
é passível de controle de constitucionalidade.
Poder Constituinte Derivado Reformador – Exercido por órgãos representativos, é o poder de se
alterar a constituição respeitando a regulamentação contida no próprio texto constitucional.
Poder Constituinte Derivado Decorrente – É o poder que os Estado membros têm de criar suas
próprias constituições, respeitando as normas contidas na Constituição Federal.
Organização do Estado Brasileiro (art. 1º) - A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos: - a soberania; - a cidadania; - a dignidade da pessoa humana; - os
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - e o pluralismo político.
República – Forma de governo que se caracteriza pela eleição periódica do Chefe de Estado.
Federação – É a existência de vários Estados que, uma vez unidos, formam uma soberania por meio
do Estado Federal que os representa.
Soberania – Supremacia do Estado brasileiro na ordem de política externa e interna.
Cidadania – É a titularidade dos direitos políticos e civis de cada cidadão, os quais devem ser
garantidos e preservados.
União – Exerce as atribuições da soberania sem ser um estado membro, agindo em nome de toda a
Federação, interna e externamente.
Estados Membros – Têm independência relativa, pois existem de forma não-dependente no que se
refere à certa autonomia administrativa e financeira, mas estão ligados diretamente à Federação.
Municípios – Células de composição dos estados membros, as quais existem de forma independente
no que se refere a certa autonomia administrativa e financeira, estando ligados diretamente aosestados que compõem.
Poderes (art. 2º) - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Legislativo – Sua função básica é a elaboração de leis. Na esfera federal é exercido pelo Congresso
Federal e é bicameral - composto da Câmara dos Deputados e do Senado. Nos estados e
municípios, é unicameral.
Executivo – Sua função básica é a administração do Estado em conformidade com a legislação
específica. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República. Sua função atípica é legislar
e julgar em temas ligados a sua esfera de atuação.
Judiciário – Tem como função basilar a pacificação de litígios por meio da jurisdição, ou seja, cabe ao
Judiciário a distribuição da justiça pela aplicação das normas preexistentes e elaboradas pelo poder
legislativo.
Processo Legislativo – Conjunto coordenado de disposições que disciplinam a elaboração de leis, em
conformidade com a Constituição. Seqüência de atos a serem praticados pelos órgãos do Legislativo,
no que se refere à elaboração normativa.
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Processo Legislativo Ordinário
Fase introdutória – é a fase de iniciativa de lei, que pode ser provocada por alguém ou algum órgão
que apresenta o necessário projeto de lei. Essa iniciativa pode ser efetivada pelos membros do
Congresso (parlamentar), ou pelo Presidente (extra-parlamentar).
Fase Constitutiva – depois da devida apresentação ao Congresso Nacional, haverá deliberação, por
meio de discussões e debates, sobre o projeto nas duas casas. O projeto pode ser aprovado ou
rejeitado. Caso seja aprovado, ainda será apreciado pelo Chefe do Executivo, o qual poderá vetar ou
sancionar a lei apresentada.
Fase Complementar – é a fase de promulgação da lei, a qual garante sua eficácia e notoriedade:
promulgação (certeza), e publicação (autenticidade)
1-Definições Iniciais:
1.1-Constituição- É o conjunto de normas jurídicas dotadas de “superlegalidade”; que estão
hierarquicamente acima de quaisquer outras no ordenamento jurídico de um dado país.
1.2- Normas Constitucionais : estão responsáveis pelos elementos orgânicos ou organizadores do
Estado – conjunto de normas que disciplinam a organização do poder do Estado, dos poderes
constituídos e de seu modo de aquisição – e dos elementos limitativos do poder – conjunto de
normas definidoras dos direitos fundamentais da pessoa, que põem limites ao poder do Estado.
Como exemplo temos as normas de organização temos aquelas que tratam da forma de Estado
(unitário ou federativo); da forma de Governo (república ou monarquia) e do regime de Governo
(parlamentarista ou presidencialista).
1.3-Direito Constitucional; instrumento formal de organização do Estado é modernamente
denominado de Constituição, sendo o ramo do direito público responsável pelo seu estudo, chamado
de direito constitucional. O direito constitucional é destacado por ser fundamental à organização e
funcionamento do Estado e tem por objeto de estudo a constituição política desse ser que se
convencionou chamar de Estado.
Direito Constitucional é, pois, “(...) o ramo do direito público que estuda os princípios e normas
estruturadoras do Estado e garantidoras dos direitos e liberdades individuais” (cf. Paulino Jacques),
estando tais normas em geral expressas no texto de uma ou de várias leis fundamentais, que
recebem a denominação de Constituição.
2-Constituição, Princípios Constitucionais E Poder Constituinte *
2.1- Constituição: Conceito, Função E Estrutura Das Normas Constitucionais.
Pode-se afirmar que a Constituição é o conjunto de normas e princípios que organizam os elementos
constitutivos do Estado (território, povo e governo). Sendo assim contém normas que dão estrutura
ao Estado, que estabelecem a forma de elaboração de outras normas e que fixam os direitos e as
responsabilidades fundamentais de cada cidadão, é que a Constituição passa a ser reconhecida
como Lei Fundamental, por ser a base de todo o direito positivo da comunidade que a adote, em
especial, naqueles países que possuem um sistema jurídico baseado na lei escrita, sobrepondo-se
aos demais atos normativos por estar situada no vértice da pirâmide jurídica, que está representada
por um conjunto de normas jurídicas vigentes em determinado âmbito espacial;
Segundo o autor Gomes Canotilho, a função da constituição é, conjuntamente:
•normatizar a constituição do Estado; •Racionalizar e limitar os Poderes Públicos;
•Fundamentar a ordem jurídica da comunidade; •Estabelecer um programa de ação.
As normas jurídicas de mais alto grau são as Normas Constitucionais e apresentam-se na
Constituição federal. Tais normas, ao contrário do que pode parecer, não possuem todas a mesma
relevância (ao menos do ponto de vista hermenêutico),isto é significa que alguma coisa é "tornada
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compreensível" ou "levada à compreensão". já que algumas veiculam simples regras, ao passo que
outras, verdadeiros princípios;
Pode-se definir princípio jurídico como um enunciado lógico, implícito ou explícito, que, por sua
grande generalidade, ocupa posição de preeminência no ordenamento jurídico e, por isso mesmo,
vincula de modo inexorável o seu entendimento e a aplicação das normas jurídicas;
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, princípio é, por definição, “ o mandamento nuclear de um
sistema, verdadeiro alicerce dele.” nesta visão entende-se como sistema a reunião ordenada de
várias partes que formam um todo, de tal sorte que elas se sustentam mutuamente e as últimas
(princípios) explicam as primeiras;
O Princípio Jurídico-Constitucional é uma norma jurídica qualificada, ou seja, aquela que, um âmbito
de validade maior, direciona a atuação de outras normas, mesmo as de nível constitucional.
Resumindo, os princípios constitucionais são, de um só turno, elementos de direito positivo, ou seja,o
direito positivo, em vigor para um povo determinado, abrange toda a disciplina da conduta humana e
inclui as Leis votadas pelo poder competente, os regulamentos e as demais disposições normativas,
qualquer que seja a sua espécie.
Reconhecendo a Constituição como um sistema (um todo composto de partes que correlacionam-se
de forma coerente e harmônica), a importância dos princípios constitucionais reside no papel
conformador, integrador e sobretudo que determinam do significado e do alcance das normas
constitucionais, como também das normas infraconstitucionais;
2.2- INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
A interpretação está embasada nas técnica de desvendar o verdadeiro significado da norma,
buscando aquilo que o legislador quis falar, aquilo que ele almeja que aconteça. A interpretação
(técnica) é diferente da hermenêutica, cujo conceito é mais abrangente e se constitui como a ciência
que se preocupa em estudar e sistematizar os processos aplicáveis para desvendar o sentido e o
alcance das normas.
A Constituição Federal deverá ser sempre interpretada, pois através da conjugação da letra com
fundamentação e características históricas e políticas do momento se encontrará o verdaeiro
significado da norma jurídica;
A Hermenêutica do Direito Constitucional adota as seguinte técnicas de interpretação, em conjunto ou
isoladamente:
•Interpretação quanto ao sujeito: é a interpretação pode ser : 1.interpretação autêntica, que é aquela
pela qual se busca o sentido da norma perante o próprio órgão que a produziu; 2. interpretação
doutrinária, é a feita pelos estudiosos do direito, doutrinadores; 3.interpretação judicial, é a que
decorre dos órgãos judiciais (decisões monocráticas e jurisprudência).
•Interpretação quanto aos meios: 1. interpretação gramatical, é a utilizada mediante a extração do
sentido de de cada palavra contida na norma; 2.interpretaçãológica, é aquela em que se indaga da
vontade da lei, mediante o uso da racionalidade (ratio legis); 3.interpretação histórica, é aquela que
busca identificar o momento social e político onde foi produzida a norma; 4.interpretação teleológica,
é aquela que busca identificar qual a finalidade buscada pelo legislador ao elaborar a norma;
5.interpretação sistemática, é aquela que considera a norma como parte integrante de um sistema de
normas, e que com ele deve compatibilizar-se.
•Interpretação quanto ao resultado:
1.interpretação declarativa, faz-se quando a norma jurídica não tem o seu sentido ampliado nem
restringido quando de sua aplicação; 2.interpretação extensiva, ocorre quando a lei é aplicada em
sentido mais amplo que o nela contido (a lei disse menos do que devia dizer); 3.interpretação
restritiva, ocorre quando a letra da lei disse mais do que devia dizer, devendo sua aplicação ser
restringida em conteúdo e/ou alcance.
A Hermenêutica constitucional obedece a alguns princípios que norteiam a redação e conseqüente
interpretação dos dispositivos constitucionais, tais como:
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•Princípio da Supremacia Constitucional.
Por esse princípio a Constituição está no ápice do ordenamento jurídico e nenhuma outra norma
pode contrariá-la, material ou formalmente, sob pena de incorrer em inconstitucionalidade;
•Princípio da Imperatividade da Norma Constitucional ou da Máxima Efetividade.
A norma constitucional é imperativa, de ordem pública e emana da vontade soberana do povo. Na
interpretação de uma norma constitucional, desta forma, o intérprete deve sempre assegurar não só a
prevalência sobre outras normas de diferente grau hierárquico, como também conferir-lhe a maior
extensão e plenitude possíveis.
•Princípio da Unidade Constitucional. A Constituição deve ser vista sempre como um todo indivisível,
um conjunto harmônico de idéias, não sendo admissível a presença de contradições ou de normas
colidentes.
• Princípio da Concordância Prática ou da Harmonização. Por tal princípio, busca-se a preservação
dos direitos fundamentais quando em conflito com outros bens jurídicos constitucionalmente
protegidos. Deve-se, criar limites entre os mais variados direitos a fim de harmonizá-los.
3- Classificação Das Constituições
A Constituição pode ser vista sob três aspectos: o sentido sociológico, o sentido político e o sentido
jurídico;
De acordo com o sentido sociológico a Constituição pode ou não representar o efetivo poder social.
No primeiro caso seria legítima (exercício e reflexo dos atores reais de poder), no segundo mera folha
de papel.
A Constituição no sentido político, é concebida como decisão política fundamental, por isso, somente
elementos que traduzem esta decisão devem fazer parte da Constituição.
No sentido jurídico, a constituição passa a ser concebida como norma fundamental ou fundamento de
validade de todo o ordenamento jurídico-positivo. Desta concepção hierárquica do ordenamento
jurídico, surge a idéia de supremacia formal constitucional e de controle da constitucionalidade, ou
seja, a constituição por servir de fundamento de validade de todo o ordenamento jurídico.
3.1) Quanto Ao Conteúdo: Constituições Materiais, Ou Substancias E Formais:
Constituição material, está fundamentada no conjunto de regras materialmente constitucionais,
estejam ou não codificadas em um único documento; Constituição formal, é aquela consubstanciada
de forma escrita, documentada.
3.2) Quanto À Forma: Constituições Escritas E Não Escritas
Constituição escrita, é o conjunto de regras que seguem uma sistematização e codificação em um
único documento (constituição legal);
Constituição não escrita (consuetudinária), é o conjunto de regras não reunidas em um texto solene,
mas embasada em leis esparsas, costumes, jurisprudência e convenções. (ex. Constituição Inglesa).
3.3) Quanto Ao Modo De Elaboração: Constituições Dogmáticas E Históricas
Constituição Dogmática, configura-se como um documento escrito e sistematizado por um órgão
constituinte, a partir de princípios e idéias fundamentais da teoria política e do direito dominante;
Constituição Histórica, é fruto da lenta e contínua síntese da história e tradições de um povo (ex.
Constituição Inglesa).
3.4) Quanto À Origem: Constituições Promulgadas Ou Outorgadas
Constituições promulgadas (democráticas ou populares), decorrem do trabalho de uma Assembléia
Nacional Constituinte composta de representantes do povo, eleitos com a finalidade de elaborá-la
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(ex. Constituições Brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988);
Constituições Outorgadas, são feitas e estabelecidas sem a participação do povo, através da
imposição pelo poder vigente (ex. Constituições Brasileiras de 1824, 1937, 1967 e EC n° 01/1969)
3.5) Quanto À Estabilidade: Constituições Imutáveis, Rígidas, Semi-Rígidas E Flexíveis
Constituições Imutáveis, São Aquelas Em Que Se Veda Qualquer Tipo De Modificação;
Constituições rígidas, são as constituições escritas que só podem ser modificadas mediante um
processo legislativo mais solene e dificultoso que o existente para a edição das demais espécies
normativas (ex. CF/8, art. 60);
Direito constitucional é o ramo do direito especializado no estudo da constituição, ou seja, das leis
máximas de um Estado. Também chamada de Carta Magna ou Lei Maior, a constituição assenta-se
no topo do ordenamento jurídico, que é a relação hierárquica entre as leis; no Brasil, a Constituição é
seguida pelas leis, decretos e jurisprudência, então pelos atos normativos e, na base, pelas demais
normas (ex.: negócios jurídicos). Tal relação pressupõe que nenhuma lei subordinada por
desrespeitar a Constituição, ocasião em que se configura ação de inconstitucionalidade. Neste ramo,
avaliam-se as origens, a natureza e os efeitos do texto constitucional, bem como os responsáveis por
redigi-lo, e este artigo explorará brevemente seus principais elementos.
O Que É A Constituição?
Segundo o jurista Ferdinand Lassalle, todas as sociedades, independente do espaço ou tempo,
tiveram constituições, mesmo que não escritas. A constituição, pois, é a expressão da sociedade em
regras comuns e universais, sendo caracterizada por três princípios: identidade (senso de
pertencimento grupal), organização reiterada (presença de uma hierarquia entre indivíduos) e valores
(crenças comuns que sustentam o ordenamento social). Embora, à luz da antropologia, seja difícil
afirmar que o princípio de Lassalle valha para sociedades não hierarquizadas (tribos, caçadores-
coletores), ela é definitivamente correta para as mais avançadas.
A Fonte Da Constituição
Lassalle foi exponente da constituição sociológica, onde o texto constitucional origina-se dos valores
e práticas de uma sociedade. Para o jurista, uma constituição boa está sempre em harmonia com
suas raízes sociológicas. Já Hans Kelsen, jurista austríaco representante da constituição jurídica,
afirma que a Carta Magna se forma com a evolução jurídica da sociedade; mais precisamente, ela
nasce quando poder judiciário estabelece uma relação hierárquica entre leis. Contrapondo ambos, o
alemão Carl Schmitt defende a constituição política, ou seja, aquela que nasce com decisões
políticas, configurando uma afirmação da unidade política do Estado.
Os Tipos De Constituição
No direito brasileiro, classificam-se as constituições quanto ao seu conteúdo, forma, origem,
elaboração e extensão, a citar os principais. Quanto ao conteúdo, uma constituição pode ser formal (é
um texto solene, com procedimentos fixos para alteração) ou material (brota naturalmente dos três
elementos descritos por Lassalle); quanto à forma, pode ser escrita ou não escrita (redigida
esparsamente, seguindo a evolução legal da sociedade);quanto à origem, ela é promulgada (com
legitimidade popular), outorgada (sem essa legitimidade) ou cesarista (o povo não participa de sua
elaboração, mas pode modificá-la depois); quanto à elaboração, é dogmática (documento com regras
sistematizadas, ou dogmas) ou histórica (elaborada aos poucos, seguindo o progresso da sociedade);
quanto à extensão, é analítica (trata minuciosamente de inúmeros tópicos) ou sintética (contém
apenas princípios gerais da sociedade). Por essas categorias, classifica-se a Constituição Brasileira
com formal, escrita, promulgada, dogmática e analítica.
O Poder Constituinte
É aquele que influencia a constituição, podendo ser ordinário, derivado e decorrente. O poder
ordinário é o mais fundamental, pois é o que elabora a constituição (ex.: assembleias constituintes). O
derivado altera (derivado reformador) ou complementa (derivado decorrente) a constituição, sendo
melhor exemplificado atualmente nas emendas constitucionais do Congresso (derivado reformador de
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emendas). Já o poder constituinte é o que emana da constituição para as esferas subordinadas da
União (Estados, municípios); por isso, é próprio de sistemas federativos.
O Controle De Constitucionalidade
Finalizando a discussão, existem três sistemas com os quais um Estado controla o respeito à Carta
Magna: o controle político, exercido excepcionalmente por órgãos políticos; o controle jurisdicional,
mais comum no Brasil, onde é o Judiciário (em destaque, o STF) que resguarda a Constituição; e o
controle misto, mais incomum, onde a própria constituição estabelece os casos para cada controle.
Direitos e garantias fundamentais:direitos e deveres individuais e coletivos; direitos sociais;
nacionalidade e direitos políticos;partidos políticos
Caracterização Dos Direitos Na Constituição De 1988
Além da classificação acima, podemos reconhecer que a estrutura constitucional de 1988 tratou dos
direitos fundamentais no título II de forma a separar o objeto de cada grupo. Assim, temos:
Direitos individuais: (art. 5º);
Direitos coletivos: representam os direitos do homem integrante de uma coletividade (art. 5º);
Direitos sociais: subdivididos em direitos sociais propriamente ditos (art. 6º) e direitos trabalhistas
(art. 7º ao 11);
Direitos à nacionalidade: vínculo jurídico-político entre a pessoa e o Estado (art. 12 e 13);
Direitos políticos; direito de participação na vida política do Estado; direito de votar e de ser votado,
ao cargo eletivo e suas condições (art. 14 ao 17).
Todos estes temas serão sempre informados pelos conceitos básicos dos direitos e garantias
fundamentais, guardando natural peculiaridade para cada um dos seus segmentos, mas aí já seria
objeto de análise específica de cada um dos capítulos constitucionais daquele título II.
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Comentários: “Alguns direitos são garantidos somente para brasileiros e brasileiros natos, mas o
Brasil é um país que tem direitos humanos, então mesmo os estrangeiros têm seus direitos
fundamentais garantidos dentro do país”.
Princípios, manifestação do pensamento, direito de resposta e religião:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Comentário: “Principio da igualdade”
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Comentário: “Principio da legalidade”
III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Comentário: “Principio da dignidade”
Manifestação do pensamento:
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IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
Comentário: “Você pode falar o que quiser, mas poderá sofrer sanção se exceder e ofender alguém,
então deve pensar bem antes de falar (Preventivo), por isso, é vedado o anonimato pra quem for
ofendido possa processar a pessoa que o difamou (Repressiva)”.
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
Comentário: “Direito ao contraditório, onde o ofendido pode esclarecer a informação e dar sua
versão que julga correta e deve ser proporcional, por exemplos, se a ofensa foi na primeira pagina de
um jornal, você terá direito de resposta também na primeira pagina e do mesmo tamanho”.
Religião:
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
Comentário: “A lei que protege os locais de liturgias ainda não foi elaborada e o Brasil não adota
nenhuma religião oficial, então não pode favorecer nenhuma. Separação estado/igreja”.
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
Comentário: “Sempre é bom o contato com a religião independente de credo, elas de uma maneira
geral prega o amor e solidariedade”.
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;
Comentário: “Darei um exemplo para explicar melhor. O serviço militar é obrigatório, mas em tempo
de paz você pode não fazê-lo alegando imperativo de consciência por questões de crença religiosa,
de convicção filosófica ou política, mas você terá que cumprir prestação de serviço alternativo. Se
você não fizer o serviço militar e também não fizer a prestação de serviço alternativo, aí sim você
pode ser privado de direitos”.
Liberdades e inviolabilidades:
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
Comentário: “Na democracia é livre a expressão, mas tem limites para poder ser respeitado os
valores éticos da pessoa e das famílias, principalmente nos meios de comunicação”.
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Comentário: “Muito semelhante aos IV e V. Qualquer violação da vida de uma pessoa, a mesma
poderá processar o agente de violação com direito a indenização”.
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;
Comentário: “A casa tá protegida quanto a invasões e a autorização para entrar tem que ser do
morador e não do proprietário da casa, salvo por delito ocorrido na hora, desastre ou prestação de
socorro e durante o dia com ordem do juiz. Não há consenso sobre o período que é considerado dia.
No processo civil o dia vai das 6 as 20 horas e entre vários pensadores é enquanto estive claro
independente da hora. Então como não esta claro no texto constitucional o agente de justiça deve
utilizar as duas, ou seja, ir no horário das 6 as 20, mas se ainda estiver claro. A casa não é somente
onde mora, mas também o escritório, casa de praia, sitio e etc.”.
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XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de
1996);
Comentário: “Parece que somente poder ser quebrado o sigilo telefônico fazendo as outras
parecerem absolutas, mas não é bem assim. Em estado de defesa e de sitio e se for para
investigação de pratica ilícita pode-se quebrar o sigilo também telegráfico, correspondência e de
dados. A quebra de sigilo telefônico somente pode ser feito por ordem judicial, para investigação
criminal ou instrução processual penal e somente nas hipóteses que a lei estabelecer. Vale lembrar
também que o constitucionalismo atual refuta qualquer direito absoluto , por isso, a quebra de sigilo
pode existir”.
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
Comentário: “Existem trabalhos que não necessitam de leis, como artesão, vendedor, serralheiro,
mas outras são obrigatórias a qualificação profissional para poder exercer como médico, engenheiro,
dentista e etc.”.
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;
Comentário: “Antigamente as informações eram restritas devido ao poder do estado; Hoje estas
informações são livres tendo muitos jornais, TV, rádios.A troca de informações é boa para a evolução
do ser humano. O jornalista pode omitir sua fonte de informação para protegê-la caso queira”.
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Comentário: “Direito fundamental da pessoa, o direito de ir, vir e ficar está assegurado nos termos
deste inciso, e qualquer ato contra ele é atacável por habeas corpus (inciso LXVIII deste artigo 5º).
Em tempo de paz significa tempo de normalidade democrática e institucional. Em caso de guerra ou
mesmo de estado de sítio (art. 139, I) poderá haver restrição ao direito de locomoção. A parte final diz
que qualquer pessoa (inclusive estrangeiro) poderá entrar, ficar ou sair do brasil, nos termos da lei, lei
está que não poderá impor obstáculos intransponíveis a essa locomoção, mas apenas dispor sobre
passaporte, registro, tributos e coisas do gênero. Qualquer bem móvel está compreendido na
proteção do dispositivo.Uma pessoa submetida a quarentena médica (por doença contagiosa, por
exemplo) não poderá invocar esse direito de liberdade de locomoção, porque entre esse e o direito da
população de não ser contaminada pela doença prevalece este, o direito da população de não ser
contaminada pela doença prevalece este, o direito coletivo. Ainda, no direito de ir, vir e ficar se
compreende o direito de fixar residência.
Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais,
nacionalidade, direitos políticos
Os comentários foram feitos da seguinte forma: alguns foi eu mesmo que fiz. Tem transcrição de
comentários de um vídeo que está na internet e outros do site Abra sua mente. Gostei das
explicações deste site, então sugiro uma passadinha nele.
Então vamos à matéria agora:
Direito de reunião e associação:
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Comentário: “Hoje é permitido qualquer tipo de reunião, sem armas, no Brasil e não precisa de
alteração. Você pode protestar, fazer comícios, coisa que na época da ditadura era proibido e com a
constituição atual é livre”;
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XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
Comentário: “A liberdade de associação é previsto em muitos tratados internacionais. É a maior
preocupação da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para nivelar a relação entre empregado
e empregador. A associação deve ser para fins lícitos e proibido a paramilitar. Vale lembrar que em
época de Estado de alerta e de sitio este direito pode ser suspenso”.
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
Comentário: “A criação de associações e cooperativas independem de autorização e o governo não
pode interferir, isto é, feito por que senão o governo só permitiria associações para o bem dele e não
da coletividade”.
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
Comentário: “Para suspender ou dissolver as associações é necessário uma ordem judicial definitiva
que não cabe mais recurso”.
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
Comentário: “Como você é livre para formar associações então você tem que ser livre para sair dela
quando quiser e também ninguém pode te obrigar a participar de qualquer associação”.
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Comentário: “Todas as associações legais tem legitimidade para defender seus associados em
causas relacionadas a esta associação sem ter necessidade de cada associado ter que autorizar um
a um”.
Propriedade, direito autoral e herança
Propriedade
XXII – é garantido o direito de propriedade;
Comentário: “Assegura a propriedade destes a imobiliária até a intelectual diferente de alguns
regimes que toda propriedade é estatal”;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
Comentário: “ A função social traduz o comportamento do proprietário,buscando deste uma atuação
para a realização de interesses sociais, não eliminando o direito privado (usar, gozar, dispor e
reivindicar) e os direitos garantidos ao proprietário;
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição;
Comentário: “Desapropriação: transferência do particular para o poder público sempre no interesse
do social, pode ser para reforma agrária ou reforma urbana, com indenização previa”;
XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Comentário: “Menos complicado que a desapropriação, ele vai apenas usar e se houver dano ele
indeniza o proprietario”;
XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo
a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
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Comentário: “A divida tem que ser relacionada à atividade produtiva, para não sofrer penhora, pois
se for dívidas tipo compra de carro, pc e etc.. sofre penhora; A propriedade tem que ser trabalhada
pela família então não pode ter empregados”;
Direito Autoral
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
Comentário: “O direito autoral é uma das formas de propriedade garantida pela Constituição. O
resultado material da exploração da obra do autor é auferido por ele vitaliciamente. Com a sua morte,
esses direitos passam aosherdeiros (cônjuge, pais ou filhos), caso em que serão desfrutados
também de forma vitalícia. Se, contudo, tais herdeiros forem distantes, a sucessão nesses direitos se
dará por prazo determinado, que a lei informa ser, hoje, de 60 anos, a contar de primeiro de janeiro
do ano seguinte à morte do autor”.
XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
Comentário: “Obras coletivas quer dizer uma peça de teatro, um filme, uma novela, uma atividade
desportiva coletiva. As pessoas que participam da realização dessas obras têm direito constitucional
de receber remuneração por essa participação, na medida dela. E extensão desse direito à
reprodução da imagem e voz humanas reconhece a importância dos trabalhos de certas pessoas na
mídia, como os narradores e locutores esportivos, cuja presença em um ou em outro canal significa
em aumento de qualidade e de arrecadação pelas emissoras.A Segunda alínea estabelece o direito
de tais participantes de fiscalizar o resultado econômico das obras de que participarem, de forma a
não haver burla no cálculo do direito autoral a que fazem jus”;
XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização,
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e
econômico do País;
Comentário: “Ao contrário do direito autoral que é vitalício em vida , este é temporário a sua
utilização”;
Herança
XXX – é garantido o direito de herança;
Comentário: “Herança é o patrimônio do falecido, o conjunto de seus direitos e deveres. Com a
morte do titular, chamado por alguns de de cujus e por outros de autor de herança, esse conjunto se
transfere, no momento exato do falecimento, aos herdeiros legítimos e testamentários do morto,
segundo lição precisa de Sílvio Rodrigues. Essa sucessão pode dar-se de duas maneiras:
decorrendo de disposição de última vontade (testamento), é chamada sucessão testamentária;
decorrendo da lei, é dita sucessão legítima”;
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do “de cujus”;
Comentário: “Um bem (como um imóvel) de brasileiros, situado no Brasil, terá sempre a sua
sucessão regulada pela lei brasileira. Um bem de estrangeiro, contudo, situado no Brasil, abre ao
cônjuge sobrevivente e aos filhos, desde que brasileiros, o direito de escolher entre a lei brasileira e a
lei do País de origem do cônjuge falecido para regular a secessão, podendo aplicar aqui qualquer das
duas, escolhendo a que lhes seja mais favorável”;
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Deveres do Estado
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
Comentário: “Com a promulgação do Código de Defesa do Consumidor, ficou preenchido o sentido
desse dispositivo, que voltou-se à pessoa na condição de consumidor, para assegurar a ela um grupo
de direitos que a tirem da posição de inferioridade em que estão em relação ao produtor ou ao
vendedor de determinado produto ou serviço”;
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado; (Regulamento)
Comentário: “Toda e qualquer pessoa, inclusive estrangeiros, pode requerer informações para
defender seus direitos, ou obter certidão em repartição pública para defesa de direitos ou
esclarecimento de situação pessoal.”;
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
Comentário: “Toda e qualquer pessoa, inclusive estrangeiros, pode requerer informações para
defender seus direitos, ou obter certidão em repartição pública para defesa de direitos ou
esclarecimento de situação pessoal. Essas informações serão prestadas pelo órgão competente, e a
Constituição proíbe que seja cobrada taxa (entendida como espécie do gênero tributo) sobre tais
prestações.Dentre as pessoas que podem usar o direito de petição estão o cidadão, para exercer o
direito de obter informações, do qual tratamos no inciso anterior, e o servidor, para pedir a
reapreciação de punição administrativa que tenha sofrido. O direito de petição é um direito político,
que pode ser exercido por qualquer um, pessoa física ou jurídica, em forma rígida de procedimento
para fazer-se valer, caracterizando-se pela informalidade, bastando a identificação do peticionário e o
conteúdo sumário do que pretende. Pode vir exteriorizado como petição, representação, queixa ou
reclamação.Dentre as certidões contidas na alínea b estão a certidão de tempo de serviço para fins
de averbação, folhas corridas e histórico funcional”;
Garantias diante da lei
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Comentário: “O inciso cuida da importante Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição, ou do Acesso
ao judiciário, ou do Direito de Ação. Segundo ele, é inconstitucional qualquer obstáculo entre a
pessoa cujo direito esteja lesado ou ameaçado de lesão e o Poder Judiciário, único competente para
resolver definitivamente qualquer assunto que envolva direito. A decisão proferida pelo Judiciário é,
assim, final e impositiva, e deverá ser observada pelas partes, sendo que não é possível a
rediscussão do assunto no próprio Judiciário ou em qualquer dos outros Poderes da República. A
garantia de acesso à justiça não significa que o processo deva ser gratuito, mas a cobrança de taxas
excessivas, que criem obstáculos ao uso da jurisdição, tem sido dada por inconstitucional.
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Comentário: “Direito adquirido é aquele que já se incorpora ao patrimônio da pessoa, pelo
aperfeiçoamento de algum ato que o confere, e do domínio dessa pessoa não pode ser retirado. Ou,
é um direito exercitável pela pessoa no momento em que se tenta tirá-lo dela. Por exemplo, após dois
anos de efetivo exercício, o servidor adquire o direito à estabilidade no serviço público. Se tentar
exonerá-la de ofício, esse servidor vai exercer o direito da estabilidade contra o ato; se tentar eliminar
o direito por outra lei, essa nova lei será dada por inconstitucional.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Ato jurídico perfeito é aquele que reúne sujeito capaz (com capacidade civil plena, ou seja, aos 21
anos), objetivo lícito (o que se está fazendo deve ser expressamente permitido por lei ou não
expressamente proibido por ela) e forma prescrita ou não defesa em lei (o revestimento externo do
ato deve ser aquele que a lei obriga ou, não obrigando, um que a lei não proíba).
Coisa julgada é o objetivo sobre o qual versava determinada demanda judicial, o qual, com o fim do
processo, torna-se imodificável. Assim, se o processo era para saber quem é o proprietário de
determinado imóvel, e a coisa (quem era o dono do imóvel) fica julgada, não mais podendo ser
rediscutida.
O queo inciso protege são essas três instituições jurídicas da lei posterior que pretenda retroagir para
eliminar um direito adquirido, para desfazer um ato jurídico perfeito, para impor novo julgamento de
coisa julgada. As leis, em regra, produzem efeitos para o futuro ou para os atos em andamento, não
podendo retroagir. A lei penal pode retroagir, em determinadas condições, para beneficiar o réu.
Crimes, penas e direito dos presos
XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;
Comentário: “Juízo ou tribunal de exceção é juízo ou tribunal não previsto na Constituição. O poder
Judiciário não admite novidade na sua estrutura. Qualquer juízo não previsto, qualquer tribunal
especial, será dado como de exceção e, por isso, declarado inconstitucional pelos meios próprios.
O Supremo Tribunal Federal, em acórdão vencedor de autoria de Min. Celso de Mello, já afirmou que
a supressão, contra o réu, de quaisquer direitos processuais, garantias ou prerrogativas, com
violação do devido processo legal, equivale a transformar qualquer juízo em juízo de exceção.
Na definição de Nelson Nery Junior, tribunal de exceção é aquele designado ou criado por
deliberação legislativa, ou não, para julgar determinado caso, tenha ele já ocorrido ou não, irrelevante
a já existência do tribunal. A proibição da existência de tribunais de exceção não abrange as justiças
especializadas, as quais são atribuições e divisão da atividade jurisdicional do Estado entre vários
órgãos do Poder Judiciário. Também não se pode confundir tribunal de exceção com privilégio de
foro, que ocorre quando a lei favorece alguém em razão de uma condição pessoal, no interesse
público.
As regras referentes a este inciso são complementadas pelas do inciso LIII, onde se cuida do
princípio do juiz natural”;
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Comentário: “Julgado por seus iguais da comunidade, ampla defesa do contraditório, garantia à
imparcialidade dos jurados (sigilo da votação);
Soberania dos vereditos: O juiz não pode impor sua vontade sobre as do jurado. Não pode alterar a
decisão do júri, mas pode haver cancelamento e colocar outro júri para novo julgamento”;
Crimes
XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Comentário: “Trata-se aqui do princípio da Anterioridade da Lei Penal, que em muitos livros e
tribunais é também chamado de Princípio da Legalidade ou Princípio da Reserva Legal. Seu
conteúdo é simples. Como o crime nada mais é do que uma conduta humana punível, nenhuma
conduta humana será considerada crime sem uma lei anterior ao fato (e não ao julgamento) que o
preveja como crime. Essa lei anterior também precisa fixar a pena.Logo, antes da data em que o fato
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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aconteceu é preciso que haja uma lei estabelecendo que aquela conduta é punível e como é punível,
sem o que não se poderá falar em crime”;
XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Comentário: “Esse singelo enunciado esconde três princípios: o Princípio da Retroatividade da Lei
mais Benigna, segundo o qual a lei penal retroage para beneficiar o réu; o Princípio da
Irretroatividade da Lei mais Gravosa, segundo o qual a lei mais prejudicial ao réu não retroage; e o
Princípio da Ultra-atividade da Lei mais Benigna, que estabelece que a lei mais benéfica ao réu age
mesmo após a sua revogação, para amparar o processo e julgamento de réu que tenha cometido
ilícito sob sua égide.É conveniente frisar que esses três princípios valem para a lei penal, e não para
qualquer lei”;
XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
Comentário: “O que se pretende nesse inciso é que a lei venha a estabelecer punições para toda e
qualquer conduta com fundamento discriminatório, quer cometida por particular, quer pelo Estado. O
dispositivo é, na verdade, um reforço da garantia de igualdade perante a lei”;
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
Comentário: “Este inciso tem vários pontos técnicos. Primeiro, o próprio crime de racismo, que à
época da promulgação da Constituição ainda não existia, e que hoje não é qualquer discriminação
com base em raça (como chamar alguém de macaco, de amarelo, de branquela), mas sim, apenas as
condutas adotadas com base em preconceitos de raça ( como não permitir que um negro entre em
seu restaurante, proibir um oriental de entrar em seu táxi, proibir um branco de entrar no seu clube).
Crime inafiançável é crime que não admite fiança, e fiança é um pagamento que a pessoa faz ao
Poder Judiciário para poder responder ao processo em liberdade provisória. A condição de
inafiançável do crime de racismo, assim, impõe que, se quem o praticou estiver preso, preso vai ficar
até o final do processo.
Crime imprescritível é crime que não sofre prescrição, e prescrição é um prazo dentro do qual o
Estado tem poder para encontrar, processar, punir e executar a pena do criminoso. Findo esse prazo,
nada mais a Justiça pode fazer contra o criminoso. Crime imprescritível, pois, é crime em relação ao
qual a justiça jamais perde o poder de punir o seu autor.
A pena de reclusão, tanto quanto a de detenção, são privativas de liberdade. A de reclusão, contudo,
é mais severa, pois é a única que pode levar o preso ao regime fechado de cumprimento de pena, em
penitenciária.
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura ,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Comentário: “Fiança é um pagamento feito pela pessoa presa para responder ao processo penal em
liberdade. Um crime considerado inafiançável é um crime que não admite fiança, o que significa dizer
que se a pessoa for presa em flagrante por tal crime deverá ficar presa até o final do processo. Graça
e anistia são dois tipos de benefícios que podem ser dados á pessoa presa ou condenada a prisão.A
graça considera as condições pessoais do preso, como bom comportamento, e a anistia parte de um
pressuposto objetivo, como, por exemplo, um determinado limite de pena (poderiam ser anistiados
todos os condenados a penas inferiores a 6 meses de reclusão, por exemplo). Os crimes e o grupo
de crimes previstos neste inciso não admitem nenhum, dos dois benefícios. Note, também, que nada
há sobre imprescritibilidade, o que implica dizer que todos esses crimes são prescritíveis. São eles o
tráfico de drogas, o terrorismo, a tortura e os crimes hediondos (são hediondos, dentre outros, os
crimes de homicídio qualificado, o latrocínio, a extorsão com morte, o estupro em todas as suas
formas).
Na parte final temos que responderão por esses crimes a pessoa que as comete (executor), quem
mandou cometer o crime (mandante), e todas aquelas pessoas que, sabendo do crime ou o
presenciando, poderiam evitá-lo se agissem, mas se omitirem.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Por lei, hoje, os crimes hediondos são, também, inafiançáveis”.
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Comentário: “Sobre crime inafiançável e imprescritível veja o que se disse no comentário ao inciso
XLII. Por ação de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado
democrático entende-se o golpe de estado. Noteque o fato de ser imprescritível torna o golpe de
estado punível mesmo que tenha êxito e derrube o governo. Anos ou décadas depois, se o governo
recuperar sua legitimidade, os golpistas poderão ser presos, sem direito a fiança, processados e
condenados”.
Penas
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Comentário: “Trata-se aqui do Princípio da Personalização da Pena ou da Responsabilidade
Pessoal, segundo o qual a única pessoa que pode sofrer a condenação criminal é o próprio
criminoso, o agente do crime, não podendo ser punido, por exemplo, um parente, o cônjuge ou um
vizinho ou amigo. A execução penal, portanto, seja de que pena aplicada for, restringir-se-á ao
condenado. Não afasta esse princípio da personalização, portanto, o ser a pena privativa de liberdade
(reclusão ou detenção), multas, penas restritivas de direito e quaisquer outras penas alternativas.
Por outro lado, a segunda parte do inciso fala dos efeitos civis da sentença penal condenatória, quais
sejam a imposição de uma obrigação de reparar o dano causado pelo criminoso, geralmente nos
crimes contra o patrimônio, como o roubo, o furto ou a apropriação indébita. Condenado o criminoso
por um desses crimes, e falecendo antes de devolver á vítima o valor que tirou, essa vítima poderá
processar os eventuais sucessores do criminoso para tirar deles os valores que tenham recebido
como herança (não como sucessão). É muito importante notar que a vítima não poderá retirar dos
sucessores do criminoso nenhum centavo a mais do que o valor recebido por eles na sucessão, não
podendo ser tocado o patrimônio pessoal de nenhum deles. Se o valor transferido não bastar para
indenizar a vítima, o caso resolve-se em perdas e danos contra vítima.
Na raiz dessa sanção civil está a identificação do patrimônio do condenado como garantia da
reparação do dono, já que a obrigação de repará-lo é inafastável do causador do daquele. Com a
morte, há transferência do patrimônio e, havendo obrigações do falecido, cumpre ao espólio honrá-
las. Note-se que os herdeiros do condenado falecido não têm obrigações de pagar o dano por aquele
causado, pois essa obrigação de pagar o dano por aquele causado, pois essa obrigação é do espólio,
não pessoal deles, razão pela qual, diz o inciso, as dívidas serão executadas “até o limite do valor do
patrimônio transferido”.
Por fim, o perdimento de bens é a perda destes em favor do Estado, para reparar aos cofres públicos
uma quantia que deles tenha sido retirada, como no enriquecimento ilícito ou outros crimes
funcionais, como peculato”.
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
Comentário: “Este inciso trata das penas constitucionais, das penas possíveis no Direito brasileiro e
firma o princípio da individualização da pena. Perceba, antes de mais nada, que a relação não é
definitiva, m as apenas ilustrativa, já que a Constituição tolera expressamente outras penas além das
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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previstas, e desde que não sejam as do próximo inciso. Sinal de que é assim é a locução “entre
outras”.
A privação é a perda total da liberdade, pela reclusão ou pela detenção. A restrição de liberdade é
apenas um cerceamento, uma diminuição dela, e ocorre no sursis, nos regimes aberto e semi-aberto
de prisão e no livramento condicional, por exemplo.
Perda de bens significa tê-los retirados pelo Estado, para reparar a vítima ou a si próprio.
Multa é a imposição de uma penalidade pecuniária, de um valor a ser pago pelo preso.
Prestação social alternativa é a condenação do condenado a fazer alguma coisa em benefício da
sociedade, como forma de reparar todo ou parte de seu crime, como pintar as paredes de uma
associação comunitária, auxiliar no atendimento em creche ou orfanatos, ministrar aulas gratuitas e
outros. Corresponde às penas restritivas de direitos, autônomas e substitutivas das penas privativas
de liberdade, indicadas no Código Penal, art. 44.
Suspensão de direito é a supressão temporária dele, como no caso do motorista que atropela e mata
um pedestre , sendo que dirigia embriagado. A pena, além das referentes ao crime, poderá alcançar
a retirada temporária ou definitiva da carteira de habilitação e, com ela, do direito de dirigir.
A individualização da pena de que fala o inciso é a sua fixação de acordo com as características
pessoais do condenado, sua personalidade, a conduta social, sua condição escolar e financeira,
dentre outras”.
XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
Comentário: “A pena de morte só é permitida em época de guerra declarada, para espionagem,
deserção, traição ( código penal militar ); A pena não pode ser superior a 30 anos. Nada pode ser
perpetuo no Brasil. Ex.:não poder mais dirigir ou exercer determinada profissão;
A pena de trabalhos forçados pode ser entendida de duas formas diferentes. Na primeira, seria a
proibição de ser o preso obrigado a trabalhar, muito embora se reconheça os efeitos positivos da
ocupação do preso durante o cumprimento da pena, a chamada laborterapia. Na Segunda, seria a
proibição de sujeição do preso a um trabalho para cuja execução se exija excepcional esforço físico
ou mental, como fazer cadeiras durante 12 horas por dia, ou quebrar pedras durante o mesmo tempo.
A melhor interpretação é a Segunda.O trabalho do preso, nesses caso, deverá ser sempre
remunerado, hoje á razão de ¾ do salário mínimo, nos termos da Lei de Execução Penal (art. 29), e o
valor pago será usado para reparar o dano causado à vítima, se ainda pendente, a assistir á família e
a ressarcir o Estado pelas despesas com a manutenção do preso, além de custear pequenas
despesas pessoais do preso.
Banimento é a expulsão de brasileiro do Brasil, ou seja, condenar um brasileiro a viver fora do nosso
país, por um prazo (porque se fosse para sempre seria, também, uma pena de caráter perpétuo). É
bom ressaltar que a expulsão de estrangeiro é legal e constitucional. Não o é apenas a expulsão de
brasileiro, q eu toma o nome de banimento. O Código Criminal do Império definia como pena que
privava perpetuamente de habitar o território do Império. Tornava-se um pária, um apátrida. As
versões mais modernas do instituto, pelos AI-13 e AI-14, de 1968, limitaram esses efeitos ao tempo
de duração da pena.
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a
idade e o sexo do apenado;
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Comentário: “É uma espécie de desdobramento do princípio da individualização da pena, pelo qual o
preso deverá ter regime carcerário diferente em razão do seu sexo e idade e, também, do tipo do
crise cometido, para impedir, por exemplo, a convivência de presas, de jovens com criminosos
experimentados e de autores de pequenos furtos com grandes traficantes e homicidas”.
Direito dos presos
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
Comentário: “Tem-se no Código Penal que o preso conserva todos os seus direitos não atingidos
pela perda da liberdade. Assim, o fato de estar preso não autoriza um tratamento violento, depravado
ou subumano, nem ordens que o submetam a atitudes de situações constrangedoras. É de se notar
que a Constituição fala em “presos”, e, portanto, não referindo-se apenasaos definitivamente presos
sentença final, mas também aos presos temporariamente, pelas chamadas prisões processuais”.
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
Comentário: “Pretende-se aqui não infligir danos aos filhos de presidiárias pelo fato de estas estarem
com sua liberdade cerceada. É um dispositivo de conteúdo humano e, também, pode ser
confortavelmente situado sob o princípio da individualização da pena”.
Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais,
nacionalidade, direitos políticos – Parte 3
Continuando a série de postagens sobre os direitos e deveres individuais e coletivos, hoje
apresentarei os incisos LI ao LX. Pesquisei na internet e site Abra sua mente, de longe é o melhor
que aborda este assunto. Nas postagens anteriores eu mesmo estava resumindo e transcrevendo
uma vídeo aula sobre o assunto, mas os comentários não estava ficando a contento, por isso, copiei
a matéria, mas ressalvo que o mérito é todo do site Abra sua mente.
Bons estudos!!
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, na forma da lei;
Comentário: “Extradição é a transferência de uma pessoa de um País para outro, a pedido deste,
para que nele seja processada e punida por algum crime. É um ato de soberania do Estado, que a
defere se quiser, e depende da existência de tratados de extradição ou compromissos de
reciprocidade. Hildebrando Accioly a define como o ato pelo qual um Estado entrega um indivíduo,
acusado de um delito ou já condenado como criminoso, à justiça de outro, que o reclama, e que é
competente para julgá-lo e puni-lo.
O brasileiro nato não pode ser, em nenhuma hipótese, extraditado pelo Brasil para nenhum outro
País. Se fizer alguma coisa no estrangeiro, e essa conduta for punida no Brasil, esse brasileiro será
processado e punido no Brasil como se aqui tivesse cometido o crime, de acordo com as leis
brasileiras. Isso se conseguir cometer esse crime em outro País e fugir antes de ser preso, pois, do
contrário, será processado e julgado pelo País onde estiver, de acordo com a lei, seja qual for a pena,
tendo aplicação o princípio da territorialidade.
O brasileiro naturalizado, isto é, aquele que era estrangeiro e tornou-se brasileiro a pedido, somente
pode ser extraditado em duas situações. Na primeira, pela prática de crime comum (pelas leis
brasileiras) antes da naturalização, ou seja, quando ainda era estrangeiro. Na Segunda, poderá ser
extraditado a qualquer tempo, quer antes, quer depois da naturalização, se for comprovado o seu
envolvimento com tráfico ilícito de drogas, atuando em qualquer fase do processo, desde a plantação
ou cultivo da erva ou folha até o transporte, refino, venda ou lavagem de dinheiro. Note que neste
caso a extradição somente será dada depois de ter essa pessoa cumprido a pena imposta no Brasil.
Por fim, veja-se que não se confundem a extradição, a expulsão, o banimento e a deportação. A
expulsão é ato soberano de um Estado (País), que retira do seu território determinada pessoa que
haja, nele, cometido fato tido como criminoso pelas leis locais, ou, ainda, que nele esteja
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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irregularmente. O banimento é a expulsão de natural do estado que expulsa. A deportação é a
devolução do estrangeiro ao exterior, e ocorre geralmente na área de fronteira, portos e aeroportos.
Seu fundamento é o ingresso, ou tentativa de ingresso, irregular no território nacional”.
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
Comentário: “O estrangeiro é, de regra, extraditável, sempre dependendo de decisão soberana do
Supremo Tribunal Federal. Não é possível a extradição, contudo, se o fato pelo qual o País que
pretende a extradição e punição do estrangeiro seja, para a lei brasileira, crime político ou de opinião,
caso em que esse estrangeiro será protegido pelo asilo político previsto no art. 4º, X, e uma eventual
concessão de extradição seria inconstitucional. Como não há definição constitucional ou legal do que
seja crime político, incumbe ao Supremo Tribunal Federal, em cada caso, julgar o caráter político do
fato criminoso.
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Comentário: Eis aqui o Princípio do Juiz Natural e, para alguns, também, o Princípio do Promotor
Natural. Segundo ele, as autoridades judiciárias que funcionam num processo precisam ser aquelas
com competência para isso, tanto em razão do fato como da pessoa ou do local do ilícito. O
desrespeito a esse princípio conduz à nulidade do processo.
A partir das lições dos direitos alemão e português, Nelson Nery Junior ensina que o Princípio do Juiz
Natural se traduz no seguinte conteúdo:
a) existência de determinabilidade, consistente na prévia individualização dos juizes por meio de leis
gerais;
b) garantia de justiça material, ou seja, independência e imparcialidade dos juizes;
c) fixação de competência, ou seja, o estabelecimento de critérios objetivos para a determinação da
competência dos juízes;
d) observância das determinações de procedimentos referentes à divisão funcional interna.
Quanto ao princípio do promotor natural, diz Hugo Nigro Mazzili que este é o mesmo princípio do juiz
natural, mas sob ótica diversa, isto porque o primeiro direito do acusado não é apenas o de ser
julgado por um órgão independente do Estado, mas, até mesmo antes disso, o de receber a
acusação de um órgão independente, escolhido previamente segundo critérios e atribuições legais,
abolidos o procedimento de ofício, a acusação privada e, principalmente, o acusador público de
encomenda, escolhido pelo procurador-geral de justiça. Para Nelson Nery Junior, este princípio exige
a presença de quatro requisitos;
a) a investidura no cargo de promotor de justiça;
b) a existência de órgãos de execução;
c) a lotação por titularidade e inamovibilidade do promotor de justiça no órgão de execução;
d) a definição em lei das atribuições do órgão.
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Comentário: Tem maior relevância no âmbito penal, pois é nele que ocorrem mais frequentemente
as relações entre os indivíduos e o Estado. Está relacionado com o conceito de julgamento justo, que
garante aos cidadãos e cidadãs o direito de, no caso de participar de um processo, ter respeitada de
forma integral as regras e garantias previstas na legislação.
Por ser um conceito muito amplo, apenas o que se consegue definir como devido processo legal é o
seu conteúdo mínimo, que pode ser considerado como uma base aos demais princípios utilizados no
Direito.
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Comentário: Aqui é encontrado o Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa. Contraditório é o
poder que tem cada parte do processo de resistir ao que pretende a outra parte, ou seja, de resistir à
pretensão do outro, de discordar e de trazer as suas razões aos autos. Ampla defesa é a garantia
constitucional que a parte tem de usar de todos os meios legais de fazer prova para tentar provar a
sua inocência ou para defender as suas alegações e o seu direito.
É importante notar que qualquer litigante (partes numa lide, num processo) tem esses direitos, tanto
em processo judicial quanto administrativo, o que significa dizer que a sindicância e o processo
administrativo terão que respeitaresses princípios. É importante notar que o contraditório assume
diferentes feições nos processos penal, civil e administrativo.
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Comentário: Uma prova produzida de maneira ilícita é uma prova inexistente para o Direito, e tudo e
qualquer coisa que ela provar, por melhor que seja a prova ou o seu resultado, será desconsiderado
e tido como não existente no processo. Também são considerados inexistentes todos os atos que se
originaram nessa prova ilegal. Assim, se um delegado de polícia faz uma gravação telefônica
(“grampo”) ilegal na casa de alguém e consegue obter a confissão de envolvimento em tráfico de
drogas, a prisão desse traficante e o confisco da própria droga serão ilegais e tidos por nulos.
Não só a prova ilícita resulta nula e inexistente no processo, mas também as chamadas provas ilícitas
por derivação, conceito obtido da doutrina americana do fruits of the poisonous tree (árvore dos frutos
envenenados). Por essa orientação, as provas colhidas por meios lícitos, mas a partir de elementos
colhidos de forma ilícita, são contaminadas pela ilicitude e tem o mesmo destino.
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Comentário: Trata-se aqui do Princípio da Presunção da Inocência, também chamado de Princípio
da Não-Culpabilidade, e não existia nas Constituições anteriores do País. Por ele, é inconstitucional
qualquer ação no sentido de se apontar qualquer pessoa como culpado de qualquer coisa até que o
competente processo legal esteja concluído sem mais possibilidade de recursos. Assim, durante uma
investigação ou durante o próprio processo, enquanto ele ainda estiver tramitando, o réu é apenas
acusado, não culpado.
Trânsito em julgado é expressão jurídica que indica uma decisão judicial irreformável, não mais
passível de recursos, consolidada.
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei; (Regulamento).
Comentário: Identificação civil é aquela feita a partir de qualquer documento civil apto para provar
que a pessoa é quem diz ser, como a carteira de identidade, a carteira de trabalho, o passaporte.
Identificação criminal é a dactiloscópica, ou seja, o decalque das impressões digitais em papel. Para
alguns, também a fotografia policial seria identificação criminal.
O que o inciso afirma é que, como regra, qualquer pessoa que já tenha provado a sua identidade com
um documento civil não poderá ser obrigada a “tocar piano”, ou seja, a decalcar os dedos. As
exceções, isso é, os caos em que poderá ser exigida a dupla identificação, civil e criminal, serão
criadas por lei, que ainda não existe.
A autoridade policial somente poderá exigir a identificação criminal se a pessoa não puder ou não
quiser apresentar documento civil de identidade, ou, apresentado, seja este tido por falso ou
presumivelmente falso.
LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
Comentário: A ação penal pública, tanto condicionada como incondicionada, é exclusiva do
Ministério Público, o que significa que apenas um promotor de justiça ou um procurador da República
poderá propô-la, sendo absolutamente proibido ao ofendido (vítima) que ajuíze tal ação.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Para o ofendido ou seu representante legal existe a ação penal privada, exclusiva dele.
A regra no Código Penal é de que os crimes sejam de ação penal pública incondicionada. Somente
se admite outro tipo quando isto estiver expresso no Código ou na lei.
Pode ocorrer, contudo, que num crime de ação penal pública o Ministério Público não faça
absolutamente nada, não comece a ação, não peça provas novas, não peça arquivamento. Neste
caso, um criminoso poderia vir a ser punido, já que a única ação que poderia levar a punição até ele
não foi começada pela única autoridade que podia fazê-lo.Para essas situações, diz o inciso que o
ofendido ou seu representante legal (pai, mãe, tutor ou curador) poderão oferecer uma ação privada,
chama subsidiária, na qual um crime que exigia ação pública será processado por ação privada
oferecida pelo particular, garantindo assim que o crime não fique impune.
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;
Comentário: Este inciso se completa com o inciso IX do art. Desta Constituição. Por eles, atos
processuais e julgamentos serão sempre, como regra, públicos, podendo qualquer pessoa presenciá-
los, desde que guarde silêncio e porte-se de maneira respeitosa. Guarda-se, aqui, o Princípio da
Publicidade. Com ele, ficam proibidas as sessões secretas (que o regimento interno do Supremo
Tribunal Federal previa).
Como exceção, contudo, atos processuais, audiências e julgamentos poderão ser secretos, sigilosos,
no que é chamado de segredo de justiça. Isso ocorre quando a intimidade das partes ou o interesse
social exigirem que apenas as partes e seus advogados, ou somente estes, presenciem tais
ocorrências judiciais.
Geralmente, isso ocorre nas ações de estado, como divórcio, separação judicial, alimentos e
investigação de paternidade, quando, pela natureza da matéria discutida, não é interesse da justiça e
das partes que haja público para ouvir ou ler os debates.
Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais,
nacionalidade, direitos políticos – Parte 4
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei;
Comentário: Com este inciso começa a disciplina constitucional da prisão. De início, veja-se que
estão previstas exceções à regra. Realmente, na esfera militar, as prisões obedecem ao que consta
no Código Penal Militar, e não estão sujeitas às regras gerais estabelecidas para o caso das relações
civis.Assim, um soldado que se recusa a obedecer uma ordem de um superior ou o desrespeite pode
ser preso (transgressão militar), e um militar que use arma de serviço para atirar em lata, aves ou
para intimidar um transeunte pacífico ou para matar um desafeto também poderá sê-lo (crime militar
próprio), sem que esteja em flagrante e sem ordem judicial.
A regra geral, contudo, impõe que a prisão somente poderá ocorrer sob dois argumentos. Ou a
pessoa está em flagrante delito (cometendo o crime, acabando de cometê-lo, sendo perseguida logo
após o crime o sendo encontrada logo depois com objetos ou instrumentos dos quais se presuma a
autoridade do crime), ou, obrigatoriamente, a prisão terá que ser executada em cumprimento de
ordem judicial escrita e fundamentada. Note que a Constituição quer ordem judicial, não podendo
mais ser uma ordem de autoridade policial (como está na Lei de Contravenções Penais) ou
autoridade executiva (como no caso da prisão para extradição por ordem do Ministro da Justiça).
Não sendo militar, não estando em flagrante ou não tendo a fundamentá-la uma ordem de autoridade
judicial escrita e fundamentada, a prisão estará inconstitucional e ilegal.
LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao
juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
Comentário: São obrigatórias a partir da prisão. Uma, ao juiz competente, o qual vai justamente
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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avaliar a legalidade da prisão, considerando o que consta no inciso anterior. Outra, ou à pessoa que o
preso indicar, e que poderá ser o seu advogado, ou a alguém da família, se for possível identificá-la.
O que se comunicarátexto. Ela foi um pacto realizado com
o Rei João Sem Terra, a nobreza, representada pelos barões ingleses e a Igreja. Foi um dos passos
importantes para o surgimento da democracia moderna. Essa Carta, portanto, surgiu para auxiliar a
população a se proteger dos abusos cometidos pelo rei. O movimento constitucionalista moderno
surgiu principalmente para limitar esse poder monarquista.
Constitucionalismo Moderno
Depois desse período da história, o Estado se apresentou mais liberal e sobretudo sob o comando
das leis. Mas, o Direito Constitucional à princípio teve início nos Estados Unidos. No século XVIII, o
constucionalismo foi influenciado pelas ideias dos pensadores iluministas tais como Montesquieu,
John Locke, Rosseau e Kant, que faziam oposição ao governo absolutista. A partir desses ideais
surgiu a constituição moderna detentora dos direitos fundamentais, garantias do cidadão, bem
como normas que regulariam o poder político.
Revolução Norte-Americana De 1776
O constitucionalismo moderno começou com a Carta Política (Covenant ou Pacto de
Mayflower) que foi assinada em 1620. Essa carta foi resultado dos primeiros colonizadores ingleses
da Virgínia que desejavam a independência dos Estados Unidos. Posteriormente, essas ideias,
seriam um ponto de partida para o estudo do Direito Constitucional.
No início, os ingleses foram resistentes durante a Revolução Norte-Americana, mas com a derrota da
Inglaterra, em 1783, estes tiveram que assinar o Tratado de Paris, onde concedia aos americanos o
reconhecimento oficial de independência. A partir daí, as Treze Colônias foram emancipadas e surgiu
a Constituição dos Estados Unidos da América de 1787.
Revolução Francesa
Outro fato que marcou o Direito Constitucional foi a Revolução Francesa, no século XVIII, que
desejava trazer liberdade, igualdade e fraternidade para todos. Na época, a França ainda possuía um
modelo ultrapassado de governo, se comparada com outros países da Europa. À exemplo, a
Inglaterra, já havia deixado o absolutismo e aberto suas portas para o liberalismo econômico através
do parlamento, ao contrário da França que ainda era governada por um rei.
As classes sociais da época, estavam insatisfeitas com o governo e, em maio de 1789, foi reunida a
Assembleia dos Estados Gerais, no Palácio de Versalhes. O objetivo era resolver os problemas
sociais, políticos e econômicos que passava o país. Uma parte, que era a privilegiada, defendia que
os assuntos fossem votados por estamento, já o terceiro estado defendia o voto por pessoa. Este
último, se separou dos demais, recebendo o apoio dos deputados do baixo clero contra a vontade de
Luíz XVI, foi criada a Assembleia Nacional Constituinte em 09 de julho de 1789, para a criação
da Carta Magna. A partir daí, havia se iniciado a Revolução Francesa. O rei foi pressionado, o povo
organizou milícias populares e tomou conta das ruas da capital. No dia 14, invadiram a Bastilha,
principal símbolo da monarquia da França. Esse momento da história é considerado um marco da
liberdade nacional.
A partir da Assembleia Nacional Constituinte da França de 26 de setembro de 1971, a constituição
passou a fazer parte das matérias obrigatórias de estudo dos franceses. Já o termo, Direito
Constitucional foi introduzido em 1797, em Milão, na Itália.
Constituição
Como foi dito, a Constituição é o objeto principal de estudo do Direito Constitucional. a palavra vem
do latim constituere e quer dizer estabelecer definitivamente. É a principal lei do Estado que mostra
como este está organizado juridicamente, além de apresentar quais as regras e princípios devem ser
cumpridos por todos aqueles que se pautam por ela. Possui um grau máximo de superioridade e
eficácia, ficando acima das outras leis. Essas normas menores devem estar de acordo com a Lei
Fundamental (Constituição).
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Classificação Das Constituições
Existem vários modos, de acordo com a doutrina, de classificar as constituições. Elas podem ser
classificadas:
Quanto Ao Seu Conteúdo
Material ou Substancial - é um tipo de constituição escrita ou não que se refere aos elementos que
constituem o Estado, bem como sua estrutura, divisão do poder político, de competências e direitos
fundamentais;
Formal - são normas escritas superior às leis comuns, sendo estas inseridas no texto da
constituição escrita, podendo ter relação com as matérias constitucionais ou não.
Quanto à forma
Escritas - um documento escrito com leis que foram criadas em um período de reflexão;
Não Escritas - constituição formada pelos costumes de uma sociedade. Também é conhecida
como constituição costumeira.
Quando Ao Modo De Elaboração
Dogmática - são ideais que surgiram desde o momento de sua criação e portanto, funcionam como
verdades da ciência política. Ela é feita de forma escrita por um órgão constituiente;
Histórica - é uma constituição não escrita que depende de um processo demorado para sua
formação, de acordo com a história, costumes e tradições de um povo.
Quanto a ideologia
Eclética - apoiada em um conjunto de ideologias, pode ser chamada também de pluralista,
compromissória ou complexa e sua linha política não possui uma definição;
Ortodoxa - aquela onde está definida a sua linha política, apoiando-se em uma ideologia apenas.
Quanto À Origem Ou Processo De Positivação
Promulgada - é o tipo conhecido também como democrático e popular feita por uma Assembleia
Nacional Constituinte (representantes que foram escolhido pelo povo para fazer parte do poder
constituinte e criar uma constituição);
Outorgada - é quando o processo de criação passa por uma pessoa ou um grupo responsável pelo
produção da Carta, sendo esta uma imposição do poder do governante (monarcas, ditadores, juntas
de governo golpistas). Nela não ocorre a participação do povo.
Quanto À Estabilidade
Rígida - tipo de constituição escrita, cujo processo de alteração é mais demorado;
Flexível - tipo de constituição que não informa em seu texto qualquer requisito para sua alteração,
sendo assim, não há um grau elevado de dificuldade para alterá-la;
Semi-Rígida - se trata de uma constituição que ora poderá ter suas regras alteradas por meio de
um processo legislativo ou ser imutável, em alguns pontos.
Quanto À Extensão
Sintética (sucinta ou concisa) - aquela que possui número de artigos reduzidos. Um exemplo é a
Constituição Norte-Americana;
Analítica (prolixa) - é uma constituição ampla e possui detalhes que poderiam ser abordados por
uma legislação ordinária.
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Hermenêutica E Interpretação Das Normas Constitucionais
A hermenêutica é o estudo das técnicas de interpretação do Direito, bem como de sua metodologia,
princípios e pressupostos. Através da interpretação constitucional, os intérpretes procuram transmitir
o real significado das normas jurídicas, a fim de expressá-las à sociedade.
Princípios De Interpretação Constitucional
Para que seja feito um correto estudo da Constituição foram criados os princípios de interpretação
constitucional que funcionam como ferramentas de auxílio na interpretação da lei. Importante
ressaltar que a partir da CF de 1988 houve uma valorização maior do texto constitucional e que a
interpretação de qualquer dispositivo legal deveria partir dela. Assim, todos os ramos do Direito,
estariam subordinado a Constituição. Esses princípios podem variar de acordo com cada autor que
trata sobre Direito Constitucional.
Princípio Da Supremacia Da Constituição
Nesse princípio, nenhum ato jurídico pode permanecer valendo em ação contrária à Constituição
Federal. As normas que outrora se chocam com a lei suprema são revogadas. No entanto, as regras
posteriores que vierem a ser implementadas,é o fato da prisão e o local onde está detido o preso, para que essas pessoas
possam verificar o estado físico e psíquico dessa pessoa encarcerada, e ajudá-la.
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
Comentário: São vários os direitos do preso, dentre eles o de ser assistido pela família e por
advogado, de Ter preservada a sua integridade física e, explícito no inciso, o de ficar calado.
O melhor entendimento desse direito de ficar calado é aquele que aponta o descabimento de ser o
preso obrigado a falar e assim fornecer elementos que serão usados para prejudicá-lo e à sua defesa
no processo. Qualquer preso, em qualquer situação, pode reserva-se o direito de somente falar em
juízo, negando-se a responder a todas as perguntas da autoridade policial.
A antiga presunção de que “quem cala, consente” não tem mais a menor valia, pois do silêncio do
acusado nenhuma conclusão sobre sua culpa pode ser tirada, até por força do Princípio da
Presunção da Inocência, já visto. Hoje, quem cala não diz nada.
LXIV – o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
Comentário: O dispositivo tem finalidade nitidamente preventiva. Sabendo que o preso tem direito
constitucional de identificá-lo, o policial que realizar a prisão ou o interrogatório do preso saberá usar
apenas a força necessária para um e outro ato, não podendo cometer excesso, pelos quais poderá vir
a ser processado por abuso de autoridade, as autoridades policiais ficam à identificação do policial ou
da equipe que o prendeu ou interrogou.
LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
Comentário: Prisão ilegal é aquela que não obedece aos parâmetros legais, como, por exemplo, a
da pessoa que não estiver em flagrante, presa sem ordem judicial escrita e fundamentada. Tal prisão,
por mais que se tenha certeza de que o preso é o culpado, deverá ser relaxada (liberação do preso)
por ordem de autoridade judiciária.
LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;
Comentário: Há crimes inafiançáveis, dois dos quais já vimos incisos acima. Há crimes afiançáveis,
pelos quais se possibilita ao preso pagar uma quantia arbitrada por autoridade policial ou judicial
(dependendo do crime) e, a partir desse pagamento, obter liberdade provisória. E, há crimes
levíssimos, cujos autores, mesmo presos em flagrante, deverão ser liberados provisoriamente sem
precisar pagar qualquer quantia como fiança. No vocabulário jurídico, são ditos crimes de cuja prisão
o preso livra-se solto.
A partir dessas noções se compreende o alcance do inciso em estudo. Nos crimes em que o preso
tem direito à liberdade provisória, o que leva à conclusão de que só ficará preso o autor de crime
inafiançável, embora isso também ocorra com aquele que não quer ou não pode pagar a fiança.
A liberdade obtida é provisória, primeiro, porque a prisão preventiva ou cautelar do acusado poderá
ser perdida a qualquer momento, se assim entender a autoridade policial ou judiciária. E, segundo,
porque ele poderá ser preso novamente se condenado ao final do processo a pena restritiva ou
privativa de liberdade.
LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Comentário: A prisão civil defere da prisão criminal. A prisão criminal tem natureza punitiva, ou seja,
a pessoa está presa como punição por ter cometido um crime. Já na prisão civil, a natureza é
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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coercitiva, ou, em outras palavras, a pessoa é presa para ser pressionada a fazer alguma coisa, a
cumprir uma obrigação que deveria ter cumprido e não fez.
A regra está no início do inciso: não haverá prisão civil por dívida. Traduz-se que ninguém pode ser
preso por ser devedor de outrem (o que não é a mesma coisa de pagar com cheque sem fundo, pois
isso é crime de estelionato e sujeito, portanto, a prisão criminal).
Há duas exceções à regra. Na primeira, poderá ser presa a pessoa que for devedora de pensão
alimentícia e, podendo pagar, decide parar de fazê-lo. Quem recebia a pensão pode pedir a prisão
civil do devedor, que ficará preso até que pague ou volte a pagar essa dívida alimentar.
A Segunda exceção é a prisão do depósito infiel, que é quem recebe um bem para guardar em
depósito, de particular ou da justiça, e, na hora de devolver esse bem, não mais o tem, sem uma
justificativa aceitável para tanto.
LXVIII – conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Comentário: De origem inglesa (1215, sob o Rei João Sem Terra, sucessor de Ricardo Coração de
Leão), o habeas corpus é uma ação que tem por objeto tutelar física de locomoção do indivíduo,
expressa pela sua liberdade de ir, vir e ficar, compreendida nesta também a liberdade de fixar
resistência. É, atualmente, a única ação que pode se impetrada por qualquer pessoa,
independentemente de advogado. Pode ser usado por qualquer pessoa, em benefício próprio ou de
outrem, e até o Ministro Público pode dela fazer uso em favor de quem quer que esteja preso ou
ameaçado de prisão ilegal ou abusiva. Por “qualquer pessoa” entenda-se inclusive estrangeiros, com
ou sem capacidade jurídica (maioridade civil, 21 anos).
O habeas corpus pode ser usado contra ato de qualquer pessoa, tanto autoridade pública quanto
pessoa privada.
Finalmente, é necessário que a violência ou coação contra a liberdade de locomoção tenha por
fundamento um ato abusivo ou ilegal. Uma prisão legal, apesar de quebrar a liberdade de locomoção
do preso, não pode ser desfeita por habeas corpus.
Note que essa ação pode ser repressiva ou liberatória (quando alguém estiver sofrendo violência ou
coação contra o seu direito locomoção) ou preventiva (quando alguém ainda não sofreu, mas está
ameaçado de sofrer tais ilegalidades).
As Constituições anteriores, no Brasil, excluíam a utilização do habeas corpus nas punições e
transgressões disciplinares. A redação atual não menciona a ressalva neste inciso, mas o faz em
outra passagem (art. 142, §2º), em relação às Forças Armadas, para afirmar que não cabe o habeas
corpus em relação a punições disciplinares militares. Para Paulo Lúcio Nogueira, essa ressalva não
prevalece quanto à ilegalidade da punição for flagrante.
O habeas corpus tem dupla natureza jurídica. De recursos, quando interposto contra uma decisão, ou
de ação tutelar, quando impetrada contra possível ameaça de constrangimento ilegal. Há fundada
divergência doutrinária quanto a essa natureza jurídica. Paulo Lúcio Nogueira a reconhece com a
natureza híbrida, de ação e de recurso judicial.
A legitimação ativa é ampla, podendo ser impetrado por “qualquer pessoa” (art. 654 do CPP),
independentemente de idade, profissão, condição social ou nacionalidade. Na prática, surgem
problemas, como reconhece Celso Delmanto, quando o habeas corpus é pedido por delegado de
polícia, por promotor ou por juiz.
A liminar em habeas corpus não só é cabível como absolutamente necessário.
LXIX – Conceder-se á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público;
Comentário: O mandado de segurança é uma ação que visa a proteger todos os direitos líquidos e
certos de impetrante, desde que não sejam o direito líquido e certo de locomoção (amparado por
NOÇÕES DE DIREITOCONSTITUCIONAL
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habeas corpus) e os direitos líquidos e certos de obter informação a seu respeito e de retificá-la
(amparados por habeas data). Todos os demais direitos líquidos e certos são protegidos pelo
mandado de segurança. Na definição de José Cretella Junior, o mandado de segurança é ação de
rito sumaríssimo, de que pode utilizar-se pessoa física, pessoa jurídica provada ou pública ou
qualquer entidade que tenha capacidade processual, para a proteção de direito líquido, certo e
incontestável, ameaçado ou violado por ato ou fato oriundo de autoridade responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder.
Poder usar essa ação qualquer pessoa que comprove titularidade de direito líquido e certo. Para
esses fins, direito líquido e certo é todo aquele cuja titularidade possa ser inequivocamente
demonstrada por quem o pretende (certo) e que esteja delimitado em sua extensão, ou seja, que se
tenha exatamente dimensionado o alcance do direito pretendido (líquido).
Réu nessa ação deverá ser a autoridade pública competente para desfazer o ato que esteja violando
direito líquido e certo de alguém. Também pode ser réu nessa ação, qualquer pessoa física, em nome
próprio ou de pessoa jurídica, desde que, no ato, tenha agido como preposto ou intermediário de
órgão público.
Frisa-se que se o direito tiver duvidosa a sua existência, se não estiver dimensionado em seu
alcance, se depender, para seu exercício, da ocorrência de fato futuro incerto, esse direito não será
nem líquido nem certo.
Na legitimação ativa estão, como se viu, inclusive menores e estrangeiros, e até terceiros
prejudicados em relação ao ato da administração.
A medida liminar é cabível e desejável, para assegurar a eficácia do instrumento judicial. A sentença
que concede mandado de segurança faz sempre, coisa julgada, segundo, entre outros, Themístocles
Brandão Cavalcanti.
O mandado de segurança cabe também contra ato judicial, desde que:
a) o ato não seja passível de revisão por recurso específico; ou
b) que, embora sendo, não tenha o recurso efeito suspensivo. Tudo isso nos termos do art. 5º da Lei
n.º 1.533/51. Não vale mandado de segurança contra Lei em teste, porque esta não fere direito
individual. O STF, contudo, já entendeu que, se a lei tiver efeitos concretos, o mandado de segurança
é cabível.Segundo o Ministro Carlos Velloso, também do STF, o mandado de segurança cabe contra
ato disciplinar, não valendo a ressalva do art. 5º, III, da Lei citada.
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Comentário: O mandado de segurança coletivo tem os mesmos pressupostos do mandado de
segurança visto acima. A condição a diferençá-los é que, enquanto no anterior o impetrante (autor) da
ação de mandado de segurança coletivo o impetrante não é dono do direito líquido e certo. Detentor
de tal direito pode ser qualquer grupo de pessoas, todas comprovadamente nessa condição de
detentoras do direito. Impetrante, por outro lado, somente poderão ser as entidades citadas no início,
a saber:
· partido político, desde que representado no Congresso Nacional ( e para isso basta que tenha ou
um deputado federal ou um senador);
· organização sindical (que pode ser confederação, federação ou sindicato) ou entidade de classe
(que represente classe econômica);
· associação, de qualquer tipo (desde que tenha fins legais e não tenha caráter paramilitar, com já
visto), que esteja funcionando regularmente há pelo menos um ano e esteja legalmente constituída.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Note-se, finalmente, que o partido político pode usar a ação de mandado de segurança coletivo em
benefício de qualquer grupo de pessoas, quer filiadas ao partido, quer não. Já organizações sindicais,
entidades de classe e associação só poderão usar essa ação na defesa de interesse de seus
membros ou associados.
Os interesses que poderão ser defendidos por esse instrumento são os coletivos ou individuais
homogêneos.
As condições de admissibilidade da ação são o direito líquido e certo e o ato ilegal ou com abuso de
poder. Direito líquido e certo, para Arnoldo Wald, é o que se apresenta devidamente individuado e
caracterizado, para que não haja dúvida alguma quanto aos exatos limites do que se pede. Pontes de
Miranda ensinou que direito líquido e certo é aquele que não desperta dúvidas, que está isento de
obscuridades, que não precisa ser aclarado com exame de provas em dilações.
Uma última questão versa sobre o termo “interesses”, que serão defendidos pela ação para Uadi
Lamêgo Bulos, calculado em vasta doutrina, tanto os “interesses” deste inciso quanto os “direitos” do
anterior levam ao mesmo lugar. Segundo aquele mestre, a redação do modo como foi adotada evita
excessos. A utilização do termo “interesses” foi para reduzir a atuação dos substitutos processuais na
defesa daqueles direitos para cuja tutela manifestaram interesse de filiar-se à associação ou
entidade. Para Calmon de passos, a legitimação diz respeito não à defesa dos direitos de seus
membros ou associados, tout court,mas sim, aos direitos de seus membros ou associados cujo
substrato material seja um interesse de membro ou interesse de associado.
LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Comentário: O mandado de injunção é, talvez, a ação mandamental que menos utilidade tem tido
para os seus autores, isso porque as repetidas decisões do Supremo Tribunal federal sobre essa
matéria tem tirado muito da força que o constituinte de 1988 pretendeu das a ele. O debate em torno
da posição jurisprudencial do mandado da injunção não encontra local correto nesta obra, pelo que
fá-lo-emos no futuro, em livro específico.
Fiquemos com os contornos que o constituinte atribui a essa ação. Presta-se ela, ideologicamente, a
suprir a falta de norma regulamentadora de direito, liberdade ou prerrogativa constitucional, sem a
qual tais direitos não podem ser exercidos. Em outras palavras: a Constituição Federal, em várias
passagens (por exemplo, art. 37, VII; art.7º, XXI), estabeleceu direitos cujo exercício foi condicionado
à elaboração de uma lei posterior que viesse a dizer em que termos isso iria ocorrer. Sem essa lei o
direito garantido pela Constituição fica letra morta, fica regra sem efeito nenhum.
Para impedir isso, o constituinte criou o mandado de injunção, ação pela qual o interessado no
exercício do direito que depende de norma para ser desfrutado vai ao Judiciário buscar o regramento,
para o seu caso concreto, e, assim, ganhar, finalmente, as condições de exercitar o direito
constitucional que tem.
O mandado de injunção pressupõe uma norma constitucional de eficácia limitada. Por outra via, para
que caiba essa ação, é preciso:
a) Que haja direito, garantia ou prerrogativa assegurados na Constituição (e não na lei); b) que esse
direito, garantia ou prerrogativa exija regulamentação; c) que essa regulamentação ainda não haja
sido feita; e d) que, sem essa regulamentação, não seja possível exercitar a garantia constitucional.
Muito já se discutiu sobre o conteúdo da decisão judicial em mandado de injunção, principalmente em
face do obstáculo principal, qual seja a absoluta impossibilidade de o Judiciário determinar ao
Executivo ou ao Legislativo que elabore a norma faltante, diante do princípio da independência dos
Poderes. Houve três correntes. A primeira proclamava que ao Judiciário incumbia formular a norma
faltante. A Segunda, que o Judiciáriodeveria julgar a lide nos termos em que proposta, e resolvê-la,
regulamentando exclusivamente para as partes o direito pendente. A terceira, que ao Judiciário
incumbe apenas reconhecer a omissão legislativa, que, se reiterada, levaria à declaração da
inconstitucionalidade por omissão. A Segunda linha era e é a preferida por toda a melhor doutrina. A
terceira, contudo, foi a escolhida pelo Supremo Tribunal Federal, que a proclamou em reiterados
julgados, sob o argumento de que não incumbe ao Judiciário o exercício anômalo de função típica de
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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outro Poder. Mesmo sob as críticas da doutrina, essa orientação foi mantida, com exceções tópicas
em casos bem específicos.
A legislação ativa é de qualquer pessoa com interesse no direito, na garantia ou na prerrogativa
constitucionalmente assegurada. O STF, a propósito, já reconheceu a viabilidade de mandado de
injunção coletivo. No pólo figura o órgão a quem incumbe, constitucionalmente, a elaboração da
norma faltante. Conforme a qualidade da norma, a competência será fixada, a partir do que dizem os
arts. 102, I, q, e 105, I, h.
LXXII – conceder-se-á “habeas-data”:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
Comentário: O habeas data é a garantia constitucional dos direitos constantes do item X do Art. 5º
da CF: a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, valendo consultar, também, os
itens XXXIII e XXXIV, b, do artigo supra. Trata-se de ação mandamental que tutela a prestação de
informações contidas em bancos de dados pertencentes a entidades públicas ou de caráter público,
bem como sua retificação. Acha-se previsto no Art. 5º, LXXII, da atual Carta Magna.
A grande motivação do habeas data terá sido, sem dúvida, a avassaladora ingerência da informática
na vida privada das pessoas. Com efeito, estamos sujeitos, hoje, a todo tipo de informações em mãos
de terceiros, sem que possamos tomar conhecimento imediato a respeito. São informações de
caráter político, financeiro e policial que revelam dados a respeito de cada pessoa, dados estes nem
sempre verdadeiros ou inteiramente corretos. Quanto à titularidade do exercício desta garantia, cabe
ao próprio interessado, pois trata-se, in casu, de direitos personalíssimos. Entretanto, a
honorabilidade das pessoas falecidas também encontra guarida no habeas data, além de que
informações que interessem ao direito sucessório poderão ser requeridas por cônjuges supérstites ou
herdeiros. Nada impede que o estrangeiro e as pessoas jurídicas impetrem a garantia em epígrafe.
Observe-se, por outro lado, que o dispositivo legal refere-se a entidades governamentais ou de
caráter público. Como distingui-las? Entidades governamentais são órgãos do Estado, como
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, mas o conceito, como poderia
parecer à primeira vista, não se restringe ao Poder Executivo, estendendo-se aos Poderes Legislativo
e Judiciário.
Quanto às entidades de caráter público, são aquelas que mantêm, usualmente, bancos de dados com
informações que podem ser transferidas a terceiros, portanto, de caráter público, p. ex., financeiras,
serviços de proteção ao crédito etc.
Duas alíneas do inciso LXXII (72) insinuam a existência de duas espécies de habeas data: o habeas
data preventivo (alínea (a)), que evita demandas e despesas inúteis, e o habeas data corretivo (alínea
(b)), este visando a retificação de informações incorretas ou, mesmo, maliciosas. Quanto ao rito
processual da impetração do habeas data, a Constituição silenciou, deixando a cargo da legislação
suplementar a regulamentação respectiva. Entretanto, como nos termos do § 1º do Art. 5º, as normas
definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, pareceu sensato, de início,
se adotassem as normas do mandado de segurança (Mandado de segurança – L-001.533-1951),
embora não haja necessidade de apresentação prévia de provas, pois isto seria praticamente
impossível em muitos casos.
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Comentário: Ação Popular é o direito democrático do cidadão de participar na vida pública,
baseando-se no princípio da legalidade dos atos administrativos e de que a coisa pública é patrimônio
do povo.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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REQUISITOS
Deve haver lesividade:
a) ao patrimônio público ou de Entidade de que o Estado participe;
b) à moralidade administrativa;
c) ao meio ambiente;
d) ao patrimônio histórico e cultural.
Ressalte-se no tocante à moralidade administrativa, que não se trata de questão meramente
subjetiva, antes, certamente, cuida de um conteúdo jurídico a partir de regras e princípios da
Administração. Neste sentido, considerado o princípio autônomo da moralidade insculpido no texto
constitucional, é de se reputar cabível ação que não cause lesão palpável ao erário, uma vez
comprovada ofensa à moralidade Administrativa.
LEGITIMIDADE ATIVA
É exclusivamente do cidadão. Requisito essencial da peça inicial é a comprovação de que o autor
esta em pleno gozo de seus direitos políticos (através do título de eleitor, ou documento que a ele
corresponda.)
NÃO podem propor ação popular: os estrangeiros, os apátridas e, as pessoas jurídicas.
PÓLO PASSIVO DA AÇÃO
o agente que praticou o ato; a entidade lesada e os beneficiários do ato ou contrato lesivo ao
patrimônio público.
COMPETÊNCIA JURISDICIONAL
Será definida pela origem do ato ou omissão a ser impugnado (por exemplo, se o patrimônio lesado
for da União a competência será da Justiça Federal).
Ministério Público: funcionará como Fiscal da Lei – parte pública autônoma.
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos;
Comentário: Assim, o cidadão que necessitar defender seus direitos, encontra amparo na Carta
Constitucional que define que não poderá ser excluída da apreciação do Judiciário qualquer lesão ou
ameaça a direito, e para àqueles que não possuírem recursos o Estado deverá prover condições para
uma assistência jurídica integral e gratuita.
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença;
Comentário: Assim, a indenização por erro judiciário cabe em duas hipóteses.
A primeira delas verifica-se quando uma pessoa inocente vem a ser condenada por um crime que
não cometeu. Neste caso, antes de se pedir a indenização, faz-se necessário que a injustiça seja
declarada formalmente por meio de uma revisão criminal que, reconhecendo o erro da decisão
condenatória anterior proferida num processo criminal já terminado (transitado em julgado, sem
possibilidade de recurso), venha a absolver o condenado. No entanto, na própria revisão
criminal (que funciona como uma espécie de nova ação proposta perante o Tribunal competente para
desconstituir a decisão anterior), o interessado já pode requerer seja reconhecido seu direito à
indenização pelos danos que sofreu com a condenação indevida. A decisão que aí for proferida
valerá como título executivo no juízo cível, que cuidará de apurar o montante da indenização a ser
paga. O interessado poderá também, após obter a desconstituição da decisão condenatória pela
revisão criminal,e se não houver desde logo requerido a indenização, ingressar com ação própria no
juízo cível para solicitar a reparação dos prejuízos sofridos. A sentença civil que reconhecer o direito
à indenização por erro judiciário também valerá como título executivo, que igualmente deverá ser
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liquidado no juízo cível, a fim de se apurar o valor a ser pago ao interessado a título de ressarcimento
dos danos suportados.
A segunda hipótese diz respeito à situação em que o condenado permanece preso por mais tempo
que a pena de prisão que lhe foi determinada.
Ninguém pode negar os efeitos altamente danosos da perda da liberdade para a vida de qualquer
pessoa, ainda que por um único dia. Nesse sentido, não se admite que a pessoa seja constrangida a
permanecer presa por mais tempo do que o determinado legalmente, sendo urgente e exigível que se
tomem todas as providências para liberar imediatamente a pessoa ao término do período de prisão
que lhe foi fixado. O excesso de prisão deverá ser indenizado em todas as suas espécies: prisões
processuais (temporária e preventiva), penais, administrativas ou disciplinares. Nesta hipótese, o
ressarcimento pelos danos deverá ser requerido em ação própria no juízo cível.
Observe-se ainda que a indenização deverá contemplar sempre dois aspectos dos danos sofridos: o
dano moral e o dano material. Por óbvio, são nefastos os efeitos psicológicos que uma condenação
ou prisão injustas acarretam a uma pessoa, em razão de agredir o seu direito de liberdade e a sua
honra, tornando inquestionável o seu direito à indenização pelo dano moral. Já a reparação devida ao
dano material suportado visará restabelecer e recompor a situação econômica anterior da pessoa
prejudicada.
Já há decisões que reconhecem o dever de indenizar ao preso provisório que venha a ser absolvido
posteriormente, por entender que esta situação é equivalente ao erro judiciário e ao excesso de
prisão.
LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
Comentário: Note que aqui há uma restrição, não são mais garantidos à todos, como no inciso
anterior. São gratuitos apenas para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, o registro civil de
nascimento e a certidão de óbito.
Para fixação: não é garantido para todos a gratuidade do registro de nascimento (civil). Tampouco o é
a certidão de óbito – ou seja, tanto para registrar o nascimento, quanto a morte, a regra é que todos
efetuem o pagamento de alguma taxa, o que não vale para aqueles que efetivamente não tenham
condição de arcar com esta taxa, i.e, os reconhecidamente pobres na forma da lei.
LXXVII – são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento)
Comentário: As ações de habeas-corpus e habeas-data são gratuitas, aqui vale, novamente, para
todos os habitantes e residentes no Estado brasileiro. Ainda o inciso informa que todos os atos
necessários ao exercício da cidadania são gratuitos.
O único inciso em que há restrição da gratuidade é em relação aos registro de nascimento e óbito,
que só é gratuito para os reconhecidamente pobres na forma da lei: nos demais artigos que tratam de
gratuidade, estes refletem uma efetiva gratuidade, para todos os cidadãos e residentes brasileiros.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo
e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
§ 1º – As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º – Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(Atos aprovados na forma deste parágrafo)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Comentário: A razoável duração do processo deve ser perseguida por todos os protagonistas do
direito, para que se possa alcançar a certificação do direito em favor do autor ou do réu, no tempo
certo. A Emenda Constitucional nº 45, de 08 de dezembro de 2004, assegurou a todos, no âmbito
judicial e administrativo, o razoável lapso temporal que deve durar o processo, bem assim as formas
garantidoras da celeridade de sua tramitação.
Tal previsão, em nosso entender, já estava contemplada no texto constitucional, seja na consagração
do princípio da eficiência, seja pela existência do princípio do devido processo legal.
Os processos administrativos e judiciais devem garantir todos os direitos às partes, sem, contudo,
esquecer a necessidade de desburocratização de seus procedimentos e na busca de qualidade e
máxima eficácia de suas decisões.
O acesso à justiça deve englobar uma prestação jurisdicional em tempo hábil para garantir o gozo do
direito pleiteado.
O termo razoabilidade, sem dúvida, além de subjetivo, deixa margem à ampla apreciação e
interpretação. É indispensável, isto é certo, que se organizem os meios que garantam a celeridade da
tramitação dos processos.
Como mecanismos de celeridade e desburocratização podem ser citados: a vedação de férias
coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, a proporcionalidade do número de juízes à efetiva
demanda judicial e à respectiva população, a distribuição imediata dos processos, em todos os graus
de jurisdição, a possibilidade de delegação aos servidores do Judiciário para a prática de atos
administrativos e atos de mero expediente sem caráter decisório, a necessidade de demonstração de
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso para fins de conhecimento do
recurso extraordinário, a instalação da justiça itinerante, as súmulas vinculantes do Supremo Tribunal
Federal.
Segundo o célebre pensamento de Rui Barbosa, justiça tardia não é senão injustiça.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Observação: Este capítulo II também é pedido pelas bancas organizadoras na seguinte
forma: Direitos fundamentais dos trabalhadores na Constituição Federal de 1988.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de
2015)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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IV – salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservemo poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da
lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da
lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze
anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical;
II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de
categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores
ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV – a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei;
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores.
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I – natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquernacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.
VII – de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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§ 4º – Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária; Regulamento
VI – a idade mínima de:
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do
pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a
fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou
indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 4, de 1993)
CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão
seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.
Regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no
âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção
dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta
e da estrutura da Administração indireta;
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei;
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção
pessoal de agentes ou autoridades;
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.784-1999?OpenDocument
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de
sigilo previstas na Constituição;
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público;
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a
decisão;
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos
administrados;
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à
produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam
resultar sanções e nas situações de litígio;
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas
em lei;
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação
dos interessados;
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem
prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar
o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles
contidos e conhecer as decisões proferidas;
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente;
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória
a representação, por força de lei.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de
outros previstos em ato normativo:
I - expor os fatos conforme a verdade;
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
III - não agir de modo temerário;
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de
interessado.
Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida
solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II - identificação do interessado ou de quem o represente;
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento
de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de
eventuais falhas.
Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou
formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.
Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento, salvo preceito legal em contrário.
CAPÍTULO V
DOS INTERESSADOS
Art. 9o São legitimados como interessados no processo administrativo:
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou
interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que
possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e
interesses coletivos;
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou
interesses difusos.
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de
dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos
a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigoaplica-se à delegação de
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio
oficial.
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os
limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso
cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade
delegante.
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente
esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os
locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional
competente em matéria de interesse especial.
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo
deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
CAPÍTULO VII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou
autoridade que:
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou
parente e afins até o terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro.
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar
o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui
falta grave, para efeitos disciplinares.
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os
respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de
recurso, sem efeito suspensivo.
CAPÍTULO VIII
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir.
§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com
a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
§ 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido
quando houver dúvida de autenticidade.
§ 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo
órgão administrativo.
§ 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e
rubricadas.
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário
normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já
iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano
ao interessado ou à Administração.
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade
responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser
praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro,
mediante comprovada justificação.
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do
órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização.
CAPÍTULO IX
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo
determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de
diligências.
§ 1o A intimação deverá conter:
I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;
II - finalidade da intimação;
III - data, hora e local em que deve comparecer;
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;
V - informação da continuidade do processo independentemente do seu
comparecimento;
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.
§ 2o A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à
data de comparecimento.
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com
aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da
ciência do interessado.
§ 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio
indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
§ 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições
legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da
verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado.
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de
ampla defesa ao interessado.
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para
o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de
direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os
dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão
do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de
propor atuações probatórias.
§ 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados
necessários à decisão do processo.
§ 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem
realizar-se do modo menos oneroso para estes.
Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por
meios ilícitos.
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o
órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta
pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver
prejuízo para a parte interessada.
§ 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios
oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos,
fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.
§ 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de
interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta
fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente
iguais.
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da
relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a
matéria do processo.
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão
estabelecer outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio
de organizações e associações legalmente reconhecidas.
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de
participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do
procedimento adotado.
Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros
órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com
a participação de titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a
respectiva ata, a ser juntada aos autos.
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem
prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no
art. 37 desta Lei.
Art. 37. Quando ointeressado declarar que fatos e dados estão registrados em
documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em
outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à
obtenção dos documentos ou das respectivas cópias.
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da
decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como
aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.
§ 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do
relatório e da decisão.
§ 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as
provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes,
desnecessárias ou protelatórias.
Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação
de provas pelos interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse
fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento.
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente,
se entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de
proferir a decisão.
Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado
forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo
fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do
processo.
Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com
antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de
realização.
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o
parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial
ou comprovada necessidade de maior prazo.
§ 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo
fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação,
responsabilizando-se quem der causa ao atraso.
§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo
fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem
prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente
obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo
no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo
técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes.
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no
prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do
interessado.
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou
cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados
e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra
e à imagem.
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final
elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento
e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o
processo à autoridade competente.
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos
processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua
competência.
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem
o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período
expressamente motivada.
CAPÍTULO XII
DA MOTIVAÇÃO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado
meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não
prejudique direito ou garantia dos interessados.
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de
decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito.
CAPÍTULO XIII
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou
parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
§ 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente
quem a tenha formulado.
§ 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica
o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse
público assim o exige.
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando
exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou
prejudicado por fato superveniente.
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-
se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade
administrativa que importe impugnação à validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração.
CAPÍTULO XV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de
legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não
a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe
de caução.
§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula
vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar,
antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade
da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias
administrativas, salvo disposição legal diversa.
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela
decisão recorrida;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11
III - as organizaçõese associações representativas, no tocante a direitos e
interesses coletivos;
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para
interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação
oficial da decisão recorrida.
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser
decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo
órgão competente.
§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual
período, ante justificativa explícita.
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente
deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos
que julgar convenientes.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito
suspensivo.
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente
superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá
intimar os demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem
alegações.
Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto:
I - fora do prazo;
II - perante órgão incompetente;
III - por quem não seja legitimado;
IV - após exaurida a esfera administrativa.
§ 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade
competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.
§ 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de
ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar,
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer
gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule
suas alegações antes da decisão.
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão
competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da
súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de
enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para
o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos
semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e
penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser
revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção
aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da
sanção.
CAPÍTULO XVI
DOS PRAZOS
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o
vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes
da hora normal.
§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no
mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se
como termo o último dia do mês.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos
processuais não se suspendem.
CAPÍTULO XVII
DAS SANÇÕES
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão
natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer,
assegurado sempre o direito de defesa.
CAPÍTULO XVIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11
Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei
própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os
procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: (Incluído pela Lei
nº 12.008, de 2009).
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº
12.008, de 2009).
II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído pela Lei nº 12.008, de
2009).
III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da
doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de
imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina
especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. (Incluído
pela Lei nº 12.008, de 2009).
§ 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição,
deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as providências a
serem cumpridas. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
§ 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o
regime de tramitação prioritária. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília 29 de janeiro de 1999; 178o da Independência e 111o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Renan Calheiros
Paulo Paiva
Este texto não substitui o publicado no DOU de 1.2.1999 e retificado em 11.3.1999
*
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1998-2000/RET/rlei-9784-99.pdf
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
Texto compilado
Mensagem de veto
Produção de efeito
Partes mantidas pelo Congresso Nacional
(Vide Lei nº 12.702, de 2012)passarão por um controle de constitucionalidade. Caso
estejam indo de encontro às normas-chave, serão tidas como nulas. Para o legislador ordinário, é
proibido burlar a lei, acrescentar, deturpar ou mudar algo que a prejudique. O juiz, como intérprete da
lei, deve aplicar os princípios da constituição através de uma hermenêutica construtiva.
Princípio Da Máxima Efetividade Ou Efetividade Constitucional
Por esse princípio, à uma norma constitucional deve ser atribuída um sentido, que lhe permita maior
eficácia, permitindo duas formas de interpretação, deixando ao intérprete da lei, escolher a que seja
mais eficiente para o comando constitucional. Isso quando se tratar de direito ou garantia
fundamental. O intérprete deve favorecer o elemento teleológico que, de acordo com o dicionário,
essa palavra significa: teoria que estuda os seres pelo fim que aparentemente serão destinados.
Princípio Da Unidade Da Constituição
No princípio da Unidade da Constituição, a lei é tratada de forma sistemática e não isolada. A
Constituição é quem faz a ligação e dá a permisão da sistemicidade do ordenamento jurídico,
servindo de parâmetro para qualquer processo interpretativo.
Princípio Da Proporcionalidade
A proporcionalidade carrega consigo três subprincípios: adequação, exigibilidade e proporcionalidade.
A proporcionalidade serve como parâmetro de controle da constitucionalidade das regras restritivas
de direitos fundamentais. Também atua na solução dos conflitos entre os princípios da constituição.
A adequação exige medidas interventivas, em que o meio escolhido pela norma é ideal para alcançar
o fim estabelecido, assim, mostrando-se adequado. O sub-princípio da exigibilidade propõe que o
meio indicado seja exigível, não tendo outro com eficiência equiparadam e que seja menos danoso a
direitos fundamentais.
Poder Constituinte
É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente
organizado.
O Poder Constituinte É O Poder Que Tudo Pode.
Titularidade do Poder Constituinte: é predominante que a titularidade do poder constituinte
pertence ao povo. Logo, a vontade constituinte é a vontade do povo expressa por meio de seus
representantes.
Espécies:
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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A - Poder Constituinte Originário - Estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-se e
criando os poderes destinados a reger os interesses de uma sociedade. Não deriva de nenhum outro,
não sofre qualquer limite e não se subordina a nenhuma condição.
Ocorre Poder Constituinte no surgimento da 1ª Constituição e também na elaboração de qualquer
outra que venha depois.
Características:
Inicial - não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado;
Autônomo / ilimitado - não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites
postos pelo direito positivo anterior; não há nenhum condicionamento material;
Incondicionado - não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para manifestação de sua vontade;
não está submisso a nenhum procedimento de ordem formal
B - Poder Constituinte Derivado - também chamado Instituído ou de segundo grau – é secundário,
pois deriva do poder originário. Encontra-se na própria Constituição, encontrando limitações por ela
impostas: explícitas e implícitas.
Características:
Derivado - deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder Constituinte originário;
Subordinado - está subordinado a regras materiais; encontra limitações no texto constitucional. Ex.
cláusula pétrea
Condicionado – seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da CF; é
condicionado a regras formais do procedimento legislativo. Este poder se subdivide em:
I) poder derivado de revisão ou de reforma: poder de editar emendas à Constituição. O exercente
deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma emenda ele não está no
procedimento legislativo, mas no Poder Reformador.
II) poder derivado decorrente: poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar as suas
próprias constituições. O exercente deste poder são as Assembléias Legislativas dos Estados.
Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem.
A Constituição de 1988 deu aos Municípios um status diferenciado do que antes era previsto,
chegando a considerá-los como entes federativos, com a capacidade de auto-organizar-se através de
suas próprias Constituições Municipais que são denominadas Leis Orgânicas.
Teoria Da Constituição
Origem:
O conceito de constituição que conhecemos surgiu entre os gregos e romanos, no domínio do
pensamento filosófico e político.
Conceito:
Conjunto de normas jurídicas supremas que estabelecem os fundamentos da organização de um
estado e da Sociedade, dispondo e regulando a forma de estado, a forma e sistema de governo, o
seu regime político, seus objetivos fundamentais, o modo de aquisição e exercício do poder,
composição, as competências e o funcionamento de seus órgãos, os limites de atuação e a
responsabilidade de seus dirigentes, e fixando uma declaração de direitos e garantias fundamentais e
as principais regras de convivência social.
Concepções Sobre A Constituição:
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
Concepção Sociológica: Tem como personagem principal Ferdinand Lassale na obra A Essência
da Constituição, revelando os fundamentos sociológicos das Constituições e os fatores reais do poder
que regem uma determinada sociedade.
Concepção política: Tem como personagem principal Carl Schimitt, em sua clássica obra Teoria
da Constituição. Sustentou que a constituição significa, essencialmente, decisão política fundamental,
decisão concreta de conjunto sobre o modo e a forma de existência da unidade política.
Concepção Jurídica: Foi em Hans Kelsen que essa teoria ganhou forma, trazendo o sentido
constitucional em duas formas:
1. Lógico Jurídico: como norma hipotética fundamental. Servindo de fundamento lógico
transcendental de validade da própria constituição jurídico-positiva.
2. Jurídico-positivo: como norma positiva suprema, considerado como fundamento de validade
para todas as outras normas positivas, ocupando, assim, o vértice do ordenamento jurídico.
Concepção Cultural: Tem como personagem principal Konrad Hesse, na sua obra a Força
Normativa da Constituição. A Constituição seria a força ativa e ordenadora da vida do Estado e da
sociedade, ou seja, para produzir e manter a sua força normativa, deve interagir com a realidade
político-social, num condicionamento recíproco.
Supremacia Da Constituição:
Ostenta posição de proeminência em relações ás demais normas, seja quanto ao modo de sua
elaboração, seja quanto à matéria de que tratam.
Objeto Das Constituições:
Têm por objeto definir a estrutura do Estado, os seus princípios fundamentais e a organização do
poder político. Disciplinando o modo de aquisição, a forma de exercício e os limites de atuação do
poder político e declarando os direitos e garantias fundamentais. Podendo estabelecer as principais
regras de convivência social e implementar a ideia de Direito e inspirando todo o sistema jurídico e
por fim fixando os fins sócios- econômicos do Estados e da base da Ordem Econômica e Social.
Classificação Das Constituições:
Quanto ao Conteúdo:
1. Material: O Fundamental é a matéria ou conteúdo objeto da norma, sendo irrelevante sua
localização;
2. Formal: Conjunto de normas escritas reunidas num documento solenemente elaborado pelo
poder constituinte;
Quanto À Forma:
1. Escrita: Aquela cujas normas são codificadas e sistematizadas em texto único e solene,
elaborado racionalmente por um órgão constituinte;
2. Não-escrita ou costumeira: Aquelas cujas normas não estão plasmadas em texto único, mas
que revelam-se(Vide Lei nº 12.855, de 2013)
(Vide Lei nº 13.135, de 2015)
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais.
PUBLICAÇÃO CONSOLIDADA DA LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE
1990, DETERMINADA PELO ART. 13 DA LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO
DE 1997.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Título I
Capítulo Único
Das Disposições Preliminares
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas
federais.
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em
cargo público.
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas
na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são
criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos,
para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos
em lei.
Título II
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição
Capítulo I
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.112-1990?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep898-90.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art252
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#veto
file:///T:/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12702.htm%23art41
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12855.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art6i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art13
Do Provimento
Seção I
Disposições Gerais
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos
estabelecidos em lei.
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade
competente de cada Poder.
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 8o São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
III - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de
1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/RSF/ResSF46-1997.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/RSF/ResSF46-1997.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
Seção II
Da Nomeação
Art. 9o A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo
ou de carreira;
II - em comissão, para cargos de confiança, de livre exoneração.
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança
vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. A designação por acesso, para função de direção, chefia e assessoramento
recairá, exclusivamente, em servidor de carreira, satisfeitos os requisitos de que trata o parágrafo
único do art. 10.
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza
especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de
confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que
deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da
interinidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento
efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na
carreira, mediante promoção, ascensão e acesso, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes
do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do
servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as
diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus
regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção III
Do Concurso Público
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas
etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser
realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo
plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor
fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de
isenção nele expressamente previstas. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) (Regulamento)
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão
fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de
grande circulação.
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade não expirado.
Seção IV
Da Posse e do Exercício
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão
constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao
cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das
partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 1° A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de provimento,
prorrogável por mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado.
§ 2° Em se tratando de servidor em licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal,o prazo
será contado do término do impedimento.
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de
provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de
provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas
hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o
prazo será contado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 4° Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação, acesso e ascensão.
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que
constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo,
emprego ou função pública.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6593.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
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§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no
prazo previsto no § 1o deste artigo.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica
oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.
§ 1° É de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 2° Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no
parágrafo anterior.
§ 3° À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete
dar-lhe exercício.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou
da função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público
entrar em exercício, contados da data da posse. (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de
sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos
previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. (Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou
designado o servidor compete dar-lhe exercício. (Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de
publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou
afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil
após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da
publicação. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão
competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.
Art. 17. A promoção ou a ascensão não interrompem o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data da publicação do ato que promover ou ascender o
servidor.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover
o servidor. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
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Art. 18. O servidor transferido, removido, redistribuído, requisitado ou cedido, que deva ter
exercício em outra localidade, terá 30 (trinta) dias de prazo para entrar em exercício, incluído nesse
prazo o tempo necessário ao deslocamento para a nova sede.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a que se
refere este artigo será contado a partir do término do afastamento.
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter
sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do
ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído
nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado
legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do
impedimento. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos
no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 19. O ocupante de cargo de provimento efetivo fica sujeito a 40 (quarenta) horas semanais
de trabalho, salvo quando a lei estabelecer duração diversa.
Parágrafo único. Além do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exercício de cargo em
comissão exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço, podendo o servidor ser convocado
sempre que houver interesse da administração.
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das
atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do
trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de
seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação dada pela
Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 1° O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança é submetido ao regime de
integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da
Administração. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a
regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo
ser convocado sempre que houver interesse da Administração. (Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida
em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses,
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide EMC nº
19)
Art. 20. Ao entrar em exercício,o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
sujeito a estágio probatório por período de trinta e seis meses durante o qual a sua aptidão e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte
fatores: (Redação dada pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses,
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide EMC nº 19)
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
§ 1o Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será
submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho
do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento do
sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores
enumerados nos incisos I a V deste artigo.
§ 1o Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à
homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por
comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos
incisos I a V deste artigo. (Redação dada pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à
homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por
comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos
incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se
estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no
parágrafo único do art. 29.
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de
provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão
ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para
ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as
licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem
assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação
em concurso para outro cargo na Administração Pública
Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os
afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de
participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do
impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção V
Da Estabilidade
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de
provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois)
anos de efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja
assegurada ampla defesa.
Seção VI
Da Transferência
Art. 23. Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo para outro de igual
denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo
Poder. (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997)
§ 1° A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse do serviço,
mediante o preenchimento de vaga. (Execução suspensa pela RSF nº 46, de
1997)
§ 2° Será admitida a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro em extinção para
igual situação em quadro de outro órgão ou entidade. (Execução suspensa pela RSF
nº 46, de 1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção VII
Da Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será
aposentado.
§ 2° A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação
exigida.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/RSF/ResSF46-1997.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/RSF/ResSF46-1997.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/RSF/ResSF46-1997.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/RSF/ResSF46-1997.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/RSF/ResSF46-1997.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a
habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na
hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Seção VIII
Da Reversão
(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez,
quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da
aposentadoria.
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos
da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45,
de 4.9.2001)II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à
solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua
transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para
concessão da aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3644.htm#1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá
suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração
perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do
cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que
percebia anteriormente à aposentadoria. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados
com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no
cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste
artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 26. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga. (Revogado pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta)
anos de idade.
Seção IX
Da Reintegração
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento
de todas as vantagens.
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em
disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro
cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
Seção X
Da Recondução
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente
ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art15
II - reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será
aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.
Seção XI
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante
aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com
o anteriormente ocupado.
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato
aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos
órgãos ou entidades da Administração Pública Federal.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em
disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do
Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado
aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade
se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por
junta médica oficial.
Capítulo II
Da Vacância
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
IX - falecimento.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de
ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo
estabelecido.
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de
confiança dar-se-á: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor.
Parágrafo único. O afastamento do servidor de função de direção, chefia e assessoramento
dar-se-á:
I - a pedido;
II - mediante dispensa, nos casos de:
a) promoção;
b) cumprimento de prazo exigido para rotatividade na função;c) por falta de exação no exercício de suas atribuições, segundo o resultado do processo de
avaliação, conforme estabelecido em lei e regulamento;
d) afastamento de que trata o art. 94. (Revogado pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Capítulo III
Da Remoção e da Redistribuição
Seção I
Da Remoção
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Dar-se-á a remoção, a pedido, para outra localidade, independentemente de
vaga, para acompanhar cônjuge ou companheiro, ou por motivo de saúde do servidor, cônjuge,
companheiro ou dependente, condicionada à comprovação por junta médica.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por
modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
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II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da
Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou
militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que foi deslocado no interesse da
Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que
viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à
comprovação por junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de
interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam
lotados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção II
Da Redistribuição
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, para quadro de
pessoal de outro órgão ou entidade do mesmo poder, cujos planos de cargos e vencimentos sejam
idênticos, observado sempre o interesse da administração.
§ 1° A redistribuição dar-se-á exclusivamente para ajustamento de quadros de pessoal às
necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou
entidade.
§ 2° Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderam ser
redistribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento na
forma do art. 30.
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, para o quadro de
pessoal de outro órgão ou entidade do mesmo Poder, observados a vinculação entre os graus de
complexidade e responsabilidade, a correlação das atribuições, a equivalência entre os vencimentos e
o interesse da administração, com prévia apreciação do órgão central de pessoal. (Redação
dada pela Lei nº 8.216, de 1991)
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo,
ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou
entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do
SIPEC, observados os seguintes preceitos: (Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8216.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8216.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
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III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (Incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das
atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação
profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais
do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força
de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização,
extinção ou criação de órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto
entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública
Federal envolvidos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o
cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável
que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento
na forma dos arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade
poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício
provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado
aproveitamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo IV
Da Substituição
Art. 38. Os servidores investidos em função de direção ou chefia e os ocupantes de cargos em
comissão terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente
designados pela autoridade competente.
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os
ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento
interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do
órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1° O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo ou função de direção ou
chefia nos afastamentos ou impedimentos regulamentares do titular.
§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do
cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de
Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
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titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de
um deles durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 2° O substituto fará jus à gratificação pelo exercício da função de direção ou chefia, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, observando-se quanto aos cargos em comissão o
disposto no § 5° do art. 62.
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de
direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou
impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido
período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades
administrativas organizadas em nível de assessoria.
Título III
Dos Direitos e Vantagens
Capítulo I
Do Vencimento e da Remuneração
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público,
com valor fixado em lei.
Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento,
importância inferior ao salário-mínimo. (Revogado pela Medida
Provisória nº 431, de 2008). (Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008)
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão
será paga na forma prevista no art. 62.
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa
da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do
art. 93.
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter
permanente, é irredutível.
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local
de trabalho.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art174
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art174
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art176
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. (Incluído
pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. (Incluído
pela Lei nº 11.784, de 2008
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de
remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como
remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes,
pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do
Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas
nos incisos II a VII do art. 61.
Art. 43. A menor remuneração atribuída aos cargos de carreira não será inferior a 1/40 (um
quarenta avos) do teto de remuneração fixado no artigo anterior. (Revogado pela
Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº 9.624, de 2.4.98)
Art. 44. O servidor perderá:
I - a remuneração dos dias em que faltar ao serviço;
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas,
iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos;
III - metade da remuneração, na hipótese prevista no § 2° do art. 130.
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo
justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências
justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas,
salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. (Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força
maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto
incidirá sobre a remuneração ou provento. (Vide Decreto nº 1.502, de
1995) (Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide Decreto nº
2.065, de 1996) (Regulamento) (Regulamento)
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação
em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com
reposição de custos, na forma definida em regulamento.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9624.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9624.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9624.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1995/d1502.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1995/d1502.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1996/D1903.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1996/d2065.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1996/d2065.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2784.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D4961.htm
§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em
favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em
regulamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 681, de 2015)
§ 2º O total de consignações facultativas de que trata o § 1º não excederá trinta e cinco por cento
da remuneração mensal, sendo cinco por cento reservados exclusivamente para a amortização de
despesas contraídas por meio de cartão de crédito (Incluído pela Medida Provisória nº
681, de 2015)
§ 1o Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em
favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)
§2o O total de consignações facultativas de que trata o § 1o não excederá a 35% (trinta e cinco
por cento) da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente
para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)
I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito;
ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)
II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito. (Incluído
pela Lei nº 13.172, de 2015)
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais não
excedentes à décima parte da remuneração ou provento, em valores atualizados.
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário serão previamente
comunicadas ao servidor e descontadas em parcelas mensais em valores
atualizados até 30 de junho de 1994. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 1o A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda dez por cento
da remuneração ou provento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 2o A reposição será feita em parcelas cujo valor não exceda 25% da
remuneração ou provento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o A reposição será feita em uma única parcela quando constatado
pagamento indevido no mês anterior ao do processamento da folha. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de
1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao
pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
parceladas, a pedido do interessado. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez
por cento da remuneração, provento ou pensão. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do
processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única
parcela. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv681.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv681.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv681.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13172.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13172.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13172.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13172.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13172.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a
decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou
rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa.
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, ou que
tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ou ainda aquele cuja dívida
relativa a reposição seja superior a cinco vezes o valor de sua remuneração terá o
prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em
dívida ativa. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Os valores percebidos pelo servidor, em razão de decisão liminar, de
qualquer medida de caráter antecipatório ou de sentença, posteriormente cassada
ou revista, deverão ser repostos no prazo de trinta dias, contados da notificação
para fazê-lo, sob pena de inscrição em dívida ativa. (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que
tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias
para quitar o débito. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001)
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua
inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de
arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos
resultante de decisão judicial.
Capítulo II
Das Vantagens
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes
vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para
qualquer efeito.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento,
nos casos e condições indicados em lei.
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas,
para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob
o mesmo título ou idêntico fundamento.
Seção I
Das Indenizações
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
IV - (Vide Medida Provisória nº 301 de 2006)
IV - auxílio-moradia. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 52. Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua
concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Vide Medida
Provisória nº 301 de 2006)
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as
condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Redação dada
pela Lei nº 11.355, de 2006)
Subseção I
Da Ajuda de Custo
Art. 53. A ajuda-de-custo destina-sea compensar as despesas de instalação do servidor que, no
interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter
permanente.
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do
servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com
mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de
indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha
também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor
e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Mpv/301.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Mpv/301.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Mpv/301.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de
custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano,
contado do óbito.
§ 3o Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III
do parágrafo único do art. 36. (Incluído pela Medida provisória nº 632, de 2013)
§ 3o Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III
do parágrafo único do art. 36. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor,
conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância
correspondente a 3 (três) meses.
Art. 54. A ajuda de custo corresponderá ao valor de um mês de remuneração do servidor na
origem ou, na hipótese do caput do art. 56, ao valor de uma remuneração mensal do cargo em
comissão. (Redação dada pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor,
conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância
correspondente a 3 (três) meses.
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da
União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de
custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível.
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando,
injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.
Subseção II
Das Diárias
Art. 58. O servidor que, a serviço, se afastar da sede em caráter eventual ou transitório, para
outro ponto do território nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de pousada,
alimentação e locomoção urbana.
§ 1° A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o
deslocamento não exigir pernoite fora da sede.
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou
transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a
passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária
com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade
quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Mpv/mpv632.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Congresso/ato-19-mpv805.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por
diárias. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência
permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.
§ 3o Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da
mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado
mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades
e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da
sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os
afastamentos dentro do território nacional. (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer
motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do
que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso,
no prazo previsto no caput.
Subseção III
Da Indenização de Transporte
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de
serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser
em regulamento.
Subseção IV
Do Auxílio-Moradia
(Vide Medida Provisória nº 301 de 2006)
Subseção IV
Do Auxílio-Moradia
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas
pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa
hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. (Incluído pela Lei nº
11.355, de 2006)
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento de despesas comprovadamente
realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por
empresa hoteleira, no prazo de até dois meses após a comprovação da despesa pelo
servidor. (Redação dada pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Mpv/301.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Congresso/ato-19-mpv805.htm
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente
realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por
empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo
servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes
requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
I - não exista imóvel funcionaldisponível para uso pelo servidor; (Incluído pela Lei
nº 11.355, de 2006)
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; (Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006)
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente
comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo,
incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem
a sua nomeação; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; (Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006)
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função
de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza
Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de
2006)
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre
nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio do
servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses,
aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a
sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo
efetivo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
IX - (Vide Medida Provisória nº 341, de 2006).
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. (Incluído pela
Lei nº 11.490, de 2007)
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava
ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355,
de 2006)
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a cinco anos dentro de cada
período de oito anos, ainda que o servidor mude de cargo ou de Município de exercício do
cargo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Parágrafo único. Transcorrido o prazo de cinco anos de concessão, o pagamento somente será
retomado se observados, além do disposto no caput, os requisitos do caput do art. 60-B, não se
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Mpv/341.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11490.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11490.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B. (Incluído pela Lei nº 11.355,
de 2006)
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a oito anos dentro de cada
período de doze anos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
Parágrafo único. Transcorrido o prazo de oito anos dentro de cada período de doze anos,
o pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput, os requisitos do
caput do art. 60-B, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-
B. (Redação dada pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro
de cada período de 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 11.784, de
2008) (Revogado pela Medida provisória nº 632, de 2013) (Revogado
pela Lei nº 12.998, de 2014)
Parágrafo único. Transcorrido o prazo de 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos,
o pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput deste artigo, os
requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art.
60-B. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 (Revogado pela Medida
provisória nº 632, de 2013) (Revogado pela Lei nº 12.998, de 2014)
Art. 60-D. O valor do auxílio-moradia é limitado a vinte e cinco por cento do valor do cargo em
comissão ocupado pelo servidor e, em qualquer hipótese, não poderá ser superior ao auxílio-moradia
recebido por Ministro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a vinte e cinco por cento do valor
do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado
ocupado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar vinte e cinco por cento da remuneração
de Ministro de Estado. (Incluído pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido
a todos que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos
reais). (Incluído pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor
do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado
ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a vinte e cinco por cento do valor do
cargo em comissão, da função de confiança ou do cargo de Ministro de Estado ocupado. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor
do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado
ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração
de Ministro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido
a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos
reais).(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 2o O valor do auxílio-moradia será reduzido em vinte e cinco pontos percentuais a cada ano,
a partir do segundo ano de recebimento, e deixará de ser devido após o quarto ano de
recebimento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica
garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e
oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Mpv/mpv632.htm#art27
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art44
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art44
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Mpv/mpv632.htm#art27
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Mpv/mpv632.htm#art27
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art44
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Congresso/ato-19-mpv805.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Congresso/ato-19-mpv805.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
§ 3o O prazo de que trata o § 2o não terá sua contagem suspensa ou interrompida na hipótese
de exoneração ou mudança de cargo ou função. (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de
2017) (Vigência encerrada)
§ 4o Transcorrido o prazo de quatro anos após encerrado o pagamento do auxílio-moradia, o
pagamento poderá ser retomado se novamente vierem a ser atendidos os requisitos do art. 60-
B. (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do
servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um
mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à
disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia poderá ser mantido por um
mês, limitado ao valor pago no mês anterior. (Redação dada pela Medida Provisória nº 805, de
2017) (Vigência encerrada)
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do
servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um
mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Seção II
Das Gratificações e Adicionais
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta lei, serão deferidos aos servidores
as seguintes gratificações e adicionais:
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e
adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - gratificação pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e
assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
II - gratificação natalina;
III - adicional por tempo de serviço; (Revogado pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Congresso/ato-19-mpv805.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Congresso/ato-19-mpv805.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv805.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Congresso/ato-19-mpv805.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art15
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314
de 2006)
Subseção I
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e
Assessoramento
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 62. Ao servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento é devida uma
gratificação pelo seu exercício.
§ 1° Os percentuais de gratificação serão estabelecidos em lei, em ordem decrescente, a partir
dos limites estabelecidos no art. 42.
§ 2º A gratificação prevista neste artigo incorpora-se à remuneração do servidor e integra o
provento da aposentadoria, na proporção de 1/5 (um quinto) por ano de exercício na função de direção,
chefia ou assessoramento, até o limite de 5 (cinco) quintos.
§ 3° Quando mais de uma função houver sido desempenhada no período de um ano, a importância
a ser incorporada terá como base de cálculo a função exercida por maior tempo.
§ 4° Ocorrendo o exercício de função de nível mais elevado, por período de 12 (doze) meses,
após a incorporação da fração de 5/5 (cinco quintos), poderá haver a atualização progressiva das
parcelas já incorporadas, observado o disposto no parágrafo anterior.
§ 5º Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II,
do art. 9°, bem como os critérios de incorporação da vantagem prevista no parágrafo segundo, quando
exercidos por servidor.
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção,
chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza
Especial é devida retribuição pelo seu exercício. (Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em
comissãoatravés de costumes, da jurisprudência e até mesmo, em textos constitucionais
escritos, porém esparsos. Ex: Constituição da Inglaterra;
Quanto À Origem:
Democrática ou promulgada: Verifica a efetiva participação popular, sendo fruto da soberana
manifestação de vontade de um povo;
Outorgada: Fruto do autoritarismo, do abuso da usurpação do poder constituinte do povo. São
impostas pelo governante, e normalmente são designadas pela Doutrina das Cartas.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Cesarista: As que dependem de ratificação popular por meio de referendo. A participação popular,
não é democrática, servindo somente para ratificar a vontade do detentor do poder. Ex: Plebiscito
Napoleônico;
Pactuada: Compromisso político instável entre duas forças políticas opostas, como termo da
relação de equilíbrio a monarquia limitada. Ex: Constituição Francesa de 1291;
Quanto A Imutabilidade:
Imutável: Aquela que não prevê nenhum processo de alteração de seus normas;
Fixa: Só pode ser alterada pelo próprio poder constituinte originário, que implica em elaboração de
uma nova ordem constitucional;
Rígida: Só pode ser alterada com a mesma simplicidade, como que se modifica a lei.
Estabelecendo procedimentos especiais e solenes e formais, necessários para a reforma de suas
normas;
Flexível: Aquela que, pode ser alterada pelo mesmo procedimento observado para as normas
legais;
Semi- rígida ou semiflexível: Constituição parcialmente rígida e parcialmente flexível, ou seja uma
parte rígida e outra é flexível;
Quanto À Extensão:
Sintética: Constituições Breves que limitam princípios gerais de organização e funcionamento do
Estado. Ex: Constituição Americana.
Analítica: Longa e minuciosas de todas as particularidades ocorrentes e consideradas relevantes
no momento para o Estado e para a Sociedade.
Quanto À Finalidade:
Garantista: Garantir as liberdades públicas contra a arbitrariedade estatal, limitando-se
praticamente a isso;
Dirigente: Garantia do existente, aliada à instituição de um programa ou linha de direção para o
futuro;
Quanto A Elaboração:
Dogmática: Documento escrito e sistematizado, elaborado por um órgão constituinte em
determinado momento da história constitucional de um País, a partir de dogmas;
Histórica: Influxo dos costumes. Ex: Constituição Inglesa;
Quando A Ideologia:
Constituição Ortodoxa: Consagração de uma só ideologia. Ex: CF Soviética;
Eclética: Logra contemplar, plural e democraticamente, várias ideologias aparentemente
contrapostas, conciliando as ideias que permearam as discussões na Constituinte;
Estrutura Das Constituições:
Preâmbulo: Parte precedente do texto constitucional que sintetiza a carga ideológica que permeou
a CF.
ADI 2076 STF: “ Inexistência de força obrigatória do preâmbulo da CF, limitando-se ao
reconhecimento da importância para soluções interpretativas”.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Dogmática: Texto articulado que reúne os direitos civis, políticos, sociais e econômicos que
modernamente são veiculadas;
Disposições Transitórias: Realiza a integração entre a nova ordem constitucional e a que foi
substituída ou disciplinar provisoriamente sobre determinada situação enquanto não regulamente lei
definitiva no país;
Elementos das Constituições:
1. Orgânicos: Regulam o Estado e o poder, como normas que disciplinam a divisão dos poderes e o
sistema de governo. Ex: Organização do Estado;
2. Limitativos: Normas que formam o catálogo de direito e garantias fundamentais, limitadoras do
poder estatal. Ex: Art. 5;
3. Sócio Ideológicas: Comprometimento das constituições modernas entre o estado individual e o
Estado social. Ex: Direitos Sociais;
4. Estabilização Constitucional: Visam Garantir a solução dos conflitos, a defesa da constituição e
das instituições democráticas. Ex: Processo de Emenda Constitucional;
5. Formais e de Aplicabilidade: Regras de Aplicação da CF. Ex: Preâmbulo.
Sistemas De Controle De Constitucionalidade
O controle de constitucionalidade é a forma de impedir que norma contrária à Constituição vigente
permaneça e tenha eficácia no ordenamento jurídico. A função desse controle é assegurar a eficácia
dos preceitos constitucionais, sendo esta baseada na supremacia da Constituição sobre as demais
normas infraconstitucionais, restando que todo ordenamento deve estar em perfeita sintonia com a
Lei Fundamental. Basicamente o controle de constitucionalidade pode ser dividido em dois: difuso e
concentrado:
Modelo Difuso:
Sua origem é norte americana, no caso Marbury x Madison. Qualquer juiz que tenha que julgar
qualquer caso concreto, enquanto membro do Judiciário, ele pode deixar de aplicar uma lei que ele
entenda inconstitucional. O sistema recebe o nome de difuso porque qualquer juiz pode ignorar uma
lei produzida pelo Legislativo e pelo Executivo.
Como característica, temos o fato de que ele deve ser exercido no caso concreto, ou seja, há uma
lide concreta para ser verificada, há um caso, uma pretensão resistida. Também é característico que
qualquer juiz pode fazer esse controle de qualidade, seja de primeiro, segundo ou vigésimo grau. Por
fim, os efeitos da decisão incidem apenas sobre as partes do processo, o autor e o réu da
demanda, inter partes; ou seja, não se estende aos demais casos.
É importante também ressaltar que, no modelo difuso, a questão da inconstitucionalidade da lei
sempre tem caráter incidental, ou seja, nunca é julgada no dispositivo, pois seria como “tirar” a lei do
ordenamento jurídico.
Modelo Concentrado:
Tem origem nos trabalhos de Hans Kelsen, onde é um absurdo achar que um juiz qualquer pode
reconhecer uma lei validamente produzida e constituída pelos demais poderes como inconstitucional.
Aqui, o legislador tem o poder de produzir as leis, enquanto o juiz apenas resolve o caso concreto
conforme esta. Ou seja, o juiz nunca poderia deixar de aplicar uma lei.
Kelsen constrói o mecanismo de supremacia das leis, com a Constituição como lei maior, e, para ele,
o controle da constituição deve ser abstrato. Deve existir o chamado processo objetivo, no qual não
há partes nem interessados, visando apenas a análise da constitucionalidade ou inconstitucionalidade
da lei. Há um tribunal constitucional, que visa apenas realizar essa análise, e não integra o poder
judiciário, sendo independente e constituído apenas para esse fim. Atarefa de controlar a
constitucionalidade está em apenas um órgão.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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No controle de constitucionalidade concentrado, a inconstitucionalidade será principalitter, ou seja,
no processo vai ser declarada ou não a constitucionalidade da lei. Ou seja, a questão será resolvida
no dispositivo. Então, a decisão não é apenas aplicada as partes do processo, atingindo a todos,
sendo válida de forma erga omnes, obrigando todos a seguir o determinado por este órgão único
responsável pelo controle da constitucionalidade.
Classificação:
Quanto ao órgão: quem, no Estado, qual o poder que realizará o controle de constitucionalidade.
São basicamente dois, mas existe um terceiro, que é um mescla destes.
Político: o controle é feito por órgãos políticos do Estado.
Jurisdicional: adotada no Brasil, que é o controle de constitucionalidade realizado pelo poder
Judiciário.
Como as questões políticas são resolvidas pelo judiciário? Há uma politização do judiciário, ou uma
judicialização da política.
Quanto À Forma:
Incidenter tantum: de forma incidental, que acontece no controle difuso e a questão serve como
fundamento para uma decisão para o caso concreto, não integrando ao dispositivo da sentença.de que trata o inciso II do art. 9o. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada
- VPNI a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou
assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial a que
se referem os arts. 3º e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3oda Lei
no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estará
sujeita às revisões gerais de remuneração dos servidores públicos
federais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Subseção II
Da Gratificação Natalina
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício
no respectivo ano.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8911.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8911.htm#art10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9624.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9624.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art3
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada
como mês integral.
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de
cada ano.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina,
proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês
da exoneração.
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer
vantagem pecuniária.
Subseção III
Do Adicional por Tempo de Serviço
Art. 67. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% (um por cento) por ano de
serviço público efetivo, incidente sobre o vencimento de que trata o art. 40.
Art. 67. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de cinco por cento a
cada cinco anos de serviço público efetivo prestado à União, às autarquias e às
fundações públicas federais, observado o limite máximo de 35% incidente
exclusivamente sobre o vencimento básico do cargo efetivo, ainda que investido o
servidor em função ou cargo de confiança. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
2001, respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999)
Parágrafo único. O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o anuênio.
Parágrafo único. O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que
completar o qüinqüênio. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001,
respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999)
Subseção IV
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres
ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de
vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres, perigosos ou em
contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas, ou com risco de vida, fazem jus a um
adicional, conforme os valores abaixo: (Redação dada pela Medida Provisória nº 568, de
2012)
I - grau de exposição mínimo de insalubridade: R$ 100,00; (Incluído pela Medida
Provisória nº 568, de 2012)
II - grau de exposição médio de insalubridade: R$ 180,00; (Incluído pela Medida
Provisória nº 568, de 2012)
III - grau de exposição máximo de insalubridade: R$ 260,00; e (Incluído pela
Medida Provisória nº 568, de 2012)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep898-90.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
IV - periculosidade: R$ 180,00. (Incluído pela Medida Provisória nº 568, de 2012)
§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de
periculosidade deverá optar por um deles.
§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a
eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações
ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto
durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo,
exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não
perigoso.
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade
e de periculosidade, serão observadas as situações estabelecidas em legislação
específica.
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em
exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o
justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou
substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as
doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação
própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a
exames médicos a cada 6 (seis) meses.
Subseção V
Do Adicional por Serviço Extraordinário
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50%
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por
jornada.
Subseção VI
Do Adicional Noturno
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e
duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm#art86
de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cadahora como cinqüenta e dois
minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que
trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.
Subseção VII
Do Adicional de Férias
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião
das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período
das férias.
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou
assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será
considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.
Subseção VIII
Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em
caráter eventual: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento
regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; (Incluído pela Lei nº
11.314 de 2006)
II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular,
para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de
recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo
atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando
tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições
permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso
público ou supervisionar essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados
em regulamento, observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de
2006)
I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da
atividade exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho
anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada
pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e
vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6114.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes
sobre o maior vencimento básico da administração pública federal: (Incluído pela Lei
nº 11.314 de 2006)
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista no inciso I
do caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Vide
Medida Provisória nº 359, de 2007)
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos
incisos I e II do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos II
a IV do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Vide
Medida Provisória nº 359, de 2007)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos
III e IV do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as atividades
referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de
que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando
desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou
salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para
quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das
pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Capítulo III
Das Férias
Art. 77. O servidor fará jus a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, que podem ser acumuladas,
até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em
que haja legislação específica.
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas,
até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as
hipóteses em que haja legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de
10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze)
meses de exercício.
§ 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração
pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois)
dias antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1o deste
artigo. (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Mpv/359.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Mpv/359.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11501.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Mpv/359.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Mpv/359.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11501.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9525.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9525.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9525.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9525.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9525.htm#art2
§ 1° É facultadoao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono pecuniário, desde que
o requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência.
§ 2° No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor do adicional de
férias. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá
indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na
proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a
quatorze dias. (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
§ 4o A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que
for publicado o ato exoneratório. (Incluído pela Lei nº 8.216, de
13.8.91)
§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto
no inciso XVII do art. 7o da Constituição Federal quando da utilização do primeiro
período. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou
substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre
de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
Parágrafo único. O servidor referido neste artigo não fará jus ao abono pecuniário de que trata
o artigo anterior. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública,
comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse
público.
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por
necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só
vez, observado o disposto no art. 77. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Capítulo IV
Das Licenças
Seção I
Disposições Gerais
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8216.htm#art78%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8216.htm#art78%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8216.htm#art78%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art7xvii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9525.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art79p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9525.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - prêmio por assiduidade;
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista.
§ 1o A licença prevista no inciso I será precedida de exame por médico ou junta
médica oficial.
§ 1o A licença prevista no inciso I, bem como cada uma de suas prorrogações, serão precedidas
de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de suas
prorrogações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 2o O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a
24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos II, III, IV e
VII. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da
licença prevista no inciso I deste artigo.
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra
da mesma espécie será considerada como prorrogação.
Seção II
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou
companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consangüíneo
ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.
§ 1° A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não
puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 2° A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até 90 (noventa)
dias, podendo ser prorrogada por até 90 (noventa) dias, mediante parecer de junta médica, e,
excedendo estes prazos, sem remuneração.
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
mediante comprovação por junta médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou
companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica
oficial. (Redação dada pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou
companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica
oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo
ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art.
44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo,
até trinta dias, podendo ser prorrogada por até trinta dias, mediante parecer de junta
médica oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até noventa
dias. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o A licença será concedida, sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até trinta
dias, podendo ser prorrogada por até trinta dias e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por
até noventa dias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
§ 3o Não será concedida nova licença em período inferior a doze meses dotérmino da última
licença concedida. (Incluído pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
§ 2o A licença será concedida, sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até 30 (trinta)
dias, podendo ser prorrogada por até 30 (trinta) dias e, excedendo estes prazos, sem remuneração,
por até 90 (noventa) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 3o Não será concedida nova licença em período inferior a 12 (doze) meses do término da
última licença concedida. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a
cada período de doze meses nas seguintes condições: (Redação dada pela
Medida Provisória nº 479, de 2009)
I - por até sessenta dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor;
e (Incluído pela Medida Provisória nº 479, de 2009)
II - por até noventa dias, consecutivos ou não, sem remuneração. (Incluído pela
Medida Provisória nº 479, de 2009)
§ 3o O início do interstício de doze meses será contado a partir da data do deferimento da
primeira licença concedida. (Redação dada pela Medida Provisória nº 479,
de 2009)
§ 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as
respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de doze meses, observado o
disposto no § 3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do
§ 2o. (Incluído pela Medida Provisória nº 479, de 2009)
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada
período de doze meses nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269,
de 2010)
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor;
e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem
remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art83
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art317
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da
primeira licença concedida. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
§ 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as
respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o
disposto no § 3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do §
2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Seção III
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou
companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o
exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.
§ 2° Na hipótese do deslocamento de que trata este artigo, o servidor poderá ser lotado,
provisoriamente, em repartição da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde
que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.
§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja
servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou
entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que
para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção IV
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença,
na forma e condições previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias
sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
Seção V
Da Licença para Atividade Política
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período
que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
§ 1° O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que
exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a
partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o 15° (décimo
quinto) dia seguinte ao do pleito.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas
funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do
pleito. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2° A partir do registro da candidatura e até o 15° (décimo quinto) dia seguinte ao da eleição, o
servidor fará jus à licença como se em efetivo exercício estivesse, com a remuneração de que trata o
art. 41.
§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da
eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo,
somente pelo período de três meses. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Seção VI
Da Licença-Prêmio por Assiduidade
Da Licença para Capacitação
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 87. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a 3 (três) meses de
licença, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo.
§ 1° (Vetado).
§ 2° (Vetado).
§ 2° Os períodos de licença-prêmio já adquiridos e não gozados pelo servidor que vier a falecer
serão convertidos em pecúnia, em favor de seus beneficiários da pensão. (Mantido pelo
Congresso Nacional)
Art. 87. Após cada qüinqüêniode efetivo exercício, o servidor poderá, no
interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a
respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação
profissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são
acumuláveis. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 88. Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:
I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;
II - afastar-se do cargo em virtude de:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;
b) licença para tratar de interesses particulares;
c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;
d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.
Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista
neste artigo, na proporção de 1 (um) mês para cada falta. (Revogado pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 89. O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior
a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou
entidade. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#se%C3%A7%C3%A3ovi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep898-90.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep898-90.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#mantida
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#mantida
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5707.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
Art. 90. (VETADO).
Seção VII
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
Art. 91. A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato
de assuntos particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.
Art. 91. A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor ocupante
de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para o trato de
assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração,
prorrogável uma única vez por período não superior a esse
limite. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor
ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças
para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem
remuneração. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
§ 1° A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor
ou no interesse do serviço.
§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou a
interesse do serviço público. (Incluído pela Medida Provisória nº 792, de
2017) (Vigência encerrada)
§ 2° Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior.
§ 2o Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos do término da
anterior ou de sua prorrogação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 2º A licença suspenderá o vínculo com a administração pública federal e, durante esse período,
o disposto nos arts. 116 e 117 não se aplica ao servidor licenciado. (Incluído pela Medida
Provisória nº 792, de 2017) (Vigência encerrada)
§ 3° Não se concederá a licença a servidores nomeados, removidos, redistribuídos ou transferidos,
antes de completarem 2 (dois) anos de exercício. (Revogado pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido
do servidor ou no interesse do serviço. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção VIII
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 92. E assegurado ao servidor o direito a licença para o desempenho de mandato em
confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da
categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, com a remuneração do cargo efetivo, observado o
disposto no art. 102, inciso VIII, alínea c.
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de
mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato
representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, observado o disposto na alínea "c"
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep898-90.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv792.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv792.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Congresso/adc-065-mpv792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv792.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv792.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Congresso/adc-065-mpv792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes
limites: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento)
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de
mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato
representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de
gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar
serviços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei,
conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº
11.094, de 2005)
I - para entidades com até 5.000 associados, um servidor; (Inciso
incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois
servidores; (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - para entidades com mais de 30.000 associados, três
servidores. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1° Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação
nas referidas entidades até o máximo de 3 (três), por entidade.
§ 1o Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de
direção ou representaçãonas referidas entidades, desde que cadastradas no
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. (Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2° A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso
de reeleição, e por uma única vez.
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois)
servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro)
servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito)
servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
§ 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de
representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão
competente. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
§ 2o A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de
reeleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
Capítulo V
Dos Afastamentos
Seção I
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes
da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou
entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1996/D2066.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11094.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11094.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art92
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art92
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art92
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art92
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art92
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art92
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art17
Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de
17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de
3.12.2002) (Vide Decreto nº 5.213, de 2004) (Vide Decreto nº 9.144, de
2017)
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios ou em serviço social autônomo
instituído pela União que exerça atividades de cooperação com a administração pública federal, nas
seguintes hipóteses: (Redação dada pela Medida Provisória nº 765, de 2016)
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou
entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos
Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de
17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de
3.12.2002) (Vide Decreto nº 5.213, de 2004) (Vide Decreto nº 9.144, de
2017)
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
I - para exercício de cargo em comissão ou função de
confiança; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
I - para exercício de cargo em comissão, função de confiança ou, no caso de serviço social
autônomo, para o exercício de cargo de direção ou de gerência; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 765, de 2016)
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; (Redação
dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
II - em casos previstos em leis específicas.
II - em casos previstos em leis específicas. (Redação dada pela Lei nº
8.270, de 17.12.91)
§ 1° Na hipótese do inciso I deste artigo, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade
cessionária.
§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do
órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais
casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 1º Na hipótese de que trata o inciso I do caput, sendo a cessão para órgãos ou entidades
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios ou para serviço social autônomo, o ônus da
remuneração será do órgão ou da entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos
demais casos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 765, de 2016)
§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do
órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais
casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 2° A cessão far-se-á mediante portaria publicada no Diário Oficial da União.
§ 2o Na hipótese de o servidor cedido à empresa pública ou sociedade de
economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do
cargo efetivo, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D4050.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4493.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4493.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5213.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9144.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9144.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D4050.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4493.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4493.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5213.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9144.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9144.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
pelo órgão ou entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 8.270,
de 17.12.91) (Vide Medida Provisória nº 301 de 2006)
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos
termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do
cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária
efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de
origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355,de 2006)
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública, sociedade de economia mista
ou serviço social autônomo, nos termos de suas respectivas normas, optar pela remuneração do
cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do
cargo em comissão, de direção ou de gerência, a entidade cessionária ou o serviço social
autônomo efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou pela entidade de
origem. (Redação dada pela Medida Provisória nº 765, de 2016)
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos
termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do
cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária
efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de
origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
§ 3° Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo
poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de
pessoal, para fim determinado e a prazo certo.
§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oficial da
União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do
Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal
direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo
certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 5o Aplicam-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela
requisitado, as regras previstas nos §§ 1o e 2o deste artigo, conforme dispuser o
regulamento, exceto quando se tratar de empresas públicas ou sociedades de
economia mista que recebam recursos financeiros do Tesouro Nacional para o
custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de
pessoal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as
disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que
receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de
pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o
exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função
gratificada. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a
composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá
determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, independentemente da observância
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Mpv/301.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art156
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8270.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10470.htm#art93%C2%A75
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10470.htm#art93%C2%A75
do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2ºdeste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de
25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005)
Seção II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes
disposições:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do
cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo,
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração.
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade
social como se em exercício estivesse.
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser
removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o
mandato.
Seção III
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão
oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do
Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Vide
Decreto nº 1.387, de 1995)
§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo,
somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.
§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida
exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período
igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida
com seu afastamento.
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira
diplomática.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10470.htm#art93%C2%A75
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10470.htm#art93%C2%A75
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5375.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1387.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1387.htm
§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este
artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em
regulamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de
que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da
remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000)
Seção IV
(Incluído pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
Do Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no
país
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não
possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário,
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa
de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no país. (Incluído
pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação
vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós-graduação
no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para
este fim. (Incluído pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão
concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos
três anos para mestrado e quatro anos para doutorado, incluído o períodode estágio probatório, que
não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença
capacitação ou com fundamento neste artigo, nos dois anos anteriores à data da solicitação de
afastamento. (Incluído pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos
aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos,
incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de
assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo, nos quatro
anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído pela Medida Provisória nº
441, de 2008)
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão
que permanecer no exercício de suas funções, após o seu retorno, por um período igual ao do
afastamento concedido. (Incluído pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido
o período de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma
do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu
aperfeiçoamento. (Incluído pela Medida Provisória nº 441, de 2008)
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período
previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de
caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. (Incluído pela Medida
Provisória nº 441, de 2008)
§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos
do art. 95, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº
441, de 2008)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3456.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art47..
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art318
Seção IV
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não
possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário,
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa
de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País. (Incluído
pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação
vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós-
graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê
constituído para este fim. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão
concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo
menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio
probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de
licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da
solicitação de afastamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão
concedidos aos servidores titulares de cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 4
(quatro) anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença
para tratar de assuntos particulares, para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste
artigo nos 4 (quatro) anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído pela
Lei nº 11.907, de 2009)
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão
concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos
quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para
tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da
solicitação de afastamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 479, de 2009)
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão
concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos
quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para
tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da
solicitação de afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo
terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do
afastamento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de
cumprido o período de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou
entidade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu
aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período
previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou
de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei
nº 11.907, de 2009)
§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos
termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº
11.907, de 2009)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art47..
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art318
Capítulo VI
Das Concessões
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do
serviço: (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013)
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral,
limitado, em qualquer caso, a dois dias; e (Redação dada pela Medida provisória nº
632, de 2013)
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral,
limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de
2014)
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,
enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem
prejuízo do exercício do cargo.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário na
repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de
horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do
trabalho. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 2o Também será concedido horário especial ao servidor portador de
deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial,
independentemente de compensação de horário. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 3o As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao servidor que tenha
cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física, exigindo-se, porém,
neste caso, compensação de horário na forma do inciso II do art. 44. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o As disposições constantes do § 2o são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou
dependente com deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.370, de 2016)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Mpv/mpv632.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Mpv/mpv632.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Mpv/mpv632.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12998.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13370.htm#art1
§ 4o Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário na forma
do inciso II do caput do art. 44 desta Lei, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I
e II do art. 76-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Vide Medida
Provisória nº 359, de 2007)
§ 4o Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser
efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e
II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da
administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima,
matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou
companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem
como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.
Capítulo VII
Do Tempo de Serviço
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal,
inclusive o prestado às Forças Armadas.
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão
convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Parágrafo único. Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta e dois, não serão
computados, arredondando-se para um ano quando excederem este número, para efeito de
aposentadoria. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados
como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: (Vide Decreto
nº 5.707, de 2006)
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer
parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído;
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído,
conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído, ou em programa de pós-
graduação stricto sensu no país, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela
Medida Provisória nº 441, de 2008) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Mpv/359.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Mpv/359.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11501.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5707.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5707.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5707.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/441.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5707.htm
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós-
graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada
pela Lei nº 11.907, de 2009) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal, exceto para promoção por merecimento;VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme
dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
VIII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até 2 (dois) anos;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,
cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de
provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento;
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em
sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para
efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) prêmio por assiduidade;
e) para capacitação, conforme dispuser o
regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
f) por convocação para o serviço militar;
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme
disposto em lei específica;
XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil
participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11907.htm#art316
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5707.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5707.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11094.htm#art102viiic
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito
Federal;
II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com
remuneração;
II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que
exceder a trinta dias em período de doze meses. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 479, de 2009)
II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que
exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº
12.269, de 2010)
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal,
estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo
a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para
nova aposentadoria.
§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas
em operações de guerra.
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado
concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos
Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública,
sociedade de economia mista e empresa pública.
Capítulo VIII
Do Direito de Petição
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos,
em defesa de direito ou interesse legítimo.
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e
encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o
requerente.
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o
ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. (Vide Lei
nº 12.300, de 2010)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Mpv/479.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12269.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12300.htm#art9%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12300.htm#art9%C2%A74
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam
os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e
decididos dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver
expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às
demais autoridades.
§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver
imediatamente subordinado o requerente.
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso
é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da
decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do
recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for
fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do
ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado.
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,
interrompem a prescrição.
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração.
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo
ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12300.htm#art9%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12300.htm#art9%C2%A74
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando
eivados de ilegalidade.A
decisão é entre as partes.
Principalitter: aqui, o juiz vai julgar apenas se a lei é inconstitucional ou não, com a decisão sendo o
dispositivo da sentença. A decisão é para todos.
Quanto Ao Momento:
Preventivo: é exercido antes da lei entrar em vigência. É exercido pelo Legislativo e pelo Executivo.
Repressivo: é exercido após a lei entrar em vigência. É exercido pelo Judiciário.
Ambos os modelos apresentados são repressivos, pois já há uma lei, que, no difuso, pode ser ou
não acolhida pelo juiz, ou que, no concentrado, vai ser julgada pelo tribunal de constitucionalidade.
No Brasil, o presidente pode vetar a lei com base em sua inconstitucionalidade, bem como as
Comissões de Constituição e Justiça, do poder legislativo, que são permanentes e visam verificar a
compatibilidade do projeto de lei com a constituição.
O Controle Difuso De Constitucionalidade
Aqui, o exercício de controle de constitucionalidade difuso, o efeito existe apenas entre as partes. Ele
é feito de forma incidental, pois a questão da inconstitucionalidade faz parte da causa de
pedir remota. A causa de pedir e o pedido são indispensáveis em qualquer ação. No controle difuso,
nunca vai se pedir que a lei seja declara inconstitucional; isso vai ser apenas enfrentado pela juiz na
fundamentação remota da ação. Não vai constar do pedido (o pedido é intrínseco, versa apenas
suprir o dano que surgir a partir daquela lei considerada inconstitucional).
Qualquer tribunal que esteja no exercício difuso, deve julgar pelo plenário ou pelo órgão especial. O
juiz de primeiro grau vai exercer o controle difuso com base na constitucionalidade ou
inconstitucionalidade da lei. Quando vai para o tribunal, pode ser que a turma entenda que a lei é
constitucional, independente do entendimento do juiz do primeiro grau; aqui, não se aplica a cláusula
reserva de plenário. Se for considerada inconstitucional, haverá o plenário ou órgão especial apenas
para versar sobre a constitucionalidade da lei, enquanto o processo aguarda. O plenário ou órgão
especial não julga o caso, porém, que volta para a turma, que julgará com vinculação ao que foi
decidido pelo plenário ou órgão especial.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Ou seja, para declarar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei, é preciso maioria
absoluta, e não relativa (apenas os presentes no dia). Por maioria, entende-se ser a metade mais um.
O controle concentrado de constitucionalidade
Técnica 1: Declaração De Nulidade Da Lei.
Trata-se da teoria clássica da inconstitucionalidade. Os efeitos serão ex tunc, ou seja, é como se a
lei jamais tivesse existido, ela passa a nunca ter surtido efeitos. Quanto a repristinação, ela não
acontece no ordenamento jurídico brasileiro (lei A regula um fato e é revogada por lei B, que passa a
regular esse fato; lei C apenas revoga a B, sem regular o fato. A lei A, porém, não voltará a vigorar, a
menos que a lei C preveja isso expressamente). Já o efeito repristinatório, é uma consequência lógica
e automática da ação que declara nulidade; é quando a lei é declarada inconstitucional, de modo que
ela não surtiu nenhum efeito, inclusivo o de anular o outra lei.
Problemas com a declaração de nulidade: a aplicação pura e simples pode gerar uma série de
conflitos, trazendo problemas de difícil solução. Um exemplo é o caso de reconhecer a
inconstitucionalidade de uma isenção tributária em vigor há uma década, que faria com que todos
tivessem que pagar o imposto acumulado. Exemplo do salário mínimo (art. 7.º, inciso IV da CF).
Nulidade total e parcial: na nulidade total, o STF dirá que a lei está viciada em sua integralidade, e
nada pode ser salvo naquela lei. Na parcial, por sua vez, retira apenas alguns artigo ou um conjunto
de artigos da lei. Para declarar a total, o STF parte da ideia de que esse vício de nulidade é indivisível
(exemplo: vício formal, normas dependentes). Essas normas dependentes geram a
chamada inconstitucionalidade por arrastamento, de modo que a declaração de inconstitucionalidade
de uma lei vai derivar da de outra da qual ela depende.
Técnica 2: Declaração De Inconstitucionalidade Parcial Sem Redução De Texto
Nesse caso, a intenção não é declarar que a lei é inconstitucional, não se quer tirá-lo do
ordenamento; porém, essa norma é passível de uma série de interpretações possível. O STF vai,
então, excluir as interpretações que ele entende por inconstitucionais. O texto da norma não vai ser
alterado, nem algum ou alguns artigos; o que vai ser feito é excluir as interpretações passíveis de
inconstitucionalidade.
Técnica 3: Declaração De Inconstitucionalidade Sem Pronúncia De Nulidade
É o caso em que a norma está incompatível com a constituição, mas não há nada que possa ser
feito, pois já está consolidado. A inconstitucionalidade é reconhecida, mas nada é feito a respeito
dela. Como precedente, temos a criação de municípios em desacordo com a constituição.
Técnica 4: Interpretação Conforme A Constituição
É a outra face da declaração parcial; mais uma vez, estamos diante de uma norma com várias
interpretações possíveis. Dentre todas as interpretações possíveis, o Supremo vai dizer qual é
compatível com a constituição. Alguns doutrinadores sequer fazem a distinção entre ambas.
Técnica 5: Declaração De Constitucionalidade
Por fim, o Supremo pode declarar a constitucionalidade da lei. Desse modo, ele torna a presunção
relativa de constitucionalidade de uma lei em uma presunção absoluta, embora se presuma que toda
a lei é constitucional (tanto que existe uma ação de declaração de constitucionalidade). Como o
controle no Brasil é difuso, qualquer juiz pode deixar de aplicar uma lei afirmando que ela é
inconstitucional, gerando certa insegurança a respeito desta. Depois dessa declaração de
constitucionalidade, os juízes são obrigados a segui-la.
Em sede de controle concentrado, a decisão do STF que reconhece a constitucionalidade ou a
inconstitucionalidade tem efeito dúplice. Numa ADIN, espera-se que a inconstitucionalidade da lei
seja reconhecida; julgada improcedente, terá efeito vinculante à constitucionalidade da lei, sem que o
STF se pronuncie sobre o assunto. O mesmo acontece se uma ADCON for julgada improcedente,
automaticamente o juiz está dizendo que ela é inconstitucional.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Essa declaração de constitucionalidade pode ser restrita, com a hipótese de declaração de lei “ainda
constitucional” ou declaração de lei em trânsito para a inconstitucionalidade. É o que acontece com o
art. 68 do CPP.
Jurisdição Constitucional – ADIN E ADECON
Ação Direta De Inconstitucionalidade – ADIN
É uma instância que tem como objetivo único a verificação da compatibilidade de alguma norma com
a constituição; vai decidir conflitos entre normas e a constituição. A natureza é objetiva.
ADIN: art. 102, inciso I, da CF/88. É de competência exclusiva do STF julgar ADIN de ato normativo
federal (produzida pelo Congresso Nacional com a sanção do presidente que esteja vigorando em
todo território nacional) e estadual. Tribunais de Justiça estaduais realizam o controle de
constitucionalidade, tendo as constituições estaduais como parâmetro. A ADIN vai ser no TJ se for
estadual ou municipal e contrariar a constituição do Estado. Quando contrariar a Constituição
Federal, só o STF pode julgar.
Não são todos que tem legitimidade para propôr uma ADIN; é reservada ao Presidente da República,
a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa da Assembleia Legislativa, o
Governador de EstadoArt. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo,
salvo motivo de força maior.
Título IV
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos Deveres
Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as
protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que
tiver ciência em razão do cargo;
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra
autoridade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de
2011)
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm#art43
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm#art43
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada
pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é
formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
Capítulo II
Das Proibições
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do
chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento
ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou
execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação
profissional ou sindical, ou a partido político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento
da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade
civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;
X - participar de gerência ou administração de empresa privada, sociedade civil,
salvo a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou
entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação do capital
social, sendo-lhe vedado exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista,
cotista ou comanditário; (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art2
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, salvo a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou
entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em
sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros, e exercer o comércio,
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº
11.094, de 2005)
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário; (Redação dada pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo
quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto ao órgão ou à entidade pública em que
estiver lotado ou em exercício, exceto quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais
de parentes até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro; (Redação dada pela
Medida Provisória nº 792, de 2017) (Vigência encerrada)
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo
quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie,
em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,
exceto em situações de emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício
do cargo ou função e com o horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando
solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X não se aplica nos seguintes
casos: (Incluído pela Medida Provisória nº 431, de 2008).
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos
seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11094.htm#art117x.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11094.htm#art117x.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv792.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv792.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Congresso/adc-065-mpv792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9527.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/431.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União
detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa
constituída para prestar serviços a seus membros;ou do Distrito Federal, Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa
do Distrito Federal, Procurador Geral da República, Conselho Federal da OAB, partido político
com representação no Congresso Nacional ou confederação sindical ou entidade de classe
de âmbito nacional.
A legitimidade se divide em legitimados universais e legitimados não universais ou especial,
distinguidos pelo critério da pertinência temática. Em alguns casos, ele deve provar que aquela lei
tem algum tipo envolvimento “consigo”, com sua posição, que é o caso dos legitimados especiais,
que devem provar que tem interesse naquela lei que vai ser impugnada. (governador, mesa da
assembleia legislativa, confederação sindical e entidade de classe). Já os legitimados
Objeto da ADIN: lei e ato normativo federal ou estadual. Perante o STF.
Apenas normas vigentes podem ser objeto de ADIN – se estiver no período de vacacio (entre a
publicação da norma e o começo de sua vigência), que é dito pela própria lei e, na omissão dessa,
entra em vigor depois de 45 dias. Estando nesse período ou se a lei perder essa vigência, a ADIN
não tem objeto e, portanto, é extinta.
Não podem ser objetos de ADIN normas não recepcionadas (é um instituto que confere validade as
normas anteriores de acordo com a nova norma constitucional – precisa de uma compatibilidade
meramente material com a constituição); o conteúdo precisa ser adequado.
Apenas normas abstratas podem ser objeto de ADIN (a lei estabelece regras abstratas, aplicada
aqueles que se enquadrarem na situação abstrata da lei); há as leis de efeitos concretos, que
regulam uma situação muito específica, como se fosse uma autorização, como algo que verse sobre
o presidente da república (autorizando-o a viajar por 15 dias, por exemplo, uma espécie de “decreto”).
As normas municipais não podem ser objeto de ADIN perante o STF, só podendo sê-lo perante o o
TJ do Estado.
Tratados internacionais somente podem ser objeto de ADIN depois de retificados e incorporados à
ordem interna.
Conforme o principio da legalidade, apenas por lei somos obrigados a fazer alguma coisa. Só a lei
pode criar direitos e obrigações. As normas primárias são as leis ordinárias, complementares, medida
provisória, entre outros, que são as que podem inovar no ordenamento jurídico. Abaixo delas, tem as
normas secundárias, que visam apenas regulamentar uma norma primária (regulamentos,
resoluções, portarias, etc). Essas normas de natureza secundária, que apenas regulam as primárias,
NÃO PODEM SER OBJETO DE ADIN. Isso se dá porque, se eventualmente um regulamento ou
portaria contrariar a constituição, antes disso ele estará contrariando a própria lei que ele regula. Aí,
ou a própria lei é inconstitucional e o regulamento também o é, ou o regulamento é inconstitucional e
ofende a própria lei. Uma norma secundária nunca pode superar uma lei primária.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Procedimento na ADIN
É um processo objetivo. Não existe o conflito de interesse, apenas um mero raciocínio normativo de
compatibilidade. Assim, temos algumas peculiaridades neste procedimento.
Aqui, não é permitida a intervenção de terceiros. Na jurisdição comum, terceiro estranho a lida pode
interferir no processo por diferentes razões. Há, contudo, uma exceção, que não é propriamente uma
intervenção de terceiro. É o amicus curiae, que significada “amigo da corte”. Como regra, pode ser
pessoa física ou jurídica, que vão ser ouvidos antes da decisão do Supremo. Pode mais de um
terceiro ser “ouvido” – ele fala, não intervém, de fato.
Quanto a capacidade postulatória, para ajuizar uma ADIN, é necessário que um advogado formule e
assine a peça da ADIN quando se tratar de partido político ou confederação sindical.
Não há, na ADIN, partes, pois se trata de defesa de uma lei, que é um interesse de todos. Alguém,
porém, ajuíza a demanda, e alguém a responderá. Os legitimados a ajuizará, e no polo passivo,
o relator pedirá informações ao órgão do qual emanou o ato. Devem ser exigidas sempre ou só
quando o relator o achar pertinente? Entende-se que é uma faculdade do relator. Não há, então, um
polo passivo na ADIN.
Papel da AGU na ADIN: curador da presunção de constitucionalidade da lei ou ato normativo. Ele
participa do procedimento da ADIN, exercendo o papel de curador da presunção de
constitucionalidade da lei ou ato normativo. Esse papel é vinculado. Se o presidente propôs a ADIN, a
AGU que escreveu a peça. Essa mesma AGU vai ser intimada para se manifestar, e ele tem que falar
que a lei é constitucional, pois ele é curador da presunção de constitucionalidade da lei!!!!1 OH
CÉUS!
Inicial da ADIN: tem que trazer causa de pedir e pedido. Tem que dizer quais artigos e leis quer que
sejam declarados inconstitucionais. Obviamente, tem que ser justificado, definido, especificado,
ENFIM. O STF vincula-se ao pedido, ou sejam,s ó pode declarar inconstitucional os artigos pedidos
na ADIN. Mas a causa de pedir é aberta, ou seja, pode entender que o fundamento da
inconstitucionalidade pode ser outro que não o especificado; ou seja, não vinculado o Supremo.
Inépcia da ADIN: para isso, o Supremo decide pelo plenário. Não se admite desistência na ADIN!!
Por ser um processo objetivo, autor não está defendendo um interesse próprio, e sim algo maior. O
STF pode realizar uma audiência pública, onde potenciais interessados no processo serão ouvidos.
Por fim, é possível uma medida cautelar na ADIN; a lei está gerando grande prejuízo social, enfim.
Havendo argumentos relevantes de urgência e grave dano, é possível que uma cautelar seja
concedido. Ela vai suspender os efeitos da lei, com efeito ex nunc, da cautelar para frente. Para
decidir isso, tem que ser uma decisão por maioria absoluta no STF (6 de 11, mesmo que menos
estejam presentes – estando apenas 6, precisa-se de 6 votos). O Supremo estando de férias e a
urgência ser grande demais, o relator pode conceder a medida cautelar, excepcionalmente. O
plenário deve referendar a cautelar assim que voltar a se reunir.
A Decisão Na ADIN
Aplica-se no Supremo a clausula de reserva de plenário: para qualquer tribunal declarar a
inconstitucionalidade de uma lei, mesmo em sede de controle difuso, necessariamente deve
haver maioria absoluta de votos. (Art. 97 da CF)
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.
Temos o efeito dúplice, que se ADIN foi julgada procedente, declarou-se a inconstitucionalidade, e se
foi julgada improcedente, declarou-se constitucional. Não precisa de uma ADCON para declarar isso,
o simples fato de julgar improcedente. O mesmo vale pra ADCON.
Decisão na ADIN é irrecorrível, não cabendo recurso e nem ação rescisória. Eventualmente, a única
coisa que cabe são embargos de declaração, um recurso pro próprio órgão que julgou.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Os efeitos são erga omnes, ou seja, perante todos, e vinculará todos os órgãos administrativos e do
poder judiciário. O poder legislativo não está vinculado aos efeitos da declaração de
inconstitucionalidade de uma lei.
Modulação Temporal Dos Efeitos Da Decisão
É a ideia de que os efeitos de nulidade ex tunc de uma declaração de inconstitucionalidade podem
ser relativizados pelo Supremo (pode dizer que os efeitos serão ex nunc, pode fixar uma data para
que aquilo entre em vigor, pode até mesmo dizer que a lei é inconstitucional e mesmo assim não
revogá-la).
Efeito transcendente no controle abstrato: o STF declara uma lei da Bahia inconstitucional, e há uma
lei idêntica em São Paulo, que não foi objeto da ADIN. No controle concentrado, havendo uma
situação idêntica que nãofoi objeto da ADIN, o julgamento dessa ADN já declararia inconstitucional
todas as demais com o mesmo conteúdo.
Ação Declaratória De Constitucionalidade (Adecon)
Se toda lei é presumivelmente constitucional, por que propuseram uma ADECON? Caberá quando,
nas instâncias ordinárias ou mesmo em órgãos administrativos dos Estados, estiver ocorrendo
grande divergência jurisprudencial acerca da constitucionalidade da lei, no controle difuso. Nesse
caso, a União, ao invés de litigar em cada processo, ajuiza uma ação declaratória de
constitucionalidade no STF para resolver a questão de modo definitivo, e todos deverão seguir o
decidido.
Os legitimados são os mesmos da ADIN genérico, art. 103 da CF e o objeto da ADECON é lei ou ato
normativo federal, não sendo permitido lei ou ato estadual ou municipal.
Quanto ao procedimento, temos um requisito específico na inicial: é simplesmente que deve ser
comprovada a controvérsia nas instâncias ordinárias, ressalvando que não há participação da
Advocacia Geral da União na ADECON.
Há cabimento de cautelar na ADECON, que tem efeito de suspensão do julgamento dos processos
que envolvam a lei objeto da controvérsia. Se concedida, surge um prazo de 180 dias para que o STF
julgue no mérito, ou seja, de forma definitiva, senão a cautelar perde a eficácia e os juízes das
instâncias inferiores podem decidir.
Por derradeiro, os efeitos da decisão são: erga omnes (eficácia contra todos), ex tunc (retroativo) e
vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal e Estadual
Distrital - art. 102, § 2º, da CF, todavia, não esta vinculado o Poder Legislativo, que tem o poder de
editar nova norma com o mesmo conteúdo de outra declarada inconstitucional.
Adin Por Omissão
Ela tem cabimento quando ocorre uma omissão do legislador no implemento de uma norma
constitucional. Há uma inércia ao conferir aplicabilidade a uma norma constitucional. Sempre haverá
uma alegação do Poder Legislativo no caso de ADIN por omissão.
Aplicabilidade e eficácia das normas constitucionais: podem ter aplicabilidade imediata
e mediata. Na imediata, aplicabilidade é a possibilidade de aplicá-la usando somente a constituição;
a mera existência da norma constitucional é suficiente para aplicá-la. Como exemplo, temos qualquer
direito ou garantia individual que a constituição traz. A própria constituição serve como fundamento
normativo que se venha a ajuizar; não precisa, pois, de nenhuma normatividade. Nas normas
mediatas, é necessário que haja uma regulamentação legislativa infraconstitucional para que a norma
constitucional seja aplicada. Essa regulamentação é exigida para se aplicar essa norma
constitucional. Como exemplo, temos os atos de improbidade administrativos e o direito de greve.
Além dessa classificação acerca da aplicabilidade, temos a classificação quanto a eficácia, que pode
ser normas de eficácia plena, contida ou limitada. Toda e qualquer norma constitucional tem
eficácia, produzindo algum tipo de efeito jurídico. As normas de eficácia plena são aquelas que a
própria norma constitucional produz todos os efeitos, tendo uma ampla capacidade de produzi-los,
sendo que qualquer regulamentação por lei infra constitucional não pode restringir a eficácia da
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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norma constitucional. A própria constituição maximiza os efeitos dessa norma. Em regra, toda norma
de eficácia plena terá aplicabilidade imediata. Normas de eficácia contida são aquelas que, muito
embora tenham aplicabilidade mediata, podem ser restringidas pela legislação infra constitucional. É
a própria constituição que autoriza essa restrição. É o caso do livre exercício de profissão, onde a
constituição autoriza que certas qualificações sejam exigidas em legislação infra constitucional. Por
fim, normas de eficácia limitada, que são aquelas que somente produzirão efeitos quando surgir uma
lei infra constitucional que regulamente essa norma constitucional. É o clássico exemplo de direito de
greve de servidor público, pois a lei que o regulamentaria nunca foi editada. Essa última, portanto,
tem aplicabilidade mediata.
O objeto da ADIN por omissão é a ausência de regulamentação de uma noma constitucional que
precisa desta para surtir efeitos. A norma não pode ser utilizada em razão dessa falta de
regulamentação. Como parâmetro, temos necessariamente as normas de eficácia limitada, pois elas
precisam de uma lei para que tenham aplicabilidade.
Que tipo de omissão pode ocorrer por parte do legislador? Pode ser total ou parcial; na total, o
legislador simplesmente não produz a lei (direito de greve), enquanto na parcial o legislador
regulamenta a norma constitucional, mas o faz de modo insatisfatório, deixando de conferir plena
aplicabilidade à norma constitucional (salário mínimo).
Cláusula reserva do possível: é um vetor interpretativo que já foi muito utilizado pelo STF; é um
princípio de interpretação, e não uma norma constitucional. Ela é, pois, a consciência de que o
orçamento é limitado e a economia é finita, de modo que não se pode viver numa utopia.
Papel do AGU: ele não atua, pois não tem lei para ele ser curador, já que a constituição faz menção
a uma futura lei que não surge.
Cautelar: a decisão tem aspectos peculiares. O legitimado na ADIN por omissão quer a produção da
lei para aplicar o norma. Diante disso, o STF pode fazer um apelo ao Poder Legislativo para que
produzam a norma.
Assim, a ADIN por omissão não tem efeito nenhum. Se a omissão partir de um órgão administrativo,
a decisão do STF tem caráter mandamental, ou seja, é uma ordem, sob pena do que quiser, como
ameaça de prisão.
O STF propõe um nova decisão, de efeito concretista, dentro dessa decisão há as sentenças
aditivas. Temos a omissão do legislador com relação a alguma norma; temos também a força
normativa da constituição, que é a ideia de que toda a lei constitucional deve oferecer o maior número
de efeitos possíveis. É uma maximização de cada norma constitucional, que gera um poder político
para o próprio STF. Foi o que aconteceu no caso de greve de servidor público, onde o STF diz que
vai usar o do setor privado, estendendo os efeitos dessa lei.
O Município Na Constituição Brasileira: Competência Legislativa
Resumo: A importância do Município na organização político-administrativa da República Federativa
do Brasil ocorre, sobretudo, em razão da autonomia conferida a ele. Pode-se afirmar que, bem antes
da Constituição Federal de 88, que reconheceu o Município como ente federativo, poder-se-ia falar do
Município como entidade estatal de 3º grau, ao lado da União e dos Estados-Membros. Argumentos
contrários à dignidade federativa dos Municípios são de ordem excessivamente formal e devem ceder
diante da autonomia municipal, em especial, da autonomia legislativa, que é conferida pelo
ordenamento ao Município de acordo com os critérios horizontal e vertical de competências.
A Constituição Federal de 88 inovou, na história constitucional brasileira, ao reconhecer o Município
como ente da federação, ao lado da União, Estados e Distrito Federal. Na verdade, acolheu, nos
artigos 1º e 18, as reivindicações de municipalistas clássicos, como Hely Lopes Meirelles e Lordelo de
Mello, que pleiteavam a inclusão do Município na federação, afinal a Constituição Federal de
1946
[01]
já o considerava entidade estatal de 3º grau.
Dizia Hely Lopes Meirelles
[02]
, o "Município Brasileiro é entidade político-administrativa de terceiro
grau, na ordem decrescente de nossa Federação: União – Estados – Municípios".
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democráticode Direito [..].
Art. 18. A organização político administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos [...].
Contudo, nem toda doutrina é assente no reconhecimento do Município como ente federativo. José
Afonso da Silva e José Nilo de Castro sustentam, por sua vez, que não há federação de Municípios,
porque os Municípios não têm representação no Senado Federal, não podem propor emendas à
Constituição, não possuem poder judiciário, nem possuem território.
Para José Nilo De Castro,
[...]é o Município entidade condômina de exercício de atribuições constitucionais. É dizer: possui o
Município dignidade constitucional. É autônomo na Constituição de hoje quanto nas anteriores, desde
1934. Falecia-lhe apenas a auto-organização. Não detém autonomia federativa
[03]
.
De Acordo Com José Afonso Da Silva,
[...]a Constituição consagrou a tese daqueles que sustentavam que o Município é entidade de 3º grau,
integrante e necessária ao nosso sistema federativo. Data vênia essa é uma tese equivocada, que
parte de premissas que não podem levar à conclusão pretendida. Não é porque uma entidade
territorial tenha autonomia político-constitucional que necessariamente integre o conceito de entidade
federativa. Nem o Município é essencial ao conceito de federação brasileira. Não existe federação de
Municípios. Existe federação de Estados. Em que muda a federação brasileira com incluir os
Municípios como um de seus componentes? Não muda nada
[04]
.
Não é traço comum das federações ter os municípios como entes federativos. No entanto, os
Municípios brasileiros, dotados de Poder Executivo e Legislativo próprios, mesmo não possuindo
Poder Judiciário, nem representação no Senado Federal, são considerados entes federativos.
Argumentos contrários à dignidade federativa dos Municípios são de ordem excessivamente formal e
devem ceder diante da autonomia municipal, que é reconhecida ao Município em Constituições
anteriores. Daí dizer que o art. 18 da Constituição Federal de 88, ao inserir o Município na
organização político-administrativa do Estado brasileiro, considerando-o autônomo, apenas positiva
uma situação fática existente há tempos.
Paulo Bonavides
[05]
assevera que, com a nova ordem constitucional de 88, o Município "alcança uma
dignidade federativa jamais lograda no direito positivo das Constituições antecedentes". Então, com o
reconhecimento do Município como parte integrante da federação, fala-se de "federalismo trino", que
não corresponde ao federalismo dual dos norte-americanos.
Para Regina Maria Macedo Nery Ferrari,
[...]a atual lei fundamental brasileira, abraçando o federalismo, prevê uma divisão tricotômica, isto é,
determina a existência de um terceiro nível na composição do nosso Estado Federal: a União, ordem
total; os Estados Membros, ordens regionais, e os Municípios, ordens locais
[06]
.
Nesse sentido, Supremo Tribunal Federal fixou entendimento de que o Município é componente da
estrutura federativa.
Federativo há mais de um século, o modelo de federação brasileiro foi profundamente alterado pela
Constituição da República de 1988, tendo-se nela definida nova relação a ser estabelecida entre os
entes federados, passando-se a considerar o Município componente da estrutura federativa e, nessa
condição, dotando-o de competências exclusivas que traçam o âmbito de sua autonomia política
(ADIN 3549-5, rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 31.10.2007).
Pode-se concluir que os Municípios compõem a estrutura federativa brasileira, sendo, pois, entidade
política dotada de autonomia. Por autonomia, deve-se entender, nas lições de Luiz Alberto David
Araujo e Vidal Serrano Nunes Júnior, "capacidade de autodeterminação, dentro de um rol de
competências constitucionalmente definidas" ou, como sustenta Sampaio Dória
[07]
, a
"autodeterminação ou competência própria", que são as "raias invioláveis que circunscrevem a ação,
e o poder de agir livremente dentro dessas raias".
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Técnica Para Repartição De Competências.
A principal característica da federação é a descentralização política, que consiste na repartição de
competências entre os entes federativos. Descentralização política é, portanto, repartição dos
poderes de decisão. Daí falar-se que a Constituição é "expressão formal do pacto federal
[08]
", ou,
para Geraldo Ataliba, "a Carta das competências". A Constituição Federal de 88 efetua repartição de
competências entre três ordens governamentais diferentes: federal, estadual e municipal.
Mas, qual a técnica adotada pela Constituição Federal de 88 para repartição de competências?
O ordenamento constitucional adotou o princípio da preponderância dos interesses, em que as
matérias de interesse nacional são de competência da União; matérias de interesse regional, de
competência dos Estados-membros e matérias de interesse local, de competência do Município. O
Distrito Federal, conforme art. 32, §1º da Constituição Federal de 88, acumula matérias de interesse
regional e local.
Todavia, diante da dificuldade e complexidade de caracterizar o que é interesse nacional, regional e
local, porque não se trata de questão jurídica, mas sociológica e política, como observado por
Teixeira Meirelles e José Afonso da Silva, o ordenamento constitucional brasileiro passou a adotar a
técnica de repartição de competência que enumera, expressamente, os poderes da União (arts. 21 e
22) e dos Municípios (art. 30), reserva aos Estados as competências que não são vedadas no texto
constitucional – competência remanescente (art. 25, §1º) e atribui ao Distrito Federal competências
dos Estados e dos Municípios – competência cumulativa (art. 32, §1º), com exceção do art. 22, inciso
XVII. Além disso, estabelece competências comuns (art.23) e concorrentes (art.24).
O modelo de repartição de competências na Constituição Federal de 88 é, portanto, bastante
complexo, aproximando-se do modelo alemão. Nele se encontram técnicas tradicionais de repartição
de competência, como a clássica da federação americana, de competências enumeradas e
reservadas, ao lado de competências concorrentes e comuns, que não têm como origem o
federalismo americano.
Como Observa Fernanda Dias Menezes De Almeida,
Mas o sistema de partilha de competências, como um todo, mais se aproxima do sistema alemão,
com a previsão das competências legislativas e não legislativas da União em artigos distintos; com a
separação, também, das competências comuns legislativas e não legislativas; com a previsão da
delegação de competências legislativas da União aos Estados pelo legislador federal; com repartição
vertical de competência legislativa concorrente, cabendo as normas gerais à União e a legislação
suplementar aos Estados
]
.
De acordo com Luiz Alberto David Araujo e Vidal Serrano
[10]
, a Constituição federal de 88 optou por
reunir o critério vertical e horizontal de partilha de competências, contemplando, ainda, a hipótese de
delegação de competência pela União aos Estados, conforme parágrafo único do art. 22.
Critérios Horizontal E Vertical De Competências.
Desde a Constituição Republicana de 1891 (art. 65, §2º), tem-se critério horizontal no caso de
enumeração das competências federais e municipais, reservando aos Estados a remanescentes.
Fala-se em repartição horizontal, como explica Manoel Gonçalves Ferreira Filho
[11]
, "porque separa
competências como se separasse setores no horizonte governamental". Para Ubirajara Costódio
Filho
[12]
, "diz-se horizontal porque separa, de modo incomunicável, as competências de cada ente
federado, colocando-as em campos estanques".
Para Luiz Alberto David Araujo e Vidal Serrano
[...]o critério horizontal foi adotado na distinção de competências privativas ou exclusivas, de cada
esfera federativa. Nesse sentido, aCarta Magna optou pela enumeração das competências federais e
municipais, reservando aos Estados-Membros as remanescentes
[13]
.
No Estado federal brasileiro, portanto, a União e Municípios exercem as atribuições que, explícita, a
Constituição lhe reserva. Os Estados, tudo o mais. Significa dizer que aos Estados cabem todas as
demais atribuições, exceto aquelas que a Constituição Federal confere explicitamente à União e aos
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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Municípios. Então, tudo o que remanesce, o que sobra, o que resta, extraída competência da União e
dos Municípios, é de competência dos Estados
[14]
. Os poderes remanescentes ou residuais
[15]
do
Estado pressupõem, portanto, a exaustão dos poderes enumerados.
Por exemplo, a competência para exploração dos serviços de transporte rodoviário intermunicipal
(entre os diferentes municípios) de passageiros, pertence a qual ente federativo?
O texto constitucional, no art. 21, inc. XII, alínea "e", outorga, expressamente, à União, a competência
para explorar serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros. Contudo,
no art. 30, inc. V, outorga, expressamente, ao Município a competência para explorar serviços de
transporte intramunicipal. Então, no silêncio da Constituição Federal, será dos Estados a competência
para explorar serviço de transporte intermunicipal. Inclusive essa é posição do STF, no RE
549549/RJ, rel. Min. Ellen Gracie, DJ 25/11/2008 ("Compete aos Estados-Membros explorar e
regulamentar a prestação de serviços de transporte intermunicipal").
Por outro lado, desde a Constituição Federal de 1934 (art. 10, caput), tem-se critério vertical quando
mais de um ente federativo exerce competências simultaneamente. Significa dizer que a mesma
matéria pode ser exercida por mais de um ente federativo, com especificação do nível de intervenção
de cada um (competências concorrentes) ou admitindo atuação em condições de igualdade
(competências comuns).
Para Luiz Alberto David Araujo e Vidal Serrano
[16]
, no critério denominado vertical, a Constituição
Federal atribui o trato da mesma matéria a mais de um ente federativo, ora especificando o nível de
intervenção de cada ente, ora admitindo que todos os entes exerçam indistintamente competência
que se lhes foi simultaneamente atribuída. Pode-se falar, portanto, que, no texto constitucional,
coexistem os critérios horizontal e vertical de competências, ou seja, as ordens parciais (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal) correlacionam-se ora em regime horizontal, ora em regime
vertical.
Nessa repartição de competência, a Constituição Federal de 88 se refere, não exclusivamente, à
competência legislativa, mas também à competência administrativa ou material. A competência
legislativa atribui ao ente federativo capacidade legiferante, como ao Município legislar sobre assunto
de interesse local (art. 30, inc. I); a competência material, capacidade para desempenhar certas
atividades de natureza político-administrativa, como ao Município a criação de distritos (art. 30, inc.
IV).
Competência Legislativa Dos Municípios.
Com relação à competência municipal, importante destacar que o legislador constituinte optou por
enumerar num mesmo artigo - artigo 30 - as competências legislativas e materiais, abandonando a
técnica de separar essas modalidades em artigos diferentes. O presente estudo assume, contudo, a
proposta de abordar as competências legislativas dos incisos I e II do art. 30.
A respeito do inciso I do art. 30 (Compete aos Municípios legislar sobre assunto de interesse local),
Manoel Gonçalves Ferreira Filho
[17]
observa que, desde a Constituição de 1934 (art. 13, caput),
atribuía-se ao Município a competência legislativa nas matérias de peculiar interesse. De acordo com
ensinamento de Sampaio Dória, deve-se entender por peculiar interesse municipal, "tudo aquilo que
for, predominantemente, preponderantemente, de seu interesse". A atual redação do inciso I do art.
30, contudo, fala sobre assunto de "interesse local", retomando o mesmo nível de vagueza.
Para Michel Temer
[18]
, a doutrina e jurisprudência ao tempo da Constituição anterior, pacificaram no
dizer que é de peculiar interesse aquele em que predomina o do Município no confronto com os
interesses do Estado e da União. Peculiar interesse significa interesse predominante. Interesse local
é expressão idêntica a peculiar interesse.
Nas Lições De Hely Lopes Meirelles,
[...]interesse local não é interesse exclusivo do Município, não é interesse privativo da localidade, não
é interesse único dos munícipes [...]. Não há interesse municipal que não seja reflexamente da União
e do Estado-Membro, como também não há interesse regional ou nacional que não ressoe nos
municípios, como partes integrantes da federação brasileira. O que define e caracteriza interesse
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
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local, inscrito como dogma constitucional é a preponderância do interesse do Município sobre o do
Estado ou da União
[19]
.
De acordo com Celso Ribeiro Bastos
[20]
, o conceito-chave utilizado para definir a área de atuação do
Município é o interesse local. Cairá, pois, na competência municipal tudo aquilo que for de interesse
local. O interesse exclusivamente municipal é inconcebível, inclusive por razões de ordem lógica:
sendo o Município parte de uma coletividade maior, o benefício trazido a uma parte do todo acresce a
este próprio todo. O autor alerta que a competência municipal ficará sob o foco de uma disputa com
as demais pessoas de direito público, pois o mero interesse local não exclui o interesse estadual e
mesmo nacional. Então, importante demonstrar que o interesse local é mais expressivo do que o
estadual e o nacional.
Como assevera Regina Maria Macedo Nery Ferrari
[21]
, por interesse local deve-se entender "aquele
ligado de forma direta e imediata à sociedade municipal e cujo atendimento não pode ficar na
dependência de autoridades distantes do grupo que não viveu problemas locais".
Nas Lições De Andréas Krell,
A expressão interesse local é semelhante aquela usada pela Lei Fundamental Alemã, que –
diferentemente da situação no Brasil – não atribui competências específicas aos entes locais, mas
contém em seu artigo 28, II, uma atribuição global de competências: „Aos Municípios deve ser
garantido o direito de regular – na moldura das leis e com responsabilidade própria – todos os
assuntos da comunidade local
[22]
‟.
O Supremo Tribunal Federal, em diversos julgados, entendeu como matéria de interesse local, de
competência exclusiva do Município, legislar sobre a questão sucessória dos cargos de prefeito e
vice, em caso de dupla vacância (ADI 3549-5, DJ 31.10.2007, rel. Min. Cármen Lúcia); sobre a
instalação, em favor dos usuários, de equipamentos de segurança nos bancos, como portas
eletrônicas e câmaras filmadoras, além de equipamentos de conforto, como instalações sanitárias,
cadeiras de espera, colocação de bebedouro, tempo de espera em fila para atendimento ao
público(AgRg 347717-0, rel. Min. Celso de Mello, DJ 05.08.05; AgRg 491420-2, rel. Min. Cezar
Peluso, DJ 24.4.2006; RE 397094-1, DJ 28.8.2006, rel. Min. Sepúlveda Pertence).
Contudo, há julgados que ainda divergem sobre conceito de interesse local. O Município, por
exemplo, poderia legislar sobre horários de funcionamento do comércio municipal, inclusive de
bancos, porque se trata de interesse preponderante local. Contudo, a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal pacificou o entendimento de que os Municípios têm competência para fixar horário
de funcionamento de estabelecimento comercial nas vias públicas, como supermercados, lojas (AgRg
481886-2, rel. Min. Carlos Velloso, DJ 01.04.2005; AgRg 622405-1, rel. Min. Eros Grau, DJ
15.06.2007;