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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÂO PAULO POLO SANTANA CURSO SERVIÇO SOCIAL MARIA SUELY SILVA ALBINO RELATÓRIO (FINAL) DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL II SÃO PAULO Novembro/2024 MARIA SUELY SILVA ALBINO RELATÓRIO (FINAL) DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL II Relatório de Estágio apresentado a UNIVERSIDADECUDADE DE SÂO PAILO – [POLO SANTANA] como parte dos requisitos necessários ao cumprimento de Estágio Curricular, sob a orientação do professor Juliana de Lourdes Silva e supervisão de Osmar Augusto Bispo e Cristiane Silva dos Reis SÃO PAULO Novembro/2024 SUMARIO 1 IDENTIFICAÇÃO..............................................................................................4 2 INTRODUÇÃO..................................................................................................5 3 DESENVOLVIMENTO......................................................................................5 3.1 Objetivo Geral......................................................................................5 3.2 Objetivos EspecíficoS..........................................................................6 3.3 Histórico da Concedente......................................................................6 3.4 Atividades desenvolvidas....................................................................6 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................6 5 REFERÊNCIAS.................................................................................................7 1 IDENTIFICAÇÃO 1.1 ESTUDANTE Nome: MARIA SUELY SILVA ALBINO Endereço Completo: Rua Floriano de Godoi, 293 A, Jardim Brasil, São Paulo (SP), CEP 02227-260 Contatos por telefone: (11) 980600124 E-mail: suelyalbino@yahoo.com.br Turma: 8 A / 8ª semestre Previsão de conclusão do curso: em 07/2025 1.2 CONCEDENTE Nome: Centro de Acolhida Bom Jesus dos Passos- Vila Maria Razão Social: Centro de Acolhida Bom Jesus dos Passos- Vila Maria CNPJ: 56.100.068/0001-05 Endereço Completo: Rua João Fidelis Ribeiro, no 36, na Vila Bueno Aires, São Paulo (SP), CEP 03627000 Telefone(s): (11) 2621 - 0896 Site:https://oscsamaritano.org.br/cdi.php#:~:text=Rua%3A%20João%20Fidélis%20Rib eiro%2C%2036%20–%20Ermelino%20Matarazzo,03627%20– %20000%20Telefone%3A%20%2811%29%202621%20-%200896 Área de Atuação: Assistência Social Produtos/serviços comercializados: Atenção diurna para pessoas idosas Nome do Supervisor de Estágio: Osmar A. Bispo Formação do Supervisor de Estágio: Serviço Social 1.3 ESTÁGIO Área de Atuação: Assistência Social Setor: Dentro do centro dia ao lado dos idosos Atividades Programadas: Observação e Participação Data de início e previsão de término: 16/09 a 17/11 Período do estágio: Manhã mailto:suelyalbino@yahoo.com.br tel:1124847993 https://oscsamaritano.org.br/cdi.php#:~:text=Rua%3A%20João%20Fidélis%20Ribeiro%2C%2036%20–%20Ermelino%20Matarazzo,03627%20–%20000%20Telefone%3A%20%2811%29%202621%20-%200896 https://oscsamaritano.org.br/cdi.php#:~:text=Rua%3A%20João%20Fidélis%20Ribeiro%2C%2036%20–%20Ermelino%20Matarazzo,03627%20–%20000%20Telefone%3A%20%2811%29%202621%20-%200896 https://oscsamaritano.org.br/cdi.php#:~:text=Rua%3A%20João%20Fidélis%20Ribeiro%2C%2036%20–%20Ermelino%20Matarazzo,03627%20–%20000%20Telefone%3A%20%2811%29%202621%20-%200896 Carga horaria semanal: 25h Orientador: Cristiane Silva dos Reis e demais assistentes sociais do centro 2 INTRODUÇÃO Cheguei ao CDI Bom Jesus dos Passos, em virtude do assistente social Osmar Bispo, que faz um trabalho voluntário no local e teceu uma série de comentários favorável, que chamou minha atenção. Visitei o centro e, então, decidi fazer meu estágio nele, devido a forma humanitária de acolhimento dos idosos e de seus parentes, que dependem do lugar, para ter certeza que, enquanto trabalham, seus entres queridos estão recebendo os cuidados e a atenção necessária. No local, todos são acolhidos e cuidados e ainda podem expressar seus desejos que, na maioria das vezes, são atendidos quando há possibilidades para tanto, em meio a convívio pacifico e divertido, proporcionado a eles. Mas os gestores do centro também destacaram que as famílias dos idosos pertencem a um contexto cultural, social e financeiro baixo. Consequentemente, elas não podem pagar os serviços de um cuidador profissional e, às vezes, por pura ignorância, cometem erros e até violência contra os idosos. Diante dessa constatação, foi estabelecido um dia para o convívio semanal com os familiares, momento em que os gestores os colocam a par da importância da escuta ativa, do respeito e de cuidados indispensáveis, tanto físicos quanto psicológicos, que os idosos precisam. Logo, o centro recebe e acolhe mais que idosos. 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 Objetivo Geral Entender, na prática, como se dá a assistência social aos idosos que procuram o centro dia, na maioria das vezes, por iniciativa própria. 3.2 Objetivos Específicos Analisar a necessidade de interação dos idosos. Transformar os desejos deles em ações para que desfrutem do compartilhamento do prazer em coletividade com seus pares Ouvir atenciosamente a família de cada um dos idosos e inclui-las em um processo de conscientização em relação aos cuidados, inclusive, voltados a valorização da vida de cada um deles. 3.3 Histórico da Concedente O CDI São Francisco, instalado há mais de oito anos no endereço supracitado, é um serviço destinado ao acolhimento de pessoas idosas, com 60 anos ou mais, que se encontram em vulnerabilidade social ou que possuem limitações para realização das atividades de vida diária, mas que convivem com suas famílias que, por sua vez, por trabalharem, não podem prestar atendimento de tempo integral a eles. Consequentemente, dentro do centro, tais idosos encontram uma equipe multidisciplinar para prestar serviço de proteção social, de cuidados pessoais e de fortalecimento de vínculos, que favorecem a autonomia e inclusão social, por meio de ações de escuta, informação e orientação, no intento de prevenir a institucionalização e segregação deles. Todo esse trabalho, que atende 30 pessoas de ambos os sexos ao dia, ocorre de segunda a sexta, das 7 às19 foras. 3.4 Atividades desenvolvidas Desde o meu primeiro dia de estágio, que totalizou 150 horas, divididas em 6 horas diárias, durante o período de 16/09 a 17/11, percebi que muitos idosos procuram o centro por vontade própria, apenas para não ficarem sozinhos em casa. Alguns são levados pela família logo cedo, outros chegam depois, caminhando, para se reunirem com os amigos, em um espaço gostoso e seguro, que promove a interação deles, por meio de atividades diversas, que incluem passeios, eventos e até bailes, sempre organizados a partir das demandas que apresentam, enquanto oferece cuidados individuais, sobretudo, de saúde, além de alimentação adequada. Em um primeiro contato, observei que os idosos apresentavam certa timidez, mas após algumas conversas com os assistentes sociais, demais voluntários e outros idosos, eles tendem a se enturmar e dividir seus próprios interesses. Homens se reúnem para jogar dominó, fazer palavras cruzadas e assistir ao futebol na televisão, por exemplo. Mulheres formam grupinhos, para ensinar as colegas a fazer tricô e crochê. Juntos eles ainda praticam atividades físicas, principalmente, para melhorar o equilíbrio, almoçam e tomam o lanchem, pintam, fazem artesanato e preparam a decoração da festa dos aniversariantes do mês, que sempre recebe a colaboração dos comerciantes e do voluntariado do entorno, que oferece bolo, docinhos e salgadinhos.Até barbeiros e cabelereiras, conscientizados pelo próprio pessoal do CDI São Francisco, prestam gratuitamente seus serviços, para elevar a autoestima dos idosos, principalmente, em ocasiões especiais, como nos passeios, bailes e festas que acontecem no espaço. De um modo geral, todas as atividades são simples, mas adequadas aos idosos. Porém, sempre são entremeadas por conversas, muitas das quais, bem animadas. Dessa forma, além do responsável pelo que está sendo realizado, também há alguém do centro incluído nelas (como tive a chance de acompanhar e depois assumir essa função), com o objetivo de prestar atenção e anotar os diálogos espontâneos, pois, às vezes, eles dão pistas do que os idosos sentem e vivem ao lado de suas respectivas famílias. A partir de então, como me explicou Osmar Bispo, surgem duas possibilidades, que também pude acompanhar. Dependendo do que é anotado, a assistente social chama o idoso para uma conversa particular, apura o que foi dito e, se for o caso, para prevenir qualquer dano a ele, toma as providências necessárias ou, nos encontros semanais, simplesmente informa e orienta as famílias sobre vários aspectos relacionados as anotações, a fim de fazê-las tanto ajustarem seu próprio comportamento em relação aos idosos com quem convivem quanto se sentirem recompensadas com o que já fazem por eles. Além disso, uma vez por mês, os gestores do centro reúnem as famílias, para conversarem sobre aspectos elucidativos, entre os quais, a fragilidade e a dependência, em termos físicos e psicológicos, que complicam, inclusive, a saúde do idoso, que vive em um ambiente onde sua presença não é bem compreendida nem aceita e, em casos extremos, chega até ser repudiada, ou, sobre a legislação que protege o idoso e como a violência, em suas diversas formas, que abrange as relações de poder, os conceitos de desigualdade e a dominação etária, configura em crime para quem a comete. Eu mesma, enquanto estagiária, além de outras atividades, pude falar sobre o entendimento das necessidades e sentimentos do idoso, inclusive os contraditórios, bem como daqueles que não admitem e lutam contra a velhice, para manterem sua autonomia e independência, principalmente econômica, pois a exploração desse faixa etária também está atingindo um patamar preocupante, para um público bem receptivo, que agregou muitos elementos a minha formação. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante meu estágio, como estava embasada na teoria, observei, participei e até assumi algumas funções, não só com os idosos, mas com as famílias deles também, com um olhar crítico. No entanto, o que constatei foi que os jovens da faixa etária 60+, quando encontram um espaço como CDI São Francisco e são tratados com dignidade e respeito, devido à atenção recebida, passam a conviver socialmente em harmonia e tendem a apresentar melhorias tanto físicas quanto psicológicas, para a satisfação dos familiares que os amam. Apesar disso, todo trabalho voltado a velhice é reconhecidamente dificultoso, tanto para os assistentes sociais quanto para os próprios familiares que também precisam de atenção e acolhimento, porém ele é primordial, já que a maioria de nós, mesmo que inconscientemente, almeja envelhecer, mas com qualidade de vida, autonomia e independência. De certa forma, isso é possível, mas todos nós temos que agir, desde já, no sentido de extinguir a desvalorização, a falta de respeito com a pessoa idosa e o despreparo para conviver com as dificuldades associadas a idade avançada em termos de saúde, cuidados básicos, alimentação, habitação, fianças, entre outros, inclusive para requerer esforços conjuntos de profissionais empenhados em gerenciar sistemas de saúde, de justiça criminal e de atendimento social, para promover, de fato, ações de prevenção, capazes tanto de diminuir riscos quanto oferecer proteção à população idosa, independentemente da idade, sexo, estado civil, nível de educação, renda, arranjo e relação familiar. Afinal, embora estejamos no século 21, é impossível esquecer que ainda vivemos em uma sociedade que continua, por um lado, valorizando somente a juventude e, por outro, encarando o envelhecimento como um problema complexo e indesejável, a ponto de restringir o convívio social dos idosos, que chegam a sofrer com a coisificação, que os transformam em objetos descartáveis. REFERÊNCIAS BRASIL. Estatuto do Idoso. Lei n. 10741, de 1 de outubro de 2003 e legislação correlata. Brasília, DF: Centro de Documentação e Informação: Ed. Câmara, 2008. (Legislação, n.14). Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm COSTA, D. G. S. Envelhecimento, Velhice e Políticas Públicas: uma análise crítica. Disponível em: https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/- planejamentoeanalisedepoliticaspublicas/iisippedes2016/10.pdf. Acesso em 29/04/2023 DEBERT, G. G. A reinvenção da velhice: socialização e processos de reprivatização do envelhecimento. São Paulo: Editora Edusp, 2004. MAGALHÃES, D.N. A invenção social da velhice. Rio de Janeiro: Editora Papagaio, 1989. TEIXEIRA, S. M. (Org.). Serviço social e envelhecimento. Piauí: Editora Edufpi, 2020. Disponível em: https://www.academia.edu/45134665/SERVIÇO_SOCIAL_E_ENVELHECIMENTO?au to=download https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/-planejamentoeanalisedepoliticaspublicas/iisippedes2016/10.pdf.%20Acesso%20em%2029/04/2023 https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/-planejamentoeanalisedepoliticaspublicas/iisippedes2016/10.pdf.%20Acesso%20em%2029/04/2023 https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/-planejamentoeanalisedepoliticaspublicas/iisippedes2016/10.pdf.%20Acesso%20em%2029/04/2023 https://www.academia.edu/45134665/SERVIÇO_SOCIAL_E_ENVELHECIMENTO?auto=download https://www.academia.edu/45134665/SERVIÇO_SOCIAL_E_ENVELHECIMENTO?auto=download