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Câncer de Mama R0GÉRIO AGENOR DE ARAÚJO Uberlândia –MG Cancerologista clínico SCM-BH, Mestre em Clínica Médica – UFU Câncer no Brasil – 2013 Mama - 52 casos/100.000 mulheres/ano Distribuição proporcional do total de mortes por câncer em mulheres, no Brasil, de 1979-1983 e 2006-2010 Distribuição proporcional do total de mortes por câncer em mulheres, no Brasil, de 1979-1983 e 2006-2010 4 Câncer de Mama Bom prognóstico, em geral Se diagnóstico e tratamento oportunos Taxas de mortalidade - elevadas no Brasil Estádios avançados Sobrevida média em cinco anos Países desenvolvidos ~ 85% Em desenvolvimento ~ 60%. Câncer de Mama Etiologia Principal fator de risco: Idade Incidência aumenta rapidamente até aos 60 anos Câncer de Mama Etiologia – Fatores de Risco Vida reprodutiva da mulher Menarca precoce Nuliparidade 1a gestação a termo com mais de 30 anos Anticoncepcionais orais Menopausa tardia Terapia de reposição hormonal. Câncer de Mama Etiologia Mais ciclos ovarianos Mais risco de câncer da mama Cada ano de retardo do início da menarca 15% de redução de risco Cada ano de retardo da menopausa 3% de aumento do risco Menopausa artificial efeito semelhante à menopausa natural. Câncer de Mama Etiologia Fatores de risco: História familiar positiva Aumento de 2 a 3 x no risco Alterações genética na regulação e metabolismo hormonal e reparo de DNA BRCA1, BRCA2 e p53. Câncer de Mama Etiologia Fatores de risco: alta densidade do tecido mamário (tecido glandular/tecido adiposo) exposição à radiação ionizante (mesmo baixas doses/puberdade) Câncer de Mama Etiologia Processo de urbanização Maior risco quanto mais elevado o status socioeconômico Hiii… Vou ter que ser magrela, ter mais que 5 filhos… antes dos trinta… amamentar todos… Será que vai dar pra estudar????? Hiii… Vou ter que ser magrela, ter mais que 5 filhos, amamentar todos… Será que vai dar pra estudar… 38 Prevenção PRIMÁRIA SECUNDÁRIA Prevenção é dever de todo profissional de saúde. Prevenção primária – Redução de incidência. Prevenção Secundária – Redução de mortalidade. Conceitos Fator de Risco Intervenção Consumode álcool Interrupçãodo uso de álcool Terapia reposição hormonal Interrupçãodo uso TRH Sexo Feminino História Familiar Nuliparidade 5filhosoumais Obesidade Nãoamamentar Modificação estilo de vida Amamentar Prevenção Rastreamento Redução de mortalidade 50-70 anos: Benefício inquestionável. Redução mortalidade 25 a 34%. 40 a 49 anos: Controverso. Uma metanálise positiva (15%). Idosas Benefício? Sem estudos que comprovem. Sobrevida esperada de pelo menos 10 anos. Entidade 40-49anos 50-69 anos >69 USPSTF Individualizar Bianual Bianual AmericanCollegeofPhysicians Individualizar Anual ou bianual Anual ou bianual CanadianTaskForceonPreventiveHealthCare Individualizar Anual ou bianual Não recomenda >75 anos NCCN Anual Anual Anual AmericanCancerSociety Anual Anual Anual American MedicalAssociation Anual Anual Anual AmericanCollegeofRadiology Anual Anual Anual AmericanCollegeofGO Anual ou bianual Anual Anual NCI Anual ou bianual Anual ou bianual Anual ou bianual AmericanAcademyofFamilyPhysicians Anual ou bianual Anual ou bianual Não recomenda Principais Recomendações Rastreamento Exame clínico semestral após 18 anos. Mamografia e RM mama anual (25 anos). Rastrear as outras neoplasias associadas. Prevenção Mastectomia bilateral profilática. Ooforectomia profilática. Conduta – Síndromes Genéticas SERMs: Tamoxifeno e Raloxifeno por 5 anos. 1 estudo com exemestano. Pacientes alto risco ( Gail>1,67%). BRCA1 e BRCA2. CDIS, CLIS, hiperplasia ductal ou lobular atípica. Quimioprofilaxia Modalidades de imagem Mamografia Ultrassonografia Ressonância magnética PET/CT Quando fazer a biópsia? Mamografia – vantagens Exame com alta sensibilidade e especificidade Amplamente disponível Baixo custo operacional Sinais mamográficos de suspeição Nódulos Microcalcificações Assimetrias focais Sinais mamográficos de suspeição Nódulo irregular ou espiculado Sinais mamográficos de suspeição Microcalcificações agrupadas Sinais mamográficos de suspeição Microcalcificações agrupadas Sinais mamográficos de suspeição Assimetria focal Ultrassonografia - Vantagens Sem radiação ionizante Útil em mamas densas Distinção entre lesões císticas e sólidas Ultrassonografia - Vantagens Sem radiação ionizante Útil em mamas densas Distinção entre lesões císticas e sólidas Ultrassonografia - Vantagens Permite o bom direcionamento das agulhas em biópsias Ultrassonografia-Doppler - Vantagens Permite a detecção de fluxo vascular no interior da lesão Ultrassonografia - Desantagens Não detecta microcalcificações Baixa resolução espacial RM das mamas Vantagens Altíssima sensibilidade Detecção de tumores multicêntricos Mamas densas Recidivas 59 RM das mamas Desvantagens Alto custo Baixa disponibilidade Alta complexidade para realização de biópsias guiadas por RM 60 PET/CT Método híbrido de imagem PET (positron emission tomography) e tomografia computadorizada Identifica as células que possuem alto metabolismo de glicose Não é útil para diagnóstico precoce do câncer de mama, mas permite a detecção de metástases a distância Biopsia = Diagnóstico Microcalcificações agrupadas biopsia por mamotomia guiada por estereotaxia (mamografia) Massas e nódulos “core biopsy” biópsia percutânea com agulha grossa guiada por ultra-sonografia. Biopsia Mamotomia por estereotaxia Localização da lesão Posicionamento Controle pós biopsia Estadiamento clínico - TNM T - Tumor Primário TX O tumor primário não pode ser avaliado. T0 Não há evidência de tumor primário. Tis Carcinoma in situ T1, T2, T3, T4 Tamanho crescente e/ou extensão local do tumor primário. N - Linfonodos Regionais NX Os linfonodos regionais não podem ser avaliados. N0 Ausência de metástase em linfonodos regionais. N1, N2, N3 Comprometimento crescente dos linfonodos regionais. M - Metástase à Distância MX A presença de metástase à distância não pode ser avaliada. M0 Ausência de metástase à distância M1 Metástase à distância Câncer de Mama TRATAMENTO CIRÚRGICO Câncer de mama Tratamento cirúrgico Conservadoras + Biópsia do linfonodo sentinela e/ou Linfadenectomia axilar Sempre seguida de Rxt adjuvante. 1. Quadrantectomia 2. Tumorectomia 3. Segmentectomia ou Ressecção Segmentar Câncer de mama Tratamento cirúrgico Não conservadoras: 1. Mastectomia preservadora de pele; 2. Adenectomia mamária terapêutica (ou mastectomia subcutânea); 3. Mastectomia simples ou total; 4. Mastectomia radical: a) Mastectomia radical modificada; b) Mastectomia radical. CIRURGIA CONSERVADORA Câncer de mama Drenagem para cadeia mamária interna: Tu < 1cm: 2%; Tu de 1 a 2cms: 9%; Tu > 2cms: 16%. CÂNCER DE MAMA Anátomo-Patológico Dados de Identificação Data da cirurgia Descrição (macroscópica) do espécime cirúrgico com mensuração Tamanho do tumor invasivo apenas o componente de carcinoma invasivo Avaliação de margens Lateralidade da mama/topografia do tumor Tipo de fixação e tempo de fixação CÂNCER DE MAMA Anátomo-Patológico Classificação Histológica Grau Histológico/Nuclear (segundo a classificação de Nottingham) Invasão Angiolinfática Linfonodo sentinela (se realizado) Numero de linfonodos totais (por níveis) Numero de linfonodos comprometidos células tumorais isoladas, micro-metástases, macro-metástases ou extravasamento capsular CÂNCER DE MAMA Anátomo-Patológico - IH Ki-67 (em %) Receptores de Estrógeno (%) Receptores de Progesterona (%) p53 Receptor cerbB2 ou HER2 CÂNCER DE MAMA Anátomo-Patológico Mensuração do HER2 Imuno-histoquimica – intensidade da expressão e número de células que o expressam. + se coloração é forte e atinge 30% ou + de células avaliadas. (2) FISH (fluorescent in situ hybridization) – avalia o numero de copias (amplificação) do gene. Smith I, Procter M, Gelber RD, et al. 2-year follow-up of trastuzumab after adjuvant chemotherapy in HER2-positive breast cancer: a randomized controlled trial. Lancet 369: 29–36, 2007 Dowsett M, Bartlett J, Ellis IO, et al. Correlation between immunohistochemistry (HercepTest) and fluorescence in situ hybridization (FISH) for HER-2 in 426 breast carcinomas from 37 centres.J Pathol 199: 411-7, 2003. HercepTest IMH from amplified (C) and (F) nonamplified. J Clin Oncol 19:2714-2721, 2001 FISH - DNA 93 Fluorescence photomicrograph, two-color FISH using DigFISH for Her-2/neu (green) with direct FISH for chromosome 17 (red), counterstained with DAPI (Fig 1A). Two chromosome 17s are present; Her-2/neu gene amplification is present. (B) illustrates gains in chromosome 17 (red) and overamplification of Her-2/neu (green); the ratio of green to red exceeds 2.0, ie, a net overamplification of Her-2/neu is identified. Trastuzumabe – Anticorpo anti HER 2 Testagem HER-2/neu HercepTest vs. FISH Biópsia de metástase discordância de HER-2/neu de até 20%, possível HER2 negativo ser positivo posteriormente? HercepTest® FISH + 3+ 89% 2+ 0- 1+ 24% 1-2,8% CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Avaliação Prognostica e Preditiva HER2 IH 3+ ou FISH positivo Em 20-25% = risco expressivo de recidiva precoce da doença National Comprehensive Cancer Network. Practice Guidelines in Oncology-v.1.2004. www.nccn.org. EGFR: a família HER/erbB (receptores e ligantes) Salomon DS, et al. Crit Rev Oncol Hematol 1995;19:183–232 Woodburn JR. Pharmacol Ther 1999;82:241–50 HER1 EGFR erbB1 HER2 erbB2 neu EGF TGF-α Amphiregulin Betacellulin HB-EGF Epiregulin Heregulins NRG2 NRG3 Heregulins Betacellulin Cysteine- rich domains Tyrosine- kinase domains HER3 erbB3 HER4 erbB4 Ligands: 96 Para a ativação do sinal os RTKs necessitam de ligantes ativadores: . Proteinas ou hormônios: . NGF (Nerve Growth Factor) . PDGF(Platelet-derived Growth Factor) . EGF (Epidermal Growth Factor) Formam homo ou heterodímeros entre si. EGFR: + Proliferação, migração, invasão e sobrevivência celular. ERBB2: receptor órfão, sem ligante conhecido para o receptor EC, mas liga-se com outros da sua família. ERBB3: não possui atividade TK do domínio IC. ERBB2+ERBB3: maior estimulo da proliferação e transformação celular. EGF + ERBB-1 e ERBB-2: dimerização dos mesmos e autofosforilação de residuos de tirosina presentes na sua porção carboxiterminal (IC). EGFR: atividade em multiplas vias Woodburn JR. Pharmacol Ther 1999;82:241–50; Lynch TJ, et al. N Engl J Med 2004;350:2129–39 Knowlden JM, et al. Endocrinology 2003;144:1032–44; Chakravarti A, et al. Cancer Res 2002;62:4307–15 Proliferação, invasão, metastases, angiogenese e inibição da apoptose PKC Ras JNK Abl PI3K Akt Extracellular Intracellular Transactivação MAPK 97 Expressão do EGFR em tumores epiteliais cabeça e pescoço: 95-100% EGFR+, pancreas: 30-89%+, pulmão: 40-80%+, rim: 50-90%+, mama: 14-91%+,etc 98 Burstein, H. J. N Engl J Med 2005;353:1652-1654 Interactions between Trastuzumab and Tumor Cells 99 Interactions between Trastuzumab and Tumor Cells. HER2 serves as a coreceptor with related members of the HER family of tyrosine kinase-associated growth factors. Acquired amplification of the HER2/neu gene on chromosome 17 in HER2-positive breast cancer leads to marked overexpression of HER2 on the cell surface, which alters normal signaling function. Trastuzumab is a humanized monoclonal antibody that binds to HER2 and inhibits tumor-cell growth through a variety of intracellular, and possibly extracellular, mechanisms. CÂNCER DE MAMA Anátomo-Patológico Tipos histologicos especiais: carcinoma tubular mucinoso (coloide) cribiforme adenoide cistico papilifero e medular típico Ellis IO, Galea M, Broughton N, et al. Pathological prognostic factors in breast cancer. II. Histological type. Relationship with survival in a large study with long-term follow-up. Histopathology 20: 479-89, 1992. CÂNCER DE MAMA Anátomo-Patológico Tipos histológicos especiais: Tratamento adjuvante: se tumores > 3cm ou linfonodos axilares comprometidos Tumores com histologia ductal invasora + histologia especial tumores mistos tratamento conforme recomendações para tumores ductais Medulares atípicos: mesma abordagem adjuvante dos carcinomas ductais invasores. Ellis IO, Galea M, Broughton N, et al. Histopathology 20: 479-89, 1992. Câncer de Mama TRATAMENTOS Adjuvante Rxt/Qt/Ht Neoadjuvante Rxt/Qt/Ht Paliativo Rxt/Qt/Ht Câncer de mama Tratamento adjuvante - Radioterapia Sempre após cirurgia conservadora 25 frações - 5 semanas 25 frações - 5 semanas 05 frações - 1 semana Fracionamentos convencionais. 6-6,5 semanas pT3-T4-N1 pN1:4 linfonodos Tumores maiores de 5,0 cm. Infiltração de pele ou da parede torácica. Tumoresmulticênticos. Ausência de margem. Indicações: RADIOTERAPIA PÓS-MASTECTOMIA TRATAMENTO SISTÊMICO TRATAMENTO SISTÊMICO 108 CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Avaliação Prognostica e Preditiva CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Avaliação Prognostica e Preditiva CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Avaliação Prognostica e Preditiva CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Recomendação terapêutica Baixo risco Bom prognostico Mortalidade por câncer: 3% a 5% Conduta: acompanhamento sem tratamento ou HT em casos particulares. Olivotto IA, Bajdik CD, Ravdin PM, et al.J Clin Oncol. 23(12):2716-25, 2005. CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Recomendação terapêutica Risco Intermediário Tu com responsividade intermediária a endocrinoterapia: QT ou HT Acesso aos testes genômicos (Oncotype): grande benefício. Olivotto IA, Bajdik CD, Ravdin PM, et al. J Clin Oncol. 23(12):2716-25, 2005. CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Recomendação terapêutica Alto risco devem receber quimioterapia (tratamento adjuvante) Alto risco com receptores hormonais +: Qt seguido de Ht. Olivotto IA, Bajdik CD, Ravdin PM, et al. Population-based validation of the prognostic model adjuvant for early breast cancer. J Clin Oncol. 23(12):2716-25, 2005. Quimioterapia Adjuvante Tratamento da doença micrometastática avaliação de risco recorrência / morte diminuição desse risco Teoria da Cinética Celular 116 CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Recomendação terapêutica Três fatores para decisão do tratamento sistêmico adjuvante: Responsividade endócrina analise dos receptores de RE/RP 2) Hiperexpressão de HER2 3) Risco de recidiva. Olivotto IA, Bajdik CD, Ravdin PM, et al. Population-based validation of the prognostic model adjuvant for early breast cancer. J Clin Oncol. 23(12):2716-25, 2005. 100% 75% 50% 25% 0% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Tamanho Mediano do Tumor (mm) Taxa de Morte em 15 anos N0 (n=790) N 1-3 + (n=247) N > 3 + (n=47) Prognóstico do T e N (Van Nuys) Michaelson et al. Cancer 98:2133, 2003 www.adjuvantonline.com É uma ferramenta útil na tomada de decisão sobre o benefício dos tratamentos adjuvantes (hormônio, quimioterapia e a combinação de ambos) PREDICTION OF TREATMENT EFFECT IS THE KEY ! Cytotoxic Responsiveness Receptor rich Receptor poor Endocrine Responsiveness Courtesy of R. Gelber Genes e recorrência painel de 21 genes (Oncotype DX) análise RT-PCR (material parafinado) separar risco recorrência 10 anos linfonodo negativo receptor hormonal positivo Paik S. SABCS 2004 # 24 LN (-), RH (+) Recorrência % à distância Score baixo (<18) 51 7% Score intermed (18-31) 22 14% Score alto (31) 27 30% Paik S. N Engl J Med 2004 Oncotype DX Expressão Gênica e Prognóstico 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Sobrevida Global 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12 Sobrevida Global P < 0.001 P < 0.001 Good signature Poor signature Poor signature Good signature Anos Linfonodo Negativo Linfonodo Positivo Anos van de Vijver et al. N Engl J Med 347: 1999, 2002 Sorlie, et al.PNAS 2001 ER neg ER pos Basaloide HER2+ 124 124 Subclasses tumorais definidas por padrões de expressão gênica Sorlie, et al. Proc Natl Acad Sci 2001 Sobrevida Sobrevida Livre de Doença 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0 24 48 72 96 meses Probabilidade Lum A Lum B+C NorB-Like Basal ERBB2+ P<0,01 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0 24 48 72 96 meses Probabilidade P<0,01 125 125 Estádio I-II – Tratamento adjuvante Situações sem indicação de tratamento adjuvante: T1mic = Carcinoma lobular/ductal microinvasivo T1a (<0,5cm) T1b (0,5 a 1,0cm) Grau I Idade >35anos Sem invasão angiolinfática Receptor Hormonal (+) (RH) HER-2/neu negativo? Observação ou TMX por 5 anos Demais pacientes do E I, e pacientes EII: QT adjuvante seguida de Ht conforme “status” do receptor hormonal CÂNCER DE MAMA - Tratamento Adjuvante Recomendação terapêutica - HT Quimioterapia no Câncer de Mama: “CMF”: * risco de recorrência 20% risco de morte 10% Antraciclínico: * risco de recorrência 11% risco de recorrência 16% Taxane (Taxol®, Taxotere®): * risco de recorrência 15-30% risco de morte 15-30% *Early Breast Cancer Collaborative Group. Lancet 2005. *Bria E, et al. Cancer 2006; 106(11): 2337-44 Tratamento adjuvante Trastuzumabe (HER2 +++) Biológicos: Herceptin®: risco de recorrência 34-51% risco de morte 34-59% Romond E. NEJM 2005 Perez E. NEJM 2005 Piccart-Gebhart M. NEJM 2005 Slamon D. SABCS 2006 Joensuu NEJM 2006 Smith IE. LANCET 2007 N Eventos ACT 1679 261 ACTH 1672 134 HR=0,48 (2p=3x10-12) Análise Conjunta NSABP B31/ NCCTG 9831 Romond EH, Perez EA, et al. Am Soc Clin Oncol 2005; 24 87% ACTH 85% 67% 75% ACT Sobrevida Livre de Doença Anos desde a randomização 100 90 80 70 60 50 0 1 2 3 4 5 Porcentagem sem recidiva de doença 130 130 A cardiotoxicidade, que pode ter um papel menos importante na doença metastática, assume grande significado no contexto da adjuvância. Com 5 estudos randomizados fase III publicados (NSABP B31, NCCTG 9831, HERA, BCIRG 006 e FinHER), todos demosntrando a mesma magnitude de benefício (cerca de 50% de redução no risco relativo de recidiva) o trastuzumabe parace ter papel primordial e definitivo na adjuvãncia para pacientes com sobrexpressão do HER 2. Mas, embora a redução no risco relativo seja expressiva, o benefício absoluto é muito menor. Na análise conjunta dos estudos NSABP B31 e NCCTG 9831, aos 4 anos, o benefício absoluto na sobrevida livre de progressão é de 18%. Nesse contexto, a incidência de cardiotoxicidade assume, proporcionalmente, um papel expressivo. The primary endpoint of the analysis was disease free survival (DFS). There was both a strong statistically significant absolute advantage for trastuzumab (8% at 3 years), and also relative advantage (hazard ratio 0.48). This is a 52% reduction in recurrence and mortality events. A secondary endpoint of the analysis was distant disease free survival (DDFS, risk of developing metastatic disease). There was both a strong statistically significant absolute advantage for trastuzumab (9% at 3 years), and relative advantage (hazard ratio 0.47). This is a 53% reduction in the risk of developing metastatic disease. Incorporação do Trastuzumabe na adjuvância Combinação QT + Trastuzumabe Vantagem na SVLD Risco cardíaco alto? AC–TH (51%) ICC ~2% (BCIRG 006) AC–PH (52%) ICC ~4% (NSABP B31/ NCCTG N9831) TCH (39%) ICC ~1% (BCIRG 006) FinHER (58%) ICC ~ZERO N S Pacientes HER2 positivo 131 131 Esses resultados nos permitem traças um fluxograma. Partindo do pressuposto de que a combinação de quimioterapia com trastuzumabe apresenta um significativo ganho na sobrevida livre de doença, podemos analisar as pacientes com relação ao risco cardíaco. As pacientes com risco cardíaco normal podem receber a combinação de doxorrubicina, taxana e trastuzumabe. Ambas as taxanas (paclitaxel ou docetaxel) produzem a mesma redução no risco relativo de recidiva. No entanto, a cardiotoxicidade é de 2%, para as pacientes tratadas na combinação envolvendo o docetaxel, contra 4% nas combinações envolvendo o paclitaxel. Já nas pacientes onde o risco cardíaco é elevado, a combinação de cisplatina, docetaxel e trastuzumabe, embora com uma menor redução no risco relativo de recidiva (39%), é bem mais seguro, com uma incidência de insuficiência cardíaca de cerca de 1%. Câncer de mama Tratamento Neoadjuvante Doença localmente avançada Estádios IIIA (N2), IIIB e IIIC primariamente inoperáveis. Redução do volume para tornar-se operável. Tratamento multimodal QT + RT + Manipulação hormonal Alto risco de recidiva local e sistêmica. Neo-Adjuvância: Quimioterapia neoadjuvante Primeira linha de tratamento pré-operatório Avalia resposta in vivo Reduz massa tumoral e possibilita cirurgia curativa Esquemas com antraciclinas Taxa de resposta Completa = 20-30% Total = 70% Prognóstico relacionado com achados na patologia Resposta completa = sobrevida Esquemas mais novos: taxanes, trastuzumabe her2+++ Paciente Considerações no planejamento terapêutico: CMM Doença Tratamento Idade Performance Status Comorbidade Expectativas HER2 Receptores Hormonais Localização e extensão Tratamentos prévios Respostas obtidas Perfil de Eventos Adversos 136 136 A dificuldade em se estabelecer um consenso ou padrões de tratamento decorre, além da multiplicidade de tratamentos disponíveis, da grande heterogeneidade entre as pacientes. A multiplicidade de cenários possíves decorre de váriáveis decorrentes do paciente (Idade, Performance Status, Co-morbidade, Expectativas da paciente), variáveis decorrentes da doença (HER2, receptoores hormonais, localização e extensão da doença); e variáveis decorrentes do tratamento (Tratamento prévio realizado, respostas obtidas, perfil de eventos adversos) QT “FAC” para CMM: curável? Experiência do MDACC com “FAC” em pacientes sem quimioterapia prévia 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 24 48 72 96 120 144 168 192 216 240 Meses Sobrevida livre de progressão Resposta Total Falha RC 263 226 RP 766 745 DE 374 364 DP 141 141 TOTAL 1.544 1.476 SV20a = 4,4% Greenberg PA, et al. J Clin Oncol 1996; 14(8): 2197-205 137 137 Na doença metastática, mesmo sem tratamento prévio, a cura é uma possibilidade remota. Na experiência do MD Anderson, com FAC na primeira linha, apenas 4,4% das pacientes permanecerão livres de doença por mais de 10 anos. A sobrevida longa, livre de doença, é restrita ao grupo de mulheres que consegue atingir resposta completa. Referência: PA Greenberg, GN Hortobagyi, TL Smith, LD Ziegler, DK Frye and AU Buzdar. Long-term follow-up of patients with complete remission following combination chemotherapy for metastatic breast cancer. J clin Oncol 1996; 14(8): 2197-2205. Department of Breast Medical Oncology, University of Texas M.D. Anderson Cancer Center, Houston, USA. PURPOSE: To determine the long-term clinical course of patients with metastatic breast cancer (MBC) who achieved a complete remission with doxorubicin-alkylating agent-containing combination chemotherapy programs. PATIENTS AND METHODS: To assess the long-term prognosis of MBC, we reviewed our experience with 1,581 patients treated on consecutive doxorubicin and alkylating agent-containing front-line treatment protocols between 1973 and 1982. Treatment was administered for a maximum duration of 2 years. Characteristics of long-term survivors were evaluated, and hazard rates for progression were calculated. RESULTS: From this group, 263 (16.6%) achieved complete responses (CR) and 49 (3.1%) remained in CR for more than 5 years. After a median duration of 191 months, 26 patients remain in first CR, four patients died in CR at times ranging from 118 to 234 months, 18 patients died of breast cancer, and one is alive with metastatic disease. Compared with the overall CR and total patient populations, the long-term CR group had more premenopausal patients, a younger median age, a lower tumor burden, and better performance status. The hazard function shows a substantial drop in risk of progression after approximately 3 years from initiation of therapy. Ten long-term CR patients developed second primary cancers: breast (3), ovary (2), pancreas (1), endometrium (1), colon (1), head and neck (1), and lung (1). CONCLUSION: Most patients with MBC treated with systemic therapies have only temporary responses to treatment, but some patients continue in CR following initial treatment. These data show that a small percentage of patients achieve long-term remissions with standard chemotherapy regimens. Remission consolidation strategies are needed. Câncer de Mama Avançado Baixo risco Moderado/ alto Sim - Receptor positivo - Não Não - HER-2 +++ - Sim >2 anos - Interavalo livre de doença - <2 anos Limitado - No. De metástases - Extensivo Partes moles, ossos - Sítios de metástase - Víscera Não - Órgão vital comprometido - Sim Estádio IV Pulmão, Fígado Pele, LN, Osso, Partes moles Doença agressiva Pior prognóstico Doença geralmente mais indolente Câncer de Mama com Metástases Pulmonares 140 140 Algumas pacientes, no entanto, apresentam com grande volume de doença visceral, com importante comprometimento de seu estado geral e risco de vida á curto prazo. Assim sendo, é usual usar, para a escolha do tratamento, não a extensão e a localização da doença, mas sim a determinação da necessidade mais ou menos premente de resposta ao tratamento antineoplásico. Metástases Ósseas 141 141 Após considerar a expressão dos potenciais alvos terapêuticos, os receptores hormonais e a sobrexpressão do HER2, o ponto crítico na escolha é o volume e localização da doença. Normalmente as pacientes são divididas em dois grupos: pacientes com doença predominantemente óssea, mais indolente, ou com doença predominantemente visceral, mais agressiva. A doença óssea, sem risco imediato de vida, costuma estar associada a uma evolução mais longa, ao passo que a doença visceral associa-se a uma progressão mais rápida, presença de sintomas importante e sobrevida mais curta. Essa dicotomia é pouco frequentemente encontrada na prática. Algumas pacientes podem apresentar-se com doença óssea extensa, algumas vezes associadas a hipercalcemia ou eventos relacionados ao esqueleto, com rápida deterioração da qualidade de vida e grande sofrimento físico. A situação mais usual é encontrar pacientes com a concomitância de doença óssea e visceral. Opções de tratamento Câncer de mama metastático – RH pos. QT 1ª linha HT 1ª linha QT 2ª linha HT 2ª linha QT 3ª linha HT 3ª linha QT 4ª linha QT nª 142 142 Na prática o que se vê é o uso da quimioterapia para a obtenção da respota, seguida pelo uso da hormonioterapia para a manutenção da mesma. Na recidiva utiliza-se outro esquema de quimioterapia, seguido por outro esquema de quimioterapia, e assim por diente. Opções de tratamento Cáncer de mama metastásico – RH neg. QT 1ª linha QT 2ª linha QT 3ª linha QT 4ª linha QT nª 143 143 Em pacientes onde não há a expressão dos receptores hormonais, a quimioterapia é a única opção de tratamento, e as pacientes passam continuamente por sucessivas linhas de tratamento. Quimioterapia paliativa Droga única vs. combinação: Agente único toxicidade ao tratamento Combinação taxa de resposta se sintomática e comprometimento visceral Combinação nem sempre relacionada a aumento de sobrevida. Quimioterapia paliativa Duração de tratamento: Sem benefício de sobrevida com tto indefinidamente. JCO, Aug 20 2006. 6 ciclos ou 2 ciclos além da melhor resposta. Quimioterapia paliativa Taxa de resposta 30-50%: Adriamicina Epirrubicina Docetaxel Paclitaxel Vinorelbina Capecitabina Gencitabina Taxa de resposta 10-30%: Cisplatina Carboplatina Ciclofosfamida Ifosfamida 5-Fluorouracil Metotrexate Mitoxantrona Vinblastina Mitomicina C Trast + Docetaxel M77001: Sobrevida ASCO 2005 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0 Probabilidade estimada 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 Meses Trastuzumab + Docetaxel (n=92) Docetaxel / crossover (n=45) Docetaxel (n=49) Intent-to-treat population, 12-month cut-off 22,7 31,2 24.5 147 147 An additional retrospective analysis investigated the patients known to have crossed over to receive Herceptin® after progression on docetaxel alone. The Kaplan-Meier plots of those patients receiving Herceptin® plus docetaxel upfront versus those who received Herceptin® upon crossover show a clear trend suggesting that greater clinical benefit is derived from concomitant treatment with the combination upfront. The difference between these two curves (yellow and pink) is not significant, which is not surprising as it represents an additional retrospective analysis that the study had not been designed for. Further, it needs to be considered that the decision to crossover was at the investigators’ and patients’ discretion and is therefore biased. Trastuzumabe – Anticorpo anti HER 2 Taxa de resposta agente isolado 35% (sem QT prévia) 15% (com QT prévia) Taxa de resposta trastuzumab + QT = melhor que QT isolada 45-55% (paclitaxel) 75% (vinorelbina) 64% (docetaxel) 55% (docetaxel+carbo) 44% (gemcit-politrat.) Após a progressão: assunto polêmico !!!
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