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Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Unidade 1
A DEMANDA E A OFERTA DE MERCADO
Aula 1
A História da Economia e sus Princípios
Videoaula: A história da economia e seus princípios
Este conteúdo é um vídeo!
Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os
vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet.
Caro estudante, no vídeo desta aula, falaremos amplamente sobre os conceitos primordiais da Economia. Essa ciência não é exata, mas, sim,
humana, e lida com diversas questões presentes no nosso cotidiano. Identi�caremos algumas dessas questões juntos e, com isso,
potencializaremos nosso senso crítico para pensaremos de modo cada vez mais independente e, com isso, entregaremos ótimos resultados no
mercado de trabalho.
Ponto de Partida
Caro estudante! Falar em economia, por vezes, pode remeter nosso entendimento a números e equações, dando-nos a falsa impressão de se
tratar de uma ciência exata. Muito pelo contrário! A Economia é uma ciência humana, que diversos autores de�nem como a ciência da escassez.
Por escassez, devemos entender todo recurso �nito e limitado, que pode ser desde um minério até uma máquina ou um serviço. Da situação de
escassez em uma determinada oferta para satisfazer uma certa demanda surgem os principais conceitos econômicos.
Você, estudante, já assimila muitos desses conceitos por simples inferência no seu dia a dia, e os nossos estudos darão a você ferramentas para
aprimorar seu senso crítico e pensar de maneira cada vez mais independente. 
Vamos Começar!
A melhor maneira de assimilar toda essa dinâmica econômica que existe atualmente é fazendo uma rápida revisão de como chegamos até aqui.
Como não se trata de um curso de História, seremos breves; no entanto, sua atenção é necessária para assimilar o conteúdo futuro.
Existiu e existe uma grande necessidade que moveu a humanidade: a troca.
Eu poderia ter galinhas e ovos, mas não ter arroz.
Meu vizinho poderia ter vacas e leite, mas não ter milho.
Na Idade Antiga e na Idade Média, épocas em que praticamente toda sociedade vivia, basicamente, em um meio rural, o escambo era a principal
forma de adquirir um bem ou serviço de que você precisava.
Galinhas eram trocadas por leite, e certa quantidade de milho seria trocada por vacas, por exemplo. No entanto, essa forma não era muito
e�ciente, pois não havia uma base de comparação igualitária, e a troca necessariamente deveria atender às necessidades dos dois lados.
Foi da necessidade de tornar as trocas de bens e serviços mais e�cientes e justas para ambas as partes que as moedas começaram a nascer. Os
registros indicam que as primeiras moedas cunhadas em material metálico, similares às que utilizamos atualmente, foram produzidas na Lídia
(atual Turquia) no século VII a.C.
Antes do surgimento das moedas, as trocas eram feitas com produtos possuídos por determinadas pessoas. Era quase possível identi�car quem
possuía determinado animal ou alimento pelas características físicas. Porém, neste momento, o meio de troca o�cial se tornou padronizado, e o
comércio ganhou escala. Não havia um controle e�caz em caso de roubo daquele dinheiro, fazendo surgir um problema: onde guardar meu
dinheiro?
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Negociantes de ouro e prata, por já possuírem cofres e segurança apropriada para a época, aceitaram guardar o dinheiro de outras pessoas,
emitindo certi�cados equivalentes à fortuna guardada, também conhecidos como papel moeda. Nascem, assim, as instituições bancárias, que
são terceiros de con�ança cuja responsabilidade primária é guardar o dinheiro dos clientes.
Os primeiros bancos reconhecidos o�cialmente datam de meados de 1650 a 1700.
Com o tempo, os bancos entenderam que, além de guardar o dinheiro dos clientes, poderiam emprestar dinheiro aos que precisassem, cobrando
um valor adicional, atualmente conhecido como juro. Já pensou se a sua mercadoria fosse a mais cobiçada e útil do mundo? Pois bem, essa é a
realidade dos bancos, que, ao emprestarem dinheiro a seus clientes, estão “vendendo” dinheiro, ou seja, fornecendo crédito aos clientes, que
deverão pagar com juros ao banco em uma data futura.
Estabelece-se, portanto, uma relação comercial baseada em compra e venda de mercadorias, período conhecido como mercantilismo (ou pré-
capitalismo).
Naturalmente, com a evolução da tecnologia da época e o aumento da curiosidade humana de um modo geral, iniciou-se o período conhecido
como expansão marítima.
As grandes navegações, os descobrimentos, as novas rotas de comércio e os novos produtos começaram a trazer novas perspectivas aos
comerciantes e às sociedades da época. Esse período marca o surgimento da primeira fase do capitalismo.
Por capitalismo, entenderemos um sistema econômico que visa ao lucro e à consequente acumulação de capital (dinheiro) advindo de atividades
que geram algum valor a alguém e, por isso, são comercializáveis.
Décadas depois, viriam tanto a Primeira quanto a Segunda Revolução Industrial, que concretizariam o capitalismo como o modelo econômico
vigente em todo o mundo.
Siga em Frente...
A Economia se divide em dois grandes blocos principais: macroeconomia e microeconomia.
A macroeconomia trata de grandezas adjacentes às economias, como taxas de juros, in�ação, desemprego etc. Já a vertente da microeconomia
olha para o comportamento das chamadas unidades econômicas individuais: consumidores, trabalhadores, empresas, investidores e qualquer
indivíduo que participe dessa engrenagem.
A microeconomia é responsável por estudar a forma e o porquê da tomada de determinadas decisões: hábitos de consumo, a quantidade de
funcionários que uma empresa pode comportar.
Uma das principais atenções da microeconomia é voltada a como as unidades econômicas (empresas) interagem e, com isso, crescem,
formando indústrias e mercados.
Quando tratamos de comércio de bens e serviços, é quase automático pensar no conceito de preço. O preço é o mecanismo responsável por
re�etir quão escasso é determinado produto ou serviço dentro de um certo mercado. Um mercado se constitui como sendo um conjunto de
compradores e vendedores que, em negociação, determinarão o preço justo para determinado bem ou serviço.
É importante mencionar que os preços são determinados pela interação entre compradores e vendedores dentro de uma economia de mercado,
ou seja, na qual não há intervenção governamental.
É claro que nenhum sistema é perfeito, e isso não seria diferente com a economia de mercado dentro de um sistema capitalista. As premissas
supõem um mercado competitivo, no entanto o que ocorre quando essa premissa é violada?
Um mercado competitivo é considerado saudável, pois o preço dos bens e serviços se mantém equilibrado, uma vez que existe concorrência para
suprir a demanda existente.
Uma falha de mercado ocorre quando não existe essa concorrência, caracterizando-se um monopólio, situação em que há somente um
fornecedor para determinado bem ou serviço. O monopolista pode ditar sozinho o preço daquele bem ou serviço, o que claramente não é positivo
para o consumidor. Uma outra situação não ideal ao consumidor é quando existem poucos fornecedores de determinado bem ou serviço e estes
combinam entre si o preço a ser praticado, formando uma estrutura conhecida como oligopólio.
O caso de oligopólio mais famoso do mundo é a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Esse é um exemplo prático da
globalização da economia, que se iniciou no período das Grandes Navegações. Tudo funcionará como um efeito cascata, as peças de um dominó
derrubando a próxima e a próxima, repetidamente, até a última cair. Em um mercado, a última peça do dominó é o consumidor.
O petróleo é negociado por barril em bolsas de valores mundiais, sendo a negociação realizada na bolsa de Londres (Brent Crude Oil) a mais
relevante para a maioria dos mercados.
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
A OPEP em si não consegue controlar o preço do barrilque são
nossos insumos.
É importante ter em mente que os insumos e os produtos são �uxos, ou seja, há determinada quantidade de produção em um determinado
período, que pode ou não se repetir, a depender da demanda e oferta de mercado. Muitas vezes, ignoraremos as referências de tempo, a �m de
simpli�car as análises.
Como a função de produção coloca que os insumos podem ser combinados em proporções diversas, o produto pode ser gerado de inúmeras
maneiras. Na equação apresentada, isso pode signi�car um empenho maior de capital e menor trabalho, ou vice-versa. Um exemplo é a produção
de vinho, que pode englobar tecnologia de ponta e maquinário especí�co, ou ser mais artesanal e envolver muitas pessoas e poucas máquinas.
As funções de produção descrevem o que é tecnicamente viável quando a empresa opera com e�ciência, ou seja, quando usa cada combinação
de insumos possível da melhor maneira, com pouco ou nenhum desperdício. Considerar a produção sempre e�ciente tecnicamente é uma
suposição por vezes inválida, mas é razoável, uma vez que é natural esperar que as empresas busquem lucros e não desperdicem recursos.
Vamos Exercitar?
Ajustar os insumos necessários à produção, dosando quantias diferentes de trabalho e capital, é algo complexo. Imagine que você está na ponta
de um projeto para de�nir a abertura de uma nova planta produtiva de automóveis. Você não terá todos os insumos prontos ao mesmo tempo.
Máquinas terão prazos variados para chegar, o capital será disponibilizado em partes e consumido ponderadamente. Portanto, é importante fazer
algumas aproximações com relação aos prazos e insumos. De�niremos como considerar curto prazo e longo prazo na produção.
No curto prazo, a quantidade de um ou mais fatores de produção não pode ser modi�cada, sendo denominados, portanto, insumos �xos.
O longo prazo é o período necessário para tornar todos os insumos variáveis.
Você já pode concluir com essas informações que decisões de curto e longo prazo são tomadas de modos distintos.
É importante dizer que a de�nição de curto e longo prazos não é padrão, dependerá diretamente do setor que se analisa, bem como do projeto em
questão. Ao decidir quanto vai adquirir de cada insumo, você precisa comparar o custo com o benefício que obterá.
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Quando o capital é �xo, mas o trabalho é variável, o único jeito de a empresa aumentar a produção é aumentando o insumo trabalho.
Agora, imagine que você esteja administrando uma fábrica de roupas. Embora disponha de determinada quantidade de equipamentos, você
poderia contratar mais ou menos trabalho para operar as máquinas. Você tem de tomar uma decisão sobre a quantidade de trabalho que
contratará e a quantidade de roupas que produzirá. Para tomar essa decisão, necessitará saber de que forma o volume de produção, q, aumenta
(se é que aumenta) à medida que o insumo trabalho, L, cresce.
Você, provavelmente, já imagina que a quantidade de produção não aumenta em linha reta e in�nitamente crescente, certo? Utilizaremos os
conceitos de produto médio e produto marginal do trabalho para avaliar os impactos de uma variação de insumos em um processo produtivo.
Produto médio do trabalho = Produto total/insumo trabalho =  
Produto marginal do trabalho = Variação do produto total/variação do insumo trabalho =  
Produto médio é o produto por unidade de determinado insumo.
Produto marginal é o produto adicional obtido quando se acrescenta uma unidade de insumo.
As curvas de produto médio e de produto marginal estão relacionadas.
Quando o produto marginal é maior do que o produto médio, o produto médio é crescente. Já quando o produto marginal é menor do que o
produto médio, o produto médio é decrescente.
Nem sempre teremos um ganho adicional de produção aumentando a quantidade de trabalhadores disponíveis.
O produto marginal decrescente do trabalho (e em outros insumos) ocorre na maioria dos processos de produção.
A lei dos rendimentos marginais decrescentes diz que, à medida que aumenta o uso de um insumo em incrementos iguais (mantendo-se �xos os
demais insumos), acaba-se chegando a um ponto em que a produção adicional resultante decresce.
Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é pequena (e o capital é �xo), pequenos incrementos de insumo trabalho geram aumento no
volume de produção, à medida que os funcionários são admitidos para desenvolver tarefas especializadas.
Por �m, a lei dos rendimentos marginais decrescentes entra em ação. Quando houver funcionários em demasia, alguns se tornarão ine�cientes, e
o produto marginal do insumo trabalho apresentará queda. 
Saiba mais
Incentivando o seu lado empreendedor, caro aluno, con�ra as possibilidades de simulações gratuitas para novos empreendimentos, um deles
disponibilizado pelo SEBRAE e outro pela empresa SIMULARE. Brinque bastante com valores, situações e tente enxergar na prática alguns dos
conceitos apresentados nesta aula.
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.
Aula 2
Economia da Produção
Videoaula: Economia da produção
q
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Δq
ΔL
https://simulador.ms.sebrae.com.br/
https://simulare.com.br/
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
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Caro estudante, no vídeo desta aula, falaremos amplamente sobre custos: custo total, custos �xos, custos variáveis, custos irreversíveis e custo
de oportunidade. Entender a dinâmica que envolve os custos é fundamental para o seu bom desempenho em qualquer área da empresa e em
qualquer empresa, pois toda atividade empresarial tem seus respectivos custos.
Ponto de Partida
Caro estudante, tudo que vimos até aqui e o que veremos adiante são materiais conceituais para embasar o seu entendimento sobre situações
cotidianas.
Tão importante quanto – ou talvez até mais – compreender cálculos e raciocínios complexos é saber enxergá-los em paralelo com o que está de
fato acontecendo.
Neste estudo, permaneceremos voltados ao entendimento dos custos, pois eles são uma vertente fundamental na formação de qualquer preço de
venda, na de�nição de margens e na perpetuação do negócio no longo prazo.
Não existe nenhuma empresa perene que ignore os custos. Existe, inclusive, um ditado popular que compara os custos dos produtos às unhas,
pois “é preciso cortar sempre”. 
Vamos Começar!
Até o momento, examinamos aspectos relativos aos insumos produtivos. Agora, veremos de que forma os preços dos insumos e outros fatores
determinam o custo de produção.
Como sabemos, insumos e trabalho podem ser combinados de variadas formas na procura por uma condição de produção ideal, no entanto
devemos procurar pela combinação ótima de produção, condição em que o lucro é maximizado, como preconiza a Teoria da Firma.
Antes de analisar de que forma são determinados os custos, bem como as razões de sua oscilação, é preciso esclarecer o que se entende por
custos e de que forma conseguimos mensurá-los.
Quais itens deveriam ser incluídos como parte dos custos de uma empresa?
Os custos, obviamente, incluem os salários que a empresa paga aos colaboradores e o aluguel que paga pela área usada pelos escritórios. Mas,
como �cariam os cálculos no caso de a empresa já ser proprietária de suas instalações? O aluguel não seria mais um custo.
De que forma deveríamos considerar o dinheiro que a empresa gastou durante um ou dois anos (não podendo recuperá-lo) com equipamentos e
com pesquisa e desenvolvimento?
Os economistas tratam os custos de forma diferente dos contadores.
Contadores estão preocupados em acompanhar os ativos e passivos, bem como em relatar o desempenho passado para uso externo, como
ocorre nos demonstrativos anuais. Eles tendem a ter uma visão retrospectiva das �nanças e operaçõesda empresa.
Os custos contábeis incluem as despesas atuais e as despesas ocasionadas pela desvalorização dos equipamentos de capital.
Já a visão dos economistas, e normalmente a dos administradores também, é voltada para o futuro. A preocupação é com a alocação de recursos
escassos. Assim, a atenção está concentrada nos custos que poderão ocorrer no futuro e de que maneira é possível diminuí-los, a �m de a
empresa reorganizar sua produção e aumentar sua lucratividade.
Os chamados custos econômicos são os custos inerentes à utilização de recursos econômicos na produção.
Que tipo de recursos fazem parte dos custos econômicos? A palavra “econômico” implica que devemos aprender a distinguir os custos que a
empresa pode controlar daqueles que não pode.
Ela também nos diz para considerar todos os custos relevantes para a produção.
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
É lógico que capital, mão de obra e matérias-primas são recursos cujos custos deverão ser incluídos, todavia a empresa poderia usar outros
recursos com custos que são menos óbvios, porém igualmente importantes.
O conceito de custo de oportunidade desempenha um importante papel, que exploraremos mais adiante. No entanto, é válida a menção nesta
altura.
Custo de oportunidade é o custo de tomar uma decisão em detrimento de outra.
Quão boa uma festa em um frio domingo à noite precisa ser para que você renuncie ao conforto de seu sofá e vá? A resposta para isso é o custo
de oportunidade.
Siga em Frente...
Alguns custos das empresas durante o processo produtivo se mantêm constantes, independentemente das quantidades produzidas. Outros, no
entanto, estarão intimamente correlacionados à quantidade produzida.
O custo total de produção pode ser subdividido em duas parcelas: �xa e variável.
Portanto, é correto a�rmar que:
Custo Total (CT) = Custos Fixos (CF) + Custos Variáveis (CV).
Os custos �xos não variam conforme o nível de produção e só deixam de existir se a empresa deixar de operar. Dependendo do caso de análise,
custos �xos podem englobar custos com manutenção predial, manutenção de maquinário, seguros, eletricidade e salários.
Como os custos �xos não variam com o nível de produção, é importante dizer que eles devem ser pagos mesmo que não haja produção.
Quando se diz que os custos �xos somente são extinguidos caso a empresa deixe de operar, isso não signi�ca necessariamente o abandono do
negócio.
Uma fábrica de colchões, por exemplo, com quatro plantas produtivas espalhadas pelo Brasil, que enfrenta di�culdades com a sua operação e
esteja buscando a redução de custos, pode pensar em reduzir a produção, o que diminuiria custos com matéria-prima e mão de obra, mas não
impactaria itens como eletricidade, segurança e manutenções. Nesse caso, a empresa precisaria avaliar se faria sentido, de fato, fechar uma das
unidades produtivas, pois aí sim observaria uma redução signi�cativa e real de seus custos.
Uma vez que um custo acontece, di�cilmente poderá ser desfeito. Uma despesa realizada que não pode ser recuperada é chamada de custo
irreversível. Como não pode ser recuperado, um custo irreversível não deveria ser levado em consideração no momento de decisão da empresa.
Imagine que você adquire um maquinário muito especí�co, que realiza apenas uma única função pré-determinada. A aquisição desse maquinário
constitui um custo irreversível e, como esse maquinário não tem uma segunda função, não tem um uso alternativo, seu custo de oportunidade é
zero. Se a decisão trouxe lucros ou prejuízos, foi boa ou má, pouco importa, pois é passado e não deve in�uenciar as decisões empresariais no
presente.
Caso o equipamento pudesse ser utilizado de outra maneira, vendido ou alugado, nesse caso haveria um custo de oportunidade a ser avaliado:
aplicação na produção ou usá-lo na função alternativa.
Custos �xos e custos irreversíveis são corriqueiramente confundidos.
Custos �xos são os custos pagos pela empresa em funcionamento, independentemente do nível produtivo, tais como salários, aluguéis, seguros e
manutenção. Eles podem ser evitados caso a empresa deixe de operar.
Já os custos irreversíveis foram contraídos e não podem ser recuperados.
Uma área de P&D (pesquisa e desenvolvimento) de uma indústria química, por exemplo, apresenta custos irreversíveis durante o desenvolvimento
de um novo produto.
Outro exemplo são custos com marketing, pois, uma vez realizados, não são recuperados.
Suponhamos, por outro lado, que a empresa tenha concordado em contribuir para um plano de aposentadoria dos funcionários enquanto estiver
em operação, independentemente de seu nível de produção e de sua lucratividade. Esses pagamentos poderão ser interrompidos apenas se a
empresa deixar de operar. Nesse caso, as contribuições anuais para o programa de aposentadoria teriam de ser consideradas custos �xos.
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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Por que diferenciar custos �xos de irreversíveis é tão importante? Porque custos �xos afetam decisões futuras de uma empresa, enquanto os
irreversíveis, não.
Vamos Exercitar?
Analogamente aos custos �xos, os custos variáveis apresentarão oscilações conforme o nível produtivo subir ou descer.
Os custos variáveis englobam salários de áreas produtivas, custos com matéria-prima e itens que aumentarão conforme a produção aumenta.
Para identi�car um custo como �xo ou variável, é preciso delimitar o período de análise.
No curto prazo, digamos em alguns meses, a maioria dos custos é �xa, pois, em tal prazo, uma empresa é obrigada a receber e a pagar pela
entrega de matérias-primas encomendadas com antecedência e não pode dispensar facilmente os trabalhadores, qualquer seja o volume de
produção.
Por outro lado, no longo prazo, digamos algo em torno de três ou quatro anos, a maioria dos custos será variável. Nesse período, se a empresa
desejar diminuir a produção, pode reduzir sua força de trabalho, comprar menos matérias-primas e, talvez, até vender parte de seu maquinário.
Se o prazo for ainda mais longo ainda, dez anos, por exemplo, quase todos os custos são variáveis.
Funcionários e administradores podem ser ou não dispensados, e as máquinas podem ou não ser vendidas, podem ou não ser repostas quando
se tornarem obsoletas ou pararem de funcionar.
Para a administração da empresa, é importante conhecer quais custos são variáveis e quais são �xos. Quando uma empresa planeja uma
mudança em seu nível de operação, ela, em geral, quer saber se essa mudança afetará seus custos.
Consideremos, por exemplo, o problema que a Delta Airlines enfrentou recentemente. Essa empresa queria saber como seus custos seriam
afetados se o número de voos programados fosse reduzido em 10%. A resposta para essa questão depende se estamos considerando o curto ou
o longo prazo.
No curto prazo, digamos, seis meses, uma boa parte dos recursos de operação é �xa e é difícil dispensar os trabalhadores. Os custos de curto
prazo da Delta são, na maior parte, �xos e não podem ser reduzidos signi�cativamente com a diminuição no número de voos.
No longo prazo, digamos, dois anos ou mais, a situação é bem diferente. A Delta teria tempo su�ciente para vender ou alugar os aviões que não
estivesse utilizando e para dispensar os funcionários que não fossem mais necessários.
Nesse longo prazo, os custos da Delta são, na maior parte, variáveis e podem ser reduzidos signi�cativamente se 10% da redução de voos for
colocada em prática. Como os custos variáveis são diretamente relacionados ao nível de produção, vale dizer que é praxe de qualquer mercado a
diligência muito a�nada de fornecedores.
Quando uma empresa produzirá uma larga quantidade de peças, é essencial que os fornecedores de matérias-primas tenham qualidade de
produtos equivalente ao estipulado pela área de projetos, no entanto é tão importante quanto que os custos estejam alinhados. Para isso, é
comum realizar cotações em pelo menos três bons fornecedores, montar um quadro de concorrência, realizar negociações e, então, �nalizar o
processo de aquisição
Saiba mais
Emmuitas indústrias, os custos são controlados por sistemas de gerenciamento que conectam as diversas áreas produtivas. A SAP é uma das
principais provedoras desse tipo de serviço no mercado brasileiro. Vale uma visita ao site deles para conhecer um pouco das soluções.
 
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.
https://www.sap.com/brazil/index.html
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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Aula 3
Entendendo o que vem antes da venda
Videoaula: Entendendo o que vem antes da venda
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Caro estudante, no vídeo desta aula, falaremos amplamente sobre custos, no entanto, agora, englobando aspectos mais técnicos e práticos do dia
a dia. Inclusive, abordaremos sobre o processo de decisão do ponto de vista do investidor, que é muito importante de ser compreendido. Essa
visão é aplicada não somente por investidores individuais mas também por fundos e pela direção das empresas na hora de de�nirem se haverá
uma expansão ou retração das atividades, bem como novas plantas e até mesmo novos produtos.
Ponto de Partida
Caro estudante, falar em custos é a porta de entrada para compreender a formação do preço de venda e das margens de cada produto dentro de
uma empresa.
Falar em custos também é essencial para compreender o processo de tomada de muitas decisões.
Abordaremos um pouco sobre alguns aspectos macroeconômicos que nos ajudam a compreender algumas decisões no aspecto �nanceiro, a �m
de contextualização.
Quanto mais interdisciplinar e amplo seu conhecimento for acerca dos aspectos empresariais, maior a chance de se destacar e fazer um bom
trabalho.
Aprofundaremos a questão de custos �xos e variáveis, relacionando-os relacioná-los à produtividade, e entenderemos o custo de capital. 
Vamos Começar!
Para complementar os estudos e o entendimento sobre custos, falaremos agora sobre os conceitos de custo médio e custo marginal.
Custo marginal, de�nido também como custo incremental, é o aumento de custo ocasionado pela produção de uma unidade adicional de produto.
Uma vez que o custo �xo não apresenta variação quando ocorrem alterações no nível de produção da empresa, o custo marginal é apenas o
aumento no custo variável ou o aumento no custo total ocasionado por uma unidade extra de produto.
Podemos, portanto, expressar o custo marginal da seguinte forma:
Sendo:
∆CV = CV�nal – CVinicial
∆CT = CT�nal – CTinicial
∆q = q�nal - qinicial
Sendo:
CMg = Custo marginal
∆CV = Variação do custo variável
CMg  = ΔCV
Δq   =   ΔCT
Δq
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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∆CT = Variação do custo total
∆q = Variação da quantidade produzida
CV�nal = Custo variável �nal
CVinicial = Custo variável inicial
CT�nal = Custo total �nal
CTinicial = Custo total inicial
q�nal = Quantidade produzida �nal
qinicial = Quantidade produzida inicial
O custo marginal informa quanto custará aumentar a produção em uma unidade.
Já o custo total médio, ou simplesmente custo médio (CMe), é o custo por unidade de produto produzido. O custo total médio (CTMe) é o custo
total dividido pelo nível de produção, pela quantidade produzida. Logo, se o custo médio para um nível de produção de cinco unidades for de 40
reais, o custo total será de 200 reais.
O custo total médio nos informa o custo unitário da produção.
O CTMe possui dois componentes: custo �xo médio (CFMe) e custo variável médio (CVMe).
O custo �xo médio (CFMe) refere-se ao custo �xo dividido pela quantidade produzida (q), já o custo variável médio (CVMe) refere-se ao custo
variável dividido pela quantidade produzida (q). Portanto:
Discutimos os principais tipos de custos utilizados na vida prática. Agora, no Quadro 1, encontraremos um exemplo de cálculo dos custos
marginais e médios. As colunas de custos �xos e variáveis já são conhecidas e foram medidas durante a produção ou estimadas em anteprojeto.
Bloco 1
QUANTIDADE ANO (q) CUSTO FIXO ANO (CF) CUSTO VARIÁVEL ANO (CV) CUSTO TOTAL ANO (CT)
0 50 0 50
10 50 50 100
20 50 78 128
30 50 98 148
40 50 112 162
50 50 130 180
60 50 150 200
70 50 175 225
80 50 204 254
90 50 242 292
100 50 300 350
       
Bloco 2
CUSTO MARGINAL (CMg) CUSTO FIXO MÉDIO (CFMe) CUSTO VARIÁVEL MÉDIO (CVMe) CUSTO TOTAL MÉDIO (CTMe)
0 0 0 0
5 5,0 5,0 10,0
2,8 2,5 3,9 6,4
2 1,7 3,3 4,9
1,4 1,3 2,8 4,1
1,8 1,0 2,6 3,6
CFMe  =   CF
q
CV Me  = CV
q
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
2 0,8 2,5 3,3
2,5 0,7 2,5 3,2
2,9 0,6 2,6 3,2
3,8 0,6 2,7 3,2
5,8 0,5 3,0 3,5
       
Quadro 1 | Exemplo de cálculo de custos marginais e médios. Fonte: elaborado pelo autor.
Aplicando os conceitos apresentados, desa�e-se e tente encontrar os mesmos valores, sempre procurando um paralelo com a vida prática. Uma
observação importante é que, como todos os cálculos consideram a mesma moeda, não havendo variação cambial, os valores encontrados são
válidos em qualquer moeda, desde que seja a mesma em todos os campos.
Siga em Frente...
Quando falamos em custos no curto prazo, por exemplo, em um projeto especí�co, todos os custos tendem a ser constantes. Como interpretar
isso?
Você já deve imaginar que haverá algum ganho caso a produção de quantidades seja maior, mas, até qual nível?
Imagine o caso hipotético de produção de aço carbono em uma siderúrgica. Como no curto prazo não há tempo hábil para construção de novas
fábricas, consideremos os custos já existentes e medidos em nosso exemplo pela produção
Custos variáveis que se mantêm constantes
em todos os níveis de produção no curto
prazo
Produção menor ou igual a 100 toneladas por
dia Produção maior que 100 toneladas por dia
Eletricidade 400,00 400,00
Minério 350,00 350,00
Outros materiais brutos 100,00  100,00
Combustíveis 15,00 15,00
Subtotal 865,00 865,00
Custos que aumentam quando a produção excede 100 toneladas por dia
Trabalho 175,00 300,00
Manutenção 140,00 250,00
Frete  100,00 125,00
Subtotal 415,00 675,00
Custos totais de produção por tonelada 1.280,00  1.540,00
Quadro 2 | Dados sobre custos de produção. Fonte: elaborado pelo autor.
O que ocorre é que, para atender a uma demanda diária maior que 100 toneladas de produção, muito provavelmente será necessário um terceiro
turno, o que incorre em adicional de horas extras e turno especial para frete e carregamento.
Portanto, deve-se considerar esse raciocínio ao planejar a produção e, claro, entender caso a caso, pois cada produção tem suas demandas.
Podemos entender esse fenômeno, inclusive, calculando o custo variável médio de ambas as situações da seguinte maneira:
CV = CV1 + CV2 (1 refere-se à produção de até 100 toneladas e 2 refere-se à produção de mais de 100 toneladas)
CV1 = (1280).(100) = 128.000
CV2 = (1540).(q2-100)
Logo:
CV = 128.000 + [1540.(q2-100)]
CV = 1540.q2 – 26.000
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Portanto:
Logo:
CVMe = 1540 - (26.000/q2)
Já quando tratamos em longo prazo, a empresa tem muito mais �exibilidade. É possível aumentar a capacidade produtiva gerando novas plantas,
vendendo maquinário, trocando quadro de colaboradores, aumentando o nível tecnológico da planta e diversas outras manobras, visando
maximizar os lucros e minimizar os custos.
Quando falamos em custos no longo prazo, é muito importante conceituar o custo do uso de capital. Primeiramente, um bem de capital é um bem
intermediário, utilizado no processo produtivo, como instalações e maquinário. O uso dos bens de capital tem um custo embutido, que se torna
mais proeminente quão mais longo for o prazo considerado, pois esses bens de capital apresentam depreciação. A depreciação pode ser
entendida como o preço da obsolescência, o preço do envelhecimento daquele bem.
O custo de uso do capital é dado pela soma da depreciação econômica e pelos juros(isto é, o retorno �nanceiro) que poderiam ter sido ganhos se
esses recursos tivessem sido aplicados de outra forma. Portanto:
Custo de uso do capital = Depreciação econômica + (Taxa de juros).(Valor do capital)
Vamos Exercitar?
Quando tratamos de custo do uso do capital, estamos nos referindo a uma soma de dois blocos.
O primeiro bloco, referente à depreciação econômica do bem de capital, é muito especí�co da análise que está em andamento. Um grupo de
maquinários pode apresentar depreciação econômica diferente entre si, a depender da frequência de uso, da intensidade do uso, da realização ou
não de manutenções e outros fatores. No entanto, quando falamos do segundo bloco, referente à taxa de juros vezes o capital, estamos falando
em custo de oportunidade �nanceiro.
Primeiramente, é importante conceituar juros.
Quando renunciamos a uma determinada quantia de capital por um período determinado, espera-se que este capital, ao retornar, apresente uma
correção, de preferência positiva, em relação ao capital inicial empregado. Essa correção, este acréscimo de capital, é denominado juros. Em
palavras simples, podemos dizer que juro é o preço de uma determinada quantia em um determinado intervalo de tempo.
Existem duas formas de cálculo de juros: simples e composto.
No conceito de juros simples, o montante ao qual a correção é aplicada é sempre o inicial. Essa forma de cálculo não é muito usual no meio
�nanceiro, a forma mais utilizada são os juros compostos.
Quando falamos em composição, podemos imaginar uma parede feita de uma composição de tijolos, o próximo tijolo sempre se apoia no seu
antecessor, no tijolo anterior. Da mesma forma, no cálculo de juros compostos, a correção percentual sempre se aplica ao montante do último
período, formando uma “bola de neve”, como comumente se fala.
Matematicamente, podemos expressar os juros compostos da seguinte forma:
M = C (1 + i) t
Sendo:
M = Montante
C = Capital inicial
i = Taxa de juros
t = Período
Observação: taxa e período devem estar na mesma unidade. Se a taxa for “ao ano”, o período deve estar “ao ano”; se a taxa for “ao mês”, o período
deve estar “ao mês”. É importante assimilar esse conceito, pois é basicamente assim que o mercado �nanceiro remunera um investidor.
CV Me  =   CV
q
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Existem duas grandes categorias de investimento: renda �xa e renda variável.
Ao falarmos em renda variável, referimo-nos ao retorno de ativos, como ações, que não são possíveis de prever.
Quando nos referimos à renda �xa, já existe certo nível de previsibilidade, e é essa a base de comparação utilizada com um investidor ao analisar
o custo de oportunidade de um projeto.
Todo mercado possui uma taxa de juros de referência, que norteia as relações bancárias e de mercado. No Brasil, essa é a taxa SELIC, de�nida
pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e revista a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (COPOM).
Você deve estar se perguntando qual a correlação entre a taxa SELIC e uma decisão empresarial de abrir uma nova planta produtiva, ou deixar o
capital no “banco”.
Imagine que, atualmente, a taxa SELIC seja de 13,75% ao ano. Um investidor, um empresário, ao avaliar a possibilidade de expansão de seu
negócio ou a criação de um novo negócio, tende a tomar a decisão de seguir em frente ou não ao comparar o retorno esperado em seu
empreendimento com a “taxa livre de risco” (SELIC). Caso o projeto tenha potencial de entregar 20% ao ano de lucro, tomando a SELIC em 13,75%
ao ano, esse projeto vale a pena. Caso o retorno esperado pelo projeto seja de apenas 10%, com certeza, esse empresário ou esse investidor
�cará relutante e, provavelmente, declinará do investimento.
Saiba mais
A Matemática Financeira é uma grande ferramenta aliada ao sucesso pro�ssional e pessoal de qualquer pessoa. Uma das melhores calculadoras
para cálculos �nanceiros é a HP12C, um clássico presente há décadas no mercado. Con�ra o emulador on-line gratuito dessa ferramenta
maravilhosa
 
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.
Aula 4
O resultado que todos buscamos
Videoaula: Economia: da teoria ao lucro
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Caro estudante, no vídeo desta aula, falaremos de modo mais aprofundado, com mais técnica, sobre o processo de decisões empresariais. É
importante dominar essas ferramentas, pois trata-se de um estudo prévio. A implantação das mudanças somente virá após o estudo do modelo, e
isso é de fundamental importância para garantir a e�ciência do processo e cortar as chances de prejuízo.
Ponto de Partida
Caro estudante, até agora, vimos a relação entre oferta e demanda e explicamos diversos conceitos relacionados a custos e sua ligação com o
processo de tomada de decisões empresariais.
Tudo isso caminha para um único objetivo: aumentar a e�ciência produtiva maximizando o lucro.
https://www.vichinsky.com.br/hp12c/hp12c.php
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Mas, o que é lucro? De onde exatamente ele surge? Quais são as formas de lucro que preciso avaliar?
Essas são algumas perguntas que responderemos ao longo deste estudo, a �m de tornar seu aprendizado dinâmico, agregando à teoria
necessária uma visão prática e objetiva.
Tão importante quanto lucrar é fazer isso de modo consciente, pois aí sim a atividade poderá ser perene e perdurar no longo prazo. 
Vamos Começar!
De�nir corretamente os insumos produtivos, dimensioná-los da melhor forma e aproveitá-los sem desperdícios são ações fundamental para se
atingir uma operação lucrativa.
Quando conceituamos a palavra “lucro”, basicamente, referimo-nos ao montante que restou de uma produção, após pagos todos os custos �xos,
os custos variáveis e os impostos.
No entanto, existem nomenclaturas especí�cas para subdividir o lucro em cada etapa, a �m de facilitar a análise e a identi�cação de problemas
pontuais.
Quando mencionamos a expressão lucro bruto, estamos nos referindo ao montante de capital que restou após o pagamento de todos os custos
�xos e variáveis, mas não impostos. Quando é mencionado o lucro bruto, ainda é preciso abater os impostos relativos à venda do bem ou serviço.
Para �ns de conhecimentos gerais, já que estamos falando em lucro antes de impostos, quando se realiza o fornecimento de algum bem ou
serviço, existem impostos que deverão ser pagos ao governo (federal, estadual ou municipal, dependendo do imposto), sendo os mais comuns:
IPI, ICMS, PIS, COFINS e ISS.
IPI é o Imposto sobre Produtos Industrializados, incidente sobre produtos nacionais e importados; ICMS é o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços, cuja responsabilidade é estadual, incidente em muitas situações de fornecimento de bens; PIS é o imposto
de Programa de Integração Social, tributo federal de caráter social destinado ao setor privado, a �m de garantir abono salarial e seguro-
desemprego; COFINS é o imposto federal de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, destinado à previdência social, à saúde
pública e à assistência social; ISS é o Imposto Sobre Serviço, imposto de caráter municipal, cobrado quando há prestação de serviços por uma
empresa.
Todos os impostos incidem sobre o preço de venda do bem ou serviço, portanto, na hora de formar o preço, é crucial conhecer toda a tributação
incidente naquele produto ou serviço e os impostos aderentes ao enquadramento tributário da sua empresa.
Como os impostos incidem sobre o preço total de venda do bem ou serviço, é necessário sempre muita diligência na hora de englobar custos de
terceiros. Por exemplo, imagine que você trabalha em uma indústria fabricante de equipamentos pesados. É essencial ter de�nido previamente
com o cliente se a responsabilidadepela entrega dos equipamentos na obra é da sua empresa, da empresa do cliente ou se é compartilhada.
Caso sua empresa não possua frota própria, na hora de compor o preço de venda, nos custos, caso a responsabilidade pela entrega seja de sua
empresa, será necessário englobar o frete até a obra nos custos. Esse, por sua vez, sofrerá acréscimo dos impostos de venda. Assim, sua
competitividade pode ser afetada ou sua margem diminuída.
A título de curiosidade, alguns impostos podem ser retirados do custo em algumas situações tributárias especí�cas, mas isso deve ser orientado
pelo setor de Contabilidade.
Siga em Frente...
Continuando nossa interpretação sobre a questão de lucro das empresas, já vimos que não basta apenas mencionar qual foi o lucro obtido em
determinado projeto ou determinado intervalo de tempo de operação, mas é essencial informar a “categoria” do lucro.
Uma empresa que apresenta um bom lucro bruto pode ou não estar saudável, pode ou não ter boa capacidade de caixa, pode ou não remunerar
bem seus acionistas.
O lucro bruto, analogamente a um diamante “em estado bruto”, precisa de re�no para retirar os excessos que não são interessantes. No caso do
lucro, esses excessos são impostos, custos de matéria-prima, custos de mão de obra e outros custos operacionais.
Uma vez subtraídos esses itens, teremos o lucro líquido. O lucro líquido é considerado o “dinheiro limpo” da empresa, o dinheiro que realmente
sobra no caixa após quitadas todas as obrigações de um determinado projeto.
Toda empresa possui suas demonstrações �nanceiras, nas quais todas as movimentações �nanceiras da empresa (ou do projeto, dependendo do
nível de detalhe do acompanhamento) são computadas, todas as entradas e saídas. O lucro líquido comumente é uma das últimas, senão a
última linha dessa demonstração.
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
O lucro líquido é um dos principais indicadores �nanceiros que as empresas acompanham, independentemente de seu porte.
Nas empresas menores, familiares, nas quais o dono é atuante e participativo na operação, o indicador de lucro líquido será acompanhado de
perto por ele, normalmente com auxílio de um departamento �nanceiro ou de gestão de projetos. Esse é um dos indicadores mais relevantes
nesse per�l de empresa e norteia quase todas as decisões acerca da operação.
É importante que você entenda e assimile isso, pois, quanto mais alinhado estiver nessa visão, maiores as suas chances de sucesso dentro da
hierarquia.
Por outro lado, quando tratamos de empresas maiores, por vezes de capital aberto, com ações listadas em bolsa, não haverá um único
proprietário, mas um conjunto de acionistas (pessoas que possuem ações da empresa e, portanto, alguns direitos especiais), o qual observará a
lucratividade do negócio de maneira muito próxima, a �m de garantir que há perspectiva de crescimento e, portanto, chance de maximização de
seu investimento.
O lucro líquido é uma métrica, um indicador, muito importante na tomada de decisão de investimento ou desinvestimento em uma empresa. Tanto
por investidores individuais quanto por fundos de investimento, o lucro líquido tem prioridade de análise, pois o que todo empresário e todo
investidor buscam é um retorno atrativo para seu capital.
Essa análise também é válida quando uma Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) busca por crédito ou microcrédito em um
banco. O banco avaliará o negócio com olhos de investidor, a �m de se certi�car de que seu capital será devolvido com os devidos juros dentro do
prazo esperado e, com certeza, terá muita atenção às métricas de lucro líquido.
Atualmente, você pode ser um colaborador dentro de uma companhia, amanhã ser um diretor que reporte a acionistas, ou até mesmo tornar-se o
proprietário de alguma empresa; em qualquer dessas situações, sem sombra de dúvidas, gostaria de ter ao seu lado pessoas que priorizem a
lucratividade do negócio, visando à estabilidade e ao crescimento no longo prazo.
Vamos Exercitar?
A hipótese de maximização de lucros é frequentemente utilizada em microeconomia pelo fato de prever o comportamento empresarial de forma
bastante razoável, evitando complicações analíticas desnecessárias.
No entanto, saber se as empresas buscam ou não a maximização de seus lucros é um tema controverso. No caso das �rmas menores,
administradas pelos proprietários, o interesse pelo lucro, provavelmente, dominará todas as decisões da empresa.
Nas empresas maiores, mais robustas, entretanto, o corpo administrativo responsável pelas decisões no dia a dia, geralmente, tem pouco ou
nenhum contato com os proprietários (isto é, os acionistas). Como consequência disso, os proprietários não podem monitorar o comportamento
dos administradores com muita proximidade e regularidade, o que fará com que exista alguma liberdade de atuação em termos de gestão da
empresa. Isso pode provocar algum desvio no comportamento capaz de maximizar os lucros.
Os administradores podem estar mais preocupados com metas, como a maximização da receita, a maximização de vendas e a minimização de
erros operacionais, que culminarão em crescimento ou pagamento de dividendos para remunerar os acionistas.
Eles podem estar também demasiado preocupados com os lucros da empresa no curto prazo (pensando em uma promoção ou um grande bônus,
talvez), em detrimento dos lucros no longo prazo, apesar de a maximização de lucros no longo prazo ser do interesse dos acionistas.
Falamos até agora no âmbito empresarial, mas essa lógica pode ser aplicada a outros campos de nossas vidas e, fazendo analogias ou traçando
paralelos, o entendimento �ca mais fácil.
Qual é, ou deveria ser, a grande meta �nanceira de curto prazo de uma família ou um indivíduo que more sozinho? Fazer com que o resultado de
suas receitas, subtraídas todas as despesas �xas e variáveis de custeio de vida, seja positivo.
Quanto mais positivo, melhor.
No longo prazo, as reservas acumuladas serão capazes de prover uma importante viagem, um ano sabático, faculdade para os �lhos ou, até
mesmo, a aposentadoria.
Isso nada mais é que maximizar o lucro líquido da “operação familiar”.
Também, esta é a mesma lógica aplicada à economia governamental em todos os seus níveis e, inclusive, entre os países. Um país
economicamente saudável tende a apresentar gastos menores que suas receitas, apresentando, portanto, uma condição de superávit.
Essa condição superavitária é responsável por transmitir segurança aos demais países, às empresas globais e, em consequência desse e de
outros fatores, atrair investimentos, abertura de unidades produtivas e participação na rota de comércio e negócios.
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Tudo isso, consequentemente, aumentará a geração de empregos, que demandará mão de obra com melhores quali�cações, o que atrai a
abertura de novas escolas, e assim por diante. Tudo passa pela “empresa” governo apresentar um “lucro líquido” atrativo e que gere con�ança
para o mercado.
No caso do governo, os balanços são divulgados pelo Tesouro Nacional e podem ser abertamente consultados no site do Tesouro Transparente.
Saiba mais
Na hora de formar o seu preço de venda, é essencial já saber se a responsabilidade pela entrega do produto no destino é da sua empresa, é do
cliente ou é compartilhada. Cada uma dessas modalidades impacta sua formação de preço de venda de uma maneira distinta.
Conheça os INCOTERMS (International Commercial Terms, ou Termos Internacionais de Comércio, em português), normas que regulamentam o
cenário do comércio internacional.
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.
Aula 5
A TEORIA DA FIRMA E SUAS APLICAÇÕES
Vídeo Aula Encerramento
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Nestevídeo, apresentaremos os principais conceitos abordados neste estudo. Temas, como lucro, lucro líquido, lucro bruto, Teoria da Firma, custo
médio, custo marginal e outros itens, que são componentes fundamentais ao seu processo de aprendizagem técnico durante a preparação para a
vida prática. Uma vez assimilados, esses conceitos caminharão lado a lado com o desenvolvimento da sua carreira.
 
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Você viu que, no mundo empresarial, decisões são tomadas com base em dados. Tudo é pensado visando à otimização de
recursos, à maximização dos resultados e à diminuição de chances de qualquer tipo de prejuízo. Tomar decisões acertadas e e�cazes no ramo
empresarial sempre tem um efeito cascata, e o impacto, tanto positivo quanto negativo, atinge diversas pessoas.
Partindo do princípio lógico de que as empresas sempre procurarão maximizar seus lucros, surge a Teoria da Firma. Ela utiliza a premissa básica
de que as empresas buscam sempre maximizar seus lucros, a �m de explicar como as empresas determinam o volume de mão de obra, matéria-
prima e capital empregado no processo produtivo, bem como o volume produzido. A combinação inteligente desses insumos resultará na
diminuição de custos de produção.
A relação entre capital, trabalho e quantidade foi explorada, bem como a consideração de custos e insumos �xos ou variáveis, conforme o prazo e
o horizonte de análise.
Vimos a diferença entre custos econômicos e custos contábeis, sendo custos contábeis as despesas atuais e as despesas ocasionadas pela
desvalorização dos equipamentos de capital, enquanto os custos econômicos são os custos inerentes à utilização de recursos escassos na
produção.
Aprendemos como calcular os custos totais e aprofundamos a seguinte expressão:
https://www.tesourotransparente.gov.br/
https://www.gov.br/siscomex/pt-br/servicos/aprendendo-a-exportarr/negociando-com-o-importador-1/incoterms-2010-2013-tabela-resumo
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Custo Total (CT) = Custos Fixos (CF) + Custos Variáveis (CV).
Os custos �xos não variam conforme o nível de produção e só deixam de existir se a empresa deixar de operar. Custos �xos e custos irreversíveis
são corriqueiramente confundidos. Custos �xos são os custos pagos pela empresa em funcionamento, independentemente do nível produtivo,
tais como salários, aluguéis, seguros, manutenção. Eles podem ser evitados caso a empresa deixe de operar.
Analogamente aos custos �xos, os custos variáveis apresentarão oscilações conforme o nível produtivo sobe ou desce. Os custos variáveis
englobam salários de áreas produtivas, custos com matéria-prima, itens que aumentarão conforme a produção aumenta.
O custo de uso do capital é dado pela soma da depreciação econômica e pelos juros (isto é, o retorno �nanceiro) que poderiam ter sido ganhos se
esses recursos tivessem sido aplicados de outra forma.
Portanto: Custo de uso do capital = Depreciação econômica + (Taxa de juros).(Valor do capital).
Além de todos esses pontos, exploramos questões relativas ao objetivo que todos procuramos: lucro. Tratamos sobre lucro bruto, lucro líquido e
impostos. 
É Hora de Praticar!
Para contextualizarmos sua aprendizagem, imagine que você trabalha no setor comercial de uma empresa de grande porte, fabricante de
válvulas.
As válvulas são equipamentos grandes, com diâmetro de quase dois metros e pesam, aproximadamente, cinco toneladas cada. Essas válvulas
devem ser transportadas em carretas, não tanto pelo tamanho, mas por seu peso e por facilidades operacionais na hora de �xar o equipamento
para transporte.
Um grande cliente solicitou ao seu departamento uma cotação para o fornecimento de três, quatro ou cinco válvulas, a quantidade necessária
ainda será de�nida.
Como essa cotação possui caráter estimativo, serão aceitas algumas aproximações.
Sabe-se, por medições de projetos anteriores, que:
O custo �xo de equipamento acabado para as válvulas é de 10,00 R$/kg.
O custo variável de equipamento acabado para as válvulas é de 3,00 R$/kg.
Uma carreta tem 2 m de largura e 12 m de comprimento e pode carregar até 40 toneladas.
O custo de transporte, buscando a válvula na sua empresa e entregando ao cliente, é de R$ 15.000,00 por carreta.
As válvulas não podem ser sobrepostas (colocadas uma sobre a outra) para transporte.
É de praxe da sua empresa, em cotações estimativas, aplicar um coe�ciente de venda de 1,75 que multiplica o custo total para obter o preço de
venda estimativo da cotação.
Seu gerente solicitou que você prepare essa cotação e demonstre gra�camente o acréscimo ou decréscimo no preço unitário de cada válvula,
conforme a quantidade de fornecimento aumenta ou diminui. 
Olá, aluno! Nesse estudo de caso, você experimentará uma situação real.
Seu gerente precisa entender qual é o preço unitário de cada válvula se o fornecimento total forem três, quatro ou cinco válvulas. Você perceberá
que há uma �utuação, pois um dos itens de custo pode apresentar uma “diluição” ou “concentração”, conforme a quantidade de fornecimento
aumenta ou diminui. Lembre-se do conceito de custo total e atente-se aos dados providos no enunciado. Tudo que você precisa está aí!
Olá estudante, chegamos ao encerramento da unidade!
Vamos realizar a experiência presencial que irá consolidar os conhecimentos adquiridos? É a oportunidade perfeita para aplicar, na prática, o que
foi aprendido em sua disciplina. Vamos transformar teoria em vivência e tornar esta etapa ainda mais signi�cativa. Não perca essa chance única
de colocar em prática o conhecimento adquirido.
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.
,
Unidade 3
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Aula 1
Princípios Contábeis
Videoaula: Princípios contábeis
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
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Estudante, no vídeo desta aula, falaremos sobre o entendimento da saúde �nanceira da empresa. É importante dominar essas ferramentas, pois
trata-se de um estudo da realidade empresarial. A implantação de mudanças somente acontece quando a empresa está saudável, e uma
operação e�ciente necessita de saúde �nanceira em dia.
Ponto de Partida
Olá, estudante!  Já nos apropriamos de conceitos fundamentais da economia e do entendimento básico primordial da dinâmica empresarial.
Daqui para frente, aprofundaremos cada vez mais aspectos mais especí�cos da dinâmica empresarial e entenderemos o que vem por trás da
operação empresarial.  
Por vezes, é comum não re�etir sobre toda a estratégia necessária à análise de uma empresa durante o fornecimento de um produto ou serviço e
sua colocação no mercado.  
Aspectos relativos ao processo decisório, seleção correta de insumos e previsão de rendimentos perpassam por entender a saúde �nanceira da
empresa, e é nisso que focaremos agora.
Vamos Começar!
Como vimos até aqui, segundo a Teoria da Firma, as empresas sempre buscarão maximizar seus lucros da melhor forma. Para isso, é essencial
que sua operação seja e�ciente, de modo a alocar os recursos (sempre escassos) de matéria-prima, mão de obra e capital da melhor maneira
possível. 
Nosso corpo é a coligação de diversos sistemas, como sistema nervoso e linfático, que trabalham em conjunto e mantêm nossa “operação”
saudável. Analogamente ao nosso corpo, uma empresa também é uma interconexão de diversos sistemas, que se comunicam mutuamente, em
prol de uma operação saudável.  
No entanto, como de�nir o que é uma operação empresarial saudável? Como medir essa saúde? 
Medir os indicadores �nanceiros da empresa é um exercício fundamental para a “saúde” da operação. Por indicadores �nanceiros, neste
momento, entenderemos como a “pressão arterial” da operação.Não podemos deixá-la muito alta nem muito baixa, precisa estar em níveis
adequados ao tamanho e à maturidade da empresa. 
O primeiro passo para entender sobre a saúde empresarial é compreendermos a relação entre ativos e passivos. 
Os ativos são os bens que “colocam dinheiro no bolso da empresa”, como o dinheiro em caixa, móveis e imóveis, maquinários, estoque de
mercadorias e os direitos de recebimento, ou seja, as dívidas e os pagamentos parcelados a receber, possuídos pela empresa e que podem ser
convertidos em moeda com facilidade.  
Uma frota de veículos próprios pode ser considerada, por um certo aspecto, como um ativo da empresa, pois são facilmente transformados em
capital líquido e, quando em operação, agregam valor ao processo produtivo. 
Importante: quando for utilizado o termo “líquido”, estamos nos referindo ao que pode �uir com facilidade. O dinheiro que está na sua conta
corrente do banco é muito líquido, tem alta liquidez, você pode gastá-lo a qualquer momento na troca por um bem ou serviço que deseje. Existem
ativos mais líquidos e ativos menos líquidos, e essa balança deve ser acompanhada de perto pelo departamento �nanceiro/contábil da empresa,
pois o risco de liquidez precisa ser muito bem balanceado. 
Já os passivos são os responsáveis por “tirar dinheiro do bolso da empresa”, são todas as obrigações �nanceiras, por exemplo, despesas, dívidas,
obrigações com fornecedores e empréstimos. 
Todas essas informações e muitas outras devem estar dispostas em um documento que pautará a análise da situação �nanceira da empresa.
Esse documento contábil se chama Balanço Patrimonial. Ele é alimentado pelos lançamentos contábeis diários, semanais e mensais, e pode ser
extraído a qualquer tempo. 
A contabilidade é uma ferramenta muito útil na gestão das empresas, fornecendo informações �nanceiras precisas e con�áveis. Existem alguns
conceitos contábeis básicos: 
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
O primeiro conceito é o da entidade, o qual determina que a empresa deve ser vista como uma entidade separada dos seus proprietários.
Isso signi�ca que as transações da empresa devem ser registradas em separado das transações pessoais dos proprietários. 
O segundo conceito é o da continuidade, que pressupõe que a empresa é uma entidade em operação contínua, e não em liquidação. Isso
implica que as demonstrações �nanceiras devem ser elaboradas levando em consideração a perspectiva de continuidade das operações. 
O terceiro conceito é o da oportunidade, que determina que as informações contábeis devem ser registradas o mais rápido possível, para
que sejam úteis para a tomada de decisão. 
O quarto conceito é o do registro pelo valor original, que estabelece que os ativos e passivos devem ser registrados pelo valor de aquisição,
e não pelo valor de mercado. Isso garante que a contabilidade re�ita a realidade da empresa. 
O quinto conceito é o da competência, que determina que as receitas e despesas devem ser registradas no período em que ocorrem,
independentemente de quando são pagas. Isso garante que a contabilidade re�ita a realidade da empresa. 
Por �m, temos o conceito da prudência, que determina que as incertezas devem ser consideradas e as perdas potenciais devem ser
registradas, mesmo que a certeza da perda não seja total. Isso garante que a contabilidade re�ita a realidade da empresa, mesmo em
situações de incerteza. 
As empresas de capital aberto, com ações listadas em bolsa de valores, têm a obrigatoriedade de atualizá-lo todos os trimestres, de modo a
manter o mercado alinhado à sua saúde �nanceira e tornar o processo de investimento mais transparente e con�ável. 
Siga em Frente...
De modo muito direto e resumido, podemos dizer que ativos são itens que “colocam dinheiro no bolso” da empresa, enquanto os passivos são
itens que “tiram dinheiro do bolso” da empresa. 
Essa é a principal diferença entre os ativos e passivos, pois, nos �uxos monetários da empresa, os ativos são relacionados aos meios de
rendimentos e que trazem benefícios, enquanto os passivos são saídas de dinheiro pelos gastos e despesas que a empresa precisou fazer.  
No entanto, é necessário expandir um pouco melhor o horizonte de entendimento sobre esses dois tão importantes aspectos das atividades
empresariais, de modo a prover uma visão mais e�ciente para o seu dia a dia de trabalho. 
Como dissemos, tanto um ativo quanto um passivo podem ser mais ou menos líquidos e, agora, para nos referirmos à maior ou menor liquidez de
um ativo ou passivo, utilizaremos os termos circulante e não circulante, respectivamente. 
Os ativos circulantes são as disponibilidades da empresa de curto prazo, realizadas em período inferior a um ano e que criam �uxo nas atividades
empresariais.  
Disponibilidades �nanceiras, como caixa, saldo em conta bancária ou aplicações �nanceiras de liquidez imediata, estoques de matéria-prima,
produtos em produção, produtos acabados, créditos de contas a receber, adiantamentos, tributos a recuperar, aplicações �nanceiras de curto
prazo, todos são exemplos de eventos que afetam positivamente o �uxo de capital da empresa e acontecem (em sua maioria) em um curto
horizonte de tempo, portanto são considerados ativos circulantes. 
Os ativos não circulantes são os ativos de longo prazo ou que permanecem na atividade empresarial por um período maior que um ano. Ativos
�xos (terrenos, máquinas, instalações, móveis, veículos, ferramentas), ativos intangíveis (marcas, patentes, programas para computador),
investimentos (aplicações �nanceiras e participações societárias de longo prazo) e créditos de contas a receber de clientes ou títulos com
vencimento acima de um ano são exemplos de ativos não circulantes. 
Analogamente, os passivos circulantes são as obrigações que a empresa possui a curto prazo, registradas e que devem ser pagas em menos de
12 meses, por exemplo, contas a pagar, como fornecedores, salários e obrigações trabalhistas, aluguéis, empréstimos, �nanciamentos e
investimentos na empresa, como aplicações e capitalização a mercado de pequeno porte. 
Já os passivos não circulantes são as obrigações que a empresa tem de cumprir a longo prazo, levando mais de um ano para serem quitadas, por
exemplo, empréstimos e �nanciamentos de longo prazo, investimentos na empresa, como títulos e debêntures com prazos superiores a um ano, e
provisões de reserva para possível despesa nos próximos exercícios. 
Veremos adiante que, dos dados oriundos de ativos e passivos, é possível desenhar diversos indicadores �nanceiros que servirão como
termômetros para diversas análises e pautarão analistas e investidores, bem como empresários, no momento de tomada de decisões, por
exemplo: índice de liquidez corrente e índice de liquidez geral.
Vamos Exercitar?
Como mencionamos, todas as informações relativas a ativos e passivos, tanto circulante quanto não circulante, e muitas outras devem estar
dispostas em um documento que pautará a análise da saúde da empresa e da sua situação �nanceira.  
Esse documento contábil se chama Balanço Patrimonial.  
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Balanço patrimonial
Ativo Passivo
Circulante R$ 35.000 Circulante R$ 30.000
Caixa R$ 12.000 Salários R$ 10.000
Aplicações �nanceiras R$ 8.000 Impostos R$ 7.000
Contas a receber R$ 8.000 Fornecedores R$ 7.000
Estoques R$ 7.000 Empréstimos R$ 6.000
Realizável em longo prazo R$ 20.000 Exigível em longo prazo R$ 20.000
Vendas R$ 11.000 Empréstimos R$ 10.000
Empréstimos R$ 9.000 Pagto de fornecedores R$ 10.000
Imobilizado R$ 35.000 Patrimônio líquido R$ 40.000
Lojas R$ 20.000 Capital próprio R$ 25.000
Mobiliários R$ 8.000 Lucros acumulados R$ 15.000
Equipamentos R$ 7.000  
Total de Ativos R$ 90.000 Total de Passivos R$ 90.000
Qaudro 1 | Exemplo de Balanço Patrimonial. Fonte: Torres (2022, [s. p.]).  
Mas, qual é a função de um Balanço Patrimonial? O Balanço Patrimonial é uma importante ferramenta contábil, essencial para analisar a situação
econômica e contábil de uma empresa. Ele auxilia na veri�cação do comportamento�nanceiro da empresa, servindo como base para a criação de
um bom planejamento estratégico, no acompanhamento do trajeto dos recursos �nanceiros, na apresentação dos resultados obtidos em
determinado período para sócios e investidores e melhora muito o processo de tomada de decisões �nanceiras de uma empresa. 
Dentre muitas informações úteis ao negócio que são extraídas do Balanço Patrimonial, está o patrimônio líquido da empresa, que é representado
pela equação:   
Patrimônio Líquido = Ativos – Passivos  
Se a principal diferença entre ativos e passivos é o �uxo monetário que causam na empresa, pode-se inferir que uma empresa, idealmente
saudável, tende a apresentar um patrimônio líquido positivo, maior do que zero, ou seja, ela tem um volume de recursos maior entrando na
empresa do que saindo.  
O nome “balanço” vem do conceito de que os ativos devem sempre ser iguais aos passivos acrescidos do patrimônio líquido, buscando compor
um equilíbrio �nanceiro. 
Um Balanço Patrimonial é um documento detalhado, porém objetivo, cujo entendimento é fácil. Como é um levantamento exigido por lei,
determinou-se uma estrutura padrão para sua montagem. Ele deve incluir datas de início e �m de período, bem como detalhamento de ativos,
passivos, patrimônio líquido, entre outros itens em suas respectivas datas. 
Em um Balanço Patrimonial, existem diversas interpretações e informações que podemos extrair, como uma boa análise sobre a liquidez da
empresa, estimativas de potencial rentabilidade, rentabilidade realizada, análise de sustentabilidade �nanceira, lucratividade e endividamento. 
Erros operacionais também são mitigados e evitados quando existe um Balanço Patrimonial preciso com uma boa e e�ciente análise, por
exemplo, evitando que o capital de giro acabe antes do previsto.  
O capital de giro é o recurso �nanceiro responsável por �nanciar a operação no curtíssimo prazo, garantir salários, aluguéis e demais despesas
�xas operacionais com as quais a empresa não pode �car inadimplente de forma alguma.  
Errar nessa projeção de modo que falte capital de giro pode condenar o negócio ao fracasso, e a empresa, à falência.
Saiba mais
As empresas de capital aberto em bolsa de valores têm a obrigação de divulgar seus balanços patrimoniais e outros documentos com
sazonalidade trimestral. Esses documentos são disponibilizados ao mercado de maneira on-line em suas páginas de Relação com Investidores
(RI). A seguir, o link da página de RI da Petrobras como exemplo. Pesquise os documentos e procure enxergar os conceitos explicados em aula,
agora na prática. 
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
https://www.investidorpetrobras.com.br/
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
EQUIPE TOTVS. Balanço patrimonial: o que é, estrutura, como fazer e calcular. TOTVS, 2022. Disponível em:
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023. 
Aula 2
O resultado do exercício
Videoaula: O resultado do exercício
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Estudante, no vídeo desta aula, falaremos sobre o entendimento da saúde �nanceira da empresa. É importante dominar essas ferramentas, pois
trata-se de um estudo da realidade empresarial. A implantação de mudanças somente acontece quando a empresa está saudável, e uma
operação e�ciente necessita de saúde �nanceira em dia.  
Ponto de Partida
Estudante, já discutimos conceitos fundamentais da economia e da dinâmica empresarial. Agora, vamos nos aprofundar em aspectos mais
especí�cos, como entender o que está por trás da operação empresarial. Muitas vezes, ignoramos a estratégia necessária para analisar uma
empresa e sua inserção no mercado. A seleção correta de insumos, a previsão de rendimentos e o processo decisório são aspectos importantes,
e entender a saúde �nanceira da empresa é crucial para isso. Abordaremos estratégia, processo decisório, seleção de insumos e saúde �nanceira
da empresa, entendendo a dinâmica empresarial. Então, vamos começar a explorar esse assunto! 
Vamos Começar!
Toda empresa tem suas particularidades, e isso demanda gestão personalizada.  
Uma gestão e�ciente abraçará todas as avaliações, metas e objetivos da companhia, para que colaboradores, fornecedores, investidores, diretores
e clientes sintam, diretamente, os benefícios de sua aplicação.  
Para acompanhar os resultados da empresa de forma organizada, saudável e sustentável, é preciso que a diretoria, a gerência e as suas
respectivas equipes consigam coordenar demandas internas e externas, como políticas, ações e estratégias, proporcionando cenários factíveis de
alcance das metas �nanceiras, mostrando coerência e garantindo a harmonia empresarial. 
Faz parte da boa gestão o acompanhamento de resultados e metas desejados pela empresa. Não basta apenas criar as metas e os objetivos de
um projeto, de uma operação, e deixar isso “solto”, sem acompanhamento. Dentro das praxes de gestão empresarial, o acompanhamento (follow-
up) é item fundamental. 
Todo administrador, seja ele colaborador ou proprietário de um negócio, empresário ou empreendedor, precisará apurar o Resultado do Exercício,
a �m de identi�car se sua operação foi lucrativa ou não, bem como o porquê de ser ou não ser. Este documento auxiliará na avaliação da
rentabilidade do negócio durante uma janela de período. Rentabilidade é a medida de quanto um investimento gera de lucro em relação ao capital
investido. 
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Quando falamos em “exercício”, referimo-nos a um período que pode ser mensal, bimestral, trimestral, semestral, anual ou até mesmo quinzenal,
portanto é importante delimitar claramente sobre qual período estamos falando. 
Quando falamos em Resultado do Exercício, falamos em algo que auxiliará no processo de tomada de decisão empresarial. Um compilado de
rendas, custos, despesas e outros itens que estarão dispostos de uma maneira que �cará fácil entender o nível de lucratividade (ou prejuízo) da
empresa naquele período.  
Esse compilado de informações é apresentado em um documento chamado Demonstração de Resultado do Exercício, conhecido pela sigla DRE. 
A DRE é um documento contábil e gerencial, que pauta muitas decisões empresariais e ajuda a manter a saúde �nanceira da empresa. Além do
ambiente empresarial, esse documento é importante também para o governo, que utiliza o relatório para veri�car se os impostos foram
calculados corretamente e faz o confronto do lucro declarado na DRE com os lucros declarados pelos sócios no Imposto de Renda Pessoa Física
(IRPF). 
Da maneira mais sucinta, prática e objetiva possível, podemos a�rmar que analisar a DRE é um processo essencial para destrinchar o resultado
líquido de uma operação, de um projeto, de uma empresa.  
Algo que nem todos os administradores e gestores se lembram ao analisar uma DRE é que ela provê acesso a um espectro preciso e detalhado da
situação �nanceira do negócio como um todo.  
Logo, a receita, as principais despesas, os custos mais elevados da operação e os períodos mais lucrativos da empresa são dados que podem ser
extraídos da DRE, além demuitos outros. 
A união dos números que compõem o �uxo de caixa da empresa nos dá a visão de seu ciclo �nanceiro e nos permite entendê-lo perfeitamente.  
Melhorias e adaptações ao planejamento empresarial se tornam muito mais claras e efetivas quando pautadas pela análise da DRE. 
Siga em Frente...
Não somente compreender como funciona uma DRE mas também sua diferença em relação ao �uxo de caixa e ao Balanço Patrimonial é muito
importante. 
A principal diferença entre o �uxo de caixa e a DRE é o tipo de indicadores que cada uma utiliza.  
Quando falamos em �uxo de caixa, estamos nos referindo a uma ferramenta que facilita a visualização de curto prazo do capital líquido, em caixa,
da operação, ou seja, o dinheiro que você tem agora, pronto para uso. A DRE, em contrapartida, amplia essa perspectiva e oferece um panorama
mais amplo do cenário �nanceiro completo do negócio. Ela não conta apenas as entradas e as saídas mas também todos os custos e despesas
do negócio e possui emissão periódica. 
Já um Balanço Patrimonial trará aspectos relativos ao patrimônio consolidado da empresa, seus bens (ativos) e suas obrigações (passivos),
dando-nos noção de absolutamente tudo que a empresa possui e deve.  
A DRE procura muito mais ser a base da análise do resultado de um projeto ou da empresa como um todo, na visão de �uxo �nanceiro. 
A composição de uma DRE tem parâmetros legalmente estipulados em lei, no entanto pode sofrer alterações de empresa para empresa e ramo
para ramo, mas podemos sinalizar como as principais informações de uma DRE, constantes na esmagadora maioria das empresas e ramos, os
seguintes itens: receita bruta, deduções e abatimentos, receita líquida, custos de produtos e serviços, lucro bruto, despesas administrativas,
despesas �nanceiras, despesas com vendas, lucro/prejuízo operacional, impostos e resultado líquido do exercício. 
Por “receita bruta”, devemos entender todo o dinheiro que entrou no caixa da empresa durante o período considerado; “deduções e abatimentos”
são descontos tributários legais que podem existir, como desconto de ICMS e de ISS; “receita líquida” é o quanto restou no caixa após pagos
todos os impostos e deduções de venda (descontos, devoluções etc.); “custos de produtos e serviços” são os gastos da operação, que
possibilitam o fornecimento do bem ou a prestação do serviço, como matéria-prima, logística, embalagens etc.; “lucro bruto” é o resultado da
subtração entre receita líquida e custos de produtos e serviços; “despesas administrativas, �nanceiras e de vendas” são as despesas relacionadas
à empresa, como salários, aluguel de espaço físico, energia elétrica, água, luz, juros, multas, comissões etc.; “lucro/prejuízo operacional” é o que
obtemos após descontar todas as despesas (administrativas, �nanceiras e de vendas) do lucro bruto; por “impostos”, na DRE, referimo-nos aos
impostos relativos à existência e operação de uma empresa, como Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL); por �m, o “resultado líquido do exercício” é o número que obteremos após descontar da receita bruta absolutamente todos
os custos e despesas mencionados, inclusive impostos. 
Vamos Exercitar?
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Elaborar uma DRE é um processo complexo, com praxes especí�cas, e deve ser realizado por um pro�ssional da área contábil reconhecido pelo
conselho de sua classe, o Conselho Regional de Contabilidade (CRC). 
Da mesma forma como você não precisa fabricar um termômetro para medir a sua temperatura corporal, você só precisa saber usá-lo e ler o seu
resultado, com a DRE é o mesmo raciocínio. Não é preciso saber construir uma DRE, mas é essencial saber interpretar os seus números e como
os princípios contábeis são aplicados em cada lançamento. Os princípios são: o da entidade, o da continuidade, o da oportunidade, o do registro
pelo valor original, o da competência e o da prudência. 
Existem algumas formas de analisar uma DRE, chamadas de análise vertical e análise horizontal. 
Na análise vertical, você terá um olhar mais especí�co, entendendo o percentual de cada despesa, custo ou receita em relação ao faturamento
bruto. Isso permite a você identi�car quais receitas contribuíram de modo mais signi�cativo para o caixa da empresa e quais despesas causaram
maior impacto. 
Já na análise horizontal, busca-se selecionar uma despesa, um custo ou uma receita especí�ca para entender sua evolução positiva ou negativa
com o passar dos meses. Essa análise se pauta nas informações ao longo do tempo, demonstra a evolução dos saldos contábeis do negócio e
compara os dados ao longo dos anos. Ela permite comparar os diferentes períodos e identi�car as contas que cresceram e as que caíram. 
No Quadro 1, temos um exemplo de DRE de uma empresa �ctícia, com os resultados dos meses de janeiro, fevereiro e março do ano X1. 
Bloco 1
ITEM
 JANEIRO
VALOR ANÁLISE VERTICAL (%)
(+) RECEITA BRUTA  R$ 10.000,00 100%
(-) DEDUÇÕES E ABATIMENTOS -R$ 250,00 -3%
(=) RECEITA LÍQUIDA  R$ 9.750,00 98%
(-) CUSTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS -R$ 300,00 -3%
(=) LUCRO BRUTO  R$ 9.450,00 95%
(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS -R$ 1.500,00 -15%
(-) DESPESAS FINANCEIRAS -R$ 730,00 -7%
(-) DESPESAS DE VENDAS -R$ 840,00 -8%
(=) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL  R$ 6.380,00 64%
(-) IMPOSTOS -R$ 1.595,00 -16%
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO  R$ 4.785,00 48%
Bloco 2
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
FEVEREIRO
ANÁLISE VERTICAL (%) ANÁLISE HORIZONTAL (JAN-FEV)(%) VALOR
 R$ 8.000,00 100% 80%
-R$ 300,00 -4% 120%
 R$ 7.700,00 96% 79%
-R$ 1.000,00 -13% 333%
 R$ 6.700,00 84% 71%
-R$ 1.500,00 -19% 100%
-R$ 730,00 -9% 100%
-R$ 840,00 -11% 100%
 R$ 3.630,00 45% 57%
-R$ 907,50 -11% 57%
 R$ 2.722,50 34% 57%
Bloco 3
 MARÇO
ANÁLISE HORIZONTAL (FEV-MAR)(%)  
100% 88%  
-4% 100%  
96% 87%  
-7% 50%  
89% 93%  
-21% 100%  
Quadro 1 | Demonstração do Resultado do Exercício. Fonte: elaborado pelo autor. 
A análise horizontal de todos os itens do mês de janeiro contém o valor “100%”, pois estes são os primeiros valores de nossa série de análise,
portanto, para interpretar a análise horizontal, tomaremos como base o mês de janeiro. 
No item “Receita” no mês de fevereiro, observamos a análise horizontal com o valor de 80%. Isso não signi�ca que a Receita subiu 80%, mas, sim,
que diminuiu -20% em relação à janeiro, pois nossa linha base são os 100% inicialmente considerados. 
O “Resultado Líquido” do mês de março representou um valor de análise horizontal de 86% em relação à fevereiro, ou seja, um decréscimo de -14%
de um mês para o outro. Ainda olhando para o Resultado Líquido do mês de março, concluímos, através da análise vertical, que ele representa um
total de +34% da Receita Bruta deste mês. 
Um resultado positivo (lucro), que pode ser ótimo, regular ou ruim. Para de�nir, é necessário comparar com outros períodos. Aos resultados
negativos, denominamos prejuízo.
Saiba mais
As empresas de capital aberto em bolsa de valores têm a obrigação de divulgar seus balanços patrimoniais e outros documentos com
sazonalidade trimestral. Esses documentos são disponibilizados ao mercado de maneira on-line em suas páginas de Relação com Investidores
(RI). Disponibilizamos o link da página de RI da Vale como exemplo. Pesquise os documentos e procure enxergar os conceitos explicados em
aula, agora na prática! 
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
EQUIPE TOTVS. Balanço patrimonial: o que é, estrutura, como fazer e calcular. TOTVS, 2022. Disponível em:
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
EQUIPE TOTVS. DRE: o que é, importância, como fazer e como analisar. TOTVS, 2021. Disponível em: https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-
legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todasas sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023. 
Aula 3
O Patrimônio no Tempo
Videoaula: O Patrimônio no Tempo
Este conteúdo é um vídeo!
Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os
vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet.
https://www.vale.com/pt/investidores
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
-10% 100%  
-12% 100%  
45% 86%  
-11% 86%  
34% 86%  
Estudante, no vídeo desta aula, falaremos sobre o entendimento da saúde �nanceira da empresa. É importante dominar essas ferramentas, pois
trata-se de um estudo da realidade empresarial. A implantação de mudanças somente acontece quando a empresa está saudável, e uma
operação e�ciente necessita de saúde �nanceira em dia.
Ponto de Partida
Olá, estudante! É com grande satisfação que seguimos juntos na jornada de aprendizado. Já aprendemos conceitos fundamentais da economia e
temos a compreensão básica da dinâmica empresarial, então, agora, é hora de nos aprofundarmos ainda mais em aspectos especí�cos que
fazem toda a diferença na operação empresarial. 
Exploraremos o que vem por trás de cada decisão tomada em uma empresa, compreendendo a estratégia necessária para a análise de uma
organização e entendendo como ela fornece seus produtos ou serviços e se posiciona no mercado. 
Muitas vezes, aspectos importantes, como o processo decisório, a seleção correta de insumos e a previsão de rendimentos, passam por entender
a saúde �nanceira da empresa, e é isso que iniciaremos neste momento. Desbravaremos juntos os principais conceitos e ferramentas que nos
permitem avaliar a saúde �nanceira de uma empresa e, a partir disso, tomar decisões estratégicas. 
Estamos animados com essa jornada de conhecimento e esperamos que você também esteja! Juntos, aprenderemos mais sobre a dinâmica
empresarial e como compreender melhor as operações das organizações. 
Vamos Começar!
Até agora, vimos aspectos que transitam no resultado da empresa advindos de sua atividade, tais como receitas, lucros, prejuízos, custos,
despesas e a�ns. Entretanto, nem todas as formas de capitalização de uma empresa advém diretamente de sua atividade empresarial.  
As reservas de capital são um grupo de contas constituídas com valores recebidos pela empresa e que não participam do resultado, pois não se
referem à entrega de bens ou serviços pela empresa a um cliente. Elas re�etem, basicamente, as contribuições feitas por sócios, acionistas e
outras pessoas e não dizem respeito a um produto ou serviço vendido pela empresa, mas a uma quantia que está no caixa da empresa que pode
ter sido uma doação, por exemplo.  
As reservas de capital participam do grupo de contas integrantes do Patrimônio Líquido. 
As reservas de capital podem ter diversas funcionalidades em uma empresa. Podem ser utilizadas para pagamento de dividendos, podem ser
incorporadas ao capital social da empresa de modo a torná-la mais valiosa e podem ser utilizadas, inclusive, para absorver possíveis prejuízos
operacionais do negócio.  
Em época de crise econômica, baixa de mercado e imprevistos no geral, ter uma boa reserva de capital pode ser a diferença entre a sobrevivência
e a falência do negócio.  
É usual buscar investimentos no mercado �nanceiro de per�l mais conservador para que a reserva de capital renda juros. 
Por dividendos, devemos entender como uma parcela do resultado da empresa que pode ser distribuído aos acionistas (pessoas que possuem
ações da empresa). 
Já o capital social da empresa é todo dinheiro colocado na empresa para abri-la e para mantê-la em funcionamento, até atingir uma operação
lucrativa consistente. Ele é a garantia de funcionamento mesmo em períodos de pouca ou nenhuma lucratividade.  
Por exemplo, imagine que você decidiu abrir uma barbearia. Uma vez de�nida a linha de trabalho, o ponto físico, os sócios e listados todos os
itens que precisa para a abertura, é necessário de�nir o valor necessário para que o negócio inicie o funcionamento, incluindo documentações,
contabilidade, matéria-prima etc. Esse aporte inicial de capital deve ser realizado pelo quadro societário, daí o nome capital social. 
O valuation, termo em inglês usado para se referir à metodologia de determinação do valor de uma companhia, tem vínculo direto com o capital
social. Ele é sempre uma estimativa e pode ser calculado de diversas maneiras, mas é importante assimilar sua relação com o capital social, pois
uma possível compra ou venda de uma empresa passa pela análise do valuation, portanto é importante que o capital social seja corretamente
dimensionado para aquela operação.  
Em casos de empresas que têm capital aberto em bolsa de valores ou de empresas que desejam realizar abertura de capital no futuro, essa
análise se torna ainda mais relevante, pois o mercado preci�cará sua empresa de acordo com o valuation estimado por diversos analistas, das
mais diversas formas.
Siga em Frente...
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Ainda na linha de procurar entender a dinâmica do resultado das empresas, é importante assimilar como é trabalhado o resultado após sua
apuração.  
Uma empresa pode ter lucros ou prejuízos dentro de um exercício, e isso impacta o seu �uxo de diferentes maneiras. 
Quando uma operação é lucrativa e provê bons resultados, esse lucro cresce no caixa da empresa e se torna o que chamamos de lucros
acumulados. Eles são o resultado da operação da companhia, após o desconto dos dividendos destinados aos seus acionistas. Portanto, lucros
acumulados representam o capital que a empresa dispõe para reinvestir em sua operação, de modo a maximizar sua capacidade.  
Um bom saldo de lucros acumulados é um fortíssimo indicador de que a saúde �nanceira da empresa está em dia, que sua operação é forte e
resiliente. 
Para apurar os lucros acumulados do período, a conta é simples, porém é necessário que os relatórios contábeis estejam devidamente
atualizados, de modo a evitar erros de cálculo. Podemos encontrar os lucros acumulados usando a seguinte expressão: 
LA = LAPA + LLP - DD - RL  
Sendo: 
LA = Lucros acumulados 
LAPA = Lucros acumulados do período anterior 
LLP = Lucro líquido do período 
DD = Dividendos distribuídos 
RL = Reservas de lucro  
Vale dizer que, mesmo sendo subtraídos do cálculo, os dividendos e as reservas de lucro não necessariamente implicam uma saída de caixa para
a empresa. 
Por reservas de lucro, entenderemos que são contas formadas por lucros oriundos da operação da empresa, mas que não foram distribuídos aos
seus acionistas e sócios em forma de dividendos.  
Esses lucros não distribuídos são apropriados pela empresa e permanecem dentro do patrimônio líquido, a �m de preservar a sua disponibilidade
de capital, ou seja, manter um certo nível de capital disponível no negócio, preservando o capital social da empresa. 
Os lucros acumulados precisam ser destinados a alguma �nalidade, das quais podemos citar: constituir reservas de lucro, compor dividendos a
pagar futuramente, compensar prejuízos de exercícios anteriores ou aumentar o capital social da empresa. 
De todas essas possíveis destinações dos lucros acumulados, é nítido que a menos desejável é a compensação de prejuízos, pois ela abala muito
a capacidade de geração de renda da empresa aos seus acionistas, pois, se não há lucro, não há distribuiçãode petróleo, mas ela tem poder signi�cativo para interferir na quantidade produzida dia a
dia. Produzir mais ou menos barris (unidade com 158,98 litros) causa oscilações nos preços, uma vez que a demanda pelo produto permanece
constante.
Vamos Exercitar?
Um excelente exercício para trabalhar uma visão sistêmica sobre a economia como um todo é olhar para dentro de casa. Tudo que observamos
acontecer entre grandes empresas, entre países, é apenas uma versão em larga escala da lógica utilizada para manter nosso próprio lar em
equilíbrio.
Quando você vai ao mercado após receber seu salário, você já tem uma lista dos itens que precisa. Sua principal meta: otimizar a sua compra de
modo que consiga levar a totalidade de itens que precisa, gastando o mínimo possível. Essa é parte da mentalidade que trouxe empresas e
nações ao patamar de grandeza econômica em que se encontram.
A otimização de custos é própria da economia capitalista, e isso possibilita o livre mercado, a concorrência, a existência de mais de um
fornecedor para o mesmo bem ou serviço.
Uma empresa, quando precisa realizar um projeto, primeiramente, elabora um orçamento estimativo. De posse do orçamento estimativo, ela
usufrui do livre mercado e da livre concorrência para levantar, normalmente, três cotações distintas, cada uma de um fornecedor, para escolher
entre aquela que oferece o melhor custo-benefício.
Um ente governamental dentro de uma economia de mercado, seja ele uma prefeitura, um governo estadual ou um governo federal, usufruirá
também do livre mercado e abrirá concorrência entre empresas. Essa concorrência, denominada pregão, pode acontecer de modo presencial ou
eletrônico e visa à otimização do recurso público. Os concorrentes darão lances decrescentes entre si, e quem der o menor lance vence a disputa.
Isso é bom para o Estado, pois obtém o serviço desejado na qualidade necessária pelo menor preço possível, e é bené�co para as empresas, pois
elas têm a chance de estudar o preço praticado por seus concorrentes de modo transparente e, com isso, podem desenvolver ideias para otimizar
seus processos e, com isso, baixar seus preços �nais e aumentar os níveis de suas vendas.
Fique atento, pois nem tudo são �ores! Existem práticas ilícitas que são observadas durante pregões, dentre elas, a mais famosa, que é a
combinação de preços entre os participantes. Os licitantes se reúnem, previamente ao certame (pregão), e combinam entre si quem será o
ganhador. O nome dessa prática é formação de cartel e, quando praticado em licitações públicas, é considerado crime, conforme a Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993:
 “§ 8º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo” (BRASIL, 1993, [s. p.]).
É importante que você saiba disso para sua vida prática, para que não cometa nenhum ato ilícito e reconheça quando algum for praticado, a �m
de que possa levar às autoridades legais e defender a livre concorrência de mercado e a idoneidade da sua empresa.
Saiba mais
A empresa na qual você trabalha, seja você um funcionário contratado ou um dos sócios, dependendo do tipo de produto ou serviço que oferece,
pode ter duas categorias de clientes: públicos ou privados. Caso atenda a clientes públicos, o fará por meio de licitações e pregões, portanto, tão
importante quanto conhecer os mecanismos para participar desses processos, é conhecer o que não deve ser feito. Dessa forma, você protege a
sua empresa e o interesse público como um todo.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é uma autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério da Justiça, cujo objetivo
principal é prevenir e reprimir infrações contra a ordem econômica, com base na liberdade de iniciativa e na livre concorrência. O site da CADE
possui muitas informações relevantes. Não deixe de conferir!
 
Referências
ALVES, J. Capitalismo. Educa Mais Brasil, 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo. Acesso em: 20
mar. 2023.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm. Acesso em: 20 mar. 2023.
https://www.gov.br/cade/pt-br/pagina-inicial
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
BRASIL. Origem do dinheiro. Casa da Moeda, 2023. Disponível em: https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-
dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como. Acesso em: 20 mar. 2023.
MOTTA, A. de M.; REBOLLAR, P. B. M. História Econômica. Palhoça, SC: Unisul, 2015. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Editora Pearson Education do Brasil, 2013.
Aula 2
Mecanismos e Mercado
Videoaula: Mecanismos e mercado
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Agora, conversaremos um pouco sobre tudo que você leu, sempre procurando uma visão prática e aplicável no seu cotidiano. Destacaremos os
principais aspectos práticos do conteúdo, com os quais você pode se deparar no trabalho, em conversas com colegas, gerentes e até mesmo
diretores. Como disse Francis Bacon, “conhecimento é poder”.
Ponto de Partida
Caro estudante, seguindo a nossa trilha, sempre com uma visão objetiva e visando à ilustração com a maior praticidade possível.
Veremos que muito do que observamos, mesmo sem muita ciência, é fruto de uma lógica extremamente clara e presente no nosso cotidiano.
Apresentaremos alguns dos principais conceitos que eu espero que você leve para a vida, pois são amplamente aplicáveis em diversas situações
cotidianas, seja no convívio empresarial, familiar ou mesmo na criação e determinação de planos pessoais. Entender o que é um mercado em sua
essência, bem como as dinâmicas de oferta e procura, a importância da competição e dos preços bem formados transformará a sua visão de
mundo e o tornará um pro�ssional muito mais consciente de seu papel dentro da empresa e do papel da sua empresa perante fornecedores e
clientes. 
Vamos Começar!
Caso você tenha o hábito de ler ou assistir a jornais ou tenha acesso às mídias sociais ou até mesmo converse com seus colegas no trabalho,
provavelmente se depara com frequência com expressões como: “o mercado está volátil”, “precisamos achar um bom mercado para nosso
produto”, “os mercados estão se reinventando”.
A�nal, o que é um mercado?
Já abordamos rapidamente alguns pontos referentes a mercados. Agora, entenderemos melhor algumas premissas desse importante
mecanismo.
Estamos tratando, no sentido mais amplo, do encontro entre compradores e vendedores. Do que? Do que você quiser. Plantas, máquinas, frutas,
eletrodomésticos, tudo.
É sempre muito importante de�nir claramente sobre qual mercado.
Quando temos um grupo de vendedores em um nicho especí�co, denominamos de setor. Um setor é um conjunto de empresas que vendem o
mesmo produto ou produtos equivalentes.
O encontro dos compradores e vendedores tem o poder de de�nir, de modo efetivo ou potencial, o preço para mercadorias e serviços.
Quanto maior a quantidade de fornecedores dentro de um determinado setor, melhor para o comprador, que usufruirá de uma gama de diferentes
possibilidades para satisfazer a sua necessidade.
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20comode dividendos. Isso não é desejável,
pois pode ocasionar muitos impactos negativos, inclusive, diminuição da estrutura produtiva, o que pode levar a demissões.  
Todo acionista precisa entender que uma operação empresarial é cíclica, possuirá altos e baixos, e deve ter paciência para lidar com isso. No
entanto, essa paciência não é in�nita e, como vimos, pautados em dados contábeis con�áveis, pode ser tomada a decisão de diminuir a operação,
caso os prejuízos acumulados sejam constantes. 
Analogamente aos lucros acumulados, uma empresa também pode apresentar prejuízos acumulados, que nada mais são que o exato oposto dos
lucros acumulados.
Vamos Exercitar?
Você já deve ter visto alguma matéria de jornal, ouvido em rádio ou até mesmo visto pessoalmente algum serviço de restauração em uma obra
arquitetônica antiga. É realmente incrível como se pode restaurar uma peça de décadas, às vezes séculos, deteriorada pelo tempo. Sol, chuva,
granizo, frio, calor, tudo isso contribui para a depreciação do patrimônio. 
Analogamente, o patrimônio �nanceiro de uma empresa também sofre degradação, depreciação, com a ação do tempo. Equipamentos, utilizados
ou não, possuem vida útil, e essa contagem é regressiva. 
Na Unidade 2, exploramos o conceito do uso de capital, cujo racional matemático é: 
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Custo de uso do capital = Depreciação econômica + (Taxa de juros).(Valor do capital) 
O primeiro termo da equação, referente à depreciação, pode ser resumido matematicamente da seguinte forma: 
Depreciação acumulada = (Valor do Bem).(Taxa de Depreciação Anual).(Número de Anos) 
Cada equipamento terá uma determinada taxa de depreciação anual, que pode vir estipulada em manuais ou estimada com base na observação
empírica. 
Já o segundo termo da equação, referente aos juros e ao valor do capital, é uma conta de capitalização composta, ou seja, de “juros sobre juros”.  
O conceito matemático de juros compostos é: 
Sendo: 
M = Montante 
C = Capital inicial 
i = taxa de juros 
t = período  
Como vimos, os lucros acumulados podem ser destinados ao aumento da capacidade produtiva, mas isso precisa fazer sentido. É preciso
conseguir obter um retorno maior com o reinvestimento em projetos e frentes do negócio do que se obteria no mercado de capitais. 
Quando falamos de patrimônio �nanceiro e tempo, é inerente relacionar a taxa de juros ao período analisado. Analisaremos toda essa questão na
prática.  
Imagine que sua empresa teve um bom exercício trimestral e apurou lucros acumulados. Agora é o momento de destinar esses recursos. Você
está em dúvida, pois pode aplicar esse dinheiro no mercado �nanceiro, livre de risco, ou em um projeto apresentado pelo seu departamento
industrial, que prevê a compra de maquinário com depreciação de 5% ao ano estipulada no manual. 
No mercado �nanceiro, para cinco anos, é possível encontrar investimentos com baixíssimo risco que têm remuneração de 15% ao ano pre�xado
(será essa a rentabilidade ao ano pelos próximos cinco anos, independentemente de oscilações de mercado).  
Você juntou os dados e realizou o cálculo do custo de capital:  
Dados: 
Lucros acumulados: R$ 10.000,00 
Depreciação do maquinário: 5% ao ano. 
Rentabilidade disponível no mercado �nanceiro: 15% ao ano. 
Prazo: 5 anos.  
Conceito: 
Custo de uso do capital = Depreciação econômica + (Taxa de juros).(Valor do capital)  
Resultando nos dados do Quadro 1: 
Bloco 1
ANO CAPITAL INICIAL DEPRECIAÇÃO DO ANO JUROS
1 10.000,00 500,00 1.500,00
2 12.000,00 600,00 1.800,00
3 14.400,00 720,00 2.160,00
4 17.280,00 864,00 2.592,00
5 20.736,00 1.036,80 3.110,40
M = C ⋅ (1 + i)t
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Bloco 2
CUSTO DO CAPITAL RETORNO MÍNIMO ESPERADO
2.000,00 20,00%
2.400,00 20,00%
2.880,00 20,00%
3.456,00 20,00%
4.147,20 20,00%
Quadro 1 | Dados contábeis da empresa XYZ . Fonte: elaborado pelo autor.  
A depreciação será o resultado da multiplicação do capital inicial por 5%, conforme estipulado no manual. Os juros serão o resultado da
multiplicação do capital inicial por 15%, conforme taxa pré-�xada disponível no mercado �nanceiro. O custo do uso de capital será a soma da
depreciação e dos juros. O retorno mínimo esperado será o percentual do custo de capital sobre o capital inicial. 
Repare que é cumulativo, o custo de capital do ano 1 acrescido ao capital inicial do ano 1 se torna o capital inicial do ano 2, e assim
sucessivamente. Isso é a composição de juros funcionando. 
Observe que o projeto de compra do maquinário precisará entregar uma rentabilidade (retorno �nanceiro sobre o capital empregado) superior a
20% para que o investimento faça sentido.
Saiba mais
As empresas de capital aberto em bolsa de valores têm a obrigação de divulgar seus balanços patrimoniais e outros documentos com
sazonalidade trimestral. Esses documentos são disponibilizados ao mercado de maneira on-line em suas páginas de Relação com Investidores
(RI). Disponibilizamos o link da página de RI do Banco Bradesco como exemplo. Pesquise os documentos e procure enxergar os conceitos
explicados em aula, agora na prática. 
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
EQUIPE TOTVS. Balanço patrimonial: o que é, estrutura, como fazer e calcular. TOTVS, 2022. Disponível em:
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
EQUIPE TOTVS. DRE: o que é, importância, como fazer e como analisar. TOTVS, 2021. Disponível em: https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-
legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023. 
Aula 4
Demonstração do Fluxo de Caixa
Videoaula: Demonstração do �uxo de caixa
https://www.bradescori.com.br/
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
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Estudante, no vídeo desta aula, falaremos sobre o entendimento da saúde �nanceira da empresa. É importante dominar essas ferramentas, pois
trata-se de um estudo da realidade empresarial. A implantação de mudanças somente acontece quando a empresa está saudável, e uma
operação e�ciente necessita de saúde �nanceira em dia.  
Ponto de Partida
Estudante, agora, entraremos em uma etapa crucial para a saúde �nanceira das empresas: o combate à fraude e a tomada de decisão estratégica.
Além dos conceitos fundamentais da economia e dinâmica empresarial, é preciso compreender como evitar práticas fraudulentas e como tomar
decisões assertivas, baseadas em análises precisas de dados �nanceiros e de mercado. A partir de agora, aprofundaremos ainda mais os
aspectos especí�cos da dinâmica empresarial, buscando capacitar você para lidar com situações complexas e garantir o sucesso das empresas. 
Vamos Começar!
Já reparou que existem lojas de roupas no centro da sua cidade que têm uma maior circulação de pessoas, e outras, às vezes próximas, que têm
uma menor circulação de pessoas? Uma loja com maior circulação de pessoas tem uma clara tendência a realizar um número maior de vendas,dado o �uxo de pessoas entrando e saindo do estabelecimento. 
É de se esperar também que a quantidade de pessoas entrando e saindo, uma vez proporcional às vendas, gere, além de um bom �uxo de
clientes, um bom �uxo �nanceiro, que alimentará positivamente o caixa da empresa. Isso gerará um bom �uxo de caixa para o negócio. 
O �uxo de caixa é uma ferramenta essencial à organização diária de uma empresa, pois ele é o responsável por controlar as entradas e saídas de
capital do caixa da companhia. Além de medir o saldo disponível no momento em caixa, um bom �uxo de caixa ajuda a estimar a necessidade de
capital de giro futura, projetada; ele prevê uma visão de presente e de futuro sobre o caixa da empresa. 
Folhas de pagamento, impostos, fornecedores e outros itens do cotidiano empresarial devem estar líquidos e facilmente acessíveis no caixa da
empresa. O correto �uxo de caixa ajuda a entender a quantia de capital necessária que deve estar facilmente disponível. 
Um bom �uxo de caixa mantém o registro preciso de itens, como recebimentos realizados, recebimentos em aberto, pagamentos realizados e
pagamentos em aberto.  
Deste modo, o empresário tem em seu poder uma ferramenta para tomada de decisão muito poderosa, pois ele pode antecipar despesas sem
comprometer o lucro da operação. Pode também planejar investimentos, organizar promoções, alimentar o estoque, negociar prazos com
fornecedores, negociar prazos com clientes e muito mais, sem que haja impactos negativos na operação da empresa. 
Um �uxo de caixa exige um bom controle. Realizar acompanhamento e lançamentos diários e semanais é fundamental para que os dados sejam
�dedignos. 
É importante dizer que o �uxo de caixa não é uma ferramenta que serve apenas para indicar se uma operação é lucrativa ou não, o saldo disposto
pode sofrer in�uência de inúmeros fatores, que podem ser, inclusive, sazonais. O �uxo de caixa é uma imagem congelada do caixa da empresa
naquele exato período (dia, semana, mês, trimestre etc.). 
Quando falamos em empresas, gestão de negócios, empreendimentos e a�ns, ter controle é sinônimo de ter poder. Ter poder, principalmente de
escolha, muitas vezes, pode representar a diferença entre “vida e morte” em um mercado.  
Um bom �uxo de caixa auxiliará na tomada de muitas decisões e, como já exploramos, a tomada de boas decisões é crucial para ganho de
mercado, aumento de competitividade e maximização da lucratividade do negócio, além da boa manutenção da saúde �nanceira da empresa. 
Siga em Frente...
Falar em �uxo de caixa é falar em decisões sensíveis, que devem ser, muitas vezes, rápidas e podem apresentar um grande impacto na operação,
seja positivo ou negativo. 
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
O resultado do �uxo de caixa no período é uma fotogra�a que deve ser interpretada de maneira correta, a �m de direcionar a empresa na tomada
das melhores decisões.  
Um �uxo de caixa de�citário, negativo, é um forte indicativo de que são necessárias ações sobre o capital de giro da empresa. É necessário
aumentar o capital de giro. 
Um �uxo de caixa superavitário, positivo, traz a necessidade de buscar investimentos líquidos e de curto prazo para esse capital, a �m de
rentabilizá-lo de alguma forma e maximizar os possíveis ganhos da operação. 
Um saldo negativo no �uxo de caixa pode indicar que é necessário reavaliar as despesas operacionais da companhia, renegociar prazos de
pagamentos a fornecedores e muitas outras ações inerentes a esse cenário. 
Analisar o �uxo de caixa permite desenhar estratégias para o crescimento da empresa ou para a reversão de situações negativas. 
Um saldo negativo no �uxo de caixa pode indicar diferenças entre os prazos de recebimentos (entrada de capital no �uxo de caixa) e de
pagamentos (saída de capital no �uxo de caixa). Para esse caso, planejar e reorganizar o capital de giro é importantíssimo. Ter reserva para
capital de giro é uma forma e�ciente de evitar problemas no �uxo de caixa. 
Outro indicador importante é que o �uxo de caixa ajuda a controlar a inadimplência. Por vezes, seus fornecimentos terão eventos de pagamentos
fracionados, por exemplo: 10% à vista e o restante em dez vezes sem juros.  
Projetar o �uxo de caixa futuro, de�nindo os pagamentos a serem recebidos e sua respectiva data, ajuda a controlar se o valor foi de fato
depositado na sua conta bancária. Caso não o tenha sido, facilita a tomada de ação para cobrança da quantia devida. 
Isso também vale para as dívidas adquiridas pela empresa e suas obrigações de pagamento com terceiros. Uma empresa não deve �car
inadimplente no mercado por uma série de razões, entre elas, sua análise de risco.  
A imagem que a empresa passa de ser boa ou má pagadora in�uencia diretamente na �exibilidade de pagamento para com fornecedores, por
exemplo. Um fornecedor pode se sentir mais ou menos à vontade para �exibilizar a forma de pagamento para sua empresa a depender da análise
de risco de crédito que ela tem.  
Existem empresas independentes que realizam essa avaliação com base em muitos fatores e provêm ao mercado um índice que é usado nessa
tomada de decisão.  
Com certeza, você evitaria �exibilizar as condições de pagamento e colocaria o máximo possível à vista se duvidasse da capacidade que seu
cliente tem de honrar os pagamentos futuros. 
O mesmo vale para tomada de crédito com bancos, ser mais ou menos inadimplente pode ser a diferença entre um crédito mais caro ou um
crédito mais barato, respectivamente.
Vamos Exercitar?
Está claro que é necessário ter uma boa gestão do �uxo de caixa, como também a importância de o fazer. No entanto, como fazer? 
O primeiro passo é sempre ter na ponta do lápis todo dinheiro que entra e sai do caixa da empresa, qual a origem e para qual uso foi destinado.   
Os principais itens que consideraremos neste exemplo, para �ns didáticos, são: recebimentos realizados, recebimentos em aberto, pagamentos
realizados e pagamentos em aberto. 
Imagine que você é proprietário de um depósito de construção. Vende muitos produtos, como vigas, ferragens, ferramentas e grades. É comum,
nesse ramo de mercado, que parte do pagamento seja realizada à vista pelo cliente e o restante seja parcelado. É comum também que você
pague parte à vista a um fornecedor de materiais e o restante seja parcelado. 
No período de 12 meses, você teve três principais clientes e dois principais fornecedores (desconsideraremos os clientes e fornecedores menores
nessa análise, mas, na prática, você deve considerá-los).  
Cliente 1: 
Uma compra total no ano: R$ 100.000,00. 
Data da compra: janeiro. 
Entrada: 50%. 
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Restante: cinco pagamentos iguais e consecutivos, iniciando em junho.  
Cliente 2: 
Duas compras no ano: R$ 30.000,00 cada uma. 
Primeira compra em abril e segunda compra em novembro. 
Ambas as compras com 25% de entrada. 
Restante integralmente pago no mês seguinte à compra.  
Cliente 3: 
Três compras no ano: R$ 25.000,00 cada uma. 
Primeira compra em fevereiro, segunda em agosto e terceira em outubro. 
Todas com 10% de entrada e o restante após 60 dias.  
Fornecedor 1: 
Você realizou uma compra no ano: R$ 120.000,00. 
Compra realizada em janeiro. 
Entrada de 50% à vista e restante em abril.  
Fornecedor 2: 
Você realizou uma compra no ano: R$ 20.000,00. 
Compra realizada em fevereiro. 
Entrada de 50% à vista e restante em abril.  
Esse �uxo pode ser desenhado de diversas formas, conforme exempli�cado nos Quadros 1 e 2. 
Bloco 1
FONTE JAN FEV MAR
CLIENTE 1          50.000,00    
CLIENTE 2      
CLIENTE 3            2.500,00  
FORNECEDOR 1 -       60.000,00    
FORNECEDOR 2   -     10.000,00  
TOTAL: -R$  10.000,00 -R$  7.500,00  R$ -  
Bloco 2
ABR MAI JUN
             10.000,00
           7.500,00          22.500,00  
         22.500,00    
-       60.000,00    
-       10.000,00    
-R$  40.000,00  R$   22.500,00  R$   10.000,00
Quadro 1 | Exemplo de modelo de �uxo de caixa: janeiro a junho. Fonte: elaborado pelo autor.Bloco 1
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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FONTE JUL AGO SET
CLIENTE 1          10.000,00          10.000,00          10.000,00
CLIENTE 2      
CLIENTE 3              2.500,00  
FORNECEDOR 1      
FORNECEDOR 2      
TOTAL:  R$   10.000,00  R$   12.500,00  R$   10.000,00
Bloco 2
OUT NOV DEZ
         10.000,00    
             7.500,00          22.500,00
         25.000,00            22.500,00
     
     
 R$   35.000,00  R$     7.500,00  R$   45.000,00
Quadro 2 | Exemplo de modelo de �uxo de caixa: julho a dezembro. Fonte: elaborado pelo autor.  
Analisando esse �uxo de caixa, pode-se notar alguns pontos principais: 
O início de ano da operação necessitará de capital de giro na ordem de R$ 67.500,00.  
Em outubro, acontecerão duas parcelas de pagamento do cliente 3, de compras distintas. 
Em abril, haverá dois grandes pagamentos a serem cumpridos, um para cada fornecedor. 
Os meses previstos para serem os mais positivos são outubro e dezembro. 
Percebeu? O desenho do �uxo de caixa possibilita uma previsão das tendências da operação no ano, uma espécie de “mapa”.
Saiba mais
As empresas de capital aberto em bolsa de valores têm a obrigação de divulgar seus balanços patrimoniais e outros documentos com
sazonalidade trimestral. Esses documentos são disponibilizados ao mercado de maneira on-line em suas páginas de Relação com Investidores
(RI). Disponibilizamos o link da página de RI do Banco Itaú como exemplo. Pesquise os documentos e procure enxergar os conceitos explicados
em aula, agora na prática. 
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
EQUIPE TOTVS. Balanço patrimonial: o que é, estrutura, como fazer e calcular. TOTVS, 2022. Disponível em:
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
EQUIPE TOTVS. DRE: o que é, importância, como fazer e como analisar. TOTVS, 2021. Disponível em: https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-
legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023. 
https://www.itau.com.br/relacoes-com-investidores/
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Aula 5
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Vídeo Aula Encerramento
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Neste vídeo, apresentaremos os principais conceitos abordados na Unidade 3. Temas, como �uxo de caixa, balanço patrimonial, resultado do
exercício e outros itens, são componentes fundamentais ao seu processo de aprendizagem técnico durante a preparação para a vida prática. Uma
vez assimilados, esses conceitos caminharão lado a lado com o desenvolvimento da sua carreira. 
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Nesta unidade, você aprendeu que, no mundo empresarial, é fundamental que as decisões sejam tomadas com base em dados,
buscando sempre a otimização de recursos e a maximização dos resultados, além da diminuição de chances de prejuízo. Isso porque as decisões
tomadas no mundo empresarial têm um efeito cascata, impactando diversas pessoas. 
Uma das formas de medir a saúde �nanceira de uma empresa é por meio dos indicadores �nanceiros. Eles ajudam a entender a “pressão arterial”
da operação e garantir que ela esteja em níveis adequados ao tamanho e à maturidade da empresa. Para isso, é fundamental compreender a
relação entre ativos e passivos. 
Os ativos são os bens e direitos que geram dinheiro para a empresa, como dinheiro em caixa, móveis, imóveis, maquinários, estoque de
mercadorias e direitos de recebimento. Já os passivos são as obrigações �nanceiras da empresa, como despesas, dívidas, obrigações para com
fornecedores e empréstimos. 
Todas essas informações devem estar presentes em um documento contábil chamado Balanço Patrimonial, que pautará a análise da saúde da
empresa e de sua situação �nanceira. 
Além disso, todo administrador precisa apurar o Resultado do Exercício para entender se sua operação foi lucrativa ou não, bem como o porquê
disso. O Resultado do Exercício é um compilado de rendas, custos, despesas e outros itens que mostram o nível de lucratividade ou prejuízo da
empresa em um período. Esse compilado é apresentado na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). 
Quando uma empresa é lucrativa e gera bons resultados, esse lucro se acumula no caixa da empresa, tornando-se o que chamamos de lucros
acumulados. Os lucros acumulados são o resultado da operação da companhia após o desconto dos dividendos destinados aos seus acionistas. 
Por �m, o �uxo de caixa é uma ferramenta essencial para controlar as entradas e saídas de capital do caixa da empresa, além de estimar a
necessidade de capital de giro futuro. Com o �uxo de caixa adequado, é possível manter as contas da empresa em dia, como as folhas de
pagamento, os impostos e os fornecedores. 
Compreender esses conceitos é fundamental para uma gestão �nanceira e�ciente e para garantir a saúde �nanceira da empresa. Por isso, é
importante estudar e aplicar esses conceitos na prática para obter resultados positivos.
É Hora de Praticar!
Para contextualizarmos sua aprendizagem, imagine que você é proprietário de um varejo de produtos pet com operação de rua, uma loja muito
conhecida. Você é muito organizado e anota absolutamente tudo. Tem um preciso controle de �uxo de caixa, sabe na ponta da língua os
resultados dos exercícios mensais e conhece muito bem seu balanço patrimonial. No entanto, você costuma fazer todo esse controle em um
caderno pessoal. 
Além de um nível de segurança muito frágil, agora você está conversando com uma grande companhia nacional do ramo pet e pode ser que eles
ofereçam um excelente preço pela sua empresa, o qual você estaria disposto a aceitar, pois seria capital su�ciente para prover tranquilidade a
você e sua família por muitos e muitos anos. 
Para continuarem com as conversas sobre uma possível venda da sua loja, a empresa solicita que sejam apresentados: DRE do 1T (primeiro
trimestre) com análise vertical e patrimônio líquido.  
Dados: 
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Imóveis: R$ 100.000,00. 
Estoque de mercadorias: R$ 25.000,00. 
Despesas: R$ 10.000,00/mês. 
Empréstimos: R$ 3.000,00/mês. 
Dinheiro em caixa no início do trimestre: R$ 10.000,00. 
Existe 10% de dedução sobre o valor bruto de venda advindo de ICMS. 
Despesas administrativas de R$ 150,00 por mês. 
Despesas �nanceiras de R$ 200,00 por mês. 
NÃO são pagas comissões. 
IRPJ + CSLL = 25%.  
Fluxo no trimestre (janeiro, fevereiro, março): 
Janeiro:  
Total de R$ 35.000,00 em vendas, sendo 50% à vista e o restante em duas vezes iguais nos dois meses seguintes. 
Total de R$ 15.000,00 em compras de fornecedores, pagos à vista integralmente, utilizados para suprir os fornecimentos desse próprio mês. 
Fevereiro:  
Total de R$ 15.000,00 em vendas, pagos à vista integralmente. 
Total de R$ 15.000,00 em compras de fornecedores, pagos à vista integralmente, utilizados para suprir os fornecimentos desse próprio mês.  
Março:  
Total de R$ 20.000,00 em vendas, pagos à vista integralmente.  
Total de R$ 5.000,00 em comprasde fornecedores, pagos à vista integralmente, utilizados para suprir os fornecimentos desse próprio mês.  
Com base nesses dados, elabore a DRE, incluindo a análise vertical, e calcule o patrimônio líquido no FINAL do trimestre da operação.
Desconsidere efeitos de in�ação e juros no período. Após, faça um relatório considerando os resultados para ser apresentado ao propenso
comprador.
 
Re�ita
Nesse estudo de caso, você experimentará uma situação real. Para calcular os índices de liquidez solicitados, atente-se ao que você precisa
encontrar (ativos, passivos etc.).  
O primeiro passo é ordenar pagamentos e recebimentos, desenhando um �uxo de caixa e construir a DRE.  
Atenção: 
A empresa já tem dinheiro em caixa no início do trimestre.  
O resultado do exercício deve ser considerado no cálculo do Patrimônio Líquido (se positivo, será ativo; se negativo, será passivo). 
Capriche na análise: seja pontual e organizado.  
Dica: utilize Excel para resolver esse problema
Olá estudante, chegamos ao encerramento da unidade!
Vamos realizar a experiência presencial que irá consolidar os conhecimentos adquiridos? É a oportunidade perfeita para aplicar, na prática, o que
foi aprendido em sua disciplina. Vamos transformar teoria em vivência e tornar esta etapa ainda mais signi�cativa. Não perca essa chance única
de colocar em prática o conhecimento adquirido.
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
EQUIPE TOTVS. Balanço patrimonial: o que é, estrutura, como fazer e calcular. TOTVS, 2022. Disponível em:
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
EQUIPE TOTVS. DRE: o que é, importância, como fazer e como analisar. TOTVS, 2021. Disponível em: https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-
legislacao/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.
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Unidade 4
APLICAÇÕES DE CONTABILIDADE DE CUSTOS
Aula 1
Contabilidade Aplicada
Videoaula: Contabilidade aplicada
https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
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https://www.totvs.com/blog/adequacao-a-legislacao/balanco-patrimonial/
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Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
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vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet.
Estudante, no vídeo desta aula, falaremos sobre os princípios da contabilidade e uma de suas principais aplicações: inventário. É comum não se
dar a devida atenção à construção de um inventário preciso, mas ele pode evitar muitos problemas no dia a dia empresarial. Exploraremos os
principais tópicos para que você entenda como isso funciona na prática. 
Ponto de Partida
Olá, estudante! Já abordamos os conceitos fundamentais da economia e discutimos a compreensão básica essencial da dinâmica empresarial.
Agora, avançaremos para aprofundar cada vez mais os aspectos especí�cos da dinâmica de custos e da formação de preços. Muitas vezes,
deixamos de re�etir sobre toda a estratégia necessária para analisar uma empresa durante o fornecimento de um produto ou serviço e sua
inserção no mercado. Devemos dedicar nosso tempo e nossa atenção aos aspectos relacionados ao processo de formação de preços, seleção
adequada de insumos e previsão de rendimentos e custos para alcançar uma operação e�ciente. 
Vamos Começar!
Até aqui, vimos que a Teoria da Firma utiliza a premissa de que as empresas sempre buscarão maximizar seus lucros, como também que existem
ferramentas importantes no acompanhamento da saúde �nanceira de uma empresa, como Balanço Patrimonial e DRE, que são excelentes peças
no processo de tomada de decisão empresarial.  
Agora, voltaremos nossos estudos para alguns dos principais itens da contabilidade, aplicados ao dia a dia da empresa. 
A Contabilidade é uma ciência que foca seus estudos no patrimônio da empresa, buscando praticar funções de orientação, controle e registro da
administração econômica da companhia. Sendo assim, controlando o patrimônio e suas alterações, a contabilidade nutri o processo de tomada
de decisão empresarial, fornecendo dados essenciais sobre a operação. 
Essas informações são tanto de natureza econômica (�uxos de receitas e despesas, lucros, prejuízos), que são itens que causam variações no
patrimônio líquido da empresa, quanto de natureza �nanceira (�uxo de caixa e capital de giro). 
As informações contábeis são utilizadas por pessoas físicas colaboradores da empresa e por outras empresas, bancos, clientes e, inclusive,
acionistas. 
Os proprietários de negócio se utilizarão dessas informações para conhecer a situação de seu próprio negócio; administradores se apoiarão
nesses dados para veri�car a execução de metas e a avaliação de desempenho; fornecedores e bancos procurarão conhecer o grau de
endividamento da companhia e a liquidez corrente, para decidirem se realizam um fornecimento com pagamentos mais fracionados ou proveem
crédito a uma taxa de juros maior ou menor; acionistas olharão a capacidade de geração de lucro do negócio, e por aí vai. 
Os dados contábeis são tão importantes que seu uso é extremamente �exível, sendo buscados por diversas pessoas vinculadas ao negócio, com
interesse nele.  
As partes interessadas no negócio também podem ser mencionadas pela expressão em inglês stakeholders, que signi�ca justamente partes
interessadas (fornecedores, clientes, investidores etc.). 
A Contabilidade é pautada em alguns princípios fundamentais, os quais são: 
Princípio da Entidade: o patrimônio dos sócios e acionistas deve ser completamente separado do patrimônio da empresa. 
Princípio da Continuidade: subentendimento de que a empresa batalha diariamente para sustentar sua existência e continuar suas
operações. Esse princípio é importante no momento de contrair crédito, por exemplo, pois o banco subentende que a empresa continuará
existindo e não sumirá com o capital adquirido. 
Princípio da Oportunidade: todas as variações conhecidas ocorridas no patrimônio da empresa devem ser devidamente registradas. 
Princípio do Registro pelo Valor Original: todos os bens patrimoniais devem ser registrados pelo seu valor original de compra, aquisição,
expressos pela moeda corrente no país. Caso sejam fruto de importação, deve ser realizada a equivalência cambial para registro na moeda
corrente do país onde a empresa está localizada. 
Princípio da Prudência: diante de duas alternativas igualmente válidas para quanti�cação da variação do patrimônio, deve-se optar pela de
menor valor para bens ou direitos e a de maior valor para obrigações. 
Princípio da Competência: todas as receitas e despesas devem ser contabilizadas na data em que foram geradas. 
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Esses princípios são o norte do controle patrimonial, da consolidação de balanço patrimonial e do controle de inventário.
Siga em Frente...
De modo muito direto, podemos dizer que os princípios contábeis garantem a precisão, a lisura e a objetividade das informações patrimoniais da
companhia.  
É muito importante que esses dados sejam �dedignos, pois a credibilidade da empresa é diretamente vinculada a eles. 
Na prática, o Princípio da Entidade nos diz que, se uma empresa opera no décimo andar de um prédio, pagaR$ 3.000,00 de aluguel e o seu
proprietário tem residência no décimo segundo andar do mesmo prédio, por exemplo, com aluguel de R$ 3.000,00, não podemos dizer que a
despesa da empresa com aluguel seja de R$ 6.000,00.  
Ambos os patrimônios devem ser completamente separados e independentes, o balanço e o �uxo de um não podem afetar o do outro. Isso é bom
tanto para a empresa quanto para o empresário. 
O Princípio da Continuidade nos garante a intenção de perenidade da operação. Uma empresa deve prezar pela contínua existência e melhoria de
sua operação e não utilizar de sua identidade para tomar vantagens ilícitas, como tomar crédito em um banco ou com um grupo de investidores e
sumir. Infelizmente, isso é algo que existe e devemos �car atentos sempre, pois essa prática pode con�gurar crime de estelionato. 
Já o Princípio da Oportunidade diz que, se o contador percebe a falta do recebimento de um comprovante referente a uma despesa conhecida, por
exemplo, consumo de energia elétrica, mas sabe que ela ocorreu, mesmo não tendo o documento comprovante no momento, ele registrará essa
despesa pelo valor do período anterior. Nesse caso, estamos considerando a mutação do patrimônio da empresa por um valor aproximado, porém
não podemos deixar de registrar o fato. Quando localizado o comprovante, deve-se realizar o ajuste do valor. 
O Princípio do Registro pelo Valor Original nos garante que a base de avaliação monetária será sempre a mesma moeda na data de aquisição do
bem. Isso é ótimo para itens que têm valorização ou desvalorização a mercado, como imóveis. Um imóvel deve �gurar no balanço sempre por seu
preço original de aquisição, independentemente das oscilações de seu valor de mercado.  
Quando o valor a mercado do bem é menor que o custo histórico, o valor pode ser ajustado para o valor de mercado, desde que se tenha certeza
de que não conseguirá reverter essa perda de valor no futuro. Já quando o valor a mercado do bem é maior que o custo histórico: a princípio, não
se pode antecipar lucros futuros, porém existe um instrumento, chamado tecnicamente de reavaliação, utilizado somente para bens tangíveis
operacionais. 
O Princípio da Prudência nos garante uma “margem de segurança” operacional, pois nos faz avaliar sempre a pior alternativa frente a duas
alternativas igualmente válidas de quanti�cação do patrimônio. Um bom exemplo são processos trabalhistas. Imagine que um colaborador
desligado resolve entrar com uma ação judicial solicitando indenização.  Não se sabe ao certo se a causa será ganhadora ou não, então o melhor
a fazer é já considerar essa possível despesa no patrimônio. Em caso de despesa, sempre considerar a maior; em caso de receita, sempre
considerar a menor. 
O Princípio da Competência nos traz o correto enfoque na fotogra�a do balanço, pois garante que a receita ou a despesa será contabilizada na
data em que ocorreu. Por exemplo, uma venda que seja concretizada e a nota �scal emitida em abril, mas que tenha os pagamentos fracionados
em junho, julho e agosto, deve constar no balanço integralmente em abril, pois foi quando fora fechada, independentemente de os recebimentos
se darem em outra data. 
Vamos Exercitar?
Tão importante quanto prover corretamente o entendimento de receitas, despesas e a�ns, é conhecer o que já se tem. Especialmente, empresas
que trabalham com estoques e ferramentas devem conhecer muito bem tudo que possuem, a �m de manter controle sobre esses ativos e evitar
desperdícios, furtos e depreciação avançada. 
Um inventário nada mais é que uma lista precisa de todos os bens e materiais que a empresa possui e que estão disponíveis em estoque, prontos
para uso a qualquer momento. É comum, em empresas que não possuem bom controle de inventário, existir redundância de custos. Por exemplo,
imagine que na sua empresa são necessários parafusos para �xação de uma máquina.  
Você realiza a compra com um fornecedor e, instantes após o pagamento, descobre que já possuía esses mesmos parafusos, que sobraram de
um fornecimento anterior, guardados em um determinado local. O mesmo item que já fora comprado e pago estava disponível, e você, por não
saber, comprou novamente. Isso é desperdício e deve ser evitado. 
Se você for o proprietário, isso acaba de diminuir potencialmente a sua margem de lucro com o projeto; se você for colaborador, acaba de contrair
a obrigação de explicar ao seu superior por que comprou algo que já existia no estoque da empresa. 
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Percebe-se o quanto é fundamental manter um bom controle de inventário em empresas que trabalham com bens que possuem data de validade.
Uma empresa fornecedora de laticínios, por exemplo, precisa de um controle de inventário preciso para evitar que seus produtos apodreçam e se
tornem descartáveis. 
Há de se considerar que os estoques têm seus custos, e manter um bom controle de inventário ajuda a entender bem esses custos.  
Caso sua empresa mantenha produtos em estoque dentro de suas próprias instalações, essa área não poderá ser produtiva, logo não poderá
conter maquinário nem pessoal trabalhando, pois estará ocupada por produtos já produzidos, que esperam escoamento.  
Já se sua empresa mantiver estoques em galpões terceirizados, haverá custo de aluguel desses galpões, e isso precisará ser contabilizado. 
Imagine agora que sua empresa mantém um controle de inventário não muito apurado, e você fecha o fornecimento de uma grande quantidade de
produtos. Pelo inventário que possui, apura que é possível realizar 50% da entrega em 30 dias, e o restante em 60 dias. Com o contrato já
assinado, você identi�ca que a informação advinda do inventário era imprecisa e, em 30 dias, você só tem capacidade de honrar 25% da entrega,
porque seu inventário acusava mais itens do que de fato existiam. Seu cliente não aceita a alteração, pois também tem prazos apertados, e te
lembra que, conforme o contrato que já foi assinado, há multas em caso de atraso.  
Graças a um inventário impreciso, você se encontra em uma situação delicada: ou comprar esses bens de um concorrente, tornando sua margem
de lucro muito próxima a zero ou até negativa, mas cumprir com o prazo acordado, ou atrasar o fornecimento da primeira parcela, realizar horas
extras, incremento de custos com mão de obra e �car malvisto por seu cliente. 
Nenhuma das duas alternativas é desejável. O desejável seria ter o inventário correto e antes de assinar o contrato projetar os prazos de entrega
factíveis. 
Saiba mais
Um inventário é essencial para a boa atividade empresarial e existem algumas formas de construí-lo. No material indicado a seguir, nas páginas
25 a 30, aprofunde-se nos métodos de inventário existentes, pois sua empresa pode utilizar mais de uma forma de controle.
 
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023. 
Aula 2
Contabilidade e suas classi�cações
Videoaula: Contabilidade e suas classi�cações
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https://www.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/37/2011/10/administracao_contabilidade_aplicada.pdf
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
Estudante, no vídeo desta aula, falaremos sobre os princípios da contabilidade e sobre adinâmica de custos e a formação de preços. Vamos
explorar os principais tópicos para que você entenda na prática como isso funciona. 
Ponto de Partida
Estudante, já adquirimos conhecimentos fundamentais sobre economia e temos compreensão básica da dinâmica empresarial. Agora,
aprofundaremos aspectos mais especí�cos sobre a dinâmica de custos e a formação de preços. É comum não considerarmos toda a estratégia
necessária para a análise de uma empresa ao fornecermos um produto ou serviço e inseri-lo no mercado. Devemos dedicar nosso tempo e
atenção na seleção correta de insumos, na previsão de rendimentos e nos custos e processo de formação de preços, a �m de garantir uma
operação e�ciente. Aspectos relativos ao processo de formação de preços, seleção correta de insumos e previsão de rendimentos e custos, por
vezes, devem ser donos de nosso tempo e atenção na busca por uma operação e�ciente.
Vamos Começar!
Como já mencionamos, ter uma boa contabilidade da sua empresa pode representar a diferença entre o sucesso e o fracasso da operação. A
contabilidade, no entanto, divide-se em mais de uma especialidade, conforme a necessidade, sendo: �nanceira, �scal, gerencial, de custos, rural,
pública, internacional e imobiliária. 
A contabilidade �nanceira tem como objetivo principal analisar informações e transações monetárias e conferir a exatidão dos números, visando
à produção de documentos, como balanços e balancetes. 
A contabilidade �scal foca seus estudos em entender o correto recolhimento de impostos e tributos, bem como a correta prestação de contas aos
órgãos governamentais competentes. Evitar multas e sanções estão entre os principais objetivos desta linha de contabilidade. 
Já a contabilidade gerencial objetiva que a empresa não apenas tenha uma boa gestão contábil e �scal mas também possa ampliar os resultados
com mais e�ciência.  
A importantíssima contabilidade de custos é voltada à análise e gestão de despesas. Ela procura por maneiras e�cazes de diminuir despesas e
otimizar a operação, auxilia o corpo diretivo da companhia a identi�car pontos de desperdício e de�nir ações para reduzir seus impactos e  auxilia
também na preci�cação, ao estudar valores cobrados por produtos e serviços e entender se estão condizentes com a realidade do mercado. 
A contabilidade rural, por sua vez, é dirigida às empresas que atuam no ramo rural, pois existe uma série de particularidades nesse meio, as quais
demandam especial atenção. 
O ramo da contabilidade pública é responsável por veri�car se as empresas estão em dia com os órgãos públicos, evitando erros em cadastros e
outros problemas que possam impactar o orçamento da companhia. 
A contabilidade internacional é o braço responsável por analisar, organizar e manter dentro da lei transações realizadas pela empresa com entes
de outros países. 
Por �m, a contabilidade imobiliária é voltada ao atendimento das necessidades de empresas do ramo de imóveis, para que atuem com mais
segurança e e�ciência. 
A escolha correta do tipo de contabilidade pode proporcionar a diminuição dos custos e melhorar muito o rendimento de um negócio. 
Muitas vezes, dentro de um certo nicho de mercado, em uma determinada atividade, você não terá poder de decisão sobre o preço de venda. Isso
dependerá de oferta, demanda e tantos outros fatores, como já vimos. 
O preço pode afetar a sua margem de lucro no negócio, e é um importantíssimo fator para se atentar, por diversas razões, no entanto, na maioria
das vezes, não estará sob o seu poder decidir se ele sobe ou desce. Portanto, é essencial focar muita atenção no que está sob o seu controle
direto: os custos. Por isso, a contabilidade de custos é uma ferramenta essencial ao bom funcionamento da companhia. 
Siga em Frente...
Gerir com qualidade os custos da operação é o início do sucesso. Tanto sucesso �nanceiro quanto operacional, pois o bom andamento de ambos
é correlacionado. 
Dentre todos os braços da contabilidade, talvez, a contabilidade de custos seja a mais importante de se conhecer com mais detalhes, pois os
custos podem e devem ser controlados de perto, eles estão sob o seu poder.  
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
É o ramo da contabilidade que realiza o agrupamento e a análise dos recursos que a empresa consome, identi�cando recursos subdivididos entre
departamentos, setores e a�ns, o que auxilia muito na tomada de decisões. 
Muito mais do que apenas em setores fabris, a contabilidade de custos, atualmente, está presente também em empresas de logística, �nanceiras,
agrícolas e, inclusive, no ramo governamental. 
Essa linha da contabilidade é muito importante, pois fornece informações cruciais à boa gestão empresarial.  
A contabilidade geral é responsável por prover o resultado global da empresa, enquanto a contabilidade de custos detalha esse resultado,
demonstrando-o produto a produto, setor a setor, de modo que a administração tenha o maior nível de detalhes possível. 
Um montante de capital indicado como lucro da operação pode ou não ser satisfatório, e quem nos dará essa resposta é a contabilidade de
custos. 
Acrescentar produtos à linha de fabricação? Excluir a fabricação de algum produto? O preço de venda está adequado ao lucro esperado? O custo
de fabricação está dentro do esperado pelo mercado para manter boa competitividade e qualidade? Existe algum produto causando prejuízo à
operação? É mais vantajoso realizar a produção de um determinado item utilizando maquinário próprio, subcontratando mão de obra ou
comprando o produto já industrializado de outro fornecedor? Essas são apenas algumas questões que uma boa contabilidade de custos ajuda a
responder em detalhes precisos, de modo a garantir a e�ciência da operação. 
A contabilidade de custos pode ser vista sob dois aspectos: 
Contábil: parte operacional, acúmulo de recursos consumidos e apuração de custos de estoque. 
Gerencial: análise da apuração de custos, emissão de relatórios de controle e suporte no processo de tomada de decisão. 
O aspecto contábil cuida, basicamente, da coleta de dados acerca de recursos consumidos, caracterizando-os como custos e despesas,
classi�cando-os de acordo com os respectivos departamentos e relacionando-os aos produtos para correta mensuração de estoques. 
Já o aspecto gerencial tem um viés muito mais prático, menos engessado do ponto de vista contábil, pois seu objetivo é suportar a tomada de
decisão da maneira mais precisa e sucinta possível.  
O controle é feito pelos relatórios empresariais que ponderam o orçado e o realizado, analisando variações e corrigindo desvios. 
Tão importante quanto planejar com antecedência a execução de um projeto é acompanhar de perto enquanto sua execução está em
andamento.  
A prática de comparar orçado e realizado é muito ampla, aplicável nas mais diferentes situações e indispensável à boa gestão de projetos e
processos. 
Vamos Exercitar?
Imagine que você é sócio-proprietário em um escritório de planejamento de casamentos muitíssimo conceituado na cidade do Rio de Janeiro.
Pode parecer simples, mas um casamento envolve diversas etapas, e ter um planejamento adequado é essencial. 
A sua área é responsável diretamente por acompanhar os clientes em suas �nanças, garantindo que não “trocarão as mãos pelos pés” e
absorverão dívidas que possam comprometer sua saúde �nanceira. 
Atualmente, você acompanha pessoalmente o casal Ricardo e Roberta (R&R), que estão preparando seu casamento com uma grande festa para
ambas as famílias, no total de 600 pessoas. Como se trata de um número elevado de convidados a comparar com a média de outros eventos da
mesma natureza, é normal que o acompanhamento seja realizado de modo bem próximo, em intervalos não muito distantes. 
Dentre as suas funções, está selecionar a melhor combinação de fornecedores para cada item, de modo que o valor inicialmente estimado para a
festa completa, estipulado por R&R, não seja excedido. O valor desejado de orçamento é de R$ 300.000,00. 
Existe um percentual padrão de margem de erro que vocêcostuma utilizar para projetar algum possível desvio entre orçado e realizado na casa de
20%. 
Foram iniciadas as cotações com três fornecedores para cada um dos itens: buffet da festa, aluguel de espaço para festa e decoração da festa. 
Você obteve as seguintes cotações: 
ITEM FORNECEDOR 1 FORNECEDOR 2 FORNECEDOR 3
BUFFET 90.000,00 84.000,00 87.000,00
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
ESPAÇO 100.000,00 110.000,00 115.000,00
DECORAÇÃO 18.000,00 15.000,00 18.000,00
Quadro 1 | Cotações. Fonte: elaborado pelo autor.
Todos os três atendem aos requisitos técnicos solicitados em projeto, tornando-se possível a combinação entre eles. Visando à otimização de
custos, optou-se por: 
ITEM FORNECEDOR VALOR NOMINAL
BUFFET 2 84.000,00
ESPAÇO 1 100.000,00
DECORAÇÃO 2 15.000,00
Quadro 2 | Opção pela otimização de custos. Fonte: elaborado pelo autor.
Nessa combinação, o custo total orçado �ca em: R$ 199.000,00 para esses três itens. Portanto, dentro do previsto. 
Considerando a margem de erro provisionada de 20% entre orçado e realizado, a �m de antever possíveis desvios de escopo, conclui-se que esse
projeto pode �car algo em torno de R$ 159.200,00 a R$ 238.800,00. 
Como todos os fornecedores atendem aos requisitos técnicos, essa prática poupou custos que seriam desnecessários, caso fosse escolhida
outra combinação entre os fornecedores, e dá segurança de que o realizado estará dentro do orçado. 
Durante a execução do projeto, é essencial anotar todos os custos e despesas e, após a �nalização do projeto, comparar orçado e realizado real,
de modo a veri�car o balanço �nal do projeto. Essa prática garante aprendizado, ganho de maturidade de projeto.  
Assim, futuramente, quando outros projetos similares forem fechados, você e sua equipe terão uma visão muito mais assertiva de possíveis
desvios de escopo e orçamento e poderão, antes do início do projeto, alertar ao cliente ou à sua diretoria e garantir um melhor alinhamento de
expectativas
Saiba mais
Conhecer os principais aspectos da contabilidade de custos é essencial para sua vida prática pro�ssional e o fará diferenciado frente aos demais,
além de garantir uma boa imagem perante sua clientela e sua diretoria. 
O material indicado a seguir tem um excelente conteúdo exclusivamente sobre contabilidade de custos. Vale a pena expandir os estudos!
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
SANTOS, M. A. dos. Contabilidade de custos. Salvador, BA: UFBA, 2018.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023
Aula 3
Contribuição
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28063/1/Contabilidade%20de%20Custos.pdf
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/
Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
CONTÁBEIS
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Estudante, no vídeo desta aula, falaremos sobre os princípios da formação de preços e sobre o impacto dos impostos nesse processo. É comum
não se dar a devida atenção à construção de um coe�ciente de venda preciso, mas ele pode evitar muitos problemas no dia a dia empresarial.
Exploraremos os principais tópicos, para que você entenda como isso funciona na prática. 
Ponto de Partida
Estudante, parabéns por já ter adquirido conceitos fundamentais de economia e dinâmica empresarial! Agora, vamos nos aprofundar em aspectos
especí�cos de custos e preços, que são cruciais para a análise empresarial. É comum negligenciarmos aspectos importantes, como formação de
preços, impostos e previsão de custos e receitas na busca por e�ciência. Esses aspectos devem ser donos de nosso tempo e atenção na busca
por uma operação e�ciente. Portanto, dedicaremos nosso tempo e nossa atenção a esses temas, para obtermos uma operação e�ciente. 
Vamos Começar!
Dentro de uma operação e�ciente e sadia, com boa saúde �nanceira, lucrativa, com certeza, existe um setor responsável pela formação correta de
preços de venda e que os executa com maestria. 
Fazer um bom preço de venda é fundamental para a competitividade da companhia e para a boa gestão do projeto.  
Tudo se inicia no processo de venda e, depois, é repassado às demais áreas da empresa. Realizar a correta preci�cação de seu produto ou
serviço, inclusive, maximizará a lucratividade do seu negócio. Custos �xos e variáveis, mão de obra, matéria-prima, impostos e tudo o mais que
englobará o processo produtivo e de fornecimento deverão ser considerados durante a formação de preço de venda, para que seu projeto seja
viável e sustentável. 
Existem pessoas que, devido à sua larga experiência em um determinado ramo, passam por subestimar a formação de preços realizada
analiticamente. Elas acreditam que têm potencial de preci�car um produto ou serviço apenas com base em seu feeling, expressão em inglês que
denota “percepção pessoal” nesse caso. Esse pensamento não é o ideal, pois ótimas oportunidades de maximização de margem de lucro e
aproveitamento de possíveis incentivos �scais podem passar despercebidas. 
Uma vez apurados todos os custos de produção, inclusive impostos, deverá ser adicionado um fator de majoração desse valor, a �m de
acrescentar o que representará as margens do projeto. 
Esse fator de majoração é o coe�ciente de venda, também chamado de mark-up. 
Algumas pessoas pensam que basta dobrar ou triplicar o valor dos custos de obtenção de um produto para se obter lucro. Nem sempre isso é
verdade, pois calcular e de�nir corretamente o quanto será majorado esse valor de custos é um diferencial competitivo importantíssimo para o
seu negócio.  
O mark-up nada mais é que essa majoração, calculada precisamente, de modo que a lucratividade de um fornecimento se torna previsível, e sua
competitividade se mantém atrativa ao mercado. 
Imagine que você é revendedor de óculos de sol. Você compra um lote de óculos de um fornecedor que conhece e vai revendê-lo ao seu público
consumidor, aos seus clientes. Você conseguiu uma boa negociação e comprou um lote de 1.000 peças por R$ 10.000,00, ou seja, você pagou R$
10,00 por peça. No momento de vender, obviamente, não os venderá por R$ 10,00, pois foi exatamente o preço que pagou, e se assim o �zer não
terá absolutamente nenhum lucro. Venderá por R$ 12,00? Essa diferença de R$ 2,00 é su�ciente para cobrir seus custos, seus impostos? Pode ser
que sim, pode ser que não, mas, no mundo empresarial, não há espaço para essa dúvida.  
Portanto, é imprescindível determinar o correto mark-up desse produto, a �m de garantir a lucratividade da sua empresa nesse projeto e nos
próximos.
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Um mark-up bem calculado cobrirá diversos aspectos relativos ao fornecimento.  
Além de garantir lucratividade e previsibilidade no fornecimento, o mark-up é uma ferramenta que ajudará você a posicionar corretamente sua
marca no mercado, manter a competitividade, equilibrar o negócio, in�uenciar o consumidor a comprar seu produto e melhorar seu volume de
vendas. Ele te ajuda a manter o equilíbrio do negócio, pois considera todos os custos �xos e variáveis e, assim, impede que seu caixa seja
impactado por despesas que devem ser cobertas pela venda. 
Sem o correto conhecimento do mark-up se torna muito mais incerto realizar ações, como promoções e descontos para venda em atacado.  
Quando uma empresa vende poucas unidadesde um mesmo produto, diz-se que realiza vendas de varejo; quando uma empresa vende muitas
unidades de um mesmo produto dentro de um mesmo fornecedor, diz-se que realiza vendas de atacado.  
Com certeza, você já ouviu aquele bordão de vendas de rua: “Um é cinco, três é dez”. Isso signi�ca que o vendedor está te dando uma unidade?
Claro que não! Signi�ca que ele preci�cou a unidade de seu produto (varejo) a um mark-up superior que o mark-up utilizado para a venda de três
unidades de uma só vez (atacado).  
O mark-up, portanto, garante o retorno �nanceiro mesmo em frente à variação de quantidades no fornecimento ou às oscilações nos custos de
produção. É uma ferramenta que pro�ssionaliza muito a operação empresarial. 
O índice mark-up pode ser um multiplicador (número maior que 1) ou um divisor (número menor que 1), o que determinará com qual das duas
dinâmicas trabalhar será a composição de custos. 
Quando a composição de custos operacionais de um certo produto for diferente da maioria, devemos utilizar o índice mark-up divisor (MKD). Já
quando a composição de custos operacionais for idêntica em todos os produtos ou serviços prestados, o mark-up multiplicador (MKM) é o mais
e�caz de se aplicar. 
As formulações são:  
Mark-up divisor (MKD): 
MKD = (100 – CTV) / 100  
Mark-up multiplicador (MKM): 
MKM = 100 / (100-CTV)  
É importante inferir que: 
MKM = 1 / MKD  
Sendo:  
CTV = Custo Total de Venda  
O CTV será a soma de frete, despesas administrativas, impostos e margem de lucro desejada. 
É importante dizer que o mark-up, tanto o multiplicador quanto o divisor, são fatores. Um número sem unidade, sem grandeza. É uma proporção.  
O mark-up é uma ferramenta muito versátil, aplicável aos mais diferentes tipos de empresas, dos mais diferentes segmentos. No entanto, é
importante dizer que existem particularidades.  
O mark-up é uma forma de raciocínio, não um conceito absoluto. Pode ser que você se encontre em um setor produtivo que utilize uma métrica
diferente de cálculo para o índice de preço de venda e você deverá se adaptar a essa realidade. 
É válido também dizer que o mark-up é uma estratégia útil para fatores previsíveis, como custos e impostos, mas existem fatos que podem
ocorrer durante um fornecimento que são impossíveis de prever durante a formação de preços, como greves, guerras, alterações tributárias
extraordinárias e outros fatores que, possivelmente, impactariam o resultado de seu fornecimento, mesmo com um mark-up muito bem
dimensionado. 
Vamos Exercitar?
Imagine que você é dono de uma loja de produtos pet com as mais variadas linhas de produtos. Você possui desde alimentos até medicamentos.
Todos os produtos de sua loja são comprados diretamente com o fabricante, portanto você tem bom ganho em escala ao comprar várias
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unidades. 
O ganho em escala é possível quando temos produtos ou serviços cujas despesas �xas para fornecimento de uma, duas ou dez unidades são
iguais e, portanto, ao fornecer mais de uma unidade, os custos �xos são diluídos, e isso resulta em um preço unitário mais baixo. 
Você está englobando à sua loja cinco novos produtos, os quais precisa preci�car corretamente antes de iniciar as vendas. Como a maioria dos
seus produtos possui custos operacionais diferentes, pois são produtos diferentes de fornecedores distintos, você está habituado a utilizar o
mark-up divisor. 
Você já de�niu a margem de lucro que deseja em cada um dos cinco novos produtos, bem como já tem os custos de frete para cada um e as
respectivas cargas tributárias. Sua planilha se inicia assim: 
Bloco 1
PRODUTO FRETE IMPOSTOS DESPESAS ADM
1 10,00% 15,00% 7,50%
2 12,00% 20,00% 7,50%
3 9,00% 18,00% 10,00%
4 8,00% 20,00% 12,50%
5 11,00% 20,00% 10,00%
Bloco 2
MARGEM DE LUCRO
20,00%
25,00%
30,00%
30,00%
20,00%
Quadro 1 | Dados dos produtos. Fonte: elaborado pelo autor. 
Feito isso, é necessário de�nir todos os CTVs, que serão as somas horizontais de cada linha. Por exemplo:  
CTV1 = 10 + 15 + 7,50 + 20 = 52,50%  
E assim por diante, �cando:   
Bloco 1
PRODUTO FRETE IMPOSTOS DESPESAS ADM
1 10,00% 15,00% 7,50%
2 12,00% 20,00% 7,50%
3 9,00% 18,00% 10,00%
4 8,00% 20,00% 12,50%
5 11,00% 20,00% 10,00%
Bloco 2
MARGEM DE LUCRO CTV
20,00% 52,50%
25,00% 64,50%
30,00% 67,00%
30,00% 70,50%
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20,00% 61,00%
Quadro 2 | Apuração Custo Total de Venda. Fonte: elaborado pelo autor. 
Agora, basta calcular todos os mark-ups divisores (MKD) para cada produto: 
PRODUTO CTV MKD
1 52,50% 0,48
2 64,50% 0,36
3 67,00% 0,33
4 70,50% 0,30
5 61,00% 0,39
Quadro 3 | Apuração de mark-ups divisores. Fonte: elaborado pelo autor. 
Encontrados todos os mark-ups divisores, agora é o momento de de�nir seu preço unitário (PU) de venda para cada um desses produtos.  
Para isso, você realizará a divisão do preço unitário pelo qual comprou os produtos dos fornecedores pelo mark-up divisor que acabou de
calcular.  
Bloco 1
PRODUTO CTV MKD PU COMPRA
1 52,50% 0,4750  R$ 50,00
2 64,50% 0,3550  R$ 55,00
3 67,00% 0,3300  R$ 40,00
4 70,50% 0,2950  R$ 30,00
5 61,00% 0,3900  R$ 35,00
Bloco 2
PU VENDA
 R$ 105,26
 R$ 154,93
 R$ 121,21
 R$ 101,69
 R$ 89,74
Quadro 4 | Apuração preço unitário de venda. Fonte elaborada pelo autor.
Resolvido!  
Você acaba de de�nir os preços unitários de venda de seus novos produtos, garantindo a previsibilidade de cobrimento de seus custos, as
obrigações tributárias e, ainda, tendo previsibilidade sobre a rentabilidade de cada venda.  
Você segue com o controle de seu negócio na palma da sua mão, e com isso alavanca suas vendas, gerando um ganho na escala das vendas.
Isso facilita muito a realização de promoções e outras ações de marketing para aumentar o volume de vendas. 
Saiba mais
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O mundo das vendas é fascinante! Estamos vendendo algo a todo tempo. Uma opinião, uma impressão, uma imagem. Tudo gira em torno da arte
da venda. Sugiro que você assista ao �lme Fome de Poder (2016), que conta a história do surgimento da rede de fast-food McDonald’s
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
SANTOS, M. A. dos. Contabilidade de custos. Salvador, BA: UFBA, 2018.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023.
Aula 4
Tomando a decisão mais e�ciente
Videoaula: Tomando a decisão mais e�ciente
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Caro estudante, no vídeo desta aula, falaremos sobre os princípios da formação de preços e sobre a importância de encontrar o ponto de
equilíbrio da sua operação. É comum não se dar a devida atenção à construção de um coe�ciente de venda preciso, mas ele pode evitar muitos
problemas no dia a dia empresarial. Exploraremos os principais tópicos, para que você entenda como isso funciona na prática. 
Ponto de Partida
Estudante, até o momento, abordamos os conceitos fundamentais da economia e tivemos uma compreensão básica da dinâmica empresarial.
Agora, estamos prontos para nos aprofundarmos em aspectos mais especí�cos, como a dinâmica de custos e a formação de preços. Embora,
muitas vezes, não percebamos, a estratégia é essencial para analisar uma empresa que fornece produtos ou serviços e colocá-los no mercado.
Devemos levar em consideração aspectos, como o processo deformação de preços, os impostos, a previsão de rendimentos e os custos, para
garantir uma operação e�ciente. Nosso objetivo é fornecer informações claras e práticas para que você possa aplicá-las em sua vida pro�ssional.
Continuaremos aprendendo juntos e exploraremos novos horizontes na economia e nos negócios. 
Vamos Começar!
Um processo decisório empresarial é composto por um conjunto de fatores. Não somente a análise isolada de um item mas também a
combinação de vários itens juntos compõem uma análise razoável de decisão empresarial. 
Decisões empresariais são processos delicados. Além de uma quantidade razoável de variáveis na entrada do problema, existe um universo de
variáveis muito maior na saída. Uma decisão empresarial tem potencial de impactar direta e indiretamente um número considerável de pessoas.
Uma decisão empresarial impacta a expansão ou não do negócio, bem como a manutenção dos empregos atuais e a possibilidade de maiores
contratações. Impacta na capacidade da empresa de comprar itens para sua produção, alimentando cadeias de fornecimento, e de honrar com
seus compromissos junto aos clientes. 
Para uma decisão ser tomada de modo acertado, é necessário conhecer diversos aspectos: práticos, técnicos e qualitativos. 
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Você, com certeza, se lembra de quando falamos sobre custo de oportunidade. Ele é o custo de deixar o dinheiro empenhado em uma alternativa
em comparação ao retorno que seria possível, caso fosse empenhado em outra aplicação. 
Tomamos muito por base a “taxa livre de risco” no mercado �nanceiro, a taxa SELIC, para realizar essa comparação. Ela é dita “livre de risco”, pois
o credor é o Tesouro Nacional, órgão da administração pública direta, vinculado ao Ministério da Economia e, por conseguinte, o mais seguro
pagador do mercado (supondo que o governo em questão seja �scalmente responsável). 
O país será o último integrante na �la de credores em um possível calote. 
Essa análise é útil para avaliar a viabilidade de inclusão de um produto no portfólio de vendas, pois nem sempre haverá a �exibilidade de preci�car
como for mais interessante.  
Muitas vezes, por já existir uma cadeia de fornecimento e concorrentes, um produto está previamente preci�cado.  
Imagine que, em sua cidade, um refrigerante de dois litros custe dez reais. Torna-se inviável para uma nova empresa vender esse mesmo produto
pelo dobro do preço, pois já existe um consenso no mercado acerca de seu valor. Com este raciocínio, é possível, utilizando os conceitos de mark-
up, evidenciar a margem de lucro esperada dentro de uma operação e compará-la a uma taxa mínima de atratividade, por exemplo, a SELIC. 
Por taxa mínima de atratividade, entenderemos a menor taxa de retorno esperada para o projeto, de modo a torná-lo interessante e para tornar
viável numericamente a alternativa de correr o risco de o colocar em prática. Esse combinado de conceitos provê a você, enquanto pro�ssional,
um arsenal poderosíssimo para interpretar questões recorrentes do dia a dia e o guiará durante o processo de tomada de decisão do modo mais
prático, direto e assertivo possível.  
Não basta dominar os conceitos pré-venda e o processo de venda, é necessário, antes de tudo, entender se a venda faz sentido ou não. Isso
melhora a e�cácia da operação e diminui as chances de prejuízo.
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Como, por vezes, a preci�cação de um produto ou serviço já é previamente estipulada pelo mercado, torna-se necessário entender qual a possível
margem de lucro pode ser obtida pela veiculação desse produto ou serviço no portfólio de fornecimento e qual a quantidade ideal de produção. 
Para entender a quantidade de fornecimento que fará com que sua operação atinja o ponto de equilíbrio, situação na qual não existe mais prejuízo
e o lucro é nulo, precisa-se primeiro compreender a relação de preço de venda à vista. 
A relação de preço de venda à vista é obtida, como vimos, pela multiplicação (ou divisão) do custo total de venda pelo seu respectivo mark-up.  
Quando nada for mencionado, pode-se inferir que o lucro mínimo esperado na operação seja a taxa livre de risco oferecida pelo mercado
�nanceiro, a taxa SELIC daquele momento. Isso não é uma convenção técnica, mas um bom entendimento advindo de bom senso. 
O cálculo do ponto de equilíbrio é muito importante, pois ele fornece uma meta ao projeto, ao fornecimento como um todo. Você pode imaginar
que seja necessário um certo nível de produção, mas, sem realizar esse cálculo, não haverá precisão. Você pode supor um número menor que o
necessário e, portanto, incorrer em prejuízo operacional, ou supor um número maior que o necessário e não contabilizar corretamente todo o lucro
obtido. 
Uma empresa com boa e�ciência precisa operar com base no seu ponto de equilíbrio, pois isso possibilita e facilita o investimento em novas
tecnologias, renovação e maquinário, o investimento em melhor quali�cação e capacitação de seus colaboradores, o ganho de market share
(espaço no mercado), maior e mais precisa distribuição de resultados e distribuição de dividendos. 
O ponto de equilíbrio (PE) é dado pelo quociente entre custos �xos totais (CFT) no numerador, dividido no denominador pelo resultado da
subtração entre preço de venda unitário (PVU) e custo unitário variável (CUV). A fórmula é:  
PE = CFT / (PVU-CUV)  
Essa expressão nos dá o ponto de equilíbrio em unidades físicas de produção, ou seja, nos dá a quantidade necessária de peças a serem
produzidas. 
Quando realizamos a subtração dos custos variáveis englobados no preço de venda, temos a chamada margem de contribuição. Ela é a parte do
preço de venda excluídos os custos variáveis, cujo destino é cobrir os custos �xos e, ainda, gerar lucro para a empresa. 
No entanto, também podemos expressar o ponto de equilíbrio monetariamente, de modo que obtenhamos o volume total de vendas necessário
para que aquele fornecimento não gere prejuízos.  
O ponto de equilíbrio pelo viés monetário é dado pela expressão:  
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PE = CFT / (1 – C)  
Sendo: 
C = CV / PV 
CV = Custos variáveis 
PC = Preço de venda  
Também, é possível veri�car o valor monetário relativo ao ponto de equilíbrio calculando-se a quantidade de fornecimento necessária e
multiplicando-a pelo preço de venda unitário, obtendo-se, assim, o volume �nanceiro mínimo de vendas necessário. 
Vamos Exercitar?
Agora é o momento de descobrir a quantidade referente ao ponto de equilíbrio em um fornecimento. 
Retomando o exemplo da última aula, voltemos nossa atenção à nossa loja de produtos pet. Nós calculamos o preço de venda dos cinco novos
produtos integrantes do portfólio, todavia não determinamos qual é a quantidade necessária de fornecimento em cada um deles, de modo que a
operação entre em equilíbrio e, portanto, permaneça saudável. 
No exemplo, a situação inicial era: 
Bloco 1
PRODUTO FRETE IMPOSTOS DESPESAS ADM
1 10,00% 15,00% 7,50%
2 12,00% 20,00% 7,50%
3 9,00% 18,00% 10,00%
4 8,00% 20,00% 12,50%
5 11,00% 20,00% 10,00%
Bloco 2
MARGEM DE LUCRO CTV
20,00% 52,50%
25,00% 64,50%
30,00% 67,00%
30,00% 70,50%
20,00% 61,00%
Quadro 1 | Dados dos produtos do portfólio. Fonte: elaborado pelo autor.  
Foram calculados mark-ups e determinados os preços unitários de venda: 
Bloco 1
PRODUTO CTV MKD PU COMPRA
1 52,50% 0,4750  R$ 50,00
2 64,50% 0,3550  R$ 55,00
3 67,00% 0,3300  R$ 40,00
4 70,50% 0,2950  R$ 30,00
5 61,00% 0,3900  R$ 35,00
Bloco 2
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PU VENDA
 R$ 105,26
 R$ 154,93
 R$ 121,21
 R$ 101,69
 R$ 89,74
Quadro 2 | Dados dos produtos com cálculos de mark-up e preço unitário. Fonte: elaborado pelo autor. 
Não basta saber por quanto vender, é preciso saber qual a quantidade a ser vendida. Para isso, você completou o Quadro 3 com os respectivos
custos �xos totais e custos unitários variáveis de cada produto, conforme suas medições e estimativas,que indicavam custos variáveis em torno
de 10% em relação aos custos totais.  
Bloco 1
PRODUTO PU VENDA CFT CUV
1  R$ 105,26  R$ 5.500,00  R$ 10,53
2  R$ 154,93  R$ 6.000,00  R$ 15,49
3  R$ 121,21  R$ 5.000,00  R$ 12,12
4  R$ 101,69  R$ 7.000,00  R$ 10,17
5  R$ 89,74  R$ 10.000,00  R$ 8,97
Bloco 2
PUV
 R$ 105,26
 R$ 154,93
 R$ 121,21
 R$ 101,69
 R$ 89,74
Quadro 3 | Dados dos produtos do portfólio. Fonte: elaborado pelo autor.
Uma vez tudo anotado, organizado, é momento de aplicar o conceito matemático do ponto de equilíbrio (PE): 
PE = CFT / (PVU-CUV)
Resultando:
PRODUTO PE
1 58,06
2 43,03
3 45,83
4 76,48
5 123,81
Quadro 4 | Ponto de equilíbrio. Fonte: elaborado pelo autor.
Como estamos falando de quantidade de fornecimento, números “quebrados”, com casas decimais, não representam a melhor resposta.  
Devemos arredondá-los para cima, de modo a determinar as respectivas quantidades para os pontos de equilíbrio em cada produto:  
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PRODUTO PE
1 59
2 44
3 46
4 77
5 124
Quadro 5 | Ponto de equilíbrio ajustado. Fonte elaborada pelo autor.
Agora, é possível a você, que administra esse negócio, enxergar qual a quantidade de cada novo produto que precisa vender, de modo que eles
realmente sejam lucrativos para o negócio. Isso também é uma excelente ferramenta de gestão, pois esses dados serão a base para a
determinação de metas e objetivos da sua equipe de vendas.  
Isso pauta tecnicamente a sua orientação e a torna crível, explicável, justi�cável, com sentido. Antes mesmo que sua equipe de vendas questione
o porquê da meta, é ideal que você mostre de antemão sua capacidade e seu conhecimento técnico, pois isso ajudará que ela se sinta parte da
solução e busque por essas métricas de modo genuíno, con�ando na sua orientação.  
Saiba mais
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma organização fantástica, a qual provê excelentes conteúdos de
aprendizagem e orientação. Caso tenha curiosidade e queira se aprofundar nas questões de preci�cação e de�nição de ponto de equilíbrio, você
pode veri�car o material Como formar o preço de venda.
Referências
CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018. 
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
RESENDE, J. F. B. (org.). Como elaborar o preço de venda. Belo Horizonte, MG: Sebrae/MG, 2013.  
SANTOS, M. A. dos. Contabilidade de custos. Salvador, BA: UFBA, 2018.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023. 
Aula 5
APLICAÇÕES DE CONTABILIDADE DE CUSTOS
Vídeo Aula Encerramento
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Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os
vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet.
https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/MT/BIS/como%20formar%20o%20pre%C3%A7o%20de%20venda.pdf
https://sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/MT/BIS/como%20formar%20o%20pre%c3%a7o%20de%20venda.pdf
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Disciplina
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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Neste vídeo, apresentaremos os principais conceitos abordados na Unidade 4. Temas, como mark-up multiplicador, mark-up divisor, preci�cação,
ponto de equilíbrio e a�ns, são componentes fundamentais ao seu processo de aprendizagem técnico durante a preparação para a vida prática.
Uma vez assimilados, esses conceitos caminharão lado a lado com o desenvolvimento da sua carreira. 
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Nesta unidade, você aprendeu que, no mundo empresarial, decisões são baseadas em dados e visam otimizar recursos, maximizar
resultados e minimizar prejuízos. Tomar decisões corretas e e�cazes no ramo empresarial tem um efeito cascata, impactando positiva ou
negativamente diversas pessoas. O correto entendimento dos “porquês” que baseiam determinadas decisões também é um ponto fundamental
para o seu crescimento enquanto pro�ssional. 
A contabilidade é uma ciência que se concentra no patrimônio da empresa, registrando, controlando e orientando a administração econômica
dela. Utilizando o controle patrimonial, a contabilidade fornece informações vitais para a tomada de decisão empresarial, incluindo dados
econômicos (�uxos de receitas e despesas, lucros e prejuízos) e �nanceiros (�uxo de caixa e capital de giro). 
A contabilidade se baseia em princípios fundamentais, como o da Entidade, que separa completamente o patrimônio dos sócios e acionistas do
patrimônio da empresa. O Princípio da Continuidade implica que a empresa busca continuamente manter suas operações, enquanto o Princípio
da Oportunidade exige o registro de todas as variações patrimoniais. O Princípio do Registro pelo Valor Original estabelece que todos os bens
patrimoniais devem ser registrados pelo seu valor original de compra ou aquisição, enquanto o Princípio da Prudência exige que, diante de duas
alternativas igualmente válidas para quanti�car a variação do patrimônio, deve-se optar pela de menor valor para bens ou direitos e a de maior
valor para obrigações. Finalmente, o Princípio da Competência exige que todas as receitas e despesas sejam contabilizadas na data em que
foram geradas. 
A contabilidade de custos é importante para a análise e gestão de despesas, buscando maneiras e�cazes de reduzir custos e otimizar a operação.
Auxilia a equipe diretiva a identi�car pontos de desperdício e de�nir ações para reduzir seus impactos, além de auxiliar na preci�cação correta dos
produtos e serviços vendidos. A formulação correta do mark-up garante a lucratividade da operação de forma perene e longeva. 
Em resumo, a contabilidade é fundamental para a tomada de decisões empresariais baseadas em dados e para a gestão �nanceira adequada da
empresa. Conhecendo seus princípios e utilizando técnicas adequadas, os gestores podem otimizar recursos, maximizar resultados e minimizar
prejuízos, impactando positivamente diversos setores da empresa e da sociedade em geral.
É Hora de Praticar!
Para contextualizarmos sua aprendizagem, imagine que você é proprietário de um açougue em uma cidade do interior do estado do Mato Grosso.
Você vende apenas três tipos de cortes bovinos (picanha, alcatra e contra�lé) e seus produtos são muito apreciados pela comunidade local. Seu
negócio é antigo, todos o conhecem e entendem a ótima qualidade do seu produto. 
Os cortes são vendidos de uma única maneira: em sacos de 1 kg cada. O cliente só consegue comprar múltiplos de 1 kg, ou seja, 1 kg, 2 kg, 10 kg,
50 kg, e assim por diante. Não são vendidas frações. 
Você é muito organizado com seus dados �nanceiros e tem tudo no Quadro 1:  
Quadro 1 | Dados �nanceiros dos produtos principais. Fonte: elaborado pelo autor.  
ITEM PICANHA ALCATRA CONTRAFILÉ
FRETE 10% 10% 10%
IMPOSTOS 20% 20% 20%
DESPESAS ADM 10% 8% 10%
MARGEM DE
LUCRO 30% 35% 40%
PU COMPRA R$ 25 R$ 30 R$ 40
CUSTO FIXO
TOTAL MENSAL R$ 5000 R$ 6000 R$ 5500
No entanto, a parte da planilha que continha o mark-up divisor utilizado, os preços unitários de venda e os pontos de equilíbrio de cada produto se
perdeu, pois seu �lho deletou sem querer. Além disso, você �cou sabendo que, por ocasião do mercado agrícola, haverá uma onda de desemprego
na região. Será necessário prover um ajuste no seu ponto de equilíbrio, a �m de cobrir uma possível inadimplência, estimada em 10% de
acréscimo. 
Diante disso, recalcule os preços unitários de cada produto, seus respectivos mark-ups divisores, seus preços unitários de venda, os pontos de
equilíbrio originais e os pontoshttps://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf
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Dizemos, portanto, neste cenário, que é um mercado competitivo.
Não existe apenas um único fornecedor para aquela determinada mercadoria dentro daquele setor, porém diversos. Tantos que um deles sozinho
não tem poder de in�uenciar a de�nição do preço de venda.
O mercado do trigo é um exemplo, pois neste setor existem milhares de fornecedores, o que torna impossível que um deles, agindo isoladamente,
consiga ditar o preço de venda.
Podemos concluir que um mercado é o encontro de compradores e vendedores que, dentro de seus setores, de�nirão por intermédio de suas
interações o preço justo de negociação para determinada mercadoria ou serviço.
Mercados competitivos são excelentes instrumentos para de�nição de preço.
No seu cotidiano de trabalho, caso esteja em uma área comercial ou de compras, frequentemente, precisará lidar com orçamentos e cotações.
Nesta tarefa, perceberá a importância da competição entre fornecedores. Quanto mais fornecedores em um determinado setor, maior tende a ser
o nível de tecnologia empregado na produção, de modo a diminuir os custos de produção ou diferenciar a solução oferecida.
Em um mercado que não seja perfeitamente competitivo, empresas diferentes poderão ofertar preços distintos para o mesmo produto ou serviço.
Isso pode acontecer, pois uma empresa quer ganhar market share (fatia de mercado) diminuindo seu preço ou porque os clientes são muito leais
a uma determinada marca.
O preço da maioria das mercadorias oscila de um fornecedor para outro, de uma cidade para a outra, não sendo possível determinar um preço de
mercado.
Um mercado de ações é um bom exemplo de mercado no qual é possível determinar um preço de mercado, dada a alta competitividade (muitos
compradores e vendedores).
De modo semelhante, o mercado de commodities (produtos comuns), como soja, trigo, café, petróleo e ouro, também possui preços de mercado
bem estabelecidos, com pouca variação conforme o fornecedor ou a localização geográ�ca.
Siga em Frente...
O modelo da oferta e demanda é um instrumento-chave da microeconomia que auxilia na explicação dos mecanismos de mercado.
Esse modelo, basicamente, explica como uma maior ou menor demanda interage com uma maior ou menor oferta de determinado bem ou
serviço, resultando em um preço maior ou menor.
Quanto maior o número de pessoas dispostas a comprar um bem, mais propensão de maior valor tem este item para uma mesma quantidade de
fornecedores.
Imagine que você é fornecedor de uma determinada mercadoria muito requisitada e possui apenas um concorrente. Naturalmente, você tende a
aumentar o preço de venda, pois as pessoas seguirão comprando e não existe concorrência su�ciente para diminuir o tamanho da sua clientela,
logo a maximização dos seus lucros poderá ser uma realidade. Quanto menor o número de pessoas dispostas a comprar um bem, menor tende a
ser seu preço para uma mesma quantidade de fornecedores.
Todavia, imagine que você continua sendo fornecedor daquela certa mercadoria, mas agora possui uma centena de concorrentes localizados
próximo a você. Para manter a sua clientela, será necessário que você pratique preços mais baixos, pois, caso contrário, poderá perder vendas.
Quanto maior o número de fornecedores dispostos a vender um bem, menor o preço para uma mesma quantidade de compradores. Quanto
menor o número de fornecedores dispostos a vender um bem, maior o preço para uma mesma quantidade de compradores.
No lado da oferta, quanto maior for o preço, maior será a capacidade e a disposição das empresas em produzir e vender. No lado da demanda,
quanto menor for o preço, maior será a capacidade e a disposição em consumir e comprar. Portanto, temos aqui duas grandezas inversamente
proporcionais.
Em um mercado livre, a tendência é que as variáveis de oferta e demanda caminhem para um ponto comum, um ponto de equilíbrio, no qual a
oferta disponível supra a demanda e as condições de preço sejam satisfatórias tanto para quem vende quanto para quem compra.
Uma vez encontrado esse ponto de equilíbrio, toda situação que se encontrar abaixo dele de�nirá uma situação de escassez, e toda situação que
se encontrar acima dele de�nirá uma situação de excesso.
É correto, portanto, dizer que a demanda por uma mercadoria depende da renda do consumidor, do preço de outras mercadorias (equivalentes) e
do preço da mercadoria em si. Já a oferta depende do preço de mercado daquele determinado bem e dos seus custos de produção.
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Mas, quanto uma variação para cima ou para baixo no preço pode aumentar ou diminuir a oferta ou a demanda? Isso dependerá de produto para
produto e mercado para mercado.
O nome dessa variação é elasticidade.
Para assimilar toda essa dinâmica de modo mais lúdico, imagine um mercado de frutas com boa circulação de pessoas compradoras. Se houver
apenas um fornecedor de morangos, por exemplo, este item tende a ser mais caro do que em um cenário no qual haja dez fornecedores de
morango.
Faça a experiência, visite um mercado na sua cidade por alguns dias consecutivos e compare os preços, tomando por base o �uxo de pessoas
compradoras e a presença de mais ou menos concorrentes para determinada mercadoria.
Vamos Exercitar?
Talvez, o melhor exemplo de mercado competitivo, organizado, com boa oferta de produtos, transparência, muitos compradores e concorrência
clara seja a bolsa de valores.
As bolsas de valores são mercados, nos quais se negociam ações de empresas com capital aberto. Ações são a menor fração divisível de uma
empresa, semelhante a um único tijolo de uma casa.
Essas ações podem ser de posse dos proprietários da empresa em sua totalidade ou estarem disponíveis para negociação de investidores
terceiros, que podem nem trabalhar lá.
Caso as ações da empresa estejam disponíveis para negociações diárias entre investidores terceiros, dizemos que o capital da empresa é aberto
(para negociação).
Para garantir que essas negociações sejam transparentes, idôneas e justas, existem as bolsas de valores, que são empresas responsáveis pela
intermediação de negócios entre compradores e vendedores de ações e outros títulos mobiliários.
A primeira bolsa de valores surgiu em Bruges, na Bélgica, no ano de 1487. Comerciantes da época se juntavam na casa do senhor Van der Burse,
cujo brasão da família era o desenho de três bolsas, para negociarem moedas e metais preciosos. Daí surgiu o nome “bolsa de valores”.
As empresas são atraídas para abrir capital (ceder uma parcela de suas ações para negociação em bolsa de valores) por diversas razões.
A mais primária e, talvez, a principal delas seja a captação de recursos para �nanciamento de suas atividades.
Abrir capital é vender uma parte da empresa para “o mercado” e colocar esse dinheiro no bolso. Dinheiro este que pode ser usado para diversas
�nalidades, majoritariamente, aumento da capacidade produtiva e melhoria de processos para aumentar a expectativa de lucros futuros.
Esse aumento da expectativa de lucros futuros é o que atrai investidores para negociar os “papéis” (ações) da empresa.
Um investidor busca algo que possa se valorizar com o tempo para aumentar seu patrimônio. Uma empresa é avaliada, basicamente, pela sua
capacidade de geração de lucro. Quanto maior for essa capacidade, maior a possibilidade de ocorrer a valorização de suas ações.
Uma empresa bem estruturada e com boas perspectivas futuras oportuniza atrair mais investidores compradores do que vendedores, e isso
causará uma valorização no valor das ações.
Caso haja algum imprevisto, alguma condição desfavorável da economia como um todo, e a perspectiva de crescimento futuro da empresa seja
afetada, os investidores inclinam-se a vender suas ações, o que causará uma desvalorização dos papéis, pois haverá mais vendedores do que
compradores. Isso é a aplicação mais pura e prática da lei de oferta e demanda.
No entanto, sabemos que nada é perfeito.de equilíbrio ajustados à inadimplência prevista. 
Dado: os custos unitários variáveis são 12% do preço unitário de venda para picanha, 15% do preço unitário de venda para alcatra e 21% do preço
unitário de venda para contra�lé.
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Estudante!  
Nesse estudo de caso, você experimentará uma situação real. É esperado que você entenda o porquê é prático considerar um certo grau de
inadimplência no seu negócio e, principalmente, aprenda a antevê-lo e se planejar antecipadamente, para não ter surpresas.
Olá estudante, chegamos ao encerramento da unidade!
Vamos realizar a experiência presencial que irá consolidar os conhecimentos adquiridos? É a oportunidade perfeita para aplicar, na prática, o que
foi aprendido em sua disciplina. Vamos transformar teoria em vivência e tornar esta etapa ainda mais signi�cativa. Não perca essa chance única
de colocar em prática o conhecimento adquirido.
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CARLOS, A. et al. Economia empresarial. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2018.  
MARION, J. C. Contabilidade básica. São Paulo, SP: Atlas, 2009.  
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São
Paulo, SP: Atlas, 2013.  
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013.  
RESENDE, J. F. B. (org.). Como elaborar o preço de venda. Belo Horizonte, MG: Sebrae/MG, 2013.  
SANTOS, M. A. dos. Contabilidade de custos. Salvador, BA: UFBA, 2018.  
TORRES, V. Balanço Patrimonial: o que é? Saiba como fazer e exemplos. Contabilizei, 2022. Disponível em:
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/. Acesso em: 22 mar. 2023. 
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/É possível ocorrer uma falha de mercado em todo esse sistema.
Imagine que uma empresa de capital aberto fará uma fusão com outra gigante do mesmo setor, e isso quadruplicará a expectativa de lucro da
empresa. Naturalmente, quando essa informação for divulgada, a tendência é que a quantidade de investidores buscando comprar ações dessa
empresa cresça consideravelmente.
Existem casos em que pessoas com informações privilegiadas compram ações dessa empresa antes das informações se tornarem públicas, com
o objetivo de lucrar com a valorização das ações. Isso é um crime conhecido como “insider trading”, que, no Brasil, é investigado pela Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) e prevê pena de reclusão, que pode variar de um a cinco anos, bem como pagamento de multa de até três vezes o
montante da vantagem ilícita obtida em decorrência do crime. 
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Saiba mais
O Conselho Federal de Economia (COFECON) é uma autarquia com sede em Brasília/DF e é o órgão responsável pela �scalização dos
economistas brasileiros. Seu portal na internet é rico em conteúdos educacionais relevantes, dentre os quais podemos ressaltar a Revista
Economistas. Con�ra!
Referências
ALVES, J. Capitalismo. Educa Mais Brasil, 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo. Acesso em: 20
mar. 2023.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm. Acesso em: 20 mar. 2023.
BRASIL. Origem do dinheiro. Casa da Moeda, 2023. Disponível em: https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-
dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como. Acesso em: 20 mar. 2023.
BRASIL. Portal do Investidor. Disponível em: https://www.gov.br/investidor/pt-br. Acesso em: 20 mar. 2023.
MOTTA, A. de M.; REBOLLAR, P. B. M. História Econômica. Palhoça, SC: Unisul, 2015. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Editora Pearson Education do Brasil, 2013.
Aula 3
Curvas de Oferta e Demanda
Videoaula: Curvas de oferta e demanda
Este conteúdo é um vídeo!
Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os
vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet.
No vídeo desta aula, abordaremos os principais conceitos relacionados às curvas de oferta e demanda e como isso é visto durante um processo
de tomada de decisão de produção.
Ponto de Partida
Caro estudante! Agora, aprofundaremos um pouco mais a relação entre oferta e demanda.
Essa relação permeia nossa vida em quase todos os aspectos e, no dia a dia do trabalho, não será diferente. Você pode trabalhar em um setor de
produção ou comercial, em uma indústria naval ou de alimentos, mas, em algum momento, durante sua jornada, verá que é essencial dominar a
relação entre oferta e demanda para interpretar situações que poderá enfrentar.
Você pode, ainda, aplicar esses conceitos na sua vida pessoal, ao preparar uma viagem, um casamento, uma reforma ou uma construção. Para
tudo que você precisar de insumos, ter a visão sistêmica da relação entre oferta e demanda tornará suas análises mais precisas e e�cientes. 
Vamos Começar!
O modelo de oferta e demanda, instrumento básico no entendimento da microeconomia como um todo, ajuda-nos a entender por que os preços
variam e o que acontece quando o mercado sofre uma intervenção externa, por exemplo, governamental.
https://www.cofecon.org.br/revistas-de-economia/
https://www.cofecon.org.br/revistas-de-economia/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.gov.br/investidor/pt-br
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf
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O modelo de oferta e demanda combina duas ferramentas: curva de oferta e curva de demanda. Seu entendimento é essencial para situações
práticas do dia a dia e para estudos mais aprofundados sobre microeconomia.
A curva de oferta ilustra a quantidade de mercadoria que os fornecedores estão dispostos a prover por um determinado preço. É importante
ressaltar que existe uma premissa: todos os fatores que possam alterar a quantidade ofertada são considerados constantes.
O eixo vertical da curva de oferta representa o preço praticado, e o eixo horizontal representa a quantidade demandada.
A curva de oferta é uma curva ascendente, ou seja, quanto maior o preço de venda de determinada mercadoria, maior a capacidade e a disposição
das empresas em produzir e ofertar esse bem.
O preço mais alto na curva de oferta possibilita que as empresas gerem mais empregos, contratem mais trabalhadores, visando expandir a
produção e maximizar sua receita.
Há também a possibilidade de que não aumente a quantidade de empregos gerados, mas sejam demandadas horas de trabalho extras,
melhorando a remuneração dos trabalhadores.
A quantidade ofertada não depende única e exclusivamente do preço de venda do produto mas também de fatores, como custos de produção,
salários, encargos tributários, taxas de juros e custos de matéria-prima.
Já a curva de demanda nos demonstra quanto os consumidores estão dispostos a pagar por cada unidade da mercadoria. É importante ressaltar
que, aqui, existe também uma premissa: todos os fatores que possam alterar a quantidade demandada são considerados constantes.
O eixo vertical da curva de demanda representa o preço praticado, e o eixo horizontal representa a quantidade comprada.
A curva de demanda é uma curva descendente, ou seja, quanto menor o preço de venda de uma determinada mercadoria, maior a capacidade e a
disposição dos consumidores em adquirir o produto.
A quantidade demandada pode e irá variar conforme a renda do indivíduo.
Com uma maior renda disponível, os consumidores tendem a consumir mais de determinados produtos. A maioria dos consumidores pode e vai
aumentar seu consumo de uma determinada mercadoria caso sua renda suba.
É importante se atentar aos bens substitutos e complementares, quando falamos de demanda.
Caso em que os produtos relacionados apresentem mudança de preço, a tendência é que isso afete a demanda.
Bens são substitutos quando uma variação positiva no preço de um deles produz um aumento na quantidade demandada por outro. Imagine que
você gosta de carne de boi e esta sofre um aumento de preço, aumento este que a carne de frango não sofreu. Automaticamente, a tendência é
que você substitua o consumo da carne de boi pela carne de frango. Como o aumento de preços na carne de boi fez a quantidade demandada de
carne de frango subir, ambos são considerados produtos substitutos.
Já bens complementares são aqueles que, quando um sofre aumento de preços, a quantidade demandada pelo outro cai. Um exemplo de bens
complementares são gasolina e automóveis. Como são usados em conjunto, o decréscimo no preço da gasolina tende a aumentar a quantidade
demandada por automóveis.
Siga em Frente...
Ao falarmos em curvas de oferta e demanda, devemos ter em mente a teoria, mas, como analisar isso na prática?
O entendimento do conceito de oferta, demanda e suas curvas é fundamental para interpretarmos a realidade ao nosso redor, para nossos
projetos pessoais ou para nossos projetos pro�ssionais, posicionarmo-nos da melhor forma.
Recentemente, o mundo passou pelo choque da pandemiada Covid-19. Diversos países decretaram seus lockdowns, e as pessoas �caram
con�nadas em suas casas. Devemos nos lembrar que uma economia é movida por pessoas; a produção de bens e serviços depende da presença
das pessoas em muitos ramos. Se um operador de máquinas não pode se deslocar até a máquina, esta �ca sem produzir, por exemplo.
No início do ano de 2020, o vírus começou a se espalhar pelo mundo, as economias foram “fechando”, as pessoas �cando em casa e, por
consequência, os produtos que dependiam, por exemplo, de um operador de máquinas, tiveram sua quantidade de produção reduzida.
Diversas pessoas perderam seus empregos durante a pandemia, por diversas razões.
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Diversas empresas que dependiam de insumos do mercado externo �caram sem matéria-prima parcial ou totalmente, pois os portos estavam
fechados, a �m de frear a disseminação do vírus ao redor do globo.
Os governos de diversos países, frente a essa situação, precisaram “colocar a mão no bolso” e distribuir recursos (dinheiro) para a população, a
�m de injetar poder aquisitivo de modo imediato, para que as pessoas continuassem a se suprir durante a crise.
Você, caro aluno, já deve ter identi�cado em todo esse cenário elementos que impactam as curvas de oferta e demanda de um produto em ação.
Quantidade de oferta, oscilação de renda, quantidade demandada e demais fatores sofreram um desbalanceamento muito forte com todo esse
cenário.
Como tanto a oferta quanto a demanda têm relação com o preço praticado, é de se esperar que todo esse cenário enfrentado pelo mundo durante
a pandemia afetasse bruscamente os preços dos mais variados produtos disponíveis. Acertou quem pensou assim.
O mundo começou a sofrer com in�ação, uma variação de preços exacerbada, que não acompanha a capacidade e a disposição dos
fornecedores nem o interesse dos consumidores diretamente.
Imagine uma siderúrgica, cujo produto de venda sejam chapas de aço carbono. A matéria-prima dessa siderúrgica é o minério de ferro, importado
diretamente da China. Para a produção acontecer, é necessário que esse minério de ferro seja extraído das minas chinesas; transportado até o
porto chinês; embarcado em um navio, o qual viajaria da China até algum porto no Brasil; haveria o desembarque do minério, o transporte do porto
até a siderúrgica e a utilização dessa matéria-prima nos maquinários apropriados, para que, então, a chapa de aço carbono �casse pronta.
Importante ressaltar que, para todas essas etapas, as pessoas precisariam trabalhar in loco (no local), pois o trabalho remoto não resolveria
essas questões.
O que se observou na prática foi uma oscilação muito brusca e descontrolada dos preços das matérias-primas de muitos setores, que, por sua
vez, impactaram os preços �nais de venda de diversos produtos.
Algumas indústrias �caram improdutivas por falta de componentes, por exemplo, a indústria automobilística, que �cou sem algumas peças para
�nalizar a montagem do automóveis em algumas plantas no Brasil.
Tudo está conectado, logo saber analisar essa conexão te fará um pro�ssional diferenciado.
Vamos Exercitar?
Você já se perguntou como uma empresa organiza, de modo e�ciente, sua produção?
As quantidades produzidas, o ritmo da produção, nada disso é por acaso.
Entender como essa organização é feita de modo e�ciente e como os custos de produção oscilam conforme ocorrem mudanças nos preços dos
insumos e nos níveis de produção é muito importante para se tornar um pro�ssional consciente de seu trabalho e do impacto de suas ações no
resultado da empresa.
O que nos ajuda a entender o comportamento do produtor é o comportamento do consumidor.
Imagine, por exemplo, dilemas enfrentados dentro da General Motors. Qual é a quantidade ideal de equipamentos? Qual é a quantidade ideal de
trabalhadores? Quantos automóveis fabricar por hora, por dia? Qual ou quais modelos de automóveis devem ser produzidos em determinada
fábrica?
Esses questionamentos não estão presentes apenas em uma empresa privada mas também no setor público. A resposta está no estudo do per�l
do consumidor e no seu comportamento.
Como vimos, as curvas de oferta e demanda são impactadas diretamente por fatores, como renda dos consumidores, custos com insumos, preço
de venda do produto, custos de produção, encargos trabalhistas, encargos tributários, taxas de juros e existência ou inexistência de bens
substitutos e bens complementares.
Quando temos o impacto de algum desses itens nas curvas de oferta ou demanda, dizemos que houve um deslocamento da curva.
O consumidor se tornou mais ou menos propenso a consumir determinado bem ou serviço, o fornecedor se tornou mais ou menos disposto a
prover determinado bem ou serviço.
Os possíveis deslocamentos nas curvas de oferta e demanda devem ser analisados em modelos, simulações realizadas em computador, com
auxílio de planilhas e a�ns, antes de se abrir uma nova fábrica, comprar uma nova máquina ou incluir um novo produto à linha de produção.
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Todas essas tomadas de decisão que re�etimos acerca da atuação da General Motors mexem diretamente com quase todos os itens que
deslocam as curvas de oferta e demanda.
Devemos lembrar que todas as empresas sempre buscam uma maximização de receita, concomitantemente com uma minimização dos custos.
Quando encontramos uma situação em que a empresa lucra mais, gastando menos, e isso não impacta de modo signi�cativamente negativo a
curva de demanda pelo produto, temos uma situação ideal para seguir com aquela tomada de decisão.
Caso a curva de demanda seja impactada negativamente de modo sensível, mesmo que a empresa preveja uma margem de lucro maior e um
custo menor, seguir com aquela tomada de decisão pode não fazer sentido, pois abrirá espaço de mercado para produtos substitutos e empresas
concorrentes.
O equilíbrio numa tomada de decisão é sempre muito delicado, um processo que costuma durar alguns meses até acontecer e envolver diversas
áreas da empresa.
A tomada de decisão multidisciplinar, envolvendo todas as áreas impactadas, tende a ser mais assertiva, pois haverá uma visão mais precisa
sobre cada item que pode impactar a curva de demanda e provocar nela um deslocamento, favorável ou não.  
Saiba mais
Sugerimos a leitura da monogra�a de graduação do curso de Comércio Exterior da Universidade de Taubaté, intitulada Os impactos do Covid-19
na logística internacional das indústrias automobilísticas, na qual é muito bem explorada a dinâmica de falta de peças na indústria automotiva.
 
Referências
ALVES, J. Capitalismo. Educa Mais Brasil, 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo. Acesso em: 20
mar. 2023.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm. Acesso em: 20 mar. 2023.
BRASIL. Origem do dinheiro. Casa da Moeda, 2023. Disponível em: https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-
dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como. Acesso em: 20 mar. 2023.
BRASIL. Portal do Investidor. Disponível em: https://www.gov.br/investidor/pt-br. Acesso em: 20 mar. 2023.
MOTTA, A. de M.; REBOLLAR, P. B. M. História Econômica. Palhoça, SC: Unisul, 2015. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Editora Pearson Education do Brasil, 2013.
SANTOS, D. C. dos; LUZ, G. de M. Os impactos do Covid-19 na logística internacional das indústrias automobilísticas. 2021. Monogra�a
(Graduação em Comércio Exterior) – Universidade de Taubaté, Taubaté, 2021. Disponível em:
http://repositorio.unitau.br/jspui/bitstream/20.500.11874/5175/1/Giuliana_Luz_e_Daiany_Santos.pdfb.Acesso em: 20 mar. 2023.
Aula 4
Equilíbrio e Elasticidade
Videoaula: Equilíbrio e elasticidade
http://repositorio.unitau.br/jspui/bitstream/20.500.11874/5175/1/Giuliana_Luz_e_Daiany_Santos.pdf
http://repositorio.unitau.br/jspui/bitstream/20.500.11874/5175/1/Giuliana_Luz_e_Daiany_Santos.pdf
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.gov.br/investidor/pt-br
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf
http://repositorio.unitau.br/jspui/bitstream/20.500.11874/5175/1/Giuliana_Luz_e_Daiany_Santos.pdfb
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Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os
vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet.
Prezado estudante, na videoaula de hoje, abordaremos conceitos relacionados ao equilíbrio e à Elasticidade. Ambos são aspectos muito
importantes para entender como funcionam processos de tomada de decisão em ambientes empresariais. No mundo empresarial, decisões são
tomadas com base em dados e fatos, e isso maximiza a chance de serem assertivas. Uma tomada de decisão errada pode resultar em prejuízo e
perda de competitividade, enquanto uma decisão acertada pode resultar em lucros e ganho de competitividade.
Ponto de Partida
Caro estudante! Combinaremos os conceitos que aprendemos sobre oferta e demanda com um grau de profundidade mais apurado.
A existência de um equilíbrio entre os vendedores e os consumidores é observada em vários âmbitos da economia e em vários mercados, no
entanto existe também desequilíbrio entre vendedores e consumidores em vários mercados, com vários bens e produtos.
Escassez, excesso, preço de venda e renda são itens que se conectam, e compreender a correlação é muito importante para o seu
desenvolvimento como pro�ssional e para que desenvolva uma visão holística da sua empresa, do seu mercado, da sua sociedade.
Vamos Começar!
Agora não é mais novidade para nós os conceitos de oferta, demanda, renda, preço, curva de oferta, curva de demanda, deslocamento de curvas
etc. Mas, durante o processo de decisão de produção, como combinar e ponderar estes e outros diversos fatores? Como planejar cada produto?
Como entender o impacto de cada real de custo a mais no preço �nal? Como estimar o impacto de cada real a mais no preço de venda na decisão
de compra do consumidor?
Como você já deve ter percebido, não é nada fácil e, mais importante, não é uma ciência exata.
É possível acertar com exatidão o impacto de um quilograma a mais de carga em uma viga, porém prever o comportamento de pessoas necessita
de margem de erro. Necessita de um pouco de estatística.
Consumidores têm restrições orçamentárias. Consumidores têm preferências. Saber combinar ambos os aspectos pode potencializar as vendas
de seu produto, mas errar a combinação pode condená-lo ao fracasso.
Quando tratamos de decisões empresariais, na maioria dos casos, fracassos signi�cam prejuízo.
Pensando em oferta e demanda, existe uma ferramenta que pode ser muito útil: o ponto de equilíbrio.
Ao sobrepormos ambas as curvas nos eixos de quantidade e preço, como a curva de oferta é crescente e a curva de demanda é decrescente,
haverá um ponto de intersecção. Nesse ponto, quantidade ofertada e quantidade demandada são iguais.
O mecanismo de mercado é a tendência de o preço de venda de um bem em um mercado livre se modi�car até que haja equilíbrio nesse
mercado. Nesse ponto, não há escassez nem excesso.
Qualquer situação acima do ponto de equilíbrio denota excesso, e qualquer situação abaixo do ponto de equilíbrio denota escassez.
Ao pensar um processo de produção, diversas variáveis devem ser consideradas, pois trata-se de algo complexo, mas, com certeza, uma das
perguntas a serem levantadas é: qual o ponto de equilíbrio desse mercado?
Quanto impacto um aumento de preço pode causar na demanda por um bem? Isso é respondido pelo conceito de elasticidade. A elasticidade
mede quanto uma variável pode ser afetada por uma mudança de outra variável. Esse número informa a variação percentual.
Existem diversos tipos de elasticidade, porém, neste momento, focaremos nossos estudos na elasticidade preço da demanda.
A elasticidade preço da demanda é dada pela equação:
EP =
%ΔQ
%ΔP
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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Qi = Quantidade Inicial
Pf = Preço Final
Pi = Preço Inicial
Sendo que %ΔQ corresponde à variação percentual da demanda e %ΔP corresponde à variação percentual do preço.
A elasticidade preço da demanda é, normalmente, um número menor que zero, ou seja, negativo. Quando o preço de uma mercadoria sobe, a
quantidade demandada em geral diminui e, dessa forma, ∆Q/∆P (a variação da quantidade demandada correspondente a uma variação no preço)
é negativa, assim como Ep.
A título de conhecimento geral, as elasticidades de oferta são de�nidas de modo semelhante.
A elasticidade preço da oferta corresponde à variação percentual da quantidade ofertada em consequência do aumento de um ponto percentual
no preço.
Essa elasticidade, geralmente, é positiva, pois um preço mais alto incentiva os produtores a aumentarem a produção.
Siga em Frente...
Está claro que elasticidade é o conceito que nos dirá o quanto a variação de uma grandeza causa de variação em outra grandeza.
Fazendo um paralelo com temperatura, podemos ter três campos de temperatura: positiva, negativa e neutra. Cada campo de temperatura nos
indica um grau de calor maior ou menor.
Da mesma forma, a elasticidade também tem os campos positivo, negativo e neutro, e sobre cada um deles conseguimos interpretar informações
diferentes.
Quando a elasticidade preço da demanda é maior que 1, dizemos tratar-se de um bem elástico. A variação na demanda é maior do que a variação
no preço.
Um aumento de 10% em um bem elástico provocará uma redução da quantidade demandada maior do que esse percentual.
O contrário também é verdadeiro, isto é, uma diminuição de 10% no preço do bem, por exemplo, provocaria um aumento maior do que 10% na
quantidade demandada.
São exemplos de bens elásticos: café, carnes, calçados, roupas, serviços de salão de beleza, academia e restaurantes.
Quando o preço desses produtos aumenta, a tendência é que o consumo caia em uma razão superior ao percentual do aumento. Já quando o
preço desses produtos diminuir, a tendência é que o consumo aumente em uma razão superior ao percentual de queda dos preços.
Existem também os bens com elasticidade preço da demanda no campo inferior a 1, são os chamados bens inelásticos. Bens inelásticos são
considerados bens essenciais, como medicamentos, energia, água, feijão, sal de cozinha e açúcar.
Quando o preço desses produtos aumenta, as pessoas não diminuem o consumo na mesma proporção. Da mesma forma, as reduções no preço
causam um aumento menor na quantidade demandada.
É sempre um exercício muito válido procurar entender se os bens ou serviços providos pela empresa na qual você trabalha são elásticos ou
inelásticos, pois pode haver um impacto maior ou menor na produção da sua empresa em épocas de crise ou em épocas de bonança.
É possível inferir também se um produto ou serviço é inelástico ou elástico observando se existe um bem substituto para ele.
EP   =   %ΔQ
%ΔQ
  =  
ΔQ
Qi
ΔP
Pi
ΔQ = Qf − Qi
ΔP = Pf − Pi
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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Bens substitutos competem entre si, ou seja, em um mercado competitivo, o consumidor optará pelo produto A ou B, mas nunca os dois
simultaneamente. Por exemplo, quando o preço da carne bovina aumenta, os consumidores tendem a demandar mais carne de frango, por ser um
bem substituto.
A existênciade bens substitutos próximos provocará alterações na quantidade demandada, caso o preço se eleve. Contrariamente, quando um
bem é inelástico, ele não possuirá bens substitutos.
Um exemplo clássico são medicamentos: quando seu preço aumenta, a pessoa que o utiliza não tem a opção de parar o consumo por ser uma
questão de saúde e, muitas vezes, não existe uma marca concorrente, devido à barreira tecnológica.
Vamos Exercitar?
Existe um jargão popular que diz: “Não tente abraçar o mundo com a perna”.
Quando falamos em negócios, produção de bens e prestação de serviços, temos que levar esse pensamento de sabedoria popular conosco.
Um bem ou serviço deve ser direcionado a um público-alvo especí�co e propriamente selecionado, a �m de buscar o ponto de equilíbrio daquele
mercado.
Um mercado, no qual há uma imensidão de fornecedores, provavelmente, apresentará preços de venda praticados não tão atrativos para quem
vende, resultando em margens baixas.
Um mercado, no qual há uma quantidade muito reduzida de fornecedores, tende a apresentar preços de venda atrativos, no entanto, com certeza,
haverá fortes barreiras de entrada.
Segundo Porter (2004), existem cinco forças competitivas que permeiam um mercado e seus participantes, são elas: rivalidade entre
concorrentes, poder de barganha entre fornecedores, poder de barganha entre compradores, ameaça de novos entrantes e ameaça de produtos
ou serviços substitutos.
Ao analisarmos o item “ameaça de novos entrantes”, algo que devemos veri�car são as barreiras de entrada.
Existem três tipos de barreiras de entrada para novos concorrentes em um mercado, são elas: barreiras tecnológicas, barreiras regulatórias e
barreiras informacionais.
Dentro de um negócio, seja você proprietário ou colaborador, é importantíssimo entender o papel das forças de Porter, para que esteja muito clara
qualquer ameaça à demanda do seu produto.
Quando falamos em barreiras tecnológicas, falamos em um produto ou serviço que demanda tecnologia de ponta e especí�ca para aquela
função, conhecimento difícil de se adquirir e pro�ssionais escassos no mercado. Um exemplo de mercado com barreira tecnológica fortíssima é a
indústria aeroespacial. Não se vê um fabricante de foguetes em cada esquina.
Já as barreiras regulatórias se referem às normas e exigências que um fornecedor precisa atender para atuar naquele setor. Normalmente, são
regulações de cunho governamental, controladas por agências especializadas. Um exemplo são hospitais, que precisam atender a uma longa lista
de requisitos antes mesmo de abrirem as portas, o que é muito bom para os consumidores.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um exemplo de autarquia governamental atuante que protege os direitos do consumidor,
garantindo qualidade e promovendo a regulamentação, inspeção e �scalização de bens e serviços relacionados à saúde no Brasil, sejam eles de
produção nacional ou importados.
As barreiras informacionais, por sua vez, podem representar aspectos que já são previamente associados a um determinado bem ou serviço, por
exemplo, uma marca conceituada. Não é nada simples convencer um consumidor a experimentar um refrigerante novo, por exemplo, quando este
consumidor já conhece e con�a na marca Coca-Cola.
Quebrar essa barreira quase psicológica exige uma ação de marketing muito assertiva e e�caz.
Todos esses fatores estão vinculados ao desenho das curvas de oferta e demanda de cada setor e seu respectivo mercado.
Portanto, quando pensamos em fornecimento, é de suma importância conhecer seu público-alvo e ter o produto bem dimensionado àquela
necessidade e àquele poder de compra, pois somente assim sua empresa prosperará e será lucrativa. 
Saiba mais
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Conhecer e se aprofundar nas cinco forças de Porter tornará sua visão de negócios mais dinâmica e, somando a esse conhecimento os conceitos
de oferta e procura, elasticidade, preço e renda, sua visão holística se potencializará e seus resultados serão mais constantes e visíveis.
Sugerimos a leitura do arquivo intitulado As cinco forças de Porter, que apresenta uma explicação detalhada sobre o assunto.
Referências
ALVES, J. Capitalismo. Educa Mais Brasil, 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo. Acesso em: 20
mar. 2023.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm. Acesso em: 20 mar. 2023.
BRASIL. Origem do dinheiro. Casa da Moeda, 2023. Disponível em: https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-
dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como. Acesso em: 20 mar. 2023.
BRASIL. Portal do Investidor. Disponível em: https://www.gov.br/investidor/pt-br. Acesso em: 20 mar. 2023.
LOUZADA, L. C. et al. Relação entre barreiras de entrada e o retorno empresarial no mercado brasileiro a partir de dados das demonstrações
contábeis. Revista de Administração Contemporânea, v. 11, p. 55-75, 2007.
MELO, J. R.; FORTE, S. C.; SOUSA FILHO, J. M. D. A indústria bancária brasileira: um estudo sobre as barreiras de entrada às instituições
estrangeiras. Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 13, n. 3, p. 63-76, set. 2014.
MOTA, J. A. Impacto da Covid-19 nas exportações das principais commodities brasileiras. Radar, v. 65, abr. 2021. Disponível em:
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10607/1/Radar_65_impacto_COVID-19_exportacoes.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.
MOTTA, A. de M.; REBOLLAR, P. B. M. História Econômica. Palhoça, SC: Unisul, 2015. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Editora Pearson Education do Brasil, 2013.
PORTER, M. E. Estratégia competitiva. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 2004.
SANTOS, D. C. dos; LUZ, G. de M. Os impactos do Covid-19 na logística internacional das indústrias automobilísticas. 2021. Monogra�a
(Graduação em Comércio Exterior) – Universidade de Taubaté, Taubaté, 2021. Disponível em:
http://repositorio.unitau.br/jspui/bitstream/20.500.11874/5175/1/Giuliana_Luz_e_Daiany_Santos.pdfb. Acesso em: 20 mar. 2023.
Aula 5
A DEMANDA E A OFERTA DE MERCADO
Vídeo Aula Encerramento
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Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os
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Nesta videoaula, teremos uma revisão completa de tudo o que foi abordado neste estudo. Mais do que abstrair conteúdo teórico, teremos
conteúdo com alto nível de praticidade, pois muito mais importante do que dominar fórmulas e a�ns é criar uma visão prática, crítica e e�caz
sobre as situações que permeiam o dia a dia de trabalho em um meio empresarial.
Ponto de Chegada
Olá, estudante! 
http://www.luizasimazakiproject.org/videos/porter.pdf
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.gov.br/investidor/pt-br
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10607/1/Radar_65_impacto_COVID-19_exportacoes.pdf
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf
http://repositorio.unitau.br/jspui/bitstream/20.500.11874/5175/1/Giuliana_Luz_e_Daiany_Santos.pdfb
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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Anteriormente, você aprendeu conceitos fundamentais para a formação de um pensamento crítico acerca de questões do cotidianoempresarial.
A economia, por vezes, pode nos remeter a números e equações, mas essa não é uma ciência exata. Pelo contrário, ela é uma ciência humana,
de�nida por diversos autores como a ciência da escassez. Por escassez, devemos entender todo recurso �nito e limitado, que pode ser desde um
minério até uma máquina ou um serviço.
A maneira mais e�ciente de compreender como chegamos aonde estamos é olhar para o passado e entender a história. Por isso, iniciamos
nossos estudos com uma rápida revisão histórica. Rapidamente, conceituamos o que são microeconomia e macroeconomia, sempre com
exemplos, bem como apresentamos o passo a passo das decisões históricas que culminaram no nascimento das economias de mercado.
Em seguida, os conceitos fundamentais de mercado, oferta e demanda foram introduzidos e explicados, tomando-se por base um ótimo exemplo
de mercado competitivo: bolsa de valores.
Aprofundamos, ainda, a relação entre oferta e demanda. Essa relação permeia nossa vida diariamente, logo, no trabalho, não será diferente. Você
pode trabalhar no setor industrial ou em uma posição comercial, em uma indústria bélica ou de produtos animais, em algum momento, durante
sua jornada, você verá que é essencial dominar a relação entre oferta e demanda para entender as situações que poderá enfrentar. Esses
conceitos são aplicáveis em sua vida pessoal, ao preparar uma viagem, organizar um casamento, comprar um imóvel ou construir. Em tudo que
você precisar de insumos, aplicar uma visão sistêmica da relação entre oferta e demanda tornará suas análises mais precisas e e�cientes, logo o
guiará a uma melhor tomada de decisão.
Durante os nossos estudos, o que foi aprendido sobre oferta e demanda foi combinado com um grau de profundidade maior. A existência de um
equilíbrio entre os vendedores e os consumidores é observada em vários âmbitos da economia e em vários mercados, no entanto existe também
desequilíbrio entre vendedores e consumidores em vários mercados, com vários bens e produtos. Escassez, excesso, preço de venda e renda são
itens que se conectam, e compreender a sua correlação e como eles se impactam é muito importante para o seu desenvolvimento como
pro�ssional e para que desenvolva uma visão holística da sua empresa, do seu mercado, da sua sociedade.
É Hora de Praticar!
Para contextualizarmos sua aprendizagem, imagine que você trabalha no setor de planejamento de produção de uma fábrica de eletrodomésticos.
Essa fábrica tem uma extensa linha de produtos, muitos deles similares entre si. Por exemplo: geladeira e freezer, micro-ondas e forno elétrico,
máquina de lavar roupas e estufa para secagem rápida de roupas, entre outros.
O diretor da planta, já há algum tempo, solicitou ao time de engenharia que estudasse a possibilidade de substituir o material da carcaça da
máquina de lavar roupas. Atualmente, é feita em aço carbono revestido com pintura apropriada. Ele deseja passar a produzi-la em alumínio,
material que dispensa a pintura como revestimento. Ele alega que, com a alteração do material, não será mais necessário ter despesas com
pintura, que envolvem toda uma área, maquinário, fornecedores e espaço físico.
Você consegue entender o porquê ele deseja essa alteração, pois os argumentos que ele apresenta são válidos. No entanto, a sua função é
estimar o impacto dessa mudança na demanda pelas máquinas de lavar roupa.
Você, como um bom pro�ssional dessa indústria, está munido de todos os dados acerca dos produtos que a empresa produz e sabe que a
máquina de lavar roupa é o produto que mais vende. Você sabe também que se trata de um produto elástico, estando, portanto, sujeito a grandes
variações na demanda para cada unidade de preço alterada, e que seus concorrentes praticam preços muito próximos aos praticados pela
empresa na qual trabalha.
É importante demonstrar ao seu diretor se essa mudança será positiva ou não para a empresa como um todo, do ponto de vista da demanda pelo
produto.
Portanto, você inicia seu levantamento:
Preço do aço carbono pintado: 6 R$/kg.
Preço do alumínio: 18 R$/kg.
Consumo de máquinas de lavar em aço carbono pintado: 500 unidades/mês ao preço de R$ 1.000,00 a unidade.
A variação do custo do material por quilo será diretamente proporcional ao impacto no preço de venda das máquinas de lavar.
Elasticidade preço da demanda das máquinas de lavar roupa no mercado: Ep = 3.
Você será o responsável por informar quantas unidades a mais (ou a menos) deverão ser vendidas para manter constantes os lucros da empresa,
caso essa modi�cação técnica ocorra. 
________
Re�ita
Olá, estudante! Neste estudo de caso, você experimentará uma situação real. Nem sempre os dados que você possuirá na prática serão idênticos
ao desse caso, pois isso varia muito de setor para setor, indústria para indústria, produto para produto. No entanto, a linha de raciocínio que você
aprenderá a criar poderá ser replicada em inúmeras situações cotidianas. O mais importante aqui é entender um possível papel que você possa
exercer dentro de uma organização. Na maioria das vezes, a parte que lhe caberá será um pequeno aspecto da análise do processo de tomada de
decisão, esteja você no topo da pirâmide ou não. Portanto, aprenda a utilizar os dados disponibilizados por outras áreas a seu favor. Quando
falamos em custo por quilo de produto acabado, provavelmente, não foi você quem calculou esse número, mas ele está ali, ao seu dispor. Utilize-o
com sabedoria e crie seu raciocínio sempre em uma base lógica, pois “achismos” não são bem-vindos em um processo decisório empresarial.
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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Olá estudante, chegamos ao encerramento da unidade!
Vamos realizar a experiência presencial que irá consolidar os conhecimentos adquiridos? É a oportunidade perfeita para aplicar, na prática, o que
foi aprendido em sua disciplina. Vamos transformar teoria em vivência e tornar esta etapa ainda mais signi�cativa. Não perca essa chance única
de colocar em prática o conhecimento adquirido.
ALVES, J. Capitalismo. Educa Mais Brasil, 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo. Acesso em: 20
mar. 2023.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm. Acesso em: 20 mar. 2023.
BRASIL. Origem do dinheiro. Casa da Moeda, 2023. Disponível em: https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-
dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como. Acesso em: 20 mar. 2023.
BRASIL. Portal do Investidor. Disponível em: https://www.gov.br/investidor/pt-br. Acesso em: 20 mar. 2023.
LOUZADA, L. C. et al. Relação entre barreiras de entrada e o retorno empresarial no mercado brasileiro a partir de dados das demonstrações
contábeis. Revista de Administração Contemporânea, v. 11, p. 55-75, 2007.
MELO, J. R.; FORTE, S. C.; SOUSA FILHO, J. M. D. A indústria bancária brasileira: um estudo sobre as barreiras de entrada às instituições
estrangeiras. Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 13, n. 3, p. 63-76, set. 2014.
MOTA, J. A. Impacto da Covid-19 nas exportações das principais commodities brasileiras. Radar, v. 65, abr. 2021. Disponível em:
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10607/1/Radar_65_impacto_COVID-19_exportacoes.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.
MOTTA, A. de M.; REBOLLAR, P. B. M. História Econômica. Palhoça, SC: Unisul, 2015. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.
PINDYCK, R. S.; RUBENFIELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Editora Pearson Education do Brasil, 2013.
PORTER, M. E. Estratégia competitiva. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 2004.
SANTOS, D. C. dos; LUZ, G. de M. Os impactos do Covid-19 na logística internacional das indústrias automobilísticas. 2021. Monogra�a
(Graduaçãoem Comércio Exterior) – Universidade de Taubaté, Taubaté, 2021. Disponível em:
http://repositorio.unitau.br/jspui/bitstream/20.500.11874/5175/1/Giuliana_Luz_e_Daiany_Santos.pdfb. Acesso em: 20 mar. 2023.
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Unidade 2
A TEORIA DA FIRMA E SUAS APLICAÇÕES
Aula 1
Economia: da Teoria ao Lucro
Videoaula: Economia: da teoria ao lucro
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https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/capitalismo
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/origem-do-dinheiro.html#:~:text=As%20primeiras%20moedas%2C%20tal%20como
https://www.gov.br/investidor/pt-br
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10607/1/Radar_65_impacto_COVID-19_exportacoes.pdf
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/21981/1/fulltext.pdf
http://repositorio.unitau.br/jspui/bitstream/20.500.11874/5175/1/Giuliana_Luz_e_Daiany_Santos.pdfb
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FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E
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Caro estudante, no vídeo desta aula, falaremos de modo mais aprofundado, com mais técnica, sobre o processo de decisões empresariais. É
importante dominar essas ferramentas, pois trata-se de um estudo prévio. A implantação das mudanças somente virá após o estudo do modelo, e
isso é de fundamental importância para garantir a e�ciência do processo e cortar as chances de prejuízo.
Ponto de Partida
Caro estudante, já nos apropriamos de conceitos fundamentais da economia e do entendimento básico primordial da dinâmica empresarial.  
Daqui para frente, aprofundaremos cada vez mais os aspectos mais especí�cos da dinâmica empresarial e entenderemos o que vem antes do
produto. Por vezes, é comum não re�etir em toda a estratégia necessária à criação de um produto ou serviço e sua colocação no mercado.
Aspectos relativos ao processo decisório, à seleção correta de insumos e à previsão de rendimentos são itens muito importantes a considerar
previamente ao processo produtivo. Pensar nesses e em outros aspectos antes de colocar a “mão na massa” reduz desperdícios, evita prejuízos e
aumenta a e�cácia como um todo.  
Vamos Começar!
No mundo empresarial, decisões são tomadas com base em dados. Tudo é pensado visando à otimização de recursos, à maximização dos
resultados e à diminuição de chances de qualquer tipo de prejuízo. A roda é relativamente simples: a empresa produz bem, gera lucro, mantém
empregos e pode até aumentar esse quadro de colaboradores. Se alguma parte dessa engrenagem ruir e a empresa diminuir seus lucros,
começar a apresentar prejuízos, isso é ruim para todos os donos, todos os colaboradores e, seguindo a cadeia, todos os clientes e todos os
fornecedores. Tomar decisões acertadas e e�cazes no ramo empresarial sempre tem um efeito cascata, o impacto, tanto positivo quanto
negativo, atinge diversas pessoas.
Devemos lembrar, inclusive, que as empresas encaram limitações para a produção, como escassez de matéria-prima e mão de obra. Nem sempre
os recursos, físicos ou intelectuais, necessários à produção estão disponíveis.
Partindo do princípio lógico de que as empresas sempre procurarão maximizar seus lucros, surge a Teoria da Firma.
A Teoria da Firma utiliza a premissa básica de que as empresas buscam sempre maximizar seus lucros, a �m de explicar como as empresas
determinam o volume de mão de obra, a matéria-prima e o capital empregados no processo produtivo, bem como o volume produzido. A
combinação inteligente desses insumos resultará na diminuição de custos de produção.
Além dessa teoria, também é de fundamental importância a Teoria da Produção e do Custo para a administração econômica de uma empresa.
Tome, por exemplo, a fabricante de automóveis Ford como objeto de análise. Quantos equipamentos e quanta mão de obra são necessários em
uma planta produtiva? Para produzir um novo modelo, é melhor a abertura de uma nova fábrica ou a expansão de uma fábrica já existente? Esse
tipo de questionamento faz parte do dia a dia empresarial, e compreender essas teorias o ajudará a se situar melhor durante essas situações.
As decisões das empresas sobre produção são semelhantes às decisões dos consumidores no momento da compra e podemos separar esse
processo em três pedaços:
Tecnologia de produção: um modo prático de descrever como os insumos (trabalho, capital e matérias-primas) podem ser transformados
em produtos. Assim como o consumidor pode alcançar determinado nível de satisfação comprando diferentes combinações de bens, uma
empresa pode atingir determinado nível de produção usando diferentes combinações de insumos.
Restrições de custo: as empresas precisam levar em conta o preço do trabalho, do capital e de outros insumos. Assim como o consumidor
está sujeito a um orçamento limitado, a empresa terá de se preocupar com o custo de produção, pois ela também tem um orçamento.
Escolha de insumos: com a tecnologia de produção, o preço do trabalho e outros insumos, a empresa necessita escolher quanto de cada
insumo usará em seu processo produtivo. Assim como o consumidor leva em conta o preço dos diferentes bens ao decidir a quantidade de
cada um que será comprada, a empresa precisa levar em conta o preço dos diferentes insumos, de diferentes fornecedores, ao decidir a
quantidade de cada um que será usada.
Essas três etapas são o alicerce da Teoria da Firma.
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Siga em Frente...
As empresas, como as conhecemos atualmente, são relativamente novas na história da humanidade. No começo do século XIX, a maioria de toda
a produção global ainda se concentrava no meio rural, nas mãos de agricultores e artesãos.
Nos dias de hoje, é muito difícil, para não dizer impossível, imaginar uma realidade na qual não existam empresas. Mas, por que existem
empresas?
Imagine a produção de um celular. Ele não poderia ser fabricado por um grupo de indivíduos independentes? Re�ita e imagine como isso seria
difícil. Determinar as funções especí�cas de cada um, determinar um modelo padrão de produto acabado a ser produzido, determinar um preço
de venda justo e de comum acordo com todos. Quem seria o responsável por determinar os salários de cada um? Provavelmente, neste modelo, a
qualidade do celular seria desastrosa, e o custo, exorbitante.
As empresas são responsáveis por criar um ambiente de coordenação de produção, padronizado, orientando e direcionando a produção de
trabalhadores assalariados.
Dada essa de�nição, é coerente pensar que as empresas sempre procurarão o maior grau de e�ciência possível, pois coordenar a produção de
bens e o trabalho de pessoas exige organização e, para remunerá-las de forma justa, é necessário que haja lucros.
No nível mais fundamental, empresas adquirem insumos (chapas de aço, por exemplo) e os transformam em produto (uma prensa hidráulica, por
exemplo).
Os insumos podem ser matérias-primas, como chapas de aço carbono, minério de ferro, açúcar, eletricidade, plástico, aço, água, ou podem ser os
chamados insumos �nanceiros, ou de capital. Os insumos de capital abrangem salários, a compra das matérias-primas, terrenos, instalações,
maquinários de produção e estoques.
Os insumos podem ser transformados em produtos pelas empresas de diversos modos, com várias combinações de matéria-prima, capital e mão
de obra. A relação entre esses três itens representa uma função, chamada função de produção. Ela indica o volume máximo de produção (q) de
uma empresa para cada combinação de insumos. Como existe uma lista muito extensa de matérias-primas possíveis, concentraremos o
raciocínio nos insumos de Capital (K) e Trabalho (L).
Sendo: q = F(K, L)
Essa expressão quer dizer que o volume máximo de produção será resultado do capital e do trabalho empregados durante a produção,

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