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AVALIAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS Valéria Gomes Álvares Pereira SISTEMA, FRONTEIRAS, OBJETIVOS • Definir: ▫ Quais os sistemas relevantes a serem analisados; ▫ Os limites físicos e/ou funcionais das unidades que serão abrangidas; ▫ Se a avaliação dos impactos se restringirá às instalações e empregados da empresa ou também os impactos extramuros; SISTEMA, FRONTEIRAS, OBJETIVOS • Definir: ▫ Se o enfoque da análise de risco é avaliar os impactos às pessoas, ao meio ambiente, ao patrimônio da empresa, à continuidade operacional da unidade de processo, ou uma combinação destes fatores. COLETA DE INFORMAÇÕES • Fluxogramas de engenharia / processo • Dados ambientais • Plantas de classificação de áreas • Históricos de manutenção • Memoriais descritivos, ... IDENTIFICAÇÃO DOS EVENTOS INDESEJÁVEIS • É o meio de descobrir o que pode dar de errado na planta, por meio de uso de técnicas qualitativas de análise de riscos, tais como: ▫ Análise Histórica de Acidentes, ▫ Análise Preliminar de Riscos (APR), ▫ Estudo de Perigos e Operabilidades (HAZOP) ... ESTIMATIVA DAS FREQUÊNCIAS DE OCORRÊNCIA • Corresponde ao cálculo das frequências de ocorrência dos eventos indesejáveis, por meio de uma ou mais das seguintes técnicas: ▫ Análise Histórica de Acidentes, ▫ Árvore de Falhas, ▫ Árvore de Eventos ... ESTIMATIVA DA SEVERIDADE DAS CONSEQUÊNCIAS • Compreende os métodos de determinação do potencial para causar danos (a pessoas, ao meio ambiente e/ou patrimônio) a partir da configuração de acidentes; para tal são utilizados modelos para a simulação do volumes a serem vazados, da dispersão de gases, além dos efeitos de incêndios, explosões e intoxicação a pessoas, meio ambiente e a estruturas. DETERMINAÇÃO DOS RISCOS • É obtida a partir da combinação das frequências de ocorrência e das consequências dos acidentes. • RISCOS ACEITÁVEIS - neste ponto são confrontados os riscos calculados com limites de aceitabilidade de riscos e, dependendo se estes forem aceitáveis ou não, poderemos ter um dos seguintes encaminhamentos: RISCOS ACEITÁVEIS • Riscos Aceitáveis: a instalação pode operar com segurança, desde que seja mantida uma sistemática de gerenciamento dos riscos (gerenciamento das mudanças, acompanhamento da manutenção preventiva, e da inspeção periódica de equipamentos, reciclagem periódica dos técnicos, ...) RISCOS INACEITÁVEIS • Riscos Inaceitáveis: neste caso deverão ser propostas medidas mitigadoras adicionais, além daquelas que já foram propostas na fase de identificação dos eventos indesejáveis, que sejam efetivas para trazer os riscos para níveis toleráveis; para tal deverão ser repetidas as etapas de “estimativa das frequências de ocorrência” em diante. Riscos Aceitáveis ? Identificação dos Eventos Indesejáveis Estimativa das Freqüências de Ocorrência Estimativa da Severidade das Conseqüências Determinação dos Riscos Coleta de informações Definição do Sistema em estudo, fronteiras, objetivos e escopo Gerenciamento dos Riscos SIM NÃO Medidas Mitigadoras IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Histórica de Acidentes: trata-se do uso de trabalhos estatísticos de acidentes de outras empresas com a finalidade de compartilhar conhecimentos históricos de acidentes e determinar a frequência com que eles ocorrem para uso em árvores de falhas, árvores de causas, estudos de confiabilidade, ... IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR): também chamada de Análise Preliminar de Perigos (APP), teve origem na área militar com o objetivo de rever o sistema de mísseis, onde ocorreu a destruição de 72 silos de lançamento, gerando uma perda de 12 milhões de dólares. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR): Método simplificado, é utilizado para identificar fontes de perigo, consequências e medidas corretivas simples, sem aprofundamento técnico, resultando em tabelas de fácil leitura. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR) ▫ Dados necessários: premissas de projeto (fluxogramas de processo) quando já tiverem sido elaborados; plantas de classificação de área ou de arranjos físicos de equipamentos; manual de operação da unidade; memoriais descritivos dos principais sistemas de proteção e de segurança; dados relativos às substâncias manipuladas no processo (propriedades, toxicidade, inflamabilidade ...) IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR) ▫ Composição da Equipe: em função da complexidade do estudo, a equipe poderá possuir um número variando de 3 a 8 membros. Equipes muito grandes tendem a ser improdutivas, devido ao aumento excessivo das explanações e debates. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR) ▫ Composição da Equipe: entre os participantes 3 são essenciais – um membro com experiência em SMS, um conhecedor do processo em análise e um da especialidade de equipamentos mais envolvida (elétrica, automação, mecânica, tubulação, etc). COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE APR FUNÇÃO ATRIBUIÇÕES PERFIL Líder Participantes Relator Um dos elementos chaves para o sucesso da APR – bem como de qualquer outra técnica de análise de risco – é a experiência profissional dos membros da equipe, em suas especialidades. É inviável se obter bons resultados com pessoas inexperientes. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE APR FUNÇÃO ATRIBUIÇÕES PERFIL Líder • Selecionar a equipe; • Programar as reuniões; • Coletar os dados necessários (fluxogramas, plantas de classificação, memoriais...); • Explanar a metodologia aos demais membros; • Conduzir as reuniões; • Delegar tarefas aos membros da equipe e cobrar pendências das reuniões anteriores; • Ter visão de segurança em suas atividades normais (não pode ser precipitado p/ realizar suas ações); • Possuir domínio da metodologia; • Conhecer os mecanismos de desenvolvimento dos acidentes envolvendo substâncias / atividades perigosas; COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE APR FUNÇÃO ATRIBUIÇÕES PERFIL Líder • Redigir o relatório da APR; • Encaminhar aos responsáveis as recomendações geradas na APR. • Ter visão multidisciplinar – conhecer sistemas de processo e ter noções de automação; • Capacidade de relacionamento; • Saber ouvir; • Não intimidar ou impor suas opiniões aos outros membros; • Capacidade de criar sinergia no grupo; • Imparcialidade; COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE APR FUNÇÃO ATRIBUIÇÕES PERFIL Líder Selecionar a equipe; Programar as reuniões; Coletar os dados necessários (fluxogramas, plantas de classificação, memoriais...); Explanar a metodologia aos demais membros; Conduzir as reuniões; Delegar tarefas aos membros da equipe e cobrar pendências das reuniões anteriores; Redigir o relatório da APR; Encaminhar aos responsáveis as recomendações geradas na APR. • Disciplina e habilidade em conduzir reuniões; • Isenção em relação a pressões da estrutura organizacional; • Coragem p/ defender suas posições e as do grupo; • Ser questionador; • Ser aberto a críticas; • Objetividade; • Experiência profissional na sua área. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE APR Preferencialmente, o líder deverá ser um engenheiro de processo ou profissional especializado na atividade fim da empresa. Poderá ser também, na indisponibilidade de pessoas que possuam o perfil indicado na tabela anterior, um profissional de segurança ou de outra especialidade que possua o perfil desejado. O líder não deverá estar envolvido com a concepção do projeto ou com a operação da planta, de modo a garantir a sua imparcialidade. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE APR FUNÇÃO ATRIBUIÇÕES PERFIL Participantes • Descrever o funcionamento de sistemas e equipamentos; • Identificar, em suaárea de especialidade, os riscos existentes, suas causas e consequências; • Estimar, para os cenários identificados, a frequência e a severidade; • Propor medidas mitigadoras. • Experiência profissional na sua especialidade; • Possuidor de dados detalhados sobre o sistema ou ter experiência com sistemas similares; • Ser questionador; • Ser aberto a críticas; • Capacidade de relacionamento; • Saber ouvir; • Objetividade. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE APR FUNÇÃO ATRIBUIÇÕES PERFIL Relator • Pessoa encarregada de fazer anotações e de preencher as planilhas de APR de forma clara e objetiva, liberando o líder para a condução da APR. • Facilidade de síntese; • Experiência profissional na sua especialidade. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR) ▫ Estimativa de Tempo Requerido: cada reunião não deverá ultrapassar 3 horas de duração, com frequência de até 3 reuniões por semana; de modo a se obter o melhor desempenho dos membros da equipe. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR) ▫ O principal ganho obtido com o uso da APR durante as fases iniciais do projeto de uma nova planta de processo é a identificação prévia dos riscos existentes, permitindo sua correção já no projeto. Desta forma se evitam os custos que se teria com a realização posterior de modificações. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR) ▫ Etapas Básicas para Realização da APR: definição dos objetivos da análise; estabelecimento de fronteiras para o processo / instalação em análise; Coleta de dados sobre o processo / instalação e os perigos envolvidos (incluindo a determinação das características e inventários dos produtos perigosos, suas condições de processo e estocagem; IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR) ▫ Etapas Básicas para Realização da APR: Subdivisão do processo / instalação em módulos de análise; explanação, ao grupo, do funcionamento do sistema em análise, pelo membro que detiver o domínio sobre o mesmo; preenchimento das planilhas da APR; elaboração do relatório. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS RISCOS • Análise Preliminar de Riscos (APR) A subdivisão do processo / instalação em módulos de análise tem o objetivo de simplificar o estudo e de minimizar a ocorrência de falhas na análise, que tendem a aumentar com sistemas mais complexos. APR ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO ÓRGÃO N° APR UNIDADE SISTEMA DATA SUBSISTEMA TÍTULO FOLHA Evento Causas Conseqüências Cenário Modos de Detecção F S R Recomendações / Observações PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 1ª Coluna - Evento ▫ Os perigos ou eventos indesejáveis são as condições potenciais para gerar acidentes, tais como: liberação de substâncias perigosas (inflamáveis, tóxicas, asfixiantes, corrosivas...), presença de atmosfera explosiva confinada (fibras têxteis), queda de cargas suspensas em guindastes, pressurização excessiva de vasos, queda de pessoas em diferenças de níveis; desabamento de valas, etc. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 2ª Coluna - Causas ▫ Estando o perigo presente é necessário, para o desencadeamento do acidente, que também surjam eventos iniciadores (causas). Ex: para liberação de substâncias perigosas (ruptura de conexões por fadiga, vazamento em tubulações por corrosão, falhas de manutenção); para queda de cargas (falha em freio da lança do guindaste, ruptura do cabo de aço por corrosão, movimentação de cargas além da capacidade do guindaste). PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 2ª Coluna - Causas ▫ O desenvolvimento da sequência do acidente pode ser alterado pelos eventos intermediários, seja para pior (fatores agravantes – equipamento antigo ou obsoleto, sistemas de segurança inoperantes, proximidade de fontes de ignição, condições meteorológicas...) ou para melhor (fatores atenuantes – técnicos certificados, existência de alarmes, intertravamentos, sistemas de detecção de incêndios / gás ...). PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 3ª Coluna – Consequências (ou Efeitos) ▫ Constituem-se nos desfechos dos acidentes. Devemos descrevê-las de forma mais específica o possível, de modo a facilitar posteriores simulações para determinação dos efeitos físicos e de vulnerabilidades. Ex: Dispersões gasosas (formação de nuvem de gás inflamável, formação de nuvem de gás tóxico); incêndios (poça, jato de fogo, incêndio em nuvem, bola de fogo); explosões (confinada – em sala, por expansão do vapor por líquido em ebulição ...) PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 4ª Coluna – Cenários ▫ Cenário é o conjunto do evento indesejável (ou perigo), da causa e da consequência (ou efeito). Ex1: Formação de poça de óleo (consequência) gerada por grande vazamento de óleo (evento indesejado), provocado por uma das situações: Ruptura de linha de descarga da bomba por corrosão; Vazamento por flanges; Rompimento de tomada de impulso de instrumento durante movimentação de carga. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 4ª Coluna – Cenários ▫ Cenário é o conjunto do evento indesejável (ou perigo), da causa e da consequência (ou efeito). Ex2: Incêndio em poça (consequência) gerada por vazamento de óleo (evento indesejado), provocado por uma das situações: Ruptura de linha de descarga da bomba por corrosão; Vazamento por flanges; Rompimento de tomada de impulso de instrumento durante movimentação de carga. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 4ª Coluna – Cenários ▫ Cenário é o conjunto do evento indesejável (ou perigo), da causa e da consequência (ou efeito). Ex3: Queimadura / mortes (consequência) gerada por vazamento de óleo (evento indesejado), provocado por uma das situações: Ruptura de linha de descarga da bomba por corrosão; Vazamento por flanges; Rompimento de tomada de impulso de instrumento durante movimentação de carga. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 4ª Coluna – Cenários ▫ Cenário é o conjunto do evento indesejável (ou perigo), da causa e da consequência (ou efeito). Ex4: Danos a equipamentos (consequência) gerada por vazamento de óleo (evento indesejado), provocado por uma das situações: Ruptura de linha de descarga da bomba por corrosão; Vazamento por flanges; Rompimento de tomada de impulso de instrumento durante movimentação de carga. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 5ª Coluna – Modos de Detecção ▫ Aqui devem ser relacionados as formas e os recursos disponíveis para a detecção de anormalidades, seja antecipadamente ou após a consumação das consequências, tais como: Visual (operador de campo ou operador da sala de controle); Auditivo (alarme local de temperatura alta, alarme remoto – na sala de controle de pressão muito baixa); Intertravamento para nível muito alto; PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 5ª Coluna – Modos de Detecção ▫ Aqui devem ser relacionados as formas e os recursos disponíveis para a detecção de anormalidades, seja antecipadamente ou após a consumação das consequências, tais como: Alarme detector de incêndio; Alarme detector de gás inflamável; Congelamento de linha. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 6ª Coluna – Frequência ▫ É aquela frequência esperada de ocorrência de cada cenário como um todo. Na maioria das vezes estas frequências são atribuídas pelos próprios membros do grupo, baseados em sua experiência. A seguir apresenta-se uma tabela com modelo para classificação das frequências. PLANILHA DE APR Classificação da Frequência CLASSE FREQÜÊNCIA DESCRIÇÃO FAIXA DE FREQÜÊNCIA (ocorrências/ano) A FREQUENTE Eventos que poderão ocorrer mais de uma vez durante a vida útil da instalação. Incluem eventos que já ocorreram no passado e que provavelmente ocorrerão com alguma regularidade. F> 10-1 B MODERADA Eventos que poderão ocorrer pelo menos uma vez durante a vida útil da instalação. 10-2 <F < 10-1 C REMOTA Eventos de ocorrência improvável durante a vida útil da instalação. 10-3 < F < 10-2 D EXTREMAMENTE REMOTA São eventos de acontecimento não esperado durante a vida útil da instalação. F < 10-3 PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 6ª Coluna – Frequência ▫ No exemplo 1 ou cenário 1 foi atribuída uma classe de frequência “A”; ao cenário 2 a classe “B” (menos provável, pois seria necessário haver a ignição da poça); ao cenário 3 a classe “C” (menos provável ainda, pois além do incêndio de poça, seria necessária a existência de pessoas dentro da poça para haver vítimas) e ao cenário 4 a classe B (pois haveria chances razoáveis de perdas econômicas, com os danos causados às bombas em caso de incêndio de poça). PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 7ª Coluna – Severidade ▫ A severidade se relaciona à consequência de cada cenário. A seguir mostra-se modelo de Severidade de Eventos. PLANILHA DE APR Severidade de Eventos CLASSE SEVERIDADE DESCRIÇÃO I CATASTRÓFICA Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas (funcionários, terceiros ou pessoas extramuros); Danos irreparáveis ao meio ambiente ou aos equipamentos, levando à parada desordenada da unidade ou do sistema (reparação lenta ou impossível). II CRÍTICA Probabilidade remota de morte de funcionários e/ou terceiros; Provoca lesões de gravidade moderada em funcionários e/ou terceiros; Danos severos ao meio ambiente ou aos equipamentos, levando à parada ordenada da unidade ou do sistema; Exige ações corretivas imediatas para evitar o seu desdobramento em catástrofe. III MARGINAL Provoca lesões leves em funcionários e/ou terceiros; Danos leves ao meio ambiente ou aos equipamentos (os danos materiais são controláveis e/ou de baixo custo de reparo). IV DESPREZÍVEL Não ocorrem lesões em funcionários e/ou terceiros; Sem danos ou danos insignificantes ao meio ambiente ou aos equipamentos. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 7ª Coluna – Severidade ▫ Para que um cenário se enquadre em uma das classes de severidade descritas na tabela anterior, basta que haja o correspondente dano a pessoa ou ao meio ambiente ou ao patrimônio da empresa, não sendo necessário haver danos simultâneos. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 7ª Coluna – Severidade ▫ Voltando aos exemplos de 1 a 4 , atribui-se a classe de severidade IV aos cenários 1 e 2; ao cenário 3 a classe II (poderia haver graves queimaduras em pessoas, com possibilidade de mortes); e ao cenário4 a classe III (perdas econômicas de magnitude relativamente baixa). PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 8ª Coluna – Risco ▫ Já tendo sido definidas as classes de frequência e de severidade, para cada cenário, pode-se determinar a sua classe de risco consultando a Tabela a seguir, a qual se baseia no princípio que o risco de configuração de um cenário de acidente é função do produto de sua frequência de ocorrência por sua severidade. PLANILHA DE APR Risco S E V E R ID A D E FREQÜÊNCIA A B C D I 1 1 2 3 II 1 2 3 4 III 2 3 4 4 IV 3 4 4 4 PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 8ª Coluna – Risco ▫ Após a determinação do nível de risco de cada cenário, a tabela anterior fornece critérios para a aceitabilidade destes riscos e nos auxilia na decisão de implantar ou não as recomendações (medidas mitigadoras), a serem listadas na coluna 9 e na priorização da ordem de sua implantação, esta se constitui numa das grandes vantagens da APR. PLANILHA DE APR Medidas Mitigadoras RISCO DESCRIÇÃO AÇÃO 1 CRÍTICO Implantação das medidas mitigadoras é imprescindível 2 SÉRIO Implantação das medidas mitigadoras é recomendável 3 MODERADO Decisão gerencial 4 DESPREZÍVEL Não é necessária a implantação das medidas mitigadoras PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 8ª Coluna – Risco ▫ Níveis de risco 1 ou 2 são inaceitáveis. ▫ Pode-se conviver com o nível de risco 3, dependendo de decisão gerencial. Entretanto, sempre que for viável – inclusive economicamente – se reduzir o nível de risco para 4 (ideal), é recomendável a implantação das medidas mitigadoras. ▫ Nos exemplos (1, 2, 3 e 4) as classes de risco encontradas foram 3, 4, 3 e 3, respectivamente. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 9ª Coluna – Recomendações / Observações ▫ Aqui são listadas todas as recomendações que busquem reduzir o nível de risco dos cenários. ▫ A grande maioria das recomendações só possui eficácia para a redução da frequência, poucas delas conseguem reduzir a severidade das consequências. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 9ª Coluna – Recomendações / Observações ▫ Exemplo de Recomendação: instalação de paredes corta-fogo separando áreas de processo de outras em que haja presença frequente de pessoas; estas paredes conseguem efetivamente evitar que pessoas sejam atingidas pelos efeitos de incêndios e de explosões (se forem estruturalmente projetadas para suportar o impacto de sobrepressões e de projéteis). PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 9ª Coluna – Recomendações / Observações ▫ Esta recomendação é aplicável a todos os 4 cenários descritos anteriormente. ▫ Ao realizar uma APR porém, é comum haver medidas mitigadoras específicas para cada cenário, neste caso, devemos separá-las na planilha, de forma a deixar claro a que cenário cada conjunto delas se refere. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 9ª Coluna – Recomendações / Observações ▫ Na forma tradicional de realização de APR´s, a análise se encerra neste ponto. No entanto, a prática tem demonstrado que, em alguns casos, as pessoas responsáveis pela implantação das recomendações realizam uma reavaliação dos riscos, considerando que as recomendações tenham sido aplicadas. PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE APR • 9ª Coluna – Recomendações / Observações ▫ No exemplo usado conseguimos reduzir todos os riscos para o nível 4. Caso isto não fosse possível com as recomendações inicialmente propostas, poderíamos sugerir recomendações adicionais, listando-as na coluna 9 e reavaliando os riscos mais uma vez. Apenas esta reavaliação final – além da primeira avaliação – seria anexada ao relatório da análise de risco. APR • Considerações Finais ▫ É importante salientar que a APR ou qualquer outra técnica de análise de risco não é capaz de identificar todos os riscos de uma planta / instalação. Estima-se que para a APR na melhor das hipóteses, 50% dos problemas existentes são identificados e corrigidos. ▫ Mesmo assim obtém-se um incremento considerável nos padrões de segurança, o que a torna uma ferramenta muito útil ao gerenciamento de risco. APR • Considerações Finais ▫ Na realização da APR, devem ser considerados os seguintes elementos: A. Equipamentos e materiais perigosos da planta como, por exemplo, combustíveis, substâncias químicas altamente reativas, substâncias tóxicas, sistemas de alta pressão e outros sistemas de armazenamento de energia; APR • Considerações Finais B. Interfaces entre equipamentos e substâncias da planta associadas à segurança como, por exemplo, interações de materiais, início de propagação de incêndios ou explosões e sistemas de controle ou parada; C. Fatores ambientais susceptíveis de influenciar o equipamento e os materiais da planta como, por exemplo, terremotos, vibração, temperaturas extremas, descargas eletrostáticas e umidade; APR • Considerações Finais D. Procedimentos de operação, teste, manutenção e atendimento à situações de emergência, importância dos erros humanos, funções a serem desempenhadas pelos operadores, disposição (ergonomia) dos controles de equipamentos e proteção contra acidentes com o pessoal; APR• Considerações Finais E. Elementos de apoio das instalações como, por exemplo, armazenamento, equipamentos de teste, treinamento e utilidades; F. Equipamentos relacionados com a segurança: sistemas de atenuação, extintores de incêndio e equipamentos de proteção pessoal. APR APR a. Exemplo 1; b. Exemplo 2;
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