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Gametogênese
SUMÁRIO
1. Gametogênese Geral ................................................................................................... 3
2. Meiose: A Base da Gametogênese ............................................................................. 4
3. Espermatogênese: Formação dos Espermatozoides ................................................ 5
4. Ovogênese: Formação dos Óvulos ............................................................................. 7
5. Gametas Anormais e suas Implicações ..................................................................... 8
Referências ...................................................................................................................... 10
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1. GAMETOGÊNESE GERAL
A embriologia é uma área fascinante da biologia que estuda o desenvolvimento em-
brionário desde a fecundação até o nascimento. Um dos processos mais fundamentais 
nesse contexto é a gametogênese, que envolve a formação de gametas - espermato-
zoides e óvulos.
A gametogênese tem início nas Células Germinativas Primordiais (CGP), que são 
células indiferenciadas presentes no embrião em desenvolvimento, sendo um processo 
que envolve a meiose, uma divisão celular especializada que reduz o número de cro-
mossomos pela metade, garantindo que os gametas sejam haploides (n).
O principal objetivo da gametogênese é produzir gametas haploides que possam 
se fundir durante a fecundação, restaurando o número diploide (2n) de cromossomos 
e dando origem a um novo organismo. Além disso, a meiose introduz variabilidade 
genética, o que é crucial para a evolução e adaptação das espécies.
Em resumo, a gametogênese é um processo complexo e meticuloso que garante a 
continuidade das espécies e a diversidade genética. É fundamental para a reprodução 
sexual e tem implicações profundas na genética, embriologia e medicina reprodutiva
.
Figura 1. Estágios da Gametogênese.
Fonte: Dee-sign/shutterstock.com
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2. MEIOSE: A BASE DA GAMETOGÊNESE
A meiose é um processo de divisão celular especializado que ocorre durante a game-
togênese, resultando na formação de gametas haploides a partir de células diploides. É 
fundamental para a reprodução sexual, pois garante a variabilidade genética e mantém 
o número constante de cromossomos nas espécies.
Características da Meiose
•	 Redução Cromossômica: A meiose reduz o número de cromossomos pela metade, 
de diploide (2n) para haploide (n).
•	 Variabilidade Genética: Devido ao crossing-over e à segregação independente 
dos cromossomos, a meiose introduz variabilidade genética.
•	 Duas Divisões Celulares: A meiose consiste em duas divisões celulares conse-
cutivas - Meiose I e Meiose II.
Meiose I
1. Prófase I: É a fase mais longa e complexa. Os cromossomos homólogos se em-
parelham e ocorre o crossing-over, onde segmentos de DNA são trocados entre 
cromátides irmãs.
2. Metáfase I: Os pares de cromossomos homólogos se alinham no plano equatorial 
da célula.
3. Anáfase I: Os cromossomos homólogos são separados e puxados para polos 
opostos da célula.
4. Telófase I: A célula se divide, resultando em duas células haploides.
Meiose II
1. Prófase II: Os cromossomos se condensam e a maquinaria mitótica começa a 
se formar.
2. Metáfase II: Os cromossomos se alinham no plano equatorial da célula.
3. Anáfase II: As cromátides irmãs são separadas e movem-se para polos opostos.
4. Telófase II: A célula se divide novamente, resultando em quatro células haploides.
O principal objetivo da meiose é produzir gametas haploides para a reprodução se-
xual, garantindo que o número de cromossomos seja mantido constante de geração 
para geração. Além disso, a meiose introduz variabilidade genética, que é crucial para 
a evolução e adaptação das espécies.
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Figura 2. Meiose
Fonte: Kadambari Pathania/shutterstock.com
3. ESPERMATOGÊNESE: FORMAÇÃO DOS 
ESPERMATOZOIDES
A espermatogênese é o processo pelo qual os espermatozoides são produzidos nos 
testículos. É uma sequência complexa e contínua de eventos que transforma as células 
germinativas em espermatozoides maduros, prontos para a fertilização.
Características da Espermatogênese
•	 Localização: Ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos.
•	 Duração: O processo completo leva aproximadamente 64 dias em humanos.
•	 Resultado: Produz quatro espermatozoides funcionais a partir de uma espermatogônia.
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Etapas da Espermatogênese
1. Espermatogônia: São as células germinativas primordiais localizadas na periferia 
dos túbulos seminíferos. Elas se dividem mitoticamente para manter o pool de 
células e também para dar origem às células que entrarão na espermatogênese.
2. Espermatócito I ou Primário: Após uma série de divisões mitóticas, a espermato-
gônia se transforma em espermatócito I, que entra na meiose. A primeira divisão 
meiótica reduz o número de cromossomos pela metade.
3. Espermatócito II ou Secundário: O espermatócito I, após a primeira divisão 
meiótica, dá origem a dois espermatócitos II. Estas células então passam pela 
segunda divisão meiótica.
4. Espermatíde: Após a segunda divisão meiótica, os espermatócitos II se transfor-
mam em espermatídes, que são células haploides. Estas células passam por um 
processo de diferenciação chamado espermiogênese, onde adquirem a forma e 
as características dos espermatozoides maduros.
5. Espermatozoide: O espermatídeo se transforma em espermatozoide, uma célula 
altamente especializada com uma cabeça (contendo o DNA), um segmento inter-
mediário (com mitocôndrias para fornecer energia) e uma cauda (para mobilidade).
.
Figura 3. Espermatogênese
Fonte: Cemx/shutterstock.com
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O principal objetivo da espermatogênese é produzir espermatozoides maduros e 
funcionais que possam fertilizar um óvulo e dar origem a um novo organismo. Esse 
processo garante a continuação da espécie e a variabilidade genética, essencial para 
a evolução e adaptação.
4. OVOGÊNESE: FORMAÇÃO DOS ÓVULOS
A ovogênese é o processo pelo qual os óvulos, ou ovócitos, são formados nos ovários 
das fêmeas. É um processo complexo que começa antes do nascimento e continua 
até a menopausa. 
Características da Ovogênese
1. Número Limitado de Ovogônias: Ao contrário dos homens, que produzem esper-
matozoides durante toda a vida, as mulheres nascem com um número fixo de 
ovogônias. Esse número diminui com a idade.
2. Interrupção na Meiose: A meiose inicia-se durante o desenvolvimento fetal, mas 
é interrompida e só é retomada na puberdade.
3. Um Óvulo Maduro por Ciclo Menstrual: A cada ciclo menstrual, geralmente apenas 
um óvulo é liberado para a fertilização.
Etapas da Ovogênese
1. Formação de Ovogônias: Durante o desenvolvimento fetal, as células germina-
tivas primordiais migram para os ovários em desenvolvimento e se diferenciam 
em ovogônias.
2. Entrada na Meiose: Ainda no útero, as ovogônias entram na meiose e se tornam 
ovócitos primários. No entanto, a meiose é interrompida na prófase I e permanece 
assim até a puberdade.
3. Retomada da Meiose: Na puberdade, sob a influência de hormônios, a meiose 
é retomada. A cada ciclo menstrual, alguns ovócitos primários são ativados e 
continuam a meiose. No entanto, apenas um geralmente completa a meiose I e 
forma um ovócito secundário e um corpúsculo polar.
4. Conclusão da Meiose: Se o ovócito secundário for fertilizado por um esperma-
tozoide, ele completará a meiose II, formando um óvulo maduro e um segundo 
corpúsculo polar.
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Figura 4. Ovogênese
Fonte: Ali DM/shutterstock.com
O principal objetivo da ovogênese é produzir óvulos maduros para a fertilização. Isso 
permite a reprodução sexual e a transmissão de genes para a próxima geração. Além 
disso, a ovogênese garante que o óvulo tenha metade do número de cromossomos, 
permitindo a combinação com o espermatozoide para formar um zigoto diploide.
5. GAMETAS ANORMAIS E 
SUAS IMPLICAÇÕES
A formação de gametas anormais, tanto em homens quanto em mulheres,pode re-
sultar em anormalidades cromossômicas que afetam o desenvolvimento embrionário 
e fetal. Vamos explorar os mecanismos e causas subjacentes em ambos os sexos:
A qualidade dos gametas está diretamente relacionada à idade da mulher ou do 
homem. À medida que o indivíduo envelhece, a probabilidade de produzir gametas 
anormais aumenta. Em relação às mulheres um fator importante é a aquiescência do 
ovócito I - os ovócitos primários entram em meiose durante o desenvolvimento fetal, 
mas são interrompidos na prófase da meiose I. Eles permanecem nesse estado de 
quiescência até a puberdade. A cada ciclo menstrual, um ou mais desses ovócitos re-
tomam a meiose, mas apenas um geralmente completa a meiose I e II para formar um 
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óvulo maduro. Durante esse longo período de quiescência, os ovócitos são vulneráveis 
a danos genéticos e ambientais.
Além disso, com o envelhecimento, os gametas femininos e masculinos podem 
acumular mutações devido a fatores como radiação, toxinas e erros inerentes ao 
metabolismo celular. Esse acúmulo de mutações pode levar à formação de gametas 
anormais, que, quando fertilizados, podem resultar em embriões com anormalidades 
cromossômicas.
A não disjunção é um erro que ocorre durante a meiose, quando os cromossomos 
homólogos (meiose I) ou as cromátides irmãs (meiose II) não se separam adequada-
mente. Isso pode resultar em gametas com um número anormal de cromossomos.
•	Monossomia: Refere-se à ausência de um cromossomo. Por exemplo, a monos-
somia do cromossomo X resulta na síndrome de Turner em mulheres.
•	 Trissomia: Refere-se à presença de um cromossomo extra. A trissomia mais 
comum é a do cromossomo 21, que resulta na síndrome de Down. Outras trisso-
mias incluem a trissomia 18 (síndrome de Edwards) e a trissomia 13 (síndrome 
de Patau).
.
Figura 5. Gametas
Fonte: Ali DM/shutterstock.com
Tanto em homens quanto em mulheres, a idade é um fator significativo na formação 
de gametas anormais. Enquanto os homens produzem espermatozoides ao longo da 
vida, a qualidade e integridade do DNA espermático podem ser comprometidas com 
o envelhecimento. As mulheres, por outro lado, enfrentam riscos associados à dimi-
nuição da reserva ovariana e ao envelhecimento dos ovócitos. A compreensão desses 
processos é crucial para aconselhamento genético e planejamento familiar.
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REFERÊNCIAS
1. Alberts B, et al. Molecular Biology of the Cell. 6th edition. Garland Science; 2014.
2. Sadler TW. Langman’s Medical Embryology. 14th edition. Lippincott Williams & 
Wilkins; 2018.
3. Gilbert SF. Developmental Biology. 10th edition. Sinauer Associates Inc.; 2013.
4. Guyton AC, Hall JE. Textbook of Medical Physiology. 13th edition. Elsevier; 2015.
5. Moore KL, Persaud TVN, Torchia MG. The Developing Human: Clinically Oriented 
Embryology. 10th edition. Elsevier; 2015.
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