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D Civil_Aula 03

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CURSO TRIBUNAIS DO TRABALHO 2013 
Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
1 
Pessoa Jurídica 
Tema III 
 
1. Conceito e Aquisição da Personalidade 
Jurídica 
 
Proposta atual de leitura da Pessoa Jurídica 
sobre o influxo da Função Social. Nesse 
contexto o enunciado nº 53 da Jornada de 
Direito Civil: 
 
Deve-se levar em consideração o princípio da 
função social na interpretação das normas 
relativas à empresa, a despeito da falta de 
referencia externa. 
Quando adquire a personalidade? 
 
Art. 45 – Começa a existência legal das 
pessoas jurídicas de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo 
registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do poder executivo, 
averbando-se no registro todas as alterações 
por que passar o ato constitutivo. 
 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito 
de anular a constituição das pessoas jurídicas 
de direito privado, por defeito do ato respectivo, 
contado o prazo da publicação de sua inscrição 
no registro. 
 
Qual a teoria adotada no Brasil para o 
surgimento da Pessoa Jurídica? 
 
O que se leva à registro? 
 
Faz-se necessária alguma outra autorização? 
 
Qual a natureza jurídica do registro da Pessoa 
Jurídica? 
 
2. Princípio da Separação ou Independência ou 
Autonomia 
 
Desprovido de artigo específico versando sobre 
ele no Código Civil, decorre da inteligência dos 
artigos 46, V e 1052, ambos do Código Civil. 
 
Art. 46. O registro declarará: 
V - se os membros respondem, ou não, 
subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a 
responsabilidade de cada sócio é restrita ao 
valor de suas quotas, mas todos respondem 
solidariamente pela integralização do capital 
social. 
 
2.1 Desconsideração da Pessoa Jurídica: 
(“Disregard Doutrine”) 
 
Código de Processo Civil: 
 
Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens: 
I - do sucessor a título singular, tratando-se de 
execução fundada em direito real ou obrigação 
reipersecutória; (Redação dada pela Lei nº 
11.382, de 2006). 
II - do sócio, nos termos da lei; 
III - do devedor, quando em poder de terceiros; 
IV - do cônjuge, nos casos em que os seus 
bens próprios, reservados ou de sua meação 
respondem pela dívida; 
V - alienados ou gravados com ônus real em 
fraude de execução. 
Código Civil: 
 
Art. 50. Em caso de abuso de personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o 
juiz decidir, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos 
administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 
O CC adota uma teoria maior e objetiva. E os 
outros ramos do direito? 
 
# A jurisprudência do STJ tem diferenciado a 
“teoria maior” da “teoria menor” da 
desconsideração da pessoa jurídica: (Idem no 
Informativo 415, STJ). 
 
Responsabilidade civil e Direito do consumidor. 
Recurso especial. 
 
Shopping Center de Osasco-SP. Explosão. 
Consumidores. Danos materiais e morais. 
Ministério Público.Legitimidade ativa. Pessoa 
jurídica. Desconsideração. Teoria maior e teoria 
menor. Limite de responsabilização dos sócios. 
Código de Defesa do Consumidor. 
Alex
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CURSO TRIBUNAIS DO TRABALHO 2013 
Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
2 
Requisitos. Obstáculo ao ressarcimento de 
prejuízos causados aos consumidores. Art. 28, 
§ 5º. 
- Considerada a proteção do consumidor um 
dos pilares da ordem econômica, e incumbindo 
ao Ministério Público a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis, 
possui o Órgão Ministerial legitimidade para 
atuar em defesa de interesses individuais 
homogêneos de consumidores, decorrentes de 
origem comum. 
 
- A teoria maior da desconsideração, 
regra geral no sistema jurídico 
brasileiro, não pode ser aplicada com a 
mera demonstração de estar a pessoa 
jurídica insolvente para o cumprimento 
de suas obrigações. 
Exige-se, aqui, para além da prova de 
insolvência, ou a demonstração de desvio de 
finalidade (teoria subjetiva da 
desconsideração), ou a demonstração de 
confusão patrimonial (teoria objetiva da 
desconsideração). 
 
- A teoria menor da desconsideração, acolhida 
em nosso ordenamento jurídico 
excepcionalmente no Direito do Consumidor e 
no Direito Ambiental, incide com a mera prova 
de insolvência da pessoa jurídica para o 
pagamento de suas obrigações, 
independentemente da existência de desvio de 
finalidade ou de confusão patrimonial. 
 
- Para a teoria menor, o risco empresarial 
normal às atividades econômicas não pode ser 
suportado pelo terceiro que contratou com a 
pessoa jurídica, mas pelos sócios e/ou 
administradores desta, ainda que estes 
demonstrem conduta administrativa proba, isto 
é, mesmo que não exista qualquer prova capaz 
de identificar conduta culposa ou dolosa por 
parte dos sócios e/ou administradores da 
pessoa jurídica. 
 
- A aplicação da teoria menor da 
desconsideração às relações de consumo está 
calcada na exegese autônoma do § 5º do art. 
28, do CDC, porquanto a incidência desse 
dispositivo não se subordina à demonstração 
dos requisitos previstos no caput do artigo 
indicado, mas apenas à prova de causar, a 
mera existência da pessoa jurídica, obstáculo 
ao ressarcimento de prejuízos causados aos 
consumidores. 
 
- Recursos especiais não conhecidos. 
 
(RESP 279.273/SP, Rel. Ministro ARI 
PARGENDLER, Rel. p/ Acórdão Ministra 
NANCY ANDRIGHI,TERCEIRA TURMA, 
julgado em 04.12.2003, DJ 29.03.2004 p. 230) 
# Questões polêmicas sobre desconsideração: 
 
a) Extingue a pessoa jurídica? 
b) Pode atingir qualquer modalidade de pessoa 
jurídica? (Enunciado 284, CJF) 
c) Pode ser argüida pela própria pessoa 
jurídica? (Enunciado 285, CJF) 
d) Pode ser na modalidade inversa? 
(Enunciado 283, CJF) 
e) E na Justiça do Trabalho? 
e) E sucessiva? 
f) Pode ser na esfera administrativa? (RMS 
151661/BA) 
3. Sociedades Despersonificadas 
 
Inclui-se neste rol as sociedades irregulares, 
sociedades de fato ou grupos ou entes 
despersonificados, família, massa falida, 
herança jacente, herança vacante... 
 
São agrupamento de pessoas ou patrimônios 
que, embora tenham finalidade, não estão 
constituídos nos termos da lei. Porém, apesar 
dessas ainda não dotarem de existência legal, 
elas tem previsão legal (regulada a partir do art. 
986). 
 
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos 
constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto 
por ações em organização, pelo disposto neste 
Capítulo, observadas, subsidiariamente e no 
que com ele forem compatíveis, as normas da 
sociedade simples. 
Implicações: 
 
a) Pode figurar em Processo - art. 12, CPC: 
 
Art. 12 - Serão representados em juízo, ativa e 
passivamente: 
I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Territórios, por seus procuradores; 
II - o Município, por seu Prefeito ou procurador; 
III - a massa falida, pelo síndico; 
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se previsto em norma
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CURSO TRIBUNAIS DO TRABALHO 2013 
Direito Civil 
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3 
IV -a herança jacente ou vacante, por seu 
curador; 
V - o espólio, pelo inventariante; 
VI - as pessoas jurídicas, por quem os 
respectivos estatutos designarem, ou, não os 
designando, por seus diretores; 
VII - as sociedades sem personalidade jurídica, 
pela pessoa a quem couber a administração 
dos seus bens; 
VIII - a pessoa jurídica estrangeira, pelo 
gerente, representante ou administrador de sua 
filial, agência ou sucursal aberta ou instalada 
no Brasil (Art. 88, parágrafo único); 
IX - o condomínio, pelo administrador ou pelo 
síndico. 
b) Responsabilidade dos Sócios é ilimitada e 
solidária, não tendo aquele que contratou em 
nome da sociedade direito ao benefício de 
ordem - Art. 990 do CC: 
 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária 
e ilimitadamente pelas obrigações sociais, 
excluído do benefício de ordem, previsto no art. 
1.024, aquele que contratou pela sociedade. 
 
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não 
podem ser executados por dívidas da 
sociedade, senão depois de executados os 
bens sociais. 
 
Nesse sentido, foi aprovado o enunciado 59 da 
Jornada de Direito Civil do CJF: 
 
Enunciado 59 da jornada de direito civil – Arts. 
990, 1.009, 1.016, 1.017 e 1.091: os sócios-
gestores e os administradores das empresas 
são responsáveis subsidiária e ilimitadamente 
pelos atos ilícitos praticados, de má gestão ou 
contrários ao previsto no contrato social ou 
estatuto, consoante estabelecem os arts. 990, 
1.009, 1.016, 1.017 e 1.091, todos do Código 
Civil. 
 
b) Pacto limitativo de poderes entre os sócios 
não terá eficácia contra terceiro, salvo se este 
soubesse ou devesse saber - Art. 989 do CC: 
 
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos 
de gestão praticados por qualquer dos sócios, 
salvo pacto expresso limitativo de poderes, que 
somente terá eficácia contra o terceiro que o 
conheça ou deva conhecer. 
 
c) Os sócios apenas podem comprovar a 
existência da sociedade por escrito, enquanto 
que os terceiros podem fazê-lo de qualquer 
forma - Art. 987 do CC: 
 
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou 
com terceiros, somente por escrito podem 
provar a existência da sociedade, mas os 
terceiros podem prová-la de qualquer modo. 
4. Classificação das Pessoas Jurídicas 
 
4.1 Quanto à nacionalidade: Nacional ou 
Estrangeira 
 
4.2 Quanto à atividade executada 
 
4.2.1 de Direito público – são aquelas previstas 
em Lei. Podem ser: 
 
a) DIREITO PÚBLICO INTERNO: poder público 
constituído (União, Estados, DF, Municípios, 
Territórios, suas autarquias e fundações). 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público 
interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os 
Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações 
públicas; 
V - as demais entidades de caráter público 
criadas por lei. 
 
b) DIREITO PÚBLICO EXTERNO: submetidas 
ao direito internacional público (as diversas 
nações, inclusive a Santa Sé, e os organismos 
internacionais como a ONU, a OEA, a FAO, a 
UNESCO etc) – art. 42, CC 
 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público 
externo os Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo direito 
internacional público. 
 
4.2.2 De direito privado - todas as demais (que 
não são previstas em lei): 
 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito 
privado: 
 
 I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações 
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exceto para aquele que contratou pela sociedade
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Podem ser de dto público e de dto privado
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
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IV – as organizações religiosas; (Incluído pela 
Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
V – os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 
10.825, de 22.12.2003) 
VI – Empresas Individuais de Responsabilidade 
Limitada – EIRELI. 
Como é na hora da prova? 
 
1. TJ -PE 2012 - FCC 
 
Com relação às pessoas jurídicas de direito 
público interno e as de direito privado, é correto 
afirmar que: 
 
a) a criação, a estruturação interna e o 
funcionamento das organizações religiosas é 
livre, mas o poder público pode negar-lhes o 
registro dos atos constitutivos necessários ao 
seu funcionamento. 
b) as fundações e organizações religiosas são 
pessoas jurídicas de direito público interno. 
c) os partidos políticos e as associações são 
pessoas jurídicas de direito público interno. 
d) o direito de anular a constituição das 
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito 
no respectivo ato constitutivo, decai em três 
anos, contados na publicação da inscrição no 
registro competente. 
e) a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado começa com a inscrição dos 
atos constitutivos no respectivo registro, 
precedida, em qualquer hipótese, de aprovação 
ou autorização do Poder Executivo. 
4.3 Quanto à estrutura: 
 
4.3.1 Corporações (universitas personarum). 
Dividem-se em: 
 
a) Sociedades 
 
 > Simples – são as antigas civis. 
 > Empresárias – são as antigas 
comerciais. 
 
# Segundo o Código Civil, a sociedade 
empresária há de observar dois requisitos: 
 
I) tem por objeto o exercício de atividade 
própria de empresário (art. 966); 
 
Art. 966. Considera-se empresário quem 
exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços. 
 
II) Registro no Registro Público de Empresas 
(Junta Comercial). 
 
# Segundo o art. 982: 
 
Sociedade de ações – sociedade empresária 
Sociedade cooperativa – sociedade simples 
 
# Sociedade entre cônjuges: (art. 977) é 
possível. A restrição imposta é de que não 
tenha casado no regime de comunhão 
universal de bens ou no da separação 
obrigatória. 
 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar 
sociedade, entre si ou com terceiros, desde que 
não tenham casado no regime da comunhão 
universal de bens, ou no da separação 
obrigatória. 
b) Associações 
 
Tem finalidade ideal: 
 
Art. 53 – Constituem-se as associações pela 
união de pessoas que se organizem para fins 
não-econômicos. 
 
Tem estatuto, sendo os requisitos: 
 
I - a denominação, os fins e a sede da 
associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e 
exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua 
manutenção; 
V – o modo de constituição e de funcionamento 
dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela 
Lei nº11.127, de 2005) 
VI - as condições para a alteração das 
disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de 
aprovação das respectivas contas. (Incluído 
pela Lei nº11.127, de 2005) 
 
Qual o quórum de convocação? 
 
 
Estatuto pode instituir categorias de associados 
com diferentes vantagens: 
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Art. 55. Os associados devem ter iguais 
direitos,mas o estatuto poderá instituir 
categorias com vantagens especiais. 
 
A qualidade de associado transmite-se? 
 
A associação é formada por um: 
 
I) conselho deliberativo; 
 
II) um conselho fiscal; 
 
III) uma presidência; 
 
IV) a assembléia geral de associados (art. 59 
do CC) 
 
Para exclusão do associado há de ter devido 
processo legal e justa causa (art. 57 do CC): 
 
Art. 57. A exclusão do associado só é 
admissível havendo justa causa, assim 
reconhecida em procedimento que assegure 
direito de defesa e de recurso, nos termos 
previstos no estatuto. 
 
O que fazer com o patrimônio na hipótese de 
extinção? 
 
Art. 61. Dissolvida a associação, o 
remanescente do seu patrimônio líquido, depois 
de deduzidas, se for o caso, as quotas ou 
frações ideais referidas no parágrafo único do 
art. 56, será destinado à entidade de fins não 
econômicos designada no estatuto, ou, omisso 
este, por deliberação dos associados, à 
instituição municipal, estadual ou federal, de 
fins idênticos ou semelhantes. 
 
§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no 
Distrito Federal ou no Território, em que a 
associação tiver sede, instituição nas condições 
indicadas neste artigo, o que remanescer do 
seu patrimônio se devolverá à Fazenda do 
Estado, do Distrito Federal ou da União. 
 
Na hora da prova? 
 
2. ( Prova: FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - 
Analista Judiciário - Execução de Mandados / 
Direito Civil / Das Pessoas - Pessoa Jurídica; ) 
Segundo o Código Civil brasileiro, no tocante 
às Associações, a qualidade de associado, em 
regra, é 
a) intransmissível. 
b) transmissível de forma onerosa ou gratuita. 
c) transmissível apenas de forma onerosa. 
d) transmissível apenas de forma gratuita. 
e) pública, incondicional e transmissível. 
4.3.2 Fundações (universitas bonorum) –
(universalidade de bens) 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu 
instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-
la. 
 
Parágrafo único. A fundação somente poderá 
constituir-se para fins religiosos, morais, 
culturais ou de assistência. 
Esse rol de finalidades previstos no art. 62 e 
taxativo ou exemplificativo? 
 
Posicionamento para Prova: Taxativo. 
 
Etapas para a criação de uma fundação - há 
uma série ordenada de etapas que devem ser 
observadas, a saber: 
 
1º) Afetação de Bens Livres por meio do Ato de 
Dotação Patrimonial, seja mediante Escritura 
Pública (para atos inter vivos) ou Testamento 
(para atos causa mortis – público, particular ou 
cerrado). 
Aplicam-se as mesmas restrições de qualquer 
ato de disposição patrimonial: 
 
a) Vedação de Doação Inoficiosa: Art. 549 do 
Código Civil.: 
 
Art. 549. Nula é também a doação quanto à 
parte que exceder à de que o doador, no 
momento da liberalidade, poderia dispor em 
testamento. 
b) Vedação à Doação Universal: Art. 548, CC. 
 
Art. 548. É nula a doação de todos os bens 
sem reserva de parte, ou renda suficiente para 
a subsistência do doador. 
 
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em regra é intransmissível, salvo nullnulldisposição contrária no estatuto
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Direito Civil 
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6 
O ato de instituição, acaso realizado por 
mecanismo inter vivos, é irretratável. Art. 64, 
CC: 
 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio 
jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a 
transferir-lhe a propriedade, ou outro direito 
real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, 
serão registrados, em nome dela, por mandado 
judicial. 
Caso o patrimônio afetado seja insuficiente. art. 
63: 
 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a 
fundação, os bens a ela destinados serão, se 
de outro modo não dispuser o instituidor, 
incorporados em outra fundação que se 
proponha a fim igual ou semelhante. 
 
2º) Elaboração dos Estatutos (não é contrato 
social); 
 
- Pode ser: 
 
a) Direta: feita pelo próprio instituidor. 
 
b) Indireta ou Fiduciária: quando nomeia 
alguém para fazê-lo. E se não o fizer? 
 
3º) Aprovação dos Estatutos 
 
Quem aprova é o MP, na dicção do art. 65 do 
CC: 
 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a 
aplicação do patrimônio, em tendo ciência do 
encargo, formularão logo, de acordo com as 
suas bases (art. 62), o estatuto da fundação 
projetada, submetendo-o, em seguida, à 
aprovação da autoridade competente, com 
recurso ao juiz. 
 
E se for o próprio MP quem o fez? 
 
4º) Realização do Registro Civil do Estatuto (no 
Cartório de Pessoa Jurídica) 
 
A Alteração do Estatuto - Art. 67: 
 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da 
fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos 
competentes para gerir e representar a 
fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério 
Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz 
supri-la, a requerimento do interessado. 
A minoria de gestores vencida (aqueles 1/3 que 
opinaram em desfavor da alteração), terão o 
prazo de 10 dias para impugnar a modificação 
estatutária. Art. 68: 
 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido 
aprovada por votação unânime, os 
administradores da fundação, ao submeterem o 
estatuto ao órgão do Ministério Público, 
requererão que se dê ciência à minoria vencida 
para impugná-la, se quiser, em dez dias. 
A Fiscalização (§2°, art. 66) das fundações 
deve ser feita pelo MP Estadual, ainda que as 
referidas as Fundações tenham abrangência 
nacional, sendo a competência a da localização 
da fundação. 
 
“Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério 
Público do Estado onde situadas. 
 
§ 1º. Se funcionarem no Distrito Federal, ou no 
Território, caberá o encargo ao Ministério 
Público Federal. 
 
§ 2º. Se estenderem a atividade por mais de 
um Estado, caberá o encargo, em cada um 
deles, ao respectivo Ministério Público”. 
 
Diga-se que o §1º do art. 66 foi declarado 
inconstitucional pelo ADI 2794, proposta pela 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MEMBROS 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO – CONAMP. 
Seguiu o STF o Enunciado 10 do CJF. 
 
No caso de extinção – art 69: 
 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil 
a finalidade a que visa a fundação, ou vencido 
o prazo de sua existência, o órgão do Ministério 
Público, ou qualquer interessado, lhe 
promoverá a extinção, incorporando-se o seu 
patrimônio, salvo disposição em contrário no 
ato constitutivo, ou no estatuto, em outra 
fundação, designada pelo juiz, que se proponha 
a fim igual ou semelhante. 
 
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do DF e Territórios
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5. Extinção da Pessoa Jurídica 
Direitos da Personalidade 
Tema IV 
1. Introdução e Conceito 
 
- A personalidade como centro do ordenamento 
jurídico nacional, ao revés da pessoa. 
 
A relação dos direitos da personalidade no CC 
é taxativa ou exemplificativa? 
 
Súmula 364, STJ - o conceito de 
impenhorabilidade de bem de família abrange 
também o imóvel pertencente a pessoas 
solteiras, separadas e viúvas. 
 
E. 274 CJF – Direitos da personalidade são 
exemplificativos por causa da cláusula geral da 
dignidade da pessoa humana e são 
ponderados. 
2. Características 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em 
lei, os direitos da personalidade são 
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo 
o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
 
a) Segundo a Lei: 
 
intransmissíveis + irrenunciáveis + 
impossibilidade de limitação voluntária 
 
b) A doutrina alarga: 
2.1 Indisponíveis 
 
Enunciado nº 4 do CJF. 
 
Enunciado 4 – Art.11: o exercício dos direitos 
da personalidade pode sofrer limitação 
voluntária, desde que não seja permanente 
nem geral. 
 
2.2 Absolutos 
 
2.3 Extrapatrimoniais 
 
2.4 Inatos (Jusnaturalistas) 
2.5 Imprescritíveis 
 
# Imprescritível é o direito, não a pretensão de 
ressarcimento por sua violação. Esta prescreve 
no prazo de três anos (art 206, p. 3, III, CC). 
 
Art. 206. Prescreve: 
§ 3º Em três anos: 
V - a pretensão de reparação civil; 
 
2.6 Vitalícios 
 
# Lesados indiretos 
 
Art. 12, parágrafo único, do CC: 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá 
legitimação para requerer a medida prevista 
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou 
qualquer parente em linha reta, ou colateral até 
o quarto grau. 
 
- São lesados indiretos na norma geral: 
 
a) cônjuge sobrevivente 
b) ascendente 
c) descendente 
d) colaterais até 4 grau 
# Exemplo prático de lesado indireto: Resp 
521697/RJ. “Caso Garrincha”. 
 
REsp 521697 / RJ 
Ministro CESAR ASFOR ROCHA (1098) 
T4 - QUARTA TURMA 
Data do Julgamento: 16/02/2006 
CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. 
DIREITO À IMAGEM E À HONRA DE PAI 
FALECIDO. 
Os direitos da personalidade, de que o direito à 
imagem é um deles, guardam como principal 
característica a sua intransmissibilidade. Nem 
por isso, contudo, deixa de merecer proteção a 
imagem e a honra de quem falece, como se 
fossem coisas de ninguém, porque elas 
permanecem perenemente lembradas nas 
memórias, como bens imortais que se 
prolongam para muito além da vida, estando 
até acima desta, como sentenciou Ariosto. 
Daí porque não se pode subtrair dos filhos o 
direito de defender a imagem e a honra de seu 
falecido pai, pois eles, em linha de 
normalidade, são os que mais se desvanecem 
com a exaltação feita à sua memória, como são 
os que mais se abatem e se deprimem por 
qualquer agressão que lhe possa trazer 
mácula. Ademais, a imagem de pessoa famosa 
projeta efeitos econômicos para além de sua 
morte, pelo que os seus sucessores passam a 
ter, por direito próprio, legitimidade para 
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companheiro só entra caso a prova peça por doutrina, jurisprudência etc.
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NÃO É legitimação extraordinária NEM substituição processual
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é legitimação ordinária/autônoma - tentam lesar o morto e acabam lesando terceiro por reflexo
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postularem indenização em juízo, seja por dano 
moral, seja por dano material. 
Primeiro recurso especial das autoras 
parcialmente conhecido e, nessa parte, 
parcialmente provido. Segundo recurso 
especial das autoras não conhecido. Recurso 
da ré conhecido pelo dissídio, mas improvido. 
# Parágrafo único do art. 20 do CC - lesados 
indiretos para pleitos relacionados a direito à 
imagem: 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou 
de ausente, são partes legítimas para requerer 
essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes. 
- São lesados indiretos no direito à imagem: 
 
a) cônjuge sobrevivente 
b) ascendente 
c) descendente 
 
Como fazer? 
- Enunciado nº 5 da Jornada de direito civil do 
STJ. 
 
Enunciado nº 5 – Arts. 12 e 20: 1) as 
disposições do art. 12 têm caráter geral e 
aplicam-se, inclusive, às situações previstas no 
art. 20, excepcionados os casos expressos de 
legitimidade para requerer as medidas nele 
estabelecidas; 2) as disposições do art. 20 do 
novo Código Civil têm a finalidade específica de 
regrar a projeção dos bens personalíssimos 
nas situações nele enumeradas. 
Com exceção dos casos expressos de 
legitimação que se conformem com a 
tipificação preconizada nessa norma, a ela 
podem ser aplicadas subsidiariamente as 
regras instituídas no art. 12. 
3. Tutela (proteção) 
 
O artigo 12 do CC - medida preventiva ou 
repressiva. 
 
4. Classificação 
 
4.1 Pilar da Integridade Física 
 
> Art. 13 - Tutela ao Corpo Vivo; 
> Art. 14 - Tutela ao Corpo Morto; 
> Art. 15 - Autonomia do Paciente ou Livre 
Consentimento Informado. 
4.1.1 Corpo Vivo (Art. 13 CC): 
 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o 
ato de disposição do próprio corpo, quando 
importar diminuição permanente da integridade 
física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo 
será admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial. 
 
4.1.2 Tutela ao Corpo Morto (art. 14) 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou 
altruístico, a disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para depois da 
morte. 
 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser 
livremente revogado a qualquer tempo. 
 
4.1.3 Autonomia do Paciente ou Livre 
Consentimento Informado (art. 15) 
 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a 
submeter-se, com risco de vida, a tratamento 
médico ou a intervenção cirúrgica. 
 
4.2 Integridade Psíquica ou Moral 
 
4.2.1 Imagem 
 
a) Noções: 
 
São as características pelas quais alguém pode 
ser identificado.. 
b) Aspectos da Imagem 
 
I) IMAGEM-RETRATO: É o pôster da pessoa. 
 
II) IMAGEM-ATRIBUTO: É o qualitativo social. 
 
III) IMAGEM-VOZ: Timbre sonoro identificador. 
Art. 5º 
V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, 
a honra e a imagem das pessoas, assegurado 
o direito a indenização pelo dano material ou 
moral decorrente de sua violação; 
 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se 
necessárias à administração da justiça ou à 
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manutenção da ordem pública, a divulgação de 
escritos, a transmissão da palavra, ou a 
publicação, a exposição ou a utilização da 
imagemde uma pessoa poderão ser proibidas, 
a seu requerimento e sem prejuízo da 
indenização que couber, se lhe atingirem a 
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se 
se destinarem a fins comerciais. 
# Autorização expressa ou tácita 
 
# Mitigações à necessidade de autorização? 
 
necessária à administração da justiça ou à 
manutenção da ordem pública 
 
b) Direito à imagem x direito à informação 
 
c) Direito a imagem em locais públicos 
 
d) Direito à imagem de pessoas pública sou 
quem estão com elas. 
Na hora da prova? 
01. (FCC – TRT 23 - Analista Judiciário – Área 
Judiciária/2011) Considere as seguintes 
publicações: 
 
I. Foto de criminoso foragido, condenado e 
procurado pela Justiça em locais públicos e em 
jornais de grande circulação. 
II. Imagem de sambista em anúncio, com 
objetivo comercial, sem a sua autorização. 
III. Imagem de grupo folclórico em jornal 
destinado à divulgação das atividades artísticas 
da cidade. 
 
Cabe proibição, a requerimento da pessoa cuja 
imagem foi exposta, publicada ou utilizada e 
sem prejuízo da indenização que couber, 
APENAS em 
A) II e III. 
B) I e II. 
C) I e III. 
D) II. 
E) I. 
02. (FCC – TRT 22 - Analista Judiciário – Exec. 
Mandados/2010) Num comercial exibido na 
televisão, a imagem de Pedro,sem a sua 
autorização, aparece correndo numa esteira 
deacademia. A utilização de sua imagem 
 
A) pode ser proibida a seu requerimento e 
enseja indenização, por se destinar a fins 
comerciais. 
B) pode ser proibida a seu requerimento, 
mas não enseja indenização, por não lhe atingir 
a honra. 
C) não pode ser proibida a seu 
requerimento, por não lhe atingir a honra, mas 
enseja indenização, por não ter sido autorizada. 
D) não pode ser proibida a seu 
requerimento, nem enseja indenização, por não 
lhe atingir a honra. 
E) só pode ser proibida e só gera direito à 
indenização se implicar em ofensa à sua boa 
fama e respeitabilidade. 
4.2.2 Vida Privada ou Privacidade 
 
a) Noções 
 
b) Aspectos da privacidade 
 
I) INTIMIDADE 
 
II) SEGREDO OU SIGILO 
 
# Enquanto a intimidade é blindada, o segredo 
não é, pois pode ser relativizado. 
 
c) Previsão Legal 
Há uma proteção constitucional – art. 5º, XII 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e 
das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na 
forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual 
penal; 
 
No CC, está previsto no art. 21: 
 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é 
inviolável, e o juiz, a requerimento do 
interessado, adotará as providências 
necessárias para impedir ou fazer cessar ato 
contrário a esta norma. 
4.2.3 Honra 
 
a) Noções 
 
É o direito a reputação social, a boa fama. 
 
b) Faces da honra 
 
I) HONRA OBJETIVA 
 
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Súm. 403 STJ
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reputação perante outros
 
 
 
 
 
 
 
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II) HONRA SUBJETIVA 
4.2.4 Nome (Art 16 a 19 CC) 
 
a) Noções 
 
O nome é, em regra, composto pelo prenome e 
sobrenome (patronímico) (art 16). 
 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele 
compreendidos o prenome e o sobrenome. 
É possível que o nome ainda seja composto 
pelo agnome (elemento acessório). 
 
Limite à escolha do nome: não é possível 
escolher um nome que venha a expor o titular 
ao ridículo. O § único do art. 55 da LRP (Lei 
6.015/73) 
 
Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não 
registrarão prenomes suscetíveis de expor ao 
ridículo os seus portadores. Quando os pais 
não se conformarem com a recusa do oficial, 
este submeterá por escrito o caso, 
independente da cobrança de quaisquer 
emolumentos, à decisão do Juiz competente. 
É vedada a utilização do nome em publicações 
ou representações que exponham ao desprezo 
público, ainda que inexista intenção 
difamatória. (art 17). 
 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser 
empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo 
público, ainda quando não haja intenção 
difamatória. 
A utilização de nome em propaganda comercial 
necessita de autorização, sempre (art 18). 
 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o 
nome alheio em propaganda comercial. 
 
Ademais, confere o Código Civil proteção ao 
pseudônimo utilizado para atividades licitas 
idêntica àquela do nome (art 19). 
 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades 
lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
É possível, ainda, a averbação no registro civil 
do nome utilizado para atividade profissional, 
conforme regula o art 57 da LRP 
 
Art. 57. Qualquer alteração posterior de nome, 
somente por exceção e motivadamente, após 
audiência do Ministério Público, será permitida 
por sentença do Juiz a que estiver sujeito o 
registro, arquivando-se o mandado e 
publicando-se a alteração pela imprensa. 
§ 1º Poderá, também, ser averbado, nos 
mesmos termos, o nome abreviado, usando 
como firma comercial registrada ou em 
qualquer atividade profissional. 
§ 2º A mulher solteira, desquitada ou viúva, que 
viva com homem solteiro, desquitado ou viúvo, 
excepcionalmente e havendo motivo 
ponderável, poderá requerer ao Juiz 
competente que, no registro de nascimento, 
seja averbado o patrominico de seu 
companheiro, sem prejuíso dos apelidos 
próprios, de família, desde que haja 
impedimento legal para o casamento, 
decorrente do estado civil de qualquer das 
partes ou de ambas. 
§ 3º O Juiz competente somente processará o 
pedido, se tiver expressa concordância do 
companheiro, e se da vida em comum 
houverem decorrido, no mínimo, 5 (cinco) anos 
ou existirem filhos da união. 
§ 4º O pedido de averbação só terá curso, 
quando desquitado o companheiro, se a ex-
esposa houver sido condenada ou tiver 
renunciado ao uso dos apelidos do marido, 
ainda que dele receba pensão alimentícia. 
§ 5º O aditamento regulado nesta Lei será 
cancelado a requerimento de uma das partes, 
ouvida a outra. 
§ 6º Tanto o aditamento quanto o 
cancelamento da averbação previstos neste 
artigo serão processados em segredo de 
justiça. 
§ 7º Quando a alteração de nome for concedida 
em rezão de fundada coação ou ameaça 
decorrente de colaboração com a apuração de 
crime, o Juiz competente determinará que haja 
a averbação no registro de origem de menção 
da existência de sentença conceciva da 
alteração, sem a averbação do nome alterado, 
que semente poderá ser procedida mediante 
determinação posterior, que levará em 
considerção a cessação da coação ou ameaça 
que deu causa à alteração. (Acrescentado pela 
L-009.807-1999) 
 
Em relação ao nome vige o denominado 
principio da imutabilidade relativa, sendo 
possível a sua alteração: 
 
Alex
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Alex
Pencil
Alex
Typewriter
é a reputação perante si mesmo
Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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ex.: Jr; filho; neto
Alex
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Alex
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responsabilidade objetiva
Alex
Pencil
Alex
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Alex
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dano presumido
Alex
Pencil
Alex
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AlexTypewriter
Ex.: Xuxa, Pelé
Alex
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11 
- As hipóteses legais de alteração do nome 
são: 
 
a) Casamento (art. 1565, § 1º) 
b) união estável (na LRP – art 57) 
c) dissolução do casamento (separação e 
divórcio) 
d) dissolução da união estável 
e) aquisição de nacionalidade brasileira 
f) em razão de fundada coação ou ameaça 
decorrente colaboração com proteção de crime 
– art 58 da LRP 
g) adoção – pode alterar o prenome e inserir 
sobrenome 
h) nome vexatório, que expõe o titular ao 
ridículo 
i) Substituição por apelido publico notório (art 
58 LRP) 
j) Modificação no primeiro ano após a 
maioridade através de decisão judicial (art. 56, 
da LRP). 
- A jurisprudência criou ainda outras 
possibilidades: 
 
a) homonímia depreciativa 
b) transexual 
c) viuvez 
4.3 Direito à Integridade Intelectual 
 
Diz respeito às criações do intelecto, a exemplo 
da Propriedade Intelectual. 
Como é na hora da prova? 
03. (TRE – MATO GROSSO – 2007- FCC). 
 
No que concerne aos direitos da personalidade 
é correto afirmar que 
 
a) o pseudônimo adotado para atividades lícitas 
e ilícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
b) a disposição gratuita do próprio corpo, no 
todo ou em parte, para depois da morte, é 
válida com objetivo altruístico. 
c) é lícito o ato de disposição do próprio corpo, 
quando importar diminuição permanente da 
integridade física, mesmo se não houver 
exigência médica. 
d) eles são intransmissíveis e irrenunciáveis, 
em regra, mas o seu exercício poderá sofrer 
limitação voluntária. 
e) em se tratando de pessoa pública o nome 
desta poderá ser utilizado em propaganda 
comercial, ainda que sem autorização. 
 
Direitos da Personalidade 
Tema IV 
 
1. Introdução e Conceito 
 
- A personalidade como centro do ordenamento 
jurídico nacional, ao revés da pessoa. 
 
A relação dos direitos da personalidade no CC 
é taxativa ou exemplificativa? 
 
Súmula 364, STJ - o conceito de 
impenhorabilidade de bem de família abrange 
também o imóvel pertencente a pessoas 
solteiras, separadas e viúvas. 
 
E. 274 CJF – Direitos da personalidade são 
exemplificativos por causa da cláusula geral da 
dignidade da pessoa humana e são 
ponderados. 
2. Características 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em 
lei, os direitos da personalidade são 
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo 
o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
 
a) Segundo a Lei: 
 
intransmissíveis + irrenunciáveis + 
impossibilidade de limitação voluntária 
 
b) A doutrina alarga: 
2.1 Indisponíveis 
 
Enunciado nº 4 do CJF. 
 
Enunciado 4 – Art.11: o exercício dos direitos 
da personalidade pode sofrer limitação 
voluntária, desde que não seja permanente 
nem geral. 
 
2.2 Absolutos 
 
2.3 Extrapatrimoniais 
 
2.4 Inatos (Jusnaturalistas) 
2.5 Imprescritíveis 
 
# Imprescritível é o direito, não a pretensão de 
ressarcimento por sua violação. Esta prescreve 
no prazo de três anos (art 206, p. 3, III, CC). 
 
Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
Typewriter
ex.: Fernandino Beira-Mar
Alex
Pencil
Alex
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Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
Pencil
Alex
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Alex
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Alex
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Alex
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Art. 206. Prescreve: 
§ 3º Em três anos: 
V - a pretensão de reparação civil; 
 
2.6 Vitalícios 
 
# Lesados indiretos 
 
Art. 12, parágrafo único, do CC: 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá 
legitimação para requerer a medida prevista 
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou 
qualquer parente em linha reta, ou colateral até 
o quarto grau. 
 
- São lesados indiretos na norma geral: 
 
a) cônjuge sobrevivente 
b) ascendente 
c) descendente 
d) colaterais até 4 grau 
# Exemplo prático de lesado indireto: Resp 
521697/RJ. “Caso Garrincha”. 
 
REsp 521697 / RJ 
Ministro CESAR ASFOR ROCHA (1098) 
T4 - QUARTA TURMA 
Data do Julgamento: 16/02/2006 
CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. 
DIREITO À IMAGEM E À HONRA DE PAI 
FALECIDO. 
Os direitos da personalidade, de que o direito à 
imagem é um deles, guardam como principal 
característica a sua intransmissibilidade. Nem 
por isso, contudo, deixa de merecer proteção a 
imagem e a honra de quem falece, como se 
fossem coisas de ninguém, porque elas 
permanecem perenemente lembradas nas 
memórias, como bens imortais que se 
prolongam para muito além da vida, estando 
até acima desta, como sentenciou Ariosto. 
Daí porque não se pode subtrair dos filhos o 
direito de defender a imagem e a honra de seu 
falecido pai, pois eles, em linha de 
normalidade, são os que mais se desvanecem 
com a exaltação feita à sua memória, como são 
os que mais se abatem e se deprimem por 
qualquer agressão que lhe possa trazer 
mácula. Ademais, a imagem de pessoa famosa 
projeta efeitos econômicos para além de sua 
morte, pelo que os seus sucessores passam a 
ter, por direito próprio, legitimidade para 
postularem indenização em juízo, seja por dano 
moral, seja por dano material. 
Primeiro recurso especial das autoras 
parcialmente conhecido e, nessa parte, 
parcialmente provido. Segundo recurso 
especial das autoras não conhecido. Recurso 
da ré conhecido pelo dissídio, mas improvido. 
# Parágrafo único do art. 20 do CC - lesados 
indiretos para pleitos relacionados a direito à 
imagem: 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou 
de ausente, são partes legítimas para requerer 
essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes. 
- São lesados indiretos no direito à imagem: 
 
a) cônjuge sobrevivente 
b) ascendente 
c) descendente 
 
Como fazer? 
- Enunciado nº 5 da Jornada de direito civil do 
STJ. 
 
Enunciado nº 5 – Arts. 12 e 20: 1) as 
disposições do art. 12 têm caráter geral e 
aplicam-se, inclusive, às situações previstas no 
art. 20, excepcionados os casos expressos de 
legitimidade para requerer as medidas nele 
estabelecidas; 2) as disposições do art. 20 do 
novo Código Civil têm a finalidade específica de 
regrar a projeção dos bens personalíssimos 
nas situações nele enumeradas. 
Com exceção dos casos expressos de 
legitimação que se conformem com a 
tipificação preconizada nessa norma, a ela 
podem ser aplicadas subsidiariamente as 
regras instituídas no art. 12. 
3. Tutela (proteção) 
 
O artigo 12 do CC - medida preventiva ou 
repressiva. 
 
4. Classificação 
 
4.1 Pilar da Integridade Física 
 
> Art. 13 - Tutela ao Corpo Vivo; 
> Art. 14 - Tutela ao Corpo Morto; 
> Art. 15 - Autonomia do Paciente ou Livre 
Consentimento Informado. 
4.1.1 Corpo Vivo (Art. 13 CC): 
Alex
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Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o 
ato de disposição do próprio corpo, quando 
importar diminuição permanente da integridade 
física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo 
será admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial. 
 
4.1.2 Tutela ao Corpo Morto (art. 14) 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou 
altruístico, a disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para depois da 
morte. 
 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser 
livremente revogado a qualquer tempo. 
 
4.1.3 Autonomia do Paciente ou Livre 
Consentimento Informado(art. 15) 
 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a 
submeter-se, com risco de vida, a tratamento 
médico ou a intervenção cirúrgica. 
 
4.2 Integridade Psíquica ou Moral 
 
4.2.1 Imagem 
 
a) Noções: 
 
São as características pelas quais alguém pode 
ser identificado.. 
b) Aspectos da Imagem 
 
I) IMAGEM-RETRATO: É o pôster da pessoa. 
 
II) IMAGEM-ATRIBUTO: É o qualitativo social. 
 
III) IMAGEM-VOZ: Timbre sonoro identificador. 
Art. 5º 
V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, 
a honra e a imagem das pessoas, assegurado 
o direito a indenização pelo dano material ou 
moral decorrente de sua violação; 
 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se 
necessárias à administração da justiça ou à 
manutenção da ordem pública, a divulgação de 
escritos, a transmissão da palavra, ou a 
publicação, a exposição ou a utilização da 
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, 
a seu requerimento e sem prejuízo da 
indenização que couber, se lhe atingirem a 
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se 
se destinarem a fins comerciais. 
# Autorização expressa ou tácita 
 
# Mitigações à necessidade de autorização? 
 
necessária à administração da justiça ou à 
manutenção da ordem pública 
 
b) Direito à imagem x direito à informação 
 
c) Direito a imagem em locais públicos 
 
d) Direito à imagem de pessoas pública sou 
quem estão com elas. 
Na hora da prova? 
01. (FCC – TRT 23 - Analista Judiciário – Área 
Judiciária/2011) Considere as seguintes 
publicações: 
 
I. Foto de criminoso foragido, condenado e 
procurado pela Justiça em locais públicos e em 
jornais de grande circulação. 
II. Imagem de sambista em anúncio, com 
objetivo comercial, sem a sua autorização. 
III. Imagem de grupo folclórico em jornal 
destinado à divulgação das atividades artísticas 
da cidade. 
 
Cabe proibição, a requerimento da pessoa cuja 
imagem foi exposta, publicada ou utilizada e 
sem prejuízo da indenização que couber, 
APENAS em 
A) II e III. 
B) I e II. 
C) I e III. 
D) II. 
E) I. 
02. (FCC – TRT 22 - Analista Judiciário – Exec. 
Mandados/2010) Num comercial exibido na 
televisão, a imagem de Pedro,sem a sua 
autorização, aparece correndo numa esteira 
deacademia. A utilização de sua imagem 
 
A) pode ser proibida a seu requerimento e 
enseja indenização, por se destinar a fins 
comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
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B) pode ser proibida a seu requerimento, 
mas não enseja indenização, por não lhe atingir 
a honra. 
C) não pode ser proibida a seu 
requerimento, por não lhe atingir a honra, mas 
enseja indenização, por não ter sido autorizada. 
D) não pode ser proibida a seu 
requerimento, nem enseja indenização, por não 
lhe atingir a honra. 
E) só pode ser proibida e só gera direito à 
indenização se implicar em ofensa à sua boa 
fama e respeitabilidade. 
4.2.2 Vida Privada ou Privacidade 
 
a) Noções 
 
b) Aspectos da privacidade 
 
I) INTIMIDADE 
 
II) SEGREDO OU SIGILO 
 
# Enquanto a intimidade é blindada, o segredo 
não é, pois pode ser relativizado. 
 
c) Previsão Legal 
Há uma proteção constitucional – art. 5º, XII 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e 
das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na 
forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual 
penal; 
 
No CC, está previsto no art. 21: 
 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é 
inviolável, e o juiz, a requerimento do 
interessado, adotará as providências 
necessárias para impedir ou fazer cessar ato 
contrário a esta norma. 
4.2.3 Honra 
 
a) Noções 
 
É o direito a reputação social, a boa fama. 
 
b) Faces da honra 
 
I) HONRA OBJETIVA 
 
II) HONRA SUBJETIVA 
4.2.4 Nome (Art 16 a 19 CC) 
 
a) Noções 
 
O nome é, em regra, composto pelo prenome e 
sobrenome (patronímico) (art 16). 
 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele 
compreendidos o prenome e o sobrenome. 
É possível que o nome ainda seja composto 
pelo agnome (elemento acessório). 
 
Limite à escolha do nome: não é possível 
escolher um nome que venha a expor o titular 
ao ridículo. O § único do art. 55 da LRP (Lei 
6.015/73) 
 
Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não 
registrarão prenomes suscetíveis de expor ao 
ridículo os seus portadores. Quando os pais 
não se conformarem com a recusa do oficial, 
este submeterá por escrito o caso, 
independente da cobrança de quaisquer 
emolumentos, à decisão do Juiz competente. 
É vedada a utilização do nome em publicações 
ou representações que exponham ao desprezo 
público, ainda que inexista intenção 
difamatória. (art 17). 
 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser 
empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo 
público, ainda quando não haja intenção 
difamatória. 
A utilização de nome em propaganda comercial 
necessita de autorização, sempre (art 18). 
 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o 
nome alheio em propaganda comercial. 
 
Ademais, confere o Código Civil proteção ao 
pseudônimo utilizado para atividades licitas 
idêntica àquela do nome (art 19). 
 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades 
lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
É possível, ainda, a averbação no registro civil 
do nome utilizado para atividade profissional, 
conforme regula o art 57 da LRP 
 
Art. 57. Qualquer alteração posterior de nome, 
somente por exceção e motivadamente, após 
 
 
 
 
 
 
 
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audiência do Ministério Público, será permitida 
por sentença do Juiz a que estiver sujeito o 
registro, arquivando-se o mandado e 
publicando-se a alteração pela imprensa. 
§ 1º Poderá, também, ser averbado, nos 
mesmos termos, o nome abreviado, usando 
como firma comercial registrada ou em 
qualquer atividade profissional. 
§ 2º A mulher solteira, desquitada ou viúva, que 
viva com homem solteiro, desquitado ou viúvo, 
excepcionalmente e havendo motivo 
ponderável, poderá requerer ao Juiz 
competente que, no registro de nascimento, 
seja averbado o patrominico de seu 
companheiro, sem prejuíso dos apelidos 
próprios, de família, desde que haja 
impedimento legal para o casamento, 
decorrente do estado civil de qualquer das 
partes ou de ambas. 
§ 3º O Juiz competente somente processará o 
pedido, se tiver expressa concordância do 
companheiro, e se da vida em comum 
houverem decorrido, no mínimo, 5 (cinco) anos 
ou existirem filhos da união. 
§ 4º O pedido de averbação só terá curso, 
quando desquitado o companheiro, se a ex-
esposa houver sido condenada ou tiver 
renunciado ao uso dos apelidos do marido, 
ainda que dele receba pensão alimentícia. 
§ 5º O aditamento regulado nesta Lei será 
cancelado a requerimento de uma das partes, 
ouvida a outra. 
§ 6º Tanto o aditamento quanto o 
cancelamento da averbação previstos neste 
artigo serão processados em segredo de 
justiça. 
§ 7º Quando a alteração de nome for concedida 
em rezão de fundada coação ou ameaça 
decorrente de colaboração com a apuração de 
crime, o Juiz competente determinará que haja 
a averbação no registro de origem de menção 
da existência de sentença conceciva da 
alteração, sem a averbação do nome alterado, 
que semente poderá ser procedida mediante 
determinação posterior, que levará em 
considerção a cessação da coação ou ameaça 
que deu causaà alteração. (Acrescentado pela 
L-009.807-1999) 
 
Em relação ao nome vige o denominado 
principio da imutabilidade relativa, sendo 
possível a sua alteração: 
 
- As hipóteses legais de alteração do nome 
são: 
 
a) Casamento (art. 1565, § 1º) 
b) união estável (na LRP – art 57) 
c) dissolução do casamento (separação e 
divórcio) 
d) dissolução da união estável 
e) aquisição de nacionalidade brasileira 
f) em razão de fundada coação ou ameaça 
decorrente colaboração com proteção de crime 
– art 58 da LRP 
g) adoção – pode alterar o prenome e inserir 
sobrenome 
h) nome vexatório, que expõe o titular ao 
ridículo 
i) Substituição por apelido publico notório (art 
58 LRP) 
j) Modificação no primeiro ano após a 
maioridade através de decisão judicial (art. 56, 
da LRP). 
- A jurisprudência criou ainda outras 
possibilidades: 
 
a) homonímia depreciativa 
b) transexual 
c) viuvez 
4.3 Direito à Integridade Intelectual 
 
Diz respeito às criações do intelecto, a exemplo 
da Propriedade Intelectual. 
Como é na hora da prova? 
03. (TRE – MATO GROSSO – 2007- FCC). 
 
No que concerne aos direitos da personalidade 
é correto afirmar que 
 
a) o pseudônimo adotado para atividades lícitas 
e ilícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
b) a disposição gratuita do próprio corpo, no 
todo ou em parte, para depois da morte, é 
válida com objetivo altruístico. 
c) é lícito o ato de disposição do próprio corpo, 
quando importar diminuição permanente da 
integridade física, mesmo se não houver 
exigência médica. 
d) eles são intransmissíveis e irrenunciáveis, 
em regra, mas o seu exercício poderá sofrer 
limitação voluntária. 
e) em se tratando de pessoa pública o nome 
desta poderá ser utilizado em propaganda 
comercial, ainda que sem autorização. 
 
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