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GERÊNCIA-GERAL DE ALIMENTOS 
O principal objetivo desta medida é garantir que o consumidor tenha 
acesso a informações verídicas e com adequado amparo científico, 
auxiliando a reduzir possíveis enganos quanto aos benefícios do produto. 
Além das alegações de propriedade de propriedades funcionais, a lista 
também contém alegações de conteúdo nutricional para os suplementos. 
Desta forma, conforme o art. 19º da RDC nº 243/2018, a RDC nº 54/2012, que 
dispõe sobre o regulamento técnico sobre informação nutricional 
complementar, não se aplica aos suplementos alimentares. 
12. Por que os probióticos receberam tratamento diferenciado? 
A discussão sobre a regulação de probióticos é pauta atual de muitas 
autoridades regulatórias do mundo, todas empenhadas em estabelecer 
regras proporcionais que favoreçam a oferta de produtos seguros e 
eficazes, sem impor barreiras desnecessários para o acesso dos probióticos 
ao mercado de consumo. Ademais, os probióticos, por serem organismos 
vivos, possuem critérios muito próprios para a avaliação de segurança e 
comprovação dos efeitos benéficos, além da demonstração da identidade 
da linhagem. 
Desta forma, a Anvisa publicou a RDC nº 241/2018, um regulamento que 
trata essas especificidades, o qual é aplicável não apenas a suplementos 
alimentares, mas também a outros alimentos convencionais que utilizam 
microrganismos com intuito de trazer benefícios à saúde do consumidor. 
13. O Guia para Instrução Processual de Petição de Avaliação de 
Probióticos para Uso em Alimentos já foi publicado? 
Sim. No dia 27/03/2019, a Anvisa publicou a 1ª versão do Guia nº 21/2019, 
que trata da instrução processual de petição de avaliação de probióticos 
para uso em alimentos. 
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/378667
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/28921
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/378665
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/392906
 
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GERÊNCIA-GERAL DE ALIMENTOS 
O documento, que está vigente desde a sua publicação, apresenta 
orientações sobre a forma de estruturação de dossiês técnico-científicos 
para subsidiar pedidos de avaliação de probióticos em alimentos, incluindo 
informações sobre a identidade, a segurança e os benefícios da linhagem 
do probiótico. 
Tanto a proposta normativa sobre os requisitos para comprovação da 
segurança e dos benefícios à saúde dos probióticos para uso em alimentos 
quanto a 1ª versão do Guia nº 21/2019 foram submetidos à participação 
social, sendo que a proposição normativa foi publicada por meio da CP nº 
459/2017, enquanto que as contribuições ao Guia foram submetidas por 
meio de formulário eletrônico. 
Um dos grandes avanços do Guia é a apresentação de uma metodologia 
objetiva para avaliação da força da evidência, com previsão de critérios 
distintos quando forem usadas alegações genéricas ou especificas. 
Para a construção da metodologia, a Anvisa contou com o apoio da 
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que disponibilizou pesquisadores 
envolvidos na elaboração das diretrizes adotadas pela Comissão Nacional 
de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). 
14. Por que exigir estudos de estabilidade para os suplementos? 
Para assegurar que os suplementos alimentares possam trazer os benefícios 
esperados, é fundamental a manutenção das suas características até o fim 
do seu prazo de validade, considerando as instruções de conservação e o 
modo de preparo indicados pelo fabricante, de acordo com o § 1º do art. 
10º da RDC nº 243/2018. Essa garantia deve estar amparada por meio de 
estudos de estabilidade e controles de qualidade. 
Inclusive, a necessidade de assegurar que os alimentos mantenham suas 
características até o final do prazo de validade definido pela empresa já 
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/392906
http://antigo.anvisa.gov.br/consultas-publicas#/visualizar/364658
http://antigo.anvisa.gov.br/consultas-publicas#/visualizar/364658
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/378667
 
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GERÊNCIA-GERAL DE ALIMENTOS 
está amparado em norma geral, a Resolução CISA/MA/MS nº 10/1984, 
aplicável a todos os alimentos industrializados ou beneficiados. 
15. As listas de constituintes, de limites de uso e de alegações autorizadas 
para suplementos alimentares podem ser utilizadas para outras categorias 
de alimentos? 
A regulamentação de suplementos alimentares tem escopo e objetivos 
bem definidos, que estão restritos aos suplementos alimentares. Isto significa 
que os requisitos foram elaborados considerando as especificidades dessa 
categoria de produtos. 
A revisão das regras para a adição de nutrientes, substâncias bioativas e 
enzimas em alimentos convencionais impõe a necessidade de considerar 
outras variáveis e dados que podem alterar as conclusões sobre segurança, 
limites de uso e eficácia. 
16. Os produtos que não atenderem aos requisitos de suplementos 
alimentares poderão ser classificados como pós para o preparado de 
bebidas? 
Não. A categoria de pós para preparo de alimentos não pode ser utilizada 
para regularização de produtos que tenham a finalidade de suplementar a 
alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, 
enzimas ou probióticos, isolados ou combinados. Por exemplo, um produto 
à base de colágeno em pó, anteriormente classificado como pó para 
preparo de bebidas, com a finalidade de suplementar a alimentação com 
colágeno, deverá ser regularizado como “Suplemento Alimentar” e atender 
aos requisitos exigidos na RDC nº 243/2018. 
Assim, os produtos para ingestão oral, incluindo a forma de apresentação 
em pó, destinados a suplementar serão considerados suplementos 
alimentares. 
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/378667

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