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25 GERÊNCIA-GERAL DE ALIMENTOS O principal objetivo desta medida é garantir que o consumidor tenha acesso a informações verídicas e com adequado amparo científico, auxiliando a reduzir possíveis enganos quanto aos benefícios do produto. Além das alegações de propriedade de propriedades funcionais, a lista também contém alegações de conteúdo nutricional para os suplementos. Desta forma, conforme o art. 19º da RDC nº 243/2018, a RDC nº 54/2012, que dispõe sobre o regulamento técnico sobre informação nutricional complementar, não se aplica aos suplementos alimentares. 12. Por que os probióticos receberam tratamento diferenciado? A discussão sobre a regulação de probióticos é pauta atual de muitas autoridades regulatórias do mundo, todas empenhadas em estabelecer regras proporcionais que favoreçam a oferta de produtos seguros e eficazes, sem impor barreiras desnecessários para o acesso dos probióticos ao mercado de consumo. Ademais, os probióticos, por serem organismos vivos, possuem critérios muito próprios para a avaliação de segurança e comprovação dos efeitos benéficos, além da demonstração da identidade da linhagem. Desta forma, a Anvisa publicou a RDC nº 241/2018, um regulamento que trata essas especificidades, o qual é aplicável não apenas a suplementos alimentares, mas também a outros alimentos convencionais que utilizam microrganismos com intuito de trazer benefícios à saúde do consumidor. 13. O Guia para Instrução Processual de Petição de Avaliação de Probióticos para Uso em Alimentos já foi publicado? Sim. No dia 27/03/2019, a Anvisa publicou a 1ª versão do Guia nº 21/2019, que trata da instrução processual de petição de avaliação de probióticos para uso em alimentos. http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/378667 http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/28921 http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/378665 http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/392906 26 GERÊNCIA-GERAL DE ALIMENTOS O documento, que está vigente desde a sua publicação, apresenta orientações sobre a forma de estruturação de dossiês técnico-científicos para subsidiar pedidos de avaliação de probióticos em alimentos, incluindo informações sobre a identidade, a segurança e os benefícios da linhagem do probiótico. Tanto a proposta normativa sobre os requisitos para comprovação da segurança e dos benefícios à saúde dos probióticos para uso em alimentos quanto a 1ª versão do Guia nº 21/2019 foram submetidos à participação social, sendo que a proposição normativa foi publicada por meio da CP nº 459/2017, enquanto que as contribuições ao Guia foram submetidas por meio de formulário eletrônico. Um dos grandes avanços do Guia é a apresentação de uma metodologia objetiva para avaliação da força da evidência, com previsão de critérios distintos quando forem usadas alegações genéricas ou especificas. Para a construção da metodologia, a Anvisa contou com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que disponibilizou pesquisadores envolvidos na elaboração das diretrizes adotadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). 14. Por que exigir estudos de estabilidade para os suplementos? Para assegurar que os suplementos alimentares possam trazer os benefícios esperados, é fundamental a manutenção das suas características até o fim do seu prazo de validade, considerando as instruções de conservação e o modo de preparo indicados pelo fabricante, de acordo com o § 1º do art. 10º da RDC nº 243/2018. Essa garantia deve estar amparada por meio de estudos de estabilidade e controles de qualidade. Inclusive, a necessidade de assegurar que os alimentos mantenham suas características até o final do prazo de validade definido pela empresa já http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/392906 http://antigo.anvisa.gov.br/consultas-publicas#/visualizar/364658 http://antigo.anvisa.gov.br/consultas-publicas#/visualizar/364658 http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/378667 27 GERÊNCIA-GERAL DE ALIMENTOS está amparado em norma geral, a Resolução CISA/MA/MS nº 10/1984, aplicável a todos os alimentos industrializados ou beneficiados. 15. As listas de constituintes, de limites de uso e de alegações autorizadas para suplementos alimentares podem ser utilizadas para outras categorias de alimentos? A regulamentação de suplementos alimentares tem escopo e objetivos bem definidos, que estão restritos aos suplementos alimentares. Isto significa que os requisitos foram elaborados considerando as especificidades dessa categoria de produtos. A revisão das regras para a adição de nutrientes, substâncias bioativas e enzimas em alimentos convencionais impõe a necessidade de considerar outras variáveis e dados que podem alterar as conclusões sobre segurança, limites de uso e eficácia. 16. Os produtos que não atenderem aos requisitos de suplementos alimentares poderão ser classificados como pós para o preparado de bebidas? Não. A categoria de pós para preparo de alimentos não pode ser utilizada para regularização de produtos que tenham a finalidade de suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, isolados ou combinados. Por exemplo, um produto à base de colágeno em pó, anteriormente classificado como pó para preparo de bebidas, com a finalidade de suplementar a alimentação com colágeno, deverá ser regularizado como “Suplemento Alimentar” e atender aos requisitos exigidos na RDC nº 243/2018. Assim, os produtos para ingestão oral, incluindo a forma de apresentação em pó, destinados a suplementar serão considerados suplementos alimentares. http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/378667