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11 14 BNCC E O CURRÍCULO DE BIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO RESUMO O ser humano explora os recursos naturais há anos, e os recursos animais não são diferentes. Muitas áreas de ciências e da saúde utilizam animais vivos para vários experimentos, desde estudos científicos até aulas práticas de laboratório. Entretanto, nos últimos anos o debate sobre a ética e o bem-estar animal vem se tornando cada vez mais prevalente, com escritores como Peter Singer e Tom Regan defendendo que os animais merecem as mesmas considerações éticas que os seres humanos. Esse movimento levou à criação de leis no mundo inteiro, e no Brasil, para assegurar os direitos dos animais, a fundação de comitês de ética para regulamentar as atividades das universidades e a criação de diversos métodos para a substituição dos animais na ciência e principalmente na educação. Mas mesmo com todas essas mudanças, como os profissionais das áreas de ciências e da saúde reagiram? E os alunos? E os novos métodos são tão eficazes quanto os tradicionais? O presente trabalho realiza uma revisão da literatura sobre o uso de animais em aulas práticas, observando principalmente a eficácia dos métodos alternativos, as ações tomadas por universidades e a opinião de alunos e professores sobre o tema. Foi realizado um levantamento bibliográfico por meio de recursos digitais, procurando pelos trabalhos mais relevantes sobre o tema. Com base nos trabalhos encontrados, é possível concluir que os métodos alternativos são tão eficazes quanto os tradicionais, apresentando mais benefícios além da redução do sofrimento animal. Também foi possível concluir que muitos alunos e professores não sabem da existência destes métodos, contudo os comitês de ética de diversas universidades estão trabalhando para divulgar esses métodos e a importância da ética animal. Palavras-chave: Aula prática, animais, ensino de ciências 1. INTRODUÇÃO A elaboração desse trabalho busca entender o sentido do Ensino sobre a Biologia nos currículos escolares tais como Ensino Fundamental e Médio do Brasil. Entender porque é importante, porque ela traz conhecimentos científicos que nos auxiliam diretamente no entendimento do que é a vida. Estudar Biologia nos ajuda a ter uma vida saudável, entender sobre os seres vivos e sua biodiversidade, entender a Teoria da Evolução criada por Darwin, entender a Genética, a sua história e as Leis de Mendel. No dia-a-dia o professor tem muitos desafios: abordar vários assuntos durante o ano, acompanhar as mudanças cientificas e as metodologias, porém para organizar são poucas horas semanais, horários limitados de atividade que impedem de produzir o material com antecedência e uma boa qualidade. Em determinados momentos, os alunos sentem a falta do contato com professor, ás vezes o professor não busca interesse em buscar conhecimentos que o auxilia, falta de diálogo, falta de compreensão do livro didático, os alunos não conseguem questionar os professores, os exercícios são repetitivos deixando os alunos tediante, assim, os alunos se envolvem superficialmente o conteúdo dependendo do professor ou da disciplina. A escola pode estar em crise, mas sempre busca soluções para resolver os problemas. Com isso, esse trabalho desenvolveu muitos objetivos para estimular o aprendizado e incentivar os docentes na criatividade e na escolha de sua metodologia. Existem muitas formas de aprender os conceitos da Biologia, cabe ao professor valorizar as ideias apresentadas por na prática. É importante desenvolver uma ação educativa que desenvolva a capacidade dos alunos pensarem de uma forma crítica. São trazidas nesse contexto, várias metodologias como aulas práticas, saindo um pouco do material didático, buscando novas pesquisas na Internet de uma maneira sábia, vídeos, exemplificações de situações e até mesmo criar jogos educativos. Ao professor então, traz muitas competências como estimular ação para tais práticas, ser otimista ao resultado, prestar atenção nos alunos, ter tempo para preparar seu trabalho pedagógico e incentivar o julgamento critico dos alunos no ensino. O foco é avaliar seus alunos e considerar a metodologia aqui apresentada ou alguma que não foi escrita e valorizá-las com criatividade. 2. OBJETIVOS GERAIS O principal foco desse trabalho é mostrar o porquê de estudar a Biologia e ampliar o conhecimento do educando. 3. JUSTIFICATIVA O presente trabalho mostra os principais problemas na educação brasileira. Fatores que contribuem para isso são: a estrutura educacional, professores desmotivados e dificuldades diárias da realidade escolar. Neste contexto, a educação exige um olhar para uma pesquisa bibliográfica, a fim de analisar os problemas e trazer respostas e soluções para as dificuldades. Ao desenvolver a pesquisa, leva-se e em conta os livros pesquisados, artigo buscados na internet dos quais falam sobre o assunto. Quando os alunos terminam o Ensino Médio, eles devem estar aptos a desenvolverem seu raciocínio de forma crítica, induzindo-o a pesquisar sobre o assunto e buscar mais conhecimentos. No entanto, a pesquisa também mostrou contradições e dificuldades nos relacionamentos docentes e alunos e os alunos só compreendem os fatos baseados nos fatos que realmente são. Na escola, deve-se desenvolver o processo de construção do que é Ciência e não uma escola superficial incapaz de não ensinar uma visão crítica, pois o professor deve utilizar uma metodologia que mostre o domínio do conhecimento em sua área do ponto de vista cientifico. Contudo, a escola tem o dever de organizar o conhecimento e mostrar aos alunos de uma forma que seja eficiente o seu aprendizado. 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - EVOLUÇÂO DO ENSINO DA BIOLOGIA NO BRASIL O estudo da Biologia iniciou-se quando o Aristóteles conseguiu classificar os animais. Em 1316, o italiano Mondino de Luzzi publicou um livro conhecido como anatomia humana. Três séculos após essa publicação, surge a teoria da Evolução por Charles Robert Darwin. Segundo Canavarro (1999 apud ROSA, 2005), o estudo da Biologia na escola foi no século XIX. E segundo os historiadores já se formam diferentes formas de pensar sobre o assunto, e com tantas incertezas, a Biologia foi introduzida mais tarde. Para Krasilchik (1987), a evolução do ensino de Ciências, no Brasil, é marcada pelas consequências de crises econômicas, sociais e políticas. Essas crises ou conflitos de ideias, no decorrer da história, determinaram e determinam padrões de crescimento de um país, e estes, uma redefinição dos conteúdos que envolvem o desenvolvimento da capacidade de seus educandos/cidadãos. Assim, cada período da história do ensino de Ciências foi marcado por uma metodologia própria para os objetivos daquela época. Delizoicov (2000) refere-se à forte crítica que o ensino das Ciências Naturais sofre por seu excessivo distanciamento dos fenômenos e das situações que constituem o universo dos alunos. Descreve ainda que, esforços de se trabalhar os mesmos conteúdos de ensino mais vinculados àquele universo mostram que é possível, no nível médio de ensino, uma efetiva aproximação dos modelos e das abstrações contidas no conhecimento científico e sua aplicação em situações reais. 5. ENTENDENDO O COTIDIANO DA ESCOLA COM A COMUNIDADE Esse trabalho procurou entender a escola no seu cotidiano com a comunidade, pois isso também influência no aprendizado em relação ao docente e o aluno. Segundo Vygotsky (1978, página 5): "A aprendizagem é um processo social. O conhecimento é construído na interação com outros indivíduos e com o ambiente ao redor, onde a escola e a comunidade desempenham papéis essenciais." Consta-se nas escolas públicas, que todos os professores são graduados em licenciatura e alguns possuem especialização, porém há escassez de profissionais e os que estão na escola estão desmotivados. Muito se tem cobrado dos professores para que se tenha uma educação eficiente, porém não disponibilizam recursos e materiais. Os baixos salários eas salas de aulas lotadas são pontos que desanimam os professores e os afastam da sala de aula. O professor estando desmotivado, o rendimento e a sua produtividade como consequência cai e fragiliza a aprendizagem. A escola de hoje, conta com apoio da tecnologia que pode melhorar a qualidade da educação. Muitas vezes, a tecnologia sendo mal usado como exemplo, o uso do celular, causa problemas entre a interação com o professor e o aluno. Porém, se usar de forma correta, pode unir a tecnologia com a educação. Para essa nova realidade, é preciso que os professores conheçam novos elementos que fazem parte da vida dos jovens, dos adolescentes. Além da tecnologia, o que podemos perceber com a pesquisa, é que muitas mudanças podem ser feitas para a educação. A educação deve ser pensada no fator família, fator social e fator cultural, para que o ensino possa trazer melhoria. No fator social, por exemplo: a violência, que mesmo sendo na comunidade, acaba refletindo internamente da escola, deve tomar medias necessárias para incluir políticas públicas envolvendo outras áreas como saúde e segurança para diminuir esse problema. Ultimamente, muito se fala na mídia o desrespeito com o professor, chegando ameaças contra esse profissional. O fator família também desanima os professores, pois às vezes mandam seus filhos para escola apenas para receber algum benefício do governo como bolsa família ou um diploma no final do curso, e espera-se da escola, atitudes que deveriam receber de casa, como educação e respeito. Entender o ambiente escolar é importante no processo de ensino e aprendizado, pois desenvolve o conhecimento através da motivação, de atitudes e valores. 6. MELHORIAS PARA BOA QUALIDADE DE ENSINO O trabalho proposto questiona os fatos citados e propõe medidas para a melhoria tais como: 6.1. Melhorar o salário: Para aumentar a qualidade dos professores você precisa atrair pessoas que se interessam em lecionar e consequentemente é preciso ter uma boa remuneração. Há um problema nesses dois aspectos, pois há problema na atratividade para formação de professores, há falta de autonomia pedagógica e os professores reclamam não ter uma boa remuneração. Os professores de hoje trabalham em muitas horas e as vezes em escolas diferentes. Com isso a qualidade do ensino é afetada. 6.2. Mais incentivo aos professores Segundo a revista Veja:" Incentivos funcionam quando a pessoa pode e sabe fazer o que se pede. Se o professor falta às aulas, pode-se cortar o pagamento ou pode-se premiar um professor que nunca falta. Isso funciona." Incentivar alguém significa "dar algo" em troca de algo que foi feito bem merecido. Ao dar um presente a alguém por ter estudado um livro, ou feito alguma tarefa importante são ações sábias que influenciam nos comportamentos e nos resultados. 7. AVALIAR SE O ENSINO TEM AJUDADO OS ALUNOS A COMPREENDER BIOLOGIA As aulas nas escolas tanto no Ensino Fundamental como no Médio, as aulas tem sido muito teóricas, pouco expositivas e sem uso de recursos didático. As aulas teóricas são temas complexos e ao invés de ajudar o aluno a entender, os alunos recebem as informações de forma e monótono, resultando desinteresse pelos alunos. Os livros são organizados para apresentar a disciplina, mas a leitura torna insuficiente para dar bom entendimento aos alunos. Os professores por sua vez, encontra-se limitação ao passar um conteúdo para um aluno, e dificulta o aluno ver as definições e os conteúdos de uma forma mais detalhada. No ensino médio, uma das matérias mais difíceis é a genética, pois os alunos demoram a compreensão do DNA, RNA, ribossomos, dentre outros. Os professores seguem aulas teóricas sobre o assunto, e não chama a curiosidade do aluno para buscar suas respostas. Para melhorar o aprendizado, pode alcançar novas técnicas pedagógicas interessantes. Se o governo não disponibilizar recursos tecnológicos para isso, o professor pode buscar alternativas para ajudar na sua metodologia, inovando e também criando novos caminhos. Em contrapartida, muitos estudantes querem apenas as notas com a necessidade de passar, sem interesse no aprendizado. Apenas guardam os fatos, informações, as vezes sem nenhuma conexão, apenas para atender as exigências para fazer uma boa prova. Tornando assim, uma atividade mecânica, repetitiva, onde os alunos decoram e com o tempo esquecem as informações. As aulas práticas pode ser um caminho alternativo para um aluno se interessar no conteúdo, pois através dela, os estudantes se envolvem na experimentação. Segundo Dewey (2005, página 50): “Educação não é a preparação para a vida; educação é a própria vida." Feita uma pesquisa em uma escola estadual, numa turma de ensino médio, os alunos fizeram uma atividade através de aulas práticas sobre as Leis de Isaac Newton, as respostas dos alunos foram bem-sucedidas, pois disseram: Através desse experimento, pude compreender o tema melhor; enriqueceu meu conhecimento de forma divertida, eu prestei mais atenção em sala de aula, a aula tornou mais interessante. Diante disso, podemos comprovar a importância de caminhos alternativos dentro de uma sala de aula para facilitar o processo de aprendizagem. Utilizando assim novas metodologias, permite uma interação entre a teoria e a prática, ajuda a minimizar as dificuldades existentes, tornando uma aprendizagem mais eficaz. Outra questão sobre a aula prática: Você gostou desse modelo de ensino? ”Sim, porque quebrou a rotina", "Melhorou a compreensão do assunto", "Foi aula descontraída"; "Promoveu um conhecimento prático”, "ajudou a entender mais sobre o assunto e fez com que fosse divertido". Existem vários modelos didáticos que o professor pode adotar no aprendizado. Os modelos didáticos devem merecer um espaço maior na prática pedagógica dos professores, planejando de forma correta, são recursos de baixo custo, e fazendo assim, a aula se torna mais atrativa e dinâmica. 8. UMA NOVA VISÃO SOBRE METODOLOGIA Além do que foi explicado que ao contornar uma situação dentro da sala de aula, é o dever do professor buscar novos caminhos para interação com seus alunos para que o mesmo sinta motivado a compreender os conceitos biológicos. Tais assuntos podem ser mostrados no cotidiano com noticiários e jornais, pois todos os dias os conceitos mudam. Deve começar uma compreensão dos contextos básicos e trazer para o entendimento da investigação e da busca do saber. Como resultado da pesquisa feita após as aulas práticas, os alunos se sentiram mais motivados e os conteúdos foram melhor familiarizados. Deve ser bem planejado previamente e bem desenvolvido, pois para isso, requer o domínio do conteúdo, ter um bom ambiente e se for possível recorrer a um laboratório. Além do domínio do conteúdo, é importante fazer um roteiro a ser seguido, o professor deve estar preparado para qualquer dúvida que venha a surgir, também permitir que os estudantes reflitam sobre o assunto e compara as situações ou imagens fazendo assim o aluno refletir. Diante da falta do interesse do aluno no aprendizado, o professor é o profissional principal para mudar sua abordagem, e trazer os alunos para a realidade. 9. O PROFESSOR E A AÇÃO PEDAGÓGICA O que se vê nas escolas em geral, os professores organizam seu tempo e espaço segundo apenas uma visão única de uma disciplina. Em relação à gestão escolar, não tem conseguido romper as regras estabelece cidade num trabalho pedagógico. Morin (2002) pergunta se a educação vai mudar o pensamento educacional ou um novo pensamento vai mudar a educação. O presente trabalho inclui orientação curricular, não uniformização de práticas no ensino. A formação de um estudante em Biologia refere-se a um nível desejado no final da educação básica. Diferenças regionais devem ser respeitadas e inclusive as expectativas sociais de cada comunidade que o aluno está inserido. Nesse sentido, as diferenças culturais, socioeconômico e cultural precisam ser consideradas. Não pode ser esperado o mesmo desempenho. Por exemplo, em algumas regiões ainda são escassas as informações, enquanto que outrasapresentam quantidade grande de informações, tanto para docentes como para alunos em geral de uma sociedade local. Em uma mesma região geográfica há grandes diferenças de acesso de informação como é o caso de escolas e lares de classe média e alta de mesma cidade. Em todos os âmbitos, os professores precisam participar de trabalho coletivo e as orientações possam ser localmente significativo e reconstruídos em contexto prático e ação num nível mais próximo. É da responsabilidade das administrações de ensino criar condições para que os professores em suas equipes, tenham aquisição de materiais pedagógicos, participação de eventos, dentre outros. A flexibilidade curricular depende de todos inseridos, no município, na região, no estado sendo a participação dos professores dos diferentes níveis e áreas do ensino escolar. Como estratégia, pode incluir seminários e oficinas, disponibilizar novos materiais, ter acesso a revistas especializadas e ter incentivo financeiro a professores, e os próprios professores produzirem assim seus materiais e processos de mudanças. Nesse contexto, é importante entender a dinâmica interna da escola, as inter-relações dos participantes da educação e as flexíveis exigências da prática educativa. CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS DA BASE NACIONAL COMUM Espera-se que a Biologia seja valorizada, na competência investigativa na educação e interpretação do mundo e da ação responsável na realidade. A proposta apresentada para o ensino de Biologia se contrapõe á memorização de informações, nomes, conceitos e conhecimentos desfragmentados com a realidade. Ao contrário disso, pretende que o aluno entenda de forma integrada e significativa a compreensão dos conceitos e suas relações no mundo em que vivemos. Dessa forma, os estudantes podem "julgar" com fundamentos as informações da mídia e da própria escola com decisões próprias tanto como indivíduos como cidadãos. CONCLUSÃO O grande objetivo da educação é o desenvolvimento do jovem para seguir um caminho digno e construir a sua vida com alicerces verdadeiros. O erro é pensar que a educação é feita somente na escola, mas ao longo do tempo, percebemos que o desenvolvimento reflete no social, no religioso, dentre outros. O dever do estudante na hora que está aprendendo é fazer novas descobertas, com base no que é verdadeiro, não e esquecendo que as experiências do dia-a-dia também são importantes e devem estar ligadas entre si. O que se espera de um professor é que ele, primeiramente, contextualize o conteúdo dentro de sua disciplina, para posteriormente ampliar o processo de forma inter ou multidisciplinar. Com as reflexões citadas, espera-se ter dado contribuição significativa para os problemas relacionados ao Ensino da Biologia, tanto em relação ao Ensino quanto a educação brasileira. Então que comece a partir dos gestores, docentes, professores, funcionários, todos os que são envolvidos uma predisposição para a mudança, esse é o primeiro passo para construirmos um ensino eficaz e consequentemente colaborar na formação do cidadão. Desde os tempos antigos, os humanos exploram os animais para seu próprio benefício. No início de seu desenvolvimento, esse recurso animal era utilizado a sobrevivência e o avanço do conhecimento científico, registro principal a forma formal desta exploração vem da Grécia antiga (ANDRADE et al., 2006), onde filósofos como Aristóteles defenderam a prática sem qualquer evidência durante muitos anos. Nenhuma preocupação com a ética ou o bem-estar animal (SINGER, 1973). Aristóteles afirma que outros animais existem para servir aos humanos, por exemplo. Serão pessoas menos racionais (SINGER, 2011). mais tarde explorando animais para benefício humano pensadores como Descartes continuaram a defender esta visão, alegando que os animais são máquinas sem alma (MACHADO et al., 2004; ANDRADE et al.,2006). Os movimentos de oposição só surgiram no século XIX Procedimentos como vivissecção, mas com muita ação. Os defensores dos direitos dos animais não sabem nada sobre isso conhecimento científico, o que tem causado conflitos com pesquisadores que dependem do conhecimento científico experimentos com animais para conduzir seus trabalhos (ANDRADE et al., 2006). Em 1926, o físico Charles Hume fundou a Associação de Universidades de Londres, o objetivo da London Animal Welfare Society é a pesquisa e o apoio científico, questões éticas animais e o uso de animais em pesquisas (REMFRY, 1987). Em 1959, os biólogos Russell e Burch elaboraram e publicaram em seu artigo o livro que estabelece uma série de princípios que serão usados no ensino e na aprendizagem. A pesquisa como base para a experimentação animal (REMFRY, 1987; Russel e Birch 1959). Em 1959, os biólogos Russel e Burch formularam e publicaram em seu livro uma série de princípios que seria eventualmente utilizada pelo ensino e pela pesquisa como uma base para a experimentação animal (REMFRY, 1987; RUSSEL e BURCH 1959). Estes princípios ficaram conhecidos como os três (replacement, reduction e refinement), que teriam como objetivo a substituição do uso de animais quando possível, a redução do número total de espécimes utilizados e o aprimoramento dos procedimentos pelos quais eles são submetidos (REMFRY, 1987; RUSSEL e BURCH 1959). Atualmente, com o pensamento dos filósofos Peter Singer e Tom Regan, que propuseram que a racionalidade não é principal fator na ética mais sim a presença de senciência, ou seja, a capacidade cognitiva de qualquer ser vivo de sentir dor ou prazer, as ideias de ética animal se tornaram mais fortes e mais prevalentes (SINGER, 2011; REGAN, 2001). Em seu livro “Animal Liberation” (1973), Singer afirma que: Não faria sentido dizer que não é do interesse de uma pedra ser pontapeada ao longo de uma rua por um rapaz de escola. Uma pedra não tem interesses porque não é capaz de sofrimento. Nada que lhe façamos fará a mais pequena diferença em termos do seu bem-estar. A capacidade de sofrimento e alegria é, no entanto, não apenas necessária, mas também suficiente para que possamos afirmar que um ser tem interesses - a um nível mínimo absoluto, o interesse de não sofrer. Um rato, por exemplo, tem interesse em não ser pontapeado ao longo da rua, pois sofrerá se isso lhe for feito.” (SINGER, 1973, p.18) Atualmente a experimentação animal é definida como o uso de animais em procedimentos como a dissecação e a vivissecção para fins didáticos ou de pesquisa (GRIEF e TRÉS, 2000). A vivissecção em específico é uma prática extremamente questionada e debatida, pois ela envolve um procedimento de dissecação sendo realizado em um animal ainda vivo, ou seja, o corpo do animal é aberto com o objetivo de estudar suas estruturas anatômicas e o funcionamento dos órgãos (GRIEF e TRÉS, 2000). No Brasil a legislação vigente reconhece o sofrimento de animais vertebrados e restringe seu uso nessas práticas ao ensino superior e ao ensino médio-técnico biomédico, além de ressaltar e orientar a utilização métodos alternativos, de anestésicos e analgésicos e registros multimídia dos procedimentos para evitar sua repetição (BRASIL, 1979; BRASIL, 1998; BRASIL, 2008). Em cursos como os de medicina humana e veterinária, animais ainda são utilizados para o treinamento de procedimentos, porém sempre com o emprego de recursos alternativos (BALCOMBE, 2000). Entretanto, mesmo com a existência de leis e de diversos métodos que permitem a substituição de animais vivos (GREIF, 2003), ainda existem casos de profissionais nas áreas das ciências e da saúde que não sabem sobre a existência destas leis (CASTRO,2011), que desconhecem a existência de métodos alternativos ou não sabem como esses métodos podem substituir de maneira efetiva os animais vivos. O que pode ser feito com a imagem adquirida na memória de um camundongo aberto em cima de uma mesa com suas vísceras à mostra quando se pretende ensinar fisiologia? Essa Experiência meramente visual certamente não permitirá uma aprendizagem significativa sobre o funcionamento de seus órgãos, quando há programas interativos que permitem acompanharconcomitantemente os diversos níveis de interação que estão ocorrendo no organismo.” (PAIXÃO, 2008, p. 2) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANAVARRO. J. Ciência e sociedade:Quarteto, 1999. DEWEY, John. Democracy and Education: An Introduction to the Philosophy of Education. New York: Macmillan, 1916. DELIZOICOV, D. e ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 2000. KRASILCHIK, M. Práticas de Ensino de Biologia. 4ª ed. ver. e amp.,1ª reimp. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, VYGOTSKY, L. S. Mind in Society: The Development of Higher Psychological Processes. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1978.