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Código de Ur Ur-Nammu foi rei da cidade-Reino de Ur, tendo sido o fundador da 3ª Dinastia, por volta de 2111 a 2094 a.C. Hoje é a obra de direito mais antiga, a qual costumeiramente chamamos de “código”, porém não pode ser assim considerado verdadeiramente. Há autores que acreditam ser o filho de Ur- Nammu, Shulgi, o autor de seu “código”. Tal “código” apresentava dispositivos de direito penal, geralmente voltados para o ressarcimento dos danos. Havia ainda dispositivos sobre direito comercial, destacando-se a questão da propriedade dos escravos, vez que eles podiam possuir bens exclusivos. O escravo na Mesopotâmia em geral apresentava um status jurídico diferente do costumeiro. Podia contratar, ir à justiça contra o awilum, casar-se com mulher livre, e nesse caso, o filho nascido de mulher livre, nasceria tal qual a mãe, ou seja, livre. No que concerne ao direito de família, destaca-se a autoridade do marido, o divórcio era admitido, e a sociedade era patriarcal. A mulher, apesar de tudo, podia trabalhar fora do ambiente doméstico. A obediência filial era absoluta. Caso não obedecesse ao pai ou à mãe, o filho teria os cabelos cortados como escravo, após seria exibido por toda a cidade, com consequente expulsão da casa paterna. 1º - Se um awilum cometer homicídio, ele deverá ser morto. 4º - Se um escravo ou uma escrava casar com seu amado, e mais tarde aquele escravo obtiver a liberdade, ela/ele não poderá libertar-se. 6º - Se um awilum desrespeitar os direitos de um outro awilum, e deflorar a mulher virgem de um jovem, ele deverá ser morto. 7º - Se a mulher de um awilum se aproximar de outro awilum e iniciar com ele relações sexuais, essa mulher deverá ser morta; o awilum deverá ser libertado. 8º - Se um awilum violar os direitos de um outro awilum e deflorar a escrava virgem desse awilum, ele deverá pesar 5 siclos de prata. 9º - Se um awilum se divorciar de sua esposa principal, ele deverá pesar 60 siclos de prata. 10 – Se ele se divorciar de uma viúva, deverá pesar 30 siclos de prata. 11 – Se um awilum tiver relações sexuais com uma viúva sem um contrato escrito, ele não será obrigado a pesar prata. 19 – Se um awilum golpear um outro awilum com um porrete, ele deverá pesar 60 siclos de prata. 25 – Se uma escrava amaldiçoar aquela que sobre ela tem autoridade de senhora, ela deverá ter sua boca lavada com um litro de sal. 28 – Se um awilum se apresentar como testemunha e ficar provado que ele prestou falso testemunho, ele deverá pesar 15 siclos de prata. 29 – Se um awilum se apresentar como testemunha e se recusar a fazer o juramento, ele deverá pagar uma compensação idêntica àquela objeto da causa.
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