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Teoria Pura do Direito- Hans Kelsen - Resumo

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A Teoria Pura do Direito não é apenas a respeito do direito, mas também ás ordens normativas em geral. Ela divide-se em duas partes: a Estática Jurídica e a Dinâmica Jurídica. A Dinâmica Jurídica é a análise do Direito como algo em transformação, buscando responder à questão de porque se deve obedecer a determinadas normas. Já a Estática Jurídica é a análise do Direito enquanto um sistema de normas postas, firmes, deixando de lado a questão da validade destas normas.
 A validade de uma norma é sua existência. Propor que certa norma é válida significa dizer que deve obedece-la levando em consideração a ordem normativa. Isso Hans deixa subentendido quando diz: "dizer que uma norma que se refere à conduta de um indivíduo ’vale’ (é ‘vigente’), significa que ela é vinculativa, que o indivíduo se deve conduzir do modo prescrito pela norma" . 
Existem as normas primárias tidas como verdadeiras normas e as normas secundárias, ou também denominada reflexo da primária, sendo normas que destacam condutas. Entretanto, as normas secundárias, são normas dependentes.
Ao estabelecer a estrutura do dever na norma jurídica, Kelsen diferencia o dever moral da religião, já que todos preveem normas de condutas. Assim, a diferença entre essas normas surgem na ideia de que o direito motiva de forma indireta o comportamento humano por meio da ameaça de pena, o direito forma-se pelos comandos reconhecidos, possuindo caráter forçado exercido apenas pela força física do Estado, e, o direito pertence ao mundo da cultura, ou seja, vem da vontade humana.
Há dois pontos importantes no pensamento de Kelsen, primeiro que uma norma só pode firmar-se em outra norma segundo que uma série de imputação deve ter um início e um fim. Uma norma é considerada superior ou inferior a outra conforme seja a que empresta ou a que receba da outra, respectivamente, a validade. Contudo a norma fundamental é entendida como o elemento que dá validade à ordem. É prevista não por ação humana e, portanto, é norma. Esta norma, é o fundamento de validade de uma ordem jurídica. 
 A norma fundamental e a eficácia são condições de validade de uma ordem normativa. No entanto a validade não parte da eficácia, é o fato de uma determinada ordem jurídica ser eficiente que a torna válida. Cita Hans: "Tal eficácia é condição no sentido de que uma ordem jurídica como um todo e uma norma jurídica singular já não são considerados como válidas quando deixam de ser eficazes". 
Há dentro da ordem jurídica uma hierarquia de normas pra evitar que haja conflitos, ou entre em contradição. Mas, todas as normas são postas com o mesmo objetivo - regular as condutas sociais, dando direitos e deveres à sociedade, mas ainda assim possível de ter conflitos entre as normas superiores e inferiores.
 Quando tais conflitos envolvem decisões judiciais, Kelsen diz que poderá ser anulada pelo próprio tribunal que a proferiu, ou ainda, por tribunal superior. E ainda, quando a lei for contrária a Constituição, diz-se então, que tal lei é inconstitucional. E afirma que "enquanto, porem, não for revogada, tem de ser considerada como valida; e enquanto for valida, não pode ser inconstitucional".
O autor propõe que o judiciário age mecanicamente aplicando o direito, entendendo-se a ideia do afastamento da justiça no cumprimento da norma. Dessa forma, ele diz que a aplicação e a criação do direito não são ações separadas, em que somente o legislador produz leis e o judiciário as aplica.Ele explica que quando o judiciário se utiliza da constituição, está colocando sozinho a norma em sua sentença, e criando outras normas.

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