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Seminario segurança do trabalho - EPI e EPC

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Introdução
		Os acidentes do trabalho constituem a face visível de um processo de desgaste e destruição física de parcela da força de trabalho no sistema capitalista. O Brasil, depois de ocupar durante a década de 70 o título de campeão mundial de acidentes de trabalho, continua, com base nos dados da Organização Internacional do Trabalho – OIT de 1995, posicionado entre os dez piores no plano mundial, ao lado da Índia, quanto ao índice de acidentes em relação ao número de trabalhadores empregados na indústria.
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		A despeito das medidas de controle e campanhas implantadas no país para redução dos acidentes a partir da década de 70, começaram a surgir leis para regulamentação de medidas de proteção e prevenção de acidentes de trabalho. Uma delas, exigindo e normatizando o uso obrigatório de instrumentos que têm por finalidade evitar ou amenizar riscos desses acidentes. Sendo eles os equipamentos de proteção individual e de proteção coletiva.
		Atualmente o uso desses é regulamentado pela NR-6 (Norma Regulamentadora). 
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Equipamentos de Proteção Individual
		EPI’ são quaisquer meios ou dispositivo destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. 
		O uso deste tipo de equipamentos só deverá ser contemplado quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade.
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Quando Utilizar
•	Quando o trabalhador se expõe diretamente a riscos não controláveis por outros meios técnicos de segurança.
• 	Em casos de emergência, ou seja, quando a rotina do trabalho é quebrada por qualquer anormalidade, exigindo o uso de proteção complementar e temporária pelos trabalhadores envolvidos.
•	Quando o trabalhador se expõe a riscos apenas parcialmente controlados por outros recursos técnicos.
• 	A título precário, em período de instalação, reparos ou substituição de dispositivos, para impedir o contato do trabalhador com o fator de risco.
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O EPI deve cumprir as seguintes características
• Proteger adequadamente
• Serem resistentes
• Serem práticos
• De fácil manutenção
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Tipos de EPI‘s
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Proteção para os Membros Superiores
Luvas 
Creme Protetor
Dedeira
Dentre Outros
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Luvas
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Proteção para os Membros Inferiores
Botas
Calçados
Meia 
Calça
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Calçados
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Proteção para Corpo Inteiro e Tronco
Avental
Jaleco e calça hidro-repelentes
Macacão
Blusa
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Jaleco e Blusa
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Proteção Auditiva
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Proteção Respiratória
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Proteção para Olhos e Face
Capacetes 
Viseira Facial
Boné Árabe
Capuz ou Touca
Máscaras
Capacete
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Capacetes
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Máscaras
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Viseira Facial
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Proteção Contra Quedas
Dispositivo Trava-Queda
Cinturão
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Restauração, Lavagem e Higienização de EPI
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		Cada funcionário é responsável por proceder a limpeza dos equipamentos sob sua responsabilidade, exceto máscaras, cuja higienização é feita pelo Depto. de Segurança.
		O Depto. de Segurança mantém um controle para higienização dos EPI’s, onde consta o tipo de equipamento, sua localização, o nome do funcionário responsável pela sua utilização e a periodicidade para higienização. Os equipamentos reserva (que permanecem no Depto. de Segurança) também constam desse controle.
		A higienização desses equipamentos obedece o critério estabelecido a seguir:
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Equipamento de Uso Permanente (pessoal) 
		
		O Depto. de Segurança, na data indicada em seus controles, retira o equipamento para proceder a higienização. Caso o equipamento não tenha sido utilizado no período (a embalagem permanece lacrada), o Depto. de Segurança registra, em seus controles, a condição "sem uso" e a nova data para higienização.
		Quando da devolução do equipamento, o usuário deve assinar a "Ficha Individual - Equipamento de Segurança" , o qual será mantido em arquivo, por equipamento, pelo Depto. de Segurança.
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Equipamentos Reserva
		
		A higienização deve ser feita após cada utilização do equipamento, quando da devolução pelo usuário. 
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Processo de Higienização 
Para higienização, deve-se:
desmontar o equipamento; 
trocar eventuais componentes gastos, danificados ou vencidos; 
imergir todos os componentes, exceto filtro, em água e detergente com germicida, por duas a três horas; 
escovar os componentes (exceto filtro); 
expor os componentes à secagem natural; 
montar novamente o equipamento; 
lacrar com filme plástico; 
providenciar a etiqueta de higienização; 
proceder os registros necessários em seus controles. 
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Motivos Para 
Sempre
 Usar Seu EPI
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Prego No Olho
Obra de Construção Civil 
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Prego Retido Pelo Óculos de Proteção
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Equipamentos de Proteção
Coletiva (EPC)
		
		Como o próprio nome diz, equipamentos de proteção coletiva são dispositivos utilizados no ambiente laboral com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos. Normalmente os EPC’s envolvem facilidades para os processos industriais colaborando no aumento de produtividade e minimizando os efeitos de perdas em função de melhorias nos ambientes de trabalho.
		As medidas de proteção coletiva, isto é, que beneficiam a todos os trabalhadores, indistintamente, devem ter prioridade,
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Tipos de EPC’s 
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Guarda-Corpos
Plataformas
Tela
Tapumes/Galerias
Proteção Contra Incêndio
Sinalização de Segurança
Barreiras de Advertência
Escudos
Ferramentas Manuais
Recipiente Corrosivos
Instalações Sanitárias
Bebedouros
Dentre Muitos Outros.
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MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA 
QUEDAS DE ALTURA NA
CONSTRUÇÃO CIVIL 
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Proteções coletivas para a estrutura
Rede de Polietileno
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Proteção de Abertura em lajes e Barreiras de Proteção
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		As máquinas, ferramentas e aparelhos, tem papel relevante na geração dos acidentes de trabalho 
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RISCOS E PREVENÇÃO
DE ACIDENTES EM MÁQUINAS
		 1 ) 	Estas partes podem estar em contato (produzindo assim um ponto entrante) ou em proximidade íntima um para o outro, onde a alimentação de material entre os rolos produz os pontos entrantes (de beliscão)
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2) 		Outro tipo de ponto entrante é criado entre partes móveis girantes e tangenciantes,como o ponto de contato entre uma correia de transmissão de força e sua polia
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Pontos entrantes também podem existir entre partes giratórias e partes fixas que criam um tosquiamento, esmagamento ou ação de irritação.
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PROTEÇÃO OU BARREIRA FIXA
EM UM JOGO DE POLIAS E CORREIAS
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PROTEÇÕES FIXAS APLICADAS NUMA
SERRA DE FITA
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PROTEÇÃO AUTO-AJUSTÁVEL EM
UMA SERRA DE DISCO
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Obrigações
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		Na NR6 aparecem vários exemplos de EPI`s para cada situação de risco em cada parte do corpo. Porém não receita quais EPI`s devem ser utilizados para cada situação especifica, sendo assim a função de recomendar ao empregador o EPI adequado, atendendo as peculiaridades de cada atividade profissional, compete: 
 ao SESMT; 
Ou no caso de uma pequena empresa, desobrigada de manter o SESMT, ao Engenheiro de Segurança do Trabalho que deverá ser contratado pela empresa.
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Obrigações do Empregador
Observando o que foi disposto acima, cabe ao empregador:
Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
Exigir seu uso;
Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
Responsabilizar-se pela higienização
e manutenção periódica; e,
Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
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Obrigações do Empregado
Cabe ao empregado:
Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
Responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
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Obrigações do Fabricante e do Importador
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.
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O fabricante nacional ou o importador deverá:
Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
Solicitar a emissão do CA;
Solicitar a renovação do CA, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
Requerer novo CA, quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado;
Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;
Comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
Comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
Comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
Fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
Providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.
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Certificado de Aprovação - CA
		Para que se tenha a certeza de que um EPI ´e válido para uma determinada atividade, deve-se observar a presença do CA ou Certificado de Aprovação que é uma prova de que o EPI foi validade e testado por órgãos competentes do governo, e consequentemente, servem para a atividade que lhe foram determinadas
		Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:
a) De 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do INMETRO;
b) Do prazo vinculado a avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
c) De 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma,
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Consulta do CA
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Ficha de Controle de EPI’s
 	O novo funcionário recebe o EPI a ser usado obrigatoriamente, devendo assinar uma ficha de controle contendo quantidade, descrição, data de entrega e devolução e assinatura. Esta ficha possui também, um termo de compromisso que passa a responsabilidade ao funcionário através de uma declaração datada e assinada.
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Da Competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE
Cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
Emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
Fiscalizar a qualidade do EPI, requisitando amostras de EPI sempre que julgar necessário;
Definir os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização;
Suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; 
Cancelar o CA; e,
Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.
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Quanto ao descumprimento das Obrigações
No caso do Empregador: 
Caso a empresa seja notificada por que seus empregados não estejam usando os EPI’s, não empregou os EPC’s necessários ou, empregou de forma inadequada EPI’s e EPC’s, ela pode ser multada. Os valores não se encontram na NR6 em questão, deve-se consultar as leis que regem este tipo de multa para empregar um valor pelo ato falho da empresa.
No caso do Empregado:
Se a empresa estiver em ordem com todas as normas atendendo de forma eficiente os itens das NR’s, então a empresa poderá advertir o funcionário, e suspende-lo e se após essas medidas o funcionário ainda estiver cometendo o mesmo erro a empresa pode demiti-lo por justa causa.

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