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Prévia do material em texto

Programa de Educação 
Continuada a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de 
Assistência de Enfermagem 
em Pós-operatório 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
 
 
 
EAD - Educação a Distância 
 Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 
 
 
 
 
 
 
 
2 
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Curso de 
Assistência de Enfermagem 
em Pós-operatório 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
Rituais No Contexto Da Enfermagem Cirúrgica 
Introdução 
A cultura da enfermagem 
Rituais no contexto da enfermagem cirúrgica 
Aspectos éticos em enfermagem cirúrgica 
Princípios éticos da profissão 
Direitos do paciente 
Sistematização da assistência de enfermagem 
Premissas teóricas 
Modelo assistencial – sistematização da assistência de enfermagem perioperatória 
(saep) 
RESOLUÇÃO COFEN Nº 274 
 
MÓDULO II 
Pré-operatório: cuidados de enfermagem 
Conceitos básicos 
Visita pré-operatória: avaliação física do paciente 
Estado nutricional 
Estado respiratório 
Estado cardiovascular 
Função hepática e renal 
Função endócrina 
Função imunológica 
Prescrição de enfermagem no pré-operatório 
Nutrição e hidratação 
Cuidados com a pele 
 
 
 
 
 
4 
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Administração de medicamentos 
Controle dos sinais vitais 
Esvaziamento intestinal 
O registro de enfermagem no pré-operatório 
Transferência do paciente para o centro cirúrgico 
 
MÓDULO III 
Cuidados no pós-operatório e complicações 
Percepção do paciente e o cuidado na enfermaria de clínica cirúrgica 
Cuidados de enfermagem ao paciente no pós-operatório 
Avaliação física geral 
Diagnóstico de enfermagem 
Prescrição de enfermagem 
Cuidados específicos 
Complicações pós–operatórias 
Retenção urinária 
Hemorragia 
Choque 
Trombose venosa profunda – tvp 
Embolia pulmonar 
Aspectos psicológicos 
Incisão/ ferida cirúrgica 
Classificação das feridas 
Tratamento de enfermagem e seus efeitos na cicatrização da ferida 
Complicações da ferida cirúrgica 
Hemorragia 
Deiscência e evisceração 
Infecção 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
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MÓDULO IV 
Infecção hospitalar 
Precauções padrões 
Técnicas básicas preventivas 
Anti-sepsia 
Assepsia 
Desinfecção 
Esterilização 
Lavagem das mãos 
Manipulando material perfuro-cortante 
Outros cuidados 
A ostomia e o cuidado com o ostomizado 
Declaração dos direitos dos ostomizados 
Humanização da assistência à saúde 
Princípios norteadores da pnh 
Prioridades 
Diretrizes gerais para a implementação da pnh 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
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MÓDULO I 
 
INTRODUÇÃO 
O cotidiano da enfermagem possui dilemas que emergem das áreas de 
atuação: cuidar, gerenciar, ensinar, assessorar e assistir. Observa-se que até o 
profissional enfermeiro tem dificuldades na implementação destas atribuições que 
muitas vezes, perpassa pelo preconceito social. Estas dificuldades estão atreladas 
ao processo histórico-social da enfermagem. 
Conforme Zago (2003), a realidade clínica determina o contexto socialmente 
constituído, que afeta o modo de fornecer o cuidado. Este contexto incorpora às 
crenças, expectativas, normas, comportamentos e transações comunicativas 
associadas à doença e ao cuidado à saúde. A realidade clínica também inclui uma 
realidade simbólica que capacita os indivíduos a darem sentido às suas experiências 
e ajuda no desenvolvimento de uma identidade pessoal, de acordo com as normas 
sociais e culturais. 
 
A CULTURA DA ENFERMAGEM 
A Cultura é uma rede densa expressa no conhecimento, nas crenças, nas 
convicções, na moral e nas normas que regem o comportamento social das 
pessoas. A cultura é aprendida, compartilhada e relaciona-se com os aspectos 
invisíveis da sociedade, que são transferidas de uma geração à outra. Cultura 
implica em um tipo de memória social pela qual as pessoas criam uma história 
coletiva. Assim, a cultura é uma construção do materialismo histórico. 
Conforme Walsh (1990), alterar a prática ritualística da enfermagem cirúrgica 
implica em mudar a cultura dos enfermeiros. Cultura é primariamente influenciada 
pelo ambiente interno e externo de um grupo ou organização. A cultura também tem 
componentes influenciadores e de resultados, ou seja, o resultado de certas atitudes 
e crenças da enfermagem leva a determinadas ações. 
 
 
 
 
 
7 
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Para Ford (1995), as estratégias para a mudança cultural da enfermagem 
são: maximizar a participação da equipe nas decisões do cuidado, evitar decisões 
ascendentes e de coerção, evitar a burocracia, refletir criticamente sobre a prática, 
promover a educação como meio para a práxis e exercer liderança sensível aos 
avanços do conhecimento. 
Segundo Rossi (2003), a enfermagem contemporânea tem tentado alterar as 
ideologias e as crenças apresentadas, por meio de pesquisas, transferindo suas 
prioridades para a melhoria do cuidado ao paciente. A luta pelo reconhecimento 
profissional envolve desenvolver conhecimentos que levem a novos pressupostos, 
conceitos e técnicas, que sejam identificados como inerentes à profissão. 
A enfermagem tem corpo de conhecimento próprio, autonomia no processo 
do cuidar em saúde, tendo como núcleo de trabalho o indivíduo através do cuidado. 
A área cirúrgica tem neste profissional o interlocutor da atenção à saúde, no pré, 
trans e pós-operatório. 
Para dar conta do propósito do cuidar, o profissional de enfermagem atua 
em cinco vertentes: comunitária, individual, gestão, ensino e assessoria. Nestes 
eixos, a enfermagem precisa de comunicar-se e interagir com a família, comunidade, 
sujeito enfermo, profissional de saúde. 
O sistema cultural da enfermagem ou a cultura da enfermagem tem 
características específicas: linguagem, padrão de vestimenta e regras 
comportamentais. A enfermagem é um fenômeno cultural e como tal é necessário 
identificar e considerar os pressupostos e os valores que determinam as suas 
diferentes ações e seus significados. Ao estudarmos o sistema de significados 
culturais de um grupo, precisamos diferenciar o quê as pessoas dizem ,valorizam em 
suas ações, e fazem. 
Estes significados estão expressos na prática de ensino, assistência e 
pesquisa da enfermagem e são codificados pela profissão, como característicasessenciais, que só através destas, a sociedade e os profissionais se reconhecem. 
Entender as intencionalidades deste arcabouço de valores e crenças, de 
como eles influenciam a profissão, e atuam no reconhecimento social deste, é 
 
 
 
 
 
8 
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crucial para analisarmos criticamente a enfermagem como profissão. Este sistema 
cultural da enfermagem pode ser identificado na linguagem, padrão de vestimenta e 
regras comportamentais. A enfermagem é um fenômeno histórico-social e cultural 
que tem raízes difundidas nos aspectos mais contraditórios da ciência, se 
aproximando, muitas vezes, do campo do intuitivo, holístico e estético. 
Este prospecto está atrelado à história da enfermagem que tem 
determinantes histórico-sociais explicitados na trama de gênero, hegemonia, 
dominação e poder, embora tenham sido detectados muitos avanços e contribuições 
da enfermagem, enquanto profissão que repensa seu objeto profissional do cuidar 
em perspectivas outras, mais amplas e humanísticas. 
Conforme Tarner (1986), no estudo de povos primitivos, como uma 
cerimônia padronizada, na qual predominam os comportamentos expressivos, 
simbólicos, místicos, sagrados e irracionais, estes símbolos estão postos com um 
grau de significância que tem uma importância social de identidade. 
No trabalho cotidiano da enfermagem, a prática profissional é expressa por 
ações que são realizadas, valorativas e cotidianas, tidas como típicas da profissão. A 
passagem de plantão é um exemplo “rico” deste cotidiano. A enfermagem possui 
práticas articuladas ao saber mágico, sacerdotal e científico, que são ritualísticas e 
que imprimem à profissão aspectos filosóficos de grande riqueza cultural. 
 
RITUAIS NO CONTEXTO DA ENFERMAGEM CIRÚRGICA 
Para Tanner (1974) os rituais são definidos como um padrão formal e 
prescrito de comportamento cultural, sem qualquer benefício imediato para o 
indivíduo. Eles são integrantes de todos os grupos humanos e são usualmente 
entendidos como um fenômeno social, que oferecem segurança e que beneficiam a 
comunidade, pois se constituem em ações que transmitem o conhecimento e as 
práticas tradicionais. 
 
 
 
 
 
9 
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A primeira descrição de ritual na enfermagem foi apresentada no início da 
década de 60, onde foram descritos os rituais da enfermagem em uma instituição 
hospitalar de ensino inglesa, envolvendo a maioria dos enfermeiros, entre eles, os 
que atuavam em Centro Cirúrgico. Considera que os rituais na enfermagem são 
essenciais, pois mantêm a coesão social e identidade destes profissionais. 
Para Rossi e Zago (2003), na enfermagem, o ritual está relacionado com a 
manutenção da prática guiada pelo modelo de trabalho funcional, determinado pelo 
cumprimento de tarefas e rotinas. Essa modalidade de trabalho é indispensável para 
manter a ordem da unidade. Portanto, a criação de rotinas e rituais possibilita a 
padronização do cuidado de enfermagem, além de manter a ordem nas instituições, 
dando um senso de segurança para os enfermeiros. 
Considera-se que romper este modelo funcionalista, taylorista, para práticas 
mais criativas e libertadoras que adotem a participação dos sujeitos sociais de forma 
nuclear é um salto que a enfermagem precisa dar, para que possamos melhorar a 
organização informal, instituída no âmbito das relações. 
 A enfermagem, como uma profissão predominantemente feminina, tem 
valores que abrangem concepções estereotipadas, mitos e modelos que, 
inevitavelmente, afetam o modo como a sua cultura se molda. O poder visível e 
invisível do enfermeiro está intimamente associado à prática cotidiana da 
enfermagem. O poder visível pode ser considerado sob as hierarquias entre os 
diferentes grupos profissionais. O poder invisível está expresso na relação do 
enfermeiro com o paciente. 
É percebido que, muitas vezes, o profissional de enfermagem não tem 
consciência do seu poder, da importância e abrangência do cuidado em saúde, e 
delega suas atividades privativas para serem executadas por outro profissional da 
equipe de saúde, demonstrando a falta de entendimento do seu processo de 
trabalho. 
Considera-se que os rituais da enfermagem estabelecidos através das 
normas e rotinas institucionais e ou da categoria profissional possibilitam, não só 
segurança e organização para os profissionais envolvidos, como para o usuário do 
serviço de saúde. 
 
 
 
 
 
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Entender que normas e rotinas são estabelecidas para organizar o processo 
de trabalho em saúde e não para ter em si uma “camisa de força”, é fundamental, 
pois lidamos com indivíduos portadores de necessidades diversas e que não são 
iguais. Esta prerrogativa traz a necessidade de humanização e participação do 
usuário na determinação do cuidado em saúde. 
A enfermagem é uma profissão formada predominantemente por mulheres 
que dependem dela para sua sobrevivência e reprodução social. A história de 
dominação das profissões de saúde pelo saber médico e pelo modelo-flexineriano 
abrange não só a enfermagem como as outras áreas de conhecimento. 
A divisão vertical e horizontal do trabalho em saúde serve como eixo destas 
relações. A divisão horizontal do trabalho se dá através de uma mesma área de 
conhecimento, onde todas as partes têm ação específica, como: enfermagem, 
fisioterapia, psicologia e medicina, enquanto a divisão vertical do trabalho em saúde 
acontece através de uma relação de dominação e subordinação. Exemplificando: 
enfermeira, técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem. 
A própria origem da enfermagem nasce com a criação de nurse e laddies-
nurses, onde as nurses tinham papéis mais da prática assistencial e as laddies-
nurses eram responsáveis por ações administrativas, de gestão do trabalho e ensino 
profissionalizante. Este modelo trouxe a divisão do trabalho da enfermagem entre o 
saber e o fazer. 
Considera-se o hospital como espaço complexo, arena de conflitos, 
contradições e briga de poder; apresenta uma velocidade de transformações e 
descobertas científicas singular, que coloca todos os indivíduos operantes de suas 
práticas, em uma situação de maior busca de conhecimentos inovadores para poder 
exercer seu papel. 
O ritual relaciona-se com os mecanismos de defesa contra o estresse do 
trabalho. São identificados conflitos cotidianos do enfermeiro que levam ao 
estresse: o estereótipo do enfermeiro relacionado ao gênero feminino; a sua 
apresentação ora como anjo inocente, ora como símbolo sexual; o trabalho não bem 
remunerado e de baixo status social; o histórico e conflituoso relacionamento entre 
 
 
 
 
 
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enfermeiros e médicos (subordinação das ações de enfermagem às ordens médicas, 
comunicação linear e ascendente entre eles); a necessidade de aprimoramento 
profissional para acompanhar e atuar com os avanços tecnológicos e terapêuticos; a 
responsabilidade de coordenar um grupo de profissionais nem sempre preparado, 
muitas vezes desmotivado e de promover a educação continuada; a 
responsabilidade pelo gerenciamento da assistência ao paciente, porém, afastado 
do cuidado; a falta de recursos materiais e humanos para a promoção daassistência 
com qualidade; e as pressões financeiras e estruturais da organização sob a 
enfermagem. 
Entendemos que as repercussões destes rótulos sociais, e as exigências e 
responsabilidades de enfermagem são frutos da trajetória histórica e cultural da 
enfermagem, onde os profissionais perpetuam os preconceitos e preceitos da 
profissão. Esta reprodução se dá no inconsciente das enfermeiras, e estão 
expressas na prática da enfermagem. 
Encontramos diferentes exemplos de ações ritualísticas na enfermagem: a 
mensuração dos sinais vitais; a anotação de enfermagem; a passagem de plantão; 
os registros especiais, como o registro de erro na medicação e de queda do 
paciente; o banho, relacionado com as regras de higiene; a orientação do paciente, 
relacionada com a valorização simbólica da educação e outras. 
 
Ilustração de um dos principais rituais da Enfermagem: O registro das ações realizadas. 
Fonte: Gettyimages 
 
 
 
 
 
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Para Zago e Rossi (2003), as razões para essas ações e atitudes 
ritualísticas são apresentadas sob as seguintes justificativas: a formação do 
enfermeiro focalizada no treinamento e não num processo de educação criativo que 
favoreça a aprendizagem de estratégias cognitivas para solucionar problemas; no 
estereotipo de gênero que ainda impede o reconhecimento profissional e que 
estabelece um contexto masculino nas linhas de poder, dentro da instituição 
hospitalar; na imaturidade da pesquisa, na falta de consciência para a pesquisa e 
para a aplicação dos resultados obtidos pela pesquisa no cuidado; na utilização de 
mecanismos de defesa ao estresse, levando os enfermeiros a realizar uma série de 
tarefas desnecessárias e mecanicistas, sem bases científicas, lidando racionalmente 
com o problema causador do estresse, e depois se concentrando em lidar com as 
emoções geradas pelo estresse, mas ignorando a sua causa; e a influência de 
atitudes e crenças, tal como "isso tem que ser feito", que reproduzem conceitos do 
modelo funcionalista do trabalho, impedindo a implementação de novos 
conhecimentos. É importante destacar que todas essas justificativas dos enfermeiros 
para a prática ritualística são sempre externas ao profissional. 
Desse modo, o conceito de ritual não deve ser associado apenas aos 
domínios do transcendental e do sagrado. Em muitos casos, os rituais estão 
intricados em complexas relações sociais. 
Para Zago (2003) os ritos refletem claramente os valores estabelecidos nas 
regras e normas. Um ritual é uma forma especial de comunicação humana, um 
processo pelo qual a ideologia é criada. A ideologia surge como algo que ninguém 
pode desafiar e o estabelecimento do ritual assegura que ela permaneça protegida. 
Para compreender como a ideologia é criada por meio dos rituais, devemos obter 
uma compreensão dos mecanismos desse processo. 
Ainda para o mesmo autor, no ritual da passagem de plantão, o principal 
aspecto simbólico está representado pelo "poder delegado do controle médico". Os 
 
 
 
 
 
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enfermeiros não se sentem completamente iniciados até que eles conheçam os seus 
pacientes, ou seja, recebam o plantão e vejam os pacientes. Por esse ritual, os 
enfermeiros definem seus direitos e obrigações e é esperado que as pessoas 
comportem-se de acordo com as normas e padrões habituais, devido à posição 
social que ocupam no sistema hierárquico. 
Por estar com o poder delegado, o enfermeiro tem que comandar a 
complexa rede de conhecimentos sobre as condições anteriores e atuais de saúde 
de cada paciente, o que consome considerável tempo e energia. Frente a essa 
situação, o enfermeiro dá pouca atenção ao cuidado de enfermagem. Desse modo, 
a passagem de plantão não é usada como meio de comunicar as atividades de 
enfermagem ou para o desenvolvimento da equipe, mas, para torná-la visível e 
elevar o seu status de conhecimento nos cuidados de enfermagem. O poder de 
controle médico delegado tem que ser assumido e realizado, deixando de lado o 
cuidado de enfermagem que é atualmente considerado o aspecto essencial do 
trabalho da enfermagem. 
Os rituais clínicos também podem ser classificados como rituais terapêuticos 
e ocupacionais. Os rituais terapêuticos são identificados como ações simbólicas que 
melhoram a condição dos pacientes (ritual do cuidado do corpo pós-morte, ritual da 
administração dos medicamentos, ritual das práticas assépticas como banho), e 
rituais ocupacionais (ritual da passagem de plantão) ou rituais de socialização que 
incluem ações simbólicas que facilitam a transição ou o rito de iniciação dos recém 
formados, no papel profissional. 
Os rituais ocupacionais e terapêuticos não são uma exclusividade dos 
enfermeiros que criticam, por exemplo, os rituais médicos no cuidado da integridade 
da pele e das úlceras de pressão. Segundo a autora citada acima, os conhecimentos 
sobre as feridas e o seu cuidado tiveram grande avanço nas últimas décadas, 
porém, alguns rituais médicos ainda resistem. 
A reunião clínica, amplamente utilizada pelos médicos, no contexto 
hospitalar, também é um ritual ocupacional. A visão sociológica do diagnóstico e das 
 
 
 
 
 
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decisões sobre o tratamento focaliza os modos nos quais as crenças do ser médico 
são comunicadas entre os profissionais, os modos nos quais os colegas aprendem a 
falar sobre seus problemas e os modos pelos quais eles reforçam suas obrigações 
com os pacientes, que justificam suas ações. As reuniões clínicas, como rituais 
ocupacionais, fornecem um contexto para discussão do que está errado com um 
paciente, do que pode e deveria ser feito. 
Tanner (1986) relata que, no início da década de 70, o desenvolvimento do 
plano de cuidados foi inserido na educação em enfermagem como um método de 
ensino e para avaliar o uso do processo de enfermagem pelos alunos. Nessa 
inserção, estava implícito o pressuposto de que o processo de enfermagem era uma 
atividade analítica de solução de problemas, fundamental para a tomada de decisão 
sobre o cuidado. Entretanto, o seu estudo mostrou que, nem os estudantes de 
enfermagem, nem os enfermeiros clínicos, utilizam o processo de raciocínio crítico 
para analisar as situações do paciente. Os enfermeiros derivam seus julgamentos de 
avaliações qualitativas, na combinação dos sentidos (tato, olfato e visão) e na 
interpretação das expressões físicas, verbais e comportamentais do paciente. Assim, 
o processo de enfermagem tende a ser usado de forma ritualística. 
O estudo etnográfico realizado por Rossi (1997) corrobora essa afirmação. A 
pesquisadora descreve que o processo de enfermagem, em uma unidade de 
queimados de um hospital de ensino brasileiro, foi operacionalizado como uma 
atividade burocrática. A prescrição de enfermagem configurou-se como uma ação 
ritualística, dissociada da avaliação do paciente. O processo de enfermagem, que 
deveria ser resultado do pensamento crítico, foi incorporado à prática como mais um 
ritual, exemplificando a preocupação com a questão da substituição de velhos rituais 
por novos. Por analogia, preocupa-nos a possibilidade de que a mesma situação 
possa ocorrer com a utilização das taxionomias de diagnósticos de enfermagem. No 
Brasil, essa proposta temsido considerada inovadora e entende-se que poderia 
assegurar uma prática fundamentada no processo de raciocínio crítico. Entretanto, o 
mesmo estudo mostra que a fase diagnóstica também pode ser incorporada como 
 
 
 
 
 
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um novo ritual, pois muitas vezes é realizada sem conexão com as outras etapas do 
processo de enfermagem. 
Para Fox (1992), no início da década de 90, estudo etnográfico com grupos 
de enfermeiros descreveu que o comportamento ritualístico prevaleceu entre os 
enfermeiros de unidade cirúrgica, com a função de criar coesão entre os 
enfermeiros, sem afetar adversamente os pacientes. 
Segundo Zago e Rossi (2003), o significado social da cirurgia, entre os 
cirurgiões e os outros elementos da equipe cirúrgica, foi abordado pelo mesmo autor 
supracitado. No estudo, o autor focalizou todos os ambientes sociais da cirurgia 
(sala de operação, centro cirúrgico, unidade de recuperação anestésica e 
enfermarias) e descreveu o circuito da higiene e seus rituais, a divisão do trabalho 
entre cirurgiões e anestesistas e suas autonomias clínicas, o paciente e sua doença, 
a situação cirúrgica entre os participantes, o discurso sobre a fisiologia do corpo e da 
ferida cirúrgica, a recuperação e alta do paciente. Assim, o significado social da 
cirurgia pôde ser compreendido pelas seguintes dimensões: 
- as práticas assépticas da sala de operação servem para dar sustentação à 
preocupação com a contaminação cirúrgica. Os atos assépticos estão relacionados 
com a segurança bacteriológica e assumem uma marca retórica, de que o processo 
de ressecção cirúrgica é diferente de outras agressões à integridade do corpo. Para 
que os cirurgiões tenham uma legitimação do que fazem, essas marcas são 
importantes para manter o seu status e a sua autoridade; 
- as rotinas cirúrgicas são uma forma de obter racionalidade no 
empreendimento cirúrgico, imposto pela instituição, com a finalidade de aumentar a 
eficiência no uso dos recursos do hospital; 
- o poder social do cirurgião é intensamente buscado nas suas relações com 
os outros médicos e com a instituição hospitalar; esse poder é obtido por sua 
capacidade de julgamento, habilidade técnica, profissionalismo e por curar a doença 
do paciente; 
 
 
 
 
 
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- os elementos da cirurgia a definem como diferente de outras 
especialidades clínicas, devido ao uso de técnicas anestésicas e sua ênfase na 
esterilização. Essas técnicas são privilegiadas, marcam o significado do que está 
sendo feito na cirurgia e os meios pelos quais os cirurgiões podem usar estratégias 
discursivas para sustentar sua autoridade. 
Conforme Katz (1981), o significado social da cirurgia é fundamentado na 
retórica sobre a assepsia e a cicatrização. A autoridade e o prestígio do cirurgião 
derivam das tecnologias, num sentido amplo, desenvolvidos pela medicina moderna. 
Certamente a enfermagem cirúrgica compartilha essa visão, que fornece o 
respaldo para as suas práticas ritualísticas. Em conseqüência dessa visão, o ensino 
e a prática da enfermagem cirúrgica, até os dias de hoje, dão ênfase aos 
procedimentos cirúrgicos prescritivos e ritualísticos, como o preparo pré-operatório 
(banho, tricotomia, orientação do paciente, etc.), os procedimentos do trans-
operatório (assepsia da pele, posicionamento do paciente na mesa cirúrgica, etc.) e 
do pós-operatório (curativo asséptico, deambulação precoce, movimentação ativa no 
leito, etc.). 
Muitos desses procedimentos já foram estudados e demonstraram ser 
eficazes para favorecer a recuperação fisiológica do paciente, quando aplicados 
após uma avaliação objetiva das suas condições fisiológicas e identificados como 
realmente necessários. 
Em Zago (1994), outro ritual descrito na enfermagem cirúrgica refere-se à 
orientação de pacientes. Esse ritual tem funções sociais (mantém a coesão), 
psicológicas e protetoras (protege o paciente do estresse cirúrgico) para o 
enfermeiro. A orientação do paciente visa o oferecimento de informações orais, os 
seus conteúdos são padronizados, ocorre em determinados períodos operatórios, o 
processo não é avaliado e, portanto, o paciente é um agente passivo no processo. O 
significado desse ritual está fundamentado no modelo de trabalho baseado em 
rotinas e tarefas, nas suas concepções sobre o cuidado e nas suas limitações para 
lidar com o estresse do paciente e do trabalho. Nesse sentido, o termo orientação e 
 
 
 
 
 
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a ação ritualística são simbólicos para os enfermeiros, pois, mesmo reconhecendo 
as limitações dessa prática, a força da cultura organizacional não permite que os 
enfermeiros desenvolvam o ensino ao paciente, que favorece a participação ativa do 
paciente, no seu cuidado a saúde. 
Assim, os rituais da enfermagem cirúrgica são amplamente justificados pelos 
profissionais, pois eles representam a prática incorporada a suas realidades 
organizacionais e culturais, que ajudam, muitas vezes, a manter a hegemonia 
médica, a regulação deste profissional sobre o enfermeiro. É preciso pensar a 
profissão e o cuidado em saúde numa perspectiva problematizadora, atrelada ao 
método científico. 
Para Locke (1990), o conceito de resistência à dominação, derivado do 
interacionismo simbólico, possibilita a compreensão do ritual ocupacional como um 
processo de resistência à mudança. Como tal, ele coloca limites para o pensamento, 
o diálogo reflexivo e a crítica. 
 
ASPECTOS ÉTICOS EM ENFERMAGEM CIRÚRGICA 
A ética se refere à reflexão crítica sobre o comportamento humano e no 
ensino de enfermagem a disciplina faz “parar para pensar” a responsabilidade 
profissional. 
Ao conceituar ética, enquanto disciplina, se refere à reflexão crítica sobre o 
comportamento humano, reflexão que interpreta, discute e problematiza, investiga os 
valores, princípios e o comportamento moral, à procura do “bom”, da “boa vida”, do 
“bem-estar da vida em sociedade”. A tarefa da ética é a procura de estabelecimento 
das razões que justificam o que “deve ser feito”, e não o “que pode ser feito”. 
O primeiro valor a ser descrito é o ideal da profissão, que é a sua 
valorização, que imprime o respeito, o orgulho e a dignidade daqueles que a 
praticam. É a busca pela qualidade do serviço e pelo respeito ao cliente que, neste 
contexto, se insere como a boa assistência prestada, assim como a construção do 
 
 
 
 
 
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conhecimento, dentro de uma relação interpessoal imprescindível ao 
desenvolvimento individual, profissional e social. 
Percebemos que a ética é um valor que passa pela moral, por característica 
e valores adotados pela sociedade como bons. Ainda hoje, a enfermagem é 
fortemente influenciada pela visão cartesiana de homem, caracterizada pela 
separação entre corpo e alma, e pelo modelo biologicista, que combate os sintomas 
e as causas das doenças, sem se preocupar com outros determinantes, como os 
emocionais, psicológicos e sociais que interferem no estado de saúde e doença das 
pessoas. 
No entanto, há movimentos contra-hegemônicos que despontam na 
enfermagem e têm arcabouços outros, que abordam o holístico, a integralidade, e 
eqüidadeque estão articulados com o materialismo histórico, noção de risco, e com 
o Sistema Único de Saúde. 
A enfermagem tem se destacado na Saúde Pública, e Atenção Básica, 
assumindo papéis novos, extremamente valorizados, que demandam conhecimento 
científico e uma prática profissional competente. 
No entanto, há necessidade de fortalecer o enfoque humanístico, nos 
currículos de enfermagem, valorizando a interdisciplinaridade, formando um 
profissional atuante, crítico e preparado cientificamente, a fim de poder relacionar 
teoria e prática em sua ação, o que leva ao desenvolvimento teórico e crítico da 
profissão. 
Ao pensar em valores políticos dentro do ensino e da prática da 
enfermagem, entende-se que estes devem levar a uma política da igualdade de 
condição na aquisição de conhecimentos e na atuação profissional, devendo ser 
desenvolvidos, com o respeito ao bem comum, à solidariedade e à responsabilidade. 
Constituem, assim, um compromisso pessoal e social nos indivíduos, com a 
compreensão de seus direitos e deveres, tanto na educação quanto na saúde. 
A política da igualdade deverá incentivar situações de aprendizagem nas 
quais o protagonismo do aluno e o trabalho de grupo sejam estratégias para a 
contextualização dos conteúdos curriculares na práxis. Nesse sentido, a política da 
igualdade está sintonizada com as mudanças na organização do trabalho pelas 
 
 
 
 
 
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quais as relações hierarquizadas estão sendo substituídas pela equipe, pelo 
cuidado, como essência da prática da enfermagem, bem como pelo acolhimento de 
várias lideranças em lugar do único supervisor, como também pela solidariedade e 
companheirismo na realização das atividades profissionais. 
Os determinantes dos valores estéticos e políticos são as questões éticas 
que devem partir da autonomia intelectual e da conscientização, construídas na 
formação da pessoa, que se caracteriza como o fundamento da ética. Ao definir a 
pessoa como um ser com possibilidades de escolhas e constituído de valores, 
formada por uma rede de relações que começa no seio materno, se amplia na 
família, na cultura e na política, ao longo de toda a existência, entende-se que a 
construção das questões éticas se desenvolve num processo de inter-relações. 
A ética na educação deve propiciar ao aluno o exercício da escolha e da 
decisão entre alternativas diferentes, tanto na execução de atividades profissionais 
como na definição de caminhos, procedimentos ou metodologias mais eficazes para 
o desenvolvimento com qualidade da sua vida pessoal e social. 
A ética deve permear e influenciar permanentemente as condutas dos 
alunos para fazer deles defensores do valor da competência, do mérito e da 
capacidade de tudo fazer bem feito, contra favoritismos de qualquer espécie, e 
levando em conta a importância da recompensa pelo trabalho bem executado, que 
inclui o respeito, o reconhecimento e a remuneração condigna (PARECER 16/99, 
1999). 
Tal contextualização é corroborada, porque, para agir competentemente, é 
preciso posicionar-se diante da situação com autonomia, para produzir o curso de 
ação mais eficaz. A competência inclui o decidir e agir em situações imprevistas, o 
que significa intuir, pressentir e arriscar, com base na experiência anterior e no 
conhecimento. 
Ser competente é ser capaz de mobilizar conhecimentos, informações e até 
mesmo hábitos, para aplicá-los, com capacidade de julgamento, em situações reais 
e concretas, individualmente e com sua equipe de trabalho. Sem capacidade de 
julgar, considerar, discernir e prever os resultados de distintas alternativas, eleger e 
tomar decisões, não há competência. Sem os valores da sensibilidade e da 
 
 
 
 
 
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igualdade não há julgamentos ou escolhas autônomas que produzam práticas 
profissionais para a democracia e a melhoria da vida (PARECER 16/99, 1999). 
Sob esta ótica, a educação ética deve abordar os seguintes pontos: 
- educar para a responsabilidade; o individuo deve arcar com as 
conseqüências de seus atos; 
- educar para o senso crítico; o individuo deve criticar o que conhece e não 
se deixar massificar; 
- educar para aguçar o sentido da justiça social; 
- educar para a partilha com disponibilidade; o individuo deve lutar contra o 
dar tudo; 
- educar para o esforço, lutando pela verdade e pela saúde; 
- educar para se personalizar. 
Na educação ética, a consciência, enquanto percepção que as pessoas têm 
de si, do meio ambiente e dos outros, ocupa lugar de destaque. É o julgamento 
interno que cada um faz de seus atos e dos atos alheios. Sofre alteração de um 
grupo profissional para outro, de uma época para outra, pois se baseia em valores 
que são mutáveis. 
 
 
PRINCÍPIOS ÉTICOS DA PROFISSÃO 
 
LEI Nº 7.498, de 25 de junho de 1986 
Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício da Enfermagem, e dá outras 
Providências. 
Art. 1º - É livre o exercício da Enfermagem em todo o Território Nacional, 
observadas as disposições desta Lei. 
Art. 2º - A Enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser 
exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho 
Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício. 
Parágrafo único. A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, 
pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, 
respeitados os respectivos graus de habilitação 
 
 
 
 
 
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Art. 3º - O planejamento e a programação das instituições e serviços de 
saúde incluem planejamento e programação de Enfermagem 
Art. 4º - A programação de Enfermagem inclui a prescrição da assistência 
de Enfermagem. 
Art. 5º - (Vetado). 
§ 1 - (Vetado). 
§ 2 - (Vetado). 
Art. 6º - São Enfermeiros: 
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos 
termos da lei; 
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira 
Obstétrica, conferido nos termos da lei; 
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou 
certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, 
conferido por escola estrangeira segundo as leis do país, registrado em 
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como 
diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz; 
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título 
de Enfermeiro conforme o disposto na alínea "d", do Art. 3º, do Decreto nº 
50.387, de 28 de março de 1961. 
Art. 7º - São Técnicos de Enfermagem: 
I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, 
expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente; 
II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou 
curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural 
ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem. 
Art. 8º - São Auxiliares de Enfermagem: 
I - o titular de Certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por 
instituição de ensino, nos termos da lei e registrado no órgão competente; 
II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 
1956; 
 
 
 
 
 
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III - o titular do diploma nos termos do Decreto-Lei nº 23.774, de 22 de 
janeiro de 1934, do Decreto-Lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei 
nº 3.640, de 10 de outubro de 1959; 
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do 
Decreto-Lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967; 
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso 
estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de 
intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de 
Enfermagem. 
Art. 9º - São Parteiras: 
I - a titular do certificado previsto no Art. 1º do Decreto-Lei nº 8.778, de 22 
de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro 
de 1959; 
II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido 
por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em 
virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos 
após a publicação desta Lei, com o certificado de Parteira. 
Art. 10 - (Vetado). 
Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem cabendo-
lhe: 
I - privativamente: 
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da 
instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de 
enfermagem; 
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades 
técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; 
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos 
serviços de assistência de enfermagem; 
d) (vetado); 
e) (vetado); 
f) (vetado); 
 
 
 
 
 
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g) (vetado); 
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de 
enfermagem; 
i) consulta de enfermagem; 
j) prescrição da assistência de enfermagem; 
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida; 
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam 
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões 
imediatas. 
II - como integrante da equipe de saúde: 
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de 
saúde; 
b) Participação na elaboração, execução e avaliação dos planos 
assistenciais de saúde; 
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde 
pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; 
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de 
internação; 
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças 
transmissíveis em geral; 
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à 
clientela durante a assistência de enfermagem; 
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; 
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; 
i) execução do parto sem distorcia; 
j) educação visando à melhoria de saúde da população. 
Parágrafo único. Às profissionais referidas no inciso II, do Art. 6, desta Lei 
incumbe, ainda: 
a) assistência à parturiente e ao parto normal; 
b) identificação das distorcias obstétricas e tomada de providências até a 
chegada do médico; 
 
 
 
 
 
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c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, 
quando necessária. 
Art. 12 - O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, 
envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em 
grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de 
enfermagem, cabendo-lhe especialmente: 
a) participar da programação da assistência de enfermagem; 
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do 
Enfermeiro, observado o disposto no parágrafo único, do Art. 11, desta Lei; 
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau 
auxiliar; 
d) participar da equipe de saúde. 
Art. 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de 
natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob 
supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em 
processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente: 
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; 
b) executar ações de tratamento simples; 
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente; 
d) participar da equipe de saúde. 
Art. 14 - (Vetado). 
Art. 15 - As atividades referidas nos artigos 12 e 13 desta Lei, quando 
exercidas em instituições de saúde, públicas e privadas, e em programas de 
saúde, somente podem ser desempenhadas sob orientação e supervisão de 
Enfermeiro. 
Art. 16 - (Vetado). 
Art. 17 - (Vetado). 
Art. 18 - (Vetado). 
Parágrafo único. (Vetado). 
Art. 19 - (Vetado). 
 
 
 
 
 
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Art. 20 - Os órgãos de pessoal da Administração Pública Direta e Indireta 
Federal, Estadual, Municipal, do Distrito Federal e dos Territórios 
observarão, no provimento de cargos e funções e na contratação de pessoal 
de enfermagem, de todos os graus, os preceitos desta Lei. 
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as 
medidas necessárias à harmonização das situações já existentes com as 
disposições desta Lei, respeitados os direitos adquiridos quanto a 
vencimentos e salários. 
Art. 21 - (Vetado). 
Art. 22 - (Vetado). 
Art. 23 - O pessoal que se encontra executando tarefas de enfermagem, em 
virtude de carência de recursos humanos de nível médio nessa área, sem 
possuir formação específica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho 
Federal de Enfermagem, a exercer atividades elementares de enfermagem, 
observado o disposto no Art. 15 desta Lei. 
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de enfermagem, admitidos 
antes da vigência desta Lei, o exercício das atividades elementares da 
enfermagem, observado o disposto em seu Art. 15. 
Art. 24 - (Vetado). 
Parágrafo único. (Vetado). 
Art. 25 - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento 
e vinte) dias a contar da data de sua publicação. 
Art. 26 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 27 - Revogam-se (vetado) as demais disposições em contrário; 
 
DIREITOS DO PACIENTE 
 
Durante consultas, exames e internações, todo cidadão tem direitos que 
precisam ser respeitados. As principais bases destes direitos estão na Constituição 
da República Federativa do Brasil de 1988, no Código de Ética Médica, no Estatuto 
da Criança e do Adolescente, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 
 
 
 
 
 
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Leis Federais e Estaduais e em Portarias do Ministério da Saúde. Dentre estes, cita-
se: 
• DUDH – Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
• CRFB – Constituição da República Federativa do Brasil. 
• CEM – Código de Ética Médica. 
• ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. 
• Lei 8112/ 90 – Responsabilidade do Servidor Público. 
• Lei Estadual 2472/95. 
• Lei Estadual 2828/97. 
• PT – MS - Portaria do Ministério da Saúde. 
Todo cidadão tem direito a cuidados médicos 
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, 
sexo, idade, condição social,nacionalidade, 
opinião política, religiosa ou de outra natureza 
ou, por ser portador de qualquer doença. 
DUDH Art. II 
CRFB Arts. 5, 196 
a 200 
CEM Art. 47 
A maternidade e a infância têm direito a 
cuidados especiais. 
DUDH Art. XXV 
CRFB Art. 227 
ECA Arts. 7 a 14 
Todo paciente tem direito a atendimento gratuito 
e atencioso, respeitado seus interesses, 
segurança e pudor, em local digno e adequado. 
CEM Arts. 53, 63, 
95 
Lei 8112/ 90 
Serão utilizados todos os recursos disponíveis 
para exames e tratamento em favor do paciente. 
CEM Arts. 2, 57 
É direito de o paciente receber tratamento de 
urgência em períodos festivos, feriados ou 
durante greves profissionais. 
CEM Art. 35 
Lei 8112 / 90 
Em caso de urgência, o paciente tem direito a 
atendimento imediato na unidade em que estiver, 
se não houver outro médico ou serviço de saúde 
CEM Art. 58 
Lei 8112 / 90 
 
 
 
 
 
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em condições de fazê-lo. 
O paciente, ou seu responsável, tem direito à 
ficha clínica ou prontuário médico individual, com 
resultado dos exames, descrição de seu estado 
de saúde e do tratamento a que está sendo 
submetido. 
CEM Art. 69 e 70 
Os estabelecimentos de atendimento à saúde 
deverão proporcionar condições para a 
permanência, em tempo integral, de um dos pais 
ou responsável, nos casos de internação de 
crianças e adolescentes (até 18 anos). 
ECA Arts. 2 e 12 
Lei Estadual 
2472/95 
É obrigatório aos hospitais públicos, contratados 
ou conveniados com o SUS, viabilizar meios que 
permitam a presença de acompanhante de 
pacientes maiores de 60 anos de idade, durante 
o período de internação. 
PT do Ministério 
da Saúde 
nº 280/99 
Lei Estadual 
2828/97 
Qualquer procedimento médico (exame ou 
tratamento) será realizado com o conhecimento 
e consentimento prévio do paciente. Para isto, 
ele pode exigir explicações claras sobre seu 
estado de saúde, os métodos e resultados de 
seus exames, sobre o tratamento a que deva ser 
submetido, seus riscos, objetivos e provável 
duração. 
Se o médico julgar que a comunicação direta ao 
paciente pode causar-lhe danos ou, ainda, se ele 
não estiver em condições de compreendê-las, as 
explicações serão dadas a seu responsável, o
qual dará consentimento ou não para os 
CEM Arts. 46, 48, 
56, 59, 70 
 
 
 
 
 
28 
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procedimentos médicos. O paciente, ou seu 
responsável, tem direito de desistir do 
consentimento dado anteriormente. O médico 
poderá solicitar que paciente ou seu responsável 
dê o consentimento por escrito, assim como
declaração da desistência do exame ou 
tratamento. Quando o paciente estiver correndo 
risco de vida, o médico responsável determinará 
os exames e tratamentos necessários, 
independente do conhecimento ou 
consentimento prévios do paciente. 
Serão informadas ao paciente as prováveis 
causas de sua doença e as condições que 
podem agravá-la. Quando trabalhador, o 
paciente será alertado sobre condições de 
trabalho que coloquem em risco sua saúde. 
CEM Arts. 40 e 41 
As receitas médicas serão dadas por escrito, em 
letra legível, assinadas, com identificação clara 
do nome do médico e seu número de registro no 
Conselho Regional de Medicina.
Dela constarão o nome comercial do 
medicamento e genérico, quando houver, e a 
forma de utilização.
É direito do paciente solicitar todo 
esclarecimento que julgar necessário para o 
tratamento correto. 
CEM Arts. 39 
Lei 9787/99 
As informações sobre o paciente são segredos 
profissionais. O médico só poderá revelá-las com 
autorização expressa do paciente ou se houver 
CEM Arts. 11, 
102, 103, 
105, 107, 108, 
 
 
 
 
 
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riscos à saúde de terceiros, à saúde pública ou 
por imposição legal.
Se o paciente não tiver capacidade de avaliar e 
solucionar seus problemas e a não revelação de 
seus segredos puder acarretar danos a sua 
saúde, as informações serão reveladas ao seu 
responsável. 
117 
É direito de o paciente exigir que todo material 
utilizado nos procedimentos médicos seja 
descartável ou esterilizado e manipulado 
higienicamente. 
Quando estiver internado, o paciente tem direito 
à alimentação adequada e higiênica, preparada 
sob orientação de nutricionista. 
Vigilância 
Sanitária 
O paciente tem direito de recusar ou consentir 
ser submetido a exames ou tratamentos 
experimentais ou, que façam parte de pesquisa.
Caso o paciente seja consultado sobre 
consentimento para utilização de métodos 
experimentais ou participação em pesquisas, é 
seu direito ser informado sobre os benefícios, 
riscos e probabilidades de alteração em suas 
condições de dor, sofrimento e desenvolvimento 
de sua doença. O consentimento será feito por 
escrito. 
Se o paciente não estiver em condições de 
decidir, qualquer experiência ou pesquisa só 
poderá ser feita se for para seu próprio benefício 
e com o consentimento por escrito de seu 
CEM Arts. 122 a 
130 
 
 
 
 
 
30 
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responsável. 
 
É direito de o paciente receber declaração, 
atestado ou laudo médico para apresentação a 
seu empregador, assim como para transferência 
ou encaminhamento para outro profissional ou 
Unidade de Saúde para continuidade do 
tratamento ou na alta.
Tais declarações serão dadas por escrito, em 
letra legível, assinadas, com identificação clara 
do nome do médico e seu número de registro no 
Conselho Profissional. 
CEM Arts. 71, 
110, 112 
É direito dos familiares de paciente falecido 
serem imediatamente avisados de sua morte e 
receberem declaração de óbito emitido pelo 
médico que o assistia, exceto quando houver 
evidências de morte violenta. 
CEM Art. 115 
Ao prestar serviço em unidades públicas, o 
médico é proibido de encaminhar o paciente a 
serviços particulares, que acarretem despesas 
para o paciente. 
Lei 8112 /90 
O paciente tem direito de não ser abandonado 
pelo médico que o mantém sob seus cuidados. 
Para renunciar ao atendimento o médico deve 
comunicar ao paciente ou ao seu responsável 
legal, assegurando-se da continuidade dos 
cuidados e fornecendo todas as informações 
necessárias ao médico que lhe suceder. 
CEM Art. 61 
 
 
 
 
 
 
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A Declaração de Nascido Vivo (DN) deve ser preenchida para todos os 
nascimentos de crianças nascidas vivas, ocorridos nos estabelecimentos de saúde, 
em domicílio ou outros locais. Esse documento, (DN), possui três vias (branca, 
amarela e rosa) e reúne informações sobre as características da mulher: 
- idade, escolaridade, ocupação; 
- dados sobre a gravidez (duração da gestação, número de consultas de pré-
natal realizadas); 
- o parto (se normal ou cesáreo); 
- e as condições de nascimento da criança (peso ao nascer). 
A DN pode ser preenchida por qualquer profissional de saúde e deve ser 
fornecida,obrigatoriamente, pelo estabelecimento de saúde, público ou privado, que 
prestou atendimento ao parto. 
A primeira via (branca) deverá ser recolhida pela Secretaria Municipal de 
Saúde (SMS) para o devido processamento. A terceira via (rosa) será arquivada no 
estabelecimento onde ocorreu o parto. A segunda via (amarela) deve ser entregue 
ao responsável pela criança para que o mesmo proceda ao registro de nascimento 
no Cartório de Registro Civil, mais próximo do local de ocorrência do parto, conforme 
prevê a Lei dos Registros Públicos (Lei 6.015 de 1973). 
O responsável receberá, então, gratuitamente, a Certidão de Nascimento 
(Lei 9.534 de 11/12/1997 que regulamenta a gratuidade deste registro). É a partir 
deste momento que a criança ganha vida civil e torna-se legalmente um cidadão 
brasileiro. 
A Declaração de Óbito deve ser preenchida para todos os óbitos, inclusive 
os fetais, ocorridos em estabelecimentos de saúde, em domicílio ou outros locais. 
Esse documento possui três vias (branca, amarela e rosa) e reúne informações 
sobre as características do indivíduo (idade, escolaridade, ocupação), dados sobre 
as causas da morte, entre outros. 
O médico é o responsável por todas as informações contidas na DO. A 
primeira e segunda via (branca e amarela) devem ser entregues à família que levará 
o documento ao Cartório de Registro Civil para que se proceda o registro e obtenção 
 
 
 
 
 
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da Certidão de Óbito. A Certidão de Óbito é fornecida gratuitamente (Lei 9.534 de 
11/12/1997 que regulamenta a gratuidade deste registro). 
Além da Certidão de Óbito, o cartório deve fornecer também a Guia de 
Sepultamento. De posse desses dois documentos a família deverá providenciar o 
sepultamento. Conforme Lei de Registros Públicos, no seu artigo 77, “nenhum 
sepultamento será feito sem certidão oficial de registro do lugar do falecimento, 
extraída a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico se houver 
no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem 
presenciado ou verificado a morte.” 
Pelo Código de Ética Médica os dados do prontuário médico ou hospitalar, 
ficha médica, exames médicos de qualquer tipo, são protegidos pelo sigilo (segredo) 
profissional e só podem ser fornecidos aos interessados doentes ou seus familiares. 
O doente ou seus familiares, no entanto, têm direito de acesso a todas as 
informações existentes sobre ele em cadastros, exames, fichas, registros, 
prontuários médicos, relatório de cirurgia, enfim, todos os dados referentes à 
doença. 
Para exercer seu direito é necessário encaminhar um requerimento a 
entidade ou ao médico que detenha as informações. O requerimento deve ser 
sempre feito em duas vias para ser protocolado e a cópia ficar em poder do 
requerente. 
Os pacientes, de qualquer doença, deverão ter assegurados, os seguintes 
direitos: 
• Ter um atendimento digno, atencioso e respeitoso. 
• Ser identificado e tratado pelo seu nome e sobrenome. 
• Não ser identificado e tratado por: a) números; b) códigos ou; c) de 
modo genérico, desrespeitoso ou preconceituoso. 
• Ter resguardado o sigilo sobre seus dados pessoais, desde que não 
acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública. 
• Poder identificar as pessoas responsáveis direta e indiretamente por 
sua assistência, através de crachás visíveis, legíveis e que contenham: a) nome 
completo; b) função; c) cargo; e d) nome da instituição. 
 
 
 
 
 
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• Receber informações claras, objetivas e compreensíveis sobre: 
a) suspeitas diagnósticas; 
b) diagnósticos realizados; 
c) ações terapêuticas; 
d) riscos, benefícios e inconvenientes provenientes das medidas 
diagnósticas e terapêuticas propostas; 
e) duração prevista do tratamento proposto; 
f) a necessidade ou não de anestesia, o tipo de anestesia a ser aplicada, o 
instrumental a ser utilizado, as partes do corpo afetadas, os efeitos colaterais, os 
riscos e conseqüências indesejáveis e a duração esperada do procedimento; 
g) os exames e condutas a que será submetido; 
h) a finalidade dos materiais coletados para exame; 
i) as alternativas de diagnósticos e terapêuticas existentes no serviço em 
que está sendo atendido e em outros serviços; 
 j) o que julgar necessário. 
• Consentir ou recusar, de forma livre, voluntária e esclarecida, com 
adequada informação, procedimentos cirúrgicos, diagnósticos e/ou terapêuticos a 
que será submetido, para os quais deverá conceder autorização por escrito, através 
do Termo de Consentimento. 
• Ter acesso às informações existentes em seu prontuário. 
• Receber, por escrito, o diagnóstico e o tratamento indicado, com a 
assinatura do nome do profissional e o seu número de registro no órgão de 
regulamentação e controle da profissão. 
• Receber as prescrições médicas: 
a) com o nome genérico das substâncias; 
b) datilografadas ou em caligrafia legível; 
c) sem a utilização de códigos ou abreviaturas; 
d) com o nome legível do profissional, assinatura e seu número de registro 
no órgão de controle e regulamentação da profissão. 
 
 
 
 
 
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• Conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados e poder 
verificar, antes de recebê-los, os carimbos que atestaram a origem, sorologias 
efetuadas e prazos de validade. 
• Ter anotado em seu prontuário, principalmente se inconsciente durante 
o atendimento: 
a) todas as medicações, com as dosagens utilizadas; 
b) o registro da quantidade de sangue recebida e dos dados que permitam 
identificar a sua origem, as sorologias efetuadas e prazos de validade. 
• Ter assegurada, durante as consultas, internações, procedimentos 
diagnósticos e terapêuticos, e na satisfação de suas necessidades fisiológicas: 
a) a sua integridade física; 
b) a sua privacidade; 
c) a sua individualidade; 
d) o respeito aos seus valores éticos e culturais; 
e) o sigilo de toda e qualquer informação pessoal; e 
f) a segurança do procedimento. 
• Ser acompanhado, se assim o desejar, nas consultas, exames e no 
momento da internação por uma pessoa por ele indicada. 
• Ser acompanhado, se maior de sessenta anos, durante o período da 
internação, de acordo com o que dispõe o Estatuto dos Idosos. 
• Ser acompanhado nas consultas, exames e durante a internação se for 
menor de idade, de acordo com o que dispõe o Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
• Ter asseguradas durante a hospitalização a sua segurança e a dos 
seus pertences que forem considerados indispensáveis pela instituição. 
• Ter direito, se criança ou adolescente, de desfrutar de alguma forma de 
recreação, prevista na Resolução nº 41, do Conselho Nacional de Direitos da 
Criança e do Adolescente. 
• Ter direito durante longos períodos de hospitalização, de desfrutar de 
ambientes adequados para o lazer. 
 
 
 
 
 
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• Ter garantia de comunicação com o meio externo como, por exemplo, 
acesso ao telefone. 
• Ser prévia e claramente informado quando o tratamento proposto 
estiver relacionado a projeto de pesquisa em seres humanos, observando o que 
dispõe a Resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996, do Conselho Nacional de 
Saúde.• Ter liberdade de recusar a participação ou retirar seu consentimento 
em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu 
tratamento. 
• Ter assegurada, após a alta hospitalar, a continuidade da assistência 
médica. 
• Ter assegurada, durante a internação e após a alta, a assistência para 
o tratamento da dor e as orientações necessárias para o atendimento domiciliar, 
mesmo quando considerado fora de possibilidades terapêuticas atuais. 
• Receber ou recusar assistência moral, psicológica, social ou religiosa. 
• Recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar 
a vida. 
• Optar pelo local de morte. 
 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
PREMISSAS TEÓRICAS 
 
A Enfermagem pode ser descrita como uma profissão de ajuda, complexa e 
multifacetada. Há uma ampla variedade de elementos que entram em sua 
composição e em sua prática. Um desses elementos é o cuidar, um constructo 
teórico considerado como central para a Enfermagem, haja vista que, para aquelas e 
aqueles que exercem a profissão, além de ser um imperativo moral pessoal, comum 
a todos os seres humanos, é também um imperativo moral profissional, não 
negociável. 
 
 
 
 
 
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Cuidar é um verbo cuja ação se exprime, entre outros modos possíveis, na 
transitividade relacional que ocorre entre, no mínimo, duas pessoas presentes na 
situação e no ambiente de cuidado: uma pessoa que assume o papel de cuidador, 
e outra pessoa que assume o papel de ser cuidado. 
O verbo cuidar, quando empregado com o sentido denotativo ou discursivo 
de zelar pelo bem-estar ou pela saúde de alguém, tratar da saúde de alguém, indica 
uma série de ações dinâmicas e inter-relacionadas para a realização do cuidado; ou 
seja, indica um processo de trabalho que ocorre (consciente ou inconscientemente) 
através da adoção de um determinado modo de fazer, fundamentado em algum 
modo de pensar. 
 
MODELO ASSISTENCIAL – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA (SAEP) 
SISTEMATIZAÇÃO DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA (SAEP) 
A Sistematização de Enfermagem Perioperatória (SAEP) deve ser realizada 
para todo paciente que for submetido a um procedimento anestésico-cirúrgico; será 
avaliado pelo enfermeiro de Centro Cirúrgico com a aplicação da SAEP, que deverá 
ser desenvolvida dentro das regras do SAE, porém com um enfoque especifico ao 
paciente cirúrgico. 
A SAEP é, sem dúvida, o alicerce que dá sustentação às ações de 
enfermagem no CC, atualmente, além de criar maior interação na assistência de 
enfermagem no pré, trans e pós-operatório (Possari, 2003). Tal cuidado foi bastante 
prejudicado na década de 60, quando a atuação do enfermeiro na assistência 
perioperatória era direcionada predominantemente para a área instrumental, para o 
atendimento às solicitações da equipe médica e para ações administrativas 
relacionadas ao desenvolvimento do ato anestésico-cirúrgico. Considerando essa 
história pregressa da assistência de enfermagem em CC e a complexidade das 
atividades administrativas que os enfermeiros exercem neste setor, porque são 
responsáveis pelo gerenciamento do mesmo, é possível entender a grande 
 
 
 
 
 
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dificuldade que os enfermeiros perioperatórios têm de aplicar a SAEP. Esta é sua 
principal atividade, direcionada à assistência no intra-operatório e na recuperação 
anestésica. 
A SAEP deve ser planejada pelos enfermeiros perioperatórios, com um 
instrumento adequado à realidade da instituição, para que realmente atenda a seus 
objetivos e não resulte em mais dificuldades para o desempenho das atividades do 
profissional. 
 
São Objetivos da SAEP: 
• Implantar a assistência de enfermagem integral, individualizada e 
documentada nas fases pré, trans e pós-operatórias; 
• Levantar e analisar as necessidades individuais do paciente a ser 
submetido ao procedimento anestésico-cirúrgico; 
• Ajudar o paciente e sua família a compreender seu problema de saúde, 
preparando-os para o procedimento cirúrgico; 
• Diminuir ao máximo os riscos inerentes ao ambiente cirúrgico; 
• Diminuir a inquietação e a ansiedade do paciente, contribuindo para sua 
recuperação. 
• Assistência básica ao paciente cirúrgico durante o período intra-operatório. 
São Atribuições da Enfermagem: 
• Receber o paciente no CC identificar-se ao mesmo, verificar a pulseira de 
identificação e o prontuário; 
 
 
 
 
 
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• Como condutas de segurança, confirmar informações sobre o jejum (a 
partir de que horário), as alergias, as doenças anteriores; 
• Encaminhar o paciente à sala de cirurgia; 
• Colocar o paciente na mesa cirúrgica de modo confortável e seguro; 
• Monitorizar o paciente e mantê-lo aquecido; 
• Auxiliar o anestesiologista durante a indução anestésica; 
• Auxiliar a equipe cirúrgica a posicionar o paciente para cirurgia; 
• Proteger a pele do paciente durante a anti-sepsia com produtos químicos; 
• Manter o paciente aquecido, com cobertor ou manta térmica (a manta 
térmica propicia um aquecimento controlado e mais eficaz); 
• Colocar o massageador e/ou meia elástica nos membros inferiores, como 
profilático para Trombose venosa profunda (TVP); 
• Realizar o cateterismo vesical, quando necessário; 
• Registrar todos os cuidados de enfermagem prestados diretamente ao 
paciente e a evolução; 
• Preservar a segurança física e emocional do paciente; 
• Rever prescrição de enfermagem e alterando-a, se necessário; 
• Realizar prescrição de enfermagem para o pós-operatório no final do 
procedimento; 
• Manter a família informada sobre o andamento da cirurgia. 
RESOLUÇÃO COFEN-274/2002 
 
 
 
 
 
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O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso de suas atribuições 
legais e regimentais; 
CONSIDERANDO o princípio de que o profissional de Enfermagem deve 
estar a par dos estudos e pesquisas mais atuais; 
CONSIDERANDO o uso de meios eletrônicos e a realização de estudos e 
pesquisas no âmbito da Enfermagem; 
CONSIDERANDO que a INTERNET veicula informações, oferece serviços e 
vende produtos que têm impacto direto na saúde e na vida do cidadão; 
CONSIDERANDO que INEXISTE legislação específica para regulamentar o 
uso da INTERNET ou o comércio eletrônico no Brasil, o que torna 
necessário o incentivo à auto-regulamentação do setor para 
estabelecimento de padrões mínimos de qualidade, segurança e 
confiabilidade dos sites de Enfermagem e Saúde; 
CONSIDERANDO que a Enfermagem deve pautar suas atividades em 
princípios éticos; 
CONSIDERANDO deliberação do Plenário em sua reunião ordinária nº 307; 
RESOLVE: 
Art. 1º - O usuário da INTERNET, na busca de informações, serviços ou 
produtos de Enfermagem on-line, tem o direito de exigir das organizações e 
indivíduos responsáveis pelos sites: 
1º Transparência - Toda informação, mensagem, produto, serviço, 
veiculados e/ou oferecidos pelos sites com conteúdo de enfermagem e 
saúde, deve ser claro e transparente, especificando o propósito, 
esclarecendo se é educativo, se tem fins comerciais, de assessoria ou 
 
 
 
 
 
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aconselhamento. É obrigatória a apresentação dos nomes do responsável 
mantenedor e patrocinadores diretos ou indiretos da página. 
2º Honestidade - A verdade deve ser apresentada, sem que haja interesses 
ocultos. Deve estar claro quando o conteúdo educativo ou científico 
divulgado tiver o objetivo de publicidade, promoção e venda. 
3º Qualidade - A informação apresentada na INTERNET deve ser exata, 
atualizada, de fácil entendimento, em linguagem objetiva e cientificamente, 
fundamentada. Dicas e aconselhamentos devem ser prestados por 
profissionais qualificados, com base em estudos, pesquisas protocolos, 
consensos e prática clínica. 
Os sites com objetivo educativo ou científico devem garantir a autonomia e 
independência de sua política editorial e de suas práticas, sem vínculo ou 
interferência de eventuais patrocinadores. 
Deve estar visível a data da publicação ou da revisão da informação, para 
que o usuário tenha certeza quanto a sua atualidade. Os sites devem citar 
todas as fontes utilizadas para as informações, critério de seleção de 
conteúdo e política editorial, com destaque para nome e contato com os 
responsáveis. 
 4º Consentimento livre e esclarecido - Qualquer dado pessoal somente 
pode ser solicitado, arquivado, usado e divulgado com o expresso 
consentimento livre e esclarecido dos usuários, que devem ter clareza sobre 
o pedido de informação; quem coleta, reais motivos, como será a utilização 
e compartilhamento dos dados. 
 5º Ética Profissional - Os profissionais e instituições de enfermagem 
registrados no Sistema COFEN/COREN, que mantém sites na INTERNET, 
devem obedecer aos mesmos códigos e normas éticas regulamentadoras 
do exercício profissional. Se a ação, omissão, conduta inadequada, 
 
 
 
 
 
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imperícia, negligência ou imprudência de um Profissional de Enfermagem, 
via INTERNET, produzir dano à vida ou agravo à saúde do indivíduo, o 
profissional responderá pela infração ética junto ao Conselho de 
Enfermagem, de acordo com a legislação profissional. 
6º Responsabilidade e Procedência - Um profissional ou uma instituição tem 
que se responsabilizar, legal e eticamente, pelas informações produtos e 
serviços de enfermagem e saúde divulgada na INTERNET. O site deve 
manter ferramentas que possibilitem ao usuário emitir opinião, queixa ou 
dúvida. As respostas devem ser fornecidas de forma mais ágil e apropriada 
possível. 
Art. 2º - Na utilização da INTERNET, o profissional de Enfermagem está 
obrigado a identificar-se com nome completo e respectivo registro 
profissional. 
Art. 3º - Os serviços, produtos e informações divulgadas, deverão estar sob 
a responsabilidade do Profissional de Enfermagem ou alguma Instituição. 
Art. 4º - Serão permitidos anúncios para a divulgação de palestras, cursos, 
seminários e afins, utilizando linguagem educada e respeitosa com os 
colegas, demais profissionais e o público em geral. 
Art. 5º - As entrevistas realizadas através da INTERNET devem visar à 
promoção da Enfermagem, e não a do próprio profissional, garantindo assim 
sua finalidade de esclarecimento e orientação do público. 
Art. 6º - Nos anúncios divulgados na INTERNET, fica vedado ao profissional 
de Enfermagem promover a prestação de serviços gratuitos ou a preços vis, 
para que assim sejam mantida a qualidade e dignidade da atuação 
profissional. 
 
 
 
 
 
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Art. 7º - É vedado ao profissional de Enfermagem utilizar-se da INTERNET 
para se promover profissionalmente, divulgando conhecimentos de forma 
sensacionalista ou de conteúdo inverídico. 
Art. 8º - É vedado ao profissional de Enfermagem propagar idéias, 
descobertas ou ilustrações como inéditas, que na realidade não o sejam, 
bem como divulgar novos conhecimentos que ainda não estejam 
reconhecidos cientificamente. 
Parágrafo único. Todas as informações divulgadas na rede mundial de 
computadores devem utilizar como fontes: profissionais, entidades, 
universidades, órgãos públicos e privados e instituições reconhecidamente 
qualificadas. 
Art. 9º - É vedado ao profissional de Enfermagem utilizar-se da INTERNET, 
como meio para prejudicar o trabalho, obra ou imagem de outro profissional 
da Enfermagem ou Saúde. 
Art. 10º - É vedado ao profissional de Enfermagem publicar na rede mundial 
de computadores, artigos de conteúdo depreciativo acerca da profissão. 
Art. 11º - Esta resolução entra em vigor na data da sua publicação, 
revogando disposições em contrário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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-----------FIM DO MÓDULO I-----------

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