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Definição Planejando o gerenciamento de prazos do projeto: Criando um plano para criar o cronograma. Definindo e sequenciando as atividades. Estimando os recursos e a duração das atividades. Finalizando o cronograma. Propósito Compreender a importância de realizar um bom planejamento de prazos de um projeto e os impactos quando isto não acontece. Objetivos Módulo 1 Criando um plano para gerenciar o cronograma. Módulo 2 Definindo e sequenciando as atividades. Módulo 3 Estimando os recursos e a duração das atividades. Módulo 4 Finalizando o cronograma. Introdução Gerenciar um projeto é sempre com emoção. Tudo pode acontecer ao longo do projeto. São vários fatores que existem e que podem afetar o desempenho de um projeto, tais como: um escopo não definido corretamente, recursos humanos sem as competências e habilidades necessárias para executar determinadas tarefas, riscos que não foram mapeados e tratados corretamente, a falta de engajamento das principais partes interessadas, requisitos de qualidade não definidos antecipadamente, dentre outros. Como evitar tudo isso? É preciso planejar, planejar e planejar. Planejar, planejar e planejar O planejamento deve ser realizado independente do ciclo de vida do projeto e independente da abordagem que será utilizada para o desenvolvimento do projeto. Um bom planejamento é a sua “bússola” para você não se perder ao longo do caminho. Permitindo que você consiga visualizar algumas “pedras” e até consiga ter uma visão do futuro. O planejamento é como se fosse uma trilha que temos que seguir para chegarmos aonde precisamos chegar e como vamos chegar. Se iniciarmos um projeto sem gastarmos o mínimo de tempo para fazer um planejamento, o seu projeto poderá até terminar dentro do prazo previsto, mas muitas vezes com retrabalho, desgaste da equipe, com um custo maior que o previsto, com a qualidade abaixo do esperado e com a insatisfação do seu cliente. Como o nosso foco é gerenciamento de prazos ou do cronograma de um projeto, vamos conhecer quais as principais etapas necessárias para definir qual a trilha para que projeto termine dentro do prazo previsto. Não basta apenas terminar no prazo previsto é preciso que também atenda todos os requisitos, as restrições, as necessidades e expectativas das principais parte interessadas e, que por fim, agregue valor ao negócio. Durante o entendimento das etapas você vai perceber que alguns detalhes são relevantes para a criação de um cronograma realista e realizável. Sem esquecer de definir como você vai avaliar e reportar o desempenho do projeto para todas as partes interessadas envolvidas. Não podemos esquecer que a transparência é fundamental em um bom gerenciamento de prazos, permitindo que todos tenham a visão do realmente está acontecendo ao longo do projeto. Módulo 1 CRIANDO UM PLANO PARA GERENCIAR O CRONOGRAMA INTRODUÇÃO Uma maneira de você ter o controle, seja na sua vida, seja na empresa ou seja no seu projeto, é planejando. O planejamento nada mais é que organização. Se tratando de projetos, é realmente necessário parar, pensar e organizar. É hora de refletir, de analisar, de envolver outras pessoas que possam contribuir para um bom planejamento. Existem sempre algumas expectativas das partes interessadas, principalmente, com relação ao escopo, custo, prazos e qualidade. De um modo geral, eles esperam que um plano seja a previsão de futuro e que esta previsão realmente acontecerá. E quando a questão é prazo, esse desafio ainda é muito maior. Não existe uma “bola de cristal” e nem mágica. Mas, será que é possível prever exatamente quando um projeto vai terminar? A resposta é sim, é possível. Entretanto, exigirá dedicação, conhecimento e experiência para superar todos os desafios. Vamos entender o motivo e o que podemos fazer para evitarmos ao máximo que as nossas previsões de prazo de um projeto sejam o mais próximo do esperado. O gerenciamento de cronograma é também conhecimento como gerenciamento de prazos ou gerenciamento de tempo. Vamos adotar a terminologia utilizada pelo Guia PMBOK® e vamos então chamar de gerenciamento de cronograma. Vamos considerar que a abordagem do projeto será preditiva ou híbrida. Para os projetos com abordagem adaptativa, a gestão de prazo é realizada de forma iterativa, afinal no início do projeto o escopo não está fechado. A descrição do escopo é alto nível, não permitindo a criação de um cronograma com uma visão detalhada de todo o trabalho necessário para realizar as entregas do projeto. OS PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS O ciclo de vida do projeto preditivo ou híbrido é gerenciado através da execução de várias atividades identificadas como processos de gerenciamento de projetos. Cada processo terá uma ou mais entradas, uma ou mais saídas ou resultado do processo e, para executá-lo poderão ser aplicadas algumas ferramentas e técnicas. Para elaborar um cronograma será necessário a execução de alguns processos, que também podemos chamar de etapas. Todo processo sempre tem identificado: Entradas: São todas as informações necessárias para a execução do processo. Ferramentas e Técnicas: São ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas para a apoiar na elaboração do processo. Saídas: Resultado(s) do processo. OS PROCESSOS ENVOLVIDOS NO GERENCIAMENTO DO CRONOGRAMA Considerando que a abordagem do projeto será preditiva ou híbrida, são sete processos ou etapas que precisam ser executados para que você elabore um cronograma realista e realizável: Planejar o gerenciamento do cronograma Definir as atividades Sequenciar as atividades Estimar os recursos das atividades Estimar as durações das atividades Desenvolver o cronograma Controlar o cronograma A partir de agora vamos conhecer cada processo e entender algumas boas práticas que poderão aumentar a chance do seu projeto ser bem-sucedido. Vamos lá?! PLANEJANDO O GERENCIAMENTO DO CRONOGRAMA Este é o momento de parar, pensar e definir como o cronograma do projeto será desenvolvido, monitorado e controlado. É importante deixar isso documentado, principalmente em projetos complexos, envolvendo muitas pessoas e terceiros. Ou seja, vamos definir e documentar a “regra do jogo”. A criação de um plano de gerenciamento do cronograma normalmente é aplicada para projetos preditivos e para os projetos híbridos. Quando a abordagem de desenvolvimento do projeto é adaptativa ou ágil, não invalida definir também as “regras do jogo”, mas normalmente, serão bem mais simples. O principal objetivo do processo planejar o gerenciamento do cronograma é orientar e fornecer instruções sobre como o cronograma do projeto será gerenciado, através das definições de políticas, procedimentos e a documentação necessária para o planejamento, desenvolvimento, execução e controle do cronograma do projeto. Primeiramente, verifique se você já tem todas as informações necessárias (entradas) para criar o plano de gerenciamento do cronograma do seu projeto. Destacamos algumas delas: Formalização do início do projeto: Existe um documento que formalizou o início do projeto? Este é um documento com informações de alto nível sobre o projeto, formalizando-o perante a organização e designando o gerente de projeto. Independente do tipo de projeto e complexidade é sempre uma boa prática criar este documento. Certamente ele terá informações importantes que ajudarão na elaboração do plano de gerenciamento do cronograma, tais como o prazo previsto e um resumo do cronograma de marcos. Este documento é também conhecido como Termo de Abertura do Projeto (TAP) ou Project Chart. Abordagem de desenvolvimento: Durante o planejamento de um projeto preditivo ou adaptativo outros planos provavelmente serão desenvolvidos, dentre eles o plano de gerenciamento do escopo. Este plano ajudará a descrever como o escopo será definido e gerenciado. Estasde processos, desenvolvimento de metodologia de gerenciamento de projetos, soluções de TI, implementação e coordenação de PMOs nas áreas de Tecnologia de Informação, construção naval, saúde, financeira e Petróleo & Gás. Certificada PMP (Project Management Professional), PMI-SP (Project Scheduling Professional), ITIL, PMO-CP e SFC (Scrum Fundamental Certified). Consultora e instrutora da P-LAB desde 2007 e docente da Universidade Estácio de Sá desde 2005. Autora do capítulo de Gerenciamento de Escopo do livro Guia profissional de Gerenciamento de Projetos e revisora técnica do livro MSProject 2003.informações ajudarão na definição de como vamos desenvolver o cronograma. Plano de gerenciamento do escopo: A abordagem de desenvolvimento do produto também faz parte do plano de gerenciamento do projeto e que será muito importante para a definição da abordagem de elaboração do cronograma. Por exemplo, quais as técnicas de estimativa(s), as ferramentas para elaboração do cronograma e técnicas para controle do cronograma que serão utilizadas. Fatores ambientais da empresa: Existem vários fatores do ambiente externo do projeto e/ou externo à organização, que podem afetar a elaboração de um cronograma e que de alguma forma, influenciarão também na elaboração do plano de gerenciamento do cronograma, tais como: cultura e estrutura organizacional, disponibilidade de equipe, disponibilidade de recursos da equipe com as habilidades necessárias, disponibilidade de recursos físicos, software para elaboração do cronograma, diretrizes e critérios para adaptação aos processos e procedimentos existentes na organização para atender o projeto, bancos de dados comerciais contendo padrões e dados de estimativas. Ativos de processos organizacionais: São fatores internos à organização que também podem afetar a elaboração de um cronograma e que de alguma forma, influenciarão também na elaboração do plano de gerenciamento do cronograma: informações históricas e lições aprendidas de outros projetos, cronogramas formais e informais existentes, políticas, procedimentos e diretrizes relacionadas ao gerenciamento e controle, modelos de cronograma, modelos de formulários e ferramentas utilizadas para monitoramento e emissão de relatórios. Com base nas informações que temos em mãos é importante conhecer e aplicar algumas ferramentas e técnicas que poderão auxiliar na criação do plano de gerenciamento do cronograma do projeto. Na prática: Procure utilizar a(s) ferramenta(s) e técnica(s) que você está mais familiarizado ou então, pratique antes de você começar a utilizar no seu projeto. Seguem as técnicas mais comuns e que podem ser aplicadas em qualquer tipo de projeto: Especialistas: Conhecido também como opinião especializada, são pessoas ou grupos com conhecimento especializado ou que tenha participado de projetos anteriores semelhantes. Serão de grande ajuda na elaboração do plano do cronograma. Verifique internamente se existe essa expertise, caso não tenha este recurso na organização, veja a possibilidade de contratação, pelo menos durante o planejamento. Reuniões: As reuniões quando não são bem conduzidas podem ser uma total perda de tempo. Entretanto, são técnicas muito utilizadas durante todo o projeto. Para a criação do plano de gerenciamento do cronograma, podem ser realizadas reuniões com a equipe do projeto para que participem de forma colaborativa na definição do plano. Afinal este é um documento com regras e procedimentos que todos deverão seguir. Devem participar desta reunião o gerente do projeto, o patrocinador do projeto, membros da equipe do projeto devidamente selecionados e determinadas partes interessadas. O importante é que os participantes realmente estejam envolvidos em alguma etapa do projeto. Na prática: Para evitar que as reuniões sejam consideradas como “perda de tempo” o ideal é que você planeje e organize com todas as atividades necessárias para que a reunião seja bem-sucedida. Por exemplo, definir local, horário, objetivo da reunião, material que será enviado para os participantes, modelo de ata, quem vai elaborar a ata da reunião, se ela será elaborada durante o andamento da reunião, dentre outras informações. Envie o convite com antecedência, descrevendo o objetivo da reunião e outras informações necessárias, de forma que os convidados possam se preparar para participar da reunião. Inicie a reunião no horário, coordene a reunião de forma que o grupo não perca o foco e a reunião termine no horário previsto. O resultado do processo (saídas) planejar o gerenciamento do cronograma é o próprio plano de gerenciamento do cronograma. Ele pode ser um documento altamente detalhado ou simples e genérico. Deve ser construído de acordo com as necessidades de cada projeto, estabelecendo critérios e todas as atividades que envolve desde o desenvolvimento do cronograma até o seu monitoramento e controle. Considerando então uma abordagem preditiva ou híbrida, seguem abaixo algumas informações que podem ser incluídas em um plano de cronograma de um projeto. Lembrando que deve ser adaptado para cada projeto, em função, principalmente, da sua complexidade e da abordagem que será utilizada. Método do cronograma: Definir e descrever qual é o método que será utilizado na criação do cronograma. O método selecionado fornecerá a estrutura para a criação do modelo do cronograma. Alguns desses métodos são: Método do Caminho Crítico (MCC), Método de Diagrama de Precedência (MDP) e o Método da Corrente Crítica. Duração do lançamento e iteração: Se o projeto estiver usando o ciclo de vida adaptativo, especificar qual a duração fixa de cada iteração para o lançamento. Essa duração fixa é o período que a equipe trabalhará continuamente para concluir a meta estabelecida. Técnicas de desenvolvimento do cronograma: As mais usadas no planejamento de um projeto preditivo: planejamento em ondas sucessivas (Rolling Wave Planning), Programa Evaluation and Review Technique (PERT), Simulação de Monte Carlo. Ferramenta para criação do cronograma: Documentar quais as ferramentas que serão utilizadas para o projeto, tais como: software para desenvolvimento do cronograma, software para geração de relatórios, software para cálculo de valor agregado, dentre outros. Vamos conhecer algumas dessas ferramentas: Microsoft Project®, Project Builder, Primavera®, Clarity®, Clarity, Jira, dentre outras. Atenção Antes de decidir pela ferramenta que será utilizada, verifique se já não existe um padrão interno na organização. Se não existir, procure fazer uma pesquisa de mercado e uma prova de conceito (Proof of Concept - POC), envolvendo, principalmente, as pessoas que farão uso da ferramenta ao longo do projeto. Nível de Exatidão: Definir e documentar qual será o nível de exatidão das estimativas apresentadas no cronograma, podendo incluir contingências. Unidade de Medida: Definir se as estimativas serão em dias, semanas, meses ou outra unidade de medida para cada recurso (metro, litros, etc). Limites de Controle: Definir as medidas de variação que serão utilizadas para indicar se o projeto ou uma entrega do projeto está no prazo. Relatórios do Cronograma: Definir qual o formato será utilizado para o relatório de status e progresso e qual a frequência de emissão. O modelo que será utilizado deve ser incluindo no plano como anexo. Identificação das atividades: Descrever como as atividades serão identificadas. Algumas técnicas poderão ser utilizadas para fazer a decomposição das entregas em atividades. O brainstorming é uma técnica muito utilizada, envolvendo os membros das equipes que serão responsáveis pela execução do trabalho. Sequenciamento das atividades: Descrever como será realizado o sequenciamento das atividades para a criação do diagrama de rede, incluindo os tipos de dependências e como deverão ser documentadas. Estimar os recursos: Descrever como os recursos (humanos, materiais e equipamentos) serão estimados e documentados. Estimar a duração das atividades: Definir as técnicas que serão utilizadas para fazer as estimativas de cada atividade que será realizada, tais como: estimativas análogas, estimativas de três pontos, estimativas paramétricas, dentre outras. Regras de medição de desempenho: Descrever a técnica que será utilizada, como por exemplo, Gerenciamento do Valor Agregado (GVA). No plano poderá ser especificado as regras para estabelecer o percentual completo, como a variação de prazos e o índice de desempenho deprazos serão usados para avaliar a variação da linha de base. Manutenção do cronograma: Documentar o processo que será utilizado para atualizar o cronograma, a frequência que isso acontecerá, quem será o responsável, como será o controle de versão. Não esquecer de estabelecer quais as diretrizes para manter a linha de base. Na prática: É importante que você avalie bem o que será relevante fazer parte do plano de gerenciamento do cronograma do seu projeto. Você pode elaborar o plano com base no plano de um outro projeto semelhante ou com base em algum modelo definido pela organização ou simplesmente você criar um modelo mais adequado para o seu projeto. Vídeo Acesse o material digital para assistir ao vídeo. Verificando o aprendizado 1) Como é conhecido o documento que formaliza um projeto perante a organização e que também designa o gerente de projetos? a) Fatores ambientais da organização. b) Termo de Abertura do Projeto. c) Plano de gerenciamento do cronograma. d) Plano de gerenciamento do projeto. e) Ativos de processos organizacionais. 2) Ao ser designado(a) pelo patrocinador (Diretor de Marketing) para gerenciar um projeto para lançamento de um novo produto no mercado, você entrou em contato com o PMO Corporativo solicitando as informações históricas de projetos semelhantes para que já foram realizados na organização. De acordo com as entradas necessárias para o desenvolvimento de um plano de gerenciamento do cronograma, essas informações históricas são classificadas como: a) Ativos de processos organizacionais. b) Fatores ambientais da organização. c) Método do cronograma. d) Unidade de medida. e) Plano de gerenciamento do projeto. 3) Você iniciou o desenvolvimento do plano de gerenciamento do cronograma de um projeto de construção naval. Qual é o campo no plano de gerenciamento do cronograma do projeto que deverá descrever as medidas de variação que serão utilizadas para indicar se o projeto ou uma entrega do projeto está no prazo? a) Regras de medição de desempenho. b) Limites de Controle. c) Método do cronograma. d) Unidade de medida. e) Estimar os recursos. Módulo 2 DEFININDO E SEQUENCIANDO AS ATIVIDADES INTRODUÇÃO O plano de gerenciamento do cronograma já foi concluído, agora é o momento de começar a elaborar o cronograma, com base nas diretrizes e procedimentos definidos no plano. Se ao longo da execução dos processos para elaboração do cronograma for identificado que algum procedimento não está de acordo com o que foi definido no plano de gerenciamento do cronograma, é hora de fazer uma revisão do plano. Na prática: Apesar de destacarmos cada etapa ou processo do desenvolvimento de um cronograma de forma distinta, na maioria das vezes elas são executadas simultaneamente. DEFININDO O ESCOPO DO PROJETO 1 Antes de definir e sequenciar as atividades, é preciso entender e estabelecer o escopo do produto e do projeto. É muito importante estabelecer o que está dentro do escopo e o que está fora do escopo. A definição do escopo do projeto é base para elaboração de um cronograma. 2 Com base nos requisitos e na especificação do escopo, é hora de criar a EAP – Estrutura Analítica do Projeto. A EAP é uma ferramenta que permite que todos tenham uma visão do que o projeto vai entregar. Costuma-se dizer “se não está na EAP não faz parte do projeto”. 3 Para elaborar a EAP, que será a base para elaboração do cronograma do projeto, procure envolver a equipe que já está definida para o projeto, pessoas que já participaram de projetos semelhantes, especialistas na área do projeto, dentre outras pessoas. A elaboração da EAP deve ser realizada de forma colaborativa, onde todos possam contribuir. Além de ser a base para elaborarmos o cronograma do projeto, ela é uma excelente ferramenta para engajamento das pessoas que participarão do projeto. DEFININDO AS ATIVIDADES Um cronograma é composto por atividades. Vamos entender o que será necessário para execução do processo definir as atividades, que tem como principal objetivo identificar e documentar todas as ações, todas as atividades que serão necessárias para produzir cada entrega do projeto. Com base na EAP, cada pacote de trabalho será decomposto em atividades. Ao iniciar o processo, verifique se todas as informações que serão importantes para a definição das atividades (entradas) estão disponíveis, dentre elas: Plano de gerenciamento do projeto: O plano de gerenciamento do cronograma onde foram descritos as diretrizes, procedimentos e as regras para definir as atividades do cronograma. A linha de base do escopo que é composta pela EAP – Estrutura Analítica do Projeto, especificação do escopo do projeto e o dicionário da EAP devem ser consideradas para a equipe definir as atividades. Fatores ambientais da empresa: Alguns fatores ambientais que poderão influenciar este processo, tais como: estrutura e cultura organizacional, informações comerciais publicadas a partir de bancos de dados comerciais e sistemas de informações de gerenciamento de projetos. Ativos de processos organizacionais: Alguns ativos de processos organizacionais que poderão influenciar este processo: lições aprendidas e as informações históricas, como uma lista das atividades usadas em algum projeto semelhante será de grande utilidade e ajudará na qualidade do resultado do processo, processos padronizados, políticas, procedimentos e diretrizes existentes, como a metodologia para elaboração do cronograma. Existem várias ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas para definição das atividades. Você poderá usar outras que não estão listadas aqui. O importante que você e a equipe do projeto estejam familiarizados com ela(s). Especialistas: Também conhecido como opinião especializada. Procure identificar e envolver as pessoas ou grupos com conhecimento especializado ou que tenha participado de projetos anteriores semelhantes será de grande ajuda na definição das atividades. Decomposição: Essa é uma técnica muito usada para dividir e subdividir o escopo do projeto e suas entregas em partes menores e mais fáceis de gerenciar. Cada pacote de trabalho dentro da EAP deve ser decomposto em atividades que serão necessárias para produzir cada entrega. Lembrando que está decomposição sempre deve ser feita pelos responsáveis pela entrega ou em conjunto com eles. Lembre-se, o envolvimento da equipe no projeto na definição das atividades poderá gerar resultados melhores e mais precisos. Planejamento em ondas sucessivas: Essa é uma técnica de planejamento iterativo onde o planejamento do trabalho a ser executado a curto prazo é bem detalhado e o trabalho que será realizado mais adiante e que a equipe ainda não tem todas as informações necessárias é planejado em um nível mais alto. Reuniões: As reuniões serão importantes e podem ser tanto presenciais como virtuais. Devem participar desta reunião o gerente do projeto, os membros da equipe e/ou especialistas no assunto que tenham conhecimento para definir todas as atividades necessárias para realizar cada entrega. Ao final do processo definir as atividades, alguns resultados são esperados, dentre eles: Lista de Atividades: Esta lista é composta com todas as atividades do cronograma necessárias para o projeto. Cada atividade deverá ter um identificador e uma descrição detalhada do escopo do trabalho de forma que a equipe do projeto entenda o que realmente precisa ser realizado. Esta lista foi criada através da decomposição de cada entrega do projeto (pacote de trabalho definido na EAP). Atributos das Atividades: Precisamos definir quais as informações que vamos registrar para cada atividade e esses são definidos como atributos das atividades e que são utilizadas no desenvolvimento do cronograma. Alguns atributos são importantes, outros são desejáveis. Mas, você e a sua equipe do projeto podem definir quais serão esses atributos.Vejamos alguns: identificador exclusivo da atividade (ID), ID da EAP, nome da atividade, descrição, atividades predecessoras, atividades sucessoras, relacionamentos lógicos, antecipações e esperas, requisitos de recursos, datas impostas, restrições e premissas, local de trabalho onde a atividade será realizada, o calendário do projeto para a atividade e o tipo de esforço que será envolvido. Lista de Marcos: Um marco de um projeto é um evento significativo no projeto. Um projeto pode ter um ou mais marcos. Podem ser acordados ou definidos pelas principais partes interessadas. Pode ser obrigatório, quando definido em contrato. Normalmente o marco tem duração zero. Solicitações de Mudanças: As mudanças podem ocorrer durante todo o projeto. Podemos dizer que um projeto sempre terá algum tipo de mudança. A partir do momento que o plano de gerenciamento do projeto foi aprovado, a linha de base do projeto foi definida, qualquer mudança deverá resultar em uma solicitação de mudanças e o processo controle de mudanças deverá ser realizado de acordo com os procedimentos e diretrizes estabelecidas no início do planejamento. Atualizações no plano de gerenciamento do projeto: Durante o andamento do projeto solicitações de mudanças podem ser criadas para atualização da linha de base do cronograma e a linha de base de custos. Uma mudança na linha de base do cronograma poderá ser necessária com a mudança de alguma data de entrega ou de outros marcos importantes para o projeto. Quando isto acontece, mudanças na linha de base de custo podem ser necessárias em respostas às solicitações de mudanças aprovadas nas atividades do cronograma. Por exemplo, se uma determinada data precisou ser alterada, isto pode significar mais recursos que permanecerão alocados às atividades, o que pode implicar em alteração da linha de base de custos. Na Prática: No projeto apresentado na figura abaixo, as atividades 5, 8,11 e 14 foram definidas como marcos – duração 0. file:///G:/Drives%20compartilhados/YDS_PA/0605_Fabrica_Conteudo/_PUB/Gerenciamento%20de%20Prazos/player/curso/00068/img/m2_img1.png Fonte: Elaborado por Sueli Marquet DEFININDO O SEQUENCIAMENTO DAS ATIVIDADES Já listamos todas as atividades necessárias para cada entrega prevista no cronograma. O próximo passo é sequenciá-las, ou seja, criar um relacionamento entre cada atividade necessária para realizar o trabalho do projeto. O processo sequenciar as atividades tem como principal objetivo identificar e documentar todos os relacionamentos entre as atividades do projeto, criando uma sequência lógica de trabalho para garantir o bom desempenho do projeto. Como sempre, verifique se todas as informações (entradas) que serão importantes para o sequenciamento das atividades estão disponíveis. Seguem algumas: Plano de gerenciamento do cronograma: A partir do momento que elaboramos o plano de gerenciamento do cronograma ele passa a ser uma entrada importante nos processos para elaborar o cronograma do projeto. Para orientar o como sequenciar as atividades do projeto, deve estar descrito qual será o método usado para sequenciar as atividades e, também o nível de exatidão das informações, juntamente com outros critérios requeridos para o sequenciamento. A lista de atividades e os atributos das atividades: São resultados dos processos anteriores e podem conter informações que influenciarão no sequenciamento das atividades. Estas informações também podem ser atualizadas ao final deste processo. Registro de premissas: Este documento criado logo no início do projeto e que deverá ser atualizado ao longo do planejamento. Apesar do nome, ele também contém as restrições estabelecidas no projeto. Lista de marcos: Algum marco poderá ter uma data agendada para eventos ou entregas específicas e que podem influenciar no sequenciamento das atividades. Fatores ambientais da empresa: Alguns fatores ambientais que poderão influenciar este processo, tais como: padrões de mercado, regulamentos, sistema de informação de gerenciamento de projetos, ferramentas para elaboração de cronograma e sistema de autorização de trabalho da organização. Ativos de processos organizacionais: Alguns ativos de processos organizacionais que poderão influenciar este processo, dentre outros: modelos para ajudar na definição da rede, lições aprendidas, informações históricas de projetos semelhantes e relacionamentos entre projetos. Vamos conhecer agora algumas ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas e que facilitarão a definição do sequenciamento das atividades: Método do Diagrama de Precedência (MDP): Técnica utilizada para criar um modelo de cronograma, permitindo uma visão e validação dos relacionamentos entre as atividades. Neste método a atividade é representada por “nó”. Cada atividade ou nó é ligada a uma ou mais atividades por “setas”, representando o relacionamento lógico existente entre elas. De uma forma gráfica conseguimos verificar qual a ordem que as atividades deverão ser executadas. Fonte: Elaborada por Sueli Marquet, 2021 Existem dois conceitos importantes para o uso do diagrama de rede: 1) Atividade predecessora: Atividade que vem antes da atividade dependente dela. 2) Atividade sucessora: Atividade dependente que vem após a atividade que ela tem um relacionamento lógico. Este método possui quatro tipos de dependências ou relacionamento lógicos, são eles: file:///G:/Drives%20compartilhados/YDS_PA/0605_Fabrica_Conteudo/_PUB/Gerenciamento%20de%20Prazos/player/curso/00068/img/m2_img2.png 1) Término para início (TI): A atividade predecessora tem que terminar para que a atividade sucessora possa iniciar. Este tipo de relacionamento lógico é o mais usado. 2) Término para término (TT): A atividade sucessora não pode terminar até que a atividade predecessora tenha terminado. 3) Início para início (II): A atividade sucessora não pode ser iniciada até uma atividade predecessora tenha iniciado. 4) Início para término (IT): A atividade sucessora não pode ser terminada até que uma atividade predecessora tenha iniciado. Este é um tipo de relacionamento que não é muito utilizado. Na prática: Para o melhor entendimento, segue exemplo de um projeto de desenvolvimento de um novo curso on-line. Vamos analisar apenas para das atividades envolvidas na entrega do Conteúdo. As atividades que serão necessárias entregar o conteúdo do curso precisam ser sequenciadas. Como você pode observar, todas estão como Término-Início (que é default da ferramenta), sendo que atividade 9 está como Início-Início em relação a atividade 7, ou seja, iniciando em paralelo. Fonte: Elaborado por Sueli Marquet Integração e determinação de dependência: É muito importante que as determinações das dependências sejam registradas. O ideal é que para cada dependência que for definida no cronograma seja identificada. Elas são classificadas como obrigatórias, arbitradas, internas ou externas. Elas podem ser combinadas entre sim, como por exemplo, dependência interna obrigatória. Vamos entender cada uma delas: Dependências obrigatórias: Pode ser um requisito legal ou um item contratual ou a natureza da atividade. Conhecida também como lógica rígida (hard logic) ou dependências rígidas (hard dependencies). Na prática: Uma dependência obrigatória em função da natureza da atividade - construção civil: na construção de uma casa, não podemos iniciar a construção das file:///G:/Drives%20compartilhados/YDS_PA/0605_Fabrica_Conteudo/_PUB/Gerenciamento%20de%20Prazos/player/curso/00068/img/m2_img3.png paredes sem a conclusão da fundação. Este tipo de dependência não poderá ser alterado. Dependências arbitradas: Também chamadas de lógica preferida, lógica preferencial ou soft logic. São estabelecidas com base no conhecimento das melhores práticas numa determinada área de aplicação. Ela não é obrigatória, mas é recomendada pela experiência, podendo terriscos envolvidos se forem executadas numa ordem diferente. Exemplo: Pintar a parede e trocar o carpete da sala: a boa prática orienta primeiro pintar a parede para depois trocar o carpete. Pode ser executada numa ordem diferente, mas existe o risco de sujar o tapete de tinta, aumentando o trabalho e o custo da atividade. Dependências externas: Este tipo de dependência normalmente envolve atividades do projeto e atividades que não pertencem ao projeto. Ou seja, são atividades que não estão sob o controle do projeto. Geralmente são atividades ou entregas que serão executadas por terceiros. A equipe do projeto deverá definir quais são essas dependências externas. Exemplo: Para realizarmos a troca do carpete depende da atividade do fornecedor, que irá fabricar o carpete conforme as especificações definidas e fazer a entrega. Dependências internas: São dependências que estão sob o controle da equipe do projeto. Podem ser alteradas durante o andamento do projeto pela equipe do projeto. Antecipações e esperas: São técnicas importantes e que podem ser utilizadas, principalmente, na revisão do cronograma, para ajustar algumas datas de marcos ou até mesmo a data de término do projeto. Antecipação: Quantidade de tempo que uma atividade sucessora poderá ser antecipada em relação a uma atividade predecessora. Espera: Quantidade de tempo que uma atividade sucessora será atrasada ou prorrogada em relação a uma atividade predecessora. Na prática: Considerando ainda o projeto de desenvolvimento de um novo curso on- line, analisando parte das atividades envolvidas na entrega Gravação, onde temos um exemplo da utilização da técnica de espera. Como você pode observar na figura abaixo, a atividade 27 é Término-Início da atividade 26, mas com um tempo de espera de 5 dias para iniciar a atividade em relação a data de término da atividade 26. Fonte: Elaborado por Sueli Marquet Sistemas de informações de gerenciamento de projetos: Um software para criar e manter um cronograma de projeto é fundamental. É praticamente atividades, sem uma ferramenta que permita incluir e gerenciar o sequenciamento das atividades. Existem vários softwares no mercado, dentre eles: Microsoft Project, Primavera, Project Builder, dentre outros. Ao final do sequenciamento das atividades do projeto os principais resultados (saídas) são: Diagrama de rede do cronograma do projeto: De uma forma gráfica o diagrama de rede representará todas as relações lógicas existentes entre todas as atividades do cronograma. Este diagrama pode ser criado manualmente, mas o ideal que você utilize um software para que facilite as atualizações que podem surgir ao longo do projeto. Documentos do projeto: Durante a etapa de sequenciamento das atividades do projeto, algumas informações poderão ser atualizadas, tais como: atributos das atividades, lista de atividades, registro de premissas e a lista de marcos. Vídeo Acesse o material digital para assistir ao vídeo. Verificando o aprendizado file:///G:/Drives%20compartilhados/YDS_PA/0605_Fabrica_Conteudo/_PUB/Gerenciamento%20de%20Prazos/player/curso/00068/img/m2_img4.png 1) Qual é a técnica que você poderá utilizar para definir as atividades do seu projeto, utilizando como base a EAP do projeto? a) Método do diagrama de precedência. b) Antecipações e espera. c) Determinação de dependências. d) Decomposição. e) Caminho crítico. 2) Você está elaborando o cronograma de um projeto, juntamente com a sua equipe. Já listaram todas as atividades e agora iniciarão a definição do relacionamento lógico ou as dependências que existem entre elas. Para cada relacionamento lógico definido é importante também a determinação da dependência entre elas, que podem ser: a) Obrigatória, arbitrada, interna ou externa. b) Planejada, arbitrada, interna ou externa. c) Nominal, prioritária, interna ou externa. d) Alta, média ou baixa relevância. e) Somente interna e externa. 3) A quantidade de tempo que uma atividade sucessora será atrasada ou prorrogada em relação a uma atividade predecessora é denominada de: a) Obrigatória. b) Antecipação. c) Espera. d) Interna. e) Externa. Módulo 3 ESTIMANDO OS RECURSOS E AS DURAÇÕES DAS ATIVIDADES INTRODUÇÃO Está é uma das etapas mais desafiadoras na elaboração do projeto. Já definimos as atividades e o relacionamento entre elas. Estamos prontos para realizar os dois processos: estimar os recursos e estimar as durações das atividades. ESTIMANDO OS RECURSOS PARA CADA ATIVIDADE Antes de definirmos as durações das atividades, juntamente com a equipe do projeto, vamos identificar quais os recursos necessários para realizar cada atividade que já listamos no cronograma do projeto. Este processo tem como objetivo estimar recursos humanos, materiais, equipamentos e suprimentos necessários para a realização de cada atividade. Para cada recurso devemos identificar o tipo, a quantidade e as características requeridas para que o trabalho necessário para o projeto seja realizado conforme planejado. Como sempre, não deixe de verificar se todas as informações que serão importantes para apoiar a identificação dos recursos (entradas) estão disponíveis, tais como: Plano de gerenciamento dos recursos: Pode ser até que o projeto não tenha nenhum plano de gerenciamento de recursos, mas se tiver, ele poderá orientar sobre qual a melhor abordagem para identificar os diferentes recursos que podem ser necessários para o projeto e um método para quantificar os recursos. Linha de base do escopo: Como a linha de base do escopo deve existir com a identificação do escopo do produto e do projeto, são informações que ajudarão na identificação dos recursos necessários. Registro de premissas: Pode ter informações sobre produtividades, disponibilidade dos recursos, a abordagem que será adotada para o trabalho que poderão influenciar na natureza do trabalho, bem como na quantidade de cada tipo de recurso, incluindo os membros da equipe do projeto. Estimativa de custos: O custo de cada recurso poderá influenciar no processo de seleção, principalmente com relação à quantidade, as características e o nível de habilidades relacionados aos membros da equipe do projeto. Calendário dos recursos: Para que um cronograma seja realista, ele precisa levar em consideração os calendários dos recursos envolvidos em cada atividade. É preciso ter documentada as informações sobre quais os recursos (membros da equipe, equipamentos e materiais) estarão disponíveis. Por exemplo, com relação aos membros da equipe do projeto quais os dias de trabalho, turnos, início e fim do trabalho normal, fins de semana, feriados públicos e férias. O calendário pode ser para o projeto ou no nível de atividade. Registro dos riscos: Com destaque aos riscos por recursos que podem impactar o processo de seleção e a disponibilidade do(s) recurso(s). Fatores ambientais da empresa: Alguns fatores que podem influenciar a estimativa dos recursos: localização e a disponibilidade de recursos, habilidades dos membros da equipe, cultura organizacional, dentre outras. Ativos de processos organizacionais: As políticas e procedimentos envolvendo a mobilização e a desmobilização de pessoal, políticas e procedimentos relacionados aos equipamentos, materiais e suprimentos e as informações históricas sobre os tipos de recursos utilizados em projetos semelhantes. Existem várias ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas para estimara os recursos das atividades. Podemos utilizar até mais de uma para que as estimativas sejam mais precisas: Especialistas: Procure sempre identificar e envolver as pessoas ou grupos com conhecimento especializado ou que tenha participado de projetos semelhantes que poderá ajudar no planejamento e nas estimativas dos recursos físicos (equipamentos, suprimentos e materiais) e de membros da equipe. Também conhecida como opinião especializada. Estimativabottom-up: As estimativas são realizadas por atividade e depois agrupadas por pacote de trabalho e subindo na EAP, até o nível mais alto. Estimativa análoga: Procure identificar algum projeto semelhante e utilize as informações relativas aos recursos utilizados para auxiliar na estimativa do novo projeto. Está é uma forma rápida de fazer uma estimativa de recursos. Estimativa paramétrica: Utilize informações históricas e parâmetros de projetos com base em algum algoritmo ou dados estatísticos para calcular as quantidades de recursos necessários para realizar uma atividade. Dependendo da natureza da atividade, podem existir parâmetros de mercado utilizado para fazer as estimativas. Análise de alternativas: Utilizada quando temos várias alternativas ou abordagens para realizar o trabalho. É um tipo de técnica de análise de dado que poderá ajudar na escolha da melhor solução para realizar as atividades do projeto. Sistemas de informações de gerenciamento de projetos: Como já vimos, um software de gerenciamento de projetos poderá ser bastante útil na gestão dos prazos de um projeto. Poderá auxiliar desde o planejamento, na organização e no gerenciamento dos recursos envolvidos no projeto e nas estimativas. Reuniões: Promover reuniões com os gerentes funcionais, opinião especializada e outras partes interessadas para ajudar nas estimativas dos recursos por atividade é uma boa opção. As reuniões devem ser sempre planejadas com antecedência, com a pauta enviada junto com o convite e bem coordenada para os objetivos sejam atingidos. Ao terminar a estimativa de recursos do projeto alguns resultados (saídas) são esperados, dentre eles: Requisitos de recursos: Quais são os tipos e as quantidade de recursos requeridos para cada entrega do projeto (pacote de trabalho). Base das estimativas: Não deixe de documentar determinadas informações de forma que fique bem claro como as estimativas de recursos foram realizadas: método utilizado, premissas, restrições, faixa de estimativas e riscos identificados que influenciaram na estimativa. Estrutura analítica dos recursos: Uma forma gráfica representando os recursos por tipo, por categoria (mão de obra, materiais, equipamentos e suprimentos) que poderá ser bastante útil no processo de alocação e monitoramento dos recursos. Registro de premissas: Este documento deverá ser atualizado com as premissas referentes aos tipos e quantidade de recursos e com restrições (se existirem), como por exemplo: acordos coletivos e horas extras. Registro das lições aprendidas: Durante a realização do processo de estimar os recursos muitas lições aprendidas podem ser identificadas, principalmente, com relação às técnicas que foram eficientes e quais as que não foram. Atributos das atividades: Podem ser atualizados com informações sobre os requisitos dos recursos identificados. ESTIMANDO AS DURAÇÕES DAS ATIVIDADES Agora já temos condições de estimar as durações das atividades. Este é outro processo que deve ser feito junto com a equipe do projeto. Estimar as durações das atividades tem como objetivo fazer a estimativa do número de períodos de trabalho que será necessário para concluir cada atividade com os recursos apropriados e utilizando também o calendário do projeto. Na Prática: É importante definir primeiro os recursos antes de fazer as estimativas de duração das atividades. As habilidades do recurso poderão determinar a duração da atividade. Por exemplo, um engenheiro júnior não terá a mesma proficiência de um engenheiro sênior.ao executar uma determinada atividades. Outro exemplo, um guindaste de 60t previsto para uma atividade se for substituído por um guindaste de 30t, levará mais tempo para fazer a movimentação de determinadas cargas. Portanto, precisamos ficar atento as mudanças dos recursos alocados durante o projeto, pois poderá afetar os prazos previstos. Existem algumas informações que poderão agregar valor ao realizar as estimativas de duração das atividades do projeto (entradas). Seguem abaixo algumas dessas informações que estão registradas em alguns documentos. Lembrando que podem existir outras informações que aqui não estão referenciadas. Plano de gerenciamento do cronograma: Onde normalmente definimos qual será o método que vamos utilizar, o nível de exatidão das estimativas e outras regras para realizarmos uma boa estimativa de duração das atividades. Linha de base do escopo: Onde podemos encontrar detalhes técnicos, principalmente no dicionário da EAP, que poderão, de alguma forma, influenciar as estimativas de esforço e duração. Registro de premissas: As premissas podem originar riscos que podem impactar o cronograma do projeto. Registro das lições aprendidas: Podem conter lições aprendidas do próprio projeto em questão com relação às estimativas realizadas no business case e até mesmo no documento de formalização do projeto (Termo de Abertura do Projeto). Marcos do projeto: Os marcos já com as datas programadas podem afetar as estimativas de duração. Alocação dos recursos: Alocação dos recursos humanos com informações sobre o perfil, habilidades, dentre outras características. Informações sobre as atribuições dos recursos físicos (materiais, equipamentos e suprimentos), locais onde esses recursos serão utilizados. Estrutura analítica de recursos: Poderá ser útil para identificar os tipos de recursos do projeto. Calendário dos recursos: Influenciaram a duração das atividades do cronograma em função da disponibilidade, tipo e atributos dos recursos. Requisitos de recursos: Os requisitos dos recursos para cada atividade do projeto influenciarão diretamente as estimativas de duração. Se na alocação do recurso os requisitos não forem atendidos, poderá ter perda de produtividade, de eficiência e de qualidade das entregas. Quando isto acontece, resultará em um prazo mais longo para realizar a atividade. Registro dos riscos: Os riscos relacionados a cada atividade do projeto podem impactar tanto na seleção como na disponibilidade do(s) recurso(s). Fatores ambientais da empresa: Alguns fatores ambientais que poderão influenciar este processo: banco de dados com estimativas de duração de outros projetos, métrica de produtividade, localização dos membros da equipe, dentre outras informações. Ativos de processos organizacionais: Alguns ativos de processos organizacionais que poderão influenciar este processo: Informações históricas de projetos semelhantes, calendário do projeto, políticas de estimativas, metodologia para elaboração de cronograma e as lições aprendidas. Vamos conhecer agora algumas ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas para estimar as durações das atividades: Especialistas: Procure identificar e envolver as pessoas ou grupos com conhecimento especializado ou que tenha participado de projetos anteriores semelhantes. Um especialista será de grande ajuda na estimativa de duração de cada atividade. Na Prática: O ideal é que tenha conhecimento da área de aplicação do projeto, que tenha experiência no desenvolvimento, gerenciamento e controle de cronograma. Esta técnica é também conhecida como opinião especializada. Estimativa análoga: Não podemos deixar de procurar obter dados histórico de uma atividade ou de projeto semelhante ao que estamos preparando o cronograma. É importante verificar se existem informações do previsto e do realizado para verificar se houve alguma variação. Se existe alguma variação é importante procurar entender o que aconteceu. Estimativa paramétrica: Está é uma técnica que pode garantir níveis altos de exatidão. Utilize informações históricas e parâmetros de projetos com base em algum algoritmo ou dados estatísticos para calcular as estimativas de duração da atividade. As durações podem ser determinadas através da multiplicação da quantidade de trabalho a ser executado pelo número de horas demão de obra por unidade de trabalho. Dependendo da natureza da atividade, podem existir parâmetros de mercado utilizado para fazer as estimativas. Estimativa de três pontos: Considerando o risco e as incertezas na execução das atividades, está é uma técnica que ajuda nas estimativas de duração de uma atividade. Ela é realizada com base na análise de alguns cenários: cenário otimista, cenário mais provável e o cenário pessimista. Com base nesta análise, assumindo inclusive algumas premissas, obtenha uma estimativa para cada cenário e aplique na fórmula abaixo. Estimativa = (otimista + mais provável + pessimista) / 3 Estimativa bottom-up: As estimativas são realizadas por atividade e depois agrupadas por pacote de trabalho e subindo na EAP, até o nível mais alto. Análise de reservas: Importante ser considerada nas estimativas de duração, determinando a quantidade de reserva de contingência, também conhecida como reserva de cronograma, considerando as incertezas para realização das atividades. Podemos definir a reserva de contingência como um percentual da duração estimada ou então uma quantidade de período de trabalho. É importante que a reserva de contingência seja documentada e utilizada somente para os riscos identificados. Existe um outro tipo de reserva, definida como gerencial, que está relacionada aos riscos desconhecidos. A reserva gerencial poderá ser também definida e documentada, mas será gerenciada de uma outra forma e deverá ser justificada perante ao patrocinador do projeto, que deverá autorizar em função de um risco que ocorreu e que não tinha sido identificado. Reuniões: Promover reuniões com a opinião especializada, equipe do projeto que realizará cada atividade e outras partes interessadas para ajudar nas estimativas das durações de cada atividade é uma boa prática. As reuniões devem ser sempre planejadas com antecedência, com a pauta enviada junto com o convite e bem coordenada para os objetivos sejam atingidos. Atenção No caso de uma abordagem ágil as estimativas de duração são realizadas no planejamento de uma Sprint ou iteração com base no backlog do produto priorizado (história de usuários) pelo dono do produto (product owner ou PO) Os resultados (saídas) desta etapa para a criação do cronograma são: Estimativa de duração: Resultado quantitativo do período para completar cada atividade do projeto. Base das estimativas: Não esqueça de documentar de uma forma clara e completa como a estimativa de duração foi realizada. Como por exemplo: premissas que foram adotadas e as restrições consideradas (devem estar documentas no Registro de Premissas), registros dos riscos que influenciaram nas estimativas e como foi desenvolvida a estimativa. Atenção Não esquecer de atualizar registro das premissas e o registro das lições aprendidas. Vídeo Acesse o material digital para assistir ao vídeo. Verificando o aprendizado 1) Um gerente de projeto encontrou vários documentos de um projeto semelhante ao que ele foi designado. Ao analisar a documentação ele encontrou um cronograma bem detalhado do projeto. Ele reuniu a equipe, apresentou o cronograma do projeto e sugeriu que fosse usado para apoiar na definição dos recursos necessários para cada atividade. Neste caso, o gerente do projeto está aplicando a técnica de: a) Especialistas. b) Análise de alternativas. c) Estimativa paramétrica. d) Estimativa análoga. e) Estimativa de 3 pontos. 2) Você está com dificuldade de estimar as durações das atividades de um novo projeto de automatização de processo usando robô (RPA). É a primeira que vez que este tipo de projeto será realizado na organização. Depois de muito conversar com a equipe do projeto, foi decidido aplicar a estimativa de três pontos. Para verificar se a equipe está familiarizada com a técnica, você passou a seguinte informação para eles calcularem a duração de uma determinada atividade: Estimativa: otimista = 3 dias, mais provável = 4 dias e pessimista = 8 dias. Qual é a estimativa de duração da atividade utilizando a técnica de estimativa de 3 pontos? a) 5 dias. b) 3 dias. c) 15 dias. d) 8 dias. e) 4 dias. 3) Identifique se as frases abaixo são verdadeiras ou falsas. Marque a resposta correta: I – É importante primeiro estimar os recursos necessários para executar as atividades para depois fazer a estimativa de duração de cada atividade. II - Resultado quantitativo do período para completar cada atividade do projeto é denominado de estimativa de duração. III - A estimativa análoga é uma técnica que pode ser aplicada quando não encontramos informações de projetos semelhantes que possam se usadas no projeto atual. a) V, V, F. b) F, V, F. c) V, V, V. d) F. F. F. e) V, F, V. Módulo 4 FINALIZANDO O CRONOGRAMA INTRODUÇÃO O cronograma está completo, com todas as atividades necessárias, com a definição do relacionamento entre elas, recursos definidos e estimativa de duração das atividades, falta agora fazer uma análise geral e finalizar o cronograma do projeto. Finalmente finalizando a criação do cronograma do projeto! O cronograma foi desenvolvido, mas ainda é necessária uma nova etapa. Chegou a hora de analisar o sequenciamento das atividades, revisar as durações, os requisitos dos recursos que estão sendo alocados para as atividades e as restrições (se existirem) e assim criar o modelo do cronograma para o projeto. Atenção Em projetos menores, os processos para elaboração do cronograma que vimos até aqui, estão conectados de tal maneira que são tratados como único processo, que pode ser realizado até mesmo por uma única pessoa em um curto período de tempo. É importante que cada membro da equipe do projeto faça uma revisão das atividades que foram atribuídas a cada um deles, analisando as datas de início e término e as demais informações existentes no cronograma, verificando, se possível, se existe algum conflito com outros projetos. Em caso de encontrar alguma inconsistência ou conflito, entrar em contato com o Gerente de Projetos para apresentar a situação e chegarem a um consenso sobre a melhor solução. Atenção A revisão e manutenção do modelo do cronograma do projeto de forma que ele seja realmente um cronograma realista serão realizadas ao longo do projeto. O monitoramento e controle deve ser constante. No Guia PMBOK® este processo é identificado como desenvolver o cronograma, mas na verdade todas as etapas ou processos que executamos até agora fazem parte do desenvolvimento do cronograma. Além dos atributos das atividades e da lista de atividades, vamos conhecer então quais as informações (entradas) são importantes para revisarmos e definirmos a linha de base do cronograma. Plano de gerenciamento do cronograma: Onde deve ficar definido o método para elaboração do cronograma, qual a ferramenta que será utilizada para a criação do cronograma e como o cronograma será estruturado. Linha de base do escopo: A especificação do escopo, a EAP e o dicionário da EAP que são a linha de base do escopo, deve ser considerada na criação do modelo do cronograma. Registro de premissas: As premissas e as restrições que devem ser documentadas no registro de premissas, podem originar riscos que podem impactar o cronograma do projeto. Base das estimativas: Descrição de como foi realizada a estimativa de duração das atividades, o que foi considerado e as premissas associadas. Registro das lições aprendidas: Podem conter lições aprendidas do próprio projeto em questão com relação às estimativas realizadas. Marcos do projeto: Marcos específicos com as suas datas programadas são importantes também na revisão e no fechamento do cronograma do projeto. Diagrama de rede do cronograma do projeto: O diagrama foi resultado da definição das relações lógicas entre as atividades. Alocação dos recursos: Alocação dos recursos humanos com informações sobre o perfil, habilidades, dentre outrascaracterísticas. Informações sobre as atribuições dos recursos físicos (materiais, equipamentos e suprimentos), locais onde esses recursos serão utilizados. Calendário dos recursos: Contém informações sobre a disponibilidade dos recursos. Requisitos de recursos: Identificação dos tipos e quantidade de recursos requeridos para cada atividade que foram utilizadas para criar o cronograma. Registro dos riscos: Detalhes sobre cada risco identificado que afeta o cronograma do projeto. Acordos: São contratos que formalizam o envolvimento de terceiros (fornecedores), com a descrição e definição de regras para o desenvolvimento do trabalho para atender as necessidades do projeto. Fatores ambientais da empresa: Alguns fatores ambientais que poderão influenciar este processo: canais comunicação, padrões governamentais e padrões de determinados setores econômicos. Ativos de processos organizacional: Alguns ativos de processos organizacionais que poderão influenciar este processo: Calendário(s) do projeto, metodologia de cronograma, políticas para o desenvolvimento e manutenção do cronograma. Vamos conhecer agora algumas ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas para desenvolver ou revisar o cronograma do projeto: Análise de rede do cronograma: Podemos dizer que esta técnica é abrangente, pois utiliza outras técnicas para gerar o cronograma ou modelo do cronograma, tais como: método do caminho crítico, técnicas de otimização de recursos e técnicas de modelagem. Está análise envolve avaliar a necessidade de criar reservas de cronograma para diminuir a probabilidade de existir algum tipo de desvio do cronograma, principalmente, quando existem vários caminhos convergindo para um único ponto no tempo ou ao contrário, quando vários caminhos divergem de um único ponto no tempo. Uma outra importante análise é revisar o caminho crítico para verificar se existe alguma atividade de alto risco ou outro tipo de item que necessitariam fazer uso de reservas de cronograma ou da implementação de resposta aos riscos para reduzir os riscos. Método do caminho crítico: Identificar qual é o caminho crítico de um projeto é fundamental. Se você estiver usando algum software para elaboração do cronograma, logo após concluir as estimativas de duração do projeto e definirmos a data de início do projeto, normalmente o software identifica o caminho crítico do projeto. A identificação do caminho crítico também pode ser feita manualmente, a partir do cálculo das datas de início mais cedo, de término mais cedo, de início mais tarde e término mais tarde, fazendo este cálculo no caminho de ida e no caminho de volta. Uma característica do caminho crítico é que as atividades que nele estão têm folga igual a zero. Isto significa que qualquer atraso nas atividades que estão no caminho crítico impactaram o prazo final do projeto. Mas não podemos esquecer que também existe o caminho quase crítico. Um projeto pode ter também vários caminhos quase críticos. Na Prática: Na figura abaixo segue o caminho crítico (atividades com a cor vermelha, identificado pela ferramenta (Microsoft Project). Fonte: Elaborado por Sueli Marquet Atenção: O cálculo manual para identificação do caminho crítico de um projeto é requerido em algumas provas para certificação do PMI® e, também de outras instituições. Otimização de recursos: file:///G:/Drives%20compartilhados/YDS_PA/0605_Fabrica_Conteudo/_PUB/Gerenciamento%20de%20Prazos/player/curso/00068/img/m4_img1.png Deve ser usada para fazer alguns ajustas nas datas de início e término das atividades para que o uso dos recursos seja pelo menos igual ou então menor que a disponibilidades deles. Vamos destacar duas delas: • Nivelamento de recursos: Esta técnica pode ser usando quando os recursos compartilhados ou de necessidade crítica para o projeto só estarão disponíveis em determinadas épocas ou em quantidade limitadas ou foram designados para duas ou mais atividades no mesmo período. Você deve ter cuidado usar esta técnica, pois poderá muitas vezes causar mudança no caminho crítico original. • Estabilização de recursos: Ajusta as atividades do cronograma de forma que os requisitos de recursos do projeto não ultrapassem determinados limites que foram pré-estabelecidos. A principal diferença dessa técnica em relação ao nivelamento de recursos é que o caminho crítico do projeto não é alterado e a data de término do projeto não pode ser atrasada. Isto significa que somente as atividades que têm folga livre e folga total podem ser atrasadas dentro das suas folgas. Como você pode observar, nem sempre o uso dessa técnica permite a otimização de todos os recursos do projeto. Análise de cenários “E-se”: Esta técnica é usada para avaliar os possíveis cenários, identificando os impactos positivos ou negativos no projeto. É uma forma de avaliamos a viabilidade do cronograma sob determinadas condições e com isso ser possível preparar reservas de cronograma e plano de respostas para evitar ou minimizar os impactos. Antecipações e Esperas: No momento que estamos fazendo a revisão do cronograma para produzirmos um cronograma que seja viável, estas técnicas podem ser bastante úteis. As antecipações podem ser usadas quando precisamos antecipar uma atividade predecessora sem violar a determinação de dependência que existe entre as atividades. As esperas são usadas em determinadas circunstâncias em que a atividade sucessora que será executada precisa aguardar um determinado período após o término da predecessora. Compressão do cronograma (crashing): Esta técnica pode ser usada reduzir a duração do cronograma com a adição de recursos, sem afetar o escopo do projeto. Por exemplo: aprovação de horas extras, adicionar recursos na atividade. Deve ser utilizada como bastante cuidado, podendo resultar em riscos e/ou aumento de custos. Somente faz sentido o uso dessa técnica nas atividades que estão no caminho crítico do projeto, pois reduzir a duração de atividades que não estão no caminho crítico do projeto não resultará em nenhuma redução na duração do prazo do projeto. Paralelismo (fastracking): Esta técnica deve ser aplicada em atividades que foram definidas para serem executadas em sequência e passarão a ser executadas em paralelo. É importante verificar se a determinação da dependência permite o paralelismo. Um outro detalhe importante, o paralelismo poderá resultar em retrabalho, aumento de riscos e pode também aumentar os custos do projeto. Do mesmo jeito que a compressão, só faz sentido se for nas atividades do caminho crítico do projeto, de forma que possa encurtar a duração do caminho crítico do projeto. Atenção: Essas duas técnicas são também conhecidas como técnicas de compressão de cronograma e devem ser utilizadas somente nas atividades do caminho crítico, desde que alinhada com a determinação das dependências. Sistemas de Informações de Gerenciamento de Projetos: Como já vimos, um software de gerenciamento de projetos poderá ser bastante útil na elaboração do cronograma do projeto. Destacamos os principais resultados (saídas) desta etapa de desenvolvimento do cronograma: Linha de base do cronograma: Versão do cronograma aprovada pelo patrocinador do projeto e/ou por outras partes interessadas e que somente poderá ser alterada de acordo com os procedimentos de controle de mudança estabelecidos para o projeto. A linha de base do cronograma será fundamental para o monitoramento e controle do cronograma, através da comparação das datas planejadas (salvas na linha de base do cronograma) versus das datas realizadas de cada atividade do projeto. Gráfico de barras: O cronograma do projeto pode ser apresentado de várias formas, uma delas é conhecido como gráfico de barra ou Gráfico de Gantt. Este tipo de cronograma é mais fácil de ser entendido pelas partes interessadas. Abaixo segue um exemplo: Fonte: https://templates.office.com https://templates.office.com/ file:///G:/Drives%20compartilhados/YDS_PA/0605_Fabrica_Conteudo/_PUB/Gerenciamento%20de%20Prazos/player/curso/00068/img/m4_img2.pngGráfico de marcos: Com o mesmo formado do gráfico de barras, mas identificam apenas o início ou término das entregas mais importantes do projeto e que foram definidas como marco. Diagrama de rede do cronograma: Normalmente são apresentados no formato de diagrama de atividades no nó. Existem alguns softwares que ajudam na visualização do diagrama de rede. Um deles é o WBS da Critical Tools (www.criticaltools.com). Outras ferramentas e técnicas: Dados do cronograma que é um conjunto de informações usadas para descrever e controlar o cronograma: calendário do projeto identificando dias úteis, feriados e turnos, solicitações de mudanças, linha de base de custos. Atualizações de diversos documentos: Vários documentos podem e devem ser atualizados após a finalização do cronograma do projeto, tais como: Plano de gerenciamento do cronograma, linha de base de custos, registro das lições aprendidas, requisitos de recursos, registro dos riscos, registro das premissas, atributos e estimativas de duração das atividades. Atenção: Tenha cuidado para não desenvolver um cronograma de trás para frente. Quando você desenvolve um cronograma partindo da data final do projeto existe uma grande chance do seu cronograma não ser realista. A LINHA DE BASE DO CRONOGRAMA 1 Após a revisão do cronograma de forma que ele esteja atendendo as restrições do projeto e aos marcos definidos, ele deve ser aprovado pelas principais partes interessadas, como o patrocinador, o cliente, a própria equipe do projeto e terceiros. 2 Depois da aprovação, é então gerada a linha de base do projeto. Está é a referência que deverá ser seguida e que servirá de comparação entre o planejado e o realizado. A linha de base pode ser formada pelas seguintes informações: atividades, data de início, data de término, duração, recursos, custos, dentre outras informações. 3 Após a aprovação a linha de base do cronograma somente poderá ser alterada através de um processo formal de solicitação de mudança. Qualquer mudança que impacte o prazo https://criticaltools.com/ do projeto deverá ser avaliada. Antes mesmo de solicitar mudança na linha de base, veja se é possível fazer alguma revisão no cronograma, aplicando algumas técnicas de compressão ou de paralelismo, sem que o prazo final ou algum marco seja afetado. Um projeto poderá ter várias linhas de base, portanto é recomendável que todas as linhas de base sejam mantidas. Assim você poderá apresentar um gráfico que permita que as partes interessadas tenham a visão dos impactos das mudanças solicitadas para o projeto. Vídeo Acesse o material digital para assistir ao vídeo. Verificando o aprendizado 1) O nivelamento de recursos e a estabilização de recursos são duas técnicas importantes para fazer ajuste no cronograma de forma que o uso de recursos planejados seja menor ou igual a disponibilidade de recursos. Qual é a diferença entre elas? a) Na estabilização de recursos o caminho crítico do projeto não é alterado e a data de término do projeto não pode ser atrasada. b) Na estabilização de recursos o caminho crítico do projeto é alterado. c) No nivelamento de recursos o caminho crítico do projeto não é alterado e a data de término do projeto pode ser atrasada. d) No nivelamento de recursos o caminho crítico do projeto não pode causar mudança no caminho original. e) Na estabilização de recursos o caminho crítico original poderá ser alterado. 2) Como é denominada a técnica para reduzir o cronograma sem afetar o escopo do projeto? a) Crashing. b) Paralelismo. c) Espera. d) Otimização. e) Antecipações. 3) Um gerente de projeto deseja usar uma técnica que permita ele avaliar os possíveis cenários, identificando os impactos positivos ou negativos no projeto. Qual é a técnica que atenderá os requisitos do gerente de projetos? a) Crashing. b) Paralelismo. c) Análise de cenário “E-se” d) Otimização. e) Antecipações. Conclusão Considerações finais Este tema identificar todas as etapas ou processos necessários para o desenvolvimento de um cronograma realista e realizável considerando um projeto de abordagem preditiva. São atividades envolvidas que exigem esforço, dedicação, habilidades, experiência na condução e utilização de determinadas ferramentas e técnicas apresentadas e que podem ser utilizadas. 1 A criação do plano de gerenciamento do cronograma não é um documento obrigatório, mas, é uma forma de definir determinadas regras, métodos, técnicas que devem ser utilizadas no desenvolvimento do cronograma. 2 A criação de uma lista de atividades e a definição do sequenciamento alerta sobre a importância do envolvimento de pessoas ou grupos com conhecimento e experiência na elaboração de um cronograma, preferencialmente, na área de aplicação do projeto. 3 Mais uma etapa importante no desenvolvimento do cronograma, envolve a identificação dos recursos (humanos, materiais, equipamentos e suprimentos) necessários para a realização de cada atividade não podem ser menosprezados. Afinal temos que criar um cronograma que seja realizável e isto somente é possível se você tiver condições de definir todos os recursos necessários. 4 As estimativas de duração das atividades é o ponto alto e mais crítico no desenvolvimento do cronograma. Se esta atividade não for bem realizada e que as estimativas tenham um grau de exatidão bem alto, já iniciaremos um projeto com a certeza que não terminará dentro do prazo estimado. Novamente é fundamental o envolvimento da equipe do projeto e se possível, de opinião especializada. 5 Por fim, após o cronograma está finalizado é o momento de fazer uma revisão para garantir que as restrições estão consideradas, que a data prevista para os marcos está mantida e o prazo final do projeto está atendido. Após a revisão é hora de salvar a linha de base e obter a aprovação agora é fazer o acompanhamento de cada atividade do projeto, com uma atenção nas atividades do caminho crítico do projeto. Bibliografia Almeida, N. O. Gerenciamento de tempo em projetos. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Angelo, A. S.; Lukosevicius, A. P. PRINCE2®: O método de gerenciamento de projetos. BRASPORT, 2016. Costa, H.R. xGuia do modelo híbrido FLEKS. Disponível em: www.fleksmodel.com. Acesso em 25 set. 2021. Cruz, F. PMO Ágil: escritório ágil de gerenciamento de projetos. 1. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2016. Daychoum, M. 40+20 ferramentas e técnicas de gerenciamento. 7. ed. Rio de janeiro: Brasport, 2018. Massari, V. L. Gerenciamento ágil de projetos: uma visão preparatória para a certificação ágil do PMI. 1.ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2014. Mulcahy, R. Preparatório para o Exame PMP. 9. ed. Minnesota: RMC Publications. 2018. Project Management Institute Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK). 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, Inc, 2017. Stackpole, C. Guia de templates para gerenciamento de projetos. Tradução: Edson Furmankiewcz. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Explore + Para conhecer a ferramenta Microsoft Project acesse o link https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-365/project/project-management-software Para conhecer um pouco mais sobre caminho crítico acesse: • www.projectbuilder.com.br › blog › caminho-crítico • support.microsoft.com › pt-br › office • escritoriodeprojetos.com.br › metodo-do-caminho Para conhecer o software de gerenciamento de projetos Project Builder, acesse o link www.projectbuilder.com.br https://www.fleksmodel.com/ https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-365/project/project-management-software https://www.projectbuilder.com.br/ https://support.microsoft.com/ https://escritoriodeprojetos.com.br/ https://www.projectbuilder.com.br/ Conteudista Sueli Moreira Marquet Silva Engenheira com pós-graduação em Gestão Corporativa e Análise de Sistemas, com mais de 25 anos de experiência em análise de negócios, mapeamento