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Jusnaturalismo e Contratualismo

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JUSNATURALISMO E CONTRATUALISMO
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A doutrina filosófica do jusnaturalismo teve origem nas Cidades-estados Gregas, na Grécia antiga, com os filósofos helênicos e pré-socráticos, sendo considerado como jusnaturalismo antigo;
O segundo momento do jusnaturalismo inicia em meados do século XVI, e foi considerado como jusnaturalismo clássico, se confirmando, definitivamente, com o jurista e filósofo Hugo Grócio, quando inauguraou uma nova forma de pensamento que privilegiava a razão humana . 
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“O Jusnaturalismo é uma doutrina segundo a qual existe e pode ser conhecido um “direito natural” (ius naturale), ou seja, um sistema de normas de conduta intersubjetiva diverso do sistema constituído pelas normas fixadas pelo Estado (direito positivo). Este direito natural tem validade em si, é anterior e superior ao direito positivo e, em caso de conflito, é ele que deve prevalecer. O Jusnaturalismo é, por isso, uma doutrina antitética à do “positivismo jurídico”, segundo a qual só há um direito, o estabelecido pelo Estado, cuja validade independe de qualquer referência a valores éticos [...]”(FASSÓ, 1998, v. 1, p. 655-656). 
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O Direito Natural é constituído por um conjunto de princípios inerentes à própria essência humana. Estes princípios servem de fundamento ao Direito Positivo (estabelecido pelo Estado), pois formam a base para os princípios que constam no direito positivo: Ex:"não lesar a outrem“.
As leis da natureza revelam ao legislador os princípios fundamentais de proteção ao homem, que deverão ser consagrados pela legislação, a fim de que se tenha um ordenamento jurídico justo.
O Direito Natural não foi escrito, não foi criado pela sociedade, e nem foi formulado pelo Estado. É um direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem que é revelado pela conjugação da experiência e razão. 
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Doutrina tradicional do pensamento jurídico, que sustenta a existência de um direito natural (ius naturale), superior ao direito positivo. 
Defende que o “direito natural” se constitui por um sistema de normas de conduta que regulam as relações humanas, e que é alcançado por meio da razão, independente da vontade de Deus. 
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De acordo com a Doutrina Jusnaturalista há uma forma racional de convivência entre os homens, por meio da qual eles fazem o melhor possível para garantir a sobrevivência de acordo com as suas concepções individuais. 
Representante do Jusnaturalismo: Hugo Grócio;Thomas Hobbes e Samuel Von Pufendorf.
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A primeira esclarece que os direitos naturais, assim o são, porque foram estabelecidos e revelados aos homens por Deus;
A segunda sustenta que esses direitos são puramente físicos, o direito natural é fundado na própria natureza e, portanto, identificáveis ao se analisar mais detidamente os instintos humanosos; 
A terceira, que prevaleceu para a maioria dos autores modernos, é aquela de uma lei ditada pela razão e que cabe somente ao homem, único ser dotado de razão, descobri-la e segui-la.
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Doutrina que abarca as teorias políticas que situam a origem da sociedade e a fundamentação do poder político em um pacto social, também chamado contrato, dando o termo contratualismo. Este pacto é um acordo entre os indivíduos que se encontram em uma mesma localidade geográfica e que mais tarde farão parte do mesmo corpo político.
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Trata-se de um contrato estabelecido de forma voluntária ou compulsória, entre indivíduos que viveriam, hipoteticamente, num estado de natureza constantemente ameaçado.
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O contrato marca a passagem de um estado natural para um estado social e político artificial (porque criado pelo homem). O que vem a ser esse estado de natureza e o motivo pelo qual ele deve ser abandonado varia para cada autor que admite a existência do contrato.
Estado de Natureza é a condição em que o homem defende a sua segurança, com a sua própria força, portanto o temor de morte violenta é constante. Nesta condição não existe o Estado.
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A passagem desse estado de natureza para o social se deu por causa da desproporção existente entre as necessidades do homem, e os meios de satisfazê-las sem que uma força superior sujeitasse a todos, ao estabelecer regras de conduta de convivência em sociedade.
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ABBAGNANO, Nicola. Contratualismo. In: ______. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007, p. 205. 
FASSÓ, Guido. Jusnaturalismo. In: BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 11. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998, v. 1, p.655-656.
MATTEUCCI, Nicola. Contratualismo. In: BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 11. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998, v. 1, p.272.

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