PT Lagoa do Fragoso (1)

Prévia do material em texto

ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
PARECER TÉCNICO
PROCESSO ELETRÔNICO N.º 24101116-4
UNIDADE JURISDICIONADA: Prefeitura Municipal de Olinda
EXERCÍCIO: 2024
RELATOR: Conselheiro RANILSON RAMOS
UNIDADE FISCALIZADORA: Gerência de Auditoria de Obras Municipais Norte -
GAON
EQUIPE TÉCNICA: 2057 - Roubier Muniz de Sousa
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. Documentação apresentada 3
2.1. Análise de Estabilidade do Dique 3
2.2. Estudo hidrológico 4
3. ANÁLISE 4
3.1. ANÁLISE DE ESTABILIDADE DO DIQUE 4
3.2. ESTUDO HIDROLÓGICO 6
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 9
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
1. INTRODUÇÃO
Emite-se este Parecer Técnico em face da necessidade de análise dos projetos de
estabilidades dos diques de contenção das águas na Lagoa do Fragoso e do estudo
hidrológico, que cumpre o papel de validar o sistema de amortecimento das cheias do canal
do Fragoso.
É necessário destacar que a preparação urbana para as mudanças climáticas é
fundamental para proteger a população, garantir um futuro sustentável e construir cidades
resilientes. Medidas como controle de cheias e planejamento urbano estratégico são essenciais
para enfrentar eventos extremos e minimizar riscos, garantindo a qualidade de vida dos
cidadãos.
Com o objetivo de prevenir e minimizar os danos causados pelas inundações, foi
implementado um sistema de macrodrenagem no rio Fragoso e seus afluentes. E para isso é
fundamental que obras dessa magnitude sejam respaldadas por projetos técnicos rigorosos,
assegurando a proteção da população e o funcionamento adequado do sistema.
Este posicionamento técnico visa analisar o cumprimento dos requisitos estabelecidos
no Relatório de Auditoria 18063, os quais condicionavam a retomada da construção da lagoa
de amortecimento do Fragoso à validação da execução do sistema de amortecimento das
cheias. Essa validação dependeria de um estudo hidrológico e da garantia da estabilidade da
contenção, assegurada por um estudo geotécnico do maciço de terra e seus sistemas de
proteção.
2. Documentação apresentada
Antes de apresentar uma conclusão sobre os elementos trazidos cabe fazer um breve
resumo sobre os projetos apresentados pela Prefeitura Municipal de Olinda.
2.1. Análise de Estabilidade do Dique
O ofício 097/SEO/2024 encaminhou análise de estabilidade do dique de contenção das
águas da Lagoa do Fragoso. A análise foi realizada pelo engenheiro Aldezir Freitas Sampaio.
Compõe a documentação relatório técnico da análise da estabilidade do dique e do vertedouro
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
e no anexo 7 (do relatório) encontra-se a Anotação de Responsabilidade Técnica.
2.2. Estudo hidrológico
O Ofício 095/SEO/2024 encaminha ao Tribunal de Contas o estudo hidrológico
elaborado pelo Engenheiro Civil Jaime Joaquim da Silva Pereira Cabral, sem a respectiva
Anotação de Responsabilidade Técnica.
Por conseguinte, apresenta-se a seguir a respectiva análise da documentação
relacionada.
3. ANÁLISE
Para formulação da conclusão sobre os elementos trazidos cabe fazer um resumo sobre
os projetos apresentados pela Prefeitura Municipal de Olinda.
3.1. ANÁLISE DE ESTABILIDADE DO DIQUE
A SEPLANE Ltda através do Sr. Aldezir Freitas Sampaio apresentou estudo de
estabilidade do dique de contenção das águas da Lagoa do Fragoso.
A análise trazida à tela desconsiderou a correlação efetuada entre os parâmetros de
resistência do solo e os resultados de SPT (Tabela A1.1.3 do Relatório de Auditoria 18063)
que caracterizou o perfil crítico considerado como evidência da instabilidade do dique. Ao
mesmo tempo adota parâmetros de resistência do solo sem fundamentar sua origem (Figura
1).
Com relação a geometria do dique não está claro no relatório qual a altura e
declividade do talude de contenção das águas da lagoa. O que pode gerar prejuízos caso a
execução se afaste do modelo analisado, isto é, caso o perfil analisado seja mais estável do
que o executado na realidade.
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
Figura 1: Parâmetros adotados no estudo de estabilidade.
Fonte:Ofício 097/SEO/2024.
Por fim, a análise não efetuou consideração sobre o deslizamento do talude de
montante do dique observado nas inspeções da auditoria e capturado pela análise numérica,
como é possível constatar no registro fotográfico abaixo e na representação gráfica da análise.
O escorregamento do talude fica bem caracterizado pela formação de degrau do talude, que é
o deslocamento abrupto da massa de terra formando uma espécie de nível, que indica o
movimento da massa de solo.
Figura 2: Registro fotográfico do escorregamento do talude interno do dique.
Fonte: Relatório de Auditoria 18063.
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
Figura 3: Representação gráfica da simulação da estabilidade do talude interno do dique.
Fonte:Apêndice 09 - Relatório de Auditoria 18063.
Com o objetivo de dirimir as dúvidas do projeto foi realizada reunião no dia
05/12/2024 (ata anexa) com representantes da Prefeitura Municipal de Olinda. Como
resultados da reunião foi confirmado que o perfil do dique será menos íngreme e com menor
altura. Segundo o engenheiro Roberto Rocha, o dique a ser executado não terá mais que 2m de
altura e declividade de 1:2. Perfil esse mais estável que da solução inicialmente proposta para
o sistema de amortecimento.
3.2. ESTUDO HIDROLÓGICO
O estudo hidrológico da bacia de retenção da Lagoa do Fragoso informa que a cota da
berma (dique) será de 4,54m. Para a modelagem hidrodinâmica foi utilizada a versão 6.5 do
programa HEC-RAS (Hydrologic Engineering Center - River Analysis System).
A figura abaixo denota a área alagável para um período de análise de 50 anos,
demonstrando que pelo projeto haverá alagamento em áreas no entorno da lagoa,
principalmente à montante, ao longo do eixo do rio (ver figura abaixo).
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
Figura 4: Representação gráfica da área alagável para uma período de análise de 50 anos.
Fonte:Estudo Hidrológico.
Ainda, nesse sentido, ressalta o estudo que algumas áreas a montante da bacia
possuem maior suscetibilidade a inundações, de forma que em tais locais a lagoa não possui
capacidade para proteção, sendo indicadas outras soluções, as quais devem ser avaliadas caso
a caso. De acordo com o mapa de suscetibilidade à inundação o estudo aponta:
⎯ Áreas internas à lagoa devem ser desapropriadas quando houver ocupação;
⎯ No entorno da lagoa, as áreas com Muito Alta suscetibilidade devem ser
desapropriadas, destinando outros usos como praças ou parques alagáveis;
⎯ No entorno da lagoa, áreas com Alta ou Média suscetibilidadeDE RESPONSABILIDADE TÉCNICA 
Volume Unico 
40 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
Página 1/1 
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART 
Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-PE 
1 
ART OBRA / SERVIÇO 
Nº PE20241240088 
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco 
INICIAL 
EQUIPE - ART PRINCIPAL 
___ 1. Responsável Técnico 
ALDEZIR FREITAS SAMPAIO 
Título profissional: ENGENHEIRO CIVIL RNP: 1801828970 
Registro: PE018090D PE 
___ 2. Dados do Contrato 
Contratante: MUNICIPIO DE OLINDA 
RODOVIA PEDRO ALVES CABRAL 
Complemento: 
CPF/CNPJ: 10.404.184/0001-09 
Nº: 74 
Cidade: OLINDA 
Contrato: 002/2024 
Valor: R$ 29.988,02 
Ação Institucional: Outros 
___ 3. Dados da Obra/Serviço 
Celebrado em: 
Bairro: VARADOURO 
UF: PE 
Tipo de contratante: Pessoa Juridica de Direito Público 
CEP: 53020310 
RODOVIA PEDRO ALVES CABRAL NO BAIRRO JARDIM FRAGOSO, RODOVIA PEDRO ALVES 
CABRAL, PROXIMO AO TERMINAL DA P15 COM INICIO NA OBRA DE ARTE ESPECIAIS 01 CEHAB. 
Nº: S/N 
• Complemento: 
Cidade: OLINDA 
Data de Início: 29/10/2024 
Finalidade: 
Previsão de término: 28/12/2024 
Bairro: FRAGOSO 
UF: PE CEP: 53250355 
Coordenadas Geográficas: O, O 
Código: Não Especificado 
Proprietário: MUNICIPIO DE OLINDA CPF/CNPJ: 10.404.184/0001-09 
___ 4. Atividade Técnica 
14 - Elaboração 
74 - Parecer técnico > GEOTECNIA E GEOLOGIA DA ENGENHARIA > ESTABILIDADE DE 
TALUDES E CONTENÇÕES > DE CONTENÇÕES> #3.4.2.1 - EM CONCRETO ARMADO 
Quantidade 
30,00 
Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deve proceder a baixa desta ART 
___ 5. Observações 
Unidade 
d 
Objeto do contrato: Relatório Técnico tendo como objeto do Contrato 002/2024 celebrado com o Município de Olinda quanto a Contratação Direta para 
Estudo na Elaboração de Planilha referente a Qualificação de Confecções de Aduelas de Concreto Armado: Pré-moldada e Moldada ln Loco, peças 
estas a serem executadas na Complementação das Obras de Retificação e Revestimento do Trecho do Canal Bultrins/ Fragoso, compreendido entre a 
estaca 0,00 na Av. Chico Science e à Estaca 58, Rua Marculino Botelho, no Bairro de Bultrins, bem como os Cálculos Estruturais do Deslizamento da 
Berma em Solo Conforme Revestido com Concreto Armado, (conforme projeto anexo) com referência a Construção de Lagoas de Retenção e 
Urbanização das Margens com implação dos Parques das Águas e Intervenções de Macrodrenagem da Bacia do Canal Bultrins/Fragoso ? Lagoa do 
Fragoso (Lote 02) no Município de Olinda ? PE 
___ 6. Declarações --------------------------------------------
• Declaro que estou cumprindo as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação especifica e no decreto n. 
5296/2004. 
- Cláusula Compromissária : Qualquer conflito ou litlgio originado do presente contrato, bem como sua interpretação ou execução, se · olvido por 
arbitragem, de acordo com a Lei no. 9.307, de 23 de setembro de 1996, por meio do Centro de Mediação e Arbitragem - nculado ao Crea-PE, 
nos termos do respectivo regulamento de arbitragem que, expressamente, as partes declaram concor r 
___ 7. Entidade de Classe ----------------------~#---.\---------------­
NÃO OPTANTE 
___ 8. Assinaturas 
Declaro serem verdadeiras as informações acima 
de _ _______ de 
Local data MUNICIPIO DE OLINDA - CNPJ: 10.404.184/0001-09 
___ 9. Informações --------------------------------------------
• Conforme Art. 4° da Resolução 1025/2009: O registro da ART efetiva-se após o seu cadastro no sistema eletrônico do CREA e o recolhimento do 
valor correspondente 
___ 10. Valor ----------------------------------------------
Valor da ART: R$ 262,55 Registrada em: 19/11/2024 Valor pago: R$ 262,55 Nosso Número: 8306927518 
A autenticidade desta ART pode ser verificada em: http://crea-pe.si lac.eom.br/publico, com a chave: 8ZX08 
Impresso em: 21/11/2024 às 08:03:24 por: , ip: 45.224.115.52 
www.creape.org .br 
Tel: (81) 3423-4383 
creape@creape.org.br 
Fax: (81) 3423-4383 • SJ!.~.!kf!= .. 
e Agronoma de Pernambuco 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
.OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA. MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
8. TERMO DE ENCERRAMENTO 
42 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA HUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
O presente documento, intitulado Volume Único - Relatório Técnico, que 
concerne à Elaboração da Análise de Estabilidade quanto Berma e Vertedouro localizados 
em Olinda- PE, possui um total de 42 (quarenta e duas) folhas ordenadamente numeradas. 
Recife , 14 de novembro de 2024 
43 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6devem receber aterros
para elevação do nível do terreno no local;
⎯ No entorno da lagoa, áreas com Baixa suscetibilidade podem implementar medidas
adaptativas como aterro e comportas individuais.
Constata-se no estudo a necessidade de um melhor detalhamento das medidas
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
necessárias de mitigação das áreas alagáveis, que estão susceptíveis às inundações. No mapa
de susceptibilidade de inundação fica evidenciado que haverá uma maior área afetada pelas
cheias, repercutindo na quantidade de imóveis que deverão ser removidos. O que repercute
diretamente no quantitativo de imóveis que serão retirados.
Figura 5: Representação gráfica da área alagável para vários períodos de retorno.
Fonte:Estudo Hidrológico.
Por fim, conclui o estudo hidrológico que a proposta de implantação da Lagoa Fragoso
demonstrou resultados satisfatórios na amortização dos picos de vazão gerados na bacia, que é
o objetivo principal do amortecimento das cheias na Lagoa do Fragoso. Ainda, considerou
mudanças na delimitação inicial dos limites da berma (dique), o que ampliou as áreas de
armazenamento, seguindo a topografia do terreno.
Faz-se necessário ressaltar que o dique sendo de terra não poderá sofrer
transbordamento das águas das cheias. Isto por ser suscetível a um processo erosivo intenso,
que promoverá todo o desfazimento do sistema de represamento construído, afetando
inclusive os imóveis na vizinhança.
Com relação ao estudo apresentado cabe sugerir:
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
⎯ Apresentação em projeto gráfico do perfil máximo da cota da água, com a cota
máxima do dique de contenção (berma), considerando uma folga do nível de cota
máximo à crista do dique. Para a vazão máxima de projeto;
⎯ Identificação detalhada dos imóveis afetados pela área inundável, a fim que a
Prefeitura planeje a retirada.
⎯ Apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após análise da documentação apresentada pela Prefeitura de Olinda, com o fulcro em
atender aos requisitos mínimos de um projeto de engenharia, mais especificamente para um
sistema de contenção de cheias, vem-se apresentar as seguintes considerações:
⎯ A Prefeitura através da SEPLANE LTDA apresentou estudo de estabilidade de um
projeto de dique de contenção, necessitando de um melhor detalhamento da solução
para possibilitar a devida construção;
⎯ Registra-se ainda a apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica do estudo
de estabilidade do dique;
⎯ O estudo hidrológico demonstrou a viabilidade da construção da lagoa, com uma nova
geometria, o que vai mobilizar maior área de desapropriação;
⎯ Registra-se que para o Estudo Hidrológico não foi apresentada a Anotação de
Responsabilidade Técnica;
⎯ Destaca-se que em reunião no dia 05/12/24 o Sr. Roberto relatou que no máximo o
dique possuirá 2m de altura com uma inclinação de 1:2, o que configura como uma
seção transversal mais segura do que a inicialmente projetada. Ainda registrando que a
emissão da ART do estudo hidrológico será de responsabilidade do Engenheiro
(conforme registro em Ata);Roberto Rocha
⎯ Por fim, ficou consignado na ata que o perfil de construção será objeto de nova análise
a ser realizada pela SEPLANE LTDA, que deverá ainda detalhar o sistema de proteção
dos taludes, bem como a confecção de filtros internos no maciço, a fim de evitar o
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE CONTAS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO
surgimento de erosões internas.
Por conseguinte, é possível concluir que não há mais os requisitos básicos para a
conceituação do fumus boni iuris. Para o caso em questão, a Prefeitura demonstrou, ainda que
necessitando de adequações, atender aos requisitos mínimos legais de um projeto para a
execução da obra de contenção das cheias no canal do Fragoso.
Diante do exposto, vem-se apresentar, para deliberação superior, o parecer favorável à
suspensão da medida cautelar, conforme os elementos apresentados pela Prefeitura Municipal
de Olinda.
É o Parecer.
Recife, 06 de dezembro de 2024.
Roubier Muniz de Sousa
Auditor de Controle Externo
Área Obras Públicas
Matrícula 2057
Apêndice
● Ata de reunião com a Prefeitura Municipal de Olinda do dia 05/12/2024.
Anexos
● Ofício 095/SEO/2024 e anexo;
● Ofício 097/SEO/2024 e anexo.
Assinado digitalmente por Roubier Muniz de 
Sousa:2057
ND: C=BR, O=ICP-Brasil, OU=Autoridade Certificadora 
da Justica - AC-JUS, OU=Cert-JUS Poder Publico - A3
, OU=10680051000165, OU=Presencial, OU=Tribunal 
de Contas do Estado de Pernambuco-TCEPE, OU=
SERVIDOR, CN=Roubier Muniz de Sousa:2057
Razão: Eu sou o autor deste documento
Localização: 
Data: 2024.12.09 12:29:03-03'00'
Foxit PDF Reader Versão: 2023.2.0
Roubier 
Muniz de 
Sousa:2057
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndice 
 
 
 Ata de reunião com a Prefeitura Municipal de Olinda do dia 05/12/2024. 
 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexos 
 
 
 Ofício 095/SEO/2024 e anexo; 
 Ofício 097/SEO/2024 e anexo. 
 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
 
 
 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA 
SECRETARIA DE OBRAS – SO 
SECRETARIA EXECUTIVA DE OBRAS – SEO 
 
Av. Manoel Borba, Nº 270 – Carmo / Olinda – PE – CEP: 53.010-270 
Fone: 3439-5410 . 3439-5527 
 
Ofício nº 95 /SEO/2024 Olinda, 30 de Outubro de 2024. 
 
Ao 
Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco – TCE/PE. 
 
Att. Roubier Muniz de Sousa 
Auditor de Controle Externo 
 
ASSUNTO: Resposta ao Ofício do TCE/GC02/e-TCEPE nº 216988/2024 Processo: 
24100838-4, referente à ciência de deliberação interlocutória de medida cautelar. 
 
 
A Secretaria Executiva de Obras vem muito respeitosamente encaminhar ao 
Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, o estudo hidrológico e hidrodinâmico da 
Lagoa do Fragoso, como sistema de amortecimento no canal do Fragoso, referente ao 
Contrato nº. 287/2022, que tem por objeto a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA DE 
ENGENHARIA PARA CONSTRUÇÃO DE LAGOA DE RETENÇÃO E URBANIZAÇÃO 
DAS MARGENS COM IMPLANTAÇÃO DO PARQUE DAS ÁGUAS E INTERVENÇÕES DE 
MACRODRENAGEM DA BACIA DO CANAL BULTRINS / FRAGOSO – LAGOA DO 
FRAGOSO, NO MUNICÍPIO OLINDA, conforme solicitado através do ofício retro 
mencionado. 
 
Certa de vossa atenção como de praxe, nos colocamos à disposição para quaisquer 
informações adicionais que se façam necessárias e reiteramos nossosvotos de estima e 
apreço. 
 
 
 Atenciosamente, 
 
 
 
__________________________ 
Roberto Ferreira Rocha 
Secretario Executivo de Obras 
 
ROBERTO 
FERREIRA 
ROCHA:296515
06415
Assinado de forma 
digital por ROBERTO 
FERREIRA 
ROCHA:29651506415 
Dados: 2024.10.30 
16:58:34 -03'00'
MAIS CONQUISTAS PAAA TODOS 
e: 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
Documento Assinado Digitalmenle por: Maria Evangelina P~ 
-•~ Acesse em: https:/fetce.tce.pe.gov.br/epp/validaDoc.seam Código~ wnento: d0652048-b2bf-4dõ-9a91-bdc916a8cSI 1 ,. 
lil 
,,. D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
, ; , 
1. APRESENTAÇÃO 
Relatório Técnico 
Estudos hidrológicos e hidrodinâmicas 
Lagoa do Fragoso 
Olinda-PE 
Este estudo tern por objetivo realizar estudo hidrológico e modelagem hidrodinâmica da bacia 
de retenção da Lagoa do Fragoso, com o intuito de prevenir e mitigar os efeitos das enchentes 
na região. 
2. GEOMETRIA DA LAGOA DO FRAGOSO 
Como premissa, foi estabelecida a elevação minima de 0,5 metros para o fundo da lagoa, 
considerando que a base do vertedouro está na eleva~zo 0,41 m. A maior parte da bacia 
permanece com 0,5 m, o que passa a ser seguido por um patamar na cota 2,0 m, seguido da 
berma de contato com o terreno natural, estabelecida na cota 4,54 m, ajustada para acompanhar 
a configuração do projeto do canal do Fragoso. 
Buscou-se acompanhar o traçado da berma na mesma cota do terreno, quando possfvel, a fim 
de minimizar a necessidade de movimentaçao de terras, evitando cortes e aterros excessivos 
(Figura 1). 
Figura 1 - Mapa Aipsom4rr/co de elevaç8o com curvos de nlvel a cada 2 metros. Geometric do terreno modificada 
sabre briJse do Levantamento PE3D. 
Essa conformação resultou em uma lagoa com boa capacidade de acumulação e a figura 2 
mostra a curva cota-volume e a tabela correspondente indicando aproximadamente o volume 
para cada cota atingida. 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
l-
g l 
o ,., 
o 
~ l 
w 
~ V eota(m) Volume (1õ' m') 
0.60 o.oo 
íiJ 3 
1.26 82,30 
C) 
!!! 2.00 187,82 s 
!I 2 3,20 387,08 o u 
4,21 543,61 
4,64 601,35 
G+---~~~~~~~-~-~~~ 
o 100 20Cl 300 ,oo SOO 600 700 
Volume 110' m'l 
Figuro 2 • Curva Coto-Volume do Lagoa do Fragoso. 
3. GEOMETRIA DO VERTEDOURO 
A lagoa do Fragoso é controlada por um paredão de concreto com vertedouro em soleira livre 
do tipo Creager na elevação 3,21 m. Ainda, possui 4 galerias circulares com diâmetro de 600 mm 
e galeria retangular central com dimensões 2 m x 1,2 m (Figura 3). A função do paredão de 
concreto com vertedouro e galerias é retardar e reduzir o pico das vazões que chegam no Canal 
do Fragoso. 
o o D o o 
Oist4ncio (mi 
Figuro 3 - Vertedouro proposto pela Prefeitura de O/indo. 
4. MODELO HIDROLÓGICO 
A bacia hidrográfica que contribui para a seção do vertedouro possui uma área de 15,1 km2
, 
delimitada utilizando o Modelo Digital de Terreno (MDT) do Pernambuco Tridimensional (PE3D, 
2014) com resolução de 1 m (Figura 4). O curso d'água principal possui 8,5 km e desnível 
topográfico que varia 32 metros, desde a elevação 34 m até a elevação de 2 m, nas proximidades 
do vertedouro. 
O tempo de concentração (te) constitui o tempo médio, a partir de iniciado o evento chuvoso, 
necessário para que toda a bacia contribua para o escoamento superficial em uma seção 
considerada, ou seja, o te, como parâmetro hidrológico, pode ser definido como o tempo de 
viagem de uma gota de água da chuva que atinge a região mais remota da bacia, desde o início 
de seu escoamento, até o momento em que atinge o exutório. 
No estudo de Silveira (2005), em que faz uma análise de diversas equações de obtenção do 
tempo de concentração, avaliando erros médios, recomenda, considerando as caracterlsticas da 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
bacia, a utilização da equação do Corps of Engineers, para bacias rurais, e a equação de Carter 
para bacias urbanas. 
te= 0,191L0•76S-o,i9 Equação do Corps of Engineers 
Equação de Carter 
Na qual, te - tempo de concentração (h), L - comprimento do curso d'água principal (km), S -
declividade (m/m). A bacia hidrográfica possui tempo de concentração de 112 min quando 
calculado pela Equação de Carter e de 167 min quando calculada pela equação do Corps of 
Engineers. 
Figura 4 • Bacia hidrográfica de contribuição do rio Fragoso até a loca//zaç/Jo do vertedouro. 
A simulação computacional utilizando os modelos hidrológicos supracitados para cálculo das 
vazões máximas de contribuição à Lagoa do Fragoso, obteve as vazões máximas de 76,4 m3/s 
para TR 10 anos, 101,2 m3/s para TR 25 anos, 123,0 m3/s para TR 50 anos e 149,4 para TR 100 
anos (Figura 5) 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
160 
140 
120 
íii' 100 .., ..... 
.S 80 o 
111) 
N 
~ 60 
40 
20 
o 
o 50 100 150 200 250 
Tempo(min) 
300 350 400 450 soo 
Fragoso• 1 o anos Fragoso • 25 anos --Fragoso - 50 anos Fragoso - 100 anos 
Figura 5 - Hidrogramas para tempos de retorna de 10, 15, 50 e 100 anos. 
5. MODELO HIDRODINÂMICO 
Para a modelagem hidrodinâmica foi utilizada a versão 6.5 do programa HEC-RAS (Hydrologic 
Engineering Center - River Analysis System). O HEC-RAS é uma ferramenta desenvolvida pelo 
Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos (USACE), que permite uma análise de 
inundações em escoamento unidimensional (10) ou bidimensional (20), tanto em condições de 
fluxo permanente como não-permanente. O regime permanente calcula o perfil da lâmina 
d'água em fluxo gradualmente variado de um único trecho de rio, um sistema dendrítico ou uma 
rede de canais, em condições subcríticas, supercríticas ou mistas. Utiliza como procedimento 
computacional a equação da energia unidimensional, onde as perdas são contabilizadas pela 
rugosidade e coeficientes de contração ou expansão. 
Para o escoamento não permanente são utilizadas as equações da conservação da massa e da 
quantidade de movimento ou momentum. Essas equações diferenciais não lineares, cuja 
solução só pode ser obtida por métodos numéricos como diferenças finitas ou elementos finitos, 
são denominadas Equações de Saint-Venant (USACE, 2016). 
dQ 
'àr+ 
a1V2 
--2-= Z, + Y, + 
2g2g 
dH 
--,-
d(Q2/A) 
ax + gA âx+ gAS1 = O 
+~ 
Eq. da Energia 
Eq. da Conservação da Massa 
Eq. da Quantidade de Movimento 
Onde: Zl, Z2 - cota do fundo do canal em duas seções genéricas 1 e 2; Yl, Y2 - profundidade da 
água nas seções; Vl, V2 - velocidade média; al, a2 - coeficientes de velocidade; g - aceleração 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
t..J 1, ,,, 
da gravidade; he ~ perda de carga entre as seções. Ainda: Q = vazão (m3/s); A= área molhada da 
seção transversal (m2
); t = variável independente relativa ao tempo (s); x = variável independente 
relativa à direção do escoamento (m); H = carga hidráulica ou cota piezométrica (m); g = 
aceleração da gravidade (m/s2
); Sf = perda de carga por unidade de comprimento (m/m). 
Inicialmente, a análise foi realizada com dados de vazões de estudos já disponíveis realizados 
pela tAUPE, para os temposde retorno de 10, 25, 50 e 100 anos. Os resultados foram 
promissores, demonstrando que o novo contorno proposto para a lagoa neste estudo possui 
capacidade para reduzir altas vazões que cheguem em períodos de chuvas extremas causando 
menos impacto nas áreas adjacentes. 
Figura 6 • Mancha de inundaçlio para TR 10 anos. 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
11 ) ,. + • 
Figura 7 - Mancha de Inundação para TR 25 anos. 
Figura 8 - Mancha de ínundaçéJo para TR 50 anos. 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
.. , 
g 
r 
w . 
Figura 9 • Mancha de ;nundação para TR 100 anos. 
A figura a seguir mostra uma seção transversal realizada na Lagoa do Fragoso com os perfis de 
nível d'água para os diferentes tempos de retorno. 
DistAnçio (m) 
- TR 100anos 
TR50onos 
TR2511nos 
- TR 10anos 
- Terreno (PE3D) 
Figura 10 • Seção transversal da lagoa com níveis d'6gua m6xlmos para os tempos de retorno de 10, 25, 50 e 100 
anos. 
Quando avaliados os efeitos nas vazões máximas na saída da lagoa, observou-se reduções 
significativas de até 71% nos picos de vazões, em cenários em que a chuva começa quando a 
lagoa está seca. 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
• • t ~ 
.. 
"' 
.. 
., 
,. 
" 
Tabela l - Efeito da lagoa na redução dos picos de vazão para os diferentes tempos de retorno 
Tempo de Retorno i Vazão Máxima Antes 
10 anos 
25 anos 
50anos 
100anos 
i (m3/s) 
76,4 
101,2 
123,0 
149,4 
Tempo 
Vazão Máxima Após 
(m3/s) 
22,2 
42,7 
61,6 
84,3 
- TR 100 anos 
TRSOanos 
- TR 25anos 
TR 10anos 
Figura 11 - Hidrogramas de salda do Lagoa do Fragoso. 
Também foram avaliados cenários em que a chuva ocorre na sequência de uma chuva anterior, 
de forma a deixar a lagoa com água acumulada no inicio da simulação, o que resulta em um 
menor volume de espera disponível para atenuação das cheias. Nesses cenários, foram 
considerados uma chuva inicial de TR 10 anos seguida de chuvas com TR 10, 25, 50 e 100 anos, 
após 3 dias do primeiro evento. Ou seja, para cada cenário, ocorre uma chuva de TR 10 anos e 
após 3 dias ocorre o segundo evento chuvoso. Nesse cenário a simulação inicia com a lagoa com 
água acumulada até a elevação 1,0 m, em seguida recebe as vazões para cada tempo de retorno. 
Tabela 2 - Efeito da lagoa na redução dos picos de vazão para os diferentes tempos de retorno considerando que 
houve muita chuvo em dias anteriores (cenário de lagoa com água acumulada). 
Tempo de Retorno [ Vazão Má~ima Antes 
, (m /s) 
10anos 
25anos 
50anos 
100 anos 
76,4 
101,2 
123,0 
149,4 
28,6 
49,3 
68,1 
89,4 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
.,. • 1 p. 
., 
,. 
., 
Tempo 
TR 100 anos 
- TRSOenos 
TR 2Sanos 
- TR 10enos 
Figura 12 - Hidrogramas de safda da Lagoa do Fragoso em cenários de lagoa com água. 
É importante destacar que a mancha de inundação possui diferentes elevações ao longo do 
trecho do curso d'água, o que é percebido também na lagoa. Isso se dá em razão de o modelo 
simulado ser do tipo hidrodinâmico, ao contrário de um modelo simplificado como do tipo 
"banheira", onde as elevações são constantes. Nesse sentido, as elevações máximas em cada 
cenário simulado variam de região para região, de forma que a montante, onde o terreno tende 
a ser mais alto, as cotas de máxima cheia também são mais altas. 
Assim, algumas áreas a montante da bacia possuem maior suscetibilidade a inundações, de 
forma que em tais locais a lagoa não possui capacidade para proteção, sendo indicadas outras 
soluções, as quais devem ser avaliadas caso a caso. 
De acordo com o mapa de suscetibilidade à inundação recomenda-se que: 
• Áreas internas à lagoa devem ser desapropriadas quando houver ocupação; 
• No entorno da lagoa, as áreas com Muito Alta suscetibilidade devem ser desapropriadas, 
destinando outros usos como praças ou parques alagáveis; 
• No entorno da lagoa, áreas com Alta ou Média suscetibilidade devem receber aterros 
para elevação do nível do terreno no local; 
• No entorno da lagoa, áreas com Baixa suscetibilidade podem implementar medidas 
adaptativas como aterro e comportas individuais. 
A lagoa possui pontos de deságue dos cursos d'água adjacentes. t essencial manter a conexão 
entre esses cursos e a lagoa, assegurando que as margens dos cursos d'água estejam em uma 
cota mínima igual à elevação da berma lateral da lagoa. 
As pontes que eventualmente cruzem a lagoa devem estar em elevação superior ao nível 
máximo simulado, de forma a não provocar interferências no escoamento, o que pode levar a 
ocorrência de remansos e inundações em áreas não previstas. 
íl 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
• 
"' ... 
Figura 13 - Mapa de suscetibilidade à inundação. 
6. CONCLUSÕES 
Conforme apresentado ao longo do relatório, a proposta de implantação da Lagoa Fragoso 
demonstra resultados satisfatórios na amortização dos picos de vazão gerados na bacia, de forma 
que os efeitos são mais acentuados quanto maior a capacidade de armazenamento na lagoa. Por 
conseguinte, a delimitação dos limites da berma objetivou ampliar as áreas de armazenamento, 
seguindo a topografia do terreno, a fim de evitar aterros excessivos. 
O relatório corresponde aos resultados dos estudos hidrológicos e hidrodinâmicos. Para a análise 
completa da bacia é necessário também o estudo geotécnico e estrutural que não fazem parte 
do escopo do presente estudo, e está sendo realizado por outra equipe contratada pela 
prefeitura de Olinda. 
Este estudo visa contribuir para o planejamento urbano da região, oferecendo uma análise 
detalhada das áreas propensas a inundações. Com essas informações, será possível projetar 
infraestruturas adequadas, assegurando a segurança dos moradores e promovendo a 
sustentabilidade da região. 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
\ 
'IAIS C0NOt,ISTAS Pllfl" TODO$ 
PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA 
SECRETARIA DE OBRAS - SO 
SECRETARIA EXECUTIVA DE OBRAS - SEC 
Ofício n2 '3 T /SEO/2024 Olinda, 27 de novembro de 2024. 
AO 
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO-TCE 
Att. Roubier Muniz de Sousa 
Auditor de Controle Externo 
ASSUNTO: Apresentação de Relatório Técnico referente a Elaboração de Análise de 
Estabilidade Estrutural da Berma e Vertedouro localizados na Lagoa do Fragoso-Olinda/PE. 
A Secretaria Executiva de Obras vem, por meio deste ofício, respeitosamente encaminhar o 
Relatório Técnico referente a Elaboração de Análise de Estabilidade Estrutural da Berma e 
Vertedouro em resposta ao Relatório, referente ao processo TC nº 24100838-4. 
Informamos que já foi apresentado o estudo de análise hidrológica e modelagem 
hidrodinâmica da bacia de retenção da lagoa do fragoso, anexado em 30 de outubro de 
2024, conforme protocolo nº 001.018137 /2024-96/PETCEWEB-047101, realizado pelo 
Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco - IAUPE, sob o contrato nº 001/2024, 
firmado em 01 de setembro de 2024. 
Anexamos o seguinte documento para sua apreciação: 
- Relatório Técnico referente a Elaboração de Análise de Estabilidade Estrutural da Berma e 
Vertedouro localizados na Lagoa do Fragoso- Olinda/PE (CT 002/2024); 
Agradecemos a atenção e solicitamos o deferimento da presente solicitação. 
Atenciosamente, 
Av. Manoel Borba, Nº 270 - Carmo/ Olinda - PE - CEP: 53.010-270 
Fone: 3439-5410. 3439-5527 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
. 
i 9 . 
Í, 2 e 1 NOME E SOBRENOME J r 1• HABILITAÇÃO J 
L MARCOS ALBERTO DE ARAUJO LEAO FILHO _ L 25/09/2007 _ ---------------------
10 11 
r 3 DATA, LOCAL E Uf DE NASCIMENTO · ] 
L_OB/10/1988 Rf:CIFE - PE _ 
~RIA AUXILIADORA PEREIRA LEAL LEAO 
..... 
12 9 10 11 12 
---· , 
: ACC ~~ D 1 l 
o• 
~ 01 -~ BE ~~ 
~ 15/09/2032 CE 1111:i 
C1E9!11!Jj 
DE •-
01El!I~ 
... 
-~----------) 
' , 
•~e 
-. 
ASSINATURA 00 EMISSOR 
15158522124 
PE114547556 
PERNAMBUCO 1-~~~~ 
·-i".-: 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
MAIS CONQUISTAS PARA TODOS 
Secretaria de obras 
OFÍCIO N°frC_GAB/S0/20Í4. 
A sua Senhoria a Senhora 
Camila Ferre,ira 
M.D Recursos Humanos /SEFAD 
Ref: Oficio de Exercício 
i~ . ~~: 
~e 
i . 
·t 
Olinda, 25 de Novembro de 2024. 
Prezada Senhora: 
Informamos que o Sr. Marcos Alberto de Araújo Leão Filho, símbolo CC-SE 
. . . ' 
inscrito no CPF/MF sob nº 069.407.604.07, nomeado através do ato nº 102~/2024, 
encor:1tra-se desenv.olvendo suas funções nesta Secretaria de Obras, desde do dia 
01 de Novemb~Q de 2024, conforme cópia do ato em anexo. 
--sem mais para o momento, subscrevemo-nos. 
Cor · mente, 
Secretária de Obras do Município de Olinda. 
Cláudia Peregrino 
Secretária Interina de Obras 
Prefeitura Municipal de Olinda 
Mal. Nº70.261 -712 
Rua Manoel Borba, 270- Carmo- Olinda/PE. 
Fone: 3429.3668/3429.30582/3439.5410/3439.3527 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
1 1 f (ll1nd1 
e, Olin a n de 
L 
Rua d ã > B 'nto. l _ - ar 1d uro - Olinda/PE C 
P B · ( 1) 34 .... 9.0001 3 9.01 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
ESTADO DE PERNAMBUCO 
SECRETARIA EXECUTIVA DE OBRAS -SEO 
PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA 
OBRA : CÁLCULOS ESTRUTURAIS DA BERMA EM SOLO E DO VERTEDOURO EM 
CONCRETO CICLÓPICO 
LOCAL: BAIRRO DE BUL TRINS - OLINDA- MUNICIPIO DE PERNAMBUCO 
RELATÓRIO TÉCNICO REFERENTE A ELABORAÇÃO DE 
ANÁLISE DE ESTABILIDADE ESTRUTURAL DA BERMA E 
VERTEDOURO LOCALIZADOS NA LAGOA DO FRAGOSO -
OLINDA/PE 
RECIFE 
NOVEMBRO/2024 
VOLUME 01 
~ ~ SEPLANE LTDA 
Engenharia e Planejamento 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
SUMÁRIO 
Volume Unico 
. 1 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA 
PREFEITURA HUN ICIPAL 
Sumário 
1. 
2. 
3. 
Apresentação 
Mapa de Situação 
Considerações Iniciais 
4. Relatório Técnico 
4.1 Memória Justificativa 
4.1.1 Análise da Berma em Solo 
4.1.2 Descrição de Parâmetros utilizad_os para 
4.1.3 Análise de Análise de Estabilidade da Berma em Solo 
4.1.4 Conclusão 
4.1.5 Análise do Vertedouro em Concreto Ciclópico 
~ ~ SEPLANE LTDA 
Engenharia e Planejamento 
04 
06 
08 
10 
14 
19 
24 
4.1.6 Método Analítico do Vertedouro em Concreto Ciclópico 
4.1.7 Conclusão 
24 
28 
32 
5. Normas Técnicas Utilizadas 34 
6. Considerações Finais 36 
7. Anotação de Responsabilidade Técnica 38 
8. Termo de Encerramento 40 
2 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA HUHICIPAL Engenharia e Planejamento 
1. APRESENTAÇÃO 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA HUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
1.1 Apresentação 
A SEPLANE - Serviços de Engenharia e Planejamento do Nordeste Ltda., 
situada a Av. Engenheiro Alves de Souza, 685 - lmbiribeira - Recife/PE, inscrita no CNPJ/MF 
sob o Nº 01.631.413/0001-37, Fone (81) 3035.2371 , e-mail: seplane@terra .com.br, 
apresenta à Prefeitura Municipal de Olinda, o Volume 1 - Relatório Técnico, referente a 
Elaboração da Análise de Estabilidade quanto Berma e Vertedouro localizados em Olinda/PE. 
Trecho 
Estaca 
: JARDIM FRAGOSO - LAGOA DE RETENÇÃO 
: BERMA Estaca 0+0,00 a Estaca 106+0,00 
Os principais elementos que caracterizam o contrato são: 
Contrato nº 
Data da Assinatura do Contrato 
d · re i tas Sampaio 
: 18090-D PE/FN 
r/Responsável Técnico 
: 002/2024 
: 29/10/2024 
4 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
2. MAPA DE SITUAÇÃO 
5 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
TRECHO - BERMA Estaca 0+00 a estaca 
106+0,00 
\ 
OBRA : ELABORAÇÃO DE ANÁLISE DE EST~ 
A BERMA E VERTEDOURO 
LOCAL : BAIRRO DE BUL TRINS - OLINDA 
OBJETO :CÁLCULOS ESTRUTURAIS DA BERM EM SOLO E DO 
VERTEDOURO EM CONCRETO ARMADO 
RELATÓRIO TÉCNICO 
REFERENTE A ANÁLISE DE ESTABILIDADE 
MAPA DE SITUAÇÃO DES-01 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
7 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PR EFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
3.1 Considerações Iniciais 
Este Relatório Técnico refere-se em função da análise imposta pelo analista 
do TCE/PE conforme Ofício TC/DINFRA/GAON Nº 022/2023, contendo este relatório uma 
análise de estabilidade estrutural tendo como principal parâmetro considerar aspectos tanto 
específicos quanto gerais que garantam a segurança e eficiência estrutural, foram verificados 
os aspectos essenciais definidos a seguir: 
• Características do solo; 
• Inclinação e Altura; 
• Fatores de Segurança; 
• Erosão e Drenagem; 
• Condicionantes Ambientais. 
Foram utilizados Softwares como Slide para a análise estabilidade da berma em 
solo utilizando os métodos de Bishop e Janbu simplificado e o Software Mathcad como rotina 
para a memória de cálculo quanto análise do vertedouro em concreto ciclópico. 
8 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICI PAL Engenharia e Planejamento 
4.1 MEMÓRIA JUSTIFICATIVA 
9 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seamC
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
4.1.1 ANÁLISE DA BERMA EM SOLO 
Em detrimento do Ofício TC/DINFRA/GAON Nº 022/2023 do TCE/PE, viemos por meio deste 
relatório técnico detalhar a análise de estabilidade utilizando os devidos parâmetros usuais 
levando em consideração os métodos de Bishop Simplificado e Janbu Simplificado quanto a 
berma em solo localizada no Bairro de Bultrins em Olinda no Estado de Pernambuco. 
SEÇÃO TIPO PARA BERMA EM SOLO: 
Localizada: No bairro Jardim Fragoso, rodovia Pedro Alves Cabral, próximo ao 
terminal da P15 com inicio da Obra de Arte especiais 01 cehab. 
Vejamos agora o que pertine as informações contidas no Ofício 
TC/DINFRA/GAON Nº 022/2023 do TCE/PE: 
Citação 1: 
"Em resposta da análise da seção de berma em solo, 
apresentada através de Oficio TC/DINFRA/GAON 022/2023 
referente ao Projeto da Prefeitura Municipal de Olinda 
relacionado a Lagoa de retenção de Jardim Fragoso, 
quanto a Verificação de Estabilidade Global ao Risco de 
Rompimento do Dique estão apresentadas nas imagens 
1; 2; 3 e 4 referências 
10 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURÂ MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
utilizadas em estudo realizado para Analise de 
Estabilidade ao Escorregamento dos Taludes em relação 
a Berma em Solo (Oficio TC/DINFRA/GAON 022/2023) 
representada na imagem 5 a seguir:" 
Imagem 1: Tabela 2.1.5.1. Inclinações dos taludes dos 
paramentos de montante e de jusante em barragens 
homogêneas sobre fundações estáveis (apresentada no 
Oficio TC/DINFRA/GAON 022/2023). 
Imagem 2: Figura 2.1.5.1. Curva Granulométrica do solo 
obtida do ensaio fornecido pela Prefeitura Municipal de 
Olinda (apresentada no Oficio TC/DINFRA/GAON022/2023). 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
Imagem 3: Tabela 2.1.5.2. Fatores de Segurança para 
cenários críticos em barragem (apresentada no Oficio 
TC/DINFRA/GAON 022/2023). 
Aterro compactado 
Aralla siltosa · 
muito mole . 
Areia siltosa -
Imagem 4: Tabela 2.1.5.3. Parâmetros dos solos 
utilizados na análise (apresentada no Oficio 
TC/DINFRA/GAON 022/2023) 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURÁ HUN ICIPÁL Engenharia e Planejamento 
Imagem 5: Figura 2.1.5.2. Analise de Estabilidade 
utilizados Métodos de Bishop e Janbu através de 
software da empresa Maccaferri, consideradas inclinação 
e altura do projeto da Prefeitura Municipal de Olinda 
(apresentada no Oficio TC/DINFRA/GAON 022/2023). 
"Para estabelecer os parâmetros de resistência do solo 
(coesão e ângulo de atrito) foi adotado como referência a 
correlação entre a classificação do solo e a resistência à 
penetração medida pelo SPT (Standard Penetration Test). 
Como o aterro é basicamente uma areia (ver ensaio 
granulométrico fornecido, anexo 5) sua coesão é muito 
baixa, mesmo assim ainda adotou-se 1 KPa". 
Consideração 1: 
Referente a análise de estabilidade da berma em solo realizada por analista 
do TCE/PE por meio do Software da Maccaferri, os parâmetros adotados conforme 
apresentados na Tabela 2.1.5.3 do Ofício TC/DINFRA/GAON 022/2023 (Imagem 4 deste 
relatório) quanto coesão e ângulo de atrito para as camadas de aterro compactado, argila 
siltosa muito mole e areia siltosa apresentam-se inconsistentes quanto ao usualmente 
utilizados, como no caso da camada de areia siltosa a adoção da coesão de 0,0 KPa é 
inconsistente (conforme elencado na Citação acima do TCE/PE na própria análise) bem como 
não evidenciado o pes.o unitário/específico dos materiais das camadas de solo Tabela 
2.1.5.3 do Ofício referido. 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
Citação 2: 
"Analisando o a condição de esvaziamento rápido 
(apêndice 9), observou-se que o fator de segurança 
necessário, que seria de 1,10 no mínimo, foi de 0,261. O 
que configura como risco muito elevado de ocorrência de 
escorregamento do talude. Na saída da análise é possível 
observar a linha que define a ruptura do talude (traço 
claro), que configura o escorregamento do material 
utilizado como aterro para construção do dique (figura a 
seguir)." 
Consideração 2: 
O fator de segurança mínimo de 0,261 apresentado na análise do TCE/PE está 
com dados equivocados quanto aos parâmetros que deveriam ter sido utilizados na análise 
de estabilidade global, sendo apresentados os devidos parâmetros usuais utilizados pela 
Seplane (por meio do método de Bishop Simplificado e Janbu Simplificado) o fator de 
segurança mínimos são de respectivamente 1,677 e 1,711 detalhados em análise. 
4.1.2 Descrição de parâmetros e considerações para análise 
desenvolvida da seção tipo berma em solo e verificação dos resultados da Seplane 
No desenvolvimento da análise foram utilizados parâmetros típicos quanto as 
características das camadas de solo apresentado no quadro a seguir para análise de 
estabilidade global da seção tipo berma em solo. 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLlt--lDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA HUHICIPAL Engenharia e Planejamento 
Propriedade Aterro Compactado Areia Fina Siltosa Areia Siltosa Argila Siltosa 
Cor • • • • 
Tipo de força Mohr-Coulomb Mohr-Coulomb Mohr-Coulomb Mohr-Coulomb 
Peso unitário [kN/m3] 19 18 19 19 
Coesão [kPa] 13 4 4 13 
Ângulo de atrito [graus] 25 28 28 23 
Superfície da água Mesa de água Mesa de água Mesa de água Mesa de água 
ValorHu 1 1 1 1 
Imagem 6: Quadro referente aos parâmetros utilizados pela Seplane para as camadas de 
solo no desenvolvimento da anál ise de estabilidade da berma em solo. 
A Figura abaixo apresenta a seção do projeto tipo da berma em solo: 
Como abordado no documento de análise da seção tipo para berma em solo, os 
parâmetros utilizados para as camadas de solo pela Seplane referem-se a valores usuais, 
adotados em projeto , estão apresentados os parâmetros utilizados para as camadas, onde 
por meio de uso do Software Slide realizou-se análise de estabilidade de taludes utilizando 
o método de Bishop Simplificado e Janbu Simplificado. 
CAMADA - ATERRO COMPACTADO 
• Peso unitário - Saturado 19.00 kN/m3
; 
• Coesão - 13.00 kPa 
• Ângulo de Atrito - 25.00º; 
15 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL E.ngen harla e Planejamento 
Em análise de estabilidade considerando os parâmetros supracitados para a 
camada de aterro , mantém-se as mesmas características utilizadas na análise apresentada 
quanto as camadas abaixo: 
CAMADA - AREIA FINA SILTOSA 
• Peso unitário - Saturado 18.00 kN/m3
; 
• Coesão - 4.00 kPa 
• Ângulo de Atrito - 28.00º ; 
CAMADA - AREIA SILTOSA 
• Peso unitário - Saturado 19.00 kN/m3
; 
• Coesão - 4.00 kPa 
• Ângulo de Atrito - 28 .00º; 
CAMADA - ARGILA SILTOSA 
• Peso unitário - Saturado 19.00 kN/m3
; 
• Coesão - 13.00 kPa 
• Ângulo de Atrito - 23.00º; 
Apresentado a análisede seções por meio de fatias (memória de cálculo 
presentes neste documento) quanto ao fator de segurança representada em quadros na 
análise de estabilidade global dos métodos Bishop e Janbu Simplificado a seguir são 
representados os fatores mínimos de segurança verificados na análise. 
Mêt~do: Bishop simplifica.do 
F,S : 1,676620 
Ce'nfro : 17.148,-.. 3.3~5. 
R~1ó:-:3 .. 8(?7' - , . 
Ponto fir:i i::11 da •superfície de deslizamento à esquerdá : 13,324, 2,760' 
J>ohtq·o . 
.'Momen.to de resistên;~ª :::; ;33~;s12.icN~01 ~~~~- -E~L ..... J-, 
Momento.de Conduç~l'o=1~9,73.1 !'.direitá :· 19,106, d,obo 
-3.47695 
Compactado 
4 0,233359 7.3281 
Aterro 
13 25 9.10283 15.5733 20.0786 14.5601 5.51848 
Compactado 
5 0,233359 7.90865 
Aterro 
13 25 9.42023 16.1163 24.1465 17.4636 6.68295 
Compactado 
6 0,233359 8.29884 
Aterro 
13 25 9.92087 16.9728 26.8813 18.3615 8.51977 
Compactado 
7 0,233359 8.54041 
Aterro 
13 25 10.3236 17.6617 28.8931 18.896 9.99713 
Compactado 
8 0,233359 8.65953 
Aterro 13 25 10.6412 18.2052 30.3222 19.1596 11.1626 
Compactado 
9 0,230268 8.55942 Areia Siltosa 4 28 6.78028 11.5998 33.4855 19.1923 14.2932 
10 0,230268 8.48437 Areia Siltosa 4 28 6.89147 11.7901 33 .675 19.024 14.651 
11 0,230268 8.329 Areia Siltosa 4 28 6.94689 11.8849 33 .5049 18.6756 14.8293 
12 0,230268 8.09969 Areia Siltosa 4 28 6.94995 11.8901 33.0006 18.1615 14.8391 
13 0,230268 7.80118 Areia Siltosa 4 28 6.90306 11.8099 32.1804 17.4921 14.6883 
14 0,230268 7.43698 Areia Siltosa 4 28 6.80778 11.6469 31.0572 16.6755 14.3817 
15 0,230268 7.00965 Areia Siltosa 4 28 6.66492 11.4025 29 .6393 15.7173 13.922 
16 0,230268 6.52087 Areia Siltosa 4 28 6.47466 11.077 27.9312 14.6214 13.3098 
17 0,230268 5.97165 Areia Siltosa 4 28 6.23652 10.6696 25.9335 13.3899 12.5436 
18 0,230268 5.36231 Areia Siltosa 4 28 5.94938 10.1783 23.6433 12.0236 11.6197 
19 0,230268 4.69253 Areia Siltosa 4 28 5.61132 9.59995 21.0538 10.5218 10.532 
20 0,230268 3.96131 Areia Siltosa 4 28 5.21957 8.92975 18.1537 8.88222 9.27153 
21 0,230268 3.16695 Areia Siltosa 4 28 4.77028 8.16109 14.9269 7.10106 7.82588 
22 0,230268 2.3069 Areia Siltosa 4 28 4.25813 7.2849 11.3506 5.17263 6.17802 
23 0,230268 1.38872 Areia Siltosa 4 28 3.69283 6.31777 7.44814 3.08904 4.3591 
24 0,230268 0,777332 Areia Siltosa 4 28 3.3203 5.68043 1.74297 3.16044 
25 4 
21 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
Sa!~ty Fac-cor 
0 . 000 
o.soo -- Cola, UnkWei&f,r 
_,._ -"""'"'' l>N/mZI 
1.000 
Aren-o Compaaado • 1S Mohr~lomb 13 
1.500 Ar•l• Fina Slltou • 18 Mohr~lomb • 
2.000 Arei• Slltos• D 1S Moh.r-COUlomb . 
2.500 A,pl• Slltos• • 19 Mohr--Coulomb 13 
3 . 000 
.. J _ 3 . 500 
4 . 000 
4.500 
5.000 
5 . 500 
6 . 000+ 
~ ; 
,, 
., 
'9 
--2 2 
Phl W--SUrtK• Hu Type 
IMétodoAnalillco - Blshop Slmpllftcadol 
25 \V• ter Surface Const• nt 
28 Watar Surhc• Coruunt 
28 W• tar Surf• ce Con.n• nt 
23 WaterSurfllce Col'lStllnt 
10 ,2 10 ,. 20 
w 
~ 
~ ~ SEPLANE LTDA 
Engenharia e Planej amento 
i. 
22 24 20 
22 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
" 
'i> 
Sa!e'ty Faet:or 
0.000 
o.soo 
1. 000 
1.500 
2. 000 
2 . 500 
3.000 
3.500 
4. 000 
4.500 
5. 000 
5 . 500 
6.000+ 
-- ~ UnkW-
_,_ -{ldl/ffl3J {ldl/ffllJ 
!Atem, Coml)actado • ,.. Moh~lom.b 13 
Ar•I• Fina SIitosa • 18 Mohr.COUlomb . 
Ar• l• Slltos;a D "' Mohr-Coulomb 4 
Arsfl• Siltos• • "' Mohr-Goulomb 13 
~ w 
T 
Phi W..s..wta.ce ...... [MélodoAnaJíttco -Janbu Slmpllftcado[ 
25 WatuSurfac• Constant 
28 Wat• r S4Jrúc• Code 
blocos. 
Imagem 2: Tabela 3 - Fatores de segurança mínimos para deslizamentos da Norma NBR 
11682. 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
PREFEltURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
Tabela 4 - Req1,1lsltos -para establJldade de muros de cont&nção 
1 
Verificação da segurança Fator de se~urança mfnlmo 
Tombamento 2,0 
Deslizamento na base 1,5 
Capacidade de carga da fundação 3,0 
NOTA Na verificação da capacidade de carga da fundação, podem o ser alterna vamente utilizados os 
crlt~fios e fat.ores de segurança preconizados pela ABNT NBR 6122. 
Imagem 3: Tabela 4 - Requisitos para estabilidade de muros de contenção da Norma NBR 
11682. 
Para o desenvolvimento de análise quanto aos coeficientes de deslizamento e 
tombamento da seção tipo do vertedouro em concreto ciclópico foi utilizado o método 
analítico com auxílio do Software Comercial Mathcad conforme rotina em memória de 
cálculo detalhada a seguir: 
27 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
~ ~ SEPLANE LTDA 
Engenharia e Planejamento 
4.1.6 Memoria de Cálculo - BERMA E VERTEDOURO - Lagoa do 
Fragoso - Olinda/PE 
Dados 
K := 0.333 
MM 
6 
MPa:= 10 -Pa 
/I/I/I/INW 
h := 3.6m 
i := O.Olm 
kN 
e:= 22-
3 
m 
_ 
15 
ton 
s. 2 
m 
b
8 
:= O, i .. 2-h 
BERMA M OLQ ( PROJETO TIPO) lO IOl~LI 
Planta de Vertedouro 
ton := lOkN 
kN 
- 19-a· 3 bo := 0.14-h = 0.504m 
m 
h 
b := bo + - = 1. 704m 
3 
_g 
ho := = 1.053m 
Ya 
( massa específica aparente do concreto ciclópico) 
( tensão admissível à compressão da alvenaria o 
ciclópico) 
b := 5m 
/1/1/1/ 
28 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
( coeficiente de atrito) 
( coeficiente de atrito) 
( coeficiente de segurança contra escorregamento> 1,5) 
29 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
Caso: Vertedouro 
.EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
h = 3.6m y ·= 22 kN e. 3 
N./tM m 
i := O.Olm 
1W 
bs := O, i .. 2-h 
a) Vertedouro 
~= 
2 2 
bo + b·bo + b 
_g 
Ya 
xM := ----- = 1.682 m 
3-(b + bo) 
c)EMPUXO 
bo = 0.504 m 
b=5m 
l í 2 ( )27 kN 
E:= ·K·Ya·1 (Hf) - ho = 37.494· 
2 L J m 
y := h. ( 2·ho + Hf) = 1.471 m 
3 ho + Hf 
y' := y = 1.471 m 
b ~ SEPLANE LTDA 
Engenharia e Planejamento 
Hf := h = 3.6m 
30 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
d )MOMENTO 
Mi:= GM-gM = 723.175-kN 
Me:= E·y' = 55.172-kN 
31 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
e) CENTRO DE PRESSÃO 
u:= X = 3.065m 
(~) 
f) EXCENTRICIDADE 
b 
e:= - - u = -0.565m 
IM 2 
g) EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
(GM) 
SI:= 0.55·-- = 3.197 
E 
Coeficiente_Escorregamento := "ok" if SI ~ 1.50 = "ok" 
"redimensionar" otherwise 
Coeficiente_ Escorregamento = "ok" 
Coeficiente Tombamento := "ok" if s2 ~ 1.50 = "ok" 
b ~ SEPLANE LTDA 
Engenharia e Planejamento 
32 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
"redimensionar" otherwise 
Coeficiente Tombamento = "ok" 
33 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
g) EQUILÍBRIO ELÁSTICO 
. Tensões 
ton 
cr =15--
s 2 
m 
( GM) · ( 1 + tt l = ton 
1.405- -cr -
1 b \ b ) 2 
m 
cr -
(0 M) ( ton 
. 1- ~1 = 7.314--
2 b \ b ) 2 
m 
Verificar := "ok" if ªs ~ ªmax 
"redimensionar aba" otherwise 
§ SEPLANELTDA 
Engenharia e Planejamento 
Verificar= "ok" 
34 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
01.:INDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
4.1. 7 Conclusão 
Conforme demonstrado neste relatório por meio da memória de cálculo 
(apresentada no item 4.1.6) relativa a seção tipo Berma em Solo do Projeto da Prefeitura 
de Olinda referente ao Canal Fragoso, apresenta-se apta quanto atendimento aos 
requisitos exigidos do Fator mínimo de Segurança igual a 1,50 para Analise de 
Estabilidade do Talude (NBR 11682/2009), bem como à cenário critico em barragens 
(Fator mínimo de Segurança igual a 1, 1 O); considerando-se assim portanto inconsistente 
a análise apresentada no Oficio TC/DINFRA/GAON Nº 022/2023. 
35 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEIWRA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
5. NORMAS TÉCNICAS UTILIZADAS 
36 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLl~DA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
5.1. Normas Técnicas Utilizadas 
O Relatório Técnico foi desenvolvido em conformidade com as Normas 
Técnicas relativas ao assunto: 
• NBR 11682/2009 - Estabilidade de Taludes; 
• NBR 6484/2020 - Solo - Sondagens de simples reconhecimentos com 
SPT - Método de ensaio.; 
• NBR 6122/2022 - Projeto e execução de fundações 
• NBR 8036/1983 - Programação de sondagens de simples 
reconhecimento dos solos para fundações de edifícios 
• NBR 8681/2004 -Ações e Segurança nas Estruturas. 
Referências Bibliográficas 
• Cartilha, U.S. Corps of Engineer - Design Manual EM - 1110-1-1902 
Stability of Earth and Rockfill Dams 
• Agência Nacional de Águas (Brasil), Guia Prático de Pequen 
Barragens, Brasília: ANA, 2016. 
37 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA HUNICI PAL Engenharia e Planejamento 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
38 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
01.:IMDA b ~ SEPLANE LTDA 
PREFEITURA MUNICIPAL Engenharia e Planejamento 
Diante do exposto, demonstrado neste relatório por meio das memórias de 
cálculo apresentadas no item 4.1.3 e no item 4.1.6 relativas as seções tipo para Berma em 
Solo e Vertedouro em Concreto Ciclópico constituintes de sistema do Dique componente do 
Projeto da Prefeitura de Olinda referente a Lagoa de retenção do Fragoso, apresentam-se 
aptas quanto atendimento aos requisitos normativos relacionados a estabilidade, coeficientes 
e fatores de segurança para deslizamento e tombamento, considerando-se assim portanto 
inconsistente à analise apresentada no Oficio TC/DINFRA/GAON Nº 022/2023. 
39 
D
ocum
ento A
ssinado D
igitalm
ente por: R
oubier M
uniz de Sousa
A
cesse em
: https://e.tcepe.tc.br/epp/validaD
oc.seam
 C
ódigo do docum
ento: b5206265-cdc9-4add-adf4-7e1d10d397a6
OLINDA ~ ~ SEPLANE LTDA 
l'lltil'lill"UWA """ICIPAL 1 1 li UI! 1 l I IIH 11111 1111 
7. ANOTAÇÃO