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6o 1º bimestre Aula 5 Ensino Fundamental: Anos Finais Língua Portuguesa Formas fixas de fazer poema ANO 2025_AF_V1 Leitura de poemas de forma fixa (cordéis e sonetos). Ler e compreender poemas de forma fixa; Explorar a linguagem presente no texto; Identificar no texto características de poemas de forma fixa e, a partir daí, compreender o que são; Compreender o que constitui um cordel e um soneto; Perceber que substantivos e adjetivos sofrem flexão de gênero, número e grau. Conteúdos Objetivos 2025_AF_V1 Como as pessoas retratadas parecem estar se sentindo enquanto escutam as histórias? E você, como se sente ao ouvir histórias? Como são as histórias de que você gosta? Imagem 1: Obra Um conto de Decamerão de John William Waterhouse (1916). Observe ao lado a obra Um conto de Decamerão, de John William. Nessa cena, jovens homens e mulheres contam histórias um para o outro. Para começar 5 minutos Reprodução – LADY LEVER ART GALLERY/ART UK, [s.d.]. Disponível em: https://artuk.org/discover/artworks/the-decameron-117871/search/actor:waterhouse-john-william-18491917/page/2. Acesso em: 8 nov. 2024. 2025_AF_V1 Vídeo 1: Pendurei poesia: O conto animado em cordel. Foco no conteúdo Para começar, assista a uma animação produzida por Gleison Oliveira. Observe as estratégias utilizadas para contar uma história. 4 minutos Esta animação reproduz um poema de Luiz Eduardo Serra Azul Filho, mais conhecido como Piúdo Serra Azul (1967-2020), cordelista e compositor brasileiro. Link para vídeo PROF. GLEISOW. Pendurei poesia: o conto animado em cordel. Disponível em: https://youtu.be/9cCVbcGud74. Acesso em: 8 nov. 2024. Link para vídeo 2025_AF_V1 Os folhetos de cordel são produções culturais nordestinas de grande relevância na literatura brasileira. Nesses folhetos circulam poemas narrativos, e milhares de cópias deles são vendidas a baixos preços em feiras, festas e mercados populares. O folheto é composto por folhas dobradas, sempre em múltiplos de oito: 8, 16, 32, 48 ou 64 folhas. As estratégias do poema de cordel Imagem 2: Fotografia de folhetos de cordel expostos à venda em feira popular. Foco no conteúdo O cordel utiliza formas fixas de metrificação para contar histórias, como veremos em detalhes adiante. Reprodução – IPHAN, [s.d.]. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/galeria/detalhes/634. Acesso em: 8 nov. 2024. 2025_AF_V1 A seguir, leia o trecho de um cordel retirado do livro Desafios de cordel, de César Obeid. Na prática O cordel só é aceito Com os versos bem rimados. Cada verso bem medido Todos bem metrificados. Assim manda a tradição Dos poetas inspirados. É na forma de folhetos Que ele tem sua tradição Porém hoje outras formas Temos de publicação Como livros e internet E outras tantas que virão. Um cordel sobre o cordel Eu pretendo apresentar. É uma arte versejada Da cultura popular Que nasceu lá no Nordeste Para o mundo apreciar. São as rimas de cordel Encaixadas nas setilhas Nos martelos e galopes Nas oitavas e setilhas Que encantam muito mais Do que as sete maravilhas (OBEID, 2018) 10 minutos Veja no livro! Atividade 1 O cordel pode conter Alguns temas atuais Ou histórias inventadas Ou mil causos naturais Pois os versos do cordel Contam isso e muito mais. O folheto nordestino É uma arte genial. E a origem desse nome Provém lá de Portugal. Esse nome porque era Pendurada no varal. [...] 2025_AF_V1 1. Releia estes versos: “É uma arte versejada / Da cultura popular”. Liste hipóteses a respeito do que significa dizer que o cordel é uma “arte versejada da cultura popular”. 2. Considerando a organização do texto Um cordel sobre o cordel, responda: a) Há quantos versos em cada estrofe desse cordel? b) Quais são os versos que apresentam rima em cada estrofe? Na prática Veja no livro! Atividade 1 2025_AF_V1 1. Releia estes versos: “É uma arte versejada / Da cultura popular”. Liste hipóteses a respeito do que significa dizer que o cordel é uma “arte versejada da cultura popular”. O cordel é uma produção cultural popular escrita em versos. Ou seja, são textos organizados em estrofes e versos, compostos pelo povo e a respeito de temas comuns, de interesse da maioria das pessoas. 2. Considerando a organização do texto Um cordel sobre o cordel, responda: a) Há quantos versos em cada estrofe desse cordel? Há seis versos em cada estrofe do cordel. b) Quais são os versos que apresentam rima em cada estrofe? Os versos que apresentam rima em cada estrofe são o segundo, o quarto e o sexto verso. Correção Na prática 2025_AF_V1 A maioria dos poemas de cordel é composta por estrofes de seis versos de sete sílabas poéticas. Essa estrutura é chamada de sextilhas com versos setissílabos. Também há poemas compostos por estrofes com sete versos de sete sílabas poéticas, chamadas de setilhas ou septilhas. O sentido de cada verso deve ser completo; ou seja, deve ser possível fazer uma pausa após a leitura de cada verso, sem que nenhuma frase se complete na próxima linha/verso. As regras fixas nos poemas de cordel Foco no conteúdo O cordel Um cordel sobre o cordel é uma sextilha porque apresenta estrofes de seis versos com sete sílabas poéticas. 15 minutos 2025_AF_V1 As regras da composição das rimas no poema de cordel Foco no conteúdo Nas estrofes de seis versos (sextilhas): o segundo, o quarto e o sexto versos devem rimar entre si. São as rimas de cordel Encaixadas nas sextilhas Nos martelos e galopes Nas oitavas e setilhas Que encantam muito mais Do que as sete maravilhas. Nas estrofes de sete versos (setilhas): o segundo, o quarto e o sétimo versos devem rimar entre si. Além disso, também há rima entre o quinto e o sexto versos. Leitores, se Deus me der um pensamento altaneiro, pretendo nas rudes páginas deste livrinho grosseiro falar com necessidade na grande calamidade do Nordeste brasileiro. (OBEID, 2018) “Os horrores do Nordeste”, José Bernardo da Silva 2025_AF_V1 O cordel é um poema de regra fixa importante da cultura brasileira. As regras fixas de metrificação originaram diversos tipos de poemas importantes na história da Literatura, como a quadra, o haikai e o soneto. Os cordéis são poemas narrativos. Por outro lado, a quadra, o haikai e o soneto, por exemplo, têm outras finalidades e outras regras de organização do texto. Imagem 3: Obra Leitura de Almeida Júnior (1892). Crédito: Acervo da Pinacoteca do Estado São Paulo/Brasil. Outras regras fixas, outros poemas Foco no conteúdo Reprodução – PINACOTECA DE SÃO PAULO, [s.d.]. Disponível em: https://acervo.pinacoteca.org.br/online/ficha.aspx?ns=201000&id=11940&lang=PO&IPR=2405. Acesso em: 8 nov. 2024. 2025_AF_V1 O nome “cordel” é um substantivo de gênero gramatical masculino terminado em “-el”. O plural de “cordel” é “cordéis”. Flexão de substantivos: número Foco no conteúdo Plural dos nomes terminados em “-al”, “-el”, “-ol”, “-ul”: carnaval → carnavais; papel → papéis; nível → níveis; lençol → lençóis; azul → azuis. 2025_AF_V1 Flexão de substantivos: número Foco no conteúdo A formação do plural dos substantivos acontece em sua maioria pelo acréscimo do morfema pluralizador -s. As principais exceções são para os nomes terminados em “-ão”, em “-l” e em “-x”. Ex.: coração → corações; cordel → cordéis; fóssil → fósseis; cálix → cálices. Há ainda substantivos que sempre serão escritos no plural. Ex.: costas, férias, lápis, óculos e trevas. Na escrita, os adjetivos sempre concordam com os substantivos em número e em gênero gramatical. 2025_AF_V1 Flexão de substantivos: gênero Foco no conteúdo Na língua portuguesa, existem dois gêneros gramaticais: o masculino e o feminino. São masculinos os nomes a que se pode antepor o artigo “o”. Exemplo: o linho, o sol, o raio, o prazer, o filho, o beijo, o poeta. São femininos os nomes a que se pode antepor o artigo “a”. Exemplo: a flor, a casa, a mosca, a nuvem, a mãe. Observe que não necessariamente os nomes de gênero gramatical masculino ou feminino terminamem “o” (o sol, o poeta, o problema) ou “a” (a nuvem, a mãe). 2025_AF_V1 Agora, leia este soneto de Olavo Bilac. Na prática Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua! Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço: e trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua Rica mas sóbria, como um templo grego Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E natural, o efeito agrade Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade. A um poeta Veja no livro! Atividade 2 10 minutos (BILAC, 1996) 2025_AF_V1 Na prática 1. A respeito da organização do texto do soneto, responda: a) Como são classificadas as estrofes desse soneto? b) Como é o padrão de rimas nesse soneto? c) Qual é o tema desse soneto? 2. Analise estes substantivos comuns presentes no soneto. Em seguida, indique se o gênero gramatical é feminino ou masculino e dê o seu singular ou plural. Se necessário, consulte o dicionário. forma – esforço – imagem – templo – mestre – andaimes Veja no livro! Atividade 2 2025_AF_V1 Na prática Correção 1. A respeito da organização do texto do soneto, responda: a) Como são classificadas as estrofes desse soneto? As estrofes são classificadas em quartetos e tercetos porque têm respectivamente quatro (duas primeiras estrofes) e três versos (duas últimas estrofes) em cada uma delas. b) Como é o padrão de rimas nesse soneto? O padrão de rimas é: ABBA/ABBA/CDC/DCD. c) Qual é o tema desse soneto? O tema desse soneto é o trabalho do poeta, considerando os valores de beleza da época. 2. Analise estes substantivos comuns presentes no soneto. Em seguida, indique se o gênero gramatical é feminino ou masculino e dê o seu singular ou plural. Se necessário, consulte o dicionário. forma: substantivo feminino; plural: formas. esforço: substantivo masculino; plural: esforços. imagem: substantivo feminino; plural: imagens. templo: substantivo masculino; plural: templos. mestre: substantivo masculino; plural: mestres. andaimes: substantivo masculino; singular: andaime. 2025_AF_V1 Qual é finalidade do emprego de diferentes regras de metrificação em textos poéticos? Qual relação você vê entre essas diferentes métricas e os interesses do público-alvo dos textos poéticos? Encerramento 3 minutos © Freepik 2025_AF_V1 Aprofundando A seguir, você encontra uma seleção de exercícios extras, que ampliam as possibilidades de prática, de retomada e aprofundamento do conteúdo estudado. 2025_AF_V1 Aprofundando 1. (COMPERVE, 2010 - Adaptada) Leia este poema de cordel: Lá eu vi rios de leite barreiras de carne assada lagoas de mel de abelha atoleiros de coalhada açudes de vinho do porto montes de carne guisada As pedras de São Saruê são de queijo e rapadura as cacimbas são café já coado e com quentura de tudo assim por diante existe grande fartura Feijão lá nasce no mato maduro e já cozinhado o arroz nasce nas várzeas já prontinho e despolpado peru nasce de escova sem comer vive cevado SANTOS, Manoel Camilo dos. Viagem a São Saruê. MEC/PRONASEC – SEC/PB/UFPB/FUANPE, 1981. Veja no livro! O povo em São Saruê tudo tem felicidade passa bem anda decente não há contrariedade não precisa trabalhar e tem dinheiro a vontade Lá os tijolos das casas são de cristal e marfim as portas barras de prata fechaduras de “rubim” as telhas folhas de ouro e o piso de cetim 2025_AF_V1 a predominância, na segunda estrofe, do modo narrativo de organização textual, próprio da tradição oral de um povo. a importância do cordel como manifestação cultural, por ser uma fonte de preservação da memória e da identidade de um povo. a expressão de um ponto de vista imparcial do sujeito frente à realidade regional por ele apresentada nesse texto. a descrição da fartura de alimentos resultante do trabalho coletivo do povo de São Saruê. Com relação ao texto desse cordel, evidencia-se: Aprofundando Veja no livro! A B C D 2025_AF_V1 a predominância, na segunda estrofe, do modo narrativo de organização textual, próprio da tradição oral de um povo. a importância do cordel como manifestação cultural, por ser uma fonte de preservação da memória e da identidade de um povo. a expressão de um ponto de vista imparcial do sujeito frente à realidade regional por ele apresentada nesse texto. a descrição da fartura de alimentos resultante do trabalho coletivo do povo de São Saruê. Correção Com relação ao texto desse cordel, evidencia-se: Aprofundando O cordel apresentado descreve São Saruê como um lugar de extrema fartura e abundância, usando imagens poéticas e exageradas que fazem parte da tradição da literatura de cordel. Essa forma literária é uma manifestação cultural significativa, pois preserva e transmite a memória, os valores e a identidade de um povo. A B C D 2025_AF_V1 Aprofundando 2. (UEM, 2010 - Adaptada) Leia o poema e assinale o que for correto. Pastores, que levais ao monte o gado, Vede lá como andais por essa serra; Que para dar contágio a toda terra, Basta ver-se o meu rosto magoado: Eu ando (vós me vedes) tão pesado; E a pastora infiel, que me faz guerra, É a mesma, que em seu semblante encerra A causa de um martírio tão cansado. Se a quereis conhecer, vinde comigo, Vereis a formosura, que eu adoro; Mas não; tanto não sou vosso inimigo: Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro; Que se seguir quiserdes, o que eu sigo, Chorareis, ó pastores, o que eu choro. (COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos) Veja no livro! 2025_AF_V1 CERTO. ERRADO. Trata-se de um soneto, tipo de composição poética com quatro estrofes, sendo as primeiras com quatro versos e as duas últimas com três versos. É composto por versos decassílabos com rimas ABBA, nas duas primeiras estrofes, e CDC e DCD, nas duas últimas. Na poesia, a metrificação, o ritmo, as rimas, entre outros recursos, buscam realçar a musicalidade poética. Aprofundando Veja no livro! A B 2025_AF_V1 Aprofundando Correção 2. Trata-se de um soneto, tipo de composição poética com quatro estrofes, sendo as primeiras com quatro versos e as duas últimas com três versos. É composto por versos decassílabos com rimas ABBA, nas duas primeiras estrofes, e CDC e DCD, nas duas últimas. Na poesia, a metrificação, o ritmo, as rimas, entre outros recursos, buscam realçar a musicalidade poética. O texto apresentado é um soneto clássico, composto por quatro estrofes: as duas primeiras com quatro versos (quartetos) e as duas últimas com três versos (tercetos). Ele segue a métrica decassilábica (dez sílabas poéticas por verso) e a estrutura de rimas ABBA nas duas primeiras estrofes e CDC, DCD nas duas últimas. Esses elementos técnicos são característicos dos sonetos, que buscam realçar a musicalidade poética através da metrificação, do ritmo e das rimas. CERTO. ERRADO. A B 2025_AF_V1 ABREU, M. Cultura letrada: literatura e leitura. São Paulo: Unesp, 2006. BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019. BILAC, O. A um poeta. In: BILAC, O. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. BUARQUE, J. Soneto como variação fixa formal. Texto Poético, v. 11, n. 19, p. 41-72, 2015. Disponível em: https://textopoetico.emnuvens.com.br/rtp/article/view/324. Acesso em: 8 nov. 2024. CAMÕES, L. V. de. Sonetos. Domínio Público, [s.d.]. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000164.pdf. Acesso em: 8 nov. 2024. CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista, 2019. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2023/02/Curriculo_Paulista-etapas-Educa%C3%A7%C3%A3o-Infantil-e-Ensino-Fundamental-ISBN.pdf. Acesso em: 8 nov. 2024. OBEID, C. Um cordel sobre o cordel. In: OBEID, C. Desafios de cordel. Porto Alegre: Mediação,2018. Identidade visual: imagens © Getty Images. Referências 2025_AF_V1 Para professores 2025_AF_V1 Slide 2 Habilidade: (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. (SÃO PAULO, 2019) 2025_AF_V1 Slide 14 Dinâmica de condução: Na explicação do esquema do poema de Olavo Bilac, o professor precisa incluir a representação do padrão de rimas – ABBA, ABBA, CDC, DCD – , nas estrofes, para que o aluno compreenda esse esquema, que corresponde ao que está descrito no “Em destaque”. Desse modo, poderá responder corretamente ao item b, da questão 1, do Na prática, no slide 16 e à questão de vestibular do Aprofundando, no slide 23. 2025_AF_V1 2025_AF_V1 image2.png image3.png image4.png image7.png image6.png image17.jpeg image18.png image19.png image8.png image23.png image20.jpeg image21.png image22.jpeg image24.jpeg image25.png image26.png image27.png image28.png image29.svg .MsftOfcResponsive_Fill_f6da08 { fill:#F6DA08; } image30.png image31.png image32.png image33.png image34.svg image35.png image36.svg .MsftOfcThm_Accent3_Fill_v2 { fill:#E7BC29; } image37.png image38.jpeg image39.png image40.svg .MsftOfcResponsive_Fill_7030a0 { fill:#7030A0; } image41.png image42.png image43.svg .MsftOfcThm_Accent4_Fill_v2 { fill:#D092A7; } image44.png image45.png image46.svg .MsftOfcResponsive_Fill_ffc000 { fill:#FFC000; } image47.jpeg image48.png image5.jpg image49.png image50.png image51.svg .MsftOfcResponsive_Fill_ffc000 { fill:#FFC000; } image52.png image53.svg image54.png image55.svg image56.png image57.svg .MsftOfcResponsive_Fill_bd68c1 { fill:#BD68C1; } image58.png image59.png image15.png image16.png image1.jpg