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Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
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necessitarem; Contribuir com a inclusão e a eqüidade dos usuários e grupos 
específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e 
especiais, em áreas urbana e rural; Assegurar que as ações no âmbito da 
assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência 
familiar e comunitária; 
Constitui o público usuário da política de Assistência Social, cidadãos 
e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais como: 
famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, 
pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em 
termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; 
exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de 
substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, 
grupos e indivíduos; inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho 
formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que 
podem representar risco pessoal e social. 
Proteção Social Básica: 
A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de 
risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que 
vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação 
(ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) 
e, ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social 
(discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras). 
Prevê o desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de 
acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme 
identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as 
pessoas com deficiência e ser organizados em rede, de modo a inseri-las nas 
diversas ações ofertadas. 
Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, 
compõem a proteção social básica, dada a natureza de sua realização. Os 
programas e projetos são executados pelas três instâncias de governo e devem 
ser articulados dentro do SUAS. Vale destacar o Programa de Atenção Integral à 
Família – PAIF – que, pactuado e assumido pelas diferentes esferas de governo, 
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surtiu efeitos concretos na sociedade brasileira. O BPC constitui uma garantia de 
renda básica, no valor de um salário mínimo, tendo sido um direito estabelecido 
diretamente na Constituição Federal e posteriormente regulamentado a partir da 
LOAS, dirigido às pessoas com deficiência e aos idosos a partir de 65 anos de 
idade, observado, para acesso, o critério de renda previsto na Lei. Tal direito à 
renda se constituiu como efetiva provisão que traduziu o princípio da certeza na 
assistência social, como política não contributiva de responsabilidade do Estado. 
Trata-se de prestação direta de competência do governo federal, presente em 
todos os municípios. 
Proteção Social Especial: 
Além de privações e diferenciais de acesso a bens e serviços, a pobreza 
associada à desigualdade social e a perversa concentração de renda, revela-se 
numa dimensão mais complexa: a exclusão social. O termo exclusão social 
confunde-se, comumente, com desigualdade, miséria, indigência, pobreza 
(relativa ou absoluta), apartação social, dentre outras. Naturalmente existem 
diferenças e semelhanças entre alguns desses conceitos, embora não exista 
consenso entre os diversos autores que se dedicam ao tema. Entretanto, 
diferentemente de pobreza, miséria, desigualdade e indigência que são situações, 
a exclusão social é um processo que pode levar ao acirramento da desigualdade 
e da pobreza e, enquanto tal, apresenta-se heterogênea no tempo e no espaço. 
A realidade brasileira nos mostra que existem famílias com as mais 
diversas situações sócio-econômicas que induzem à violação dos direitos de seus 
membros, em especial, de suas crianças, adolescentes, jovens, idosos e pessoas 
com deficiência, além da geração de outros fenômenos como, por exemplo, 
pessoas em situação de rua, migrantes, idosos abandonados que estão nesta 
condição não pela ausência de renda, mas por outras variáveis da exclusão social. 
Percebe-se que estas situações se agravam justamente nas parcelas da população 
onde há maiores índices de desemprego e de baixa renda dos adultos. 
As dificuldades em cumprir com funções de proteção básica, 
socialização e mediação, fragilizam, também, a identidade do grupo familiar, 
tornando mais vulneráveis seus vínculos simbólicos e afetivos. A vida dessas 
famílias não é regida apenas pela pressão dos fatores sócio-econômicos e 
necessidade de sobrevivência. Elas precisam ser compreendidas em seu contexto 
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cultural, inclusive ao se tratar da análise das origens e dos resultados de sua 
situação de risco e de suas dificuldades de auto-organização e de participação 
social. 
Assim, as linhas de atuação com as famílias em situação de risco devem 
abranger, desde o provimento de seu acesso a serviços de apoio e sobrevivência, 
até sua inclusão em redes sociais de atendimento e de solidariedade. As situações 
de risco demandarão intervenções em problemas específicos e, ou, abrangentes. 
Nesse sentido, é preciso desencadear estratégias de atenção sócio-familiar que 
visem a reestruturação do grupo familiar e a elaboração de novas referências 
morais e afetivas, no sentido de fortalecê-lo para o exercício de suas funções de 
proteção básica ao lado de sua auto-organização e conquista de autonomia. 
Longe de significar um retorno à visão tradicional, e considerando a família como 
uma instituição em transformação, a ética da atenção da proteção especial 
pressupõe o respeito à cidadania, o reconhecimento do grupo familiar como 
referência afetiva e moral e a reestruturação das redes de reciprocidade social. 
 
Fonte: Política Nacional de Assistência Social 2004 – 
http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/fasc/usu_doc/pnas.pdf

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