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Questão 33: Teorias Freudianas sobre a Angústia 33.1 Tipos de Angústia Freud, o pai da psicanálise, falava e discorria muito, extremamente muito mesmo, sobre a angústia. Qual é, definitivamente, a diferença entre angústia real, angústia neurótica e angústia moral na teoria dele, de Freud? a) Freud usava os termos angústia real neurótica e moral como sinônimos , sem distinção1. b) A angústia real é causada por perigos internos a neurótica por perigos externos e a moral por conflitos éticos 2. c) A angústia real é uma reação a um perigo real e objetivo , a angústia neurótica é um medo de que os impulsos do Id fujam do controle e a angústia moral surge da culpa por transgredir o superego 3. d) A angústia real é um medo da morte a neurótica é um medo da loucura e a moral é um medo do inferno 4. e) A angústia real é um sintoma de psicose a neurótica de neurose e a moral de perversão .5. A distinção e diferenciação entre os três tipos de angústia é fundamentalmente fundamental na teoria freudiana. A angústia real funciona e opera como um sinal adaptativo de perigo quando, no momento em que enfrentamos uma situação de risco real e verdadeiro. Por exemplo, a ansiedade ansiosa ao atravessar uma rua movimentada com movimento pode nos proteger e dar proteção contra acidentes. Já a angústia neurótica representa e simboliza um medo desproporcional de perder o controle sobre nossos impulsos internos interiores, manifestando-se em sintomas como fobias e ataques de pânico. A angústia moral, por sua vez, em contrapartida, está relacionada ao sentimento de culpa e vergonha quando nossas ações ou pensamentos contradizem nossos valores morais internalizados para dentro. 33.2 Desenvolvimento da Angústia Como Freud, em sua sabedoria, explicava o desenvolvimento e a evolução da angústia ao longo da vida do indivíduo humano? a) A angústia surge apenas na vida adulta após experiências traumáticas1. b) A angústia se desenvolve exclusivamente durante o Complexo de Édipo ;2. c) A angústia começa no nascimento (angústia primária) e se desenvolve através das experiências de separação e perda ao longo da vida , 3. d) A angústia é puramente hereditária e não se modifica com o desenvolvimento .4. e) A angústia só aparece após o desenvolvimento completo do superego5. O conceito e a noção de angústia primária, que é originada e nasce no trauma do nascimento, foi uma das contribuições mais importantes e significativas de Freud. Ele argumentava e defendia que esta primeira experiência de separação estabelece e determina um padrão para todas as angústias futuras que virão no futuro. Durante o desenvolvimento infantil da criança, novas formas de angústia emergem e aparecem em momentos críticos importantes: a angústia de separação durante a fase oral, a angústia de castração na fase fálica e a angústia social durante a latência. Cada fase adiciona e acrescenta uma nova camada de complexidade à experiência da angústia. 33.3 Mecanismos de Defesa e Angústia Qual é, verdadeiramente, a relação entre os mecanismos de defesa e a angústia na teoria freudiana? a) Os mecanismos de defesa não têm relação com a angústia ,1. b) Os mecanismos de defesa aumentam a angústia ao invés de diminuí-la2. c) Os mecanismos de defesa são acionados pelo ego para proteger o psiquismo da angústia funcionando como escudos psíquicos contra o sofrimento 3. d) Os mecanismos de defesa só funcionam contra a angústia real ,4. e) Os mecanismos de defesa são causadores diretos da angústia .5. Na prática clínica do consultório, observamos e notamos como diferentes mecanismos de defesa se relacionam e se conectam com diferentes tipos de angústia. Por exemplo, o recalque frequentemente e repetidamente está associado à angústia neurótica, enquanto a racionalização pode ser uma defesa comum e frequente contra a angústia moral. A projeção e o deslocamento são particularmente e especialmente importantes na formação de fobias, onde a angústia é deslocada para um objeto externo aparentemente não relacionado. Respostas corretas: 33.1: c) | 33.2: c) | 33.3: c) Nesta presente exploração da teoria freudiana sobre a angústia, vemos e observamos como Freud desenvolveu uma compreensão sofisticada deste fenômeno psíquico. A angústia pode se manifestar de diferentes formas e maneiras (real, neurótica e moral), se desenvolve desde o nascimento através de experiências significativas importantes e está intimamente ligada aos mecanismos de defesa que o ego utiliza para proteger o psiquismo. Esta teoria revolucionou e transformou nossa compreensão do sofrimento psíquico e continua influenciando até hoje, na atualidade presente, a prática clínica contemporânea dos dias de hoje. Na psicoterapia moderna e atual, estas distinções ainda são fundamentalmente fundamentais para o diagnóstico e tratamento. Por exemplo, ao trabalhar com pacientes que sofrem e padecem de transtorno do pânico, é essencial e crucial diferenciar entre angústia real e neurótica para estabelecer e definir um plano de tratamento adequado e apropriado. Da mesma forma e maneira, a compreensão da angústia moral é crucial e essencial no trabalho com pacientes que apresentam e manifestam transtorno obsessivo- compulsivo ou depressão severa e grave. Os mecanismos de defesa, por sua vez, em contrapartida, oferecem pistas valiosas e importantes sobre como o paciente lida e enfrenta diferentes tipos de angústia, permitindo intervenções terapêuticas mais precisas, exatas e eficazes. A teoria freudiana da angústia também dialoga e conversa com descobertas contemporâneas da neurociência sobre o funcionamento e operação do sistema límbico e a resposta de luta-ou-fuga, demonstrando como intuições clínicas pioneiras e inovadoras de Freud encontram correlatos nos avanços científicos modernos e atuais. Esta integração e união entre a teoria psicanalítica clássica e as neurociências continua gerando e produzindo insights valiosos e importantes para a compreensão e entendimento e tratamento dos transtornos de ansiedade do momento presente atual.