Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Aleitamento artificial
Apresentação
O leite materno (LM) atende às necessidades dos lactentes, sendo um alimento que oferta todos os 
nutrientes de forma quali e quantitativamente adequada, além de conter substâncias com 
atividades protetoras e imunomoduladoras. A orientação é que apenas seja oferecido o LM até o 
6o mês de vida, complementado com alimentação a partir do 6o mês de vida. Na impossibilidade de 
manter o aleitamento materno, é recomendado o uso de fórmula infantil, conforme orientação das 
diversas sociedades científicas brasileiras e internacionais.
As fórmulas infantis têm composição nutricional semelhante ao leite materno, de forma a minimizar 
as repercussões digestivas e metabólicas da criança desmamada precocemente ou em aleitamento 
materno misto.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as principais causas do desmame precoce e as 
características das fórmulas infantis existentes no mercado. Você também vai conhecer as fórmulas 
infantis que são indicadas para condições especiais de saúde. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as causas de interrupção do aleitamento materno exclusivo.•
Explicar as características das fórmulas infantis.•
Reconhecer as fórmulas infantis para condições especiais.•
Desafio
A alimentação do lactente é sempre pauta de grande debate. Embora o aleitamento materno deva 
ser exclusivo até o 6o mês de vida e complementado até os 2 anos, o desmame precoce é uma 
realidade na população brasileira. A introdução precoce do leite de vaca como opção ao leite 
materno é comum, e as consequências para o lactente podem ser permanentes.
Nesse contexto, orientações e condutas que tornem a amamentação menos estressora podem ser 
de grande valia para evitar o desmame precoce e promover o bem-estar e a saúde da mãe e do 
filho.
Com base nessas informações, imagine a seguinte situação:
Diante desse caso, responda: como você, profissional nutricionista, orientaria Catarina?
Infográfico
As fórmulas infantis são a primeira linha de substitutos na impossibilidade de oferta do leite 
materno. A composição nutricional desses produtos é padronizada por legislação e atende às 
demandas específicas dos lactentes.
É parte do trabalho do nutricionista conhecer as diferentes fórmulas disponíveis no mercado 
brasileiro, sua composição e como realizar sua indicação com segurança e perícia.
Neste Infográfico, você vai conhecer algumas fórmulas infantis disponíveis para oferta na 
impossibilidade do aleitamento materno.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam que o aleitamento materno 
exclusivo seja empregado até o 6o mês de vida do lactente, e de forma complementar até 2 anos 
de idade ou mais. Não há dúvidas de que o leite materno traz inúmeros benefícios à saúde da 
criança, melhora a imunidade, reduz o número de doenças, possibilita um bom desenvolvimento 
físico, psicológico e neurológico, além de aumentar o vínculo mãe/filho.
Contudo, na impossibilidade de a mãe alimentar o bebê com leite materno, as fórmulas infantis são 
indicadas para substitui-lo na alimentação da criança no primeiro ano de vida, uma vez que 
apresentam composição nutricional adaptada à velocidade de crescimento do lactente. Nesse 
âmbito, existem formulações específicas para cada grupo etário e condição de saúde que precisam 
atender às determinações de regulamentos técnicos peculiares, justamente para contemplarem as 
demandas nutricionais e exigências sanitárias.
No capítulo Aleitamento artificial, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar 
as principais causas da interrupção do aleitamento materno exclusivo. Também vai conhecer os 
conceitos básicos relacionados às fórmulas infantis, seus tipos, composição e características 
nutricionais, além das indicações de uso.
Boa leitura.
NUTRIÇÃO
MATERNO-INFANTIL
Helena Simões 
Dutra de 
Oliveira Fulginiti
Aleitamento artificial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar as causas de interrupção do aleitamento materno ex-
clusivo.
 � Explicar as características das fórmulas infantis.
 � Reconhecer as fórmulas infantis para condições especiais.
Introdução
Você sabe qual é o alimento ideal para o bebê? É o aleitamento ma-
terno, que deve ser oferecido, de preferência, de forma exclusiva até 
o 6º mês de vida e complementado até os 2 anos. Entretanto, existem 
situações em que o aleitamento não é recomendado ou é interrom-
pido. Nesses casos, as fórmulas infantis são mais indicadas, visto que
sua composição nutricional é ajustada para o crescimento do lacten-
te, sobretudo ao longo do primeiro ano de vida.
Neste capítulo, você vai estudar as principais causas de desmame 
precoce, as características das fórmulas infantis existentes no merca-
do e as fórmulas destinadas a condições especiais. 
Causas de interrupção do aleitamento materno
Órgãos nacionais e internacionais recomendam o aleitamento materno ex-
clusivo até o 6º mês de vida e complementado até os 2 anos. Em relação ao 
crescimento, o aleitamento exclusivo fornece todos os nutrientes que o bebê 
precisa, sobretudo em áreas de maior vulnerabilidade social, além de impedir 
o uso de mamadeira, que requer técnica adequada de preparo e água lima, o
que nem sempre é viável.
Para a mãe, o aleitamento também produz efeitos muito positivos. Estudos 
mostram que a gestação e o parto são experiências importantes, mas que a 
realização da mulher como mãe somente acontece com a amamentação. Ao 
mesmo tempo, ajuda a reduzir o risco de câncer de mama, ovário e endomé-
trio e ajuda a mulher a voltar ao peso pré-gestacional de forma mais rápida e 
efetiva. 
Apesar das múltiplas vantagens, com grande divulgação, houve declínio 
da prática no início do século XX e, a partir da década de 1980, políticas 
públicas foram elaboradas visando a incrementar os números praticada ama-
mentação. 
Tenha em mente que as causas do desmame precoce estão ligadas ao pro-
cesso de urbanização e industrialização: os diversos papéis que a mulher as-
sume na sociedade (e cada vez mais), os produtos lácteos exclusivos para lac-
tentes, a propaganda excessiva e a valorização da mama como símbolo sexual. 
A entrada da mulher no mercado de trabalho, na década de 1950, teve 
grande impulso. Com isso, as tarefas de casa passaram a ser mais divididas. 
O leite artificial corroborou para esse processo, já que a mulher necessitava 
assumir mais espaço na sociedade. 
A sociedade, antes rural e de família estendida (pais, tios, avós e primos) 
passa a ser urbana, com família nuclear (pai, mãe e filhos), e a rede de apoio 
para a amamentação passa a não mais existir. A menina não ter mais o con-
vívio próximo com outras mulheres da família, além de sua própria mãe, 
e tem menos oportunidade de aprender as técnicas de cuidados maternos. 
Quando recebe informações sobre aleitamento materno de outras mulheres, 
não há vínculo de confiança, e essas instruções costumam ter efeito negativo.
Considera-se que a estrutura nuclear da família urbana moderna é uma 
das razões mais importantes do declínio do aleitamento materno. 
Estresse materno
Você sabe que, no momento da alta hospitalar, a mãe pode não estar restabe-
lecida do parto. Chegará em casa e, muitas vezes, assumirá os cuidados de 
um bebê pequeno e os afazeres domésticos. Além disso, o aleitamento nem 
sempre é intuitivo, necessitando apoio e conhecimento da arte de amamentar. 
Com o possível estresse resultante dessa situação, a ejeção do leite pode ser 
prejudicada. Pode também ocorrer ingurgitamento mamário, mamada inefi-
ciente, choro de fome, fissuras e possibilidade de formação de abscesso ma-
mário. 
Nutrição materno infantil168
Serviços médicos pouco adequados ao incentivo 
do aleitamento materno
Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em ambulatórios pediátricos, hácerto tempo, a assistência à criança costumava ser curativa, em detrimento 
de medidas educativas. Essa postura facilitava o desmame precoce pela pouca 
atenção ao uso de chupetas, mamadeira, água, chás, introdução inadequada 
de alimentos sólidos ou em outra consistência. 
É bastante relatado pelas nutrizes que as orientações sobre aleitamento 
eram conflituosas e pouco encorajadoras. Depois de um período de experi-
ência, em 2003, o Ministério da Saúde instituiu a Iniciativa Unidade Básica 
Amiga da Amamentação, para aperfeiçoar e intensificar a promoção da ama-
mentação às gestantes e nutrizes. 
Fatores psicossociais
Você, fazendo parte da equipe de saúde que atende gestantes e nutrizes, deve 
conhecer fatores anatômicos e hormonais envolvidos na lactogênese, mas seu 
conhecimento a respeito de fatores psicológicos e sociais também é funda-
mental para o sucesso da orientação e da reversão das taxas de desmame 
precoce. Quando a amamentação não é uma obrigação, mas uma opção da 
mulher, o estilo de vida e os fatores psicossociais são decisivos na escolha 
entre amamentar ou não. 
Pesquisas quantitativas demonstram que baixa escolaridade, primipa-
ridade, maternidade na adolescência, falta de confiança na capacidade de 
amamentar, falta da Iniciativa Hospital Amigo da Criança, volta ao trabalho/
escola, problemas mamários, problemas econômicos e, possivelmente, taba-
gismo, são fatores associados ao desmame precoce. 
Por outro lado, pesquisas qualitativas informam que o desmame precoce 
está relacionado com a ideia da mãe de insuficiência láctea (“pouco leite”). 
As mães consideram o aleitamento como uma escolha que envolve consciente 
e inconsciente. O “querer” e o “não querer” podem gerar sentimento de am-
bivalência. Como a amamentação é como reconhecida como o melhor para os 
bebês, é difícil para as mães afirmarem que não desejam amamentar. Além 
de culpa e autocensura, surge o temor da exposição à crítica e da condenação 
de familiares e profissionais de saúde. Você verá, então, a mãe escondendo, 
até de si mesma, a decisão de não querer amamentar, transformando o “não 
169Aleitamento artificial
quero” em “não consigo”. Na introdução da mamadeira e no término da lac-
tação, uma mistura de frustração e alívio tomam conta. A falta de apoio e 
incentivo facilitam essa opção. 
Você deve reparar, que a amamentação não é apenas biológica, mas, acima 
de tudo, a percepção da mãe a respeito de si própria e de suas interações, in-
cluindo família e sociedade. 
Baby Blues
Acredita-se que o blues puerperal, ou baby blues, esteja ligado às mudanças hormonais 
que acontecem na primeira semana após do parto. O corpo da mãe está se adaptando, 
o que inclui recuperar-se da dose de adrenalina que recebeu quando o bebê chegou. 
Aos poucos, os hormônios vão se estabilizando no organismo, à medida que ele co-
meça a produzir leite . 
O lado emocional não fica para trás. O tamanho da responsabilidade com a chegada 
do bebê tem potencial de assustar qualquer pessoa. A preocupação em não saber 
como cuidar de um recém-nascido tão frágil, além do cansaço típico do período de 
adaptação às novas rotinas, são fatores contribuintes para essas sensações.
O baby blues não é uma doença. O pior momento costuma ser entre o terceiro e o 
quinto dia pós-parto. A melancolia deve ir embora até o fim da segunda semana, ainda 
mais se a mãe puder descansar um pouco e contar com o apoio da família.
Caso a puérpera continue se sentindo muito triste, por mais de um mês depois do 
parto, aí sim pode estar sofrendo de depressão pós-parto. Essas condições de adap-
tação à rotina de cuidados do bebê, baby blues ou depressão pós-parto podem atra-
palhar a amamentação e, se a situação não for bem diagnosticada, pode resultar em 
desmame precoce. 
Fonte: BabyCenter Brasil (2016). 
Fórmulas infantis
Em 1885, foi determinada a composição do leite materno e, em 1915, foi de-
senvolvida a primeira fórmula em pó contendo leite de vaca desnatado, lactose 
e óleo vegetal, já armazenada em latas, para ser oferecida como substituto do 
leite materno em casos de ausência da mãe. 
O grande apelo da indústria favoreceu a desvalorização do leite materno e 
o consequente aumento da utilização das fórmulas infantis. Com o aumento 
Nutrição materno infantil170
indiscriminado do uso de fórmulas industrializadas (ainda pouco elaboradas 
até então), surgiram diversos problemas nutricionais. Em virtude da baixa 
quantidade de ferro, da pouca biodisponibilidade (que ainda é quelado pelo 
cálcio) e de favorecer micro-hemorragias na mucosa do intestino, o leite de 
vaca favorece a anemia ferropriva. Sendo assim, era imprescindível aperfei-
çoar o leite de vaca para as necessidades humanas. 
Nos últimos 50 anos, as empresas produtoras de alimentos lácteos fizeram 
alto investimento na produção e modificação desses produtos, buscando 
atingir a composição do leite materno, com ajustes nos teores proteicos, de 
gorduras e carboidratos e nas concentrações de micronutrientes. 
O Brasil regulamentou, em 1998, por meio de Portaria da Secretaria de Vi-
gilância Sanitária (MS nº 977), o Regulamento Técnico referente às fórmulas 
infantis para lactentes e às fórmulas infantis de seguimento, tendo como re-
ferência o Codex Alimentarius de 1984 (referência internacionalmente aceita) 
e a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes, de 
1992 — Resolução nº 31/1992 (BRASIL, 1992, 1998). Essas legislações têm 
os objetivos de atender às exigências nutricionais determinadas pelo Codex 
Alimentarius e promover a comercialização de produtos de qualidade, ca-
pazes de atender de forma adequada às necessidades nutricionais de cada 
grupo etário. Assim, qualquer que seja o fabricante, existe a garantia de que 
a criança estará recebendo um produto seguro e nutricionalmente adequado. 
Porém, as fórmulas não são todas iguais e, mesmo que sejam pequenas, as 
diferenças existentes permitem aos profissionais a individualização da pres-
crição, possibilitando à criança receber um alimento ainda mais específico 
para suas necessidades. Portanto, é fundamental que você, como profissional, 
conheça as particularidades que diferenciam cada produto. 
Veja a seguir os detalhamentos das definições e as principais caracterís-
ticas das fórmulas infantis, retirados da legislação brasileira vigente.
 � Fórmula infantil para lactentes: também conhecida como “fórmula 
1”, tem apresentação na forma líquida ou em pó, utilizada sob pres-
crição e especialmente fabricada para satisfazer 100% das necessi-
dades nutricionais dos lactentes sadios durante os primeiros seis meses 
de vida, que não estejam recebendo leite materno ou que necessitem de 
complementação. 
 � Fórmula de seguimento para lactentes: conhecida como “fórmula 
2”, é o produto, em forma líquida ou em pó, utilizado sob prescrição e 
especialmente fabricado para satisfazer, por si só, as necessidades nu-
171Aleitamento artificial
tricionais dos lactentes sadios a partir de 6 meses até completar 1 ano, 
podendo ser usado até os 36 meses. 
 � Se o leite de vaca for a única fonte de proteína: o produto pode ser de-
signado como “fórmula infantil para lactentes à base de leite de vaca”.
 � Se a soja for a única fonte de proteína: o produto pode ser designado 
como “fórmula infantil para lactentes à base de soja”.
Veja agora as indicações das fórmulas infantis!
 � Substituto ou complemento do leite materno para crianças cujas mães 
não têm leite ou estão momentaneamente impossibilitadas de ama-
mentar.
 � Substituto do leite materno quando este for contraindicado, como nos 
casos das infecções causadas por retrovírus, como HIV, e por alguns 
erros inatos do metabolismo.
 � Complementação do leite materno para recém-nascidos que não estão 
ganhando peso da forma adequada.
Características nutricionais das fórmulas infantis
O leite de vaca é modificado para adequar-se às necessidades fisiológicas da 
criança, quanto à qualidade e à quantidade de proteínas, gorduras, carboi-
dratos,vitaminas e minerais. 
Energia
Depois de ser reconstituída, a fórmula infantil deve conter, por 100 mL, de 
60 a 70 kcal. 
Proteína
Em fórmulas para lactentes à base de proteínas hidrolisadas ou não hidro-
lisadas, o teor mínimo de proteína deve ser de 1,8 g para cada 100 kcal; o 
máximo deve ser 3 g por 100 kcal. Quando houver proteína isolada de soja, ou 
combinação de proteína de soja com leite de vaca, o teor mínimo deve ser de 
2,25 g/100 kcal a 3 g/100 kcal. 
Você sabia que a alteração na qualidade e na quantidade de proteína reduz 
o estresse metabólico sobre os órgãos ainda imaturos dos bebês? Além disso, 
Nutrição materno infantil172
proporciona crescimento comparável ao de crianças amamentadas, evitando 
obesidade futura. 
As fórmulas são elaboradas a partir da mistura de leite de vaca integral e 
soro de leite. Há redução na quantidade de proteínas e realiza-se desnaturação 
proteica (ou seja, a quebra da caseína em moléculas menores), formando pro-
teínas que favorecem a digestão e a absorção, com razão proteína/caseína que 
se assemelha à do leite materno (60:40). Com o acréscimo de proteínas do soro 
de leite (α-lactoalbumina), a composição de aminoácidos também se aproxima 
do leite materno. 
Lipídios
O teor de gordura total deve variar de 4,4 a 6 g/100 kcal, não podendo ser 
utilizadas gorduras ou óleos hidrogenados. Os ácidos láurico e mirístico não 
devem ultrapassar 20% do total de ácidos graxos, e os ácidos graxos trans não 
podem ultrapassar 3% do produto. 
A gordura das fórmulas infantis é proveniente da gordura láctea e de 
fontes de origem vegetal (soja, milho, girassol, canola, palma, palmiste), vi-
sando a melhorar a digestibilidade e a composição de ácidos graxos essen-
ciais. O Codex Alimentarius (2016) orienta que as fórmulas devem conter, 
no mínimo, 300 mg/100 kcal de ácido alfalinoleico. De uns tempos para cá, 
você percebeu como tem havido interesse na qualidade dos lipídios fornecidos 
pela alimentação? O lipídio funciona como determinante do crescimento e 
do desenvolvimento visual e neurológico, além de promover saúde a curto 
e longo prazos. Por isso, é possível encontrar fórmulas acrescidas de óleo de 
peixe, com o objetivo de aumentar o aporte de ácidos graxos de cadeias longa 
e média, importantes para a mielinização e maturação do sistema nervoso 
central e da retina, além de prevenir sintomas alérgicos e a modulação da 
resposta inflamatória. 
A razão mínima de ácido linoleico/ácido linolênico deve ser de 5:1 e a 
máxima de 15:1. 
Carboidratos
O conteúdo mínimo de carboidratos deve ser de 9 g/100 kcal e o máximo de 
14 g/100 kcal. 
Alguns produtos são acrescidos de lactose, objetivando-se o ajuste ao teor 
do leite humano, mas são permitidos outros tipos de carboidratos, como mal-
tose, sacarose, glicose, maltodextrina, polímero de glicose e amido. A lactose 
173Aleitamento artificial
está relacionada com a acidez das fezes e formação da microbiota intestinal 
(lactobacilos e bifidobactérias), o que você deve considerar muito importante, 
pois auxilia na absorção de cálcio, fósforo e outros minerais, além de impedir 
o crescimento de bactérias indesejáveis. O teor mínimo de lactose nas fór-
mulas de primeiro e segundo semestres deve ser de 4,5 g por 100 kcal (pro-
duto pronto para o consumo).
A sacarose só pode ser acrescida em fórmulas infantis para lactentes nos 
produtos feitos com proteína hidrolisada e, no máximo, deve representar 20% 
do total de carboidratos. Se a glicose for o carboidrato adicionado à fórmula 
para os lactentes (somente aceita em fórmulas com proteína hidrolisada), não 
deve ultrapassar 2 g/100 kcal. 
Quando a fórmula contiver amido, saiba que só serão permitidos os 
amidos pré-gelatinizados ou pré-cozidos, naturalmente isentos de glúten, até 
o máximo de 30% do total de carboidratos e até 2 g/100 mL.
Vitaminas e minerais
A Portaria RDC 47/2011 é a legislação que determina o teor de vitaminas 
e minerais das fórmulas infantis, sendo que todas são enriquecidas com 
ferro para atender à demanda do lactente (BRASIL, 2011). Os minerais são 
ajus-tados para aproximar-se das taxas encontradas no leite materno, em 
especial a relação cálcio/fósforo para favorecer a mineralização óssea. 
Outros micro-nutrientes são ferro, zinco, cobre e selênio, os quais você deve 
saber que são importantes para a defesa do organismo. 
A indústria também tem trabalhado no incremento de arginina, zinco, se-
lênio, nucleotídeos e vitamina A para garantir crescimento e desenvolvimento 
da microbiota intestinal — com predominância de bifidobactérias — e favo-
recer o sistema imunológico. 
Outros nutrientes — opcionais
Os ingredientes que você estudará agora podem ser adicionados para garantir 
que a fórmula seja mais adequada, considerando o leite humano como re-
ferência, ou para que os benefícios de quem é amamentado exclusivamente 
com leite humano sejam atingidos. Considerando 100 kcal do produto pronto, 
pode-se encontrar:
Nutrição materno infantil174
 � Taurina: não pode ultrapassar 5 mg/100 kcal.
 � Ácido docosa-hexaenoico: o limite superior de referência deve corres-
ponder a 0,5% do conteúdo total de gorduras, ou o conteúdo do ácido 
araquidônico deve atingir pelo menos a mesma concentração do ácido 
D, ou, ainda, o conteúdo de ácido eiosapentaenoico, que pode ocorrer 
em ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (LC PUFA), não 
pode exceder o conteúdo de ácido docosa-hexaenoico. 
 � Fruto-oligossacarídeos e galacto-oligossacarídeos: a quantidade adi-
cionada não deve ultrapassar o limite de 08g0ml, e uma combinação 
de10% de fruto-oligossacarídeos e 90% de galacto-oligossacarídeos 
ou outras combinações e níveis máximos desses elementos podem ser 
utilizados, desde que comprovados cientificamente como seguros e 
adequados por revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados. 
As fórmulas podem ser classificadas de acordo com a complexidade dos 
nutrientes em poliméricas ou intactas, oligoméricas ou semielementares e 
monoméricas ou elementares. 
 � Fórmulas poliméricas ou intactas: a criança deve ter preservadas as 
funções digestivas e absortivas normais. Essa fórmula é a primeira es-
colha para crianças com trato gastrintestinal funcionante. 
 � Fórmulas oligoméricas ou semielementares: os macronutrientes 
estão hidrolisados, ou seja, parcialmente digeridos, necessitando de 
função intestinal mínima para absorção. As proteínas estão quebradas 
em peptídeos (lactoalbumina ou caseína), os carboidratos são oligos-
sacarídeos (maltodextrina ou polímeros de glicose), e as gorduras nor-
malmente são triglicerídeos de cadeia média e óleos vegetais. Essas 
fórmulas são indicadas para pacientes com alergias ou intolerâncias 
alimentares. 
 � Fórmulas monoméricas ou elementares: os nutrientes estão presentes 
na forma mais simples e de fácil absorção. Proteínas estão hidrolisadas 
em aminoácidos, os carboidratos estão quebrados em monossacarídeos 
(glicose, amido modificado), e o lipídio na forma de triglicerídeos de 
cadeia média ou ácidos graxos essenciais. As fórmulas monoméricas 
ou elementares são indicadas para crianças que não toleram fórmulas 
hidrolisadas ou que têm alergias graves. 
175Aleitamento artificial
Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de fórmulas in-
fantis para lactentes
Leia, na íntegra, a Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária sobre identidade e qua-
lidade de fórmulas infantis para lactentes (BRASIL, 1998).
Fórmulas infantis para condições especiais
Você deve levar em conta diversos fatores no momento da indicação de uma 
fórmula. Podemos citar os seguintes fatores: faixa etária, indicação clínica, 
característica dos nutrientes, densidade calórica, intolerâncias, alergias ali-
mentares e custos.
Fórmulas antirregurgitação
São formulações mais espessas, tendo efeito benéfico no refluxo e com qua-
lidade nutricional. Tenha em mente que espessar fórmulas convencionais 
produz desproporção entre os nutrientes, excedendo as recomendações de 
carboidratose aumentando o risco de sobrepeso e obesidade. 
O princípio das formulações antirregurgitação é a troca de parte da lactose 
por amido de milho ou de arroz pré-gelatinizado, ou, ainda, por goma gataí, 
isto é, açúcares que, ao entrarem em contato com o pH ácido do estômago, so-
frem gelatinização, proporcionando maior consistência ao conteúdo gástrico e 
dificultando o refluxo da fórmula ingerida. A adição do soro de leite melhora 
o perfil dos aminoácidos e, com isso, a relação caseína/proteínas assegura o 
esvaziamento gástrico adequado. 
Fórmulas isentas de lactose
Seguem o mesmo padrão nutricional das fórmulas convencionais, sendo di-
ferentes em relação à composição dos carboidratos por terem como fonte a 
maltodextrina no lugar da lactose. As fórmulas que não contêm glúten estão 
Nutrição materno infantil176
indicadas na alactasia congênita, na galactosemia e nas diversas situações 
associadas à intolerância secundária à lactose por lesão do epitélio intestinal, 
como diarreia persistente (transição entre fórmula à base de hidrolisado pro-
teico e fórmula infantil convencional), doença celíaca, desnutrição grave e 
tratamento pós-operatório (gastrectomia e colostomia). 
As fórmulas de soja têm sido incluídas nessa categoria e sua principal in-
dicação clínica não é a intolerância à lactose, mas a alergia à proteína do leite 
de vaca, IgE mediada. 
Fórmulas de proteína isolada de soja
As fórmulas de proteína isolada de soja são isentas de proteína de leite de 
vaca e de lactose. São fórmulas completas e poliméricas. Têm indicação para 
crianças alérgicas à proteína do leite de vaca mediadas por IgE, intolerância à 
lactose e galactosemia acima dos 6 meses de vida.
Esteja atento a esta diferença: existem no mercado produtos à base de soja 
que apresentam soro do leite de vaca ou lactose em sua composição, além de 
um perfil inadequado para lactentes menores de 1 ano. Não oriente o con-
sumo desses produtos nessa faixa de idade. 
Fórmulas de proteína extensamente hidrolisadas
As fórmulas de proteínas extensamente hidrolisadas são formulações 
completas no aspecto nutricional, semielementares e hipoalergênicas. A pro-
teína (do soro ou da caseína do leite ou da soja) encontra-se extensamente 
hidrolisada em pequenos peptídeos e aminoácidos livres. São a primeira indi-
cação no manejo da alergia à proteína do leite de vaca. O mercado já oferece 
versões com ou sem lactose. 
177Aleitamento artificial
Suspensão de aminoácidos
A suspensão de aminoácidos corresponde a fórmulas completas, elementares 
e hipoalergênicas, nas quais a proteína (do soro ou da caseína do leite ou da 
soja) encontra-se em sua forma mais simples, com 100% de aminoácidos li-
vres. A fonte de carboidratos é a matodextrina. Esse produto é indicado nos 
casos de alergia alimentar grave resistente ao uso de fórmulas altamente hi-
drolisadas ou na transição da nutrição parenteral total para a nutrição enteral 
ou, ainda, na realimentação de pacientes críticos.
Fórmulas para erros inatos do metabolismo
Essas são fórmulas indicadas para doenças metabólicas hereditárias causadas 
por erros inatos do metabolismo, em que há falta da atividade de uma ou 
mais enzimas específicas ou de defeitos no transporte de proteínas. No Brasil, 
encontra-se fenilcetonúria, doença do xarope de bordo e deficiência de bioti-
nidase em recém-nascidos. 
Fórmulas para prematuros
Os recém-nascidos prematuros têm necessidades energéticas maiores do que 
o recém-nascido a termo. Você deve ter em mente que, em virtude da limi-
tada capacidade gástrica do prematuro, é necessário o uso de formulações 
com maior densidade energética, a fim de manter a velocidade de crescimento 
intrauterino. Essas fórmulas apresentam maior densidade energética, níveis 
aumentados de proteínas e minerais e menores teores de lactose. 
Nutrição materno infantil178
Doença da urina do xarope de bordo
A doença da urina do xarope de bordo — que também é chamada de leucinose — 
corresponde a um erro inato do metabolismo, o qual foi gerado pela deficiência da 
atividade do complexo da desidrogenase dos α-ceto-ácidos de cadeia ramificada de-
pendente de tiamina. A elevação dos fluidos fisiológicos dos aminoácidos de cadeia 
ramificada leucina, valina e isoleucina é causada pela deficiência deste complexo, E o 
sistema nervoso central é a principal região afetada pelo problema.
A doença da urina do xarope de bordo ocorre em quem a herda de forma autossô-
mica recessiva. Isso ocorre da seguinte maneira: a pessoa afetada recebe uma mutação 
do pai e outra da mãe. Se o casal tiver mais filhos, a doença pode se repetir com uma 
probabilidade de 25%, ou seja, um quarto de chance.
Quais sinais mostram aos pais a ocorrência da doença em seu filho?
A doença da urina do xarope de bordo se manifesta de forma muito variada, depen-
dendo da atividade enzimática residual. Dos indivíduos afetados, em torno de 80% têm 
a forma neonatal clássica da doença. 
Conheça agora os sintomas mais comuns da doença da urina do xarope de bordo: 
 � sucção débil (o bebê tem dificuldade em sugar); 
 � letargia (o bebê apresenta o corpo rígido); 
 � perda de peso; 
 � falta de apetite; 
 � hipoglicemia; e 
 � odor adocicado na urina ou no cerúmen, trazendo à memória o cheiro do xarope 
de bordo. O cheiro já pode ser observado nas primeiras 12 horas de vida do bebê, 
sendo forte e aparente quando se deixa que a urina seque na roupa ou na fralda. 
Outro momento em que o cheiro fica óbvio é na descompensação metabólica. 
Os cuidadores da criança podem senti-lo nesse momento. Quando a equipe de 
saúde sentir o cheiro, na descompensação metabólica, devem ser feitos de ime-
diato exames laboratoriais, para que o bebê não sofra graves danos neurológicos.
Fonte: Adaptado de Rede DXB (2016).
179Aleitamento artificial
1. Quais são as possíveis causas de 
desmame precoce? 
a) Dificuldade na produção do leite, 
mesmo o aleitamento sendo algo 
intuitivo.
b) Depois da criação da Iniciativa 
Unidade Básica Amiga da Ama-
mentação, as Unidades Básicas de 
Saúde contam com profissionais 
menos capacitados para orientar 
as nutrizes. 
c) Gestação acima de 35 anos.
d) A autoestima sobre a capacidade 
de amamentar pode causar 
frustração.
e) A ambivalência entre saber os 
benefícios do leite materno e a 
vontade de não amamentar, ver-
balizada como “não consigo”.
2. São características das fórmulas de 
seguimento para lactentes: 
a) O uso pode ser estendido até os 
36 meses de vida.
b) O uso pode ser feito até os 12 
meses de vida.
c) São conhecidas como “fórmulas 
1”.
d) São recomendadas para lactentes 
até 6 meses de vida.
e) Podem ser utilizadas desde os 4 
meses de vida. 
3. Qual deve ser a adequação de 
energia e macronutrientes (car-
boidratos, proteínas e gorduras) 
das fórmulas infantis, respectiva-
mente? 
a) 60 a 70 kcal por 100 mL – 1,8 a 3 
g por 100 kcal – 4,4 a 6 g por 100 
kcal – 9 a 14 g por 100 kcal.
b) 60 a 70 kcal por 100 mL – 4,4 a 6 
g por 100 kcal – 9 a 14 g por 100 
kcal – 1,8 a 3 g por 100 kcal.
c) 70 a 100 kcal por 100 mL – 9 a 14 
g por 100 kcal – 1,8 a 3 g por 100 
kcal – 4,4 a 6 g por 100 kcal.
d) 60 a 70 kcal por 100 mL – 9 a 14 
g por 100 kcal – 1,8 a 3 g por 100 
kcal – 4,4 a 6 g por 100 kcal.
e) 60 a 120 kcal por 100 mL – 9 a 14 
g por 100 kcal – 1,8 a 3 g por 100 
kcal – 4,4 a 6 g por 100 kcal.
4. O que caracteriza as fórmulas oligo-
méricas? 
a) Os nutrientes estão presentes 
na forma mais simples e de fácil 
absorção.
b) Os macronutrientes são parcial-
mente digeridos (hidrolisados), 
necessitando função intestinal 
mínima para absorção.
c) A criança deve ter preservadas as 
funções digestivas e absortivas.
d) As proteínas são hidrolisadas em 
aminoácidos.
e) Os carboidratos são hidrolisados 
em monossacarídeos.
5. Com relação às fórmulas de proteína 
isolada de soja, marque a opção 
correta. 
a) São fórmulas completas e oligo-
méricas.
Nutrição materno infantil180
BABYCENTER BRASIL. Melancolia pós-parto ou blues puerperal. [S.l.]: Baby Center,2016. 
Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional da Saúde. Resolução CNS/MS nº 31, de 12 
de outubro 1992. Brasília: MS, 1992.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 977, de 5 de dezembro de 1998. Brasília: 
MS, 1998. Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2016.
CODEX Alimentarus. Site. [S.l.]: Codex Alimentarus, 2016. Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2016.
REDE DXB. Doença da urina do xarope de bordo: conheça a doença. [S.l.]: Rede DXB, 2016. 
Disponível em: . Acesso em: 
16 set. 2016.
Leituras recomendadas
ISLLER, H. et al. O aleitamento materno no contexto atual: políticas, prática e bases cien-
tíficas. São Paulo: Sarvier, 2008.
NOGUEIRA-DE-ALMEIDA, C. A.; MELLO, E. D. Nutrologia pediátrica. São Paulo: Manole, 
2016.
WELFORT, V. R. S.; LAMOUNIER, J. A. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescên-
cia. São Paulo: Manole, 2009.
b) São indicadas para crianças 
prematuras.
c) São completamente isentas de 
proteína de leite de vaca e de 
lactose.
d) São indicadas para crianças 
prematuras.
e) São indicadas para crianças com 
intolerância à lactose e não há 
recomendação de idade mínima 
para consumir. 
181Aleitamento artificial
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Dica do professor
Diversas condições de saúde podem influenciar negativamente o aleitamento materno, entre as 
quais se encontram as fissuras labiopalatais. Essas fissuras representam defeitos congênitos mais 
comuns entre as malformações que afetam a face do ser humano, atingindo uma criança a cada 700 
nascidas vivas (Dixon et al., 2011).
Em virtude disso, as crianças portadoras dessas malformações têm comprometimento anatômico 
facial que pode impedir ou dificultar a realização de importantes funções, entre as quais está o 
aleitamento materno. Quando as fissuras são simples, a criança apresenta melhores condições de 
adaptação para o aleitamento. Porém, na ocorrência de fissuras labiopalatinas mais severas, as 
crianças podem apresentar baixo peso em virtude da inviabilidade do aleitamento materno.
Nesta Dica do Professor, você vai ver que, dada a importância da oferta nutricional qualitativa e 
quantitativamente adequada para o lactente, a oferta de fórmulas artificiais, nesses casos, pode 
beneficiar os bebês; para isso, uma avaliação criteriosa e orientação de como fazer essa oferta são 
fundamentais.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/b65ef62331fe2c11e2b386225cf6be86
Exercícios
1) Existe consenso mundial de que o leite materno é o alimento perfeito para o bebê até o 6o 
mês de vida, devendo ser oferecido de forma exclusiva até essa idade. Assim como o 
aleitamento materno traz diversos benefícios à criança, a mulher que amamenta também é 
beneficiada com a prática.
Contudo, mesmo com esse panorama altamente positivo gerado pela amamentação, em 
muitos casos, ocorre a interrupção do aleitamento materno. Sobre as possíveis causas de 
desmame precoce, marque a alternativa correta.
A) Dificuldade na produção do leite materno, mesmo o aleitamento representando um ato 
intuitivo.
B) Qualificação inadequada dos profissionais após a implementação da iniciativa Unidade Básica 
Amiga da Amamentação.
C) Idade avançada da gestante, especialmente aquelas que apresentam mais de 35 anos.
D) A autoestima da lactante sobre a capacidade de amamentar pode gerar certa frustração.
E) A ambivalência entre saber os benefícios do leite materno e a vontade de não amamentar 
verbalizada como “não consigo”.
Pedrinho é recém-nascido pré-termo (32 semanas gestacionais) e encontra-se internado na 
Unidade de Terapia Intensiva neonatal após seu nascimento. A mãe não consegue 
amamentá-lo nesse momento devido ao uso de medicamentos que contraindicam a 
amamentação, por isso ele precisará utilizar fórmula infantil.
Sobre essa situação, avalie as afirmativas a seguir:
I. Pedrinho deve utilizar a fórmula de partida para lactentes padrão, pois ele já tem 
capacidade digestiva e metabólica para digerir e absorver os nutrientes desse alimento.
II. Pedrinho deve utilizar fórmula específica para prematuros, pois ela apresenta maior 
densidade calórica, ideal para ganho de peso e melhor desenvolvimento de recém-nascidos 
pré-termos.
III. Como o risco de alergia à proteína do leite de vaca é maior em prematuros, é indicado e 
mais seguro iniciar a alimentação com fórmula elementar com aminoácidos isolados.
2) 
IV. Após a recuperação da lactante, é desejável que o leite materno seja oferecido a 
Pedrinho.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) II e IV.
B) I.
C) II.
D) III.
E) I e IV.
3) Joana é nutricionista e atende crianças na unidade ambulatorial de referência em alergias 
alimentares de sua cidade. Ela recebeu em consulta Pietra, uma lactente de 7 meses e 5 dias 
de idade, com a sua mãe. Pietra tem o diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca 
mediada por IgE, dado aos 5 meses de idade. A lactente apresenta crescimento e ganho de 
peso dentro dos parâmetros de normalidade.
Além das orientações pertinentes à introdução alimentar, a mãe da criança quer orientações 
sobre a utilização de fórmula infantil, uma vez que não seguirá oferecendo leite materno à 
criança devido ao retorno ao trabalho associado a dificuldades na ordenha do leite.
Sobre essa situação, avalie as afirmativas a seguir e assinale a resposta correta:
I. A nutricionista deve orientar para a manutenção da oferta do leite materno, explicando 
como ordenhá-lo e armazená-lo.
II. Pietra deve utilizar fórmula infantil de seguimento à base de proteína isolada de soja.
III. Pietra deve utilizar fórmula infantil de seguimento à base de proteína do leite de vaca 
extensamente hidrolisada.
IV. Pietra deve utilizar fórmula infantil de seguimento elementar, com aminoácidos livres.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I.
B) II.
C) I e IV.
D) III.
E) I e II.
4) Embora o aleitamento materno seja a indicação primária de alimentação das crianças nos 
primeiros meses de vida, em algumas situações, ele é contraindicado. Veja, a seguir, a 
situação clínica de Mariana.
Mariana é uma recém-nascida com 28 dias de vida. Ela é levada à nutricionista porque, após 
o teste do pezinho, foi diagnosticado um erro inato do metabolismo, a galactosemia.
Sobre esse caso, avalie as afirmativas a seguir:
I. Deverá ser oferecida a fórmula de partida para Mariana, uma vez que aleitamento materno 
não é indicado.
POIS
II. Fórmulas específicas para crianças com galactosemia não estão disponíveis no mercado 
brasileiro.
Considerando as duas frases acima, é correto afirmar que:
A) as duas frases são verdadeiras, e a frase II não está relacionada à primeira.
B) a frase I é verdadeira, e a frase II é falsa.
C) a frase I é falsa, e a II é verdadeira.
D) as duas frases são falsas.
E) as duas frases são verdadeiras, e a frase II está relacionada à primeira.
As fórmulas infantis à base de soja têm grande importância, pois atendem a demandas 
específicas de crianças que não podem receber leite materno ou fórmulas com componentes 
do leite de vaca.
Considerando essas informações, avalie as afirmativas a seguir sobre as fórmulas infantis à 
base de soja.
I. As fórmulas à base de soja são completas do ponto de vista nutricional e poliméricas, o que 
significa que seus macronutrientes já se encontram parcialmente digeridos.
II. As fórmulas à base de soja são opções viáveis para crianças com alergia à proteína do leite 
de vaca, podendo ser utilizadas por crianças com idade superiora 6 meses de vida com essa 
condição.
III. Por não conterem resíduos de leite de vaca, as fórmulas infantis à base de soja podem ser 
utilizadas também por crianças com intolerância à lactose.
5) 
Está correto o que se afirma apenas em:
A) I.
B) II.
C) II e III.
D) III.
E) I e II.
Na prática
Os principais benefícios do leite materno relacionam-se a sua composição nutricional e à proteção 
imune ao lactente. Assim, o leite materno é reconhecidamente o melhor alimento para o lactente. 
Contudo, em algumas situações, sua oferta é contraindicada, e outras opções de alimentação para a 
criança devem ser consideradas.
Nesse contexto, as fórmulas infantis são a melhor opção de escolha, uma vez que sua composição 
nutricional assemelha-se ao leite materno. Portanto, conhecer a sua indicação e forma de uso é 
necessário para uma indicação assertiva e segura.
Neste Na Prática, você vai ver uma situação em que o aleitamento materno é contraindicado e vai 
descobrir como garantir uma alimentação segura para o lactente.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/fff47188-3532-496a-b7aa-b61b69ed8304/597a1c42-6d0f-4f9a-ad63-97fe02a1a106.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Aleitamento materno versus distribuição gratuita de fórmulas 
infantis pelo Sistema Único de Saúde
A dispensação de fórmulas infantis para situações específicas é realizada pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS) brasileiro. Essa medida permite a melhor nutrição daquelas crianças que não podem 
receber o leite materno e retarda a introdução precoce de outros alimentos, como você poderá ver 
nesse artigo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Fórmulas e compostos lácteos infantis: em que diferem?
Atualmente, os compostos lácteos têm sido bastante utilizados na alimentação diária de lactentes e 
crianças. Entretanto, a maioria dos consumidores não sabe a diferença entre tais produtos e as 
fórmulas infantis. Da mesma forma, existem muitas dúvidas quanto à indicação e/ou necessidade 
de uso de ambas as categorias de substitutos do leite materno. Nesse contexto, o departamento 
científico de nutrologia, da Sociedade Brasileira de Pediatria, elaborou o manual de orientação 
“Fórmulas e compostos lácteos infantis: em que diferem?”. Acesse o link e aprofunde seus 
conhecimentos sobre o tema!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Application of infant formulas in patients with galactosemia: 
an integrative review
O artigo a seguir é uma revisão sobre galactosemia, um erro inato do metabolismo que exige 
ajustes importantes na dieta do lactente, a fim de evitar acometimentos graves à saúde dessas 
https://journal.einstein.br/wp-content/uploads/articles_xml/2317-6385-eins-19-eAO6451/2317-6385-eins-19-eAO6451-pt.pdf
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22701g-MO_Formulas_e_compostos_Lacteos_Infantis_LayNew.pdf 
crianças. Dentre os ajustes, inclui-se a utilização de fórmula infantil específica, conteúdo abordado 
no trabalho.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Perguntas e respostas: fórmulas infantis
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária responde a 51 questões sobre a aplicação do marco 
regulatório de fórmulas infantis. Essas questões versam sobre composição, ingrediente, rotulagem e 
procedimentos de registros dessas fórmulas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43122
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/alimentos/perguntas-e-respostas-arquivos/faq_formulas-infantis-4a-edicao.pdf

Mais conteúdos dessa disciplina