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* MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE Prof. Ruben W B Coelho Saúde Coletiva I Campus Passo Fundo * Modelo de Atenção à Saúde ou Modelo Assistencial São as diversas ações de intervenção no Processo Saúde-Doença, de maneira organizado e combinado numa sociedade. * Conceito Modelo Assistencial definimos como a forma de organização e articulação entre os diversos recursos físicos, tecnológicos e humanos disponíveis, de forma a enfrentar e resolver os problemas de saúde vigentes numa coletividade. * Os modelos assistenciais sofrem condicionamentos provenientes das sociedades e épocas em que se desenvolvem * Modelos assistenciais não existem em estado puro, ou seja, não existem exatamente como são descritos na literatura. Sempre convivem diversos modelos, ou diversas lógicas de organização da atenção, embora sempre haja uma predominância, que é então o modelo que caracteriza aquela época e aquela sociedade. * O caso do Brasil é ilustrativo dessa combinação de lógicas assistenciais distintas e até contraditórias. * Os Modelos De Assistência No Brasil Podem ser identificados dois modelos que tiveram ( e têm ainda ) grande importância no enfrentamento dos problemas de saúde. São modelos moldados por lógicas totalmente distintas, até contraditórias, e ilustram bem os aspectos da evolução de acordo com os condicionantes econômico-sociais e culturais do país. * Sanitarismo Campanhista Assistencialismo Médico * Sanitarismo Campanhista Encarna a saúde pública tradicional desenvolvida desde o século XIX, visando ao combate às grandes endemias. Este modelo ocupava-se de ordenar uma oferta de serviços, não só de médicos, voltados para combater as causas e interromper a transmissão das doenças na coletividade. * Isso era feito mediante oferta, às vezes compulsória, de serviços e ações sanitárias, como vacinas, inseticidas, sobre o ambiente, sobre os indivíduos, sobre os vetores animais, independentemente da demanda, e mesmo da vontade, das pessoas. Até hoje influencia as estratégias de controle de endemias. * Modelo Médico-Assistencialista Desenvolveu-se a partir da urbanização e da industrialização aceleradas que ocorreram no Brasil a partir dos anos 20/30, com a rápida constituição de uma classe trabalhadora urbana, concentrada em termos geográficos e necessitada de assistência médica individual para a sua manutenção como força de trabalho. * Esse modelo desenvolveu-se como componente do que se chamou sistema previdenciário (IAPs, depois INPS e INAMPS), cobrindo inicialmente apenas as famílias de trabalhadores inseridos no mercado de trabalho. * Pode-se dizer que o sistema de saúde no Brasil se caracterizou , historicamente, pelo dualismo entre tais modelos, ou seja, com forte separação entre as atividades preventivas e as atividades curativas na atenção à saúde.. * Modelo Assistencial SUS O novo modelo assistencial proposto pelo SUS baseia-se numa concepção atualizada do processo saúde-doença e numa nova visão de intervenção nesse processo. * Evoluindo de uma concepção de saúde, como ausência de doença, para uma concepção da saúde, como qualidade de vida. Evoluindo das práticas centradas na assistência médica individual para as práticas capazes de intervir no processo por meio de ações integrais de saúde. * Modelo De Atenção À Saúde Segundo a rede de serviços: – Rede básica; – Especializada/sistema de apoio diagnóstico e terapêutico; – Urgência/emergência; – Hospitalar; * Segundo as ações: Vigilância sanitária; Intervenções voltadas a grupos de risco e/ou patologias de alta prevalência/incidência. * Modelo Descentralização Municipalização Regionalização Pólos Regionais Distritos Sanitários * Rede de ações e serviços de saúde Municípios Referência Hierarquizada contra referência * Sistema De Referência E Contra-referência Acesso a serviços de maior complexidade e especialização Retorno a unidade de atenção primária que originou o atendimento * Campos de Atenção à Saúde O CAMPO DA ASSISTÊNCIA · Atividades dirigidas às pessoas (individual ou coletivamente); · Prestada no âmbito ambulatorial e hospitalar, em outros espaços, especialmente no domiciliar. * CAMPO DAS INTERVENÇÕES AMBIENTAIS · As relações e as condições sanitárias nos ambientes de vida e de trabalho; · Controle de vetores de hospedeiros; · Operação de sistemas de saneamento ambiental (pacto de interesses,as normalizações, as fiscalizações e outros). * O CAMPO DAS POLÍTICAS EXTERNAS AO SETOR DE SAÚDE · Interferem nas determinantes sociais do processo saúde-doença das coletividades; Políticas macroeconômicas, ao emprego,à habitação, à educação, ao lazer; Disponibilidade e qualidade dos alimentos. *
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