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Como montar
uma casa de
carnes
EMPREENDEDORISMO
Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br
Expediente
Presidente do Conselho Deliberativo
Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN
Diretor-Presidente
Guilherme Afif Domingos
Diretora Técnica
Heloísa Regina Guimarães de Menezes
Diretor de Administração e Finanças
Vinícius Lages
Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora
Mirela Malvestiti
Coordenação
Luciana Rodrigues Macedo
Autor
Lauri Tadeu Corrêa Martins
Projeto Gráfico
Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.
www.staffart.com.br
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C
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istribuição / Investim
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gregação de Valor /
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ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em
 G
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Sumário
11. Apresentação ........................................................................................................................................
32. Mercado ................................................................................................................................................
33. Localização ...........................................................................................................................................
44. Exigências Legais e Específicas ...........................................................................................................
75. Estrutura ...............................................................................................................................................
86. Pessoal .................................................................................................................................................
107. Equipamentos .......................................................................................................................................
118. Matéria Prima/Mercadoria .....................................................................................................................
129. Organização do Processo Produtivo ....................................................................................................
1310. Automação ..........................................................................................................................................
1411. Canais de Distribuição ........................................................................................................................
1412. Investimento ........................................................................................................................................
1613. Capital de Giro ....................................................................................................................................
1814. Custos .................................................................................................................................................
1915. Diversificação/Agregação de Valor .....................................................................................................
2016. Divulgação ..........................................................................................................................................
2017. Informações Fiscais e Tributárias .......................................................................................................
2218. Eventos ...............................................................................................................................................
2319. Entidades em Geral ............................................................................................................................
2420. Normas Técnicas ................................................................................................................................
2721. Glossário .............................................................................................................................................
2922. Dicas de Negócio ................................................................................................................................
2923. Características ....................................................................................................................................
3024. Bibliografia ..........................................................................................................................................
3125. Fonte ...................................................................................................................................................
3126. Planejamento Financeiro ....................................................................................................................
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Sumário
3227. Soluções Sebrae .................................................................................................................................
3228. Sites Úteis ...........................................................................................................................................
3229. URL .....................................................................................................................................................
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1. Apresentação
Diferente dos açougues tradicionais, se diferenciam por aspectos como o layout, das
lojas, corte de carnes e atendimento personalizado.
Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não
fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o
empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O
objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de
negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?
O consumo de carne pelo ser humano é tão antigo quanto à história do mesmo.
Acredita-se que o homem consome carne desde quatro milhões de anos a.C.
Comer não é só uma questão de matar a fome. A decisão sobre que comida colocar no
prato tem implicações econômicas, ambientais, éticas, culturais, fisiológicas,
filosóficas, históricas, religiosas. O Brasil é o quarto pais no mundo em consumo de
carne.
A carne bovina é de extrema importância para a alimentação das pessoas devido a
todas as propriedades que possui. Ela é fonte de proteínas, ácidos graxos essenciais,
vitaminas do complexo B e ainda outros componentes que trabalham para a promoção
e manutenção da saúde humana.
O Brasil está entre os líderes em relação à produção, à exportação e ao consumo de
carne bovina no mundo.
Segundo estudos realizados em 2009 pelo Datamonitor, órgão de pesquisa
internacional indicaram para os próximos anos algumas tendências comportamentais
que devem orientar o desenvolvimento de novos produtos alimentares, adaptação ou
melhoria nos que já se encontram disponíveis no mercado. Dentre elas, a
conveniência, buscando economizar tempo e soluções rápidas, a preocupação com
saúde, aspectos ligados à idade, à fase da vida, à renda e ao individualismo do
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consumidor.
No caso da carne bovina, a conveniência implicaria em melhorias nos cortes e nas
embalagens, ampliação da oferta de produtos prontos ou semi prontos, assim como
orientação ao consumidor no preparo de pratos rápidos; a preocupação com saúde
recomenda produtos com menor teor de gordura, sem perder sabor e maciez; os
aspectos ligados à idade, à fase da vida, à renda e ao individualismo do consumidor,
sugerem, respectivamente, segmentos de mercado com diferentes faixas etárias e
necessidades diversas, atendidos com produtos específicos; diferentes formas de
organizações familiares, além de solteiros e casados, que terão reflexos em termos da
escolha de produtos a serem consumidos; a democratização do consumo de produtos
considerados de luxo ou supérfluos (por exemplo, produtos de conveniência); e a
tendência a cuidar de si mesmo, associada ao crescimento do número de
consumidores ‘solteiros’, aumentando a demanda por porções menores ou individuais
de produtos.
Como se pode verificar, a referida pesquisa vem direcionar e ou orientar futuros
empreendedores voltados para as áreas de alimentícios, e em especial, as casas de
carnes.
De olho nesse novo nicho de mercado, os empreendedores começam a investir em
uma nova concepção de negócio. Como já foi relatado anteriormente, casa de carnes é
um negócio que relaciona alimentação e conveniência.
Com a busca da qualidade de vida e o consumo de uma alimentação saudável, o
mercado das carnes naturais vem crescendo cada vez mais, e muitas oportunidades
se abrem para os empresários.
Casas de carnes são lojas diferenciadas dos açougues tradicionais. As maiores
diferenças estão no layout das lojas, nos tipos de corte das carnes oferecidas, na
forma como os produtos são acondicionados dentro do freezer, no atendimento
personalizado e na diversidade de tipos de carne oferecidos que podem incluir carnes
raras e exóticas como: avestruz, javali, codorna, faisão e outras, dependendo do
mercado potencial. A loja também pode oferecer carnes temperadas e preparadas
especificamente para clientes especiais e para eventos específicos.
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Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano
consulte o SEBRAE mais próximo
2. Mercado
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango e o quarto maior
produtor de carne suína. São dados indicativos de que a carne já faz parte da
alimentação dos brasileiros e sua procura está ligada a vários fatores, como preço,
qualidade, aspectos nutricionais, preferências e gosto.
As projeções do consumo mostram a preferência dos consumidores brasileiros pela
carne bovina. O crescimento projetado para o consumo da carne é de 3,6%aa no
período 2013 a 2023. Isso significa um aumento de 42,8% no consumo nos próximos
10 anos. A carne de frango passa para o segundo lugar no crescimento do consumo
com uma variação de 26,2% nos próximos anos. Em nível inferior de crescimento
situa-se a projeção do consumo de carne suína, com aumento projetado de 18,9%
para 2023.
O consumo de carne bovina no Brasil varia de acordo com o poder aquisitivo da
população. Pessoas de renda elevada têm taxas de consumo semelhantes às dos
maiores consumidores mundiais — mais de 50 kg por habitante ao ano — enquanto
que nas camadas de baixa renda o consumo é menor do que 10 kg por habitante ao
ano.
Os supermercados e hipermercados são os grandes concorrentes das casas de carnes
e açougues, respondendo hoje por 56% das carnes e aves vendidas no Brasil,
segundo a pesquisa Consumidor Brasileiro – Comportamento de Compra, realizada
pelo Instituto Latin Panel, dos grupos Ibope, Taylor Nelson Sofres e NPD.
3. Localização
A loja deve ser instalada em ruas de grande fluxo de pessoas e veículos, como
grandes avenidas e cruzamentos, para onde fluem pessoas de diversas regiões da
cidade. Para isso, é necessário identificar no local os chamados "pólos geradores de
público", tais como: supermercados, agências bancárias, serviços públicos, terminais
de ônibus e/ou metrô, parques, clubes, instituições de ensino superior, hospitais e
maternidades.
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Conveniência e proximidade são fatores fundamentais para o consumidor na escolha
da loja. Os bairros com grande número de residências podem ser considerados pontos
excelentes para instalação.
Outro aspecto fundamental é a visibilidade, ou seja, os clientes, ao se movimentarem
em uma rua ou avenida, devem identificar facilmente a loja. Se possível, a casa de
carnes deve dispor de estacionamento para os clientes.
No momento da escolha do imóvel é relevante atentar para os seguintes fatores:
a) Certifique-se de que o imóvel em questão atende as suas necessidades
operacionais quanto à localização, capacidade de instalação, características da
vizinhança - se é atendido por serviços de água, luz, esgoto, telefone etc.;
b) Tratando-se de imóvel alugado, negocie o valor do aluguel, data de pagamento,
prazo de locação e demais cláusulas com o locador, na forma e condições compatíveis
com o empreendimento, considerando o tempo de retorno do investimento.
c) Cuidado com imóveis situados em locais sem ventilação, úmidos, sujeitos a
inundações ou próximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito;
d) Verifique se o imóvel está legalizado e regularizado junto aos órgãos públicos
municipais que possam interferir ou impedir sua futura atividade;
e) Confira a planta do imóvel aprovada pela Prefeitura, e veja se não houve nenhuma
obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área primitiva, que deverá
estar devidamente regularizada.
4. Exigências Legais e Específicas
Caberá a um contador profissional, contratado pelo empreendedor, o qual deverá
verificar a legislação e exigência dos órgãos municipais, estaduais e representação
local da ANVISA e para legalizar a empresa nos seguintes órgãos:
- Junta Comercial;
- Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
- Secretaria Estadual de Fazenda;
- Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
- Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada a recolher, por ocasião da
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constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuição Sindical Patronal);
- Caixa Econômica Federal para cadastramento no sistema “Conectividade Social –
INSS/FGTS”;
- Corpo de Bombeiros Militar.
Para a instalação de um açougue, é preciso conhecer a legislação do setor.
A seguir seguem as mais relevantes:
- Artigo 23, inciso II, da Constituição da República Federativa do Brasil
Promulgada em 5 de outubro de 1988. (A inspeção sanitária e industrial dos produtos
de origem animal é de competência comum da União, dos Estados, Do Distrito Federal
e dos Municípios).
- Lei Federal nº 1283, de 18 de dezembro de 1950. Sobre inspeção industrial e
sanitária dos produtos de origem animal
- Lei Federal nº 7889, de 23 de novembro de 1989 Altera dispositivos da Lei
Federal nº 1.283/50.
- Decreto Estadual nº 38.691, de 10 de março de 1997 Institui regulamento de
inspeção e fiscalização industrial e sanitária dos produtos e subprodutos de origem
animal.
- Lei Estadual nº 12. 728, de 30 de dezembro de 1997. Estabelecem condições para o
transporte e a comercialização, de carne e de produtos de origem animal e seus
derivados.
- Portaria nº 17, de 29 de maio de 1991 Normas para comercialização de produtos e
prestação de serviços.
- Lei nº 6.437/1977 — alterada pela Lei nº 9.005/1995, Lei nº 9.695/1998 e Medida
Provisória nº 2.190-34-2001, estabelece infrações à legislação sanitária federal e trata
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das punições e restrições respectivas.
- O Decreto Lei nº 986/1969, que foi alterado pela Medida Provisória nº 2.190-34/2001,
prevê normas básicas sobre alimentos.
- A Portaria nº 326, de 30 de julho de 1997 da ANVISA, aprova o Regulamento Técnico
sobre Condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Produtores e Industrializadores de Alimentos.
- Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997 (ANVISA). Aprova o regulamento Técnico
sobre as
Condições Higiênico Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores / Industrializadores de Alimentos.
- O Decreto nº 30692, de 29 de março de 1952 da ANVISA, endossa o novo
Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal.
- A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, institui o Código de Defesa do
Consumidor.
Resolução RDC nº 2, de 08 de janeiro de 2004. Aprova o uso do ÁCIDO
PERACÉTICO como coadjuvante de tecnologia na função de agente de controle de
microrganismos na lavagem de ovos, carcaças e ou partes de animais de açougue,
peixes e crustáceos e hortifrutícolas em quantidade suficiente para obter o efeito
desejado, sem deixar resíduos no produto final. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder
Executivo, de 09 de janeiro de 2004.
- Resolução RDC nº 7, de 02 de janeiro de 2001. Aprova a extensão de uso Ácido
Lático (INS 270) como coadjuvante de tecnologia, na função de agente de controle de
microrganismos na lavagem de ovos, carcaças ou partes de animais de abate açougue
na em quantidade suficiente para obter o efeito desejado.
D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 08 de janeiro de 2001.
- Resolução RDC nº 13, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico para
Instruções de Uso, Preparo e Conservação na Rotulagem de Carne de Aves e
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Seus Miúdos Crus, Resfriados ou Congelados.
D.O.U. - Diário Oficial da União;
Poder Executivo, de 02 de janeiro de 2001.
- Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico
sobre padrões microbiológicos para alimentos.
D.O.U. - Diário Oficial da União;
Poder Executivo, de 10 de janeiro de 2001.
- Resolução RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Aprova Regulamento Técnico
de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional.
D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 26 de dezembro de 2003.
Além de cumprir exigências acima, é necessário pesquisar na Prefeitura Municipal se a
Lei de Zoneamento permite a instalação de casa de carnes no local definido para a
loja. O Sebrae local poderá dar orientações nesse sentido.
5. Estrutura
A estrutura de uma casa de carnes é simples. Deve contar com um balcão para
atendimento aos clientes, a área do caixa e um espaço para exposição dos produtos
em balcões refrigerados ou em freezers (congelados). Os demais produtos serão
expostos em gôndolas ou prateleiras. Se houver oferta de bebidas geladas, haverá a
necessidade de geladeiras com portas de vidro.
O empresário poderá escolher entre o modelo convencional, com balcão de
atendimento, ou o modelo self-service. A área destinada ao depósito do estoque
deverá ter câmara fria apropriada e estar instalada fora do espaço destinado ao
atendimento dos clientes. De maneira geral, a estrutura sugerida a seguir é a mais
utilizada.
Área interna do balcão de atendimento/com bancada de inox para desossa e corte de
carnes – esta bancada de inox (melhor limpeza) deverá ser revestida com placa de
altileno (material plástico desenvolvido para evitar contaminação microbiológica, já que
é lavável e não poroso).
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Pessoal
Balcão de atendimento e exposição de produtos – Os balcões refrigerados são uma
ótima solução, porque ao mesmo tempo em que expõem as diversas carnes, também
servem de espaço para os pedidos dos clientes e entrega dos produtos vendidos.
Expor as carnes de forma a evidenciar sua qualidade e aspecto saudável é
fundamental para o empreendimento; portanto os balcões refrigerados com vidros
transparentes são itens indispensáveis.
Prateleiras e gôndolas – É sobre elas que serão expostos os produtos agregados ao
negócio de carnes. Devem, portanto, estar dispostas em locais de fácil visualização e
ao alcance dos clientes.
Caixa – É aconselhável a instalação de local próprio para recebimento e, de acordo
com o fluxo potencial de clientes, decidirem a quantidade de caixas.
Depósito e estoques – Área destinada ao armazenamento do estoque. Cuidados
especiais de higiene e refrigeração devem ser adotados, com o objetivo de manter a
aparência e a qualidade dos alimentos armazenados. As carnes, de acordo com a sua
origem e forma, devem ser armazenadas em temperaturas diferenciadas. O
empresário deve buscar informações seguras sobre o tipo de geladeiras ou câmaras
frias mais adequadas ao seu negócio, considerando o porte da loja e perspectivas de
crescimento.
Administração – Área destinada às atividades de gestão do negócio. Englobam
compras, relações com clientes, com fornecedores e eventuais parceiros, controle da
movimentação financeira, pagamentos, definição das estratégias do negócio,
atendimento aos empregados e outras. Deve ser instalada em ambiente reservado,
fora do espaço destinado ao atendimento da clientela.
6. Pessoal
A quantidade de profissionais está relacionada ao porte do empreendimento. Para uma
casa de carnes de pequeno porte, pode-se começar com quatro empregados:
- dois profissionais para atendimento no balcão e desossa da carne bovina, que
entendam de tipos de carnes e seu manuseio;
- um profissional para limpeza;
- um operador de caixa, que pode ser o próprio proprietário
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Pessoal
Casas de carnes maiores podem necessitar de um auxiliar de serviços para o depósito,
que será responsável pelo acondicionamento das carnes, corte primário das peças e
transporte para a loja.
O empresário deve contratar pessoas com experiência comprovada e com boas
referências de empregos anteriores. Caso prefira capacitar novos colaboradores,
deverá procurar cursos específicos existentes no mercado.
O treinamento dos colaboradores deve ter como objetivo o desenvolvimento das
seguintes competências:
- capacidade de percepção para entender as necessidades individuais e expectativas
dos clientes;
- conhecimento da atividade, especialmente quanto às características e uso dos
temperos em cada espécie de carne, teor de gordura, manuseio e armazenamento
para criar o estado de satisfação pretendido pelo cliente;
- técnicas de embalagem;
- noções de vendas;
- relacionamento interpessoal.
A apresentação pessoal dos empregados em termos de limpeza, asseio e higiene
confere boa imagem ao empreendimento.
O empreendedor deverá participar de seminários, congressos e cursos direcionados
ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências
do setor.
Deve-se estar atento à Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nessa
área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas,
evitando, assim, conseqüências desagradáveis.
O Sebrae da localidade poderá ser consultado para dar mais orientações sobre o perfil
do pessoal e treinamentos adequados.
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7. Equipamentos
Uma casa de carnes poderá fazer uso dos seguintes móveis e equipamentos:
- um microcomputador completo;
- uma impressora;
-uma linha telefônica – telefone e banda larga;
- uma impressora de cupom fiscal;
- mesas, cadeiras, armários, de acordo com o dimensionamento das instalações;
- gaveteiro para guardar dinheiro, cheques e tickets de cartões de débito e crédito;
- equipamento para recebimento através de cartões de débito e crédito (à escolha do
empreendedor);
- veículo para transporte – decidir pela compra ou terceirização;
- balcões refrigerados - temperaturas entre 0 e 2ºC para as carnes frescas e 2 a 4ºC
para Embutidos;
- freezer vertical com porta de vidro;
- câmara refrigerada e/ou Geladeiras Industriais e/ou Freezers horizontais: é
importante que os produtos sejam acondicionados de acordo com as suas
características: congelados ou resfriados; se foram utilizados quartos de peças de boi,
é importante que eles estejam armazenados em local distinto dos produtos que já
foram desossados e estão embalados, para evitar contaminação cruzada;
- Bancadas de inox, revestidas com placa de altileno (material plástico desenvolvido
para evitar contaminação microbiológica, já que é lavável e não poroso): para fazer
cortes e manipular as carnes;
- Máquina seladora manual ou embaladora a vácuo: para fechar as embalagens;
- Máquina embalar a vácuo: para fechar as embalagens de carne, caso seja escolhida
embalagem a vácuo (opcional).
- moedor de carne industrial;
- serra de fita para cortar carnes congeladas ou com ossos;
- gancheira – para pendurar carne;
- picador de carne;
- amaciador de carne;
- utensílios para corte e desossa de carne (facas).
- Luva de aço para proteção;
- balanças eletrônicas com etiquetadores;
A quantidade de cada um dos equipamentos dependerá o volume de carne que será
processado no estabelecimento. As câmaras frigoríficas permitem uma melhor
arrumação e estocagem das carnes, mas tem custo elevado e devem ser instaladas
caso tenha-se um volume considerado de produto; caso contrário, se pode optar por
geladeiras para as carnes refrigeradas e freezers horizontais para as congeladas.
Veículos para transporte devem ser refrigerados ou térmicos a fim de conservar a
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temperatura adequada das carnes.
8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
1) Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que
o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é
medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no
passado.
Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice
de rotação de estoques.
2) Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do
período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as
vendas futuras, sem que haja suprimento.
3) Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o
ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o
cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha;
demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo
fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com
prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta
o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da
empresa.
- Carne in natura : bovina, suína, aves, caprino, vísceras, etc.
A carne bovina Classifica-se da seguinte forma:
. Carne de primeira: mais macia, com menor teor de gordura e de fácil cozimento;
. Carne de segunda: mais dura, com maior teor de gordura e que precisa de mais
tempo para cozinhar ou fritar;
. Miúdos e variações: coração, pé, fígado, língua, etc.
- Carne com ossos ou sem ossos: a diminuição nos custos indiretos, redução no índice
de perdas, economia de refrigeração, melhoria no controle de recebimento e de
resultados são algumas vantagens da operação com carne desossada. Isso tudo sem
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contar o aspecto de higiene, já que a manipulação do produto é bem menor, o que
reduz as chances de contaminação. Outro benefício é a eliminação de resíduos, como
osso e sebo.
O custo da carne desossada, porém fica cerca de 13% superior em relação ao preço
pago pela peça com osso. Mas, muitos acreditam que compensa, pois a carne
desossada permite variar a oferta de cortes conforme o perfil de cada loja e de cada
cliente.
- Carnes preparadas / embutidos: lingüiças, chouriço, mortadela, paio, salsicha,
morcela, salame, etc.
- Carnes temperadas: para churrasco.
- Conservas de Carne: charque, carne de sol, toucinho, bacon, defumados.
- Outras mercadorias – que possam compor a linha de produtos da casa de carnes,
como uma “linha seca de alimentos” que possam compor o perfil de compra do
consumidor, como refrigerantes, cervejas, condimentos, etc.
9. Organização do Processo Produtivo
Os processos de uma casa de carnes são divididos em:
1. Compras – Compreende o processo de suprimento das mercadorias e geração de
estoques. Requer fornecedores cadastrados, negociação de condições favoráveis para
se obter qualidade garantida, regularidade na entrega e preços razoáveis.
2. Estocagem e armazenamento – Cada produto requer cuidados específicos com a
guarda e armazenamento. As carnes necessitam de ambiente refrigerado para a sua
conservação. É necessário ter conhecimento sobre as temperaturas indicadas para
cada tipo de carne. O empresário deve se informar sobre as normas estabelecidas
pelos órgãos de fiscalização municipais e pela ANVISA.
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3. Exposição de produtos e atendimento ao cliente – Uma boa e adequada exposição
dos produtos estimula o cliente e transmite confiança com relação à higiene e à
segurança. A organização do processo de atendimento deve permitir fácil visualização
e acesso aos produtos desejados pelo cliente. Rapidez e presteza são fatores
fundamentais para que ele volte outras vezes e continue comprando na loja. Tanto no
fornecimento dos produtos, quanto no atendimento do caixa, o serviço deve ser rápido,
eficiente e amistoso.
4. Serviço de entrega – quando existir deverá ser rápido. O funcionário responsável
pela entrega deverá ter a noção de que é uma extensão da loja, dispensar tratamento
respeitoso, ouvir o cliente e dar retorno para possibilitar melhoria no atendimento.
10. Automação
Há no mercado uma boa oferta de sistemas para gerenciamento de casas de carnes.
Os softwares possibilitam:
- Controle dos estoques,
- Cadastro de clientes,
- Serviço de mala direta para clientes e potenciais clientes,
- Cadastro de móveis e equipamentos,
- Controle de contas a pagar e a receber,
- Fornecedores,
- Folha de pagamento,
- Fluxo de caixa,
- Fechamento de caixa, etc.
Investir em embalagens com códigos de barras, sistemas de gerenciamento integrado
permite ao empresário, a redução de custos e aumento na produtividade.
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11. Canais de Distribuição
Segundo a enciclopédia livre Wikipédia, no marketing, a distribuição ("praça") é um dos
elementos do composto de marketing (marketing mix) derivado do inglês "place" ou
"placement".
A distribuição compreende as atividades necessárias para que a oferta comercializada
pela empresa fique acessível ao seu mercado consumidor. A distribuição preocupa-se
e refere-se à logística e aos canais através dos quais o produto chega aos clientes.
Ocorre que o termo canais de distribuição ou marketing foi durante muito tempo
considerado apenas mais um dos componentes do composto mercadológico,
juntamente com produto, preço e promoção. Com as mudanças ocorridas nos últimos
anos em termos de crescimento do poder dos distribuidores, avanços tecnológicos,
necessidade de sustentação de uma vantagem competitiva, entre outros fatores, a
distribuição passou a ser vista como o maior meio de se conseguir um avanço e
crescimento no mercado.
Neste sentido, os canais de distribuição vêm ganhando cada vez mais importância no
meio empresarial e suas estruturas evoluem em termos de formatos e alternativas
mais criativas e inovadoras. Com o aumento da concorrência nos diferentes mercados,
ter uma estratégia de canais de distribuição bem planejada corresponde a ter os
produtos nas prateleiras e conseqüentemente participação no mercado.
As estruturas dos canais variam de acordo com o ramo da empresa, a localização,
tamanho de mercado, entre outras variáveis. Quanto maior o grau de serviços que o
produto exige, maior tende a serem os níveis de intermediários utilizados e a distância
com o consumidor final. No caso de um empreendimento inicial, o canal de distribuição
de uma Casa de Carnes é único e direto com o cliente.
12. Investimento
O ideal para o empreendedor é que o mesmo busque ajuda junto ao Sebrae, para
elaborar seu Plano de Negócio, antes de dar qualquer passo nos seus projetos, pois
todo negócio tem que ser estudado para não vir a sucumbir prematuramente.
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O tamanho do investimento em um negócio de Casa de Carnes dependerá do projeto
do empreendedor.
Caso o empreendedor deseje ter uma visão preliminar antes de partir para a
elaboração do PLANO DE NEGÓCIO, basta que o mesmo realize uma boa Pesquisa
de Mercado. Se o candidato a empreendedor já atuou no ramo de açougue, como
empresário ou como empregado, não pense que já sabe tudo. Visite o maior número
possível de lojas, converse com os proprietários e empregados faça amizade com o
maior número possível de empresários, troque idéias, confira as diferentes percepções
sobre o mercado, as dificuldades inerentes ao negócio, etc.
Somente assim, o futuro empresário terá uma visão com relação a toda a
complexidade do negócio e assim poder prever o tamanho do valor a ser investido.
Deverão ser relacionadas como investimentos, as despesas com: imóvel (aluguel ou
compra); instalações (todos os móveis e máquinas), equipamentos, contratações de
serviços e de empregados, treinamentos, documentações para legalização da empresa
e o montante do valor relativo ao Capital de giro.
Para facilitar o estudo preliminar, elaboramos no quadro abaixo, uma simulação de
valores referentes ao investimento, o qual servirá para orientar a pesquisa do
empreendedor.
Lembramos que os dados inseridos são estimativas.
· Reforma do local: R$30.000,00
· Aluguel: R$2.500,00
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· Divulgação: R$ 2.000,00
· Estoque Inicial: R$20.000,00
· Móveis e Equipamentos: R$ 25.000,00
· Taxas e Impostos: R$ 1.000,00
· Capital de giro: R$ 8.050,00
13. Capital de Giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazo
médio de pagamento aos fornecedores (PMP) que incluem todos os pagamentos
efetuados pela empresa (matéria prima, aluguel, mão de obra, etc);prazos médios de
estocagem (PME), que é calculado conforme a frequência de compras e prazos
médios de recebimento de clientes (PMR).
Quanto maior o prazo de recebimento de clientes e o prazo de estocagem, e menor o
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prazo de pagamento de fornecedores, maior será sua necessidade de capital de giro.
Portanto, manter estoques mínimos regulados, negociar o maior prazo de pagamento
com os fornecedores e estabelecer critérios para conceder prazo aos clientes, pode
melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Uma alternativa para reduzir o prazo de recebimento é antecipar os recebíveis, cartões
de crédito e boletos bancários. Porém, os bancos cobram por esta operação, que se
não for planejada repassando o custo aos clientes nos valores das mercadorias,
poderá complicar a situação financeira da empresa.
É importante observar que um aumento de vendas implica também em um aumento de
encaixe em capital de giro, pois será necessário comprar mais matéria prima e/ou
mercadorias. Portanto, o aumento de vendas também deve ser planejado, controlando
adequadamente os prazos médios de forma que o lucro apurado da empresa seja
parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa.
No caso dos prazos médios de pagamento aos fornecedores forem maiores que os
prazos médios de estocagem e os prazos médio de recebimentos de clientes, a
necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do
dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos
futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações excessivas
poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos
futuros.
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Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.
14. Custos
Custos são todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra,
produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o
empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como
pontofundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o
controle de todas as despesas internas.
Evitar o turnover alto (entrada e saída) de funcionários, pois esta situação onera os
custos da empresa.
Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.
Para facilitar o entendimento e para futuros estudos preliminares sobre os custos
mensais para a operacionalização de uma Casa de Carnes, foi elaborado como
exemplo, um quadro contendo uma simulação deste estudo. Lembramos que os dados
inseridos são estimativas.
CUSTOS MENSAIS
· Salários, e encargos: R$15.470,00
· Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 1.000,00
· Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 2.900,00
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· Luz, telefone e acesso a internet: R$ 1.000,00
· Produtos para higiene e limpeza: R$ 100,00;
· Recursos para manutenções e correções: R$ 300;00
· Assessoria contábil: R$ 724,00
· Propaganda e publicidade da empresa: R$ 1.500,00
· Aquisição de mercadorias: R$ 5.000,00
Total R$ 27.994,00
15. Diversificação/Agregação de Valor
A concorrência acirrada dos supermercados e hipermercados é o principal fator que
justifica a alteração substancial que se verifica no mercado de carnes. O açougue
antigo está desaparecendo e em seu lugar surgem casas de carnes modernas, com
alto nível de especialização, ambientação e layout diferenciados.
Carnes nobres e exóticas são oferecidas como novidade, desafiando o gosto do
consumidor. Com certa facilidade, encontra-se carne de avestruz, búfalo, capivara,
javali, cabrito, coelho, cordeiro, marreco, perdiz, faisão, galinha-de-angola, codorna,
pato, entre outras.
O mix de produtos agregados pode ser bastante diversificado, e alguns outros itens
estão sendo comercializados, tais como: utensílios para churrasco, temperos e
complementos variados, bebidas, sorvetes, latarias, produtos de primeira necessidade
como feijão, arroz, leite, açúcar e café. A tendência de mercado que atrai clientes é a
diversificação na oferta de produtos e serviços e já representa, em média, 10% do
faturamento mensal do negócio.
A qualidade do atendimento é sempre fator de diferenciação e agregação de valor.
Conhecer o gosto e a preferência do cliente permite a satisfação das suas expectativas
e desejos. Para fidelizar a clientela é preciso surpreender e encantar cada consumidor.
É importante manter site na internet com exposição da variedade de produtos
ofertados. O atendimento por telefone, com entrega em domicílio, pode ser um
diferencial valioso. A comodidade deve estar à disposição do cliente.
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16. Divulgação
Os meios para divulgação de uma casa de carnes variam de acordo com o porte e o
público-alvo escolhido.
Para um empreendimento de pequeno porte, pode-se utilizar a distribuição de
panfletos nas proximidades da loja contendo informações sobre alimentos, receitas
balanceadas, modos de embalar e acondicionar os produtos para manter sua
qualidade por mais tempo e evitar desperdícios, etc. Trata-se de uma ótima estratégia
de marketing, pois o consumidor está cada vez mais em busca de alimentos que lhe
proporcionem melhor qualidade de vida.
Divulgar promoções e novos produtos via contatos telefônicos também pode estimular
as vendas.
De acordo com o interesse e as possibilidades, poderão ser utilizados ainda anúncios
em jornais de bairro, jornais de grande circulação, rádio, revistas, outdoor e internet.
Um site próprio, aliás, representa uma possibilidade de comunicação muito
interessante, pois nele podem-se expor fotografias do ambiente e dos produtos
comercializados.
17. Informações Fiscais e Tributárias
O segmento de CASA DE CARNES, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação
Nacional de Atividades Econômicas) 4722-9/01 como a atividade de comércio varejista
de carnes de bovino, suíno, caprino, ovino e eqüídeo, frescas, frigorificadas e
congeladas, e ainda aves frescas e pequenos animais, poderá optar pelo SIMPLES
Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído
pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade
não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa
R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte
e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.
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Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,
por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f
azenda.gov.br/SimplesNacional/):
• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para
esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de
atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número
de meses de atividade no período.
Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder
benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o
empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores
fixos mensais conforme abaixo:
I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor;
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II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
um salário mínimo ou piso da categoria)
O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes
percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.
Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.
Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis
Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.
18. Eventos
Expo Supermercados – Feira de negócios
Evento periódico.
Local: Em estados diferentes a cada feira.
www.exposupermercados.com.br
Feira Técnica Internacional de Produtos para a Indústria da Carne – TecnoCarne
Evento anual
Local: São Paulo
http://www.agrosoft.org.br
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Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação – FISPAL
Evento anual
Local: São Paulo e Nordeste (Fispal Nordeste)
www.paginarural.com.br
19. Entidades em Geral
Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL
Av. Brasil, 2880 – Jardim Brasil – Campinas (SP)
Caixa Postal 139 – CEP: 013073-001
(19) 3743-1700
www.ital.sp.gov.br
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
Embrapa Sede – Parque Estação Biológica – PqEB s/n – Brasília (DF)
CEP: 70770-901
(61) 3448-4433
www.embrapa.br
Ministério da Saúde
www.saude.gov.br
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Procurar na localidade:
Sindicato do comércio varejista de carnes frescas
Fabricantes da Instalação Industrial
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20. Normas Técnicas
Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um
organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes
ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau
ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).
Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada
por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa,
universidade e pessoa física).
Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.
1. Normas específicas para uma Casa de Carnes
ABNT NBR 13767:2002 - Picadores de carne - Requisitos de segurança.
Esta Norma estabelece os princípios gerais para projeto, instalação, operação e
manutenção de sistemas de ventilação para cozinhas profissionais, com ênfase na
segurança contra incêndio e no controle ambiental.
ABNT NBR 15635:2008 - Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas
higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais.
Esta Norma especifica os requisitos de boas práticas e dos controles operacionais
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essenciais a serem seguidos por estabelecimentos que desejam comprovar e
documentar que produzem alimentos em condições higiênico sanitárias adequadas
para o consumo.
ABNT NBR ISO 22000:2006 Versão Corrigida:2006 - Sistemas de gestão da
segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de
alimentos
Esta Norma especifica requisitos para o sistema de gestão da segurança de alimentos,
onde uma organização na cadeia produtiva de alimentos precisa demonstrar sua
habilidade em controlar os perigos, a fim de garantir que o alimento está seguro no
momento do consumo humano.
2. Normas aplicáveis na execução de uma Casa de Carnes
ABNT NBR ISO 23953-2:2009 - Expositores refrigerados - Parte 2: Classificação,
requisitos e condições de ensaio.
Esta parte da ABNT NBR ISO 23953 estipula os requisitos para a construção, as
características e o desempenho de expositores frigoríficos utilizados na venda e
exposição de produtos alimentícios. Estipula ainda as condições de ensaio e os
métodos para verificar o cumprimento dos requisitos, assim como a classificação dos
expositores, a etiquetagem e a lista das características a serem informadas pelo
fabricante. Não é aplicável a máquinas frigoríficas de auto-serviço (refrigerated vending
machines) ou destinadas ao uso em serviços de bufê ou em aplicações outras que no
comércio varejista. Não trata tampouco da decisão quanto à escolha do tipo de
produtos alimentícios a serem mantidos nos expositores.
ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos
gerais.
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Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e
serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam
satisfazer as expectativas do cliente.
ABNT NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de
extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para
combate a princípio de incêndio.
ABNT NBR 5626:1998 - Instalação predial de água fria.
Esta Norma estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e
manutenção da instalação predial de água fria. As exigências e recomendações aqui
estabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom
desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água no caso de
instalação de água potável.
ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 - Instalações elétricas de baixa tensão.
Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas
de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento
adequado da instalação e a conservação dos bens.
ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 - Iluminação de ambientes de trabalho - Parte 1:
Interior.
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Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os
requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.
ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 - Sistemas de alarme - Parte 1: Requisitos gerais -
Seção 1: Geral.
Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comissionamento
(controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de
alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade
e do ambiente.
ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida: 2005 - Acessibilidades a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do
projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.
21. Glossário
Charque – é uma carne salgada de origem no sul do Brasil que, por ser produzida
próximos as regiões de salinas, valorizou o vacum abatido. Posteriormente, também
passou a ser produzida e bastante apreciada no Rio Grande do Sul. É conhecida como
carne-seca no sudeste do Brasil.
Desossar – separar os ossos da carne.
Carne in natura – é a carne do animal (boi, frango, outros) no seu estado natural, não
processado.
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CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento é uma empresa pública, vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, criada por Decreto
Presidencial e autorizada pela Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, tendo iniciado suas
atividades em 1 de janeiro de 1991.
Ácidos graxos - são ácidos monocarboxílicos de cadeia normal que apresentam o
grupo carboxila (–COOH) ligado a uma longa cadeia alquílica, saturada ou insaturada.
Como nas células vivas dos animais e vegetais os ácidos graxos são produzidos a
partir da combinação de acetilcoenzima A, a estrutura destas moléculas contém
números pares de átomos de carbono.
Vitaminas do complexo B – O complexo B é um conjunto de oito vitaminas
hidrossolúveis com importante ação no metabolismo celular. Antigamente, pensava-se
que as vitaminas do complexo B, como são conhecidas, eram uma só vitamina,
chamada de vitamina B. Depois, pesquisas mostraram que elas eram vitaminas
quimicamente distintas que coexistem em alguns alimentos.
Layout – A configuração de instalação (em inglês layout) estabelece a relação física
entre as várias atividades. O layout pode ser simplesmente o arranjar ou o rearranjar
das várias máquinas ou equipamentos até se obter a disposição mais agradável.
Supérfluos – Aquilo que excede o necessário; coisas desnecessárias.
Abatedouro - Instalação industrial destinada ao abate, processamento e
armazenamento de produtos de origem animal.
Arroba - Unidade de medida correspondente a 15 Kg.
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22. Dicas de Negócio
Para ter sucesso em seu empreendimento e tornar-se mais competitivo, o empresário
deve:
- dimensionar o conjunto de serviços que serão agregados, avaliando o custo-
benefício;
- investir na qualidade global de atendimento ao cliente, ou seja: qualidade do serviço,
com profissionais atenciosos e interessados no cliente;
- oferecer comodidades adicionais: atendimento rápido, boa iluminação e ventilação do
ambiente, organização e facilidade para encontrar os produtos;
- procurar fidelizar a clientela com ações de pós-venda, como: envio de cartões de
aniversário, comunicação de novos serviços e novos produtos ofertados, contato
telefônico lembrando-se de eventos e promoções;
- estar presente na loja em tempo integral;
- estar sintonizado com a evolução do setor e com as exigências legais que envolvem
o negócio.
23. Características
O empreendedor envolvido com atividades relacionadas ao comércio de carnes e
alimentos precisa adequar-se a um perfil comprometido com a evolução acelerada de
um setor altamente disputado por concorrentes. É aconselhável uma auto-análise para
verificar qual a situação do futuro empreendedor frente a esse conjunto de
características e identificar oportunidades de desenvolvimento. A seguir, algumas
características desejáveis ao empresário desse ramo:
- Conhecer bem o ramo de negócio.
- Pesquisar e observar permanentemente o mercado em que está instalado,
promovendo ajustes e adaptações no negócio.
- Ter atitude e iniciativa para implementar as mudanças necessárias.
- Acompanhar o desempenho dos concorrentes.
- Saber administrar todas as áreas internas da empresa.
- Saber negociar, vender benefícios e manter clientes satisfeitos.
- Ter visão clara de onde quer chegar.
- Planejar e acompanhar o desempenho da empresa.
- Ser persistente e não desistir dos seus objetivos.
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- Manter o foco definido para a atividade empresarial.
- Ter coragem para assumir riscos calculados.
- Estar sempre disposto a inovar e promover mudanças.
- Ter grande capacidade para perceber novas oportunidades e agir rapidamente para
aproveitá- las.
- Ter habilidade para liderar a equipe de profissionais da casa de carnes.
24. Bibliografia
AIUB, George Wilson et al. Plano de negócios: serviços. 2.ed. Porto Alegre: Sebrae,
2000.
BARBOSA, Mônica de Barros; LIMA, Carlos Eduardo de. A cartilha do ponto comercial:
como escolher o lugar certo para o sucesso do seu negócio. São Paulo: Clio, 2004.
BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os desafios do empreendedor. São
Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.
COSTA, Nelson Pereira. Marketing para empreendedores: um guia para montar e
manter um negócio. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.
DAUD, Miguel; RABELLO, Walter. Marketing de varejo: como incrementar resultados
com a prestação de Serviços. São Paulo: Artmed, 2006.
BRASIL, haroldo Vinagre;BRASIL, Haroldo Guimarães. Gestão Financeira das
empresas: um modelo dinâmico. 5.ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
MARTINS, Eliseu, CONTABILIDADE DE CUSTOS. Atlas;
SOUZA/CLEMENTE,Alceu/Ademir, DECISÕES FINANCEIRAS E ANÁLISE DE
INVESTIMENTOS –
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as Técnicas /
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luisa. 14.ed. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 1999.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. 10.ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2000.
WIKIPEDIA – O dicionário eletrônico
Disponível em: http://pt.wikipedia.or g/. Acesso em Junho de 2014
ESTRATÉGIAS DE MARKETING NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS: O CASO DOS
FRIGORÍFICOS NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP
Disponível em: http://www.sober.org.br/ . Acesso em Junho de 2014
Boutiques de carne
Disponível em: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas -
http://www.respostatecnica.org.br . Acesso em Junho de 2014.
25. Fonte
Não há informações disponíveis para este campo.
26. Planejamento Financeiro
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27. Soluções Sebrae
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28. Sites Úteis
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29. URL
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-casa-de-carnes
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