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ALEITAMENTO 
Gustavo Penna 
Fisiologia 
As mulheres adultas possuem de 15 a 25 lobos mamários 
(glândulas túbulo-alveolares), constituídos, cada um, por 
20 a 40 lóbulos. Esses, por sua vez, são formados por 10 
a 100 alvéolos. Envolvendo os alvéolos, encontram-se as 
células mioepiteliais e, entre os lobos mamários, os 
tecidos adiposo, conjuntivo, linfático, nervoso e vascular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O leite é secretado nos alvéolos por uma camada única 
de células epiteliais altamente diferenciadas (lactócitos) e 
conduzido até o exterior por uma rede de ductos. Durante 
as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção do leite está 
ativo, os ductos sob a aréola se enchem de leite e se 
dilatam, formando o que antes se chamava, 
equivocadamente, de seios lactíferos. 
Na gravidez, a mama é preparada para a lactação sob a 
ação de diferentes hormônios. Os mais importantes são 
o estrogênio, responsável pela ramificação dos ductos 
lactíferos, e a progesterona, pela formação dos lóbulos. 
Outros hormônios também estão envolvidos na 
aceleração do crescimento mamário, como lactogênio 
placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica. 
Embora o estrogênio e a progesterona sejam essenciais 
para o desenvolvimento físico das mamas durante a 
gravidez, ambos os hormônios possuem um efeito 
específico inibir a verdadeira secreção de leite Por outro 
lado a prolactina tem o efeito exatamente oposto e 
promove a secreção do leite. A prolactina é secretada 
pela adeno-hipófise da mãe, e sua concentração no 
sangue materno aumenta de forma constante a partir da 
quinta semana de gravidez até o nascimento do bebê, 
sua ação é limitada pelos elevados teores circulantes de 
progesterona, estrogênio e de HPL, cuja ligação com 
receptores alveolares possui maior afinidade. 
A secreção láctea (Colostro) ocorre a partir da 16ªsemana 
de gravidez. Em alguns casos a sua produção é tão 
grande que pode ocorrer o extravasamento(de Colostro) 
antes mesmo de ser ejetado pela ocitocina. Calcula-se 
que aproximadamente 30 mL de colostro podem ser 
secretados diariamente durante a gestação. 
Após a fase de iniciação secretora (lactogênese I), que se 
inicia na 2ª metade da gravidez e se estende até 2 a 3 
dias após o parto, então inicia-se a ativação secretora 
(lactogênese II), cujo início corresponde à “descida do 
leite” ou apojadura. A síntese do leite após o nascimento 
da criança é controlada basicamente pela ação hormonal, 
e a “descida do leite”, que costuma ocorrer entre o 2o e 3º 
dia após o parto, ocorre mesmo sem a sucção da criança 
ao seio. 
Com o parto e a dequitação, os níveis circulantes de 
estrógeno, HPL e progesterona produzidos pela placenta 
decrescem de forma abrupta, possibilitando a ação da 
prolactina em seus receptores mamários. 
A prolactina exerce seus efeitos na mama, modificando a 
secreção de colostro para leite propriamente dito no 
período de aproximadamente 72 horas. 
 A prolactina produz uma série de efeitos nas células 
alveolares: 
• Diferenciação celular da fase pré-secretória para 
a fase secretória. 
• Estímulo da síntese de RNA para produção de 
proteínas específicas do leite 
(alfalactoalbumina). 
• Indução de enzimas catalisadoras da produção 
da lactose (galactosiltransferase e lactose 
sintetase). 
Em seguida, em torno do 7o ao 10o dia pós-parto, inicia-
se a fase de manutenção da lactação, também 
denominada galactopoiese. A galactocinese, por sua vez, 
é o mecanismo que descreve a ejeção do leite durante a 
sucção das mamas pelo neonato. 
A produção e a ejeção do leite são controladas por arcos 
reflexos neurais, iniciando-se em terminações nervosas 
livres no complexo areolopapilar. O estímulo dessas 
terminações nervosas leva informações pelas vias 
aferentes torácicas (de T4 a T6), com liberação de 
ocitocina pela hipófise posterior e prolactina pela hipófise 
anterior. 
A liberação da ocitocina também ocorre em resposta a 
estímulos condicionados, como visão, cheiro e choro da 
criança, e a fatores de ordem emocional, como 
motivação, autoconfiança e tranquilidade. O reflexo de 
ejeção do leite é mais complexo que o reflexo liberador 
de prolactina, uma vez que é mais suscetível a influências 
de fatores psicoemocionais e ambientais. Assim, 
situações de desconforto, vergonha, ansiedade e dor 
provocam inibição imediata desse reflexo, reduzindo a 
quantidade de leite expelida 
A ejeção do leite é realizada pelo estímulo da ocitocina 
nas células mioepiteliais que circundam os alvéolos 
mamários e se contraem causando a excreção láctea. A 
ocitocina também age nas células da musculatura lisa 
areolar, promovendo compressão do seio lactóforo e 
ereção da papila, eventos que colaboram para o 
mecanismo de ejeção do leite. 
Qualquer fator materno ou da criança que limite a retirada 
do leite das mamas pode causar diminuição na síntese do 
leite. 
Os níveis de prolactina sobem em picos induzidos pela 
sucção do recém-nascido. Quanto menor for o intervalo 
entre as mamadas, menor será o tempo para o 
restabelecimento dos níveis de prolactina, mantendo o 
nível sérico desse hormônio e a produção adequada de 
leite. A secreção basal é progressivamente menor com 
picos relativamente maiores até o terceiro mês pós-parto, 
quando os níveis séricos circulantes se aproximam dos 
valores normais. 
O aumento dos intervalos entre as mamadas ou a sucção 
ineficiente acarreta estase láctea e redução do fluxo 
vascular local. 
À medida que o leite se acumula nos alvéolos, a forma 
das células alveolares fica distorcida e a prolactina não 
consegue se ligar aos seus receptores, criando, assim, 
um efeito inibidor da síntese de leite. 
A remoção contínua de peptídeos supressores da 
lactação (feedback inibitor of lactation – FIL) do leite 
contribui para a reposição do leite removido . Enquanto o 
acúmulo desses peptídeos interrompe a reposição do 
leite. 
A secreção de leite é pequena nos primeiros dias, 
aumentando gradativamente: em média, de 0 a 5 mL de 
colostro na 1ª mamada, 40 a 50 mL no primeiro dia, 395 
a 868 mL do 2º ao 6º dia. Com 1 mês, a ingestão média 
diária de um bebê em AME é de 750 a 800 mL. Entre 1 e 
6 meses de idade, o volume de leite ingerido pela criança 
em AME é relativamente constante (entre 710 e 803 
mL/dia), com uma grande variação entre as crianças com 
crescimento adequado, de 440 a 1.220 mL. O volume que 
uma criança mama em cada mamada em um período de 
24 horas também varia bastante, de 30 a 135 mL, em 
média. Habitualmente, a capacidade de produção de leite 
pela mãe é maior que a demanda de seu filho. Uma mama 
nunca é esvaziada completamente, permanecendo, em 
média, 30 mL de leite após as mamadas. 
Composição do Leite 
Distinguem-se 2 tipos de secreção láctea no período 
puerperal, sucessivamente: o colostro e o leite maduro. 
O colostro é um fluido cremoso, amarelado, mais denso 
que o leite, com composição altamente proteica e com 
baixo teor de gorduras. Sua excreção dura, em geral, 72 
horas. É de fácil digestão para o recém-nascido, além de 
conter grande quantidade de imunoglobulinas e células 
leucocitárias e epiteliais. As imunoglobulinas são 
transportadas do plasma materno para o leite e 
absorvidas pelo trato gastrointestinal do neonato. Estão 
protegidas da digestão porque se ligam a inibidores de 
enzimas proteolíticas. 
O leite maduro só é secretado por volta do 10º dia pós-
parto. 
Após a apojadura, o leite materno apresenta aumento da 
quantidade de carboidratos e gorduras em sua 
composição, com redução relativa de proteínas. 
A água contribui com quase 90% da composição do leite 
materno, o que garante o suprimento das necessidades 
hídricas de uma criança em AME, mesmo em climas 
quentes e áridos. A maior parte das gorduras do leite fica 
depositada nos alvéolos posteriores da mama. Por esse 
motivo, é necessário que a lactante esvaziecompletamente cada uma das mamas para garantir que 
o leite com maior teor de gordura seja ofertado para o RN. 
O maior teor de gordura no leite posterior se deve à 
liberação de glóbulos de gordura adsorvidos nos 
lactócitos com o esvaziamento da mama e às forças 
geradas pela expulsão do leite dos alvéolos. O 
esvaziamento dos alvéolos altera a forma dos lactócitos, 
que passa de escamosa para colunar, diminuindo, assim, 
a área para adsorção dos glóbulos de gordura. Assim, 
quando a mama está cheia, parte da gordura fica 
depositada nas células alveolares e vai sendo liberada 
com o progredir da mamada; porém, se a mama não 
estiver tão cheia, como ocorre por exemplo em intervalos 
muito curtos entre as mamadas, a diferença entre os 
leites anterior e posterior quanto ao teor de gordura é 
menor. 
O principal carboidrato do leite materno é a lactose, e a 
principal proteína é a lactoalbumina. As gorduras são o 
componente mais variável do leite materno, e são 
responsáveis por suprir até 50% das necessidades 
energéticas da criança pequena. Os ácidos graxos poli-
insaturados de cadeia longa são essenciais no 
desenvolvimento cognitivo e visual, e na mielinização dos 
neurônios. 
As mamas também apresentam a capacidade de 
adaptação mediante situações fora do padrão habitual de 
lactação. Assim, em casos de gravidez múltipla, a 
produção de leite aumenta proporcionalmente à nova 
demanda estabelecida. Da mesma forma, a composição 
do leite é diferente em casos de recém-nascido pré-
termo. 
Nutriente Colostro 
(3 a 5 dias) 
Leite maduro 
(26 a 29 dias) 
 A termo Pré-
termo 
A termo Pré-
termo 
Calorias 
(kcal/dL) 
48 58 62 70 
Lipídios 
(g/dL) 
1,8 3 3 4,1 
Proteínas 
(g/dL) 
1,9 2,1 1,3 1,4 
Lactose 
(g/dL) 
5,1 5 6,5 6 
 
O leite humano tem vários fatores imunológicos 
específicos e não específicos que conferem proteção 
ativa e passiva contra infecções às crianças 
amamentadas. A IgA secretória é a principal 
imunoglobulina, que atua contra microrganismos que 
colonizam ou invadem superfícies mucosas. A 
especificidade dos anticorpos IgA no leite humano é um 
reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, o 
que proporciona proteção à criança contra os agentes 
infecciosos prevalentes no meio em que ela está inserida. 
A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo 
do 1º mês, permanecendo relativamente constante a 
partir de então. 
Outros fatores de proteção que se encontram no leite 
materno são: leucócitos, lisozima e lactoferrina, que 
atuam sobre bactérias, vírus e fungos; fator bífido, que 
favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, uma 
bactéria saprófita que acidifica as fezes, dificultando a 
instalação de bactérias que causam diarreia, como 
Shigella, Salmonella e Escherichia coli; oligossacarídeos 
(mais de 200 compostos), que previnem ligação da 
bactéria na superfície mucosa e protegem contra 
enterotoxinas no intestino e estimulam as células 
intestinais a produzir proteínas que “selam” o intestino e 
anti-inflamatórios que modulam o sistema imunológico. 
Há outros componentes bioativos no leite materno além 
dos fatores de proteção, como a lipase, que facilita a 
digestão da gordura, e o fator de crescimento epidérmico, 
que estimula a maturação das células intestinais, 
melhorando a digestão e a absorção de nutrientes. 
Os principais macrominerais disponíveis no leite materno 
são: Na, K, Cl, Ca, P, Mg e sulfato; 
Entre os microminerais, os principais são: Zn, Cu, Fe, Mn, 
Se, I, Fl, Mo, Co, Cr, Ni e Cd; 
O conteúdo vitamínico do leite humano é diretamente 
afetado pelo estado nutricional materno. Vitaminas 
lipossolúveis: A, D, E e K. Vitaminas hidrossolúveis: 
complexo B; 
Técnica de amamentação 
As técnicas de amamentação visam à pega correta da 
boca do recém-nascido no mamilo da lactante, com 
consequente nutrição adequada da criança, sem prejuízo 
físico ou psicológico materno. A amamentação de forma 
incorreta leva à insatisfação do recém-nascido, com 
consequente choro do infante e ansiedade materna. A 
ansiedade materna, por sua vez, gera produção e 
liberação inadequadas de ocitocina com ingurgitamento 
mamário. O ingurgitamento mamário, por fim, dificulta 
ainda mais a pega do lactente, o que leva a um círculo 
vicioso. 
Orienta-se à lactante a amamentação de livre demanda, 
ou seja, ao neonato devem ser oferecidas as mamas toda 
vez que ele desejar (ou que a lactante assim julgar), e o 
tempo das mamadas deverá ser o necessário para o 
esvaziamento mamário, o que pode variar de poucos 
minutos a 1 hora. Assim, é importante alertar a puérpera 
que cada criança terá seu período de aprendizado e 
adaptação. 
Técnica 
Posicionamento 
• A mãe deverá estar em posição confortável 
(sentada, recostada ou deitada), de forma que 
possibilite ao bebê abocanhar corretamente o 
mamilo e a aréola; 
• A nutriz deverá posicionar a mão embaixo da 
mama, com o polegar voltado para cima do 
mamilo e o indicador na sua parte de baixo, 
formando a letra “C”. 
• Todo o corpo do lactente deve estar voltado para 
a mãe, cinturas pélvica e escapular, pescoço e 
coluna vertebral alinhados. Evitar flexão dos 
membros entre o corpo da lactante e do lactente. 
A criança deve estar bem apoiada. 
• Rosto do RN na altura do mamilo, de frente para 
a mama. 
 Pega 
• O corpo do RN deve estar próximo ao da mãe. 
• RN bem apoiado. 
• Tronco e cabeça do RN alinhados. 
• Rosto do RN na altura do mamilo, de frente para 
a mama. 
O objetivo da boa técnica é permitir que o recém-nascido 
abocanhe toda ou boa parte da aréola e posicione a 
papila na região do palato duro, de forma que as gengivas 
fiquem na projeção dos seios lactíferos. Com isso, será 
possível a formação de pressão negativa pela língua e 
pelos movimentos de sucção, assim como compressão 
dos seios galactóforos pela gengiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientações na Atenção Primária 
Frequência e duração das mamadas 
Aleitamento sob livre demanda; 
Não se deve estabelecer tempo para a permanência em 
cada mama; 
É importante que o bebê esvazie as mamas, 
independente do tempo; 
É importante orientar que a frequência alta de mamadas, 
bem como durações curtas, não significam que o “leite 
está fraco” ou algo parecido. São questões variáveis 
individualmente para cada bebê; 
Sinais de que a criança quer mamar: Sons e movimentos 
de sucção, movimentos rápidos com os olhos, levar a 
mão à boca, suspiros, inquietação e choro (esse último é 
um sinal tardio). 
Choro 
Importante orientar que o choro tem muitas causas além 
da fome; 
Há bebês que choram mais que outros; 
Geralmente, os bebês se acalmam quando 
aconchegados ou colocados no peito, de forma a se 
sentirem seguros. 
Suplementação ao leite 
Evitar, pois o leite tem toda água e nutrientes de que o 
bebê precisa (Salvo em situações necessárias) 
Água e chás são desnecessários. 
Mamadeira e chupeta 
Mamadeiras são contraindicadas, visto serem fontes de 
contaminação e causarem "confusão de bicos" e 
desmame precoce; 
Chupetas também são desaconselhadas, pois têm 
relação com menor frequência de amamentação. 
Alimentação da mãe 
Comer vegetais e frutas ricos em vitamina A; 
Ingerir água e outros líquidos saudáveis como suco e 
leite, de maneira a saciar a sede; 
Alimentar-se de maneira saudável e balanceada; 
Consumir cálcio, de preferência em 3 a 4 porções de leite 
e seus derivados; 
Em caso de alergia a leite, suplementar cálcio; 
Evitar gorduras trans; 
Evitar dietas ou medicamentos que levem a perda de 
peso rápida. 
Vantagens da Amamentação 
Para a Criança 
Redução da mortalidade 
Redução da incidência e da gravidade de diarreia: 
devido à presença de IgA , Oligossacarídeos, fácil 
digestão , Lactoferrina e Lisozima. 
Redução da incidência e da gravidade de infecções 
respiratórias: devido à presença de IgA, Leucócitos, 
Lactoferrina e Lisozima. 
1Pega incorreta(A e B) e pega correta (C e D) 
Redução de morbidade por otite média aguda: devido 
à presença de IgA, Leucócitos, Lactoferrina e Lisozima. 
Redução de morbidade por rinite alérgica: devido a 
presença de IgA , e prevenção de infecções respiratórias. 
Redução de sobrepeso e obesidade: composição 
nutricional balanceada e proteção contra alimentação 
exacerbada. 
Redução de diabetes tipos 1 e 2: proteção contra 
obesidade, Efeito protetor contra autoimunidade( 
modulação imunológica proteção contra dm-1). 
Redução de leucemia 
Redução de maloclusão dentária: movimentos de 
sucção. 
Promoção do desenvolvimento cognitivo 
Promoção do desenvolvimento orofacial: presença de 
ácidos graxos essenciais 
Para Mulher 
Aumento do período de amenorreia lactacional: 
Prolactina inibe GnRH 
Redução do risco de câncer de mama: Reduz a 
exposição da mama ao estrogênio. 
Redução do risco de câncer de ovário: supressão 
ovulação 
Redução do risco de câncer de endométrio: supressão 
ovulação 
Redução do risco de diabetes tipo 2 
Redução do risco de depressão pós-parto 
 
Contraindicações a Amamentação 
Relacionadas com o lactente: 
Galactosemia (contraindicação absoluta). 
Relacionadas com mãe: 
Uso de medicamentos incompatíveis com a 
amamentação (ex.: antineoplásicos e radiofármacos); 
Uso de drogas ilícitas (retornar à amamentação 
respeitando-se o período de interrupção após o 
consumo); 
Infecções 
Infecção por HIV, HTLV-1 e HTLV-2 (contraindicação 
absoluta); 
Lesão herpética ativa na pele da mama (manter 
amamentação na mama sadia); 
Doença de Chagas aguda ou caso haja sangramento 
mamilar; 
Infecção materna por varicela cinco dias antes ou até dois 
dias após o parto. Caso haja vesículas nesse intervalo, 
isolar a mãe até que todas as lesões se tornem crostosas. 
O RN deverá receber imunoglobulina antivaricela-zóster 
em até 96 horas. 
Não contraindicam o aleitamento materno: 
Tuberculose 
A lactante com suspeita de tuberculose ativa (escarro 
positivo) deve ser isolada do contato respiratório após o 
parto, independentemente do modo de alimentação do 
neonato. Esse contato coloca os recém-nascidos em 
risco de infecção. O leite materno, entretanto, não contém 
o bacilo tuberculoso. Pode, portanto, ser ordenhado e 
oferecido ao recém-nascido por meio de “copinho” ou 
seringa. Com o tratamento da mãe, após ser considerada 
não bacilífera (escarro negativo em aproximadamente 2 
semanas de tratamento), a amamentação pode ser 
reiniciada. O uso profilático de isoniazida (10 mg/kg/dia) 
para o recém-nascido está indicado, sendo seguro e 
efetivo em prevenir a infecção por tuberculose. 
Hanseníase 
Por se tratar de doença cuja transmissão depende de 
contato prolongado da criança com a mãe sem 
tratamento, e considerando que a primeira dose de 
rifampicina é suficiente para que a mãe não seja mais 
bacilífera, deve-se manter a amamentação e iniciar 
tratamento da mãe. 
Hepatite B 
Os recém-nascidos de mães que são positivas para 
pesquisa do antígeno de superfície do vírus da hepatite B 
(Ag-HBs positivo) devem receber profilaxia por meio de 
imunoglobulina e vacinação para hepatite B (aplicadas 
em membros diferentes). 
Hepatite C 
A prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV 
positivas é importante, uma vez que não se sabe se o 
contato da criança com sangue materno favorece a 
transmissão da doença. 
Dengue 
Não há contraindicação da amamentação em mães que 
contraem dengue, pois há no leite materno um fator 
antidengue que protege a criança. 
Tabagismo – desencorajar o consumo; 
Etilismo – desencorajar o consumo. 
Categorias de risco 
 
 
 
 
 
Tipos de Aleitamento 
Aleitamento materno exclusivo: A criança recebe 
somente leite materno (diretamente ou ordenhado) e 
nenhum outro líquido ou sólido, exceto eventuais 
medicações. 
Aleitamento materno predominante: Além do leite 
materno, a criança recebe água ou bebida à base de 
água, mas não recebe outro tipo de leite. 
Aleitamento materno misto ou parcial: Quando a 
criança recebe leite materno e outros tipos de leite. 
Aleitamento materno complementado: Além do leite 
materno, a criança recebe alimentos sólidos ou 
semissólidos, a fim de complementar as necessidades 
nutricionais. Pode receber também outro tipo de leite que 
não o materno. 
Intercorrências da Amamentação 
Durante a amamentação, poderão surgir algumas 
intercorrências, como mamilos sensíveis e doloridos, 
ingurgitamento mamário, fissuras, mastites, abscessos, 
diminuição temporária do leite. 
Ingurgitamento Mamário 
O ingurgitamento mamário é, em geral, causado pelo 
esvaziamento insuficiente das mamas. A produção 
excessiva de leite ou hipergalactia também pode ocorrer, 
embora bem mais rara, provavelmente causada pelo 
desequilíbrio entre a produção e a secreção de dopamina 
e prolactina. Entre os fatores de risco para sua 
ocorrência, estão técnica inadequada de esvaziamento, 
anomalia anatômica dos mamilos, mamas muito 
pendentes (o que dificulta a retificação e o consequente 
esvaziamento dos ductos), dificuldades do recém-
nascido e questões emocionais maternas. 
O ingurgitamento mamário surge mais frequentemente no 
período de apojadura, entre 1 e 5 dias após o parto, 
devido ao início da produção de leite, ao ajuste entre 
frequência e duração das mamadas e à demanda do 
recém-nascido. As mamas apresentam-se endurecidas e 
extremamente dolorosas, com distensão dos tecidos e 
aumento volumétrico evidente. O leite flui com dificuldade 
à expressão manual. O estiramento dos alvéolos 
incapacita-os de produzir mais leite, chegando à lesão 
tecidual quando ultrapassa o limite de contenção. Ocorre 
aumento da congestão vascular. Esse processo altera a 
conformação anatômica mamária que, com a dor que o 
acompanha, não permite a pega adequada do mamilo 
pelo recém-nascido. ingurgitamento e fissura contribuem 
significativamente para o surgimento de mastite. 
Uso seguro durante a lactação, 
Exige avaliação risco/benefício 
Contraindicado 
O tratamento precoce do ingurgitamento mamário é 
crucial para evitar complicações graves. Recomenda-se 
manter o aleitamento exclusivo sob livre demanda, 
corrigir falhas na técnica de amamentação e massagear 
as mamas antes e após as mamadas. Utilizar 
compressas frias nas mamas, após as mamadas ou nos 
intervalos. A hipotermia diminui a produção do leite, pela 
vasoconstrição provocada e consequente diminuição de 
oferta de substratos necessários à produção do leite. Em 
situações de maior gravidade, pode ser aplicada a cada 
2 horas. Contudo, o tempo de aplicação das compressas 
frias não deve ultrapassar 15 minutos, por causa do efeito 
rebote, ou seja, um aumento de fluxo sanguíneo para 
compensar a redução da temperatura local. Em casos 
graves, como hipergalactia, pode-se estimular a doação 
de leite. Para casos mais severos, podem ser utilizados 
analgésicos e ocitocina nasal. 
Fissura 
Ocorre quando a pega é inadequada, geralmente porque 
a mama está muito ingurgitada, ou quando a criança é 
muito pequena e sua boca não consegue envolver toda a 
aréola. Pode ocorrer sangramento, o que não impede a 
amamentação. Assim como no ingurgitamento mamário, 
os fatores de risco são os mesmos e a correção da 
técnica de aleitamento é mandatória. Se a fissura for 
muito grande e dolorosa, suspende-se a amamentação 
na mama mais afetada por um período de 24 a 48 horas 
e ordenha-se manualmente até seu esgotamento, para 
evitar o ingurgitamento. O leite ordenhado deve ser 
oferecido ao recém-nascido por meio de “copinho” ou 
colher pequena. 
Outros fatores que contribuem para os mamilos doloridos 
incluem obstrução de ductos lactíferos, infecções (por 
exemplo, candidíase), limpeza exagerada das mamas, 
uso de produtos potencialmente irritantes e doenças da 
pele. O manejo de lactantes com trauma mamilar inclui o 
seguinte 
Mastite 
É um processo inflamatório da mama,podendo 
acompanhar-se ou não de infecção; quando ocorre 
durante a lactação, denomina-se mastite lactacional ou 
puerperal. É uma complicação da lactação muito comum, 
podendo atingir um terço das mulheres. 
Qualquer condição que leve à estase do leite favorece o 
desenvolvimento de mastite. Quando a estase do leite 
não é resolvida e se esgotam os mecanismos de proteção 
da lactante contra infecção, o processo inflamatório e o 
crescimento bacteriano se instalam. A presença de 
bactérias no leite não indica necessariamente infecção e 
nem sempre está associada a manifestações clínicas. 
Várias espécies de microrganismos têm sido associadas 
à mastite puerperal e ao abscesso mamário, destacando-
se o Staphylococcus aureus como o agente mais comum 
da mastite lactacional infecciosa. As portas de entrada 
mais frequentes são os poros mamilares e os ductos 
lactíferos, mas as vias linfática e hematogênica também 
podem estar envolvidas. 
 
As manifestações clínicas podem variar desde 
inflamação local, com repercussões sistêmicas mínimas, 
até sinais e sintomas de abscesso e septicemia. A área 
atingida da mama apresenta-se vermelha, quente, 
edemaciada e dolorida, e a mulher refere febre e 
sintomas semelhantes à síndrome gripal, acompanhados, 
algumas vezes, de náuseas e vômitos. Os sintomas 
costumam ter grande impacto nas atividades diárias da 
mulher. 
Orientações: Tratamento sintomático para reduzir a dor 
e o edema (com anti-inflamatórios não esteroides e 
compressas frias) e o completo esvaziamento da mama 
(seja pela amamentação, bombeamento e/ou expressão 
manual); não é necessário cessar a lactação. Deve-se 
orientar o uso de sutiã adequado. 
Antibioticoterapia: Cefalexina, Amoxicilina + 
Clavulanato; em caso de MRSA, Sulfametoxazol + 
Trimetoprima. Para portadores de hipersensibilidade a 
betalactâmicos ou em caso de mastite não lactacional, 
usar Clindamicina. 
 
Na presença de abscesso mamário: 
Avaliar suspensão da lactação para casos de abscessos 
periareolares; 
Realizar drenagem cirúrgica, com incisão curvilínea, 
coletar secreção através de swab com pesquisa para 
Gram, cultura e TSA; 
Antibioticoterapia venosa: Oxacilina, Cefazolina, 
Clindamicina. Se refratário, pode-se optar por Cefepima 
e/ou Vancomicina.

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