Teorias da Personalidade - Jung

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Jung
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Biografia
Nasceu em 26 de Julho de 1875, na Suíça.
Em 1900 se tornou médico, atuante na psiquiatria.
Em 1903 publicou “Psicologia e Patologia dos Fenômenos Ditos Ocultos” e em 1905 se tornou livre docente na Universidade de Zurique.
Em 1907 teve seu primeiro contato com Freud, com quem rompeu em 1913. 
Fundou a Associação Psicanalítica Internacional em 1910.
Em 1912 publicou “Símbolos da Transformação”.
Morreu em 06 de Junho de 1961. 
JUNG X FREUD: Diferenças teóricas
Libido Sexual
Freud: motivação das pessoas desde a infância.
Jung: mais uma energia psíquica presente na mente humana.
Experiências Passadas
Freud: o que aconteceu no passado, sobretudo na infância, tem influência importantíssima sobre o indivíduo.
Jung: o ser humano é moldado por suas metas, anseios e aspirações em relação ao futuro tanto quanto por suas experiências passadas.
Interpretação dos Sonhos
Freud: a maioria dos simbolismos estava relacionada ao libido e aos impulsos sexuais.
Jung: tudo que é apresentado é mais complexo do que parece e até mesmo objetos sexuais podem ter outros significados.
Jung: Particularidades
Jung era muito interessado nos assuntos considerados “ocultos”, como alquimia, mitologia e religiões.
PALAVRAS IMPORTANTES
PSIQUE  definição de mente.
SELF  Si mesmo. Centro da personalidade.
ENERGIA PSÍQUICA  aspectos mobilizadores da psique; impulsos e energias que atuam sobre o funcionamento da mente humana. 
Teoria dos complexos
Os Complexos são agrupamentos de conteúdos psíquicos carregados de afetividade que estabelecem associações com outros elementos. 
Eles formam unidades vivas que possuem existência autônoma e que atraem todos os fenômenos psíquicos que ocorram ao alcance de seu campo de ação. 
Os complexos são a origem de ações, falas e sonhos. Eles estabelecem ligação com o mundo exterior. 
Teoria dos complexos
A forma de “encarar a vida” de cada pessoa depende dos complexos, que têm maior ou menor autonomia, dependendo da conexão maior ou menor com a totalidade da organização psíquica.
A causa mais frequente da origem dos complexos são os conflitos.
Os complexos podem ainda significar uma nova possibilidade de atuação, podem funcionar como um estímulo para que o indivíduo se esforce mais para sua própria realização.
Aspectos do complexo
Casca	
Aspecto mais externo do complexo. É onde se apresentam as reações, de natureza pessoal.
Núcleo	
Local de carregamento do complexo, onde está a energia psíquica. Vem do padrão arquetípico.
Arquétipo	
Padrão universal de comportamento esperado. 
Complexo ativo
É o complexo que coloca, por algum tempo, a pessoa em estado de não-liberdade.
Gera pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos.
Expressa-se como comportamentos inesperados, que vão contra os comportamentos usuais da pessoa.
EXEMPLO: A pessoa, sempre bastante calma, ao se deparar com alguma situação específica “explode” em um acesso de fúria, totalmente inesperado. É um complexo ativo que foi acionado. 
Complexo ativo
“É a imagem de uma determinada situação psíquica de forte carga emocional e, além disso, incompatível com as disposições ou atitudes habituais da consciência, esta imagem é dotada de poderosa coerência interior e tem sua totalidade própria. Goza de um grau relativamente elevado de autonomia, vale dizer: está sujeita ao controle das disposições da consciência até certo limite e, por isto, se comporta, na esfera do consciente, como um corpo estranho, animado de vida própria. Com algum esforço de vontade, pode-se em geral, reprimir o complexo, mas é impossível negar sua existência, e na primeira ocasião favorável ele volta à tona com toda a sua força”. 
psique
União de todos os processos psíquicos, conscientes e inconscientes.
Estrutura feita para o movimento, crescimento, mudança e transformação do indivíduo.
Tem tendência ao equilíbrio.
Tipos psicológicos
Interesses, referências e habilidades observáveis nos indivíduos.
Estado da psique preparado para agir ou reagir em determinada situação. 
Tipos psicológicos: atitudes
Extrovertido
Atenção focada no mundo externo de fatos e pessoas.
Enfoque no objeto.
A libido é voltada para o mundo externo, de dentro pra fora.
São pessoas de ação, impulsividade e fácil comunicação oral.
Tipos psicológicos: atitudes
Introvertido
Atenção focada no mundo interno de representações e impressões psíquicas.
Enfoque no sujeito.
Atenção para o mundo interno, ou seja, impressões, emoções e pensamentos.
São pessoas que pensam antes de agir, são reservadas, retém as emoções e tem facilidade com a escrita. 
Tipos psicológicos
Ambas as atitudes existem dentro do indivíduo, mas só uma delas foi desenvolvida.
A atitude desenvolvida é chamada de “principal”.
Ou seja, o extrovertido tem um ponto de introversão menos desenvolvido e vice-versa.
Tipos psicológicos: funções
Racionais
Pensamento e sentimento são responsáveis pelos julgamentos dos fatos.
Irracionais
Sensação e intuição são os responsáveis pela forma de percepção dos fatos.
Tipos psicológicos: funções racionais
Pensamento
Conexão lógica e conceitual entre os fatos percebidos. Análise racional, julgam e discriminam sem nenhum valor afetivo. São orientados pelas leis gerais e pouco levam em conta os valores pessoais.
Sentimento
Valorizam os sentimentos, tem uma preocupação com a harmonia do ambiente e são incentivadores de movimentos de ajuda social. O olhar é baseado nos valores pessoais que podem ser seus ou do outro. É a mesma estrutura de julgamento que vem da função pensamento, mas a lógica é completamente diferente. A lógica do sentimento vem do coração.
Tipos psicológicos: funções irracionais
Sensação
Função dos sentidos, do real, é através dos órgãos dos sentidos. As pessoas desse tipo acreditam nos fatos, tem uma memória boa. O enfoque está no aqui e agora, são práticas e realistas. Fixam no funcionamento das coisas ao invés de criar novos caminhos.
Intuição
É da ordem do inconsciente. A percepção se dá através de pressentimentos, palpites e inspirações. Tendem a ver o todo e não a parte, ou seja, não se atentam aos detalhes.
Dinâmica da personalidade
Uma das funções se diferencia e se torna a função dominante ou a principal, enquanto a outra função se desenvolverá com menos intensidade, tornando-se a função auxiliar da primeira. As outras duas funções, a terciária e a inferior não se desenvolverão na consciência, permanecendo, assim, inconscientes. 
Exemplo de organização da personalidade
Atitude Extrovertida  Função Racional Pensamento  Função Irracional Sensação
Atitude Introvertida Função Racional Sentimento  Função Irracional Intuição
Principal
Auxiliar
Conceitos fundamentais
ego
É o centro da consciência.
Surge da colisão do mundo exterior com o mundo interior.
Nunca é mais nem menos que a consciência como um todo.
É a imagem da personalidade consciente (atitudes e funções principais da personalidade). 
Inconsciente pessoal
Material psíquico próximo ao limiar da consciência.
Materiais positivos e potencialidades que podem vir à tona no futuro.
Materiais reprimidos ou esquecidos.
Inconsciente de família, clã e nação.
Inconsciente coletivo
Conteúdos universais da humanidade.
A pessoa nasce com uma bagagem humana pré existente.
É o inconsciente coletivo que gera os arquétipos.
Arquétipos
Imagens milenares passadas por gerações. 
Idealização de figuras, imagens arquetípicas, como Mãe, Pai, Deus, Herói.
O arquétipo não pode ser alcançado. O que temos acesso são as imagens arquetípicas que são apresentadas através dos sonhos, expressão corporal e imaginação ativa.
persona
Arquétipo da adaptação à realidade exterior e à coletividade. 
“Máscara” utilizada em cada contexto em que o indivíduo está inserido.
sombra
Parte da personalidade reprimida em função do ego ideal.
Faz parte da projeção de características reprimidas em si para os outros.
Está relacionada ao inconsciente pessoal.
Anima
e animus
Arquétipos sexuais. 
Identificação das características masculina e feminina. 
Todos têm em si características do sexo oposto, que nunca vão compreender totalmente.
ANIMA
Determinada pelo princípio da ligação e da relação.
Quando a anima está inconsciente, ela se manifesta através do complexo. A anima negativa se apresenta em comportamentos melancólicos, com autopiedade, sentimentalismo, acessos de paixões, hipersensibilidade. O homem age como uma mulher inferior. 
Quando o homem se propõe a conhecer sua anima ele encontra a possibilidade da sabedoria. Ela transforma as emoções cegas em sentimentos genuínos, são espontâneos, sensíveis, receptíveis, adaptáveis
animus
Comportamentos mais racionais. 
Quando o animus se manifesta na forma de complexo na mulher, ela pode se tornar agressiva, pouco receptiva e fria.
Quando a mulher se dispõe a dialogar com seu animus ela traz a possibilidade de autoconhecimento e de reflexão. Fica menos crítica e atua de maneira mais criativa na vida. 
Self 
Arquétipo central, totalidade do psique.
Centro da totalidade que abrange consciente e inconsciente.
Essência, alma do indivíduo.
Constituição da psique