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DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

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DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 DAS PRISÕES E LIBERDADES 
 
 
 PRISÕES PROVISÓRIAS: 
 
 
 Espécies: 
 
1. Prisão-pena: sanção imposta (CP) contra a pessoa que delinquiu. 
 
2. Prisão sem pena / processual /cautelar / provisória: imposta no curso da 
persecução penal – no curso do processo (inquérito policial ou ação penal) e 
antes do transito em julgado. 
 
2.1. Prisão em flagrante delito; 
 
2.2. Prisão temporária; 
 
2.3. Prisão preventiva; 
 
2.4. Por forca de sentença de pronúncia; 
 
2.5. Força de sentença penal condenatória recorrível; 
 
2.6. Condução coercitiva (não é citada por todos os autores); 
 
 
 
 
 PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO: 
 
Flagrante = flagare = queimar / arder. 
 
Pode acontecer com certo intervalo entre o crime e a prisão. 
 
 
 Conceito: 
 
“[...] INDEPENDENTEMENTE DE ORDEM ESCRITA DO JUIZ COMPETENTE [...]”. 
 
ÚNICA PRISÃO que não necessita de ordem judicial!!! 
 
 
É um ato administrativo, porém que passa pelo controle jurisdicional. 
 
Inicia como ato administrativo (sem intervenção do judiciário), mas em 24 horas 
o Delegado deve encaminhar para o judiciário realizar o controle. 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 Novidade: 
 
Só subsiste até o momento de o juiz aplicar o Artigo 310, CPP – 24 horas da data da 
lavratura da prisão em flagrante. 
 
Ou seja, é admitida até que ocorra a sua conversão em prisão preventiva, caso seja 
esta cabível. 
 
 
 Espécies: 
 
Artigo 301 e 302 CPP. 
 
a. Flagrante Facultativo: 
 
Art. 301. Qualquer do povo poderá [...] 
 
 
b. Flagrante Compulsório ou obrigatório: 
 
Art. 301. [...] e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem 
quer que seja encontrado em flagrante delito. 
 
 
c. Flagrante Próprio / Propriamente Dito / Real / Verdadeiro: 
 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
 
I – está cometendo a infração penal; 
 
II – acaba de cometê-la; 
 
Sujeito está verdadeiramente / propriamente em estado de flagrante delito. 
Imediatamente após o cometimento do crime. É preso in loco. 
 
Sujeito que está prendendo é ao mesmo tempo: condutor e testemunha ocular. 
 
 
d. Flagrante Impróprio / Irreal / Quase Flagrante: 
 
Art. 302. 
 
III – é PERSEGUIDO, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 
 
Presunção de autoria. Deve haver perseguição. 
 
- Logo após: inicio da perseguição deve ser praticamente imediata, não pode ter lapso 
temporal muito grande. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Iniciada a perseguição policial logo após o crime, se ela não cessar, o flagrante persiste 
independentemente do tempo que levar para acontecer à prisão. 
 
Jurisprudência: A perseguição é considerada como mantida, se a policia estiver 
diligenciando (procurando, buscando...) e não somente perseguindo. 
 
 
e. Flagrante Presumido / Ficto / Assimilado: 
 
Art. 302. 
 
IV – é ENCONTRADO, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou 
papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
 
Preso por pessoa que não foi testemunha do crime, não foi preso no local do crime. É 
também presumido em razão dos objetos que estão com ela. 
 
- Logo depois: não pode ter intervalo temporal muito grande. 
 
 
 Jurisprudência: tempo do inciso III menor ao que o do inciso IV. 
 
 
***Apresentação espontânea da pessoa cessa o flagrante***. 
 
 
f. Flagrante Esperado: 
 
Agente ou particular, sabedor da ocorrência do crime, aguarda seu acontecimento, 
sem qualquer atitude de induzimento ou instigação. Não há artificio para a montagem 
do crime. 
 
Polícia tem informação do crime, espera o melhor momento para prender os 
indivíduos. 
 
 
g. Flagrante Prorrogado / Retardado: 
 
Surgiu na Lei 9.034/95 (Lei de crimes organizados); 
 
Quando a policia e o MP estão investigando crime organizado (Ex.: tráfico de drogas) e 
se deparam com crimes acontecendo, podem retardar a interdição, não dando a voz 
de prisão em flagrante na hora, a fim de colher provas e facilitar a investigação. 
 
Só cabe em processos de crime organizado, com prévia ordem judicial!!!! 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
 Prisões em Flagrante Delito ILEGAIS: 
 
 
 
a. Flagrante Preparado / Provocado / Delito de Ensaio / Delito de Experiência / 
Delito Putativo por obra de agente provocador: 
 
O agente é induzido a tentar praticar um crime num contexto onde a consumação é 
impossível de acontecer, porque o agente esta controlado nos seus atos. 
 
Armação para que o individuo pratique o crime, e seja preso. 
 
A conduta é atípica. Ante a falta de vontade livre e espontânea do agente e do crime 
impossível. 
 
Súmula 145 STF (Só se aplica para crime material, e não para crime formal). 
 
Extorsão prefeito por jornalista. Gabinete com câmeras e policiais a 
paisana do lado de fora (ambiente armado e induzimento ao crime). 
Jornalista pega dinheiro (consuma o crime). Policia prende jornalista na 
saída em flagrante. 
 
Artigo 17 CP: 
 
Art. 17 CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou 
por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar‑se o crime. 
 
 
b. Flagrante Forjado / Fabricado / Maquinado / Urdido: 
 
Quando há a implantação da prova para poder prender alguém. 
 
Ex.: policial que coloca a droga dentro do carro da pessoa. 
 
 
 
 
 Presidir auto de prisão em flagrante: 
 
- Delegado de policia; 
- Juiz; 
- Presidente da CPI (depende do regimento); 
 
∟ Fazem a lavratura e encaminham para a policia  inquérito policial. 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Perseguição: 
 
Auto de prisão em flagrante deve ser presidido pelo delegado do local da captura e 
não o do local do crime. 
 
 
 Pessoas que não podem ser presas em flagrante delito: 
 
- Presidente republica. 
- Advogado (somente com a presença do presidente da OAB). 
 
 
 
----------------------------------------- Artigos CPP ------------------------------------ 
 
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito 
enquanto não cessar a permanência. 
 
NUCCI: diferença crime permanente e habitual. 
 
Permanente: cujo ato executório dura no tempo. (Ex.: sequestro). Prisão em 
flagrante pode ser feita em qualquer tempo (artigo 302, I). 
 
Habitual: somente se configuram pela reiteração de práticas delitivas com 
habitualidade (faz o crime ser o seu modo de vida). Ex.: curandeirismo. 
 
 
 
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o 
condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do 
termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das 
testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a 
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas 
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. 
 
Procedimento adotado pelo delegado quando do auto de prisão em flagrante; 
 
Ordem para ser ouvido: 
 
a. Condutor (está levando o preso ao delegado – policial / qualquer do povo). 
b. Testemunhas; 
c. Interrogatório do conduzido; 
 
 
 
§ 1º Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a 
autoridade mandará recolhe‑lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou 
de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso 
for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
- Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido: 
 
Pessoa encaminhada aoDelegado para lavratura do auto, o delegado não é obrigado a 
manter a pessoa presa, se não houver indicio de autoria ou de tipicidade. Pode relaxar 
a prisão se foi ilegalmente levada até ele. 
 
 
Obs.: NUCCI: Se o condutor estiver em abuso de autoridade, levando o conduzido ao delegado, este 
poderá soltar o conduzido e dar voz de prisão em flagrante do condutor. 
 
 
Se houver suspeita = prisão. Exceto: 
 
- livrar-se solto = não cabe prisão em flagrante (Artigo 69, Lei 9.099/99). 
 
Preso conduzido. Delegado pergunta se aceita ir para audiência conciliatória. Não abre auto de 
prisão em flagrante. Realiza o termo circunstanciado. 
 
 
- prestar fiança = avaliar se é um crime que compete a ele conceder fiança 
(artigo 322 CPP – crimes cuja pena máxima não ultrapasse 4 anos). Artigo 323 e 
324 = se o crime é afiançável ou não. 
 
Caso prático: 
 
Crime com pena de 4 anos. Visão do delegado = prisão preventiva. Termina o 
flagrante, e através de fundamentos irá mencionar a prisão preventiva. Nega 
fiança. Recolhe a pessoa. Parecer do juiz e do MP pela prisão preventiva. 
 
- prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, 
enviará os autos à autoridade que o seja: 
 
Captura não ocorrer no mesmo local em que foi praticado. 
 
 
 
§ 2º A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em 
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assina-lo pelo menos 
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. 
 
Assegurar que o preso não fique incomunicável, em prisões clandestinas. Dar 
publicidade ao ato de prisão. 
 
Se for preso sem testemunhas (flagrante presumido): quando pessoa chegar para ser 
ouvido, Delegado deve arrumar alguém para assinar o flagrante. 
 
 
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder faze‑lo, 
o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que 
tenham ouvido sua leitura na presença deste. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada 
pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal. 
 
Escrivão ad hoc. 
 
 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à 
família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
 
Aviso de Miranda. 
 
 
 
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será 
encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o 
autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a 
Defensoria Pública. 
 
 
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de 
culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor 
e os das testemunhas. 
 
Nota de culpa deve ser entregue dentro das 24 horas. Após isso: ilegalidade 
(relaxamento). 
 
Começa a contar (às 24 horas) a partir do momento em que é detida pela polícia. 
 
 
 
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra 
esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a 
voz de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das 
testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas 
testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar 
conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver 
presidido o auto. 
 
O delegado de policia que é testemunha ou é vitima de crime = pode presidir o auto de prisão 
em flagrante. Mas quando terminar o auto: deve encaminhar na hora (e não em 24 horas) o 
auto para o juiz. 
 
 
 
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, 
o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo. 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de 
lavrado o auto de prisão em flagrante. 
 
Não se aplica mais da forma que está, pois na época não existia Juizado Especial. Então 
se o crime é de competência do juizado: faz somente o termo circunstanciado e não o 
flagrante. 
 
Está contrario ao artigo 69 da lei 9.099/99. 
 
 
 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá 
fundamentadamente: 
 
I – relaxar a prisão ilegal; ou 
 
Relaxamento de prisão é cabível diante de ilegalidade da prisão. 
 
Natureza jurídica da decisão: Declaratória de nulidade do ato (arquiva o inquérito 
policial). 
 
 
II – converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os 
requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou 
insuficientes às medidas cautelares diversas da prisão; 
 
Requisitos (obrigatório os dois) = houver prova da existência do crime e indício 
suficiente de autoria. 
 
Fundamentos (não precisam estar todos configurados) = garantia da ordem pública, da 
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a 
aplicação da lei penal; 
 
 
 
III – conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
 
 
 
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o 
agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do 
art. 23 do Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado 
liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos 
processuais, sob pena de revogação. 
 
Só é possível se houver plena certeza da excludente de ilicitude. 
 
Prevalece in dubio pro societat. 
 
Concessão da liberdade provisória não depende de prova de excludente de ilicitude. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
- Pode pedir liberdade provisória – por estar amparada pelas excludentes de 
ilicitude; 
 
- Como também pode pedir liberdade provisória pelo artigo 312 (não cabe 
preventiva). 
 
 
***Obs.: TJ/PR: Audiência de Custódia. 
 
 
 
 
 
 PRISÃO PREVENTIVA: 
 
 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, 
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação 
penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do 
assistente, ou por representação da autoridade policial. 
 
 
- Na fase investigatória (inquéritos policiais; investigações feitas pelo MP; trabalhos da 
CPI) o juiz não pode decretar a preventiva de oficio. 
 
- Há a necessidade do requerimento (pelo MP; pelo querelante; pelo assistente). 
 
Assistente: só pode pedir decretação de preventiva se 
estiver habilitado. Ou seja, após a denúncia. 
 
- Delegado não pede. Ele representa ao MP, e se for o caso o promotor requer ao Juiz. 
 
 
 
 
 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem 
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou 
para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência 
do crime e indício suficiente de autoria. 
 
Requisitos e Fundamentos da prisão preventiva: 
 
a. Requisitos: 
 
- Indicio suficiente de autoria; 
 
- Prova da materialidade (Existência do crime); 
 
 
Se os requisitos não estiverem configurados: juiz não pode decretar a preventiva. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
b. Fundamentos: 
 
- Ordem Pública: 
 
Correntes: 
 
I. Crime gera dano para a ordem / segurança pública. 
 
II. Clamor social (abalam a estrutura da sociedade / temor / comoção). 
 
-- Não confundir a repercussão do fato na imprensa com o clamor público --. 
 
III. Evitar sensação de impunidade (credibilidade da justiça). 
 
 
 Mais garantistas: fundamento coerente:***Risco de a pessoa cometer novos crimes*** 
Pois.... 
 
Clamor público: não está escrito no artigo 312 (princípio legalidade?). 
 
 
 
Crédito da justiça: não se pode confundir a prisão provisória com a 
prisão pena. Pois a resposta será dada a sociedade após a sentença. 
 
 
- Ordem Econômica: 
 
Crimes do colarinho branco (crime tributário, lavagem de dinheiro, ambientais, fraudes 
contra interesse estatal, corrupção, etc.). Dano que envolve direitos difusos. Prejuízo 
para a ordem econômica do país. 
 
NUCCI: a lei está incorrendo em bis in idem (ordem pública e ordem econômica). 
 
- Para gerar danos à ordem econômica, ira gerar danos à ordem pública 
também. 
 
- Conveniência da Instrução Penal: 
 
Conveniência = Conveniente = o que é necessário para assegurar que as provas sejam 
produzidas sem a interferência do réu. 
 
 
- Assegurar a Aplicação da Pena: 
 
Houver elementos que apontem a possibilidade de fuga. 
 
Juiz não pode presumir (opinião), mas sim somente se houver prova concreta que à 
pessoa praticou um ato que se presuma que vá fugir (Ex.: fez passaporte). 
 
Morar em Fronteira = não é fundamento para decretar preventiva. 
 
 
 
Para conversão do flagrante em preventiva: Somente se não forem suficientes as 
medidas cautelares do artigo 319!!! 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de 
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras 
medidas cautelares (art. 282, § 4º). 
 
Cautelares: artigo 319; Se descumpre as medidas cautelares: 
 
- juiz pode converter em preventiva; ou 
 
- não aplicar a preventiva, mas aumentar a quantidade de medidas cautelares 
do artigo 319; 
 
 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da 
prisão preventiva: 
 
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima 
superior a 4 (quatro) anos; 
 
Ou seja, não cabe preventiva: 
 
- estiver respondendo por crime culposo; ou 
 
- crime doloso com pena de até 4 anos; e 
 
- se for contravenção penal; 
 
 
II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada 
em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Código 
Penal; 
 
Quando for Reincidente; Portanto, pode ter decretada a preventiva (exceção inciso 
anterior) mesmo se: 
 
- estiver respondendo por crime culposo; ou 
 
- crime doloso com pena de até 4 anos; e 
 
- se for contravenção penal; 
 
 
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir 
a execução das medidas protetivas de urgência; 
 
Se a pessoa descumprir as medidas protetivas, juiz pode decretar a preventiva (mesmo 
o crime tendo pena inferior a 4 anos). 
 
Juiz agir de ofício? Jurisprudência e doutrina: pode. 
 
 
 
IV – Revogado. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver 
dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer 
elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado 
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese 
recomendar a manutenção da medida. 
 
 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz 
verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas 
condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Código Penal. 
 
Prova cabal que o Réu agiu amparado por excludente de ilicitude = não pode aplicar 
preventiva. 
 
 
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva 
será sempre motivada. 
 
Fundamentação: dispositivos de lei, doutrina, jurisprudência e provar da necessidade 
da prisão preventiva. 
 
 
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, 
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decreta-la, se 
sobrevierem razões que a justifiquem. 
 
A preventiva pode ser decretada e revogada quantas vezes forem os casos, conforme o 
caso concreto. 
 
 
 
 
 PRISÃO TEMPORÁRIA: 
 
Lei 7.960/89. 
 
 
Hipóteses de cabimento: 
 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
 
Para identificar a pessoa; ou quando ela esteja dificultando a produção das provas; etc. 
Não diz que já precisa existir um indiciado, portanto poderia ser decretada contra uma 
testemunha. 
 
 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos 
necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
 
Andarilhos; 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
- Correntes: 
 
- Incisos são independentes, não havendo necessidade de cumular o primeiro 
com o terceiro ou o segundo com o terceiro; (Ex.: aplicar inciso primeiro para 
quaisquer crimes, independente do inciso terceiro) ***não prevalece***. 
 
- A aplicação dos incisos primeiro e segundo devem ser aplicados 
conjuntamente com o terceiro ***corrente que prevalece***. 
 
- Grego Filho: incisos primeiro e segundo devem ser combinados com o 
terceiro, mas jamais poderá ser utilizada a prisão temporária se não estiverem 
presentares também os fundamentos da prisão preventiva – indício suficiente 
de autoria e materialidade ***não prevalece***. 
 
 
 
Na prática, utiliza-se a prisão temporária quando ainda não há indícios de autoria ou 
materialidade dos fatos, para produção de provas. Efetuando-se posteriormente a 
prisão preventiva. 
 
 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida 
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes 
crimes: 
 
Rol taxativo. 
 
Interpretação restritiva. 
 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 
 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o 
art. 223, caput, e parágrafo único); 
 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e 
parágrafo único); 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou 
medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 
285); 
 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 
1956), em qualquer de sua formas típicas; 
 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 
1976); 
 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 
1986). 
 
 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da 
representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério 
Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em 
caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
- Obs.1. só é cabível durante a fase de inquérito ou de investigação do MP/CPI. 
Portanto, oferecida a denúncia não será mais possível a utilização da prisão 
temporária. 
 
 
- Obs.2.: Não pode ser decretada de ofício. 
 
 
- Prazo: 5 dias, prorrogáveis por uma única vez por mais 5 dias. Somente se aplica se o 
crime não for hediondo.∟Pois em se tratando de crime hediondo (artigo 2º, §4º da Lei 8.072) o prazo 
será de 30 dias, prorrogáveis por uma única vez por mais 30 dias. 
 
 
Não somente a primeira decisão que decrete mas também a segunda (que prorroga) 
devem ser devidamente fundamentadas. 
 
 
 
 
 
 
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de 
decidir, ouvirá o Ministério Público. 
 
Se não ouvir o MP = nulidade processual. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e 
prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do 
recebimento da representação ou do requerimento. 
 
A prisão temporária é emergencial, pois se não for cumprida da forma mais rápida 
poderá causar danos irreparáveis. 
 
 
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do 
Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações 
e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de 
delito. 
 
Audiência de Custódia. 
 
 
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas 
vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. 
 
Contra fé = serve como nota de culpa (toma ciência que está presa e o porquê). 
 
 
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado 
judicial. 
 
Evitar prisões para averiguação (antes de mandado judicial); 
 
 
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos 
previstos no art. 5° da Constituição Federal. 
 
Direito a contato da família ou outra pessoa; direito de constituir defensor; ser 
informado do direito ao silêncio; etc. 
 
 
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto 
imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão 
preventiva. 
 
Se for crime hediondo mesma regra, mas se aplicam os 30 dias. 
 
Decorrido o prazo, delegado deve soltar por ato de ofício (regra de direito civil que ‘o 
tempo interpela o homem’). 
 
Delegado só não solta, se antes de decorrer o prazo, receber nova ordem de 
prorrogação da temporária. 
 
- Prazo = conta o dia da prisão  até a meia noite do quinto dia. 
 
Se não soltar, delegado responde por abuso de autoridade. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, 
separados dos demais detentos. 
 
 
Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica acrescido da 
alínea i, com a seguinte redação: 
"Art. 4° ............................................................... 
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de 
segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir 
imediatamente ordem de liberdade;" 
 
 
Art. 5° Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um plantão 
permanente de vinte e quatro horas do Poder Judiciário e do Ministério 
Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 PRISÃO POR FORÇA DE SENTENÇA DE PRONÚNCIA: 
 
Acontece no Rito do Júri, com base no artigo 413, §1º; 
 
 
IP --- Denúncia --- Citado (resposta à acusação) --- Audiência de instrução e julgamento 
--- Artigo 411 CPP (ordem das provas) ---> Juiz pode: 1, 2, 3 ou 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1: Sentença de Pronúncia: indícios suficientes de autoria e materialidade do fato. 
Crime doloso contra a vida. Decisão que remete o sujeito à Júri. 
 
Pronúncia: quando existe indício de autoria e materialidade. 
 
Art. 413: O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da 
materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de 
participação. 
 
§ 1º A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade 
do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, 
devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e 
especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. 
 
 
***Preventiva pode ser decretada na Pronúncia*** 
 
 
 
2: Sentença de Impronúncia: quando faltar elementos (indicio autoria ou 
materialidade); 
 
Impronuncia = ao contrário da Pronúncia. 
 
Modalidade de absolvição sem remeter ao júri, e não faz coisa julgada material, só 
formal. 
 
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de 
indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, 
impronunciará o acusado. 
 
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser 
formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova. 
Ofendido 
Testemunha acusação 
Testemunha defesa 
Peritos 
Reconhecimento de pessoas 
Reconhecimento de coisas 
Interrogatório 
Debates orais 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
3: Absolvição Sumária: Legitima defesa; estado de necessidade; etc... 
 
Faz coisa julgada material (se surgir provas novas não pode reabrir o caso). 
 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 
I – provada a inexistência do fato; 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao 
caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Código Penal, salvo 
quando esta for a única tese defensiva. 
 
 
4: Desclassificação: 
 
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da 
existência de crime diverso dos referidos no § 1º do art. 74 deste Código e não 
for competente para o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja. 
 
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição 
deste ficará o acusado preso. 
 
 
 
 
 PRISÃO DOMICILIAR: 
 
É empregada para substituir outra. Portanto, não é modalidade autônoma. 
 
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou 
acusado em sua residência, só podendo dela ausentar‑se com autorização 
judicial. 
 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o 
agente for: 
I – maior de 80 (oitenta) anos; 
II – extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos 
de idade ou com deficiência; 
IV – gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto 
risco. 
 
Só pode ser empregada quando o sujeito está preso por prisão preventiva e 
preenchidos os requisitos anteriores. 
 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos 
requisitos estabelecidos neste artigo. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Artigo 318 CPP ≠ Artigo 117 LEP 
 
Artigo 117 LEP: 
 
I. Preso definitivo = 70 anos; 
 
Ou seja, a pessoa amparada pelo principio presunção de inocência recebe um 
tratamento mais pesado. 
 
Ex.: pessoa com 73 anos preso provisoriamente não pode ter o beneficio da prisão domiciliar. 
 
 
Artigo 318 CPP Artigo 117 LEP 
Inciso I: Inciso I: 
 
Preso definitivo = a partir dos 70 anos; 
 
Inciso II Inciso II: 
 
Doença grave = doença terminal; 
Inciso III 
 
Menos de 6 anos de idade; 
Inciso III: 
 
Menor = 18 anos incompletos. 
Inciso IV 
 
Somente a partir do 7º mês, ou sendo de 
alto risco; 
Inciso IV: 
 
Gestante = sem referencia de mês de 
gestação. 
 
 
 
 PARTE GERAL: 
 
 
Art. 282. As medidas cautelaresprevistas neste Título deverão ser aplicadas 
observando-se a: 
 
I – necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução 
criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de 
infrações penais; 
 
Equivalência ao Artigo 312 CPP (Fundamentos das cautelares = são os mesmos da 
preventiva); 
 
 
Prisão Preventiva sempre por último (artigo 310, II), ou seja, quando não for suficiente 
as medidas cautelares; 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
II – adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e 
condições pessoais do indiciado ou acusado. 
 
Juiz aplicar cautelar; levar em consideração gravidade do crime. Condições pessoais. 
Circunstâncias. Pois se o juiz opta pela cautelar ele deve escolher (pois as cautelares 
podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa). 
 
 
§ 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente. 
 
 
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a 
requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por 
representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério 
Público. 
 
O juiz não pode aplicar cautelar diversa de prisão de oficio durante investigação 
criminal. 
 
 
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o 
juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da 
parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças 
necessárias, permanecendo os autos em juízo. 
 
Casos de urgência ou perigo de ineficácia da medida; 
 
Só não há o risco se o sujeito já estiver preso. 
 
 
 
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, 
de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente 
ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, 
em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 
 
Juiz aplica uma cautelar = Réu não pode fazer contato com a vítima e manter distância 
mínima de 100 metros da vitima. Sujeito descumpre ordem judicial. Juiz pode optar 
entre: manter em medida cautelar, mas aplicando outras mais drásticas (prisão 
domiciliar com pulseira eletrônica); trocar por outras cautelares; ou até mesmo 
decretar a prisão preventiva; 
 
 
 
§ 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar 
a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decreta‑la, se 
sobrevierem razões que a justifiquem. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
§ 6º A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua 
substituição por outra medida cautelar (art. 319). 
 
Materializa a excepcionalidade da prisão preventiva; advém a ideia das audiências de 
custodia. 
 
 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência 
de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação 
ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
 
Quase que reproduz artigo da CF. Faz referência aos nomes das prisões; 
 
 
§ 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a 
que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa 
de liberdade. 
 
Algumas contravenções previstas na lei contravenções penais, que a única pena é a 
multa; 
 
Nestes casos o CPP veda o emprego de medidas cautelares diversas de prisão. 
 
Ou seja, somente para crimes e contravenções penais que sejam penalizadas com 
pena privativa de liberdade. 
 
 
 
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, 
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. 
 
Se dentro do domicilio estiver acontecendo estado de flagrante delito (crime está 
acontecendo) = polícia pode entrar a qualquer hora, seja durante o dia ou noite. 
 
Mas quando a prisão decorre de cumprimento de ordem judicial = somente durante o 
dia; 
 
 
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no 
caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso. 
 
 
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo 
mandado. 
 
Mandado de prisão = documento que serve para cumprir a ordem judicial; 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
Parágrafo único. O mandado de prisão: 
 
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; 
 
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais 
característicos; 
 
Alcunha = apelido; 
 
Sinais característicos = retrato falado; 
 
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; 
 
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração; 
 
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução. 
 
Policia recebe a cópia do mandado; 
 
 
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao 
preso, logo depois da prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora 
e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro 
exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será 
mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas. 
 
Duplicidade = Uma fica com quem cumpre e outra com o preso; 
 
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não 
obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao 
juiz que tiver expedido o mandado. 
 
Inafiançável = pode ser presa mesmo que o policial não esteja com o mandado; 
 
Afiançável = policial não pode prender sem o mandado (a não ser que esteja no banco 
nacional); 
 
 
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado 
ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo 
executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo 
ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora. 
 
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio exemplar do 
mandado, se este for o documento exibido. 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição 
do juiz processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da 
precatória o inteiro teor do mandado. 
 
Se o mandado não estiver registrado no banco de dados = deve ser expedido carta 
precatória; 
 
 
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de 
comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da 
fiança se arbitrada. 
 
§ 2º A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções 
necessárias para averiguar a autenticidade da comunicação. 
 
§ 3º O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida. 
 
 
Art. 289‑A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado 
de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para 
essa finalidade. 
 
Prisão pode ser feita por: 
 
- Cumprimento do mandado pelo policial (com o mandado em mãos); ou 
 
- Juiz quando decreta a prisão registra a decisão (mandado) no banco de dados 
nacional. A partir daí qualquer autoridade pode prender a pessoa sem precisar 
estar com o mandado em mãos; 
 
§ 1º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado 
de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da 
competência territorial do juiz que o expediu. 
 
§ 2º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada,ainda que sem 
registro no Conselho Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias 
para averiguar a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a 
decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro do mandado na 
forma do caput deste artigo. 
 
§ 3º A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento 
da medida o qual providenciará a certidão extraída do registro do Conselho 
Nacional de Justiça e informará ao juízo que a decretou. 
 
§ 4º O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 
5o da Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu 
advogado, será comunicado à Defensoria Pública. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
§ 5º Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do 
executor ou sobre a identidade do preso, aplica‑se o disposto no § 2o do art. 
290 deste Código. 
 
§ 6º O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de 
prisão a que se refere o caput deste artigo. 
 
 
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município 
ou comarca, o executor poderá efetuar lhe a prisão no lugar onde o alcançar, 
apresentando‑o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se 
for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso. 
 
Fuga. Perseguição. Capturou. Levar a autoridade do local. Que faz o flagrante e 
encaminha o preso para remoção (para o local do crime); 
 
 
§ 1º Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando: 
 
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o 
tenha perdido de vista; 
 
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, 
há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no 
seu encalço. 
 
 
§ 2º Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da 
legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado que 
apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida. 
 
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o 
executor, fazendo-se conhecer do réu, lhe apresente o mandado e o intime a 
acompanha-lo. 
 
 
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em 
flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as 
pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para 
defender‑se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto 
subscrito também por duas testemunhas. 
 
Se a policia usar de força = terá que documentar tudo; 
 
 
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu 
entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a 
entrega‑lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o 
executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da 
intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, 
tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e 
efetuará a prisão. 
 
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua 
casa será levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele 
como for de direito. 
 
Crime de resistência = responderá inquérito = pois não franqueou a entrada da polícia; 
 
 
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto no artigo 
anterior, no que for aplicável. 
 
Morador = detido e levado a autoridade policial; 
 
 
 
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da 
autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação 
definitiva: 
 
Pessoas com direito a prisão especial; 
 
Só se aplica enquanto o preso for preso provisório. Condenado = perde o direito da 
cela especial; 
 
I – os ministros de Estado; 
 
II – os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do 
Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os 
vereadores e os chefes de Polícia; 
 
III – os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia 
Nacional e das Assembleias Legislativas dos Estados; 
 
IV – os cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”; 
 
Brasil = única pessoa inscrita é a esposa do falecido Tancredo Neves; 
 
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios; 
 
VI – os magistrados; 
 
VII – os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; 
 
VIII – os ministros de confissão religiosa; 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
IX – os ministros do Tribunal de Contas; 
 
X – os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, 
salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício 
daquela função; 
 
XI – os delegados de polícia e os guardas‑civis dos Estados e Territórios, 
ativos e inativos. 
 
 
§ 1º A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste 
exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum. 
 
A cela é igual, o que há de diferente é a separação dos demais presos; 
 
 
§ 2º Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será 
recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. 
 
§ 3º A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os 
requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de 
aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à existência humana. 
 
§ 4º O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. 
 
§ 5º Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso 
comum. 
 
- Obs.: 
 
- Policial militar preso provisoriamente = fica recolhido no batalhão. 
 
- Advogado = tem direito a sala de força maior. 
 
- Agente penitenciário = direito a prisão especial mesmo quando preso definitivos 
(único caso). 
 
 
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à 
prisão, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos 
regulamentos. 
 
Tratamento dispensado para militares; recolhidos em estabelecimentos militares; 
 
 
Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade 
judiciária, a autoridade policial poderá expedir tantos outros quantos 
necessários às diligências, devendo neles ser fielmente reproduzido o teor do 
mandado original. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Art. 298. Revogado. 
 
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por 
qualquer meio de comunicação, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a 
requisição, as precauções necessárias para averiguar a autenticidade desta. 
 
Em caso de urgência é possível que o MP seja enviado ao cartório via e-mail para que o 
condutor possa legalizar a prisão da pessoa. 
 
 
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já 
estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. 
 
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos 
procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, 
onde ficará preso à disposição das autoridades competentes. 
 
 
 
 
 LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA: 
 
 
- Medidas de CONTRACAUTELA de flagrante; 
 
Obs.: Não pode ser concedia como contracautela da preventiva  pedido de 
revogação da preventiva; 
 
 
- Espécies: 
 
a. Liberdade provisória mediante fiança:Como regra geral, uma das condições para o recebimento deste beneficio é o 
pagamento da fiança. 
 
Quase todos os crimes são afiançáveis (permitem o arbitramento da fiança); 
 
 
b. Liberdade provisória sem fiança: 
 
Exceção = inafiançáveis = artigos 323 e 324 CPP; 
 
Não cabe a fixação da fiança, porém a liberdade provisória é cabível; 
 
Ex.: sujeito condenado por crime hediondo (não cabe fiança), mas juiz pode conceder liberdade 
provisória; 
 
***ISSO NÃO FAZ SENTIDO!*** 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o 
juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas 
cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do 
art. 282 deste Código. 
 
 
 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração 
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. 
 
Delegado tem competência para arbitrar fiança nos crimes de pena até 4 anos, mas 
não é obrigado a fixar a fiança, pois ele deve analisar o caso concreto. 
 
 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 
48 (quarenta e oito) horas. 
 
Crime pena acima de 4 anos, e o delegado não tem competência para conceder fiança, 
a parte solicita ao juízo, que tem 48 horas para decidir; 
 
Art. 323. Não será concedida fiança: 
 
São inafiançáveis. Mas cabe a liberdade provisória; fica em liberdade sem dar a 
garantia econômica; 
 
 
 
I – nos crimes de racismo; 
 
Previsto no artigo 5º da Constituição Federal; 
 
 
II – nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e 
nos definidos como crimes hediondos; 
 
Previstos na Lei de Crime Hediondos; 
 
 
III – nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
 
Previsto no artigo 5º da Constituição Federal; 
 
 
 
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: 
 
 
I – aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou 
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 
328 deste Código; 
 
Somente recebe uma vez por processo. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Uma vez recebida à liberdade provisória mediante fiança  deveres perante o P. 
judiciário  se forem descumpridos  quebramento de fiança (quebrou regras da 
liberdade provisória)  perde a fiança  não tem direito a pedir de novo; 
 
Obrigações = artigo 327; 328, e 341 CPP; 
 
 
 
II – em caso de prisão civil ou militar; 
 
Prisão Civil = devedor de alimentos; 
 
Prisão Militar = prisão imposta pelo superior hierárquico por desobediência interna; 
 
 
 
IV – quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva 
(art. 312). 
 
 
 
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes 
limites: 
 
 
I – de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena 
privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos; 
 
 
II – de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena 
privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos. 
 
 
 
§ 1º Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser: 
 
 
I – dispensada, na forma do art. 350 deste Código; 
 
Pobres na concepção jurídica do termo, sendo beneficiarias da assistência judiciaria 
gratuita; 
 
II – reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou 
 
III – aumentada em até 1.000 (mil) vezes. 
 
Pessoa com fortuna; 
 
Máximo (200 x 1.000 x 788): 157 milhões e 600 mil reais; 
 
 
 
§ 2º Revogado. Lei no 12.403, de 4-5-2011. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a 
natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, 
as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável 
das custas do processo, até final julgamento. 
 
Gravidade do crime + patrimônio da pessoa + periculosidade + custas + indenização; 
 
Custas = artigo 336 – nova redação  levar em consideração a indenização do dano 
causado (garantir futura indenização da vítima); 
 
 
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a 
autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução 
criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida 
como quebrada. 
 
Comparecer para todos os atos do processo, quando intimado. 
 
Se juiz não aceitar justificativa do não comparecimento = quebramento. 
 
 
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de 
residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar‑se por mais 
de oito dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será 
encontrado. 
 
- Não pode mudar de endereço sem previa autorização judicial; 
 
- Pode sair sem avisar o juízo desde que seja por período inferior a 8 dias; se for mais 
deve comunicar (não pede autorização) ao juízo; 
 
 
 
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá um livro especial, com 
termos de abertura e de encerramento, numerado e rubricado em todas as suas folhas 
pela autoridade, destinado especialmente aos termos de fiança. O termo será lavrado 
pelo escrivão e assinado pela autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-
se-á certidão para juntar‑se aos autos. 
 
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão pelo escrivão notificados das 
obrigações e da sanção previstas nos artigos 327 e 328, o que constará dos autos. 
 
Livro próprio para fiança: para controle e segurança. 
 
 
 
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, 
pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou 
municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. 
 
Deve ser prestada na ordem do artigo; 
 
Não se aceita a fiança em cheque, duplicata, etc.; 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
§ 1º A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos será feita 
imediatamente por perito nomeado pela autoridade. 
 
§ 2º Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor será 
determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de 
que se acham livres de ônus. 
 
 
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido à repartição arrecadadora 
federal ou estadual, ou entregue ao depositário público, juntando-se aos autos os 
respectivos conhecimentos. 
 
Aplica-se quando for entregue metais; joias; 
 
 
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se puder fazer de pronto, o valor 
será entregue ao escrivão ou pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de 
três dias dar-se-á ao valor o destino que lhe assina este artigo, o que tudo constará do 
termo de fiança. 
 
Quando for dinheiro: 
 
1 – deposito via banco; ou 
2 – escrivão se for delegado que concedeu ou no cartório criminal e foi o juiz; 
∟ 3 dias para depositar no banco; 
 
 
 
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será competente para conceder a fiança a 
autoridade que presidir ao respectivo auto, e, em caso de prisão por mandado, o juiz 
que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou policial a quem tiver sido 
requisitada a prisão. 
 
A competência para presidir o auto de prisão em flagrante quandohouver fuga = 
delegado do local da captura; 
 
- Fiança pelo delegado do local da captura; 
 
- Quando for fiança concedida por mandado = autoridade que expediu o mandado 
(juízo deprecante); 
 
 
Ex.: 
 
Pratica crime em Pato Branco e foge para Clevelândia = preso em Clevelândia – delegado de 
Clevelândia fixa fiança; 
 
Juízo de Pato Branco decreta preventiva de pessoa moradora de Clevelândia, e sugere fiança – 
juízo de Pato Branco; 
 
 
 
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 8º PERÍODO 
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida independentemente de 
audiência do Ministério Público, este terá vista do processo a fim de requerer o que 
julgar conveniente. 
 
Crime inafiançável = deve ouvir MP; 
 
Crime afiançável = dispensa a prévia oitiva do MP; 
 
 
 
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença 
condenatória. 
 
Permite ao juiz a qualquer tempo despachar dizendo que o réu só pode ficar em 
liberdade quando prestar fiança; 
 
 
 
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão da fiança, o 
preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz 
competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
 
Se delegado não conceder fiança – preso pode peticionar pedindo ao juiz conceder a 
fiança; 
 
Porém delegado só tem 24 horas pra entregar o auto de prisão em flagrante para o 
juiz; assim há uma desarmonia no lapso temporal; 
 
 
 
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das custas, 
da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, se o réu for condenado. 
 
- Custas (FUNJUS) – despesa de cartório; oficial de justiça; etc.; 
 
Beneficiário AJG = isento das custas; 
 
- Indenização dano; 
 
- Prestação pecuniária = alternativa (Artigo 43, I); 
 
- Multa = pagamento para o fundo penitenciário; 
 
 
Se o réu for absolvido = recebe de volta o valor TOTAL; 
 
 
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da prescrição depois 
da sentença condenatória (art. 110 do Código Penal). 
 
Prescrição da pretensão executória = estado julga, condena, mas perde a chance de 
punir; 
 
Perdimento da fiança não é atingida; 
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 8º PERÍODO 
 
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que 
houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a 
constituir, atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo 
único do art. 336 deste Código. 
 
- Fiança declarada sem efeito = quando o juiz conceder fiança quando não for cabível; 
 
- TJ da absolvição = sujeito presta fiança, e se for absolvido receberá o valor de volta; 
 
- Extinção da punibilidade = artigo 107 = Estado perde o direito de julgar (prescrição da 
pretensão punitiva); 
 
Hipótese onde a fiança é incabível; 
 
 
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será cassada em 
qualquer fase do processo. 
 
Sem efeito (artigo 337) ≠ reconhecida como não cabível; 
 
No curso do processo, houver mudança na acusação (mutatio libeli); 
 
 
 
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência de delito 
inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito. 
 
Delegado capitulou como homicídio simples  juiz concede fiança  promotor 
classificou como qualificado  Estado deve devolver o dinheiro; 
 
 
 
Art. 340. Será exigido o reforço da fiança: 
 
 
I – quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente; 
 
II – quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou 
caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas; 
 
III – quando for inovada a classificação do delito. 
 
 
Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, quando, na 
conformidade deste artigo, não for reforçada. 
 
 
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
I – regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo 
justo; 
 
Repetição do artigo 327; 
 
 
II – deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo; 
 
Ex.: junta atestado falso que está doente, para impedir cumprimento do ato; 
 
 
III – descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; 
 
Referencia ao Artigo 319; 
 
 
IV – resistir injustificadamente a ordem judicial; 
 
Não permitir cumprimento de ordem judicial; 
 
 
V – praticar nova infração penal dolosa. 
 
Se for culposo = não interfere; 
 
 
 
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se declarou quebrada a fiança, 
esta subsistirá em todos os seus efeitos. 
 
 
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu 
valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se 
for o caso, a decretação da prisão preventiva. 
 
 
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o 
acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente 
imposta. 
 
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais encargos 
a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da 
lei. 
 
 
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções previstas no art. 345 
deste Código, o valor restante será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do artigo 345, o saldo será entregue a quem houver 
prestado a fiança, depois de deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado. 
 
 
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por meio de hipoteca, a 
execução será promovida no juízo cível pelo órgão do Ministério Público. 
 
 
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais preciosos, o juiz 
determinará a venda por leiloeiro ou corretor. 
 
 
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do 
preso, poderá conceder‑lhe liberdade provisória, sujeitando‑o às obrigações 
constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o 
caso. 
 
Falta da previsão do artigo 325, o juiz concede fiança, mas não vai fixar valor da fiança. 
 
 
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer das 
obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto no § 4o do art. 282 deste 
Código.

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